FACULDADE TECSOMA Curso de Fisioterapia Edilene Ferreira OS

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FACULDADE TECSOMA
Curso de Fisioterapia
Edilene Ferreira
OS BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE UMA PACIENTE
COM DOENÇA DE ALZHEIMER: estudo de caso
Paracatu
2013
Edilene Ferreira
OS BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE UMA PACIENTE
COM DOENÇA DE ALZHEIMER: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade TECSOMA como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Orientadoras: M Sc. Cecília Nascimento
M Sc. Michelle Faria
Paracatu
2013
Ferreira, Edilene
Os benefícios da cinesioterapia no tratamento de uma paciente com doença de
Alzheimer: estudo de caso. / Edilene Ferreira. Paracatu, 2013.
67f.
Orientadora: Michelle Faria Lima
Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação em
Fisioterapia.
1. Cinesioterapia. 2. Doença de Alzheimer. 3. Exercícios terapêuticos. 4.
Reabilitação cognitiva. I. Lima, Michelle Faria. II. Faculdade Tecsoma. III. Título.
CDU: 615.8:616.8
Edilene Ferreira
OS BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE UMA PACIENTE
COM DOENÇA DE ALZHEIMER: estudo de caso
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade TECSOMA como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.
Banca Examinadora
Orientadora Temática:
_____________________________________________________________
M Sc. Michelle Faria Lima- Faculdade TECSOMA
Orientadora Metodológica:
_____________________________________________________________
M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento- Faculdade TECSOMA
Paracatu, 04 de novembro de 2013.
AGRADECIMENTOS
A todos que me apoiaram e contribuíram para a realização deste trabalho,
especialmente:
À Deus, porque com Ele tudo é possível.
A Nossa Senhora Aparecida, por me manter sob seu manto.
À minha mãe Almira R. Ferreira, pelo imenso e incansável incentivo para meu
ingresso e continuação na vida acadêmica.
A meu falecido pai Levi Ferreira de Jesus, mesmo não estando presente fisicamente,
me proporcionou apoio e respostas nos momentos mais difíceis.
A toda a minha família, em especial a minha irmã Marilene Ferreira de Arruda, que
não mediu esforços para me orientar no que fosse preciso nesta cidade e por mostrar-se
sempre prestativa no decorrer destes anos em Paracatu e a minha irmã Eliene Ferreira Matoso
pela revisão deste trabalho.
Ao enfermeiro Luiz de Souza pela revisão ortográfica do pré-projeto e pelo apoio.
A todos os professores pelo conhecimento compartilhado.
Às agentes de saúde da Unidade Básica de Saúde Elias Batista Gomes (Santana/
Arraial D’Angola) pela preciosa ajuda.
À família e a paciente participante que foram colaborativos, receptivos e
compreensivos durante todo o tempo, permitindo que esse estudo fosse concretizado de
maneira extremamente agradável e prazerosa.
À fisioterapeuta Marta Fabiana Teixeira, por prontamente aceitar me assistir, pela
supervisão e pelos conselhos úteis.
Às bibliotecárias, que não somente disponibilizaram acesso aos livros, mas pela
simpatia tornaram os meus estudos mais agradáveis.
A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a elaboração deste trabalho.
Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia Nele, e Ele o fará (Salmo 37: 5).
RESUMO
A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia progressiva, que não tem cura, possui três
características principais: placas senis no encéfalo; emaranhados neurofibrilares; e perda de
neurônios. Este trabalho teve como objetivo verificar se a cinesioterapia é capaz de melhorar a
qualidade de vida de uma paciente com DA. Participou deste estudo uma paciente do sexo
feminino, de 94 anos de idade, de baixa escolaridade, com diagnóstico da referida patologia
desde 2010, classificada no estágio leve da doença através da Escala Clínica da Demência
(CDR). Foram utilizados para avaliação da paciente o Mini-exame do Estado Mental
(MEEM), a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg (EEFB), Timed Up And Go (TUG) e a
Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (QdV-DA). As 20
sessões de fisioterapia foram realizadas no domicílio da paciente e a intervenção consistiu de
cinesioterapia motora, através de alongamentos, exercícios ativos, exercícios ativos resistidos
e exercícios de equilíbrio, além de atividades cognitivas como exercícios repetitivos que
envolvessem numerais, formação ou reconhecimento de figuras. Os resultados apontam que
houve aumento da pontuação do MEEM, melhora do equilíbrio, sem alteração no TUG e
aumento leve na percepção da cuidadora a respeito da qualidade de vida da paciente após a
intervenção da fisioterapia. Conclui-se que a cinesioterapia é uma excelente alternativa não
medicamentosa capaz de trazer benefícios para esses pacientes através do estímulo cognitivo
e da melhora do equilíbrio, propiciando assim uma qualidade de vida melhor.
Palavras-chaves: Doença de Alzheimer. Exercícios terapêuticos. Reabilitação cognitiva.
ABSTRACT
Alzheimer's disease (AD) is a progressive disease that has no cure, has three main features:
senile plaques in the brain, neurofibrillary tangles, and neuronal loss. This study had as aimed
to verify if the Kinesis is able to improve the quality of life of a patient with AD. Participated
of this study a female patient, 94 years of age, with low education, with a diagnosis of that
disease since 2010, classified in the mild stage of the disease through the Clinical Dementia
Scale (CDR). Were used to evaluate the patient the Mini Mental State Examination (MMSE),
the Scale Berg Balance (BBS), Timed Up And Go (TUG) and the Scale for Assessment of the
Quality of Life in Alzheimer's Disease (QoL-AD.). The 20 sessions of physiotherapy were
performed at the patient's home and the intervention consisted of motor cinesiotherapy
through stretching, active exercises, active resistance exercises and balance exercises, beyond
cognitive activities as repetitive exercises that involved numerals, training or recognition of
figures. The results show that there was increase of MMSE scores, improvement of balance,
without change in TUG and slight increase in the perception of caring about the quality of life
of the patient after the physical therapy intervention. We conclude that the cinesiotherapy is a
great alternative no-drug able to bring benefits to these patients through cognitive stimulation
and improving balance, thereby providing a quality of life better.
Keywords: Alzheimer's disease. Therapeutic exercises. Cognitive rehabilitation.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Pontuações obtidas na EEFB..........................................................................
33
LISTA DE TABELAS
TABELA 1- Pontuações obtidas no teste cognitivo.............................................................
32
TABELA 2- Pontuações obtidas nos testes sobre a percepção da qualidade de vida..........
37
LISTA DE SIGLAS
ADM- Amplitude de movimento articular
AF- Atividade física
AVD’s- Atividades de vida diária
Bpm- batimentos por minuto
CDR- Escala de Avaliação Clínica da Demência
DA- Doença de Alzheimer
DM- Diabetes mellitus
DP- Doença de Parkinson
EEFB- Escala de Equilíbrio Funcional de Berg
FC- Frequência cardíaca
FR- Frequência respiratória
GUG- Get Up and Go
HA- Hipertensão arterial
Irpm- Incursões respiratórias por minuto
MEEM- Mini-exame do Estado Mental
MmHg- Milímetro de mercúrio
PA- Pressão arterial
QdV-DA- Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer
QV- Qualidade de vida
TUG- Timed Up and Go
SUMÁRIO
1.
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 12
2.
JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 14
3.
OBJETIVOS ..................................................................................................................... 15
3.1. Objetivo geral ............................................................................................................ 15
3.2. Objetivos específicos ................................................................................................. 15
4.
REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 16
4.1. Definição .................................................................................................................... 16
4.2. Epidemiologia ............................................................................................................ 16
4.3. Processo patológico ................................................................................................... 17
4.4. Fatores de risco .......................................................................................................... 18
4.5. Diagnóstico ................................................................................................................ 19
4.6. Quadro clínico ............................................................................................................ 19
4.7. Avaliação do paciente ................................................................................................ 21
4.8. Tratamento ................................................................................................................. 22
4.8.1. Tratamento farmacológico .................................................................................. 22
4.8.2. Tratamento fisioterapêutico ................................................................................ 23
5.
METODOLOGIA............................................................................................................. 30
5.1. Descrição do paciente ................................................................................................ 30
5.2. Materiais e métodos ................................................................................................... 30
6.
RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 32
7.
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 40
APÊNDICE .............................................................................................................................. 45
ANEXOS .................................................................................................................................. 56
12
1. INTRODUÇÃO
Estima-se que a população de idosos no Brasil soma 15 milhões de pessoas, destas, 1,
1 milhão tenham demência (BRASIL, 2010).
A demência é um processo patológico e não é parte do envelhecimento normal, na
terceira idade, a doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum desta condição (KUMAR
et al, 2010).
De acordo com Garuffi e colaboradores (2011), por causa do envelhecimento
populacional, o aparecimento da doença de Alzheimer tem se tornado cada vez mais comum.
A DA é uma condição progressiva que afeta a cognição, não tem cura, mas é tratável.
Sendo a parte mais afetada da memória, a capacidade do portador de reter novas informações
(AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
Conforme Guyton e Hall (2006) esta doença é neurodegenerativa, progressiva e fatal
que resulta na diminuição da capacidade do indivíduo em cumprir as atividades de vida diária,
além de propiciar uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e distúrbios do
comportamento nas fases mais avançada da doença de Alzheimer, necessitando de cuidados
contínuos pouco tempo depois do início da doença.
A idade média para o início da doença é em torno dos 80 anos. Geralmente o início
precoce tem origem genética, com padrão de herança autossômica dominante e a forma tardia
são casos frequentemente esporádicos (sem repetição familiar) (BRASILEIRO FILHO, 2006).
Segundo Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), os testes de avaliação do
desempenho cognitivo de idosos e os testes de capacidade física são mais bem utilizados para
acompanhar a evolução dos doentes, detectando mudanças no quadro clínico.
De acordo com Hernandez e colaboradores (2010), a DA ainda não possui uma
solução definitiva, mas condutas que auxiliem na estabilização (mesmo que seja passageira)
do declínio clínico do paciente tem um papel considerável para o ganho da qualidade de vida,
os autores sugerem em seu artigo que os profissionais da área de saúde poderiam agregar a
atividade motora ao tratamento farmacológico deste paciente.
A atividade física vem sendo considerada um importante tratamento não
farmacológico, que pode beneficiar a qualidade de vida de pacientes com DA (STEIN et al,
2012).
Segundo Lianza (2007), a reabilitação cognitiva é eclética e necessita da interação
entre o paciente, a família e o fisioterapeuta.
13
Diante do que foi mencionado, observou-se a necessidade de compreender mais sobre
a DA e os benefícios da fisioterapia para esses pacientes. Este trabalho teve como objetivo
elucidar sobre o tema, avaliar e aplicar a cinesioterapia no tratamento de uma paciente com
doença de Alzheimer a fim de mostrar a importância da fisioterapia na melhora da
funcionalidade e mobilidade da paciente.
14
2. JUSTIFICATIVA
Tem-se conhecimento que a DA é uma afecção progressiva, incurável que causa
degeneração do sistema nervoso central, afeta as funções cognitivas e motoras provocando
uma contínua redução da independência do portador e que o tratamento farmacológico
ameniza ou retarda os efeitos da doença na fase inicial, como agressividade e depressão, mas
sozinho não é capaz de melhorar a capacidade funcional e produzir um benefício maior na
qualidade de vida do portador da doença.
O tratamento fisioterapêutico através de alongamentos, exercícios de amplitude de
movimento articular, exercícios de fortalecimento, treino de marcha, exercícios de equilíbrio,
exercícios de atividades de vida diária e exercícios cognitivos podem ser aplicados com
objetivo de preservação das funções motoras, consequentemente retardando a progressão das
sequelas.
Diante dos motivos citados, tornou-se necessário avaliar e aplicar a cinesioterapia no
tratamento de uma paciente com DA a fim de revalidar a importância da fisioterapia na
melhora da funcionalidade e mobilidade destes indivíduos.
15
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo geral
 Verificar se a cinesioterapia é capaz de melhorar a qualidade de vida de uma paciente
com DA.
3.2. Objetivos específicos
 Avaliar as funções cognitivas de um indivíduo com DA através do Mini-exame do
Estado Mental (MEEM) antes e após intervenção fisioterapêutica;
 Analisar o equilíbrio da paciente com a patologia em questão através da Escala de
Equilíbrio Funcional de Berg (EEFB);
 Verificar a mobilidade da idosa com doença de Alzheimer antes e após intervenção
fisioterapêutica através do Timed Up and Go (TUG);
 Aplicar a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (QdVDA) antes e após intervenção fisioterapêutica.
16
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1. Definição
A DA é uma patologia degenerativa que afeta o córtex cerebral (KUMAR et al, 2010),
é uma síndrome que causa perda de memória ligada a um comprometimento precoce do
hipocampo, secundariamente associada a um comprometimento das funções instrumentais,
como perturbação da linguagem, do reconhecimento dos rostos e dos objetos (SCHWOB,
2005).
Segundo Chiarello e Driusso (2007), esta síndrome não tem cura e é a forma mais
comum de demência. O neurologista alemão Alois Alzheimer, descreveu essa doença pela
primeira vez em 1907, observando 3 características que hoje são reconhecidas no diagnóstico
distinto da doença: placas senis no encéfalo; emaranhados neurofibrilares; e perda de
neurônios.
As placas senis são constituídas de depósitos extracelulares de amilóide. As placas
amilóides não se distribuem de forma uniforme pelo cérebro, ocorrendo principalmente nas
regiões parietal e temporal. Os emaranhados neurofibrilares são acumulações de proteína,
como a tau (mas quimicamente alterada, de uma forma denominada hiperfosforilação), nas
células nervosas. A hiperfosforilação da tau pode diminuir sua afinidade para se ligar e
provocar a formação de filamentos anormais. A perda dos neurônios colinérgicos pode
prejudicar a atenção e o processamento do ato motor (AISEN; MARIN; DAVIS, 2001;
BRASILEIRO FILHO, 2006; CHIARELLO; DRIUSSO, 2007).
De acordo com Chiarello e Driusso (2007), à medida que a doença progride, a
capacidade para executar atividades da vida diária fica prejudicada, a ponto do portador não
ser capaz de se mover normalmente ou mesmo de se alimentar. O curso da doença é de 5 a 10
anos, e geralmente o portador morre por alguma condição médica, como pneumonia.
Apenas 2% dos portadores da doença de Alzheimer apresentam a forma com início
precoce, que ocorre de forma familiar e tem um significativo componente genético
(CHIARELLO; DRIUSSO, 2007).
4.2. Epidemiologia
Segundo Aisen, Marin e Davis (2001), a doença de Alzheimer é a causa mais comum
de demência em todo o mundo, acometendo mais de 50% dos casos.
17
A incidência e a prevalência da doença de Alzheimer crescem com a idade. A taxa de
incidência aumenta 0,5% entre pessoas na faixa de 60 anos para 3% a 6% na faixa dos 80
anos ou mais. Enquanto a prevalência de demência aumenta cerca de 1% naqueles na faixa de
60 anos para 25% a 50% nos indivíduos acima de 80 anos (AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
Segundo Brasileiro Filho (2006), a DA atinge 1% a 5% dos indivíduos com idade
inferior a 65 anos e 20% a 40% dos idosos com mais de 85 anos. Já Kumar e colaboradores
(2010), afirma que a prevalência dobra aproximadamente a cada 5 anos, sendo 1% na faixa
entre 60 e 64 anos e 40% ou mais nos idosos entre 85 e 89 anos de idade.
A ocorrência maior é no sexo feminino, isso é justificado pelo fato que os homens
precisam ter mais alelos predisponentes e acarretam tendo a doença de forma mais grave
(curso mais rápido). A idade média para o início da doença é em torno dos 80 anos.
Geralmente o início precoce tem origem genética, com padrão de herança autossômica
dominante e a forma tardia são casos frequentemente esporádicos (BRASILEIRO FILHO,
2006).
4.3. Processo patológico
O processo patológico é caracterizado pela degeneração e morte dos neurônios do
córtex, hipocampo e prosencéfalo basal, áreas que possuem relação com aprendizado,
memória e comportamentos emocionais (BRASILEIRO FILHO, 2006).
De acordo Aisen, Marin e Davis (2001), alguns pesquisadores afirmam que o depósito
de proteína amilóide no encéfalo seja um acontecimento que leva ao desenvolvimento da
doença de Alzheimer. Observa-se que células cerebrais mortas podem ser encontradas
rodeando esses depósitos nas áreas cerebrais importantes para a função cognitiva.
Segundo Brasileiro Filho (2006), o aumento da produção e a agregação da betaamilóide é o evento primário que provoca a degeneração e morte dos neurônios, pois nessa
situação são gerados radicais livres que levam a peroxidação da membrana e interfere na
função dos transportadores de íons e glicose, fazendo os neurônios ficarem sensíveis à
exotoxicidade e à apoptose. O que corrobora com Kumar e colaboradores (2010), esses
autores acreditam que a primeira anormalidade na DA esteja no peptídeo beta-amilóide, pois
as mutações que afetam esse peptídeo acarretam na formação de emaranhados neurofibrilares
e na doença.
18
O peptídeo beta-amilóide acumula-se em placas, em diversas áreas do encéfalo, como
no córtex cerebral, hipocampo, gânglios da base, tálamo e cerebelo (GUYTON; HALL,
2006).
De acordo com Aisen, Marin e Davis (2001), as placas amilóides e os emaranhados
neurofibrilares compõem as alterações características do tecido cerebral na doença em questão
e a deficiência de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina) aparece como resultado
destas alterações, sendo provavelmente a causa das manifestações clínicas da doença.
Segundo Brasileiro Filho (2006), os corpos mamilares e os núcleos tuberal, posterior e
supraquiasmático são as estruturas geralmente envolvidas com placas senis e emaranhados
neurofibrilares.
Ao observar o encéfalo de um indivíduo acometido pela doença, verifica-se que há
redução do peso do encéfalo e hipotrofia cortical, estreitamento dos giros e alargamento dos
sulcos (BRASILEIRO FILHO, 2006).
4.4. Fatores de risco
De acordo com Aisen, Marin e Davis (2001), há diversos fatores que aumentam o
risco do indivíduo desenvolver a DA, tais como: aumento da idade; história familiar de
demência; hereditariedade de certos genes; e menor instrução.
Para Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), a idade é o fator de risco mais
considerável para a doença.
Segundo Aisen, Marin e Davis (2001), a maioria das pessoas com síndrome de Down
sobreviventes além de 50 anos de idade apresentam placas e emaranhados neurofibrilares
característicos da doença de Alzheimer. Guyton e Hall (2006) justificam essa afirmativa ao
comentar que pacientes com síndrome de Down tem três cópias do gene da proteína
precursora amilóide, pois esse gene reside no cromossomo 21.
O risco de desenvolver a DA aumenta quando existem níveis elevados de
homocisteína plasmática (BRASILEIRO FILHO, 2006).
Os autores Guyton e Hall (2006), afirmam que a hipertensão arterial (HA), a diabetes
mellitus (DM) e a hiperlipidemia podem aumentar o risco para o desenvolvimento da doença
de Alzheimer. Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), explicam que a DM e as doenças
cardiovasculares como a hipertensão arterial sistêmica podem produzir déficits na cognição,
pois estas interferem na circulação e metabolismo cerebral. Brasileiro Filho (2006) cita a HA,
a hipercolesterolemia e a menopausa como fatores predisponentes. A explicação sobre a
19
menopausa como um fator predisponente abrange os estrógenos, pois esses retardariam o
início e diminuiriam a progressão da doença.
Em relação ao nível de instrução, quando se tenta demonstrar déficit cognitivo leve em
indivíduos com alto nível de instrução, observa-se dificuldade em verificar através de testes
de triagem cognitiva, pois geralmente apresentam pontuações na variação normal durante os
estágios iniciais de doenças que provocam demência (AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
4.5. Diagnóstico
O diagnóstico provável pode ser feito por vários profissionais, dentre eles,
neurologistas, psiquiatras, geriatras, geralmente é um diagnóstico de exclusão, exclui outras
possíveis causas de demência, verifica-se o início gradual e os déficits cognitivos progressivos
(AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
Segundo Schwob (2005), vários estudos tomográficos mostraram que os portadores da
doença apresentam uma redução do débito sanguíneo nas regiões temporoparietais (regiões
que convergem as informações sensoriais).
A utilização da ressonância magnética permite o diagnóstico da doença com uma
margem de certeza próxima de 95% (BRASILEIRO FILHO, 2006).
Para o diagnóstico definitivo é necessário fazer o exame do tecido encefálico, mas
juntando os elementos clínicos e métodos radiológicos modernos é possível um diagnóstico
preciso em 80%-90% dos casos (KUMAR et al, 2010).
Segundo Aisen, Marin e Davis (2001), o diagnóstico definitivo da doença de
Alzheimer raramente é possível antes da morte do portador, porque para ser realizado o
diagnóstico é necessário um exame cuidadoso do tecido cerebral, obtido após o óbito (durante
a autópsia) ou através da amostragem do tecido do indivíduo vivo, esta última não é realizada
com frequência. De acordo com Brasileiro Filho (2006), esse diagnóstico é baseado na tríade
clássica, na qual abrange as placas senis contendo beta-amilóide, o emaranhado neurofibrilar
tendo em seu conteúdo a proteína tau fosforilada e a perda de neurônios no hipocampo e nas
regiões corticais e subcorticais.
4.6. Quadro clínico
De acordo com Aisen, Marin e Davis (2001), podem ser observadas alterações de
humor, como depressão e apatia, alterações de personalidade como irritabilidade, alterações
20
de percepção como alucinações, alterações de sono e apetite, assim como agitação (o paciente
agride verbalmente ou fisicamente, vaga pelos cômodos e fica inquieto).
No início, a doença é caracterizada por transtornos da memória, atenção, julgamento,
tomada de decisões, desorientação têmporo-espacial e linguagem. Na fase final, o idoso
apresenta debilitado, com incontinência fecal e urinária, hipofagia e incapacidade para andar.
Geralmente a morte chega por volta do oitavo ano de evolução, devido à embolia pulmonar,
doenças cardiovasculares e principalmente por broncopneumonia (BRASILEIRO FILHO,
2006).
Segundo Aisen, Marin e Davis (2001), a DA pode ser dividida em: estágio leve;
estágio moderado; e estágio grave.
No estágio leve, observa-se perda de memória recente, tendo comprometimento no
aprendizado de novas informações. A orientação com relação à data e local pode estar
preservada, enquanto de tempo podem estar um pouco alterada, por exemplo, o paciente pode
se preparar para um evento ou compromisso que irá acontecer horas ou dias depois. Testes
neurológicos e psicológicos apontam dificuldade para dar nomes aos objetos. Talvez neste
estágio seja necessário pedir ao paciente que se vista ou que tome banho (AISEN; MARIN;
DAVIS, 2001).
No estágio moderado, o paciente possui dificuldade em se lembrar de atividades
recentes, seu nome ou reconhecer familiares e amigos de longa data. A orientação neste
estágio com relação ao tempo e dia, mês ou ano está mais comprometida, o paciente pode
acreditar que vive em um período anterior de sua vida, a desorientação quanto ao lugar pode
ser percebida até mesmo dentro da própria residência do indivíduo. A fala do indivíduo
apresenta menos espontânea e complexa (AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
Segundo Aisen, Marin e Davis (2001), ainda no estágio moderado, há dificuldade em
realizar as atividades de vida diária, como por exemplo, a pessoa pode inverter as sequências
das roupas, vestindo a cueca por cima da calça ou vestir roupa que não vai de acordo com a
situação climática, assim como usar sempre as mesmas roupas. A incontinência urinária ou
fecal pode surgir neste estágio.
No estágio grave, além do comprometimento da memória de curto prazo, há
comprometimento da memória de longo prazo. Neste estágio o paciente perde a noção de
tempo, de lugar e pessoa (sua própria identidade e a dos outros). O paciente apresenta
dificuldade de terminar uma frase, sendo também difícil de entender o que é falado. O
paciente é dependente, precisa de ajuda para realizar todas as atividades de vida diária
(AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
21
4.7. Avaliação do paciente
De acordo com Lianza (2007), a avaliação cognitiva deve ser realizada
cuidadosamente nos idosos, porque até mesmo pequenas alterações da função cognitiva
podem representar importante perda de função e aumentar a dependência.
Entre as avaliações mais utilizadas está o MEEM, este teste é prático, válido e
confiável para se observar possíveis transtornos cognitivos nas áreas de orientação temporal e
espacial, memória imediata e de evocação, atenção, cálculo e linguagem (O’ SULLIVAN;
SCHMITZ, 2004; LIANZA, 2007).
Segundo Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), o MEEM é um teste que necessita de
pouco tempo para ser aplicado e pode ser utilizado por diferentes profissionais da saúde, pois
não exige conhecimento especial.
Para classificar o estágio da DA pode utilizar a Escala de Avaliação Clínica da
Demência (CDR). A CDR avalia cognição e comportamento, esta escala não precisa de notas
de corte, porque o avaliado é comparado com seu próprio desempenho no passado, o qual
classifica, por meio de pontuação como: 0 (nenhuma alteração); 0,5 (demência questionável);
1 (demência leve); 2 (demência moderada); e 3 (demência grave). O CDR é respondido pelo
cuidador em relação ao paciente, por meio de entrevista estruturada ou não estruturada
(MONTAÑO; RAMOS, 2005; STEIN et al, 2012).
O teste Get Up and Go (GUG) foi elaborado por Mathias e colaboradores, com esse é
possível medir a mobilidade e o equilíbrio. Para aumentar a confiabilidade do teste Podsiadlo
e Richardson elaboraram The Timed Up and Go (Levante-se Ande com Tempo
Cronometrado), o tempo é marcado no cronômetro no momento que o paciente recebe o
comando verbal de levantar-se da cadeira e andar 3 metros e termina quando o paciente
retorna para a posição inicial. As pontuações de 10 segundos é geralmente de adultos sem
alterações, 11 a 20 segundos são considerados dentro da normalidade para idosos frágeis ou
indivíduos com incapacidade e acima de 20 segundos são indicativos de comprometimento da
mobilidade funcional (O’ SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
Para Kisner e Colby (2005), o equilíbrio pode ser definido como a capacidade de
alinhar os segmentos do corpo sob a ação da gravidade para manter ou movimentar o corpo
sem cair, tendo a interação dos sistemas motor e sensorial. De acordo com Bandy e Sanders
(2003), o equilíbrio é importante para as pessoas se movimentarem em seu ambiente e para
realizarem de maneira eficaz as atividades cotidianas. Ele pode ser dinâmico ou estático.
22
Em um estudo elaborado por Christofoletti e colaboradores (2006), com pacientes com
doença de Parkinson (DP) e Alzheimer, mostrou que os participantes com a DA, afetados por
um distúrbio claramente cognitivo apresentaram um maior risco de quedas do que os
pacientes que possuíam a doença com sintomas de alteração motora, o DP. Esses autores
concluíram que o declínio cognitivo pode ser o responsável pelo aumento do risco de quedas
destes pacientes.
Berg Balance Scale (Escala de Equilíbrio de Berg) foi desenvolvida por Berg e
colaboradores, avalia o equilíbrio estático e dinâmico, possui 14 itens a serem avaliados, nos
quais verificam a posição sentada para a posição ortostática sem apoio, transições de
movimento, variações na posição ortostática. Em relação à pontuação, o número 0 indica que
o paciente é incapaz de realizar a tarefa, enquanto o número 4 indica que o mesmo realiza a
tarefa de forma independente (O’ SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
A qualidade de vida (QV) do indivíduo é afetada com o diagnóstico, progressão e
tratamento da demência, assim como a QV do cuidador. A QV pode ser definida como a
integração da atuação da cognição, AVD’s, do bem-estar psicológico e da relação social
(NOVELLI, 2003).
A Escala de Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (QdV-DA) foi traduzida e
adaptada por Novelli (2003), sendo fácil, de rápida aplicação e confiável . Segundo a mesma
autora, a escala possui 3 versões tendo 13 itens cada: a versão do paciente sobre sua QV, do
cuidador sobre a QV do paciente e a QV do cuidador (NOVELLI, 2003). Segundo Inouye
(2008), a pontuação 1 é atribuída para qualificação ruim, 2 para regular, 3 para bom e 4 para
excelente. Somam-se os 13 itens avaliados para obter-se a pontuação geral, sendo que a
pontuação mínima é de 13 pontos, enquanto a máxima, 52 pontos. Quanto maior o índice
melhor é a QV.
4.8. Tratamento
4.8.1. Tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico visa estabilizar o comprometimento cognitivo e o
comportamento, permitindo ao paciente a realização das atividades da vida diária, com um
mínimo de efeitos adversos (BRASIL, 2010).
O donepezil e a tacrina foram as primeiras drogas aprovadas para tratar os sintomas
cognitivos da doença, essas drogas são inibidores da acetilcolinesterase aumentando assim as
23
concentrações de acetilcolina ao inibir a enzima acetilcolinesterase de quebrar esse
neurotransmissor (AISEN; MARIN; DAVIS, 2001).
A tacrina e donepezil aumentam a liberação de acetilcolina pelas células e tem sido
usado para melhorar a atenção e o processamento da informação. A selegilina aumenta a
função de alguns neurotransmissores e a alfatocoferol (vitaminia E) é um antioxidante,
acredita-se que esta pode interromper a ação de lesão celular das placas amilóides
(CHIARELLO; DRIUSSO, 2007). De acordo com Aisen, Marin e Davis (2001), o tratamento
com a selegilina provoca uma evolução mais lenta da doença.
4.8.2. Tratamento fisioterapêutico
Os pacientes com a DA precisam mais do que o acesso a medicamentos, consultas e
internações, necessitam de serem atendidos por estratégias que abrangem a educação,
exercícios físicos, reabilitação cognitiva, atividades sociais e artísticas (INOUYE;
PEDRAZZANI; PAVARINI, 2010).
Os exercícios físicos não são um assunto recente. Há 1000 anos antes de Cristo, os
chineses e hindus já usavam exercícios para o tratamento de lesões esportivas (DELISA;
GANS, 2002). Por volta de 480 anos antes de Cristo, Heródico escreveu sobre o uso do
exercício terapêutico para se curar de uma doença “incurável”, criando um sistema de
exercícios para atletas, hoje ele é considerado o Pai do Exercício Terapêutico. Desde então,
muitos estudos e técnicas foram desenvolvidas por diferentes estudiosos (BANDY;
SANDERS, 2003).
A cinesioterapia é a forma de tratamento que utiliza movimentos para beneficiar a
função musculoesquelética. Essa técnica promove o estado funcional do indivíduo (LIANZA,
2007). Segundo Bandy e Sanders (2003), Kisner e Colby (2005), a cinesioterapia pode ser
definida como a realização de movimentos físicos, posturas ou atividades planejadas com
objetivo de tratar ou prevenir distúrbios, estimular a função física, reduzir os fatores de risco
relacionados à saúde, otimizar o estado de saúde geral e aumentar a sensação de bem-estar.
O tratamento fisioterapêutico enfatiza a prevenção de contraturas e deformidades com
alongamentos musculares. Exercícios de fortalecimento muscular, coordenação motora e
equilíbrio também devem ser realizados por meio da cinesioterapia (CHIARELLO;
DRIUSSO, 2007).
Como apoio à cinesioterapia pode-se utilizar dispositivos mecânicos, método
conhecido como mecanoterapia, como: halteres que são utilizados para fortalecimento de
24
membros superiores; bastão usado para amplitude, força e coordenação; faixas elásticas que
permitem a realização de exercícios em diferentes planos para fortalecimento tanto de
membros superiores como inferiores, dentre outras (LIANZA, 2007).
Segundo Melo e Driusso (2006), a fisioterapia é importante para retardar a progressão
das perdas motoras, evitar encurtamentos e deformidades, além de servir de incentivo para o
paciente ter uma vida mais independente.
Segundo Lianza (2007), os exercícios podem ser definidos quanto à contração
muscular (estático, dinâmica concêntrica, dinâmica excêntrica e isocinética) ou quanto à
execução (passivo, ativo-assistido, ativo livre, ativo resistido).
No exercício estático ou isométrico, não há movimento do segmento corporal. No
exercício dinâmico concêntrico há o deslocamento do segmento corporal e aproximação dos
pontos de origem e inserção musculares, enquanto no exercício dinâmico excêntrico há o
alongamento do músculo, com afastamento dos pontos de origem e inserção. No exercício
isocinético há um deslocamento do segmento corporal com velocidade constante (LIANZA,
2007).
Segundo Lianza (2007), no exercício passivo, o movimento é realizado sem auxílio do
paciente. No exercício ativo assistido o movimento é alcançado pelo doente com auxilio do
membro saudável ou pelo terapeuta. No exercício ativo livre, o movimento é efetivado pelo
paciente sem ajuda. No exercício resistido, é necessário o uso de uma resistência com a
finalidade de fortalecimento muscular.
A fisioterapia promove a manutenção ou a melhora do desempenho funcional, social e
cognitivo do idoso com a DA, contribuindo de forma direta na qualidade de vida dos mesmos
(ELY; GRAVE, 2008).
O tipo de intervenção dependerá das necessidades particulares de determinado
paciente (LIANZA, 2007).
Os autores Zaions, Pavan e Wisniewski (2012), em seu estudo observaram a eficácia
no tratamento de uma paciente com DA através do uso de exercícios terapêuticos abrangendo
alongamentos, amplitude de movimentos ativos para membros superiores e inferiores,
fortalecimento muscular, exercícios aeróbicos (treino de escada e a caminhada), treino de
equilíbrio sobre diferentes superfícies e com as atividades para a preservação da memória
(evocação dos exercícios, dos numerais para a contagem das séries, jogo da memória e
palavras-cruzadas).
Apesar de que o objetivo do estudo de Borges, Albuquerque e Garcia (2009), foi
avaliar a capacidade funcional, mobilidade e função cognitiva de idosos com a DA, os autores
25
comentam sobre a importância do tratamento fisioterapêutico para o controle das perdas de
funcionalidade e mobilidade dos mesmos.
A redução da amplitude de movimento pode interferir nas atividades funcionais, como
deambulação e autocuidado (DELISA; GANS, 2002). De acordo com Bandy e Sanders
(2003), os exercícios de amplitude de movimento articular (ADM) promovem a manutenção
da mobilidade articular, nutrição articular, prevenção de aderências do tecido e contraturas,
além de promover uma melhor circulação sanguínea.
Os exercícios de ADM ativo-assistida e ativa podem promover o aumento da
circulação sanguínea, impedir a formação de coágulos por estase venosa, retardar a atrofia
muscular, melhorar a coordenação, além de reduzir o estresse emocional do paciente
(BANDY; SANDERS, 2003).
Segundo DeLisa e Gans, (2002), há três categorias de técnicas de alongamento: (1)
alongamento balístico, este é caracterizado por movimentos repetitivos e rápidos; (2)
alongamento estático, sendo este um alongamento lento no qual a posição é mantida por
alguns segundos; (3) facilitação neuromuscular proprioceptiva, técnica desenvolvida por
Kabat.
A perda de força muscular no envelhecimento está relacionada com a diminuição da
massa muscular total que ocorre a partir dos 30 anos de idade. A utilização de exercícios
adequados ao idoso promove a melhora da força muscular sem necessariamente ter aumento
da massa muscular (BANDY; SANDERS, 2003; CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO,
2006).
De acordo com DeLisa e Gans (2002), o treinamento de resistência é um método
natural de contrabalancear condições fisiológicas que resultam em atrofia muscular, como o
envelhecimento e certas doenças.
Segundo Guccione (2002), o treinamento com exercícios de resistência, como
caminhada, corrida, subir escadas e exercícios de força, melhoram a função cardiovascular,
podem ser benéficos para redução da hiperinsulinemia, no tratamento ou prevenção do
diabetes do tipo 2, da doença arterial coronariana e da HA, além disso, reduz o risco de
osteoporose, previne a atrofia muscular, dentre outros.
A caminhada é um excelente exercício de resistência, pode ser praticado por homens e
mulheres de todas as idades, mas deve-se ter atenção quanto ao calçado (GUCCIONE, 2002).
Conforme Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), as quedas podem ocasionar não
apenas um trauma direto, mas também imobilidade pós-queda, danos sociais e psicológicos.
26
A mobilidade é importante, pois ela que permite ao indivíduo realizar as atividades de
vida diária e promove a manutenção da independência (OLIVEIRA; GORETTI; PEREIRA,
2006).
O tratamento do idoso com instabilidade, decorrente de doença neurológica, deve
maximizar a independência na mobilidade e na função ou pelo menos manter a mobilidade
dentro dos limites de segurança. Através de atividades funcionais (esticar para pegar um copo,
inclinar-se para frente, esticar-se para trás, pegar uma bola lateralmente), exercícios de
fortalecimento, de ADM, de propriocepção e de resistência podem beneficiar o idoso com
instabilidade. Observa-se então, a necessidade de uma conduta multidisciplinar (GUCCIONE,
2002).
O tratamento multidisciplinar complementa o tratamento farmacológico, através de
exercícios físicos, do treinamento cognitivo, de técnica para melhor estruturação do ambiente,
orientação nutricional, orientação aos cuidadores, dentre outros (BOTTINO et al, 2002).
De acordo com Guccione (2002), os fisioterapeutas podem oferecer programas de
educação a respeito da prevenção contra quedas, como modificações domiciliares.
A educação do cuidador e do paciente é importante, o ambiente em que o idoso vive
pode ter as dificuldades minimizadas, recomenda-se o uso de piso antiderrapante, distribuição
funcional dos móveis, barras fixas de apoio em locais de risco, retirada de tapete, boa
iluminação, bem como a utilização de calçados confortáveis, além de evitar camas muito altas
ou cadeiras muito baixas (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006).
Outro ponto discutido por Carvalho Filho e Papaléo Netto (2006), é uso de uma
intervenção multifatorial através de um programa que abrange a melhora do equilíbrio
postural, o aumento da força muscular de membros inferiores, treinamento da marcha, além
da educação do paciente citada acima.
Segundo Bandy e Sanders (2003), as atividades de equilíbrio estático devem evoluir
de bilateral para unilateral, de olhos abertos para fechados, de uma superfície estável para
instável. Com a progressão dos exercícios devem-se incluir atividades que desviam a
concentração como pegar e arremessar uma bola.
Os pacientes com DA podem se beneficiar de programas que visam à manutenção ou
melhora da independência física e da redução do risco de quedas, através de exercícios que
englobam a coordenação, a agilidade, a força, a flexibilidade e a capacidade aeróbica, através
de alongamento, de treino com uso de caneleiras e halteres, de circuitos, de jogos prédesportivos, sequências de dança, atividades lúdicas e de relaxamento (HERNANDEZ et al,
2010).
27
Já existem programas que utilizam a ideia do uso da cinesioterapia para o tratamento
de pacientes classificados nos estágios leve e moderado da doença de Alzheimer, como o
“Programa de Cinesioterapia Funcional e Cognitiva em Idosos com Doença de Alzheimer”
criado em 2006, pela Universidade Estadual Paulista, que tem apoio de profissionais de
Educação Física, Fisioterapia, Medicina, Psiquiatria e Psicologia e graduandos dos cursos de
Educação Física e Fisioterapia, desenvolvendo atividades como leitura, escrita, simulação das
atividades de vida diária, caminhadas e treinamento com pesos. O projeto também promove a
atividade física para os cuidadores destes pacientes (GARUFFI et al, 2011).
Segundo Lianza (2007), a reabilitação cognitiva começou a ter um destaque maior
durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial, com trabalhos desenvolvidos envolvendo soldados vítimas
de lesão cerebral. As observações melhoraram o entendimento sobre os transtornos da
linguagem, da percepção, da memória e das funções executivas, evidenciando que a
recuperação não deveria apenas envolver o nível físico.
A reabilitação cognitiva é eclética e necessita da interação entre o paciente, a família e
o fisioterapeuta, é a aplicação de técnicas, procedimentos e apoio que tem como objetivo
permitir que o paciente possa retornar de maneira segura e independente as atividades de vida
diária (AVD’s) (LIANZA, 2007).
O tratamento de um paciente com deficiência cognitiva deve adotar uma conduta com
comandos simples e consistentes, ausentes de críticas, com presença de indícios sensoriais e
permitindo que a pessoa descanse. A participação da família é importante (GUCCIONE,
2002).
De acordo com Lianza (2007), a eficácia da reabilitação cognitiva é baseada pela
diminuição das incapacidades vivenciadas pelo paciente.
Existem várias técnicas para trabalhar a função cognitiva, podendo ser agrupadas em 3
categorias: (1) modificação ambiental, são adaptações no ambiente físico com o objetivo de
minimizar os prejuízos funcionais e comportamentais, como o uso de uma lista da rotina
diária e uso de calendário para orientação do tempo; (2) estratégias compensatórias, nesta
pode ser usado calendário, alarmes, agendas dentre outras, para aprender e recordar assuntos
de acontecimentos recentes, como alternativa da falta de memória; (3) técnicas restauradoras,
nesta faz-se o uso de exercícios repetitivos aumentando o grau de dificuldade a medida que há
um melhor desempenho do paciente (LIANZA, 2007).
Segundo Guccione (2002), as habilidades e atividades que eram diariamente
desempenhadas antes do início do declínio cognitivo podem obter mais sucesso no momento
de reaprendizagem do que inserir uma habilidade diferente.
28
As habilidades visual-construtivas, como desenhar, montar um quebra-cabeça,
encontram-se diminuídas em idosos (CARVALHO FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006),
pode-se estimulá-los através da prática destas atividades.
Os autores Pompeu e Pompeu (2010), observaram em seu estudo sobre a orientação
espacial de paciente com DA, que as informações visuais podem contribuir na execução das
tarefas.
O treino das atividades cotidianas deve estar relacionado às tarefas na qual haja
déficits específicos e individuais, como atender corretamente o telefone, anotar recados, tomar
os medicamentos de forma adequada, agendar consultas e ler uma reportagem no jornal.
Podendo ser útil para a orientação do paciente, fazer uso de calendários e agendas, sempre
associando-se as datas à estação do ano, temperatura ambiente, datas comemorativas,
feriados, eventos nacionais e do cotidiano, como por exemplo, a data de aniversário
(BOTTINO et al, 2002; ÁVILA, 2003).
O paciente com DA pode se beneficiar: de exercícios de cálculos relacionados com a
vida diária do paciente; do treino de atenção, na qual é orientado a descrever com detalhes
figuras, encontrar objetos pertencentes a uma categoria específica ou com determinada letra
inicial, utilizando para isso estímulos visuais; treino de nomeação com objetos da vida
cotidiana do paciente, e com jogos em que dispõe de pistas para acertar o item descrito; jogos
de formação do máximo de palavras com determinadas letras disponibilizadas (ÁVILA,
2003).
Diversos estudos apontam os benefícios dos exercícios físicos na vida dos pacientes
com DA. Groppo e colaboradores (2012), por exemplo, realizaram um programa de exercícios
de agilidade (mudança de direção e mobilidade), equilíbrio (circuitos), resistência de força
(com uso do peso do próprio corpo, bastões, halteres, faixas elásticas e bolas) e capacidade
aeróbia (marcha) associados às tarefas cognitivas, tais como contagem regressiva,
reconhecimentos de formas e cores, afim de verificarem a melhora da qualidade de vida
destes pacientes.
Segundo Ávila (2003), o tratamento iniciado em seguida ao diagnóstico precoce da
doença promove melhores resultados, podendo permitir ao paciente um nível cognitivo e
funcional mais preservado o possível, consequentemente possibilitando ao paciente mais
tempo de independência e qualidade de vida.
O papel da família, a perda das responsabilidades e prazeres, o medo do isolamento
físico e emocional, a esperança e o alívio do sofrimento têm uma grande influência na
qualidade de vida do idoso. O profissional fisioterapeuta deve instruir tanto o paciente idoso
29
quanto à família, promovendo uma melhora da qualidade de vida através de orientação sobre
como se adaptar frente às condições da doença, dando certeza ao paciente que ele não está
sozinho ou será deixado sozinho, promovendo ou mantendo um ambiente que responda as
necessidades do mesmo (GUCCIONE, 2002).
30
5. METODOLOGIA
5.1. Descrição do paciente
Participou deste estudo um indivíduo do sexo feminino, 94 anos, viúva, com
escolaridade baixa, com diagnóstico provável de doença de Alzheimer desde 2010,
desorientada no tempo e parcialmente orientada no espaço, classificada no estágio leve
conforme a Escala Clínica da Demência (CDR) (segundo BERTOLUCCI et al, 2001 apud
MONTAÑO e RAMOS, 2005; BRASIL, 2010) (ANEXO C), não praticante de nenhum tipo
de atividade física, com osteoartrose generalizada e osteopenia avançada, residente no
município de Paracatu-MG. Os critérios de inclusão do paciente do estudo foram: ser portador
da doença de Alzheimer; ter mais de 65 anos; classificado em estágio leve ou moderado da
doença. Os critérios de exclusão do paciente neste estudo foram: está classificado no estágio
avançado da doença; possuir patologias neurológicas associadas, como AVE; possuir
deficiência auditiva e visual grave que impedisse a compreensão do comando verbal ou
realização das tarefas.
5.2. Materiais e métodos
Foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa do tipo estudo de caso. Segundo Polit,
Beck e Hungler (2004), em um estudo quantitativo o pesquisador deverá desenvolver
informações precisas, imparciais e interpretáveis. De acordo com Marconi e Lakatos (2011),
pessoas podem ser descritas em termos quantitativos ou qualitativos, o primeiro termo é
expresso em números e o segundo é baseado na qualidade ou característica.
A pesquisa bibliográfica foi realizada entre os meses de fevereiro a setembro de 2013
sobre o referido tema, utilizando para a mesma, livros e artigos científicos.
Ao iniciar as sessões foi apresentado e explicado o termo de consentimento livre e
esclarecido (ANEXO A) baseado nas normas da resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde (BRASIL, 2012) para que o mesmo pudesse entender e aceitar a participação no
estudo.
As 20 sessões foram realizadas no domicílio da paciente, residente no município de
Paracatu- MG, 5 vezes por semana, sendo 60 minutos por sessão, entre os meses de agosto e
setembro de 2013.
31
Como métodos de avaliação da paciente foram utilizados o Mini-exame do Estado
Mental (MEEM) (segundo FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUG, 1975 apud CARVALHO
FILHO; PAPALÉO NETTO, 2006), a Escala de Equilíbrio Funcional de Berg (segundo O’
SULLIVAN; SCHMITZ, 2004), Timed Up and Go (TUG) (segundo O’ SULLIVAN;
SCHMITZ, 2004) e a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer
(QdV-DA) (segundo NOVELLI, 2003) antes e após intervenção fisioterapêutica. Todos esses
testes constam na ficha de avaliação do paciente (ANEXO B). Sendo que a primeira avaliação
ocorreu no mês de agosto e a segunda em setembro.
A intervenção seguiu um protocolo de tratamento elaborado e aplicado pela
pesquisadora (APÊNDICE A), conforme as recomendações de Lianza (2007) e Kisner e
Colby (2009), utilizando a cinesioterapia motora, através de alongamentos passivos e ativoassistidos, exercícios ativos, exercícios ativos resistidos com carga leve e exercícios de
equilíbrio, além de atividades cognitivas como exercícios repetitivos que envolvessem
numerais, formação ou reconhecimento de figuras. Foram utilizados para os exercícios:
caneleiras, bastões, halteres, jogo de memória, calendário, figuras, quebra-cabeças, pinos de
boliche, bolas de gude, copo e pote de plástico, bola proprioceptiva pequena, bola dente de
leite, lápis de cor e papel A4. Podendo ser observados mais detalhadamente nas evoluções
diária (APÊNDICE B).
A pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória (FR) foram
verificadas em todas as sessões.
A análise dos dados ocorreu entre os meses de agosto a setembro, utilizando para os
mesmos, tabelas e gráfico do software Windows Word 2007 e do Windows Excel 2007.
32
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram realizadas 20 sessões, nas quais eram previstas 5 sessões semanais, sendo que
entre estas ocorreram 2 faltas que posteriormente foram repostas sem nenhum prejuízo ao
atendimento da paciente.
A tabela 1 mostra os valores obtidos através do Mini-exame do Estado Mental, antes e
após aplicação da cinesioterapia.
Tabela 1- Pontuações obtidas no teste cognitivo
Antes
MEEM
da
aplicação
da Depois
da
cinesioterapia
cinesioterapia
07 pontos
09 pontos
aplicação
da
Fonte: Dados da pesquisa
O Mini-exame do Estado Mental é um teste prático, válido e confiável para se
observar possíveis transtornos cognitivos nas áreas de orientação temporal e espacial,
memória imediata e de evocação, atenção, cálculo e linguagem (O’ SULLIVAN; SCHMITZ,
2004; LIANZA, 2007). Neste teste a pontuação pode variar entre 0 a 30 pontos, quanto maior
for a pontuação nesta escala, melhor o estado cognitivo do paciente (STEIN et al, 2012).
A escolaridade influencia no resultado do MEEM, Brucki e seus colaboradores (2003)
sugeriram em seu trabalho os seguintes valores por escolaridade: para indivíduos com
escolaridade superior a 11 anos, 29 pontos; de 9 a 11 anos de escolaridade, 28; de 5 a 8 anos
de escolaridade, 26,5; de 1 a 4 anos de escolaridade, 25 pontos; para analfabetos, 20 pontos.
É possível verificar na tabela 1, uma baixa pontuação no teste, evidenciando um
déficit cognitivo. Os dados apontam que exercícios terapêuticos associados à estimulação
cognitiva tiveram um efeito positivo na cognição da paciente. O curto e contínuo período de
intervenção pode ter contribuído para essa manutenção da função, mostrando que a repetição
quase diária pode ser mais efetiva.
O aumento de 2 pontos no MEEM nesta pesquisa, aponta o benefício dos exercícios
terapêuticos associados com atividades para estimulação cognitiva, mas para Lima (2007) que
estudou 8 indivíduos com DA classificados em estágio de leve ou moderado da doença, quis
verificar a influência do treino de memória e atividade física separadamente, os quais 4
participaram de 8 sessões individuais de treino de memória e os outros 4 formaram um grupo
de atividade física que também teve 8 sessões, foi observado que os pacientes que tiveram um
33
treino de memória obtiveram um melhor resultado no MEEM quando comparados com o
outro grupo.
Este resultado positivo, em que a paciente obteve mais acertos no referido teste,
concorda com o estudo de Petroianu e seus colaboradores (2010), realizado com 303 idosos
de 80 anos ou mais, praticantes e não praticantes de atividade física ou mental, verificaram
que a prática regular dessas atividades pode retardar o declínio cognitivo, reduzindo o risco de
desenvolvimento de demência.
O aumento de pontos no MEEM da paciente estudada corrobora com o resultado dos
autores Zaions, Pavan e Wisniewski (2012), em seu estudo utilizaram exercícios terapêuticos
e atividades para a preservação da memória (evocação dos exercícios, dos numerais para a
contagem das séries, jogo da memória e palavras-cruzadas) para o tratamento de uma paciente
com DA, de baixa escolaridade, durante 5 meses em 2 encontros semanais, verificou-se que
houve um leve aumento na pontuação da paciente após o programa de exercícios terapêuticos.
Apesar deste estudo ter realizado o dobro de sessões do que o presente trabalho é possível
observar que 20 sessões de fisioterapia se mostrou eficaz na manutenção da função cognitiva.
A figura 1 mostra os pontos obtidos na avaliação do equilíbrio através da EEFB, antes
e após intervenção da fisioterapia.
Figura 1- Pontuações obtidas na EEFB
56
49
42
35
28
Antes da aplicação da
cinesioterapia
21
Depois da aplicação da
cinesioterapia
14
7
0
Total de pontos obtidos
Fonte: Dados da pesquisa
34
A Escala de Equilíbrio Funcional de Berg avalia o equilíbrio estático e dinâmico,
possui 14 itens a serem avaliados, quanto à pontuação, o número 0 indica que o paciente é
incapaz de realizar a tarefa, enquanto o número 4 indica que o mesmo realiza a tarefa de
forma independente. A pontuação final pode variar de 0 a 56 pontos. Ou seja, quanto maior a
pontuação mais independente é o paciente (O’ SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
Neste gráfico é possível notar que inicialmente a paciente obteve 40 pontos na EEFB
antes da intervenção fisioterapêutica e após os exercícios teve um ganho de 8 pontos,
mostrando que houve uma melhora considerável no equilíbrio da paciente. Provavelmente
esse dado foi influenciado pela inserção de exercícios para o equilíbrio em grande maioria das
sessões.
O presente trabalho mostrou-se otimista quanto a melhora do equilíbrio da paciente
estudada, já Hernandez e colaboradores (2010) estudaram os efeitos da atividade física em 16
idosos com DA divididos em 2 grupos, durante seis meses, 3 vezes semanais, o primeiro
grupo recebeu um protocolo de atendimento com atividades para coordenação, agilidade,
equilíbrio, flexibilidade, força e capacidade aeróbica e o segundo grupo não participou do
protocolo de exercícios. Em seus resultados à respeito da EEFB, observaram que os idosos do
segundo grupo pioraram, enquanto o primeiro grupo manteve a pontuação obtida.
A importância deste ganho na melhora do equilíbrio da paciente do estudo em questão
evidencia um risco menor de quedas, para Castro e colaboradores (2011) que avaliaram 16
indivíduos com DA através da EEFB, TUG, MEEM e outros testes, verificaram que
alterações mínimas no equilíbrio postural podem ter impacto maior nesses indivíduos, do que
em idosos sem demência, porque aqueles apresentam menos estratégias de compensação,
além de sofrerem por influências de fatores como o imobilismo, a depressão e o uso de
medicamentos. Os mesmos autores afirmam que a fisioterapia pode retardar a perda total das
funções e que a estimulação cognitiva deve ser enfatizada no trabalho motor, para minimizar
os déficits de equilíbrio.
O aumento do equilíbrio da paciente com DA estudada diminuiu o risco de quedas,
mas para alguns autores existe uma relação entre déficit de equilíbrio e perda cognitiva, em
um estudo elaborado por Christofoletti e colaboradores (2006), eles avaliaram 20 idosos, entre
eles haviam pacientes saudáveis, com doença de Parkinson (DP) e Alzheimer, através da
EEFB, mostrou que os participantes com a DA, afetados por um distúrbio claramente
cognitivo, apresentaram um maior risco de quedas do que os pacientes que possuíam a doença
com sintomas de alteração motora, o Parkinson. Esses autores concluíram que o declínio
cognitivo possa ser o responsável pelo aumento do risco de quedas destes pacientes.
35
Não foi verificado neste estudo relação entre a cognição e equilíbrio, pois a paciente
mesmo tendo obtido ganhos no MEEM ainda permaneceu com pontuações muito baixas e
adquiriu pontuações boas no equilíbrio, pois o escore máximo na EEFB é 56 e a paciente
obteve 48 na reavaliação. Mas para Leite, Navega e Faganello (2010) que analisaram o
equilíbrio utilizando a EEFB, o estado mental através do MEEM e a qualidade de vida de 30
indivíduos com DA através da QdV-DA, para verificar se existe relação entre as mesmas e
analisar a influência na qualidade de vida dos cuidadores, seus resultados encontrados
mostraram que existe relação entre perda cognitiva e déficit de equilíbrio, para eles o declínio
cognitivo afeta negativamente o equilíbrio.
O resultado obtido pelo teste EEFB deste trabalho, mostrou-se superior ao obtido no
estudo de Zaions, Pavan e Wisniewski (2012), já citados anteriormente, neste foi utilizado
exercícios terapêuticos abrangendo alongamentos, amplitude de movimentos ativos para
membros superiores e inferiores, fortalecimento muscular, exercícios aeróbicos (treino de
escada e caminhada), treino de equilíbrio sobre diferentes superfícies para o tratamento de
uma paciente com doença de Alzheimer e observaram que houve um aumento de 2 pontos no
referido teste depois do programa de exercícios, verificou-se então que o treino de equilíbrio
em idosos com DA pode diminuir o risco de quedas.
A mobilidade da paciente com a DA foi verificada através do Timed Up And Go
(TUG) antes e após o tratamento fisioterapêutico, como resultado, os valores obtidos foram
iguais na 1ª e 2ª avaliação- acima de 20 segundos.
O TUG é um teste funcional simples e bastante utilizado na prática clínica, o paciente
deve levantar-se de uma cadeira, deambular 3 metros, retornar e sentar-se de novo, enquanto o
tempo é cronometrado. As pontuações de 10 segundos é geralmente de adultos sem
alterações, 11 a 20 segundos são considerados dentro da normalidade para idosos frágeis ou
indivíduos com incapacidade e acima de 20 segundos são indicativos de comprometimento da
mobilidade funcional (O’ SULLIVAN; SCHMITZ, 2004; OLIVEIRA; GORETTI;
PEREIRA, 2006).
Observou-se que a paciente possui comprometimento da mobilidade funcional,
verificou-se também que não houve melhora da mesma, pois a velocidade de sua marcha
permaneceu igual ao tempo de antes e após intervenção da fisioterapia.
Neste estudo não houve melhora na mobilidade através da análise do teste, o que
corrobora com o trabalho realizado com 10 pacientes com DA, Fajersztajn e seus
colaboradores (2008) verificaram os efeitos de um programa de fisioterapia motora (composta
por alongamento, exercícios de mobilidade articular, fortalecimento com atividades
36
funcionais, equilíbrio e condicionamento físico através de caminhada, atividade com bola e
treinamento em circuito) associada às atividades cognitivas como a contagem das repetições
na função motora destes pacientes, para isso os mesmos foram divididos em 2 grupos, um
grupo participou de 12 sessões de fisioterapia, ao final eles afirmaram que não encontraram
diferença estatisticamente significativa entre o grupo participante e não participante dos
exercícios terapêuticos no resultado do TUG, mas obteve ganhos na melhora do equilíbrio
através da EEFB.
O presente trabalho em que não houve melhora na mobilidade funcional também
concorda com o estudo de Arcoverde e colaboradores (2008), no qual foi realizado com 37
idosos sendo 19 idosos saudáveis praticantes de atividade física, 11 sedentários com DA e 7
indivíduos com DA participante de exercícios terapêuticos que incluíam treinamento de
equilíbrio, circuitos e exercícios de estimulação cognitiva, foram avaliados através do TUG,
observaram que houve tendência para melhores resultados na mobilidade os pacientes com
DA participantes da fisioterapia comparados ao do grupo sedentário, mas ambos os grupos
com DA tiveram resultados mais elevados neste teste quando comparados com idosos
saudáveis, mas todos os grupos tiveram a mesma pontuação de mobilidade avaliada pelo
TUG.
O resultado obtido neste trabalho em que não houve diferença nos segundos antes e
após intervenção fisioterapêutica corrobora com o estudo de Hernandez e colaboradores
(2010), já citados anteriormente, que propuseram estudar os efeitos da atividade física em
idosos com DA divididos em 2 grupos, mas o primeiro grupo recebeu um protocolo de
atendimento com atividades para coordenação, agilidade, equilíbrio, flexibilidade, força e
capacidade aeróbica, verificaram através do TUG que o primeiro grupo manteve o mesmo
tempo de execução.
Todos os estudos pesquisados evidenciaram que não houve diferença no TUG após
aplicação de exercícios físicos na avaliação de indivíduos com DA. Em um estudo com 28
idosos com alterações cognitivas, Oliveira, Goretti e Pereira (2006), verificaram que pacientes
com alterações cognitivas consideráveis não necessariamente terão uma mobilidade reduzida,
pois seus resultados apontaram que não houve associação do desempenho da mobilidade
através do TUG com alterações cognitivas, mas sabe-se que a DA provoca um impacto no
declínio cognitivo e na mobilidade.
A tabela 2 mostra as pontuações obtidas na Escala de Qualidade de Vida na Doença de
Alzheimer antes e após intervenção da fisioterapia.
37
Tabela 2- Pontuações obtidas nos testes sobre a percepção da qualidade de vida
Antes
da
aplicação
da Depois da aplicação da
cinesioterapia
cinesioterapia
QdV-DA (versão do paciente)
35 pontos
35 pontos
QdV-DA (versão do familiar)
40 pontos
41 pontos
QdV-DA (versão do cuidador)
44 pontos
44 pontos
Fonte: Dados da pesquisa
A Escala de Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (QdV-DA) foi traduzida e
adaptada por Novelli (2003), sendo fácil, de rápida aplicação e confiável . Segundo a mesma
autora, a escala possui 3 versões tendo 13 itens (saúde física, disposição, humor, moradia,
memória, a relação com a família, a relação com o cuidador, a relação com amigos, ele em
geral, capacidade para realizar tarefas domésticas ou outras coisas que precise fazer,
capacidade para realizar atividades de lazer, situação financeira, a vida em geral) cada: a
versão do paciente sobre sua QV, do cuidador sobre a QV do paciente e a QV do cuidador.
Segundo Inouye (2008), a pontuação 1 é atribuída para qualificação ruim, 2 para regular, 3
para bom e 4 para excelente. Somam-se os 13 itens avaliados para obter-se a pontuação geral,
sendo que a pontuação mínima é de 13 pontos, enquanto a máxima, 52 pontos. Quanto maior
o índice melhor é a QV.
Os dados apontam que não houve diferença nas versões da QdV-DA do paciente e do
cuidador em relação ele mesmo após a intervenção, mas teve um aumento de 1 ponto na
versão do cuidador/familiar em relação ao paciente, isso pode indicar que com a prática da
cinesioterapia o cuidador teve uma percepção mais positiva em relação a QV de seu familiar.
Sabe-se que existe uma relação entre a QV do paciente com a QV do cuidador, mas
neste presente estudo não foi observado essa relação, diferenciando-se do estudo de Leite,
Navega e Faganello (2010), já citados anteriormente, que verificaram que quanto maior o
declínio cognitivo pior é a impressão do cuidador sobre a QV do seu familiar, e ainda, que a
piora na qualidade de vida do paciente reflete em uma piora na QV de seu cuidador.
Este trabalho teve mudança apenas na versão da QdV-DA do cuidador em relação ao
seu familiar com a patologia, o que não corrobora com as conclusões de Stein e colaboradores
(2012), esses fizeram um estudo para verificar a relação entre nível de atividade física (AF), a
qualidade de vida e a qualidade de sono em 30 pacientes classificados nos estágios leve e
moderado da doença e observou que não foi encontrada relação entre nível de AF e qualidade
de vida de pacientes com DA, apenas foi encontrado uma relação positiva e significativa a
38
respeito do nível de AF do paciente com a qualidade de vida do seu cuidador, ou seja, o
cuidador de um paciente mais ativo possuía uma melhor percepção de sua própria qualidade
de vida.
Observa-se relação do presente estudo que não obteve melhora na percepção da QV do
paciente e de seu cuidador com o trabalho desenvolvido por Groppo e seus colaboradores
(2012), estes verificaram os efeitos da atividade física na QV de portadores da doença de
Alzheimer, participaram do estudo 12 idosas com DA, as mesmas foram divididas em 2
grupos, um grupo realizou um programa de exercício físico em 3 sessões semanais durante
seis meses, com exercícios que envolviam agilidade, equilíbrio, força e capacidade aeróbia
associados às atividades de estimulação cognitiva, tais como, contagem regressiva,
reconhecimentos de formas e cores. Os autores observaram que não foram obtidas melhoras
significativas na QV de idosos com DA e de seus cuidadores, mas o impacto decorrente do
avanço da doença sobre a QV pareceu ocorrer de maneira menos acentuada nos pacientes
fisicamente ativos quando comparados ao grupo controle.
39
7. CONCLUSÃO
A DA provoca um contínuo declínio cognitivo e perda motora, a intervenção
fisioterapêutica neste trabalho foi capaz de promover uma manutenção na função cognitiva da
paciente e beneficiou o equilíbrio, reduzindo o risco de quedas. Pode-se afirmar que com a
manutenção da função cognitiva e a melhora do equilíbrio a paciente adquiriu uma qualidade
de vida mais satisfatória.
Verificou-se que o cuidador teve uma percepção mais positiva da qualidade de vida do
seu familiar após o tratamento com exercícios terapêuticos e das atividades de estimulação
cognitiva.
Quando houve a intervenção foi possível constatar a obrigatoriedade de um
vocabulário extremamente simples e atividades não complexas, para garantir uma melhor
aceitação da paciente ao exercício, algo que não é fácil de obter destes pacientes, pois essa
doença gera alterações como depressão, apatia, agitação e irritabilidade.
Este trabalho teve algumas limitações, como um número restrito de artigos científicos,
pois os números de sessões de alguns estudos variavam de meses à anos de tratamento e ainda
há poucas pesquisas que relacionam os testes do presente trabalho especificamente com
cinesioterapia.
As 20 sessões de fisioterapia demonstraram um efeito positivo, mas faz-se necessária
continuação da paciente no tratamento fisioterapêutico por tempo indeterminado para ganhar
ou manter os valores alcançados após essa intervenção.
40
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45
APÊNDICE
APÊNDICE A- PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
 Orientações gerais por escrito a respeito da DA à cuidadora;
 Alongamentos passivos e ativo-assistidos globais;
 Exercício de ADM ativa de cotovelo; exercício ativo de flexão e extensão de ombro
com uso de bola dente de leite ou bastão; exercício ativo de flexão e extensão de
quadril; exercício ADM ativa de joelho; exercício de bombeamento circulatório de
tornozelo;
 Exercício de ponte; exercício resistido para o fortalecimento dos músculos bíceps
braquial e deltóide com uso de um bastão associado a um peso; exercício resistido
para o fortalecimento
dos
músculos
quadríceps
femoral,
bíceps
femoral,
semitendinoso, semimembranoso, ilíaco e psoas maior com uso de tornozeleira;
exercício resistido para o fortalecimento dos músculos adutores do quadril com uso da
bola dente de leite;
 Exercícios de equilíbrio e função em posição bípede envolvendo: (1) aproximar as
pernas e depois afastá-la lateralmente; (2) levantar os calcanhares e retornar, levantar a
ponta dos dedos e retornar; (3) mover a perna estendida para trás sem curvar o joelho;
(4) mover a perna estendida para frente sem flexionar o joelho; (5) marchar no lugar;
(6) manter-se em bipedestação com um pé na frente do outro; (7) em bipedestação
com apoio em uma perna, mantendo o joelho flexionado com o mínimo apoio das
mãos. Com e sem apoio das mãos;
 Exercícios de equilíbrio e função em bipedestação envolvendo: (1) andar de lado sem
apoio com olhos abertos ou fechados; (2) sentar-levantar-sentar segurando ou não uma
bola nas mãos; (3) chutar uma bola alternando os pés; (4) estender as mãos até os
limites de estabilidade, estando em bipedestação e sem mover os pés colocar bolas de
gude dentro de um copo posicionado em diferentes alturas e distâncias do corpo,
variando lateral, posterior e anteriormente; (5) tarefa de alcançar para os lados,
utilizando bola de gude, halter de 1 kg, cubo e brinquedo de plástico montável; (6)
andar em linha reta;
 Exercícios de equilíbrio e marcha utilizando um circuito com pinos de boliche,
tornozeleiras e bastão como obstáculo para serem saltados ou desviados no momento
da deambulação, associado ao reconhecimento das cores dos mesmos;
46
 Exercício de estimulação cognitiva: com uso do jogo da memória associado ao
reconhecimento e nomeação das figuras, estimulação das habilidades visualconstrutivas com figuras previamente determinadas para copiar e nomear as cores
escolhidas para o desenho; uso do calendário do mês; uso de quebra-cabeça;
identificação do dia, mês, ano e a data atual; e contagem dos números das repetições e
segundos.
47
APÊNDICE B- EVOLUÇÕES DIÁRIA
1ª Sessão- 28/08/2013 (quarta-feira)
PA: 110x60 mmHg
FC: 67 bpm
FR: 21 irpm
 Avaliação da paciente;
 Orientações gerais por escrito a respeito da DA à cuidadora;
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício ativo de flexão e extensão de quadril;
 Exercício ativo de flexão e extensão de ombro com uso de bola dente de leite.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
2ª Sessão- 30/08/2013 (sexta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 89 bpm
FR: 22 irpm
 Alongamento passivo dos músculos isquiotibiais e alongamento ativo-assistido dos
eretores da espinha lombar;
 Exercício ativo de flexão e extensão de ombro com uso de bola dente de leite;
 Exercício de ADM ativa de cotovelo;
 Exercício de equilíbrio em circuito com uso de pinos de boliche associado ao
reconhecimento das cores dos mesmos;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória associado ao
reconhecimento e nomeação das figuras;
 A paciente foi questionada a respeito da data, dia e mês atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
3ª Sessão- 02/09/2013 (segunda-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 90 bpm
FR: 21 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício ativo de flexão e extensão de ombro com uso da bola dente de leite;
 Exercício ADM ativa de cotovelo;
 Exercício ADM ativa de joelho;
 Exercício ativo de flexão e extensão de quadril;
48
 Exercício de equilíbrio na posição bípede, com as mãos apoiadas, sendo realizada
atividade de aproximar e afastar as pernas lateralmente;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória com 12 peças,
previamente a paciente foi estimulada a reconhecer os pares e figuras, além de nomeálas;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
4ª Sessão- 03/09/2013 (terça-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 76 bpm
FR: 28 irpm
A paciente relatou dor na região lombar.
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Massagem terapêutica na região referida de dor;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) aproximar as pernas e depois
afastá-la lateralmente, (2) levantar os calcanhares e retornar, levantar a ponta dos
dedos e retornar, (3) mover a perna estendida para trás sem curvar o joelho, (4) mover
a perna estendida para frente sem flexionar o joelho. Todos os exercícios foram
realizados com as mãos apoiadas;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
5ª Sessão- 04/09/2013 (quarta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 76 bpm
FR: 26 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) aproximar as pernas e depois
afastá-la lateralmente sem apoiar as mãos, (2) de manter um pé exatamente na frente
do outro, (3) levantar os calcanhares e retornar, levantar a ponta dos dedos e retornar
com as mãos apoiadas, (4) mover a perna estendida para trás sem curvar o joelho com
as mãos apoiadas, (5) mover a perna estendida para frente sem flexionar o joelho, com
as mãos apoiadas;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
49
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
6ª Sessão- 05/09/2013 (quinta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 67 bpm
FR: 20 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) de manter um pé exatamente
na frente do outro com as mãos apoiada, (2) aproximar as pernas e depois afastá-la
lateralmente sem apoiar as mãos, (3) equilíbrio dinâmico em circuito utilizando pinos
de boliche;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
7ª Sessão - 06/09/2013 (sexta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 91 bpm
FR: 20 irpm
A paciente apresentava edemas em membros inferiores.
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de ponte;
 Exercício de flexão e extensão de ombro;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) andar de lado sem apoio, (2)
marchar no lugar, (3) mover a perna estendida para frente sem flexionar o joelho, com
e sem apoio das mãos;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
8ª Sessão- 09/09/2013 (segunda-feira)
PA: 110x60 mmHg
FC: 72 bpm
FR: 29 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
50
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercício resistido de fortalecimento do músculo quadríceps femoral com uso de
tornozeleira de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) manter um pé na frente do
outro, (2) marchar no lugar;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
9ª Sessão - 10/09/2013 (terça-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 88 bpm
FR: 29 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercícios de equilíbrio envolvendo (1) sentar-levantar-sentar, (2) andar de lado com
olhos fechados, (3) equilíbrio dinâmico em circuito com uso de pinos de boliche e
tornozeleiras como obstáculos associado ao reconhecimento das cores dos mesmos;
 Exercício cognitivo através da estimulação das habilidades visual-construtivas, a
paciente deveria copiar 4 figuras previamente determinadas e nomear as cores
escolhidas para o desenho;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual.
A paciente acertou o dia e escreveu o número correspondente em um papel.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
10ª Sessão - 11/09/2013 (Quarta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 79 bpm
FR: 22 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício ativo de flexão e extensão de quadril;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) chutar uma bola alternando
os pés, (2) estender as mãos até os limites de estabilidade, estando em bipedestação e
sem mover os pés a paciente tinha que colocar bolas de gude dentro de um copo
posicionado lateral, posterior e anteriormente ao corpo;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
51
 Identificação do dia da semana, mês, ano e data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
11ª Sessão - 12/09/2013 (quinta-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 83 bpm
FR: 29 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos ilíaco e psoas maior com uso
de tornozeleira de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio envolvendo (1) sentar-levantar-sentar, (2) andar de lado com
olhos fechados;
 Exercício de estimulação cognitiva através da estimulação das habilidades visualconstrutivas, a paciente deveria copiar 5 figuras previamente determinadas e nomear
as cores escolhidas para o desenho;
 Identificação do dia, mês, ano, a data atual e escrever o número em um papel.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
12 ª Sessão - 13/09/2013 (sexta-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 89 bpm
FR: 26 irpm
A paciente relatava cãibras nas mãos, diminuição do edema nos MMII e dor lombar.
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício ativo de flexão e extensão de ombro com uso do bastão;
 Exercício de ADM ativa de cotovelo;
 Exercício resistido para o fortalecimento do músculo bíceps braquial com uso de
bastão associado a um peso de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio em bipedestação envolvendo (1) manter um pé na frente do
outro, (2) estender as mãos até os limites de estabilidade, estando em bipedestação e
sem mover os pés a paciente tinha que colocar bolas de gude dentro de um copo
posicionado em diferentes alturas e distancias do corpo, variando lateral, posterior e
anteriormente;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia da semana, mês, ano e data atual;
52
 Foi entregue um calendário do mês de setembro para a paciente, pois a mesma
mostrou capacidade para reconhecer os numerais;
 Massagem terapêutica na região lombar.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
13ª Sessão – 16/09/2013 (segunda-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 98 bpm
FR: 28 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos quadríceps femoral com uso de
tornozeleira de 1 Kg;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos bíceps braquial com uso de
bastão associado com resistência de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio e marcha utilizando um circuito com pinos de boliche,
tornozeleiras e bastão como obstáculo para serem saltados ou desviados no momento
da deambulação;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória com 14 peças,
previamente a paciente era estimulada a reconhecer e nomear cada figura;
 Identificação do dia da semana, mês, ano e data atual.
A paciente apresenta dificuldade com o uso do calendário.
Obs: todos os exercícios e alongamentos continuam sendo realizados associados à contagem
dos números das repetições e segundos para estimulação da memória da paciente.
14ª Sessão - 17/09/2013 (terça-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 89 bpm
FR: 26 irpm
A paciente estava aparentemente cansada e sem ânimo. Apresentava diminuição do edema
nos membros inferiores.
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercícios de equilíbrio e função de (1) manter-se em bipedestação com um pé na
frente do outro, (2) sentar-levantar-sentar segurando uma bola dente de leite nas mãos.
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia da semana, mês, ano e data atual.
53
O uso do calendário não vem se mostrando eficaz, pois passou a dificultar o
reconhecimento da data ao invés de facilitar.
Obs: todos os exercícios e alongamento foram realizados associados à contagem dos números
das repetições e segundos.
15ª Sessão - 18/09/2013 (quarta-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 73 bpm
FR: 26 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de flexão e extensão de ombro com uso de bola dente de leite;
 Exercício resistido de fortalecimento dos músculos ilíaco e psoas maior;
 Exercícios de equilíbrio e função envolvendo atividade de chutar bola alternando os
pés;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória;
 Identificação do dia da semana, mês, ano e data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
16ª Sessão – 19/09/2013 (quinta-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 79 bpm
FR: 31 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos bíceps braquial com uso de
bastão associado com resistência de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio e função envolvendo atividades de (1) levantar-sentar-levantar
segurando uma bola e (2) tarefa de alcançar para os lados, utilizando bola de gude,
halter de 1 kg, cubo e brinquedo de plástico montável;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso do jogo da memória, previamente a
paciente era estimulada a reconhecer e nomear cada figura;
 Identificação da data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
17ª Sessão- 23/09/2013 (segunda-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 81 bpm
FR: 30 irpm
54
A paciente estava colaborativa, mas aparentemente desinteressada na execução dos
exercícios.
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos quadríceps femoral com uso de
tornozeleira de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio e função de (1) andar em linha reta, colocando um pé na
frente do outro, sendo este interrompido pela dificuldade de entendimento da paciente,
(2) de manter um pé na frente do outro;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso de quebra-cabeça com 9 peças;
 Identificação do dia e data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
18ª Sessão - 24/09/2013 (terça-feira)
PA: 100x60 mmHg
FC: 69 bpm
FR: 31 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos ilíaco e psoas maior com uso
de tornozeleira de 1 Kg;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos bíceps braquial e deltóide com
uso de um bastão associado a um peso de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio e marcha utilizando um circuito com pinos de boliche,
tornozeleiras e bastão como obstáculo para serem saltados ou desviados no momento
da deambulação;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso de quebra-cabeça com 9 peças;
 Identificação do dia e data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
19ª Sessão - 25/09/2013 (quarta-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 73 bpm
FR: 23 irpm
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de bombeamento circulatório de tornozelo;
55
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos adutores do quadril com uso da
bola dente de leite;
 Exercício resistido para o fortalecimento dos músculos bíceps femoral, semitendinoso
e semimembranoso com uso de uma tornozeleira de 1 Kg;
 Exercícios de equilíbrio e função envolvendo atividades de (1) sentar-levantar-sentar,
(2) em bipedestação com apoio em uma perna, mantendo o joelho flexionado com o
mínimo apoio das mãos;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso de quebra-cabeça e identificação do dia e
data atual.
Obs: todos os exercícios e alongamentos foram realizados associados à contagem dos
números das repetições e segundos.
20ª Sessão - 26/09/2013 (Quinta-feira)
PA: 90x60 mmHg
FC: 78 bpm
FR: 28 irpm
 Reavaliação da paciente;
 Alongamentos passivos e alongamento ativo-assistido global;
 Exercício de estimulação cognitiva com uso de quebra-cabeça.
56
ANEXOS
ANEXO A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)
Eu, __________________________________________________, RG nº ________
___________, abaixo qualificado (a), declaro para fins de participação em pesquisa, que fui
devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Os Benefícios da
Cinesioterapia no Tratamento de um (a) Paciente com Doença de Alzheimer, de
responsabilidade da acadêmica Edilene Ferreira, do curso de Bacharelado em Fisioterapia da
Faculdade TECSOMA, quanto aos seguintes aspectos:
A doença de Alzheimer é uma doença progressiva, que não tem cura, causa
degeneração do sistema nervoso central, afeta as funções cognitivas e motoras provocando
uma contínua redução da independência do portador. Será realizada uma pesquisa, do tipo
estudo de caso, com um portador da doença de Alzheimer. O tratamento fisioterapêutico
consistirá de 20 sessões, com aplicação de alongamentos, exercícios de amplitude de
movimento articular, exercícios de fortalecimento, treino de marcha, exercícios de equilíbrio,
atividades cognitivas e exercícios de atividades de vida diária com objetivo de melhorar a
funcionalidade, mobilidade e equilíbrio, consequentemente retardando a progressão das
sequelas da doença.
Sua participação é voluntária, e tem liberdade de recusar ou retirar o seu
consentimento a qualquer período da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, sem
penalização alguma e sem prejuízos à continuidade do tratamento. Durante ou após a
pesquisa, não haverá desconforto ou risco à sua pessoa. Não há valores a serem pagos pela
participação do projeto. Os resultados da pesquisa serão analisados e utilizados com fins de
publicação e produção de trabalho de conclusão de curso em bacharel em Fisioterapia, mas
sua identidade não será divulgada, sendo guardada em sigilo.
Declaro, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter
entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.
Paracatu, _____ de ____________ de 2013.
57
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Objeto da pesquisa
Nome do (a) voluntário (a): _____________________________________________
RG:_______________________ Data de nascimento:____/____/______ Sexo: M ( ) F ( )
Endereço: _______________________________________________________ Nº_______
Bairro:___________________________ Cidade:_________________ CEP: ___________
Telefone: (___) _______________
Assinatura do responsável legal do participante
DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR
DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no Capítulo IV da
Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o consentimento livre e
esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta pesquisa.
Paracatu, _____ de ____________ de 2013.
Assinatura do (a) Pesquisador (a) Responsável
58
ANEXO B- FICHA DE AVALIAÇÃO
Nome: ___________________________________________________________________
Sexo: ( ) F ( ) M Data de Nascimento: ______________ Idade: _________ Naturalidade:
____________________ Escolaridade: _____________________________
Endereço: ________________________________________________________________
Cuidador: ____________________________________________ Grau de Parentesco:
__________________ Idade: ________________ Telefone: ____________________
História da Doença Atual e Pregressa: __________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Medicamentos em uso: ______________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL
Orientação Temporal
Ano
(Total de pontos= 5)
Semestre
Mês
Data
Dia
Orientação Espacial
Estado
(Total de pontos= 5)
Cidade
Bairro
59
Local geral
Local específico
Memória Imediata
Repita: GELO, LEÃO E PLANTA.
(Total de pontos= 3)
Atenção e Cálculo
Subtrair 100-7 = 93 -7 = 86 -7= 79-7= 72-7= 65
(Total de pontos= 5)
Alternativamente- Soletre a palavra MUNDO de trás
para frente.
Memória de Evocação
Quais os três objetos perguntados anteriormente?
(Total de pontos= 3)
Linguagem
Nomeie: relógio e caneta (total de pontos= 2)
(Dê 1 ponto a cada Repetir: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ. (total de
acerto)
pontos= 1)
Pegue este papel com a mão direita, dobre-o ao meio e
coloque-o no chão. (total de pontos= 3)
Leia e Execute: Feche os Olhos (total de pontos= 1)
Escreva uma Frase (total de pontos= 1)
Copie o desenho (total de pontos= 1)
_________________ Total de pontos (máximo= 30)
Fonte: FOLSTEIN; FOLSTEIN; MCHUG, 1975 citado por CARVALHO FILHO;
PAPALÉO NETTO, 2006
FECHE OS OLHOS
Escreva uma Frase: _________________________________________________________
Copie o desenho
60
Escala de Equilíbrio Funcional de Berg
1. Sentado para em pé
( ) 4 capaz de ficar em pé sem usar as mãos e estabiliza-se
Instruções: Favor Levantar independentemente;
tentando não usar as mãos ( ) 3 capaz de ficar em pé independentemente usando as mãos;
para apoiar-se.
( ) 2 capaz de ficar em pé usando as mãos após várias tentativas;
( ) 1 precisa de mínima ajuda para ficar em pé ou se estabilizar;
( ) precisa de assistência moderada ou máxima para levantar.
2. Em pé sem suporte
( ) 4 capaz de ficar em pé com segurança por 2 minutos;
Instruções: Favor ficar em pé ( ) 3 capaz de ficar em pé por 2 minutos com supervisão;
por
2
minutos
sem
se ( ) 2 capaz de ficar em pé por 30 segundos sem suporte;
segurar.
( ) 1 necessita várias tentativas para ficar em pé sem suporte durante
30 segundos;
( ) 0 incapaz de ficar em pé por 30 segundos sem suporte.
3. Sentado com as costas ( ) 4 capaz de ficar sentado com segurança e firmemente por 2
sem suporte, mas os pés minutos;
apoiados no chão ou ( ) 3 capaz de ficar sentado por 2 minutos com supervisão;
sobre um banquinho.
Instruções:
sentado
com
Favor
os
( ) 2 capaz de ficar sentado por 30 segundos;
ficar ( ) 1 capaz de ficar sentado por 10 segundos;
braços ( ) 0 incapaz de ficar sentado sem suporte por 10 segundos.
cruzados durante 2 minutos.
4. De pé para sentado
( ) 4 senta-se com segurança com mínimo uso das mãos;
Instruções: Favor sentar-se.
( ) 3 controla a descida usando as mãos;
( ) 2 encosta a parte de trás das pernas na cadeira para controlar a
descida;
( ) 1 senta-se independentemente, porém a descida é descontrolada;
( ) 0 precisa de assistência para sentar-se.
5. Transferências
( ) 4 capaz de transferir-se com segurança com mínimo uso das mãos;
Instruções: Peça ao paciente ( ) 3 capaz de transferir-se com segurança com necessidade definida
para transferir-se uma vez das mãos;
para um assento sem apoio ( ) 2 capaz de transferir-se com ajuda verbal e/ou supervisão;
de braço e uma vez para um ( ) 1 precisa de uma pessoa para dar assistência;
assento com braços.
( ) 0 precisa de duas pessoas para dar assistência ou supervisionar
para dar segurança.
61
6. Em pé sem apoio com ( ) 4 capaz de ficar em pé por 10 segundos com segurança;
olhos fechados
( ) 3 capaz de ficar em pé por 10 segundos com supervisão;
Instruções: Favor fechar os ( ) 2 capaz de ficar em pé por 3 segundos;
olhos e ficar em pé parado, ( ) 1 incapaz de manter os olhos fechados por 3 segundos, porém fica
por 10 segundos.
em pé com segurança;
( ) 0 precisa de ajuda para não cair.
7. Em pé sem apoio com os ( ) 4 capaz de colocar os pés juntos independentemente e ficar em pé
pés unidos
com segurança por 1 minuto;
Instruções: Coloque seus pés ( ) 3 capaz de colocar os pés juntos independentemente e ficar em pé
juntos e fique em pé sem se com supervisão por 1 minuto;
segurar.
( ) 2 capaz de colocar os pés juntos independentemente mas é incapaz
de se manter por 30 segundos;
( ) 1 precisa de ajuda para assumir a posição mas pode ficar em pé
com os pés unidos por 15 segundos;
( ) 0 precisa de ajuda para assumir a posição e é incapaz de ficar em
pé por 15 segundos.
8. Estendendo o braço à ( ) 4 pode estender o braço à frente confiantemente por 20-30 cm;
frente enquanto está em ( ) 3 pode estender o braço à frente com segurança por 12 cm;
pé
( ) 2 pode estender o braço à frente com segurança por 5 cm;
Instruções: Erga o braço até ( ) 1 estende o braço à frente mas precisa de supervisão;
90°. Estenda os dedos e leve- ( ) 0 perde o equilíbrio quando tenta, necessita de apoio externo.
os o máximo que puder à
frente. A distância registrada
é a partir da ponta dos dedos
com
a
posição
mais
anteriorizada possível.
9. Apanhar um objeto do
chão estando em pé
( ) 4 capaz de pegar o chinelo com segurança e facilmente;
( ) 3 capaz de pegar o chinelo mas precisa de supervisão;
Instruções: Apanhe o chinelo
( ) 2 incapaz de pegar o chinelo, mas estende o braço até 2-5 cm do
que está colocado na frente
chinelo e mantém o equilíbrio independentemente;
dos seus pés.
( ) 1 incapaz de pegar e precisa de supervisão para tentar;
( ) 0 incapaz de tentar/precisa de assistência para não perder o
equilíbrio/cair.
62
10. Vire e olhe para trás por ( ) 4 olha atrás pelos dois lados e transfere bem o peso;
cima do ombro esquerdo ( ) 3 olha para trás apenas por um lado, o outro mostra menos
e direito estando em pé
Instruções:
Vire
e
transferência de peso;
olhe ( ) 2 apenas vira para os lados mas mantém o equilíbrio;
diretamente para trás de você ( ) 1 precisa de supervisão próxima ou pistas verbais;
por cima do ombro E. Repita ( ) 0 precisa de assistência para virar.
o movimento olhando pelo
ombro D.
11. Girar 360°
( ) 4 capaz de girar 360° com segurança em 4 segundos ou menos;
Instruções: Gire fazendo um ( ) 3 capaz de girar 360° com segurança, apenas para um lado, em 4
círculo completo, pare e segundos ou menos;
então gire completamente na ( ) 2 capaz de girar 360° com segurança, porém lentamente;
outra direção.
( ) 1 precisa de supervisão próxima ou pistas verbais;
( ) 0 precisa de assistência para girar.
12. Colocar pés alternados ( ) 4 capaz de ficar em pé independentemente e com segurança e
sobre um degrau ou completar 8 passos em 20 segundos;
banquinho estando em ( ) 3 capaz de ficar em pé independentemente e completar 8 passos >
pé sem apoio
20 segundos;
Instruções: Coloque cada pé ( ) 2 capaz de completar 4 passos sem ajuda com supervisão;
alternadamente
degrau
ou
sobre
o ( ) 1 capaz de completar > 2 passos, requerendo mínimo assistência;
banquinho. ( ) 0 precisa de assistência para não cair/ incapaz de tentar.
Continue até que cada pé
tenha tocado o degrau 4
vezes.
13. Em pé sem suporte com ( ) 4 capaz de colocar os pés alinhados independentemente e manter
um pé na frente
por 30 segundos;
Instruções: Coloque um pé ( ) 3 capaz de colocar o pé na frente do outro independentemente e
diretamente na frente do manter por 30 segundos;
outro.
( ) 2 capaz de dar um pequeno passo independentemente e manter por
30 segundos;
( ) 1 precisa de ajuda para dar o passo mas pode manter por 15
segundos;
( ) 0 perde o equilíbrio ao dar o passo ou ficar em pé.
14. Em pé sobre uma perna
( ) 4 capaz de erguer a perna independentemente e manter por > 10
63
Instruções: Em pé sobre uma segundos;
perna o máximo que puder ( ) 3 capaz de erguer a perna independentemente e manter por 5-10
sem se segurar.
segundos;
( ) 2 capaz de erguer a perna independentemente e manter por maior
ou igual a 2 segundos;
( ) 1 tenta erguer a perna, é incapaz de manter por 3 segundos mas
permanece em pé independentemente;
( ) 0 incapaz de tentar ou precisa de assistência para impedir uma
queda.
_____________ TOTAL DE PONTOS (Máximo = 56)
Fonte: O’ SULLIVAN; SCHMITZ, 2004
The Timed Up and Go (Levante-se Ande com Tempo Cronometrado) (Fonte: O’ SULLIVAN;
SCHMITZ, 2004).
Tempo marcado no cronômetro
Levantar-se da cadeira e andar 3 metros
( ) 10 segundos sem alterações.
( ) 11 a 20 segundos normal para idosos frágeis ou indivíduos com incapacidade.
( ) acima de 20 segundos, comprometimento da mobilidade funcional.
Data da Avaliação: ___________________________
64
Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (Versão do Paciente)
Data da Entrevista: __________________________________________________
Favor marcar apenas uma resposta.
1. Como você se sente em relação à sua
saúde física?
2. Como você se sente sobre seu nível de
disposição?
3. Como tem estado seu humor ultimamente?
4. Como você se sente em relação ao lugar
em que você vive agora?
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
5. Como está sua memória?
6. E sua relação com a família?
7. Como é sua relação com seu/sua filho(a)?
8. Como você descreveria sua atual relação
com seus amigos?
9. Como você se sente sobre você mesmo?
10. O que você acha sobre sua capacidade
para realizar tarefas domésticas ou outras
coisas que você precise fazer?
11. E sobre sua capacidade para realizar
atividades de lazer, coisas que você goste?
12. Como você se sente sobre sua atual
situação financeira?
13. Como você descreveria sua vida em geral?
Fonte: NOVELLI, 2003
PONTOS:
Comentários:
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
65
Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (Versão do Familiar)
Data da Entrevista: __________________________________________________
Favor marcar apenas uma resposta.
Por favor, avalie estes itens baseados na vida de seu/sua parente, no presente momento (ex. durante as
últimas semanas).
1. Saúde física
2. Disposição
3. Humor
4. Moradia
5. Memória
6. A relação de seu/sua parente com a
família.
7. A relação dele(a) com você.
8. A atual relação dele(a) com amigos.
9. Ele(a) em geral
10. Capacidade
para
realizar
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
Ruim
Regular
Boa
Excelente
tarefas
domésticas ou outras coisas que precise
fazer.
11. Capacidade para realizar atividades de
lazer, coisas que goste.
12. Atual situação financeira dele(a).
13. A vida dele(a) em geral
Fonte: NOVELLI, 2003
PONTOS:
66
Escala de Avaliação da Qualidade de Vida na Doença de Alzheimer (Versão do Cuidador)
Data da Entrevista: __________________________________________________
Favor marcar apenas uma resposta.
Por favor, avalie o quanto cada item é importante para sua qualidade de vida em geral e em seguida
avalie sua atual situação, como você a vê. Indique suas escolhas colocando um X no quadrado
apropriado. No último item, por favor, avalie sua qualidade de vida em geral, como você a vê.
Importância
Muito
Razoável
Situação Atual
Nada
Ruim
1. Saúde física
2. Disposição
3. Humor
4. Moradia
5. Memória
6. A relação de seu/sua parente
com a família.
7. A relação dele(a) com você.
8. A atual relação dele(a) com
amigos.
9. Ele(a) em geral
10. Capacidade
para
realizar
tarefas domésticas ou outras
coisas que precise fazer.
11. Capacidade
para
realizar
atividades de lazer, coisas
que goste.
12. Atual
situação
financeira
dele(a).
13. A vida dele(a) em geral
Fonte: NOVELLI, 2003
PONTOS:
Regular
Boa
Excelente
67
ANEXO C- ESCALA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CDR)
Dano
Memória
Orientação
Nenhum
CDR 0
Sem perda de
memória
ou
apenas
esquecimento
discreto
e
inconstante.
Questionável
CDR 0,5
Esquecimento
leve
e
constante,
lembrança
parcial
de
eventos.
Plenamente
orientado.
Completament
e
orientado
com
dificuldade
leve em relação
ao tempo.
Julgamento e Resolve
Solução de problemas do
Problemas
dia-a-dia, juízo
crítico é bom
em relação ao
desempenho
passado.
Leve
comprometime
nto na solução
de problemas,
semelhanças e
diferenças.
Assuntos na Função
Comunidade independente
no
trabalho,
compras,
negócios,
finanças,
e
grupos sociais.
Leve
dificuldade
nestas
atividades.
Lar
e Vida em casa,
Passatempo
passatempos, e
interesses
intelectuais
mantidos.
Vida em casa,
passatempos e
interesses
intelectuais
levemente
afetados.
Cuidados
Pessoais
Plenamente
capaz.
Plenamente
capaz.
Leve
CDR 1
Perda
de
memória
moderada,
mais acentuada
para
fatos
recentes,
atrapalha
as
atividades do
dia-a-dia.
Moderada
CDR 2
Perda grave de
memória,
apenas
material
altamente
aprendido
é
retido,
assuntos novos
são
rapidamente
perdidos.
Dificuldade
Geralmente
moderada com desorientado.
relação
ao
tempo,
orientado em
áreas
familiares.
Dificuldade
Dificuldade
moderada na séria em lidar
solução
de com
problemas,
problemas,
semelhanças e semelhanças e
diferenças,
diferenças.
julgamento
Juízo
social
social mantido. comprometido.
Não
é Não
há
independente
independência
nestas
fora de casa,
atividades,
parece
bem
pode parecer para ser levado
normal
em a
atividades
uma avaliação fora de casa.
superficial.
Comprometim Só realiza as
ento leve, mas tarefas mais
evidente
em Simples,
casa; abandono interesses
das
tarefas muito
mais difíceis, limitados
e
passatempo e pouco
interesses mais mantidos.
complicados.
Necessita de Requer
ajuda.
assistência no
vestir-se e na
higiene.
Grave
CDR 3
Perda
de
memória
grave, apenas
fragmentos são
recordados.
Orientação
pessoal apenas.
Incapaz
de
resolver
problemas ou
de ter qualquer
juízo crítico.
Sem
possibilidade
de desempenho
fora de casa,
parece muito
doente para ser
levado fora de
casa.
Sem qualquer
atividade
significativa
em casa.
Muito auxílio
nos cuidados
pessoais,
incontinências
frequentes.
Fonte: BERTOLUCCI e colaboradores (2001) citados por MONTAÑO e RAMOS (2005);
BRASIL, 2010.
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