Apostila de Geografia I

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GEOGRAFIA FÍSICA/2012
PROFESSOR: DANILO PACHECO
CAPÍTULO 01 - CARTOGRAFIA
1- ORIENTAÇÃO
Orientar-se no espaço terrestre, do ponto de vista geográfico e astronômico, sempre foi uma das
preocupações básicas do ser humano. Nos primórdios da humanidade, justificava-se pela necessidade de
localização de alimento e abrigo. Com o passar do tempo, veio à necessidade de traçar rotas comerciais, rotas
de navegação, evoluções no campo de batalha, localização de recursos no subsolo, etc. E, cada vez mais, as
necessidades iam se multiplicando. É por isso que, desde o homem paleolítico, passando, pelos egípcios,
babilônicos, chineses, gregos, árabes, pelos navegadores europeus, até a época atual, marcada pela existência
de grandes grupos econômicos e poderosos Estados, a localização dos fenômenos geográficos sempre foi,
muito mais que uma curiosidade, uma verdadeira necessidade.
Os povos antigos se orientavam pelos astros, sol, lua, estrelas, rios, lagos, montanhas, etc. e sabiam
que os astros nascem no leste e se põe no oeste. Depois de vários anos, passou-se a utilizar a bússola (baseia
no magnetismo terrestre) como um instrumento de orientação e recentemente ao GPS (Sistema de
Posicionamento Global).
ROSA DOS VENTOS



Pontos Cardeais: ___________________________________________________________________
Pontos colaterais: __________________________________________________________________
Pontos subcolaterais: _______________________________________________________________
2- MOVIMENTOS DA TERRA
Não se sabe exatamente quando o homem descobriu que a Terra é redonda. Filósofos gregos
chegaram a essa conclusão a partir de observações astronômicas. O desaparecimento progressivo das
embarcações no mar, em um horizonte uniformemente circular, também fornecia argumentos aos defensores
da idéia.
Esse fato, tão familiar nos dias de hoje, é o responsável pela existência das diferentes zonas climáticas
em nosso planeta (polares, temperadas e tropicais), segundo uma lógica fácil de ser compreendida: quanto
mais nos afastamos do Equador, maior a inclinação com que os raios solares incidem na superfície terrestre e
maior, portanto, a área aquecida pela mesma quantidade de energia, o que torna as temperaturas mais baixas.
A Terra possui muitos movimentos. Os mais importantes são a rotação e a translação.
Rotação é o movimento que a Terra faz girando em torno de si mesma, tendo no centro um eixo
imaginário que atravessa de um pólo a outro.
Este movimento no sentido oeste-leste tem duração dos dias e das noites, exceto nas regiões polares.
Movimento de translação é o movimento que a Terra executa em torno do Sol em, aproximadamente,
365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos. A trajetória que a Terra descreve em torno do Sol chama-se
órbita.
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O eixo da Terra é inclinado em 23° 27’ 30” em relação ao plano de órbita (obliqüidade da eclíptica), o
que faz com que o pólo norte, numa fase do ano, mantenha-se inclinado para o Sol e na outra, em direção
contrária a ele, provocando as estações do ano.
O fenômeno do “sol da meia-noite” ocorre apenas nas regiões polares à sucessão dos dias e das noites
depende das estações do ano e da translação e não da rotação (nula ou quase nula).
SOLSTÍCIOS
EQUINÓCIOS
DADOS SOBRE AS ESTAÇÕES DO ANO
A luz solar é perpendicular a um dos trópicos (dias e noites com durações diferentes).
21/12- verão no hemisfério sul e inverno no hemisfério norte.
21/06- inverno no hemisfério sul e verão no hemisfério norte.
A luz solar é perpendicular ao equador (dias e noites com duração iguais).
21/03- outono no hemisfério sul e primavera no hemisfério norte.
23/09- primavera no hemisfério sul e outono no hemisfério norte.
Site interessante: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/14447/estacoesdoano.swf
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3- CURVAS DE NÍVEL
As curvas de nível ou isoípsas são linhas que no mapa unem pontos de mesma altitude. A distância
entre as curvas de nível, no traçado geral, indica-nos o grau de declividade que será: suave (quando as
curvas de nível das cotas usadas estiverem distantes entre si) ou acentuada (quando as curvas de nível
estiverem muito próximas umas das outras). Através das curvas de níveis, também podemos traçar o perfil
de relevo.
Obs:
Isotermas
Mesma temperatura
Isóbaras
Mesma pressão
Isoalinas
Mesma salinidade
Isoípsas
Mesma altura
isóbatas
Mesma profundidade
isoietas
Mesma precipitação
isóclinas
Mesma declividade magnética
4- PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
A necessidade de se orientar na superfície do planeta levou os homens, ao longo da história, a
elaborar vários tipos de mapas, desde as rústicas, representações babilônicas até as mais modernas, feitas
a partir de coleta de informações obtidas por sensoriamento remoto e processadas pela informática. Nele
são usados signos convencionais, próprios da cartografia. Mas, por mais perfeito e detalhado que seja um
mapa, ele sempre será uma representação da realidade, nunca a própria.
Diante da complexidade da realidade, algumas informações sempre são priorizadas em detrimento
de outras. Seria impossível representar todos os fenômenos físicos, econômicos, humanos e políticos em
um único mapa. Por isso, além dos mapas topográficos, há os mapas temáticos, nos quais se selecionam
temas que interessam ao usuário, entre as infinitas possibilidades de representação.
É importante lembrar que uma projeção cartográfica nada mais é do que o resultado de um conjunto
de operações que permite colocar no plano, fenômenos inscritos numa esfera ou, no caso da Terra, num
geóide, que é a forma específica do nosso planeta.
As projeções cartográficas, podem ser classificadas em três categorias principais, dependendo da
figura geométrica empregada em sua construção: cilíndrica, cônica ou plana (azimutal).
As propriedades das projeções são: Conformes (mantém as formas originais), Equivalentes
(mantém as áreas originais), Eqüidistantes (mantém as distâncias originais) e Afiláticas.
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Projeção Cilíndrica de Mercator
Esta representação é obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os
meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado.
Ao ser desenrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas as informações que para ele
foram transferidas.
Nem todas as projeções cilíndricas são iguais. A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos
continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies, como é o caso da primeira
projeção elaborada por Mercator.
Gerard Mercator (1512-1594) desenvolveu seu trabalho, durante as grandes navegações do século
XIV. Do continente europeu partiram navios para a África, América e Ásia. A projeção é a mais apropriada à
navegação marítima e mostra uma visão eurocêntrica do mundo.
Projeção Cilíndrica de Peters
A projeção equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as
formas, direções e ângulos, como é o caso da projeção de Peters.
O mapa-múndi de Peters valoriza os países subdesenvolvidos, colocando-os em destaque ao
representá-los com os seus tamanhos proporcionais. Ele projeta em linguagem cartográfica a idéia de
igualdade entre as nações.
O cartógrafo alemão Arno Peters (1916-2002) considerava que os mapas eram uma das
manifestações simbólicas da submissão dos países do Terceiro Mundo.
Peters combateu a imagem de superioridade dos países do Norte representada nos planisférios
derivados da projeção de Mercator. Seu pressuposto de que todos os países deveriam ser retratados no
mapa-múndi de forma fiel a sua área, dá destaque os países subdesenvolvidos.
Projeção Cilíndrica de Robinson
Com o objetivo de aperfeiçoar as características da projeção de Mercator nas superfícies das
regiões de alta latitude, Arthur H. Robinson criou a sua projeção, em 1963. Com Robinson, os meridianos
são colocados em linhas curvas, em forma de elipses que se aproximam quanto mais se afastam da linha
do Equador. É a projeção mais usada nos atlas atuais.
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Projeção Cilíndrica de Mollweide
É um tipo de representação cartográfica elaborada em 1805 pelo cartógrafo alemão Karl Mollweide,
e foi criada para corrigir as diversas distorções da projeção de Mercator. Nesta projeção os paralelos são
linhas retas e os meridianos, linhas curvas. A área é proporcional à da esfera terrestre, tendo forma elíptica
e achatamento dos pólos norte e sul. As zonas centrais apresentam grande exatidão, tanto em área como
em configuração, mas as extremidades ainda apresentam algumas distorções. Na maioria dos Atlas atuais
os mapas-múndi seguem a projeção de Mollweide.
Projeção Cônica
Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa. Os meridianos
formam uma rede de linhas retas convergentes nos pólos e os paralelos formam círculos concêntricos. Essa
projeção é utilizada para representar partes da superfície terrestre, como o trecho de um continente.
Na projeção cônica, as distorções próximas ao paralelo de contato
com o cone são pequenas e aumentam à medida que as
superfícies representadas se distanciam desse paralelo.
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Projeção plana ou azimutal
O mapa numa projeção azimutal é construído sobre um plano tangente a um ponto qualquer da
esfera terrestre. Este ponto ocupa sempre o centro do mapa. A projeção azimutal é usada, em geral, para
representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando
possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre. O emblema da ONU
é uma projeção azimutal.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(SIMULAÇÃO ENEM/2009)
O desenho do artista uruguaio Joaquín Torres-García trabalha com uma representação diferente da usual da América
Latina. Em artigo publicado em 1941, em que apresenta a imagem e trata do assunto, Joaquín afirma:
“Quem e com que interesse dita o que é o norte e o sul? Defendo a chamada Escola do Sul por que na realidade, nosso
norte é o Sul. Não deve haver norte, senão em oposição ao nosso sul. Por isso colocamos o mapa ao revés, desde já, e
então teremos a justa ideia de nossa posição, e não como querem no resto do mundo. A ponta da América assinala
insistentemente o sul, nosso norte”.
TORRES-GARCÍA, J. Universalismo constructivo. Buenos Aires: Poseidón, 1941. (com adaptações).
O referido autor, no texto e imagem acima,
(A) privilegiou a visão dos colonizadores da América.
(B) questionou as noções eurocêntricas sobre o mundo.
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(C) resgatou a imagem da América como centro do mundo.
(D) defendeu a Doutrina Monroe expressa no lema “América para os americanos”.
(E) propôs que o sul fosse chamado de norte e vice-versa.
02)(ENEM/2010) Pensando nas correntes e prestes entrar no braço que deriva da Corrente do Golfo para o
norte, lembrei-me de um vidro de café solúvel vazio. Coloquei no vidro uma nota cheia de zeros, uma bola
cor rosa-choque. Anotei a posição e data: Latitude 49°49’N, Longitude 23°49’W. Tampei e joguei na água.
Nunca imaginei que receberia uma carta com a foto de um menino norueguês, segurando a bolinha e a
estranha nota.
KLINK, A. Parati: entre dois polos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998 (adaptado).
No texto, o autor anota sua coordenada geográfica, que é
A) a relação que se estabelece entre as distâncias representadas no mapa e as distâncias reais da
superfície cartografada.
B) o registro de que os paralelos são verticais e convergem para os polos, e os meridianos são círculos
imaginários, horizontais e esquidistantes.
C) a informação de um conjunto de linhas imaginárias que permitem localizar um ponto ou acidente
geográfico na superfície terrestre.
D) a latitude como distância em graus entre um ponto e o Meridiano de Greenwich, e a longitude como a
distância em graus entre um ponto e o Equador.
E) a forma de projeção cartográfica, usado para navegação, onde os meridianos e paralelos distorcem a
superfície do planeta.
03)(ENEM/2006) No Brasil, verifica-se que a Lua, quando esta na fase cheia, nasce por volta das 18 horas e
se põe por volta das 6 horas. Na fase nova, ocorre o inverso: a Lua nasce às 6 horas e se põe às 18 horas,
aproximadamente. Nas fases crescente e minguante, ela nasce e se põe em horários intermediários.
Sendo assim, a Lua na fase ilustrada na figura acima poderá ser observada no ponto mais alto de sua
trajetória no céu por volta de:
a) meia-noite.
b) três horas da madrugada.
c) nove horas da manha.
d) meio-dia.
e) seis horas da tarde.
04)(ENEM/2004) Entre outubro e fevereiro, a cada ano, em alguns estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste, os relógios permanecem adiantados em uma hora, passando a vigorar o chamado horário de
verão. Essa medida, que se repete todos os anos, visa:
a) promover a economia de energia, permitindo um melhor aproveitamento do período de iluminação
natural do dia, que é maior nessa época do ano.
b) diminuir o consumo de energia em todas as horas do dia, propiciando uma melhor distribuição da
demanda entre o período da manhã e da tarde.
c) adequar o sistema de abastecimento das barragens hidrelétricas ao regime de chuvas, abundantes
nessa época do ano nas regiões que adotam esse horário.
d) incentivar o turismo, permitindo um melhor aproveitamento do período da tarde, horário em que os
bares e restaurantes são mais freqüentados.
e) responder a uma exigência das indústrias, possibilitando que elas realizem um melhor
escalonamento das férias de seus funcionários.
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05)(UFLA/2008) Assinale a alternativa que apresenta a interpretação CORRETA do mapa abaixo.
a)
b)
c)
d)
e)
A região de maior altitude do mapa localiza-se no quadrante C1.
Os quadrantes A1 e B4 possuem terrenos de elevada declividade.
O quadrante D2 possui maior altitude, ao ser comparado com o quadrante B3.
O quadrante C3 pode ser caracterizado como um vale.
todas as alternativas estão corretas.
06)(FUVEST) A figura abaixo é uma representação de um campo de futebol.
Considerando os pontos cardeais e colaterais representados na figura acima, marque a alternativa que
apresenta as direções em que uma bola deve ser lançada, em seqüência, pelos jogadores A, C, E, J, L, I
para que chegue ao jogador 1.
a) Oeste – nordeste – sudeste – oeste – sul – sudoeste
b) Leste – nordeste – sudeste – leste – norte – sudeste
c) Leste – noroeste – sudoeste – oeste – sul – sudeste
d) Oeste – nordeste – sudeste – leste – norte – sudoeste
07)(UFG/2001) O sistema de coordenadas geográficas, adotado atualmente como uma convenção mundial,
foi concebido na Grécia Antiga e visava a facilitar a localização de qualquer ponto na esfera terrestre, a
partir do cruzamento entre um paralelo e um meridiano. Considerando-se as características desse sistema,
uma cidade fictícia, com coordenadas iguais a 7º 00’ de longitude Leste e 6o 50’ de latitude Sul, estaria
localizada a
a) 5º 20’ ao norte da latitude 12º 10’ Sul.
b) 15º 30’ a leste da longitude 7º 30’ Leste.
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c) 6º 10’ ao sul da latitude 13º 00’ Sul.
d) 8º 30’ a oeste da longitude 15º 30’ Leste.
08) (UFMG/2000) Observe os planisférios, construídos a partir de projeções diferentes.
A partir da análise e da interpretação dos planisférios, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:
a) A representação correspondente ao Planisfério 1 expressa as reais proporções entre os diferentes
continentes que compõem a superfície terrestre.
b) A representação correspondente ao Planisfério 2 mostra deformações de áreas que são tanto maiores
quanto mais elevadas altitudes.
c) A representação correspondente ao Planisfério 1 possibilita a percepção correta da configuração das
massas continentais, principalmente nas regiões intertropicais.
d) A representação correspondente ao Planisfério 2 é utilizada intensamente na navegação aérea e
marítima, pela viabilidade de se traçarem nela, com precisão, os rumos de uma rota.
e) A cartografia das áreas situadas nas latitudes superiores a 80º N e S é inviável, nas duas
representações, devido ao excesso de deformação decorrente do processo de projeção.
09)(UFSJ/2009) Observe o mapa abaixo.
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10)(PASES I/2009) No processo de construção e divulgação de ideologias, o mapa é um dos veículos que
tem forte poder em propagar algumas idéias e concepções de mundo.
Compreendendo tal papel, assinale a alternativa que traduz CORRETAMENTE as idéias e concepções
projetadas no mapa que ilustra a bandeira da Organização das Nações Unidas (ONU):
a) A projeção azimutal polar, ao aumentar o tamanho dos países do hemisfério sul, reforça a idéia de
superioridade dos países emergentes próximos ao Equador.
b) A projeção azimutal polar, ao favorecer a visualização do pólo norte, tenta transmitir uma idéia de
neutralidade em relação a todos os países membros.
c) A projeção azimutal polar não contempla o continente africano em razão de sua pouca importância no
cenário mundial.
d) A projeção azimutal polar não dá visibilidade aos países do continente americano, revelando sua omissão
junto às questões políticas e ambientais no cenário mundial.
e) Nenhuma das Anteriores.
GABARITO:
01-B/C
06-D
02-E
07-C
03-A
08-B
04-D
09-B
05-B
10-A
CAPÍTULO 2: GEOLOGIA
1- INTRODUÇÃO e ESCALAS GEOLÓGICAS DE TEMPO
GEOLOGIA  Estuda as origens e as sucessivas transformações do globo terrestre; ocupa, portanto, da
evolução da Terra.
Eras
Cenozóica
Períodos - Características
Quaternária – Delineamento dos atuais continentes. Glaciações do Hemisfério Norte,
cobrindo até a latitude de 40º norte. Formação das bacias sedimentares recentes.
Aparecimento do homem.
Terciária – Formação de bacias sedimentares. Formação dos dobramentos modernos ou
cordilheiras recentes: Andes, Alpes, Himalaia, Rochosas, etc.
Mesozóica
Rochas sedimentares e vulcânicas. Intensa atividade vulcânica no Sul do Brasil formando
os terrenos vulcânicos ou basálticos.
Rochas sedimentares e metamórficas. Existência de cinco continentes: Indo, Afro,
Brasileiro (Gondwana), Terra Canadense e Terra Siberiana. Existência de grandes
florestas cujo soterramento originou posteriormente os depósitos carboníferos. Ocorrência
de glaciações no Hemisfério Sul.
Proterozóico e Arqueozóico – Metamorfismo das rochas magmáticas. Formação no Brasil
das principais jazidas minerais: ferro e manganês do Quadrilátero Ferrífero (MG) e do
Paleozóica
Pré-Cambriano
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Azóico
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maciço de Urucum (MS), manganês do Amapá e formação da Chapada Diamantina e
Serra do Espinhaço. Formação das rochas magmáticas e os primeiros escudos. Formação
no Brasil dos escudos cristalinos e das serras do Mar e Mantiqueira. Existência de dois
continentes (Arqueo-Ártico e Indo-Afro-Brasileiro). Formação dos oceanos.
Ausência de vida. Período de maior duração da história da Terra. Período de resfriamento
da Terra, solidificação dos minerais e formação das primeiras rochas, as magmáticas.
2- ESTRUTURA DA TERRA
Todos os estudos a respeito do interior da Terra apresentam, basicamente, uma estrutura
concêntrica constituída por três camadas principais:
- a camada externa (crosta terrestre)
- o manto (camada intermediária)
- o núcleo (nife)
3- DERIVA DOS CONTINENTES
Teoria da Deriva Continental
1 – 200 milhões de anos: nessa fase inicial da evolução da superfície do globo terrestre, a “Pangea”
ou Pangéia era, praticamente, uma única e extensa massa continental.
2 – 150 milhões de anos: nessa outra fase da “Deriva dos Continentes”, o supercontinente da
Pangéia já estava nitidamente separado em dois grandes continentes: o da Laurásia e o de Gondwana.
3 – 100 milhões de anos: o deslocamento dos blocos continentais continuou ao longo de muitos
milhões de anos, dividindo Gonswana, nessa fase, nas terras da América do Sul, da África, da Austrália e
da Antártida.
4 – 50 milhões de anos: nessa última fase da “Deriva dos Continentes”, a Laurásia já se havia
dividido em América do Norte e Eurásia (Europa e Ásia), e assim ficou moldada a atual conformação dos
continentes.
Formulada por Pratt em 1869, e aperfeiçoada por Hayford, em 1909, segundo a qual a Terra tende
a tomar permanentemente uma forma de equilíbrio isostático, isto é, de compensação de pressões.
Quando se faz uma sobrecarga numa região a massa de sial é obrigada a penetrar no sima. Como
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compensação, outras regiões próximas sofrem, necessariamente, uma elevação (...). Isostasia é, portanto,
uma condição de equilíbrio que se realiza entre as diversas partes da crosta terrestre. É o equilíbrio
fundamental entre as massas continentais e oceânicas. Além disso, ele relacionou a movimentação dos
continentes com a existência de correntes convectivas ou forças subjacentes no sima ou manto.
4- TECTÔNICA (DINÂMICA) DE PLACAS
A teoria das placas tectônicas (1967), sugere que a crosta terrestre flutua, isto é, movimenta-se
sobre um substrato pastoso, magmático ou fluído.
Essa teoria considera que a massa continental está dividida em seis grandes placas, sendo que os
limites dos continentes não coincidem com os das placas.
As placas realizam 3 tipos de movimentos: convergente, divergente e tangencial ou transformante.
Limites de placas e feições características
Tipos de placas envolvidas
Eventos geológicos
Oceano-Oceano
Expansão do assoalho oceânico, ascensão de magma
básico, vulcões, terremotos rasos.
Continente-Continente
Fragmentação do continente, ascensão de magma,
vulcões, terremotos.
Convergente
Oceano-Oceano
Subducção, ascensão de magma, vulcões, terremotos,
deformação crustal.
Oceano-Continente
Subducção, ascensão do magma, vulcões, deformação
crustal, terremotos profundos.
Continente-Continente
Deformação
crustal,
metamorfismo,
terremotos
profundos.
Transformante
Oceano-Oceano
Terremotos
Continente-Continente
Deformação de rochas, terremotos.
Fonte: GUERRA, 1998. p.70.
Tipo de limite
Divergente
5- AGENTES INTERNOS OU ENDÓGENOS (RELEVO TERRESTRE)
Os fatores internos do relevo têm sua origem nas pressões que o magma exerce sobre a crosta
terrestre. Essas pressões podem provocar vulcanismo e outros fenômenos chamados tectônicos, como a
formação de dobras e fraturas e a criação de montanhas.
A diferença entre a temperatura do magma, uma substância quentíssima e por isso fluída, e a
temperatura da crosta, que é mais baixa, pode resultar em dois fenômenos: em algumas regiões, o magma
extravasa para a superfície, pelos vulcões, sob a forma de lavas; em outras, é a crosta que se transforma
novamente em magma, “sugada” para o interior do manto. Essa troca de calor, é denominada movimento de
convecção.
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VULCANISMO
O magma é uma massa pastosa com uma temperatura de mais de 2.000ºC, desprendendo gases
que pressionam a crosta terrestre.
Ao pressionar a crosta, o magma pode subir até perto da superfície, originando fraturas na crosta.
Por essas fraturas, ele pode atingir a superfície, ocorrendo o vulcanismo.
Existe uma longa faixa da superfície terrestre onde os fenômenos vulcânicos são muito comum,
chamado de Círculo de Fogo do Pacífico.
TECTONISMO
O surgimento (assenso) e o afundamento da superfície resultam da ação do tectonismo, ou seja, da
movimentação das placas tectônicas. O tectonismo pode ser classificado em epirogenético e orogenético
Quando há uma grande pressão interna vinda do manto, muito comum no limite entre as placas, o
magma extravasa para a superfície e se solidifica, o que provoca um afastamento entre duas placas. Mas,
se de um lado ocorre afastamento, de outro, diferentes placas podem colidir. Quando essa colisão ocorre, e
as rochas vizinhas são moles, dá-se à formação de montanhas. Essa é a origem dos dobramentos da
crosta.
Devido à pressão do magma, pode-se formar uma faixa ou zona de tensão e atrito junto ao limite
entre duas placas. Se as rochas vizinhas forem pouco resistentes e não maleáveis, possivelmente
ocorreram fraturas. Quando os blocos de rochas fraturados deslizam, deslocando-se um em relação ao
outro, dizemos que houve falha ou falhamento.
ABALOS SÍSMICOS
Os abalos sísmicos são tremores que ocorrem no relevo continental ou insular (terremotos ou
tremores de Terra) e no relevo submarino (maremotos). Os abalos sísmicos têm origem num local chamado
hipocentro e se propagam, através de ondas sísmicas, até um local da superfície, chamado de epicentro,
onde se manifestam mais desastradamente.
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6- AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS (RELEVO TERRESTRE)
O relevo terrestre encontra-se em permanente evolução. Suas formas, criadas pelos agentes
internos, estão constantemente sofrendo a ação de agentes externos, que realizam um trabalho escultural
ou de modelagem da paisagem terrestre. Esse trabalho de modelagem é contínuo e incessante, e nele atua
um conjunto de agentes como o intemperismo, as águas correntes, o vento, as geleiras e a ação dos
mares e dos seres vivos.
7- MINERAIS E ROCHAS
Minerais são substâncias químicas, geralmente sólidas, encontradas na superfície da Terra. Apesar
de sua variedade, todos os minerais apresentam diversas características comuns: cada um deles é um
sólido químico determinado; cada um tem uma estrutura cristalina única; e na sua maioria nunca fizeram
parte de um organismo vivo.
Diversos tipos de rochas existentes na Terra possuem na sua composição substâncias minerais de
grande aplicação econômica. Quando essas substâncias são utilizadas economicamente, recebem o nome
de minérios.
Rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. De acordo com sua origem, as
rochas são classificadas em três tipos fundamentais: magmáticas ou ígneas, sedimentares e
metamórficas.
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As rochas magmáticas ou Ígneas são formadas pela solidificação do magma e são antigas e
resistentes. Podem ser intrusivas/plutônicas/abissais ou extrusivas/vulcânicas/efusivas. As rochas intrusivas
formam-se no interior da Terra pela lenta solidificação do magma. Em função desta lenta formação a rocha
apresentará cristais de minerais. Já as rochas extrusivas resultam de uma solidificação rápida do magma
quando este entra em contato com a atmosfera durante o vulcanismo. Em função desta rápida formação os
minerais não formam cristais.
As rochas sedimentares são formadas a partir da destruição de outra rocha pré-existente. Este
material é então transportado, depositado e posteriormente sofrerá processos que irão determinar a sua
consolidação. O intemperismo, ação de agentes como a água, vento, temperatura, etc, que irão promover a
desagregação e decomposição da rocha.
 Físico: divisão de blocos maiores em menores.
 Químico: mudança da composição da rocha em função de reações químicas entre a rocha e
soluções aquosas.
 Biológico: ação de plantas que penetram nas fraturas das rochas, decomposição vegetal.
Estes desgaste transformam as rochas em partículas ou pequenos detritos, chamados de sedimentos,
irão ser transportados e depositados em locais mais baixos formando as bacias sedimentares.
As rochas metamórficas são aquelas que sofrem mudanças na sua forma geral. Estas mudanças
decorrem de novas condições ou de alterações de temperatura e pressão no interior da Terra.
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8- AS PRINCIPAIS FORMAS DO RELEVO TERRESTRE
Costuma-se definir as formas do relevo terrestre por seu aspecto, origem e composição, ou seja,
pela natureza das rochas que as compõem. Podemos diferenciar formas no relevo da terra: montanhas,
serras, planaltos, planícies e depressões.



Montanhas: são as maiores elevações encontradas na superfície terrestre. Dá-se o nome de
cordilheira a um conjunto de montanhas. Exemplo: Montanhas Rochosas (América do Norte),
Cordilheira dos Andes (América do Sul), Alpes (Europa), Himalaia (Ásia) e montes Atlas (África).
Serras: são relevos alongados com topos irregulares, por vezes isoladas. Em geral são
alinhamentos de montanhas antigas que foram erodidas e mais tarde falhada. As irregularidades
que apresentam se devem a movimentos de acesso e descendo de blocos das rochas fraturadas. A
denominação serras também pode se referir às áreas de bordas de planalto (escarpas).
Planaltos: são relevos aplainados que, por sua altitude (em geral superior a 300 metros), destacamse em relação às áreas circundantes. Suas bordas são irregulares e apresentam saliências e
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

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reentrâncias resultantes da ação de um ou mais agentes erosivos (chuva, rio, vento). Dependendo
da natureza das rochas, os planaltos podem assumir diferentes formas. No Brasil, por exemplo,
nossos planaltos apresentam: chapadas – elevação com escarpas verticais e topo plano; escarpas
– representam a passagem de áreas baixas para um planalto.
Planície: superfície plana, formadas pelo acúmulo recente de sedimentos trazidos pela ação do mar,
dos rios, das chuvas ou mesmo de lagos.
Depressões: são áreas rebaixadas em relação aos relevos circundantes. Sua origem pode estar
ligada a processos de erosão ou a afundamentos provocados por falhamentos. Pode ser: absoluta
(abaixo do nível do mar) e relativa (acima do nível do mar).
9- PRINCIPAL ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA
Os escudos cristalinos ocupam cerca de 35% da superfície brasileira, enquanto as bacias
sedimentares se estendem por cerca de 58%; o derrame de material vulcânico recobriu os restantes 7% do
território.
No Brasil, as rochas cristalinas agrupam-se em estruturas ou províncias geológicas chamadas
escudos. De forma genérica, identificam-se dois grandes escudos no Brasil: o da Guiana e o Brasileiro, este
último dividido em uma série de núcleos menores.
Quando depressões dos escudos são preenchidas por detritos ou sedimentos, forma-se as bacias
sedimentares. Sua importância econômica relaciona-se com a possibilidade de ocorrência de combustíveis
fósseis, como o petróleo e o carvão mineral. No Brasil, identificam-se 8 bacias sedimentares, que ocupam a
maior parte do seu território.
As rochas vulcânicas, por vezes, sofrem intemperismo (desagregação físico-química), dando origem
a um dos solos mais férteis do país, a chamada terra roxa.
10- CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO
Aroldo de Azevedo (década de 40)
Divisão do relevo
Planaltos: Guianas; Brasileiro (Central, Atlântico, Meridional).
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Planícies: Amazônica, Pantanal, Costeira, Pampas.
Critério: Nível Altimétrico
Planalto: superfície levemente ondulada com mais de 200 m de altitude.
Planície: superfície aplainada com menos de 200 m de altitude.
Aziz Ab’ Saber (década de 50)
Divisão do relevo:
Planaltos: Guianas; Brasileiro (Maranhão – Piauí, Nordestino, Central, Serras e Planaltos do Leste e
Sudeste, Meridional, Uruguaio – Sul – rio – grandense).
Planície e terras baixas associadas: Amazônia e Costeira.
Planície típica: Pantanal.
Critérios: Processos de erosão e sedimentações
Planaltos: superfície e aplainada (ou suavemente ondulada), onde atualmente se verifica o domínio do
processo erosivo sobre o sedimentar.
Planície: superfície onde o processo de sedimentação é mais atualmente e independe do nível altimétrico.
Jurandyr L. S. Ross (década de 70 a 85)
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Divisão do relevo:
11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies. As depressões ocupam a maior parcela do território; em
segundo lugar estão as áreas planálticas e, com uma participação mínima, em terceiro lugar, estão as
planícies.
Critérios
Associar informações sobre o processo de erosão e de sedimentação dominantes na atualidade
com informações sobre a base geológica-estrutural do terreno, bem como do nível altimétrico.
Segundo esse critério, define-se planalto como uma superfície irregular, com altitudes superiores a
300 metros e originado a partir da erosão sobre rochas cristalinas ou sedimentares. Depressão é uma
superfície geralmente mais plana que os planaltos, com inclinação suave e com altitudes que variam entre
100 e 500 metros, resultante de prolongados processos erosivos, também sobre superfícies cristalinas ou
sedimentares. Planície é uma superfície extremamente plana originada pelo acúmulo recente de sedimentos
fluviais, marinhos ou lacustres.
Além dessas formas de primeira grandeza, a classificação de Jurandyr Ross destaca – à
semelhança das classificações anteriores – formas de menor grandeza (como escarpas, serras e tabuleiros)
embutidas nas primeiras.
SITE INTERESSANTE:
www.relevobr.cnpm.embrapa.br
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2010)
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TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo. Companhias Editora Nacional, 2009
(adaptado).
O esquema mostra depósitos em que aparecem fósseis de animais do Período Jurássico. As rochas em que
se encontram esses fósseis são
A) magmáticas, pois a ação de vulcões causou as maiores extinções desses animais já conhecidas ao
longo da história terrestre.
B) sedimentares, pois os restos podem ter sido soterrados e litificados com o restante dos sedimentos.
C) magmáticas, pois são as rochas mais facilmente erodidas, possibilitando a formação de tocas que foram
posteriormente lacradas.
D) sedimentares, já que cada uma das camadas encontradas na figura simboliza um evento de erosão
dessa área representada.
E) metamórficas, pois os animais representados precisavam estar perto de locais quentes.
02)(UFLA/2009)
03)(UFMG/2009) Leia estes trechos:
O interior do Ceará voltou a ser atingido por tremores de terra na madrugada de ontem, com abalos
sísmicos que alcançaram até 3,9 graus na escala Richter. Folha de S. Paulo, 10 mar. 2008. p. C1.
(Adaptado)
A terra voltou a tremer na região de Caraíbas, no Norte de Minas Gerais. O abalo sísmico de 4,0 graus na
escala Richter ocorreu anteontem à noite, onde, em dezembro de 2007, terremoto causou a morte da
primeira vítima de um tremor de terra no País. Estado de Minas, 21 de mar. 2008. p. 22. (Adaptado)
Por volta das 21h de anteontem, um tremor de terra de 5,2 graus na escala Richter assustou moradores de
São Paulo, Rio, Paraná e Santa Catarina. Com epicentro na costa brasileira, a cerca de 270 km da capital
paulista, o terremoto foi considerado moderado por cientistas e geólogos do País. Folha de S. Paulo, 24 abr.
2008. p. C4. (Adaptado)
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Considerando-se essas informações e outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar que:
A) a ausência de vítimas no terremoto que afetou parte de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa
Catarina é explicada pelo fato de, no Centro-Sul do País, a construção civil empregar técnicas
antiterremotos eficazes em países como o Japão.
B) a escala Richter é utilizada para quantificar a magnitude sísmica de um terremoto ocorrido em continente
ou em oceano, desde aqueles registrados somente pelos sismógrafos, até aqueles outros sentidos pelo
homem e causadores de grande destruição.
C) a mídia, ao fazer uso das expressões “tremor de terra”, “abalo sísmico” e “terremoto”, está-se referindo a
um fenômeno geológico, que tem sua origem associada à mobilidade e ao deslocamento das placas
litosféricas.
D) as áreas continentais distantes das bordas de placas tectônicas – como é o caso de grande parte do
território brasileiro –, se revelam, também, sismicamente instáveis, embora, nelas, os terremotos
apresentem magnitude e freqüência reduzidas.
04)(UFMG/2000) Analise o mapa.
05)(PUC-MG/2000) Responda a esta questão com base no desenho abaixo:
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06)(CTU/2008.2) Sobre o relevo brasileiro, marque a alternativa correta.
A) É muito antigo, por isso apresenta grandes cadeias de montanhas no planalto das Guianas.
B) Sua formação, em mares de morro, favorece um clima mais ameno e com vegetação predominante de
araucárias.
C) A chapada da Borborema, no Nordeste, facilita a passagem da massa tropical atlântica, ocasionando
chuva na região.
D) A ausência de vulcões no território brasileiro se deve ao baixo grau geotérmico da América do Sul.
E) É formado, em sua maioria, por bacias sedimentares, sendo muito antigo e baixo em função do processo
erosivo ao longo dos anos.
07)(UFOP/2005-2) A figura a seguir apresenta a área de ocorrência do tsunami, provocado por terremotos,
no fim de dezembro último (2004), o que vitimou milhares de pessoas. Com base no mapa e em seus
conhecimentos, é incorreto afirmar:
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A) Considerando a área afetada, pode-se dizer que o tsunami ocorreu em região tropical e atingiu somente
países do continente asiático.
B) Considerando a localização geológica, foi um fenômeno originado pelo choque das placas tectônicas
localizadas sob o Oceano Índico e seu epicentro ocorreu no norte da ilha de Sumatra.
C) Considerando as características econômicas dos países atingidos, pode-se afirmar que o fenômeno
atingiu países subdesenvolvidos.
D) Considerando as coordenadas geográficas, pode-se afirmar que o fenômeno atingiu países localizados
no sul e sudeste da Ásia e no leste da África.
08)(CTU/2007.2) Analisando a distribuição geográfica das placas tectônicas, vulcões e zonas sujeitas a
terremotos, pode-se concluir que:
A) a grande maioria está nos países do Sul.
B) esses fenômenos ocorrem nas chamadas planícies sedimentares.
C) todas as regiões de atividade sísmica intensa estão sobre os limites de placas tectônicas.
D) nas zonas de contato das placas tectônicas, a crosta se torna mais rígida, favorecendo o escape de
magma.
E) o deslocamento das placas tectônicas sempre causa um choque, seguido de um terremoto e/ou
vulcanismo.
09)(PASES I/2009) Observe as figuras ao lado, que representam, respectivamente, os recursos naturais e
as características geológicas do território brasileiro.
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Com base na leitura das figuras e em conhecimentos de Geomorfologia, é CORRETO afirmar:
a) Nas bacias sedimentares situadas ao longo do litoral brasileiro, observa-se a formação de reservas
minerais de bauxita, calcário e fosfato.
b) A exploração do carvão se concentra na região Sul, em função de sua estrutura geológica formada de
embasamentos cristalinos no período do quaternário.
c) A estrutura geológica da região Nordeste possibilitou a concentração de reservas minerais de grande
valor comercial, como amianto, chumbo, calcário, ferro e carvão.
d) A estrutura geológica do Sudeste propiciou a concentração de importantes jazidas minerais, como o ferro
em Minas Gerais e o petróleo no Rio de Janeiro.
e) Nenhuma das Anteriores.
10)(CTU/2007.2) Trata-se de uma área relativamente plana, com profundidade média de 200 metros e é
bastante favorável à exploração de petróleo e gás natural. Essa é a definição do compartimento do relevo
submarino denominado:
A) crosta oceânica
B) região pelágica ou abissal
C) fossa submarina
D) talude marinho
E) plataforma continental
GABARITO:
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01-B
06-E
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02-D
07-A
03-A
08-C
04-D
09-D
05-C
10-E
CAPÍTULO 3: SOLOS
1- FORMAÇÃO DOS SOLOS
Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior porosidade e,
como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propicias para o desenvolvimento de
formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer matéria orgânica à superfície do solo,
aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo é constituído por rocha intemperizada, ar, água e
matéria orgânica, formando um manto de intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crosta
terrestre.
A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se concentrada
apenas na camada superior do solo. Essa camada é chamada de horizonte A, o mais importante para a
agricultura, dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura variável de acordo com o clima, responsável
pela intensidade e velocidade da decomposição da rocha, encontramos rocha intemperizada, ar e água, que
formam o horizonte B. Em seguida, encontramos rocha em processo de decomposição (horizonte C) e,
finalmente, a rocha matriz (horizonte D), que originou o manto de intemperismo ou o solo que a recobre.
Sob as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado à sua
constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo de massapé,
e assim por diante.
É importante destacar que solos de
origem sedimentar, encontrados em bacias
sedimentares e aluvionais, não apresentam
horizontes, por se formarem a partir do
acúmulo
de
sedimentos
em
uma
depressão,
e
não
por
ação
do
intemperismo, mas são extremamente
férteis, por possuírem muita matéria
orgânica.
O principal problema ambiental
relacionado ao solo é a erosão superficial
ou desgaste, que ocorre em três fases:
intemperismo, transporte e sedimentação.
Os fragmentos intemperizados da
rocha
estão
livres
para
serem
transportados pela água que escorre pela
superfície (erosão hídrica) ou pelo vento
(erosão eólica). No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal a ser desgastado, a erosão acaba
com a fertilidade natural do solo.
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da
água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de transportar material em
suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação.
A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da cobertura
vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos obstáculos (raízes, troncos,
folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em uma área desmatada, a velocidade de
escoamento superficial é alta e a água transporta muito material em suspensão, o que intensifica a erosão e
diminui a quantidade de água que se infiltra no solo.
Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto por
vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível, seja
seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em terraços.
Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam com a matéria
orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa prática para
combater pragas ou doenças.
Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices
pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que se infiltra no
solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, lavando os sais minerais
hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa “lavagem” chama-se
lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou surgimento de uma crosta ferruginosa, a
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laterita – popularmente chamada de canga no interior do Brasil – que em certos casos chega a impedir a
penetração das raízes no solo.
2- CONCEITUAÇÃO BÁSICA
Pedologia  o termo pedon, deriva do grego, significa solo ou terra, portanto, a Pedologia é a
ciência que estuda a origem, a evolução e a classificação dos solos.
Edafologia  o termo edafos, derivado do grego, significa terreno ou chão, sendo que a Edafologia
é a ciência que estuda a parte superficial do solo onde o ser humano cultiva os diversos tipos de plantas.
Solo  do ponto de vista pedológico, ele pode ser definido como a camada superficial da litosfera
resultante do intemperismo (físico-químico), sendo composto por quatro elementos básicos: matéria
orgânica, minerais, água e ar.
Regolito  também denominado de manto de intemperismo, que corresponde a uma camada de
material decomposto situada sobre a rocha da qual é originado o solo (rocha-matriz). É na porção mais
superficial do regolito que se tem a formação efetiva do solo.
Horizontes  camadas com características diferenciadas que compõem o solo.
Perfil do solo  conjunto dos horizontes que vão da superfície até o regolito e que pode ser
observado, na prática, nos cortes topográficos de rodovias. Quando se tem um solo bastante desenvolvido
e completo, ele é constituído principalmente por 3 horizontes: A, B e C. A subdivisão dos horizontes pode
ser feita incluindo os algarismos arábicos 1, 2 e 3 ao horizonte principal.
Tempo Geológico  a evolução geológica da rocha geradora do solo também é um fator importante na
pedogênese, principalmente na espessura do seu perfil. Logicamente, o tempo associado ao clima e ao tipo
de material será determinante para os estágios de formação de um solo. Daí, o fato de termos os solos
jovens ou pouco desenvolvidos e os solos maduros ou bem desenvolvidos.
3- SANEAMENTO BÁSICO: ÁGUA E ESGOTO
Muitas cidades têm redes de encanamentos para coleta de esgoto. Esses canos saem das pias e
dos vasos sanitários, por exemplo. O esgoto percorre os canos e é despejado em rios ou córregos. No
entanto, não basta coletar o esgoto. Ele precisa ser tratado para não poluir os córregos, os rios, os lagos e o
oceano. Em boa parte do Brasil o esgoto não é tratado. Por isso, a poluição das águas reduz cada vez mais
as fontes de abastecimento de água potável.
O único modo de resolver o problema é investir em redes de coleta de esgoto e em estações de
tratamento.
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Os serviços públicos de fornecimento de água encanada e tratada e o de coleta e tratamento do
esgoto domiciliar (saneamento básico) estão diretamente ligados a saúde das pessoas porque evitam varias
doenças. Também está ligada a preservação ambiental porque evitam a poluição das águas. Na maioria
das cidades, o saneamento básico é realizado por empresas estatais, controladas pelo governo estadual ou
municipal. Mas em alguns lugares é realizado por empresas privadas, fiscalizadas pelo poder público.
Muitas famílias, no entanto, principalmente no meio rural, onde não há serviços públicos de
saneamento básico, precisam conseguir água por conta própria. Também são elas que decidem o que fazer
com o esgoto. A água costuma ser retirada de poços, fontes ou rios. Para o esgoto, deve-se construir uma
fossa séptica, evitando seu lançamento em córregos ou rios. Em todos esses casos, é importante tomar
vários cuidados. Observe as ilustrações.
4- Classificação do Solo quanto à granulometria
Solos arenosos
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de tamanho
entre 2mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Os solos
arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. Certas plantas e microorganismos podem
viver com mais dificuldades, no entanto, devido à pouca capacidade de retenção de água.
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Solos siltosos
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração silte, de tamanho entre
0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como as argilas e ao mesmo tempo
suas partículas são muito pequenas e leves.
Solos argilosos
São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho
menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água
quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito
argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. Sua composição é de
boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita). Formam pequenos grãos
que lembram a sensação táctil de pó-de-café e isso lhes dá certas caraterísticas similares ao arenoso.
Latossolo
Possui a capacidade de troca de cations baixa, menor que 17 cmolc, presença de argilas de baixa
atividade (Tb), geralmente são solos muito profundos (maior que 2 m), bem desenvolvidos, localizados em
terrenos planos ou pouco ondulados, tem textura granular e coloração amarela a vermelha escura.
Solo lixiviado
São aqueles que a grande quantidade de chuva carrega seus nutrientes, tornando o solo pobre (
pobre de potássio, e nitrogênio).
Solos negros das Planícies e das Pradarias
São aqueles que são ricos em matéria orgânica.
Solo Árido
São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo.
Solos de Montanhas
São aqueles que o solo é jovem.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2011) Como os combustíveis energéticos, as tecnologias da informação são, hoje em dia,
indispensáveis em todos os setores econômicos. Através delas, um maior número de produtores é capaz de
inovar e a obsolescência de bens e serviços se acelera. Longe de estender a vida útil dos equipamentos e a
sua capacidade de reparação, o ciclo de vida desses produtos diminui, resultando em maior necessidade de
matéria-prima para a fabricação de novos.
GROSSARD, C. Le Monde Diplomatique Brasil. Ano 3, nº 36, 2010 (adaptado).
A postura consumista de nossa sociedade indica a crescente produção de lixo, principalmente nas áreas
urbanas, o que, associado a modos incorretos de deposição,
A) provoca a contaminação do solo e do lençol freático, ocasionando assim graves problemas
socioambientais, que se adensarão com a continuidade da cultura do consumo desenfreado.
B) produz efeitos perversos nos ecossistemas, que são sanados por cadeias de organismos
decompositores que assumem o papel de eliminadores dos resíduos depositados em lixões.
C) multiplica o número de lixões a céu aberto, considerados atualmente a ferramenta capaz de resolver de
forma simplificada e barata o problema de deposição de resíduos nas grandes cidades.
D) estimula o empreendedorismo social, visto que um grande número de pessoas, os catadores, têm livre
acesso aos lixões, sendo assim incluídos na cadeia produtiva dos resíduos tecnológicos.
E) possibilita a ampliação da quantidade de rejeitos que podem ser destinados a associações e
cooperativas de catadores de materiais recicláveis, financiados por instituições da sociedade civil ou pelo
poder público.
02)(ENEM/2011) Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o
de procurar resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de
impactos ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer
como a água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa,
quase sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas.
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2007 (adaptado).
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A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes
em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário a essa
solução é
A) a aração.
B) o terraceamento.
C) o pousio.
D) a drenagem.
E) o desmatamento.
03)(ENEM/2010) Muitos processos erosivos se concentram nas encostas, principalmente aqueles
motivados pela água e pelo vento. No entanto, os reflexos também são sentidos nas áreas de baixada,
onde geralmente há ocupação urbana. Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades
brasileiras é
A) a maior ocorrência de enchentes, já que os rios assoreados comportam menos água em seus leitos.
B) a contaminação da população pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de matéria orgânica.
C) o desgaste do solo em áreas urbanas, causado pela redução do escoamento superficial pluvial na
encosta.
D) a maior facilidade de captação de água potável para o abastecimento público, já que é maior o efeito do
escoamento sobre a infiltração.
E) o aumento da incidência de doenças como a amebíase na população urbana, em decorrência do
escoamento de água poluída do topo das encostas.
04)(ENEM/2009) As queimadas, cenas corriqueiras no Brasil, consistem em prática cultural relacionada com
um método tradicional de “limpeza da terra” para introdução e/ou manutenção de pastagem e campos
agrícolas. Esse método consiste em: (a) derrubar a floresta e esperar que a massa vegetal seque; (b) atear
fogo, para que os resíduos grosseiros, como troncos e galhos, sejam eliminados e as cinzas resultantes
enriqueçam temporariamente o solo. Todos os anos, milhares de incêndios ocorrem no Brasil, em biomas
como Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica, em taxas tão elevadas, que se torna difícil estimar a área total
atingida pelo fogo. Um modelo sustentável de desenvolvimento consiste em aliar necessidades econômicas
e sociais à conservação da biodiversidade e da qualidade ambiental. Nesse sentido, o desmatamento de
uma floresta nativa, seguido da utilização de queimadas, representa
a) método eficaz para a manutenção da fertilidade do solo.
b) atividade justificável, tendo em vista a oferta de mão de obra.
c) ameaça à biodiversidade e impacto danoso à qualidade do ar e ao clima global.
d) destinação adequada para os resíduos sólidos resultantes da exploração da madeira.
e) valorização de práticas tradicionais dos povos que dependem da floresta para sua sobrevivência.
05)(UFG/2005)
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06)(UFJF/2009) Observe o mapa e as figuras a seguir.
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Correlacionando-se os elementos que atuam na formação dos solos, assinale a alternativa que
CORRETAMENTE associa o perfil de solo à sua respectiva localização no mapa.
a) X1; Y2; Z3.
b) X2; Y1; Z3.
c) X3; Y1; Z2.
d) X2; Y3; Z1.
e) X1; Y3; Z2.
07)(UFJF/2008.2) Observe a gravura.
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Ela representa o processo de formação do solo. De acordo com a gravura e a pedogênese é CORRETO
afirmar que:
a) a baixa capacidade de drenagem de um solo é identificada pela cor avermelhada, porque os óxidos de
ferro são levados para o lençol freático.
b) a natureza e o número de horizontes permanecem os mesmos em todos os tipos de solos, variando
apenas a espessura dos horizontes.
c) o horizonte C é o horizonte onde ocorre grande atividade biológica, por isso tem coloração clara pela
presença da rocha consolidada.
d) o solo é substrato onde evoluem outros sistemas, tais como os componentes da paisagem: relevo,
vegetação, comportamento hídrico.
e) o tipo de solo representado nesse perfil é o litossolo, porque o horizonte A está assentado diretamente
sobre a rocha.
08)(Centro Universitário Serra dos Órgãos/2000)
09)(UFMG) Analise os perfis de solo característicos de alguns domínios morfoclimáticos brasileiros.
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A partir da análise dos perfis, A, B e C, é possível afirmar-se que esses representam, respectivamente,
configurações dos solos desenvolvidos nos domínios morfoclimáticos.
a) Amazônico, da Caatinga e do cerrado.
b) Amazônico, do Cerrado e da Caatinga.
c) Caatinga, do Cerrado e Amazônico.
d) Cerrado, da Caatinga e Amazônico.
e) Nenhuma das Anteriores.
10)(PUC-MG) Os deslizamentos de encostas podem ser definidos como:
a) Movimento lento e imperceptível dos vários horizontes do solo.
b) Ação erosiva da água em forma de sulcos.
c) Deslocamentos de uma massa do regolito sobre um embasamento ordinariamente saturado de
água.
d) Movimento que começa com a queda livre de uma massa rochosa que é pulverizada no impacto
produzido.
e) Deslocamento rápido de um bloco de terra, quando o solapamento criou um vazio na parte inferior
da encosta.
GABARITO:
01-A
06-A
02-E
07-D
03-A
08-B
04-C
09-D
05-A
10-E
CAPÍTULO: CLIMA
1- CONCEITO DE CLIMA
O clima de um lugar é determinado pelos elementos e fatores climáticos. Os elementos agem
diretamente sobre o clima. São eles: a temperatura, a chuva (e outros tipos de precipitação), a umidade do
ar, os ventos e a pressão atmosférica. Esses elementos sofrem alterações devido à ação dos fatores
climáticos, dentre os quais podemos destacar a latitude, a altitude, as correntes marítimas, a
continentalidade, vegetação e o relevo.
Da atuação dos fatores sobre os elementos climáticos resulta o tempo, que é a combinação
momentânea dos elementos do clima.
Para se determinar o clima de um lugar qualquer, deve-se analisar as variações do tempo nesse
local e qual a sua sucessão habitual, resultante da atuação dos fatores sobre os elementos do clima.
Sendo assim, pode-se aceitar como conceito de clima a definição de Max Sorre. “Clima é a
sucessão habitual dos tipos de tempo num determinado lugar da superfície terrestre”.
2- TIPOS DE NUVEM
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Influenciado pela sistemática de Lineu, para classificar plantas e animais, L. Howard, em 1803,
produziu o primeiro sistema de classificação das nuvens realmente utilizável. Contribuiu muito, para sua
aceitação geral, não só o uso de uma terminologia latina, muito em moda na época, como a constatação
científica de que as mesmas formas de nuvens aparecem sobre toda a Terra.
Na classificação internacional das nuvens incluem-se dez gêneros, cujos nomes, aportuguesados
na sua grafia (embora seja de uso quase universal a grafia latina), são:
1) Cirros – Ci (vem de cirrus, cacho de cabelo, franja — como a penugem de aves —) são as nuvens mais
altas, são delicadas, brancas, fibrosas, geralmente esbranquiçadas, com aspecto de penas ou flocos de lã.
Para alguns, lembra um “rabo de galo”. Pairam à altura média de 9 km.
2) Cirrocúmulos – Cc aparecem sob forma de bolinhas muito pequenas e brancas, ordenadas em bancos
ou campos de nuvens. São também constituídas por cristais de gelo, mas aparecem raramente.
3) Cirrostratos – Cs mostram-se como véu esbranquiçado, fibroso ou liso, mais espesso que os cirros,
constituído predominantemente por cristais de gelo.
4) Altocúmulus – Ac são as nuvens denominadas vulgarmente de “carneirinhos”, como que novelos,
habitualmente formadas por gotas de água líquida, com os bordos claros e zonas sombreadas no interior,
reunidas em faixas alongadas.
5) Altostratos – As são, na maior parte das ocorrências, nuvens em forma de véu uniforme, cinzentoazulado, raramente fibroso, através das quais o Sol e a Lua surgem enfraquecidos na sua luminosidade,
como se os víssemos por um vidro fumaçado. Os altostratos contêm gotículas de água e cristais de gelo,
além de flocos de neve e gotas de chuva.
6) Nimbostratos – Ns : espessas camadas de nuvens cinzentas-escuras, que tapam por completo a Lua ou
o Sol e cuja base inferior é reforçada por nuvens esfarrapadas, que dão chuva ou neve contínuas. A
precipitação pode não atingir o solo, por se evaporar antes. Os nimbostratos compõem-se, como regra
geral, de gotas de água em temperaturas mais baixas que aquela em que ocorre a solidificação (chamado
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fenômeno de sobrefusão), gotas de chuva, flocos e cristais de neve, ou de uma mistura de formas sólidas e
líquidas.
7) Estratocúmulos – Sc : nuvens brancas ou cinzentas, de formas arredondadas, dispersas ou reunidas em
bancos, mas sempre distribuídas por uma camada horizontal pouco espessa. No inverno podem cobrir o
céu, a que dão um aspecto ondulado. Elas contêm partículas de gelo misturadas com as gotas líquidas.
8) Estratos – St (vem de stratus, isto é, espalhado como um lençol) são nuvens típicas dos crepúsculos.
São baixas, alongadas e horizontais. Aparecem em camadas uniformes, sem estrutura visível (aparentando
nevoeiro bem alto). São constituídas por gotas de água ou, se a temperatura for muito baixa, por partículas
de gelo; sua precipitação característica é o chuvisco (precipitação muito uniforme em que as gotas de água,
numerosas e pequenas, parecem flutuar no ar, cujos movimentos acompanham).
9) Cúmulos – Cu (vem de cumulus, que quer dizer, montão de nuvens) são nuvens arredondadas no topo,
majestosas, com o aspecto de montanhas de algodão, de base plana e quase horizontal. Indicam bom
tempo e distam 1 a 2 km da superfície do solo. Quando na parte superior dos cúmulos muito desenvolvidos
se forma a bigorna, constituída por granizo, neve ou gelo, obtém-se um novo tipo de nuvem, o
Cumulonimbo – Cb.
10) Nimbos – Ni (vem de nimbus, nuvem) são nuvens espessas e escuras; geralmente desfazem-se em
chuva. Situam-se a menos de 2 km de altura.
3- ATMOSFERA
É formada pelos gases que envolvem a Terra, podendo ser dividida em diversas camadas que
variam quanto à composição, espessura e temperatura.
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Troposfera – Camada inferior da atmosfera, em contato com a superfície da Terra. Concentra cerca de
75% do volume dos gases atmosféricos e é onde ocorrem fenômenos como ventos, chuvas, nuvens,
etc.
Estratosfera – Possui ar bastante rarefeito e com baixa umidade, o que explica a quase ausência de
nuvens. Nela, o ar se movimenta.
Mesosfera – Também chamada de camada intermediária, é famosa pela presença do gás ozônio que
filtra os raios ultravioletas, nocivos aos seres vivos.
Ionosfera – Camada superior da atmosfera, muito rarefeita. É rica em partículas de íons e responsável
pela reflexão das ondas longas )de rádio), enviando à Terra certas ondas eletromagnéticas.
Exosfera – espaço sideral.
4- FATORES DO CLIMA
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Latitudes- A temperatura varia na razão inversa da latitude. Assim, quanto mais baixa for a latitude,
mais elevada será a temperatura.
Altitude- A temperatura também varia na razão inversa da altitude. Assim, quanto maior a altitude,
menor a temperatura do ar atmosférico.
Massas de Ar - As variações do tempo atmosférico, que podem ser normalmente muito bruscas num
único dia ou em períodos mais longos, são causadas pelo deslocamento das massas de ar. Apesar de
as massas de ar se localizar numa imensa região oceânica ou continental, elas se movimentam, entra
em choque e empurram umas às outras. Quando uma massa de ar se afasta de sua área de origem,
ela leva consigo, suas características originais (umidade, temperatura). É por isso que massas de ar
úmidas tendem a provocar chuvas nas áreas que atingem em seu deslocamento. E massas de ar frias
costumam provocar queda de temperatura nas áreas para onde se deslocam.
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Continentalidade/Maritimidade- As áreas próximas ao mar apresentam, em geral, amplitude térmica
pequena, ou seja, sofrem pequenas variações de temperatura. Já as áreas localizadas no interior do
continente, onde a influência marítima é menor, apresentam oscilações de temperatura bem mais
acentuadas. Cidades com latitudes iguais ou muito próximas, situadas no litoral e no interior dos
continentes, apresentam amplitudes térmicas bastante diferenciadas.
Correntes Marítimas - São grandes massas de água que se deslocam pelo oceano com condições
próprias de temperatura, salinidade e pressão. Possuem grande influência no clima, além de
favorecerem a atividade pesqueira em áreas de encontro de correntes quentes e frias, nas quais há a
ressurgência de plâncton.
Vegetação – As plantas retiram umidade do solo pela raiz e a enviam à atmosfera pelas folhas
(evapotranspiração). Além disso, a vegetação impede que os raios solares incidam diretamente sobre
a superfície. Assim, com o desmatamento, há uma grande diminuição da umidade e, portanto, das
chuvas, além de um aumento significativo das temperaturas médias.
Relevo – Além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo também influi na
temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Por exemplo, no
Brasil, a disposição longitudinal das serras no Centro-Sul do país formam um “corredor” que facilita a
circulação da massa polar atlântica e dificulta a circulação da massa tropical atlântica.
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5- ELEMENTOS DO CLIMA
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Temperatura – As temperaturas não são iguais em toda a superfície terrestre. Em geral, variam em
função da latitude, da altitude e da maritimidade e continentalidade.
Precipitação – A precipitação varia principalmente em função da latitude e da maritimidade e
continentalidade.
Pressão Atmosférica – A pressão atmosférica não é igual em todo o planeta. As diferenças de
pressão atmosférica ocorrem porque a Terra recebe quantidades desiguais de radiação solar.
6- PRECIPITAÇÕES ATMOSFÉRICAS
A chuva, a neve e o granizo são formas de precipitação atmosférica. A geada e o orvalho são
também hidrometeoros, mas não são formas de precipitação. Todas essas formas resultam inicialmente da
condensação ou da sublimação do vapor d’água.
 Orvalho – condensação do vapor de água atmosférica sobre a superfície.
 Geada – é a solidificação do vapor d’água sobre a superfície pelo processo de sublimação. O orvalho
congelado é, também chamado de geada, mas trata-se de outra formação física.
 Neve – precipitação de cristais de gelo que tiveram sua origem na cristalização da umidade
atmosférica a 0°C ou a temperaturas inferiores a esta e em condições calmas (sem ventos). A neve se
forma pela sublimação do valor d’água.
 Granizo – são as pedras de gelo que caem durante chuvas fortes e rápidas, normalmente originárias
de nuvens do gênero cumulonimbos.
 Neblina – originada da condensação de vapor d’água junto à superfície terrestre, devido ao
resfriamento noturno.
 Chuva – precipitação de gotas d’água, oriundas da junção de milhões de gotículas que formam as
nuvens.

A três tipos fundamentais de chuva.
Chuva frontal: quando causada pelo encontro de uma massa fria com outra quente (e úmida).

Chuva de convectiva: provocada pela ascensão do ar que se aquece em contato com a superfície do
solo.

Chuva orográfica: quando os ventos úmidos se elevam resfriam pelo encontro de uma barreira
montanhosa, como é normal nas encostas voltadas para o mar.
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7- VENTOS
A pressão atmosférica exerce grande influência nos tipos de clima. A diferença de pressão dá
origem aos ventos e, em última análise, à circulação geral da atmosfera.
O vento é o ar em movimento. São as diferenças de pressão atmosférica, como mencionando, que
explicam esse movimento, que ocorre principalmente na horizontal, isto é, de uma área para outra. Mas
esse movimento também pode ser vertical, ou seja, da superfície, onde o ar é mais aquecido, para altitudes
mais elevadas.
TIPOS DE VENTOS
Constantes: Também denominados regulares, sopram durante o ano todo numa determinada
direção.
Os grandes centros de alta pressão, chamados anticiclones, localizam-se nas zonas polares e nas
zonas temperadas (entre os círculos polares e os trópicos), onde a pressão atmosférica é maior e,
conseqüentemente, o ar é mais denso. É nas zonas polares que se originam os principais ventos da
atmosfera.
Nas áreas próximas do Equador, onde as temperaturas são mais elevadas, formam-se os centros
de baixa pressão, também conhecidos como ciclones, pois ai o ar é mais leve.
Essas áreas equatoriais recebem praticamente o ano todo, ventos vindos das áreas temperadas:
são os ventos alísios. Esse ar acaba retornando, por meio de ventos de maiores altitudes, para as áreas
temperadas e polares; são os ventos contra-alísios.
Devido ao movimento de rotação da Terra, os alísios e contra-alísios sofrem desvio em sua direção
para o Oeste (força de Coriolis), sendo por isso chamados alísios de sudeste (hemisfério Sul) e alísios de
nordeste (hemisfério Norte).
Periódicos: São ventos que sopram durante um determinado período num sentido e depois têm sua
direção invertida.
 Monções - São ventos periódicos típicos do sul e sudeste do continente asiático. Ocorrem
principalmente na estação chuvosa, na Índia. São causados pelas diferenças de pressão e de
temperatura entre as áreas continentais e o oceano Índico.
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Brisas - São ventos diários causados pelas diferenças de temperaturas e de pressão entre as águas
oceânicas e as terras que ficam próximas. Durante o amanhecer, sopram do mar para a terra (brisa
marítima) e ao anoitecer, sopram da terra para o mar (brisa terrestre).
Existem também os chamados ciclones, tufões e furacões, sendo todos tempestades giratórias
violentas que, coletivamente, ganham o nome de ciclones tropicais. Eles se formam sobre águas tropicais
quentes e a velocidade do vento no olho do ciclone pode chegar a 120 km por hora.
As tempestades são nomeadas de acordo com listas sazonais mantidas pelas agências de
meteorologia responsáveis por monitorar a bacia onde os ciclones se formam.
Os furacões começam no Atlântico, Caribe e noroeste do Pacífico, enquanto tufões formam-se no
oeste do Pacífico e no sudeste do Oceano Índico. Se um desses "monstros" se desenvolve em certas partes
do Oceano Índico ou em parte do sudoeste do Oceano Pacífico, ele se encaixa em uma das três variações
do termo genérico ciclone.
Tufões, furacões e ciclones giram todos na mesma direção, anti-horária, se forem formados no
hemisfério norte. As tempestades que giram no sentido horário formam-se no hemisfério sul, apesar de
serem extremamente raras na bacia do Atlântico e mais comuns no Oceano Índico e na costa da Austrália.
8- CLIMAS DO BRASIL


Equatorial – Chuvas abundantes, acima de 2.000 mm anuais, temperatura média anual em torno de
25°C; possui pequena amplitude térmica anual.
Tropical úmido – Grande concentração de chuvas, principalmente no verão, apresentando pequena
amplitude térmica com temperaturas elevadas.
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Semiárido – Índice pluviométrico relativamente baixo, entre 300 e 600 mm anuais, a temperatura
média anual é superior a 25°C.
Subtropical – Temperatura média entre 15 e 20°C nos meses de verão e, no inverno entre 0 e 10°C;
as chuvas concentram-se mais no verão sem apresentar grandes diferenças.
Tropical – Clima apresenta índice pluviométrico entre 1.000 e 2.000 mm anuais, concentrando as
chuvas no verão e com maior índice nas áreas litorâneas; temperatura média anual é superior a 20°C,
sendo nos meses de inverno inferior a 18°C.
Tropical de Altitude – Apresenta temperatura amena, com médias térmicas entre 17 e 22°C, sendo as
menores temperaturas nas áreas litorâneas de posição barlavento, com índice pluviométrico médio de
1.500 mm.
9- CLIMA DO MUNDO

Equatorial – Chuvas abundantes, acima de 2.000 mm anuais, temperatura média anual em torno de
25°C ; possui pequena amplitude térmica anual.

Polar – Regiões com gelo e neve permanente e média de temperatura inferior a 0°C; a precipitação
ocorre em forma de neve variando entre 100 e 200 mm ao ano, apresenta inverno durante 7 a 8
meses.

Temperado – Dividido em dois tipos: Continental onde a influência dos mares e oceanos não é
grande, apresenta elevada amplitude térmica com verões quentes e invernos frios. A temperatura
média anual varia de 8 a 13°C com índice pluviométrico entre 800 e 2.000 mm nas áreas litorâneas e
é inferior a 600 mm nas áreas interioranas. Marítimo sofre grande influência dos mares e oceanos,
com temperatura regular, sendo o inverno relativamente quente e verão ameno.
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
Desértico – Apresenta baixo índice pluviométrico, inferior a 250 mm ano concentradas no verão, a
temperatura média anual varia de 20 a 30°C com acentuada queda durante a noite.

Mediterrâneo – Clima de latitude média do hemisfério norte, nas áreas banhadas pelo Mar
Mediterrâneo, apresenta verões secos e invernos chuvosos.
10- FENÔMENOS CLIMÁTICOS – PARTE I
EL NIÑO E LA NIÑA
El Niño e La Niña são alterações significativas de curta duração (12 a 18 meses) na distribuição da
temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com profundos efeitos no clima. Estes eventos
modificam um sistema de flutuação das temperaturas daquele oceano chamado Oscilação Sul e, por essa
razão, são referidos muitas vezes como OSEN (Oscilação Sul-El Niño – ver abaixo). Seu papel no
aquecimento e resfriamento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.
O El Niño foi originalmente reconhecido por pescadores da costa oeste da América do Sul,
observando baixas capturas, associadas à ocorrência de temperaturas mais altas que o normal no mar,
normalmente no fim do ano – daí a designação, que significa “O Menino”, referindo-se ao “Menino Jesus”,
relacionado com o Natal.
Durante um ano “normal”, ou seja, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alíseos sopram
na direção oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico ocidental,
de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonésia que no
Equador. Isto provoca a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa
ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo imensas populações de
peixes – a pescaria de anchoveta no Chile e Peru já foi a maior do mundo, com uma captura superior a 12
milhões de toneladas por ano. Estes peixes, por sua vez, também servem de sustento aos pássaros
marinhos abundantes, cujas fezes depositadas em terra, o guano, servem de matéria prima para a indústria
de fertilizantes.
Quando acontece um El Niño, que ocorre irregularmente em intervalos de 2 a 7 anos, com uma
média de 3 a 4 anos, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando
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numa diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal
na costa oeste da América do Sul e, conseqüentemente, na diminuição da produtividade primária e das
populações de peixe.
Outra conseqüência de um El Niño é a alteração do clima em todo o Pacífico equatorial: as massas
de ar quentes e úmidas acompanham a água mais quente, provocando chuvas excepcionais na costa oeste
da América do Sul e secas na Indonésia e Austrália. Pensa-se que este fenômeno é acompanhado pela
deslocação de massas de ar a nível global, provocando alterações do clima em todo o mundo. Por exemplo,
durante um ano com El Niño, o inverno é mais quente que a média nos estados centrais dos Estados
Unidos, enquanto que nos do sul há mais chuva; por outro lado, os estados do noroeste do Pacífico
(Oregon, Washington, Colúmbia Britânica) têm um inverno mais seco. Os verões excepcionalmente quentes
na Europa e as secas em África parecem estar igualmente relacionadas com o aparecimento do El Niño.
La Niña é o fenômeno inverso, caracterizado por temperaturas anormalmente frias, também no fim
do ano, na região equatorial do Oceano Pacifico, muitas vezes (mas não sempre) seguindo-se a um El Niño.
Também já foi denominado como “El Viejo” (“O Velho”, ou seja, a antítese do “menino”) ou ainda o “Anti-El
Niño”.
O inicio e fim do El Niño e determinado pela dinâmica do sistema oceano-atmosfera, e uma
explicação física do processo é complicada para que o leitor possa entender um pouco sobre isso, propõese um "modelinho simples", extraído do livro El Niño e Você, de Gilvan Sampaio de Oliveira.
1) Imagine uma piscina (obviamente com água
dentro), num dia ensolarado;
2) Coloque numa das bordas da piscina um
grande ventilador, de modo que este seja da
largura da piscina;
3) Ligue o ventilador;
4) O vento irá gerar turbulência na água da
piscina;
5) Com o passar do tempo, você observará um
represamento da água no lado da piscina oposto
ao ventilador e até um desnível, ou seja, o nível
da água próximo ao ventilador será menor que do
lado oposto a ele, e isto ocorre pois o vento está
"empurrando" as águas quentes superficiais para
o outro lado, expondo águas mais frias das
partes mais profundas da piscina.
É exatamente isso que ocorre no Oceano Pacífico sem a presença do El Niño, ou seja, é esse o
padrão de circulação que é observado. O ventilador faz o papel dos ventos alísios e a piscina, é claro, do
Oceano Pacífico Equatorial. Águas mais quentes são observadas no Oceano Pacífico Equatorial Oeste.
Junto à costa oeste da América do Sul as águas do Pacífico são um pouco mais frias.
CONSEQUÊNCIAS DO EL NINO:
 Região Norte: diminuição da precipitação e secas; aumento do risco a incêndios florestais.
 Região Nordeste: secas severas.
 Região Sudeste: moderado aumento das temperaturas médias; aumento das temperaturas no
inverno; não há mudança no padrão das chuvas.
 Região Centro-Oeste: não há mudança no padrão das chuvas; temperaturas acima da média.
 Região Sul: precipitações abundantes; aumento da temperatura média.
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
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CONSEQUÊNCIAS DO LA NINA:
Região Norte: aumento de precipitação e vazões de rios.
Região Nordeste: aumento de precipitação e vazões de rios.
Região Sudeste: área com baixa previsibilidade.
Região Centro-Oeste: área com baixa previsibilidade.
Região Sul: secas severas.
INVERSÃO TÉRMICA

Trata-se de um fenômeno natural que pode ocorrer em qualquer parte do planeta. Costuma
acontecer no final da madrugada e no início da manhã, particularmente nos meses de inverno. No fim da
madrugada, dá-se o pico de perda de calor do solo por irradiação. É quando, portanto, registram-se as
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temperaturas mais baixas, tanto do solo quanto do ar. Assim próximo ao solo, o ar é mais frio e mais denso,
ficando retido junto ao solo. Camadas mais elevadas da atmosfera são ocupadas com ar relativamente mais
quente; que não consegue descer. Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica
em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima,
fenômeno definido como inversão térmica. Logo após, o nascer do sol, à medida que vai havendo o
aquecimento do solo e do ar próximo a ele, o fenômeno vai gradativamente desfazendo-se. O ar aquecido
sobe e a inversão térmica se desfaz.
EFEITO ESTUFA 
O efeito estufa, que consiste na retenção de calor irradiado pela superfície terrestre, pelas partículas
de gases e de água em suspensão na atmosfera, garante a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e,
portanto, a sobrevivência das várias espécies vegetais e animais. Sem isso, certamente, seria impossível a
vida na Terra ou, pelo menos, a vida como a conhecemos hoje.
Assim, feita essa importante ressalva, a intensificação do efeito estufa, de que tanto se fala
ultimamente, resulta, a rigor, de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocada pela crescente
elevação da concentração de certos gases que têm capacidade de absorver calor, como é o caso do
metano, dos clorofluorcarbonos (CFCs), mas principalmente do dióxido de carbono (CO 2). Essa elevação
dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera se deve à crescente queima de combustíveis fósseis e das
florestas, desde a Revolução Industrial.
11- FENÔMENOS CLIMÁTICOS - PARTE II
ILHA DE CALOR
Outro fenômeno climático típico das grandes cidades, que também colabora para aumentar os
índices de poluição nas regiões centrais da mancha urbana é a “ilha de calor”.
A “ilha de calor” é um fenômeno típico de grandes aglomerações urbanas. Resulta da elevação das
temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparação com as zonas periféricas ou
com as rurais. As variações térmicas podem chegar até 7°C e ocorrem basicamente devido às diferenças
de irradiação de calor entre as regiões edificadas e as florestas e também à concentração de poluentes,
maior nas zonas centrais da cidade.
A substituição da vegetação por grande quantidade de casas e prédios, ruas e avenidas, pontes e
viadutos e uma série de outras construções, que é tanto maior quanto mais aproxima do centro das grandes
cidades, faz aumentar significativamente a irradiação de calor para a atmosfera em comparação com as
zonas periféricas ou rurais, onde, em geral, é maior a cobertura vegetal. Além disso, nas zonas centrais da
cidade, é muito maior a concentração atmosférica de gases e materiais particulados, lançados pelos
automóveis e fábricas, responsáveis por um “efeito estufa” localizado, que colabora para aumentar a
retenção de calor. Sem contar os milhares ou, dependendo da cidade, milhões de automóveis, que são uma
grande fonte de produção de calor, o qual se soma ao calor irradiado pelos edifícios, acentuando o
fenômeno da “ilha de calor”.
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AS CHUVAS ÁCIDAS
Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que as chuvas, mesmo em ambiente não-poluído, são
sempre ácidas. A combinação de gás carbônico (CO 2) e água (H2O) presentes na atmosfera produz ácido
carbônico (H2CO3), que, embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. Assim, as chuvas ácidas, das
quais tanto se fala e que causam graves problemas, são resultantes da elevação exagerada dos níveis de
acidez da atmosfera, em conseqüência do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas.
As chuvas ácidas são outro fenômeno atmosférico causado, em escala local e regional, pela emissão
de poluentes das indústrias, dos transportes e de outras fontes de combustão. Os principais responsáveis por
esse fenômeno são o trióxido de enxofre (SO 3), que é a combinação do dióxido de enxofre (SO2), emitido a
partir da queima de combustíveis fósseis, e do oxigênio (O 2), já presente na atmosfera – e o dióxido de
nitrogênio (NO2).
A concentração de trióxido de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliação do uso de
combustíveis fósseis nos transportes, nas termelétricas e nas indústrias. Cerca de 90% desse gás é eliminado
pela queima do carvão e do petróleo. Já pelo menos 70%, aproximadamente, do dióxido de nitrogênio é emitido
pelos veículos automotores. Enquanto a concentração do primeiro está gradativamente diminuindo na
atmosfera, a do segundo está aumentando, em função da maior utilização do transporte rodoviário.
Os países que mais colaboram para a emissão desses gases são os industrializados do hemisfério
norte. Por isso, as chuvas ácidas ocorrem com mais intensidade nesses países, principalmente no nordeste da
América do Norte e na Europa Ocidental.
PROBLEMAS DO LIXO
Tradicionalmente, onde há serviço de coleta, o lixo é depositado em terrenos usados exclusivamente
para esse fim, os chamados lixões, que são depósitos a céu aberto, ou então enterrado e compactado em
aterros sanitários. Ambos se localizam, em geral, na periferia dos grandes centros. Esses locais sofrem graves
impactos ambientais. É comum também o lixo ser depositado em terrenos baldios. Essa prática é muito comum
nas grandes cidades do mundo subdesenvolvido, nos bairros onde não há o serviço de coleta ou ele é
ineficiente.
Vejamos os principais:

Proliferação de insetos (baratas, moscas) e ratos, que podem transmitir várias doenças, tais como a
peste bubônica, a dengue etc.

Decomposição bacteriana da matéria orgânica (fração biodegradável do lixo, predominante nos países
subdesenvolvidos), que além de gerar um mau cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido
denominado chorume, o qual, nos grandes lixões infiltra-se no subsolo, contaminando o lençol freático.

Contaminação do solo e das pessoas que manipulam o lixo com produtos tóxicos.

Acúmulo de materiais não-biodegradáveis.
Além disso, como conseqüência de problemas sociais, os lixões tornaram-se palco de cenas que
mostram até que ponto pode chegar a degradação humana: todos os dias, milhares de pessoas, os catadores
de lixo afluem para os lixões em várias cidades do mundo subdesenvolvido, em busca de restos de alimentos e
de alguns objetos úteis para seu miserável dia a dia. Acrescente-se, ainda, um problema de ordem estética,
pois o lixo torna a paisagem urbana feia e suja, causando poluição visual.
Para o lixo orgânico, predominante nos países subdesenvolvidos, o ideal seria o retorno do lixo ao solo,
para servir como adubo orgânico ou também para a produção de gás metano, resultante da fermentação
anaeróbica, que pode ser usado como combustível. Em muitos países, foram construídas usinas de
compostagem para o processamento do lixo orgânico destinado à produção de metano e de adubo. No Brasil,
como aproximadamente 70% do total do lixo domiciliar é orgânico, essa é uma boa saída para o país.
Já para o lixo inorgânico, o ideal seria a coleta seletiva, que possibilitaria a reciclagem de grande parte
dos materiais contidos no lixo domiciliar e industrial. Materiais como vidros, plásticos, latas de alumínio e latão,
papeis e vários tipos de metais podem ser reciclados. Isso é feito de forma significativa em países europeus e
no Japão. Na França, 25% do vidro é reciclado, chegando a 50% na Alemanha, na Dinamarca e na Suécia.
Ainda na França, recicla-se 3% do papel (excluindo o lixo domiciliar, esse índice chega a 35%) e de 25 a 35%
do ferro, porém apenas 1% das garrafas plásticas. Veja que ainda são índices muito baixos (o que dizer então
dos países subdesenvolvidos, como o Brasil?)
12 - FENÔMENOS CLIMÁTICOS - PARTE III
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Provocada pela emissão de poluentes pela indústria, pelos veículos ou queimadas, compromete a
qualidade do ar que respiramos. Em algumas áreas, como na cidade do México, recentemente o governo
condicionou a circulação de veículos para amenizar os efeitos da poluição. Em Roraima, as queimadas foi há
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alguns anos tão intensas que causaram dificuldades à navegação aérea. Nos grandes centros urbanos a
grande responsável pelas chuvas ácidas é a emissão de gases de enxofre e nitrogênio.
CAMADA DE OZÔNIO
A camada de ozônio corresponde a uma faixa constituída por O3, localizada na estratosfera, que filtra a
maior parte dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Sabe-se que esses raios podem causar no homem, entre
outros problemas, câncer de pele e perturbações da visão. Além disso, provocam a diminuição da velocidade
da fotossíntese dos vegetais e são perigosos para os animais e para o plâncton marinho, à medida que
interferem em seus mecanismos de reprodução.
A destruição dessa camada é provocada pela emissão de CFC, gás encontrado em aparelhos de ar
condicionado e em “aerossol”. A abrangência da destruição da camada de ozônio é motivo de discussão entre
os cientistas, mas o fato é que, se o controle rigoroso do CFC não for feito a curto prazo, problemas sérios
poderão comprometer a vida do planeta.
IMPACTOS AMBIENTAIS EM ECOSSISTEMAS NATURAIS
Um dos principais impactos ambientais que ocorrem em um ecossistema natural é a devastação das
florestas, notadamente das tropicais, as mais ricas em biodiversidade. E por que ocorre com tanta avidez o
desmatamento de milhares de quilômetros quadrados de florestas tropicais? Essa devastação, ocorre
basicamente por fatores econômicos, tanto na Amazônia quanto nas florestas africanas e nas do Sul e Sudeste
Asiático.
O desmatamento ocorre principalmente como conseqüência da:
 extração de madeira para fins comerciais;
 instalação e projetos agropecuários;
 implantação de projetos de mineração;
 construção de usinas hidrelétricas;
 propagação do fogo resultante de incêndios.
As principais conseqüências do desmatamento são:
 destruição da biodiversidade;
 genocídio e etnocídio das nações indígenas;
 erosão e empobrecimento dos solos;
 enchentes e assoreamento dos rios;
 diminuição dos índices pluviométricos;
 elevação das temperaturas;
 desertificação;
 proliferação de pragas e doenças.
A POLUIÇÃO DOS RIOS, OCEANOS E MARES
A rede hidrográfica é de fundamental importância para o homem. Os rios, além de fonte de água para
subsistência da população, podem ser aproveitados para a pesca, produção de energia, transportes, irrigação e
lazer. No entanto, esses dutos naturais de água vem sendo vitimados pela poluição. A poluição fluvial decorre
do fato de os rios serem usados como depositários de resíduos da indústria, esgotos, assim como da
contaminação por mercúrio em áreas de garimpo ou por agrotóxicos na drenagem de áreas agrícolas.
Dentre as causas da poluição dos oceanos, ou melhor, da degradação das massas oceânicas,
podemos destacar:
 Os constantes vazamentos de petróleo.
 Depósito de substâncias radioativas em algumas áreas de maior profundidade.
 Testes com artefatos nucleares.
 Afluência de rios contaminados.
 A poluição deliberada, como no caso do Iraque que, para evitar um desembarque anfíbio durante a
guerra do golfo Pérsico, despejou uma maciça quantidade de petróleo na região.
ECO 92
A conferencia das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento – a ECO/92, realizada
entre 3 e 14 de junho de 1992, foi a maior reunião de chefes-de-estados e seus representantes já realizada,
encontrando algo semelhante, mas de bem menor magnitude, na reunião de Estocolmo em 1972.
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OS COMPROMISSOS DA ECO /92
Na ECO /92, três grandes documentos foram assinados, pela maioria dos países.
 A Agenda 21 – Que define ações mundiais para o sucesso do desenvolvimento sustentável.
 A Convenção das Mudanças Climáticas – Tem por objetivo estabelecer programas de proteção a
atmosfera.
 A Convenção sobre a Biodiversidade – Visava a preservação das espécies, mas com especial trato para
aquelas em extinção. (?).
RESULTADOS INSATISFÁTORIO
Confira os principais tópicos da Declaração de Joanesburgo:
Água e
Meta de redução pela metade do número de pessoas sem acesso a água potável ou
saneamento a serviço de saneamento básico, até 2015.
Energia
Compromisso em favor do uso de energias renováveis, mas sem fixação de metas ou
prazos, o que, na prática, pode torna-lo sem efeito.
Pesca
Acordo que prevê a recuperação, até 2015, de reservas de pesca comercial
deterioradas.
Produtos
Compromisso de que, até 2020, tais produtos deverão ser fabricados e utilizados de
químicos
forma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente, não foi estabelecida meta de
redução.
BiodiverVago compromisso de “redução significativa” da extinção das espécies, não foi fixada
sidade
nenhuma meta ou prazo a respeito da preservação de animais.
Saúde
Acordo firmado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) garante aos
países pobres acesso a medicamentos.
Ajuda aos Confirmação do propósito de as nações desenvolvidas destinarem 0,7% do PIB para
países
assistência ao mundo em desenvolvimento. Cinco países já cumpriam: Dinamarca,
pobres
Luxemburgo, Holanda, Noruega e Suécia.
PESQUISE NA WEB
www.lixo.com.br
FILME RECOMENDADO:
O DIA, DEPOIS DE AMANHÂ.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2011) O fenômeno de ilha de calor é o exemplo mais marcante da modificação das condições iniciais
do clima pelo processo de urbanização, caracterizado pela modificação do solo e pelo calor antropogênico, o
qual inclui todas as atividades humanas inerentes à sua vida na cidade.
BARBOSA, R. V. R. Áreas verdes e qualidade térmica em ambientes urbanos: estudo em microclimas em Maceió. São Paulo: EdUSP, 2005.
O texto exemplifica uma importante alteração socioambiental, comum aos centros urbanos. A maximização
desse fenômeno ocorre
A) pela reconstrução dos leitos originais dos cursos d’água antes canalizados.
B) pela recomposição de áreas verdes nas áreas centrais dos centros urbanos.
C) pelo uso de materiais com alta capacidade de reflexão no topo dos edifícios.
D) pelo processo de impermeabilização do solo nas áreas centrais das cidades.
E) pela construção de vias expressas e gerenciamento de tráfego terrestre.
02)(ENEM/2010) Os lixões são o pior tipo de disposição final dos resíduos sólidos de uma cidade,
representando um grave problema ambiental e de saúde pública. Nesses locais, o lixo é jogado diretamente no
solo e a céu aberto, sem nenhuma norma de controle, o que causa, entre outros problemas, a contaminação do
solo e das águas pelo chorume (líquido escuro com alta carga poluidora, proveniente da decomposição da
matéria orgânica presente no lixo).
RICARDO, B.; CANPANILLI, M. Almanaque Brasil Socioambiental 2008. São Paulo, Instituto Sociambiental,
2007.
Considere um município que deposita os resíduos sólidos produzidos por sua população em um lixão. Esse
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procedimento é considerado um problema de saúde pública porque os lixões
A) causam problemas respiratórios, devido ao mau cheiro que provém da decomposição.
B) são locais propícios a proliferação de vetores de doenças, além de contaminarem o solo e as águas.
C) provocam o fenômeno da chuva ácida, devido aos gases oriundos da decomposição da matéria orgânica.
D) são instalados próximos ao centro das cidades, afetando toda a população que circula diariamente na área.
E) são responsáveis pelo desaparecimento das nascentes na região onde são instalados, o que leva à
escassez de água.
03)(ENEM/2005) Em uma área observa-se o seguinte regime pluviométrico:
Os anfíbios são seres que podem ocupar tanto ambientes aquáticos quanto terrestres. Entretanto, há espécies
de anfíbios que passam todo o tempo na terra ou então na água. Apesar disso, a maioria das espécies
terrestres depende de água para se reproduzir e o faz quando essa existe em abundância. Os meses do ano
em que, nessa área, esses anfíbios terrestres poderiam se reproduzir mais eficientemente são de:
(A) setembro a dezembro.
(B) novembro a fevereiro.
(C) janeiro a abril.
(D) março a julho.
(E) maio a agosto.
04)(ENEM/2007) Um poeta habitante da cidade de Poços de Caldas – MG assim externou o que estava
acontecendo em sua cidade:
Hoje, o planalto de Poços de Caldas não
serve mais. Minério acabou.
Só mancha, “nunclemais”.
Mas estão “tapando os buracos”, trazendo para
cá “Torta II”1,
aquele lixo do vizinho que você não gostaria
de ver jogado no quintal da sua casa.
Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil.
Hugo Pontes. In: M.E.M. Helene. A radioatividade e o lixo nuclear. São Paulo: Scipione, 2002, p. 4.
1Torta II – lixo radioativo de aspecto pastoso.
A indignação que o poeta expressa no verso “Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil” está relacionada
com:
a) a extinção do minério decorrente das medidas adotadas pela metrópole portuguesa para explorar as
riquezas minerais, especialmente em Minas Gerais.
b) a decisão tomada pelo governo brasileiro de receber o lixo tóxico oriundo de países do Cone Sul, o que
caracteriza o chamado comércio internacional do lixo.
c) a atitude de moradores que residem em casas próximas umas das outras, quando um deles joga lixo no
quintal do vizinho.
d) as chamadas operações tapa-buracos, desencadeadas com o objetivo de resolver problemas de
manutenção das estradas que ligam as cidades mineiras.
e) os problemas ambientais que podem ser causados quando se escolhe um local para enterrar ou
depositar lixo tóxico.
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05)(UFMG/2010) Leia este trecho:
E as mariposas e os cupins-de-asas vinham voar ao redor da lamparina... Círculo rodeando a lua cheia, sem se
encostar... E começaram os cantos. Primeiro, os sapos: – “Sapo na seca coaxando, chuva beirando”, mãe
Quitéria!... – Apareceu uma jia na horta, e pererecas dentro de casa, pelas paredes... E os escorpiões e as
minhocas pulavam no terreiro, perseguidos pela correição das lava-pés, em préstitos atarefados e compridos...
No céu sul, houve nuvens maiores, mais escuras. Aí, o peixe-frito pegou a cantar de noite. A casca da lua, de
bico para baixo, “despejando”... Um vento frio, no fim do calor do dia... Na orilha do atoleiro, a saracura fêmea
gritou, pedindo três potes, três potes, três potes para apanhar água... Choveu.
ROSA, João Guimarães. Sagarana. 27. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1983. p. 344.
A partir da leitura e interpretação desse trecho, é INCORRETO afirmar que
A) a chegada de ventos frios, em contraste com o calor do dia, é uma criação do autor, pois é impossível de
ocorrer.
B) o autor reuniu, de forma criativa, um grande número de crenças populares sobre a previsão de ocorrências
meteorológicas.
C) o comportamento dos animais, para os homens do campo, se altera com a aproximação da chuva.
D) o sertanejo busca, na aparência do céu e dos astros, sinais de mudanças do tempo atmosférico.
06)(IFET JF/2010) Sobre a importância dos oceanos no equilíbrio climático do Planeta, analise e marque a
alternativa correta.
I- O Sol é responsável por aproximadamente 99% de toda energia térmica que chega à superfície do planeta,
provocando evaporação diária das águas oceânicas que é transferida para as regiões do globo sob forma de
neve ou chuva.
II- O rápido aquecimento dos continentes durante o dia faz com que o ar também se aqueça, tornando-o mais
leve, razão pela qual ele se eleva na atmosfera. Nesse momento, o ar marinho, mais frio e denso, flui em
direção ao continente, levando a brisa marinha.
III- A corrente do Golfo transfere calor gerado nas baixas latitudes para as regiões mais frias da Costa Oeste
europeia, influenciando no equilíbrio térmico dessa região.
Marque a alternativa correta.
A) Todas são verdadeiras.
B) Apenas I e II são verdadeiras.
C) Apenas I e III são verdadeiras.
D) Apenas I é verdadeira.
E) Apenas II é verdadeira.
07)(UFJF/2010) Leia abaixo a descrição de uma das regiões brasileiras, abordada por nossa literatura
regionalista.
Região pobre de grandes rios. Sua umidade é assegurada pelas chuvas e, em certos pontos, pela água
armazenada nas sangas (valas de escoamento de águas pluviais e dos banhados e brejos). Como a
precipitação distribui-se ao longo de todo o ano, com máximas pronunciadas no inverno, tem-se que a água é
abundante por toda a parte. A estas características do quadro natural associou-se a pecuária extensiva, que
gerou um tipo de ocupação característica, marcada pela baixa densidade de população rural e o predomínio de
cidades de porte médio. Este cenário tradicional se transformou a partir da década de 1920 com a introdução
de importante lavoura e intensificou-se a partir da década de 1970.
IBGE. Coordenação de Geografia. Atlas das representações literárias de regiões brasileiras. Rio de Janeiro:
IBGE, 2006. Adaptado.
Leia o mapa a seguir:
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Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/joaoosvaldo/AtlasIBGE/atlasimpresso/Pag161.pdf>.
Acesso em: 20 jun. 2009. Adaptado.
A região descrita é:
a) Campanha Gaúcha.
b) Sertão do Cariri.
c) Sertão dos Confins.
d) Sertão de Goiás.
e) Zona do Cacau.
08)(PASES I/2009) A região amazônica apresenta uma grande diversidade de fauna e flora e se caracteriza
pelo clima tropical úmido. No entanto, durante o inverno, pode ocorrer uma brusca alteração nas condições de
tempo, causando a diminuição da temperatura do ar, o que modifica suas características ambientais. Assinale a
alternativa que indica CORRETAMENTE o fenômeno vinculado a esta mudança temporária nas condições de
tempo da Amazônia:
a) El Niño.
b) La Niña.
c) Friagem.
d) Tempestade.
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09)(UFMG/2000) Observe o gráfico.
10)(CTU/2008.2) Sobre o clima, seu comportamento e os respectivos impactos ambientais, leia as seguintes
afirmativas.
I- O clima corresponde a um momento atmosférico, então, se dizemos que o dia está quente e úmido, estamos
nos referindo ao clima.
II- A latitude influencia diretamente na temperatura dos biomas terrestres.
III- Quanto maior a altitude, maior a pressão atmosférica.
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IV- O efeito estufa constitui um fenômeno natural, sua ausência causaria resfriamento, prejudicando a vida no
planeta.
Marque a alternativa correta.
A) Todas as afirmativas estão corretas.
B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
C) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
D) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
GABARITO:
01-D
06-A
02-B
07-A
03-B
08-C
04-E
09-D
05-A
10-C
CAPÍTULO: HIDROGRAFIA
1- INTRODUÇÃO
Muitas das principais cidades do Brasil e do mundo estão situadas às margens de rios ou cortadas por
eles, como, por exemplo, Manaus. Além de fornecer água para o abastecimento das cidades e das indústrias,
os rios são usados como vias de transporte e para gerar energia elétrica.
Muitos deles servem de limite entre países, como o Rio Grande, que separa os EUA do México e o Rio
Paraná, que faz fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Entretanto, os rios não são as únicas águas que existem nos continentes. Entre as águas superficiais,
ou seja, que escoam sobre a superfície terrestre existem ainda os lagos e as geleiras. Além disso, as águas
podem se alojar em compartimentos subterrâneos ou aqüíferos. São as águas subterrâneas, que compreendem
grande parte dos recursos hídricos para o uso do homem, os chamados mananciais.
2- AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
São as águas que infiltram no solo após as precipitações. Entre as rochas que formam o solo existem
espaços vazios, denominados poros, que são ligados entre si. Absorvida pelo solo, que funciona como uma
esponja, a água, graças à força de gravidade, passa por esses poros e atinge camadas mais profundas,
armazenando-se em um reservatório, onde circula lentamente.
Toda formação geológica capaz de armazenar água em seus espaços vazios é denominada aqüífero.
Existem dois tipos de aqüífero. O primeiro, denominado livre ou freático, está mais próximo da
superfície e pode ser facilmente aproveitado. No segundo tipo, a água fica armazenada em profundidade e
“presa” entre duas camadas de rochas impermeáveis. São os aqüíferos confinados, explorados através de
poços artesianos, que usam bombas e compressores para extrair a água.
Na América do Sul, existe um enorme reservatório de água subterrânea – o aqüífero Guarani – que
2
ocorre em terras do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e ocupa uma área de 1.400.000 km .
No Brasil, compreende os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
O aqüífero Guarani contém cerca de 80% da água acumulada na bacia sedimentar do Paraná. Seus
terrenos sedimentares, principalmente o arenito Botucatu, têm alta porosidade e alta permeabilidade e fazem
dele um excelente reservatório de água.
3- O CICLO DA ÁGUA
A água está em movimento constante. Por causa da força de atração gravitacional da Terra e da
energia solar, que fornece calor ao nosso planeta, a água muda constantemente de lugar e de Estado físico:
 Evapora quando o calor é intenso.
 Condensa-se e congela quando a temperatura cai.
 E no estado líquido, corre das áreas mais altas para as mais baixas.
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4- ÁGUAS CONTINENTAIS
As águas continentais compreendem os lençóis subterrâneos, fontes, gêiseres, geleiras, rios e lagos.
Os rios são cursos de água natural, intermitente ou permanente, que se deslocam através da superfície
terrestre graças à força de gravidade.
Dá-se o nome de bacia hidrográfica ao conjunto de um rio principal, seus afluentes e subafluentes.
As bacias hidrografias são separadas entre si pelos divisores de água ou interflúvios, e a parte que se estende
entre dois interflúvios, incluindo o leito do rio, as margens, as várzeas, vertentes e encostas, chama-se vale do
rio.
O trajeto que percorre um rio de sua nascente até a sua foz constitui o seu curso ou caminho. O canal
por onde as águas escoam denomina-se leito, cujo ponto mais profundo recebe o nome de talvegue.
Quando seguimos o curso de um rio em direção à sua nascente, estamos nos dirigindo a montante;
quando tomamos o sentido contrário, ou seja, no sentido da sua foz, estamos a jusante do rio.
Ao longo do seu curso, os rios apresentam curvas em seu traçado; são os meandros. O local em que
um rio se une, ou seja, a junção entre dois ou mais rios constitui uma confluência.
Todos os rios são classificados de acordo com seu tipo, que podem ser: perene ou intermitente.
O escoamento das águas que caem sobre a superfície terrestre e que podem dar origem aos rios,
apresenta uma organização ou traçado, formando uma drenagem. Existem quatro tipos de drenagem fluvial:
exorréica (quando as águas escoam para o oceano), endorréica (quando os rios desembocam em lagos ou
mares internos), arréica (quando as bacias hidrográficas não apresentam nenhuma estrutura definida, típica das
regiões áridas) e criptorréica (drenagens subterrâneas que se formam em solos de formação calcária)
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5- HIDROGRAFIA BRASILEIRA
Importância dos rios
 O importante uso da água dos rios está na produção de energia elétrica, por meio da construção de
barragens, que formam grandes lagos artificiais.
 Abastecimento de residências, escolas, hospitais, lojas, restaurantes, etc. As águas de um rio podem,
também, ser utilizadas como matéria-prima na fabricação de diversos produtos, como bebidas e
remédios.
 Nas usinas hidrelétricas, a água represada é aproveitada para movimentar turbinas, que fazem
funcionar os geradores de eletricidade.
 Nas áreas agrícolas, a água é utilizada para irrigação e na higiene e tratamento dos animais.
 Quando o rio apresenta diferença de nível (rios de planaltos), os seres humanos construíram eclusas,
que funcionam como elevadores de navios, permitindo a navegação .
Características Gerais:
 Riqueza em rios e pobreza em formações lacustres.
 Todos os rios brasileiros são, diretamente ou indiretamente, tributários do Atlântico.
 A desembocadura dos nossos rios é, em geral, em forma de estuário, fazendo exceção aos rios
Parnaíba, Acaraú, Piranhas (foz em Deltas) e o rio Amazonas, que possui foz mista.
 A maior parte dos rios brasileiros são de planaltos.
 A maior parte dos rios brasileiros apresentam regime Tropical Austral, com cheias de verão e estiagem
no inverno.
 Três são os divisores de água: Cordilheira dos Andes, Planaltos das Guianas e Planalto Brasileiro.
 Predomínio de rios exorréicos e perenes.
Bacias Hidrográficas:
Bacia hidrográfica é a área abrangida por um rio principal e sua rede de afluentes e subafluentes.
Destacam-se quatro grandes bacias hidrográficas no Brasil: Amazonas, Platina (Paraná, Paraguai e
Uruguai), Tocantins-Araguaia e São Francisco.
Os rios que não pertencem a nenhuma bacia dessas quatro mencionadas são agrupadas em bacias
secundárias: Nordeste, Leste e Sul-sudeste.
O Brasil por apresentar rio predominantemente de planalto, possui um grande potencial hidrelétrico, que
explica que 93,68% da geração de eletricidade provém da fonte hidráulica.
BACIA
Amazônica
Tocantins-Araguaia
Platina
São Francisco
RIO
Amazonas
Solimões
Madeira
Negro
Japurá
Tapajos
Purus
Xingu
Iça
Juruá
Tocantins
Araguaia
Paraná
Uruguai
Paraguai
São Francisco
3
VAZÃO (M /S)
209.000
103.000
31.200
28.400
18.620
13.500
11.000
9.700
8.800
8.440
11.000
5.500
11.000
4.150
1.290
2.850
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5.1- Bacia do Rio Amazonas
2
É a maior do mundo, com 7.050.000 Km , dos quais 3.836.528 estão em terras brasileiras. Seu rio
principal nasce no Peru, com o nome de Vilcanota, e recebe depois as denominações de Ucaiali, Urubamba e
Marañoín. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões, até o encontro com o Rio Negro, próximo de
Manaus. Desse ponto até a foz, recebe o nome de Amazonas. Sua largura média é de 5 Km. Conta com
grande número de cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante.
Localizada em uma região de planície, a Bacia Amazônica tem cerca de 23.000 Km de rios navegáveis,
que possibilitam o desenvolvimento do transporte hidroviário. A navegação é importante nos grandes afluentes
do Amazonas, como o Madeira, o Xingu, o Tapajós, o Negro, o Trombetas e o Jarí, entre outros. Em 1997 foi
inaugurada a hidrovia do Rio Madeira, que opera de Porto Velho a Itaquatiara. Em maio de 2001 foi criado o
primeiro corredor ecológico binacional, na fronteira do Brasil com a Bolívia, com uma área de 23 milhões de
hectares, quase equivalente ao território do estado de São Paulo. O corredor vai proteger bacias hidrográficas
do Guaporé – Madeira, no lado brasileiro, e Iténez, no boliviano, numa região que reúne a maior diversidade de
peixes do mundo.
5.2- Bacia do Rio São Francisco
2
Possui uma área de 645.720 Km de extensão e seu principal rio é o São Francisco. O velho Chico,
como é conhecido, nasce em Minas Gerais e percorre os Estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe
até a foz, na divisa destes dois últimos Estados, totalizando 3.160 Km. É o maior rio totalmente brasileiro. Ele é
fundamental na economia da região, pois permite a atividade agrícola em suas margens e oferece condições
para a irrigação artificial de áreas mais distantes. Tem afluentes permanentes, como os rios Cariranha, Pardo,
Grande e Velhas, e temporários, como os rios das Rãs, Paramirim e Jacaré.
Seu maior trecho navegável se encontra entre as cidades de Pirapora (MG) e Juazeiro (BA), com
extensão de 1.371 Km. O potencial hidrelétrico do São Francisco é aproveitado, principalmente, pelas usinas de
Xingo e Paulo Afonso.
Transposição das águas – Em 2000 começou a ser discutido pelo governo federal o projeto de
transposição do Rio São Francisco, para levar suas águas por canais de irrigação até as regiões mais secas do
sertão nordestino, que envolve um custo previsto de 3 bilhões de reais. A proposta prevê a retirada de água do
rio nos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco para o semi-árido do Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba e Pernambuco. O volume a ser utilizado poderia chegar a 1,5 bilhão de metros cúbicos anuais, o que
corresponde a 75% da capacidade da baía de Guanabara. O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), sobre a
transposição entregue ao governo, porém, indica que a obra causaria uma série de problemas, entre eles a
perda de áreas de vegetação, a redução de hábitats da fauna terrestre, a proliferação de piranhas e o aumento
da tensão social na região, provocado pela desapropriação de terras. O projeto sofre forte oposição tanto do
governo de Alagoas, de Sergipe e da Bahia quanto de entidades ambientais. O ministério da Integração
Nacional iniciou, nos primeiros meses de 2001, uma série de discussões nos estados com o objetivo de
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viabilizar a transposição, mas o processo foi interrompido por uma liminar impetrada por ambientalistas. O
orçamento da União para 2003 previa quase 1 bilhão de reais para a área de meio ambiente. Destes, os
programas de recursos hídricos respondiam por 630 milhões de reais, e entre os projetos contemplados está o
da revitalização da Bacia do São Francisco.
Falta de Chuva – O desmatamento, a falta de chuva e a exploração das reservas subterrâneas que
abastecem o São Francisco e seus afluentes fizeram sua vazão diminuir cerca de 35%, o que dificultou a
navegação e prejudicou o funcionamento das hidrelétricas.
5.3- Bacia Platina
Os rios Paraná, Uruguai e Paraguai, na fronteira entre a Argentina e o Uruguai, são os formadores do
Rio da Prata (Bacia Platina), o principal desaguadouro do Atlântico Sul. As bacias desses rios são as principais
2
formadoras da bacia do Prata, que possui 1.320.275 Km – a segunda maior do país – e se estende por Brasil,
Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina.
O Paraná, com 2.940 Km, nasce na junção dos Rios Paranaíba e Grande, na divisa entre Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Apresenta o maior aproveitamento hidrelétrico do Brasil, abrigando, por
exemplo, a Usina de Itaipu. Em 1999 foi inaugurada no Rio Paraná a hidrelétrica de Porto Primavera, a segunda
maior usina de Estado de São Paulo. Os afluentes do Paraná, como o Tietê e o Paranapanema, também têm
grande potencial para a geração de energia.
Imagem da Usina de Itaipu, retirada da Folha de São Paulo, 16/08/2008.
Eclusa é um canal que, construído em águas de um rio com grande desnível, possibilitando a
navegabilidade, subida ou descida de embarcações. No esquema abaixo, está representada a descida de uma
embarcação, pela eclusa do Porto Primavera, do nível mais alto do Rio Paraná até o nível da Jusante.
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Com relação às hidrovias, a do Tietê-Paraná é a mais antiga do país. Utilizado em larga escala para a
navegação, o rio Paraguai tem origem na serra do Araporé, a 100 Km de Cuiabá (MT). Sua extensão é de
2.078 Km. O Rio Uruguai possui cerca de 1,5 mil Km de extensão, dos quais 625 correspondem ao trecho
navegável, entre São Borja e Uruguaiana (RS). Também temos outros trechos com potencial hidrelétrico.
Problemas no Pantanal – Entidades ambientalistas criticam o uso de trechos da bacia para transporte
fluvial. Um relatório divulgado em fevereiro de 2001 pela WWF, denuncia que, na região onde o Rio Paraguai
corta o Pantanal, o choque das embarcações contra as margens causou a destruição de mais de 100 Km de
matas ciliares, além de assoreamento das águas. Também sofre de assoreamento o Rio Taquari, que nasce no
cerrado e atravessa o Pantanal, carregando grande quantidade de terra de regiões de plantio de soja onde a
mata ciliar foi destruída. O crescimento e a modernidade da agricultura na região fizeram aumentar o uso de
agrotóxicos nas áreas que cercam as planícies inundáveis do Pantanal-Mato-Grossense, contaminando solos e
água dessa região da Bacia do Prata.
5.4- Bacia do Rio Tocantins
2
É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 932.070 Km . O Rio Tocantins
nasce em Goiás e percorre 2.640 Km até desembocar na foz do Amazonas. Seu trecho navegável, de 1,9 mil
Km, se encontra entre Belém (PA) e Peixe (GO), e a parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitada pela
Usina de Tucuruí. O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás, e une-se ao Tocantins no
extremo norte do estado de mesmo nome.
Hidrovia Araguaia – Tocantins – De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a
hidrovia Araguais-Tocantins já poderia ser navegada em três trechos da bacia: em 580 Km do Rio das Mortes,
em 1.230 Km do Rio Araguaia e em 440 Km do Tocantins. A hidrovia, porém, tem sido questionada pelas
entidades ambientalistas, que criticam os impactos que ela poderá provocar. No projeto, ela corta dez áreas de
conservação ambiental e 35 áreas indígenas, afetando uma população de cerca de 10.000 índios.
6- HIDROVIAS E OS IMPACTOS AMBIENTAIS
Mesmo quando um rio é naturalmente navegável, a própria ocupação humana de suas margens e
várzeas e seu aproveitamento como meio de transporte produzem alterações ambientais nada desprezíveis
(destruição de matas de galerias e matas ciliares, desmoronamento das margens, assoreamento das margens,
assoreamento do leito fluvial, poluição das águas por dejetos humanos, pelo óleo combustível das
embarcações, das máquinas de garimpo e pelo mercúrio etc.).
Quando, entretanto, há necessidade da intervenção humana para que o rio ou a bacia hidrográfica se
torne navegável, com a construção de barragens, eclusas, canais e outros recursos da engenharia hidráulica,
as alterações são de muito maior magnitude.
Os impactos ambientais previstos envolvem um conjunto de alterações inter-relacionadas de grande
monta, podendo-se citar: perda da biodiversidade local, regional, global; diminuição da pesca; alteração no
regime hídrico; prejuízos para a qualidade da água, que será contaminada pelo óleo diesel das embarcações;
alterações nos padrões das cadeias alimentares.
Impactos indiretos: maior povoamento ao longo do traçado da hidrovia; maior utilização dos recursos
naturais regionais; erosão dos solos, assoreamento dos rios, contaminação do solo e das águas por
agrotóxicos.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2011)
SOBRADINHO
O homem chega, já desfaz a natureza
Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que
dizia que o Sertão ia alagar.
SÁ E GUARABYRA. Disco Pirão de peixe com pimenta. Som Livre, 1977 (adaptado).
O trecho da música faz referência a uma importante obra na região do rio São Francisco. Uma consequência
socioespacial dessa construção foi
A) a migração forçada da população ribeirinha.
B) o rebaixamento do nível do lençol freático local.
C) a preservação da memória histórica da região.
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D) a ampliação das áreas de clima árido.
E) a redução das áreas de agricultura irrigada.
02)(ENEM/2010) A usina hidrelétrica de Belo Monte será construída no rio Xingu, no município de Vitória de
Xingu, no Pará. A usina será a terceira maior do mundo e a maior totalmente brasileira, com capacidade de
11,2 mil megawatts. Os índios do Xingu tomam a paisagem com seus cocares, arcos e flechas. Em Altamira, no
Pará, agricultores fecharam estradas de uma região que será inundada pelas águas da usina.
BACOCCINA, D.; QUEIROZ. G.; BORGES, R. Fim do leilão, começo da confusão. Istoé Dinheiro. Ano 13, no
655,28 abr. 2010 (adaptado).
Os impasses, resistências e desafios associados à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte estão
relacionados
A) ao potencial hidrelétrico dos rios no norte e nordeste quando comparados às bacias hidrográficas das
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
B) à necessidade de equilibrar e compatibilizar o investimento no crescimento do país com os esforços para a
conservação ambiental.
C) à grande quantidade de recursos disponíveis para as obras e à escassez dos recursos direcionados para o
pagamento pela desapropriação das terras.
D) ao direito histórico dos indígenas à posse dessas terras e à ausência de reconhecimento desse direito por
parte das empreiteiras.
E) ao aproveitamento da mão de obra especializada disponível na região Norte e o interesse das construtoras
na vinda de profissionais do Sudeste do país.
03)(ENEM/2009) Uma parcela importante da água utilizada no Brasil destina-se ao consumo humano. Hábitos
comuns referentes ao uso da água para o consumo humano incluem: tomar banhos demorados, deixar as
torneiras abertas ao escovar os dentes ou ao lavar a casa e o carro. A repetição desses hábitos diários pode
contribuir para:
a) o aumento da disponibilidade de água para a região onde você mora e do custo da água.
b) a manutenção da disponibilidade de água para a região onde você mora e do custo da água.
c) a diminuição da disponibilidade de água para a região onde você mora e do custo da água.
d) o aumento da disponibilidade de água para a região onde você mora e a diminuição do custo da água.
e) a diminuição da disponibilidade de água para a região onde você mora e o aumento do custo da água.
04)(UFV/2009) O planeta Terra é uno e total, mas didaticamente pode-se dividi-lo, do ponto de vista das
ciências da natureza, em quatro partes interdependentes e com características específicas, a saber: hidrosfera,
atmosfera, litosfera e biosfera. O homem, que é também integrante de uma dessas partes, tornou-se ao longo
da história apropriador e transformador dos elementos que compõem essas partes.
Com base nos conhecimentos sobre as características do planeta Terra e da relação sociedade-natureza,
assinale a afirmativa CORRETA:
a) A atmosfera é a única camada que sofre com a transformação da natureza pela sociedade, sobretudo devido
ao lançamento de dejetos através das atividades produtivas, cotidianas e depredatórias.
b) A relação do homem com a litosfera é pouco expressiva, pois essa é formada por seres inanimados, como
rochas e minerais, que se encontra em grandes profundidades, dificultando a sua extração e utilização.
c) A sociedade se relaciona de forma harmoniosa com a biosfera, respeitando os animais e a vegetação, com a
utilização desses recursos de forma sustentável.
d) A hidrosfera formada pelos corpos d’água na superfície é muito importante para a sociedade, uma vez que
seus elementos são utilizados na produção de alimentos, bens e energia, bem como para o lazer.
05)(PASES I/2009) Leia as afirmativas abaixo, que se referem a contribuições para os problemas das
enchentes nas áreas metropolitanas:
I. Os rios canalizados nas áreas urbanas apresentam menos velocidade, o que contribui para o melhor
escoamento das águas pluviais.
II. As águas das chuvas nas cidades apresentam grande dificuldade de se infiltrar devido à impermeabilização
do solo.
III. A redução da mata ciliar nas cidades favorece o assoreamento dos canais fluviais, diminuindo o a vazão dos
rios.
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IV. A poluição do ar, associada às elevadas temperaturas, na área central da cidade, favorece a formação de
chuvas orográficas.
Está CORRETO o que se afirma apenas em:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) Nenhuma das Anteriores.
06)(ENEM/2008) Um jornal de circulação nacional publicou a seguinte notícia:
Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, horas depois de os pajés caiapós Mantii e Kucrit,
levados de Mato Grosso pela Funai, terem participado do ritual da dança da chuva, em Boa Vista. A chuva
durou três horas em todo o estado e as previsões indicam que continuará pelo menos até amanhã. Com isso,
será possível acabar de vez com o incêndio que ontem completou 63 dias e devastou parte das florestas do
estado.
Jornal do Brasil, abr./1998 (com adaptações).
Considerando a situação descrita, avalie as afirmativas seguintes.
I No ritual indígena, a dança da chuva, mais que constituir uma manifestação artística, tem a função de intervir
no ciclo da água.
II A existência da dança da chuva em algumas culturas está relacionada à importância do ciclo da água para a
vida.
III Uma das informações do texto pode ser expressa em linguagem científica da seguinte forma: a dança da
chuva seria efetiva se provocasse a precipitação das gotículas de água das nuvens.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
e) II e III, apenas.
e) I, II e III.
07)(UFJF/2008) Observe a área de uma carta topográfica.
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Carta topográfica é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e artificiais. Com base
nessa carta topográfica, é CORRETO afirmar que:
a) a área de 1 mm² na carta corresponde a uma área de 50 m² na realidade.
da superfície terrestre de forma mensurável, mostrando suas posições planimétricas e altimétricas.
b) a área representada está localizada em um estado da Região Nordeste.
c) o padrão de drenagem da bacia hidrográfica representada é o dendrítico.
d) o relevo é a fronteira natural que separa as áreas urbanas das áreas rurais.
e) o terreno é plano porque as curvas de nível estão mais espaçadas entre si.
08)(ENEM/2007) O artigo 1.º da Lei Federal n.º 9.433/1997 (Lei das Águas) estabelece, entre outros, os
seguintes fundamentos:
Ia água é um bem de domínio público;
IIa água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
IIIem situações de escassez, os usos prioritários dos recursos hídricos são o consumo humano e a
dessedentação de animais;
IVa gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas.
Considere que um rio nasça em uma fazenda cuja única atividade produtiva seja a lavoura irrigada de milho e
que a companhia de águas do município em que se encontra a fazenda colete água desse rio para abastecer a
cidade. Considere, ainda, que, durante uma estiagem, o volume de água do rio tenha chegado ao nível crítico,
tornando-se insuficiente para garantir o consumo humano e a atividade agrícola mencionada. Nessa situação,
qual das medidas abaixo estaria de acordo com o artigo 1.º da Lei das Águas?
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a) Manter a irrigação da lavoura, pois a água do rio pertence ao dono da fazenda.
b) Interromper a irrigação da lavoura, para se garantir o abastecimento de água para consumo
humano.
c) Manter o fornecimento de água apenas para aqueles que pagam mais, já que a água é bem
dotado de valor econômico.
d) Manter o fornecimento de água tanto para a lavoura quanto para o consumo humano, até o
esgotamento do rio.
e) Interromper o fornecimento de água para a lavoura e para o consumo humano, a fim de que a
água seja transferida para outros rios.
09)(UFV/1996) O Brasil é um país rico em rios, o que confere um grande potencial hidrelétrico. Este potencial
esta relacionado respectivamente aos seguintes fatores geográficos:
a) Ás condições climáticas e ao relevo acidentado.
b) A predominância no país do clima equatorial e a existência de poucas áreas planas.
c) A continentalidade do território e a disposição longitudinal do seu relevo.
d) A latitude e a monotonia do relevo.
e) A tropicalidade e a existência de planícies de tamanho considerável.
GABARITO: A
(UFMG/97)
As respostas do homem frente às enchentes apresentam-se em dois grandes grupos de medidas. As medidas
ditas estruturais, que visam a atuar sobre a própria enchente tentando controla-la, e as ditas não-estruturais,
que procuram atuar na conduta do homem, fazendo-o adaptar-se e conviver com o fenômeno, catastrófico, ou
pelo menos, minimizar as possibilidades de danos materiais e, principalmente humanos.
Fonte: Enchentes na primavera de 1993 na bacia hidrográfica do Alto Iguaçu. A água em revista, 1996.
Considerando-se as informações desse texto e outros conhecimentos sobre o assunto, é INCORRETO afirmar
que:
a) A construção de obras de engenharia hidráulica – diques e barragens reguladoras, canalização e
retificação dos cursos de água – constitui uma das medidas estruturais empregadas no controle das
enchentes.
b) A educação ambiental e a adoção de praticas corretas de manejo, uso e ocupação do solo nos meios
rural e urbano são medidas não estruturais indispensáveis para diminuir o impacto das cheias
excepcionais.
c) A limpeza e a dragagem freqüentes dos canais e leitos dos cursos de água e dos reservatórios são
medidas estruturais de grande valia para minorar as enchentes em áreas urbanizadas.
d) A recomposição da cobertura vegetal nas cabeceiras e margens dos rios e nas encostas é uma medida
estrutural que produz efeitos imediatos e se tem mostrado eficiente no controle das enchentes.
e) NDA.
GABARITO: D
GABARITO:
01-A
02-B
03-E
04-D
CAPÍTULO: VEGETAÇÃO
1 – FATORES QUE INFLUEM NA VEGETAÇÃO
A vegetação é reflexo das condições naturais de solo e de clima do lugar em que ocorre. Os elementos
climáticos, principalmente a temperatura e a umidade, são determinantes para o tipo de vegetação de uma
área. Há climas secos, úmidos, alternadamente úmidos e secos, quentes, frios, alternadamente quentes e frios
ao longo do ano, e seus reflexos na cobertura vegetal definem a forma das folhas, a espessura do tronco, a
altura das plantas, a fisionomia da vegetação, segundo a classificação:
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Quanto a Umidade
 Higrófitos 
 Xerófitos 
 Tropófitos 
 Hidrófitos (Alagadas) 
Quanto às folhas
 Latifoliada 
 Aciculifoliada 
Quanto ao Comportamento Sazonal das folhas
 Perenifólia 
 Caducifólia ou decídua 
Quanto ao porte
 Formações arbóreas 
 Formações herbáceas 
 Formações arbustivas 
2- VEGETAÇÃO ORIGINAL BRASILEIRA
O Brasil, por contar com grande diversidade climática, apresenta várias formações vegetais. Tem desde
densas florestas latifoliadas tropicas, que ocupam mais da metade de seu território, até formações xerófilas,
como a caatinga. Há também formações típicas de clima temperado, como a Mata de Araucárias. Possuiu
grandes extensões, no centro do país, de uma formação complexa tipo savana, conhecida como cerrado, sem
contar o complexo do Pantanal, as matas galerias, as formações de mangue.
 Floresta Amazônica (Floresta Latifoliada Equatorial) – Possuindo o maior banco genético ou
biodiversidade do planeta, a Floresta Amazônica apresenta três estratos.
o Caaigapó ou Mata de Igapó – é uma área permanentemente alagada, ao longo dos rios, onde
encontramos vegetação de pequeno porte, como por exemplo, a vitória-régia.
o Várzea – área sujeita a inundações periódicas, com vegetação de médio porte, que raramente
ultrapassa 20 metros de altura, como a seringueira.
o Caaetê ou Terra Firma – área que nunca inunda, na qual encontramos vegetação de grande
porte, com árvores que chegam a atingir 60 metros de altura, como a castanheira.
 Floresta Latifoliada Tropical – Esta formação foi altamente devastada ao longo da história do Brasil.
Originalmente, estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, alargando-se
significativamente em Minas Gerais e São Paulo. Possuiu um estrato exposto à ação intensa das
massas de ar úmido provenientes do Oceano Atlântico. Nessa área, ela é muito densa, quase
impenetrável, sendo conhecida como Mata Atlântica (Floresta Latifoliada Tropical Úmida da encosta).
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Mata de Araucárias ou dos Pinhais (Floresta Aciculifoliada) – É uma floresta na qual predomina a
Araucária angustifólia, espécie adaptada ao clima subtropical ou temperado. Assemelha-se, na
densidade vegetal, a um bosque. Originariamente, dominava vastas extensões da área planáltica da
região Sul e mesmo pontos altos do território de São Paulo (Campos do Jordão), Rio de Janeiro
(Petrópolis) e Minas Gerais (Pico da Bandeira). Em seu interior, há a ocorrência de erva-mate, ipês,
canela, cedros, etc.
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Mata dos Cocais – Esta formação vegetal está encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e
a caatinga. É, portanto, uma mata de transição entre formações bastante distintas, constituída por
palmeiras ou palmáceas, com grande predominância do babaçu e ocorrência esporádica de
carnaúba.
Caatinga – Vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predomina um estrato
arbustivo caducifoliado e espinhoso; ocorrem também cactáceas. O nome caatinga significa, em
tupi-guarani, mata branca, cor predominante da vegetação durante a estação seca. No verão,
devido à ocorrência de chuva, brotam folhas verdes e flores.
Cerrado – Muito parecido com a savana africana, é constituído por uma vegetação caducifólia.
Predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que retém
mais água), é uma formação plenamente adaptada ao clima tropical típico, com chuvas abundantes
no verão e inverno bastante seco.
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
Mata Galeria ou Ciliar – É uma mata que acompanha o curso de rios que cortam o cerrado, onde
são muito freqüentes, e a caatinga. Nas áreas próximas as margens dos rios perenes, o solo é
permanentemente úmido, criando condições para o desenvolvimento da mata.

Complexo do Pantanal – Dentro do Pantanal Mato-Grossense há campos inundáveis, floresta
tropical e mesmo cerrado nas áreas mais altas. O Pantanal, portanto, não é uma formação vegetal,
mas um complexo que agrupa várias formações em seu interior.

Campos Naturais – Formações herbáceas, constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de
altura. Sua origem pode estar associada a solos rasos ou temperaturas baixas em regiões de
altitudes elevadas, áreas sujeitas à inundação periódica ou ainda solos arenosos. Os campos mais
famosos do Brasil localizam-se no extremo sul, na Campanha Gaúcha. Em Mato Grosso do Sul,
destacam-se os campos de Vacaria e, no restante do país, aparecem manchas isoladas na
Amazônia, no Pantanal e nas regiões serranas do Sudeste e do planalto das Guianas.

Vegetação Litorânea – Nas praias e dunas, é muito importante a ocorrência de vegetação rasteira,
responsável pela fixação da areia, impedindo que seja transportada pelo vento. A restinga é uma
formação vegetal que se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de
algumas árvores, como o chapéu-de-sol, o coqueiro e a goiabeira. Os mangues são nichos
ecológicos responsáveis pela reprodução de milhares de espécies de peixes, moluscos e
crustáceos. Em áreas planas do litoral, na foz e ao longo do curso dos rios, o terreno é invadido
pela água do mar nos períodos de maré cheia e a vegetação arbustiva que ai se desenvolve é
halófita (adaptada à presença de sal) e pneumatófila (durante a maré baixa, as raízes ficam
expostas).
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MAPA DE VEGETAÇÃO DO BRASIL
De acordo com o que acabou de aprender, preencha este quadro:
1234567-
3- FORMAÇÕES VEGETAIS NO MUNDO
Há diversas formações vegetais no planeta, tantas quanto a enorme diversidade climática permite. Há
formações florestais muito densas, como as florestas tropicais, extremamente ricas em biodiversidade – as mais
devastadas atualmente, o que causa grande preocupação – , e florestas temperadas, como a taiga, mais
esparsas e com menor diversidade de espécies. Há formações herbáceas, como as pradarias e os campos, e
formações mistas, como as savanas de climas tropicais. Há vegetações adaptadas a climas rigorosos, como a
tundra, de clima subpolar, e as xerófilas, adaptadas à excessiva aridez. Todas elas têm grande importância
para a preservação dos variados ecossistemas planetários. Vejamos as mais importantes:
 Floresta de Coníferas – Trata-se de uma formação florestal típica da zona temperada. Ocorre em altas
latitudes, em climas temperados continentais. Abrange principalmente parte do território do Canadá,
Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia. Neste último país, cobre mais da metade do território e é
conhecida como taiga. Formação bastante homogênea, na qual predominam pinheiros, é importante
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para a economia desses países como fonte de matéria-prima para a industria madeireira e de papel e
celulose.
Floresta Temperada – Formação típica da zona climática temperada, surge, diferentemente das
coníferas, em latitudes mais baixas e sob maior influencia da maritimidade. Dominava extensas porções
da Europa Centro-Ocidental, mais ainda ocorre na Ásia, na América do Norte e em pequenas
extensões da América do Sul e da Austrália. Na Europa, restam apenas pequenos bosques, como a
Floresta Negra (Alemanha) e a Floresta de Sherwood (Inglaterra). O que restou dessa floresta
caducifólia é a formação secundária conhecida como landes, na qual aparecem espécies como abetos,
fais, carvalhos, etc.
Floresta Tropical – Formação vegetal higrófila e latifoliada, extremamente heterogênea, típica de
climas quentes e úmidos. Surge, portanto, em baixas latitudes na América, na África e na Ásia, onde
predominam climas tropicais e equatoriais. É a formação mais rica em espécies do planeta, possuindo
um enorme e ainda em grande parte desconhecido banco genético ou biodiversidade. Nela ocorrem
árvores de grande e médio porte, como o mogno, o jacarandá, a castanheira, o cedro, a imbuia, a
peroba, entre outras, além de palmáceas, arbustos, briófitas, bromélias, etc.
Formações Desérticas – Estão adaptadas à escassez de água, situação típica dos climas áridos e
semi-áridos, tanto em regiões frias quanto quentes. Por isso, as espécies são xerófilas, destacando-se
entre elas as cactáceas. Aparecem nos desertos da América, África, Ásia e Oceania. Vê-se, assim, que
ocorrem em todos os continentes, com exceção da Europa.
Tundra – Vegetação rasteira, de ciclo vegetativo extremamente curto. Por encontrar-se nas regiões
polares, desenvolve-se apenas durante aproximadamente três meses, quando ocorre o degelo de
verão. As espécies típicas são os musgos, nas baixadas úmidas, e os liquens, nas porções mais altas
do terreno, onde o solo é mais seco.
Vegetação Mediterrânea – Desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresenta verões
muito quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. Surge no sudoeste dos EUA, na região central
do Chile, no sudoeste da África do Sul e no sudoeste da Austrália. Mas as maiores ocorrências estão
no sul da Europa e no norte da África. Trata-se de uma vegetação esparsa, que possuiu três estratos:
um arbóreo, um arbustivo e um herbáceo. Apresenta características xerófilas e as duas formações
dominantes são os garrigues e os maquis.
Pradaria – Formação herbácea, composta basicamente de capim, que aparece em regiões de clima
temperado continental. Surge na Europa central e no oeste da Rússia, nas Grandes Planícies
americanas, nos Pampas argentinos e na Grande Bacia Australiana. Embora tenha sido muito usada
como paisagem, essa vegetação é muito importante pelo solo rico em matéria orgânica que
acondiciona. Um dos solos mais férteis do mundo, denominado tchernozion, surge sob as pradarias da
Rússia e da Ucrânia.
Estepe – É uma vegetação herbácea, como as pradarias, porém mais esparsa e ressecada. Surge em
climas semi-áridos, portanto na faixa de transição de climas úmidos (temperados ou tropicais) para os
desertos.
Savana – Vegetação complexa que surge sob influência do clima tropical, alternadamente úmido e
seco. Apresenta estrato arbóreo, arbustivo e herbáceo. Ocorre na áfrica Centro-Oriental, no Brasil
central e, em menores extensões, na Índia. Na África, essa vegetação tem grande importância, por
abrigar animais de grande porte, como leões, elefantes, girafas, zebras, etc.
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2011)
GEOGRAFIA FÍSICA/2012
PROFESSOR: DANILO PACHECO
Disponível em: http://www.ra-bugio.org.br. Acesso em: 28 jul. 2010.
A imagem retrata a araucária, árvore que faz parte de um importante bioma brasileiro que, no entanto, já foi
bastante degradado pela ocupação humana. Uma das formas de intervenção humana relacionada à
degradação desse bioma foi
A) o avanço do extrativismo de minerais metálicos voltados para a exportação na região Sudeste.
B) a contínua ocupação agrícola intensiva de grãos na região Centro-Oeste do Brasil.
C) o processo de desmatamento motivado pela expansão da atividade canavieira no Nordeste brasileiro.
D) o avanço da indústria de papel e celulose a partir da exploração da madeira, extraída principalmente no Sul
do Brasil.
E) o adensamento do processo de favelização sobre áreas da Serra do Mar na região Sudeste.
02)(ENEM/2011) A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso
alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do
século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do
país está sendo torrado.
AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996.
Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:
A) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
B) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
C) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país.
D) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
E) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.
03)(ENEM/2008) Calcula-se que 78% do desmatamento na Amazônia tenha sido motivado pela pecuária —
cerca de 35% do rebanho nacional está na região — e que pelo menos 50 milhões de hectares de pastos são
pouco produtivos. Enquanto o custo médio para aumentar a produtividade de 1 hectare de pastagem é de 2 mil
reais, o custo para derrubar igual área de floresta é estimado em 800 reais, o que estimula novos
desmatamentos. Adicionalmente, madeireiras retiram as árvores de valor comercial que foram abatidas para a
criação de pastagens. Os pecuaristas sabem que problemas ambientais como esses podem provocar restrições
à pecuária nessas áreas, a exemplo do que ocorreu em 2006 com o plantio da soja, o qual, posteriormente, foi
proibido em áreas de floresta.
Época, 3/3/2008 e 9/6/2008 (com adaptações).
A partir da situação-problema descrita, conclui-se que
A o desmatamento na Amazônia decorre principalmente da exploração ilegal de árvores de valor comercial.
B um dos problemas que os pecuaristas vêm enfrentando na Amazônia é a proibição do plantio de soja.
C a mobilização de máquinas e de força humana torna o desmatamento mais caro que o aumento da
produtividade de pastagens.
D o superavit comercial decorrente da exportação de carne produzida na Amazônia compensa a possível
degradação ambiental.
GEOGRAFIA FÍSICA/2012
PROFESSOR: DANILO PACHECO
E a recuperação de áreas desmatadas e o aumento de produtividade das pastagens podem contribuir para a
redução do desmatamento na Amazônia.
04)(UFJF/2010) Leia abaixo os dados divulgados referentes a um estudo sobre a Mata Atlântica.
Estudo divulgado no dia 26 de maio de 2009 mostra que, entre 2005 e 2008, em dez estados brasileiros
avaliados, foi desmatada uma área de Mata Atlântica equivalente a cerca de dois terços do tamanho da cidade
de São Paulo. Segundo o estudo, 1 029,38 km² de mata foram desmatados no período considerado. As
informações foram levantadas pela Fundação SOS Mata Atlântica em conjunto com o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE). O município de Jequitinhonha (MG) é o primeiro da lista dos que mais perderam
Mata Atlântica no período. Foram 24,59 km² de desmatamento.
Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Brasil>. Acesso em: 10 jun. 2009. Adaptado.
Com base nos estudos de Geografia do Brasil, marque a alternativa CORRETA.
a) A Mata Atlântica é uma zona de transição vegetativa e climática entre o Complexo do Pantanal e a
vegetação litorânea; seu potencial para exploração econômica é muito amplo e variado: vegetais (guaraná,
babaçu) e minerais (bauxita, cobre).
b) As áreas de ocorrência de Mata Atlântica, em Minas Gerais, são dizimadas em função do acelerado
processo de urbanização, que provoca modificações climáticas, promovendo, assim, a conversão de áreas
originais de floresta em áreas de cerrado.
c) As florestas tropicais úmidas estão nas áreas mais pobres do mundo, e a população, que vive nessas
florestas e no seu entorno, beneficia-se da coleta, da caça e da pesca e, assim, degrada e destrói os recursos
florestais naturais.
d) No município de Jequitinhonha, a destruição da Mata Atlântica é explicada pela extração de carvão para a
siderurgia, já que, no início do século XXI, a maior demanda da indústria mineira de energia por fonte é a lenha
e derivados.
e) Os estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão participaram do estudo supracitado porque a madeira
que extraem das áreas de ocorrência de Mata Atlântica, em seus limites territoriais, é o seu principal produto de
exportação.
05)(UFJF/2009) Leia o fragmento de texto a seguir.
“Planaltos, depressões e chapadas sedimentares; clima tropical com duas estações bem diferenciadas (verão
chuvoso e inverno seco); predomínio da vegetação arbustiva e herbácea e solos ácidos. Sua economia baseiase na agricultura e pecuária.”
Fonte: COELHO, Marcos de Amorim e TERRA, Lygia. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna,
2003.
Essas características são do domínio morfoclimático
a) da araucária.
b) da caatinga.
c) das pradarias.
d) do cerrado.
e) do deserto.
06)(CTU/2008) Associe os dados apresentados a seguir com seu respectivo bioma.
1- Elevado índice pluviométrico, baixa amplitude térmica e expansão agrícola recente.
2- Vista exuberante para os colonizadores, tropófila e latifoliada, alargando-se para o interior de São Paulo
e Minas gerais.
3- Situada entre a floresta amazônica e a caatinga, tem grande importância para a população local, devido
ao extrativismo e ao artesanato.
4- Vegetação caducifólia, galhos retorcidos, média estatura, estende-se pelo planalto central.
A seqüência correta, na ordem crescente é:
a) Floresta Amazônica, Mata dos Cocais, Cerrado e Mata Atlântica.
b) Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Mata dos Cocais e Cerrado.
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c) Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata dos Cocais e Cerrado.
d) Mata dos Cocais, Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Cerrado.
e) Floresta Amazônica, Cerrado, Mata dos Cocais e Mata Atlântica.
07)(UFMG/2009) Leia este trecho:
O debate sobre o aumento das taxas de desmatamento na Amazônia, no final de 2007, foi ocasião propícia
para um ataque inédito de alguns interesses do setor agroindustrial atuando no Brasil central e na Amazônia ao
Inpe, uma das instituições-chave do sistema brasileiro de ciência e tecnologia [...]
Não é inocente, nesse contexto, um doloso desconhecimento: ignorar que a ciência (aqui e em toda parte)
avança por meio de acertos e erros. Pretender fazer de diferenças metodológicas sobre como detectar
desmatamento e degradação a partir do espaço o argumento para deslegitimar nossa ciência pode ser um ato
mais que destrutivo ao futuro do Brasil.
O nó da questão é o falso dilema entre conservação e desenvolvimento. Falso, porque trata a conservação
como sinônimo de preservação intocável e identifica o desenvolvimento com produção destrutiva, respaldado
num histórico de agropecuária causadora de gigantesco passivo ambiental na Amazônia. Falso, pois não
admite a existência de diversos modos de modernidade e caminhos alternativos de desenvolvimento e pretende
fazer da verdade complexa dessa questão pouco mais que uma caricatura simplista.
BECKER, Bertha; NOBRE, Carlos A.; BARTHOLO, Roberto. Uma via para a Amazônia. Folha de S. Paulo. 27
abr. 2008. p. A3. (Adaptado)
A partir da leitura e interpretação desse trecho, é INCORRETO afirmar que:
A) a “caricatura simplista” mencionada se refere à postura comum de reduzir-se o assunto Amazônia a uma só
via, o conservadorismo ou o desenvolvimentismo.
B) a notícia do aumento da taxa de desmatamento na Amazônia, que incomodou diferentes setores da
sociedade, motivou várias críticas a um importante órgão de pesquisa brasileiro.
C) os autores consideram inaceitável criticar-se a possibilidade de a ciência brasileira cometer erros relativos à
detecção e ao monitoramento do desmatamento.
D) uma postura radical do lado conservacionista e a tradição brasileira de uso irracional dos recursos
ambientais dificultam o debate sobre a Amazônia.
E) Só existe uma alternativa a ser marcada acima.
08)(ENEM/2008) As florestas tropicais estão entre os maiores, mais diversos e complexos biomas do planeta.
Novos estudos sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao provocarem um fluxo de umidade
para o interior dos continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não sofram variações extremas de
temperatura e tenham umidade suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico de umidade do
oceano para o continente, em locais onde não há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros. Verificase, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não dependem da proximidade do oceano. Esta evidência
aponta para a existência de uma poderosa “bomba biótica de umidade” em lugares como, por exemplo, a bacia
amazônica. Devido à grande e densa área de folhas, as quais são evaporadores otimizados, essa “bomba”
consegue devolver rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação e condensação que fazem a
umidade chegar a milhares de quilômetros no interior do continente.
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-9 (com adaptações).
As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem as florestas? De acordo com o texto,
a) onde chove, há floresta.
b) onde a floresta cresce, chove.
c) onde há oceano, há floresta.
d) apesar da chuva, a floresta cresce.
e) no interior do continente, só chove onde há floresta.
09)(ENEM/2008)
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Analisando-se os dados do gráfico acima, que remetem a critérios e objetivos no estabelecimento de unidades
de conservação no Brasil, constata-se que:
a) o equilíbrio entre unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável já atingido garante
a preservação presente e futura da Amazônia.
b) as condições de aridez e a pequena diversidade biológica observadas na Caatinga explicam por que a
área destinada à proteção integral desse bioma é menor que a dos demais biomas brasileiros.
c) o Cerrado, a Mata Atlântica e o Pampa, biomas mais intensamente modificados pela ação humana,
apresentam proporção maior de unidades de proteção integral que de unidades de uso sustentável.
d) o estabelecimento de unidades de conservação deve ser incentivado para a preservação dos recursos
hídricos e a manutenção da biodiversidade.
e) a sustentabilidade do Pantanal é inatingível, razão pela qual não foram criadas unidades de uso
sustentável nesse bioma.
10)(ENEM/2008) Os ingredientes que compõem uma gotícula de nuvem são o vapor de água e um núcleo de
condensação de nuvens (NCN). Em torno desse núcleo, que consiste em uma minúscula partícula em
suspensão no ar, o vapor de água se condensa, formando uma gotícula microscópica, que, devido a uma série
de processos físicos, cresce até precipitar-se como chuva. Na floresta Amazônica, a principal fonte natural de
NCN é a própria vegetação. As chuvas de nuvens baixas, na estação chuvosa, devolvem os NCNs, aerossóis, à
superfície, praticamente no mesmo lugar em que foram gerados pela floresta. As nuvens altas são carregadas
por ventos mais intensos, de altitude, e viajam centenas de quilômetros de seu local de origem, exportando as
partículas contidas no interior das gotas de chuva. Na Amazônia, cuja taxa de precipitação é uma das mais
altas do mundo, o ciclo de evaporação e precipitação natural é altamente eficiente. Com a chegada, em larga
escala, dos seres humanos à Amazônia, ao longo dos últimos 30 anos, parte dos ciclos naturais está sendo
alterada. As emissões de poluentes atmosféricos pelas queimadas, na época da seca, modificam as
características físicas e químicas da atmosfera amazônica, provocando o seu aquecimento, com modificação do
perfil natural da variação da temperatura com a altura, o que torna mais difícil a formação de nuvens.
Paulo Artaxo et al. O mecanismo da floresta para fazer chover. In: Scientific American Brasil, ano 1, n.º 11,
abr./2003, p. 38-45 (com adaptações).
Na Amazônia, o ciclo hidrológico depende fundamentalmente:
a) da produção de CO2 oriundo da respiração das árvores.
b) da evaporação, da transpiração e da liberação de aerossóis que atuam como NCNs.
c) das queimadas, que produzem gotículas microscópicas de água, as quais crescem até se precipitarem
como chuva.
d) das nuvens de maior altitude, que trazem para a floresta NCNs produzidos a centenas de quilômetros
de seu local de origem.
e) da intervenção humana, mediante ações que modificam as características físicas e químicas da
atmosfera da região.
GABARITO:
01-D
06-C
02-B
07-C
03-E
08-B
04-D
09-D
05-D
10-B
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Tema: FONTES DE ENERGIA
1- INTRODUÇÂO
 Fontes de Energia Renováveis: São aquelas que, se utilizadas de forma sustentável, podem ser
repostas ou recriadas pela natureza ou pela intervenção antrópica. Exemplo: Energia Hidráulica,
Carvão Vegetal, Álcool, dentre outras.
 Fontes de Energia Inesgotáveis: São aquelas que, mesmo utilizados em grande escala, não se
esgotam. Exemplo: Energia solar e eólica.
 Fontes de Energia Não Renováveis: São aquelas que, uma vez esgotadas, não podem ser repostas
ou têm um ritmo de reposição muito lento. Exemplo: Petróleo, Carvão Mineral, Gás Natural, Energia
Nuclear, dentre outras.
2- CARVÃO MINERAL
Utilizado durante séculos como fonte de calor, o carvão mineral se tornou a principal fonte de energia
durante todo o século XIX. A queima do carvão fornecia o vapor que fazia funcionar as máquinas usadas nas
primeiras indústrias.
O carvão mineral é uma substância sólida, de origem orgânica, resultante da transformação de restos
vegetais soterrados há milhões de anos. É encontrado somente em bacias sedimentares, por se tratar de um
combustível fóssil. Os principais depósitos formaram-se durante os períodos Carbonífero e Permiano da Era
Paleozóica, há cerca de 350 milhões de anos.
As condições de temperatura e pressão a que foram submetidos os restos vegetais determinaram a
existência de diversos tipos de carvão. As principais fases de formação do carvão são:
Material Vegetal
Tempo Geológico
Vegetal
Atual
Turfa
Terciário
Linhito
Mesozóico
Hulha
Paleozóico
Antracito
Paleozóico
Componentes
Turfa
Umidade
65 a 90
Carbono
55
Oxigênio
33
Cinzas
10
Poder Calorífico (Kcal)
4000 a 5700
Fonte: Pope, José H. Geologia Geral. P.243.
Linhito
15 a 45
65 a 75
25
9
5700 ou +
Hulha
1a3
75 a 90
3 a 11
5 a 40
5700 a 9200
Antracito
90 a 96
4 a 11
3 a 30
9200 a 9600
As jazidas brasileiras de carvão mineral concentram-se basicamente nos terrenos de origem
permocarbonífera localizados nos estados da região Sul, especialmente em Santa Catarina (o maior produtor
brasileiro de carvão siderúrgico) e no Rio Grande do Sul (o maior produtor de carvão mineral energético).
 Pontos Positivos: Alto poder calórico e abundante no planeta.
 Pontos Negativos: Alta emissão de gases, contribuindo assim para o efeito estufa e extração perigosa.
 Usinas Termoelétricas: São responsáveis pela maior parte da eletricidade utilizada no mundo,
utilizando principalmente o carvão mineral, petróleo, gás natural e outros combustíveis fósseis como
fontes de energia.
3



PETRÓLEO
Localização- Bacias Sedimentares, da Era Cenozóica.
Derivados- gasolina, óleo diesel, plástico, borracha, asfalto, etc.
Descoberta – Foi descoberto como fonte de energia em 1859, nos EUA e logo superou o carvão mineral,
por grande teor calórico.
Oriente Médio – A região detém cerca de 2/3 das reservas mundiais de petróleo. Qualquer crise ali pode
afetar o fornecimento para o resto do mundo, em especial para os países industrializados, altamente
dependentes das importações de petróleo.
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






PROFESSOR: DANILO PACHECO
OPEP – A organização dos Países Exportadores de Petróleo foi criada em 1960 e reúne onze países:
Arábia Saudita, Iraque, Irã, Kuwait, Venezuela, Catar, Indonésia, Líbia, Emirados Árabes Unidos, Argélia e
Nigéria. Juntos, representam quase a metade das exportações mundiais.
Crise de 1973 – Para entender melhor a crise de 73, é importante saber que ocorreu uma guerra, entre
Arábia Saudita e Israel. Israel não queria devolver territórios localizados na Síria, na Jordânia e no Egito,
ocupados na guerra dos 6 dias (1967), onde os EUA e a Europa Ocidental estavam apoiando Israel. Com
isso, a Arábia Saudita, junto com a OPEP, resolvem aumentar o preço do barril de petróleo e suspender as
remessas para os EUA e para alguns países europeus. A gasolina chegou a ficar dez vezes mais cara, e a
economia mundial entrou em recessão.
Alta de preço – Ocorreram oscilações no preço do petróleo durante as décadas de 70, 80 (México, URSS
e China) e 90 (Iraque invade o Kuwait). As turbulências em alguns dos maiores produtores mundiais de
petróleo, como o Iraque, a Arábia Saudita e a Venezuela, contribuíram para que o preço do petróleo
atingisse, em 2004, a maior cotação nos últimos 21 anos, superando 42 dólares o barril. O crescimento
econômico mundial liderado pelos Estados Unidos (EUA) e pela China também puxa o preço para o alto.
Novas regiões produtoras – Nas antigas repúblicas soviéticas do mar Cáspio, como Cazaquistão e
Azerbaijão, foram descobertas grandes reservas de petróleo e gás natural. Na África há novas jazidas
importantes em países como Nigéria, Angola, Guiné e Chade.
Hoje- EUA e China, “contribuem” para o aumento dos preços.
Pontos Positivos: Facilmente transportado e armazenado e alta densidade energética.
Pontos Negativos: se esgotará rapidamente e altamente poluente.
4- GÁS NATURAL
 Utilização: É usado em fogões, automóveis e altos-fornos e na geração de energia elétrica.
 Dependência: O Brasil importa da Bolívia grande quantidade de gás natural, que é transportado desde o
país vizinho até as regiões consumidoras em território brasileiro por um sistema de tubulações chamado
gasoduto.
 Pontos Positivos: Pode ser facilmente transportado e menos poluente que o petróleo e o carvão mineral.
 Pontos Negativos: Transporte e armazenamento caro e arriscado e Jazidas concentradas
geograficamente.
5- ENERGIA NUCLEAR
 Usinas Termonucleares: A energia elétrica gerada baseia-se na fissão (divisão) do átomo, tendo por
matéria-prima o urânio ou o tório, que são minérios altamente radioativos.
 Angra dos Reis: A central nuclear brasileira de Angra dos Reis, apesar de ter sido inaugurada em 1981,
vem apresentando uma série de problemas, por isso funciona intermitentemente, que a batizaram de usina
vaga-lume.
 Tecnologia: Muito utilizada por países do Hemisfério Norte (Desenvolvidos).
 Pontos Positivos: Pode ser utilizada para medicina, pesquisa cientifica, exige grandes investimentos de
capital e alta tecnologia, dentre outros.
 Pontos Negativos: Sem solução para eliminação de resíduos radioativos e Operação arriscada e perigosa
(Ex. Usina de Chernobyl em 1986).
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6- HIDROELÉTRICAS



Usinas: A energia elétrica gerada é obtida através do aproveitamento das águas dos rios. A força hidráulica
movimenta uma turbina, que aciona o gerador responsável pela transformação da energia hidráulica em
energia elétrica.
Pontos Positivos: A energia hidráulica é uma das fontes mais baratas, limpas e seguras para a produção
de eletricidade.
Pontos Negativos: Impactos ambientais como o represamento da água, somente aproveitados em rios de
planalto, dentre outros.
7- FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA
 Energia solar: Atualmente é utilizada em aquecimento de água e de interiores de prédios, mas de maneira
ainda irrisória.
 Biomassa é a energia produzida através do gás formado pela matéria orgânica em decomposição, dentro
de um aparelho chamado biodigestor, que reaproveita os resíduos para produzir gás.
 Energia eólica - Apesar de muito utilizada, há vários séculos, apresenta dois grandes problemas: a
irregularidade com que os ventos sopram e a dispersão dos ventos. Para captar esta energia, é necessária
uma área muito maior que aquela para a captação da mesma quantidade de energia solar. A transformação
do vento em eletricidade é a energia limpa do momento.
 Geotérmica – Esse novo tipo de usina bombeia água para o subterrâneo, onde às rochas são muito
quentes, através de um buraco de até 1000 Km. No percurso a água vai se aquecendo e volta para a
superfície já em forma de vapor, que movimenta as turbinas. O subproduto do processo é calor para
aquecimento das casas.
 Maré
 Xisto betuminoso é uma rocha metamórfica de origem sedimentar, formada por hidrocarbonetos. Quando
esta rocha é aquecida, é possível dela extrair o betume que, depois de refinado, irá fornecer combustível.
 Álcool - Atualmente vem sendo muito utilizado como combustível para veículos automotores e também
para a produção de energia elétrica. Atualmente, dois países preocupam-se em desenvolver o álcool como
fonte de energia: O Brasil, com a cana-de-açúcar (etanol), e a Rússia, com o eucalipto (metanol).
O álcool pode também ser produzido a partir da beterraba, da cevada e da batata. Esta fonte de energia
tenderá a se desenvolver somente em países que disponham de grandes extensões territoriais para o plantio
das espécies vegetais que forneçam o álcool: Brasil, Rússia, Canadá, China e outros.
Em 1975, na busca de saídas para o primeiro choque do petróleo, o Brasil criou o Programa Nacional
do Álcool (Proálcool), com a intenção de substituir o petróleo por outras fontes de energia. Tratou-se de um
programa muito oneroso aos cofres públicos, que só se estruturou e continua existindo à custa de enormes
subsídios. Além disso, o programa não garantiu a economia de gatos com petróleo, à medida que só substituiu
consumo de gasolina, a qual, após esse programa, o Brasil passou a exportar. A partir de 1989, quando o
governo diminuiu os subsídios para a produção e consumo de álcool, o setor entrou em crise e o país passou a
importar o combustível da Europa.
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(ENEM/2008) A Lei Federal n.º 11.097/2005 dispõe sobre a introdução do biodiesel na matriz energética
brasileira e fixa em 5%, em volume, o percentual mínimo obrigatório a ser adicionado ao óleo diesel vendido ao
consumidor. De acordo com essa lei, biocombustível é “derivado de biomassa renovável para uso em motores a
combustão interna com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de
energia, que possa substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil”.
A introdução de biocombustíveis na matriz energética brasileira
a) colabora na redução dos efeitos da degradação ambiental global produzida pelo uso de combustíveis fósseis,
como os derivados do petróleo.
b) provoca uma redução de 5% na quantidade de carbono emitido pelos veículos automotores e colabora no
controle do desmatamento.
c) incentiva o setor econômico brasileiro a se adaptar ao uso de uma fonte de energia derivada de uma
biomassa inesgotável.
d) aponta para pequena possibilidade de expansão do uso de biocombustíveis, fixado, por lei, em 5% do
consumo de derivados do petróleo.
e) diversifica o uso de fontes alternativas de energia que reduzem os impactos da produção do etanol por meio
da monocultura da cana-de-açúcar.
02)(ENEM/2010) No dia 28 de fevereiro de 1985, era inaugurada a Estrada de Ferro Carajás, pertencente e
diretamente operada pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), na região Norte do país, ligando o interior ao
principal porto da região, em São Luís. Por seus, aproximadamente, 900 quilômetros de linha, passam, hoje,
5353 vagões e 100 locomotivas.
Disponível em: http://www.transportes.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado).
A ferrovia em questão é de extrema importância para a logística do setor primário da economia brasileira, em
especial para porções dos estados do Pará e Maranhão. Um argumento que destaca a importância estratégica
dessa porção do território é a
A) produção de energia para as principais áreas industriais do país.
B) produção sustentável de recursos minerais não metálicos.
C) capacidade de produção de minerais metálicos.
D) logística de importação de matérias-primas industriais.
E) produção de recursos minerais energéticos.
03)(ENEM/2007) Um poeta habitante da cidade de Poços de Caldas – MG assim externou o que estava
acontecendo em sua cidade:
Hoje, o planalto de Poços de Caldas não
serve mais. Minério acabou.
Só mancha, “nunclemais”.
Mas estão “tapando os buracos”, trazendo para
cá “Torta II”1,
aquele lixo do vizinho que você não gostaria
de ver jogado no quintal da sua casa.
Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil.
Hugo Pontes. In: M.E.M. Helene. A radioatividade e o lixo nuclear. São Paulo: Scipione, 2002, p. 4.
1Torta II – lixo radioativo de aspecto pastoso.
A indignação que o poeta expressa no verso “Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil” está relacionada
com:
f) a extinção do minério decorrente das medidas adotadas pela metrópole portuguesa para explorar as
riquezas minerais, especialmente em Minas Gerais.
g) a decisão tomada pelo governo brasileiro de receber o lixo tóxico oriundo de países do Cone Sul, o que
caracteriza o chamado comércio internacional do lixo.
h) a atitude de moradores que residem em casas próximas umas das outras, quando um deles joga lixo no
quintal do vizinho.
i) as chamadas operações tapa-buracos, desencadeadas com o objetivo de resolver problemas de
manutenção das estradas que ligam as cidades mineiras.
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j)
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os problemas ambientais que podem ser causados quando se escolhe um local para enterrar ou
depositar lixo tóxico.
04)(ENEM/2008) O potencial brasileiro para gerar energia a partir da biomassa não se limita a uma ampliação
do Pró-álcool. O país pode substituir o óleo diesel de petróleo por grande variedade de óleos vegetais e
explorar a alta produtividade das florestas tropicais plantadas. Além da produção de celulose, a utilização da
biomassa permite a geração de energia elétrica por meio de termelétricas a lenha, carvão vegetal ou gás de
madeira, com elevado rendimento e baixo custo. Cerca de 30% do território brasileiro é constituído por terras
impróprias para a agricultura, mas aptas à exploração florestal. A utilização de metade dessa área, ou
seja, de 120 milhões de hectares, para a formação de florestas energéticas, permitiria produção sustentada do
equivalente a cerca de 5 bilhões de barris de petróleo por ano, mais que o dobro do que produz a Arábia
Saudita atualmente.
José Walter Bautista Vidal. Desafios Internacionais para o século XXI. Seminário da Comissão de Relações exteriores e
de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, ago./2002 (com adaptações).
Para o Brasil, as vantagens da produção de energia a partir da biomassa incluem:
a) implantação de florestas energéticas em todas as regiões brasileiras com igual custo ambiental e
econômico.
b) substituição integral, por biodiesel, de todos os combustíveis fósseis derivados do petróleo.
c) formação de florestas energéticas em terras impróprias para a agricultura.
d) importação de biodiesel de países tropicais, em que a produtividade das florestas seja mais alta.
e) regeneração das florestas nativas em biomas modificados pelo homem, como o Cerrado e a Mata
Atlântica.
05)(IFET JF/2010) Sobre a geopolítica mundial e sua relação com o petróleo, marque a alternativa incorreta.
A) A sociedade industrial e de consumo do século XX foi construída com base na abundância e nos baixos
preços do petróleo.
B) A criação da Organização dos Países exportadores de Petróleo em 1960, um cartel, favoreceu o aumento do
barril de petróleo.
C) O petróleo é usado, frequentemente, como instrumento político para pressionar os países ricos, gerando
crises como a de 1973.
D) A limitação de jazidas de petróleo força o homem a criar máquinas e equipamentos mais eficientes, sem
preocupação com o esgotamento das jazidas.
E) A Rússia, que tem grandes jazidas de petróleo, voltou a exportar no início do século XX, em função da crise
econômica e da necessidade de obter recursos.
06)(UFJF/2010) Leia o texto a seguir sobre a usina termoelétrica de Juiz de Fora (MG):
Uma usina termoelétrica de Juiz de Fora está sendo adaptada para funcionar tanto a gás quanto a álcool. O
projeto inédito promete produzir energia de forma mais limpa. O término das obras está previsto para dezembro,
quando começam os testes operacionais. A termoelétrica de Juiz de Fora, que vai compor o sistema interligado
nacional, será bicombustível e a primeira no mundo a usar álcool na produção de energia. O novo modelo de
usina permite que o sistema de energia funcione de forma mais eficiente, afirma a Petrobrás.
Disponível em: <http://megaminas.globo.com/2009/06/25/usina-termoeletrica-de-juiz-de-fora-funcionaratanto- agas-quanto-a-alcool>. Acesso em: 25 jun. 2009. Adaptado.
Essa usina bicombustível tem como objetivo:
a) ampliar o Programa Luz Para Todos, que proporciona o atendimento em energia elétrica à parcela da
população do meio rural brasileiro que ainda não tem acesso a esse serviço público.
b) contribuir para a redução do tráfego de caminhões que transportam combustíveis, porque o álcool é
transportado através de dutos, eliminando também os riscos de armazenagem desse combustível.
c) desenvolver a implantação de um modelo industrial, adequado às condições socioculturais, econômicas e
ecológicas das regiões da Zona da Mata Mineira e Campo das Vertentes.
d) estimular o consumo de energia elétrica na cidade e região, oferecendo um kwh (quilowatt-hora) de baixo
custo, se comparado ao produzido pelas centrais hidrelétricas brasileiras.
e) possibilitar a expansão do mercado de consumo do etanol produzido no Brasil, porque os países que obtêm
energia, a partir de termoelétricas, teriam a opção de utilizar um combustível limpo.
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07)(UFOP/2009) “Não existe geração de energia sem impacto ambiental. Esse impacto só será reduzido, se
diminuirmos o consumo”, ressalta o pesquisador da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp, Gilberto
Januzzi, em matéria publicada em 12/12/2004 no site http://www.comciencia.br.
Dentre as fontes de energia indicadas abaixo, assinale a opção que apresenta a fonte alternativa de menor
impacto ambiental.
A) construção de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs)
B) construção de usinas térmicas que aproveitam a energia do urânio e do plutônio
C) geração de energia a partir dos ventos (eólica)
D) utilização de bagaço da cana e de biogás de lixo (biomassa)
08)(PASES II/2007) Após a crise do petróleo, na década de 1970, o Estado brasileiro incentivou o uso de fontes
alternativas de energia. É CORRETO afirmar que a opção utilizada foi:
a) energia solar, em função da posição geográfica do país.
b) termoelétricas, devido à existência de abundantes reservas de carvão.
c) álcool, em função da extensa área agrícola de cana-de-açúcar.
d) energia nuclear, devido ao controle de tecnologia de ponta.
e) energia eólica, aproveitando a ocorrência dos ventos alísios.
09)(UFJF/2009) Leia a notícia a seguir.
A chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do
Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo,
Campos e Santos). O recurso natural encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil
metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade desse recurso.
Vários campos já foram descobertos no pré-sal, entre eles o de Tupi, o principal. Há também os nomeados:
Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, Júpiter e Iara, entre outros.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u440468.shtml. Acesso em 24/01/2009. Adaptado.
A notícia refere-se a qual recurso natural?
a) Bauxita.
b) Carvão.
c) Petróleo.
d) Salitre.
e) Urânio.
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10)(UFV/2009)
Com base na análise dos dados da figura anterior e nos conhecimentos sobre os recursos minerais no Brasil,
assinale a afirmativa CORRETA:
a) A elevação da produção petrolífera contribui para o crescimento econômico e para uma nova posição do
Brasil no setor energético mundial.
b) A evolução na produção de petróleo e gás é decorrente do emprego de novas tecnologias importadas na
área de refino e extração.
c) As jazidas descobertas reforçam a concentração da produção em terra firme na Amazônia e na plataforma
continental no Sudeste.
d) O aumento da produção irá reduzir os custos dos combustíveis e a produção de biocombustíveis, além de
ampliar a distribuição de indústrias petroquímicas no Brasil.
GABARITO:
01-A
06-E
02-C
07-C
03-E
08-C
04-C
09-C
05-D
10-A
CAPÍTULO: RECURSOS MINERAIS
1- INTRODUÇÃO
Os recursos minerais correspondem a uma massa inorgânica natural de composição química definida,
com um ou vários tipos de cristalização. (GUERRA, 1994).
Os recursos minerais encontram-se desigualmente distribuídos na superfície terrestre. Alguns países,
como os EUA e a Rússia, guardam imensas jazidas minerais de diversos tipos; outros como o Japão, a Coréia
do Sul, Taiwan e Cingapura, são insuficientemente servido delas, porém o preço dos minerais é regulado pela
lei de oferta e procura do mercado desenvolvido, um país não é necessariamente rico ou desenvolvido só por
ter jazidas minerais.
O tungstênio, o molibdênio, estanho, o vanádio, o berílio e o alumínio são minerais estratégicos
indispensáveis a alguns países. A extração desses minerais, contudo, depende quase sempre dos recursos de
exploração de um outro país. O estanho, por exemplo, é estratégico para os EUA, que precisam obtê-lo da
Bolívia, país que o produz, chamados minerais estratégicos. Esses minerais afetam o mercado internacional e
as relações político-econômicas entre países.
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Diferentemente de outros recursos naturais, os minerais só dão uma safra. Ciente disso e de toda a
degradação do ambiente que a extração de minerais provoca a sociedade contemporânea vem cobrando a
preservação do meio ambiente. As indústrias modernas têm procurando reciclar seus produtos, de forma a
reduzir a compra de matéria-prima in natura, especialmente o vidro, o aço, o alumínio e o plástico.
2- TIPOS DE RECURSOS MINERAIS
Os recursos minerais podem ser classificados em metálicos, metalóides, energéticos e diversos. Como
serão detalhados a seguir.
Os recursos minerais metálicos são divididos em: metais não-ferrosos (ex.: ouro, prata, platina),
metais de liga (ex.: zircônio, berílio, lítio), metal estrutural (ex.: ferro), metais raros (ex.: cromo, molibdênio,
titânio, níquel, tungstênio) e metais preciosos (ex.: estranho, zinco, cobre, chumbo).
Os recursos minerais metalóides são utilizados na química e temos como exemplo o bromo, enxofre,
fósforo, flúor, iodo, arsênio, potássio.
Também temos os recursos minerais energéticos que são: carvão, petróleo, gás natural, urânio e tório.
Por último temos uma diversidade de outros recursos minerais, chamando a atenção para os que são
utilizados em: construção (argila, amianto, areia, cascalho, calcário, asfalto, mármore), eletricidade (quartzo e
mica), ourivesaria (diamante, rubi, safira, esmeralda, topázio, água-marinha).
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3- O FORNECIMENTO DE RECURSOS MINERAIS E A DEMANDA MUNDIAL
Os recursos minerais são desigualmente distribuídos pela crosta terrestre. Os países com maiores
extensões territoriais, apresentando diversos ambientes geológicos, como a Rússia, os EUA, o Brasil, a
Austrália e a China, possuem as maiores concentrações de recursos minerais. Contudo, entre os líderes
industriais, apenas a Rússia é auto-suficiente.
Os países em desenvolvimento possuem mais da metade do suprimento mundial de níquel, estanho,
bauxita e pedra fosfato.
Muitos países pequenos em desenvolvimento são fonte de alguns recursos minerais importantes, por
exemplo: Guiné e Jamaica são produtoras de bauxita (Al), o Congo (ex-Zaire) é o maior produtor mundial de
cobalto, o Chile é o maior produtor mundial de cobre, o Marrocos e a Saara Ocidental apresentam as maiores
reservas mundiais de fosfato, uma fonte de fertilizantes.
Em virtude do rápido crescimento da população mundial e do aumento do consumo per capita, a
demanda por minerais esta crescendo de forma acelerada, causando impactos ambientais irrecuperáveis.
Nos EUA, muitos dos principais compostos minerais foram extintos. Os depósitos de chumbo no
sudoeste do Missouri, os quais forneceram matéria-prima às indústrias americanas e as exportações, foram
exauridas.
Os países europeus encontram-se com seus recursos naturais á beira da extinção.
A maior pressão sobre os suprimentos minerais remanescentes vem dos países industrializados.
Embora sejam apenas 25% da população mundial, consomem cerca de 90% da produção mineradora anual, de
todo o mundo, principalmente de ferro, alumínio e cobre.
4- OS RECURSOS MINERAIS NO BRASIL
Para Sylvio Fóes Abreu, cinco são as áreas de alta concentração de minerais no Brasil, como podemos
analisar na tabela abaixo:
REGIÃO
Amazônica
Nordeste
Sudeste
Centro-Oeste
Sul
LOCALIDADE
Bacia do Rio Juruá
Nova Fazendinha (AM)
Rio Trombetas (PA)
Rio Madeira (RO)
Rio Jarí (PA/AP)
Noroeste de Roraima (RR)
Litoral do RN
Chapada Diamantina
Currais Novos (RN)
Serra da Borborema
Serra do Espinhaço (MG)
Bacia Rio Jequitinhonha (MG)
Toda região
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
RECURSO MINERAL
Gás natural
Potássio
Bauxita
Cassiterita
Caulim
Molibdênio, urânio, ouro e diamante
Sal
Diamantes
Tungstênio
Amianto
Ferro (Quadrilátero Ferrífero) e Manganês (Vale do Aço)
Berílio e algumas pedras preciosas
Níquel, amianto, estanho, manganês, calcário, diamante,
esmeralda e cristal de rocha
Xisto
Carvão mineral
Cobre
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO:
01)(UFES/2010)
O “desenvolvimento” da Amazônia tem-se caracterizado por políticas, projetos e ações impostos de fora pelo
poder central, combinado a poderosos grupos econômicos transnacionais e a grupos privados regionais, que
criam riquezas voláteis e empregos precários na região, desestabilizando-a. A lista é longa. Para ficar nas
últimas décadas, mencionamos a mineração; o complexo hidrelétrico/mineral/siderúrgico (Pólo Carajás); a
agroindústria; as milhares de madeireiras; as terras raras do Noroeste da Amazônia brasileira; a pecuária
extensiva; a exportação de animais silvestres; o extrativismo de madeiras e essências (pau-rosa); a pesca
industrial; a Zona Franca de Manaus; os projetos de colonização. No período mais recente, assistimos ao
avanço da fronteira agrícola, com a expansão da produção de soja, expansão esta acompanhada pela abertura
de hidrovias e estradas.
(Le Monde Diplomatique Brasil, abril, 2008. Adaptado.)
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Sobre a mineração na Amazônia, citada no Texto, é CORRETO afirmar que
A) a Serra do Navio se destaca na produção de bauxita.
B) o estado de Rondônia se destaca na produção de cassiterita.
C) o estado de Roraima é o principal produtor de estanho.
D) o Projeto Jari, no Amapá, caracteriza-se pela extração de manganês.
E) o Quadrilátero Ferrífero é a principal área de produção de manganês.
02)(UFJF/2009) “Considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e
biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades
sociais e econômicas; a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos
ambientais.”
(http://www.ambientebrasil.com.br/ acessada em: 25 set. 2008).
Nos mapas a seguir, são apresentadas as áreas de ocorrência de impactos ambientais causados pela ação do
homem no Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE na legenda o impacto predominante.
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03)(ENEM/2007) Se a exploração descontrolada e predatória verificada atualmente continuar por mais alguns
anos, pode-se antecipar a extinção do mogno. Essa madeira já desapareceu de extensas áreas do Pará, de
Mato Grosso, de Rondônia, e há indícios de que a diversidade e o número de indivíduos existentes podem não
ser suficientes para garantir a sobrevivência da espécie a longo prazo. A diversidade é um elemento
fundamental na sobrevivência de qualquer ser vivo. Sem ela, perde-se a capacidade de adaptação ao
ambiente, que muda tanto por interferência humana como por causas naturais.
Internet: <www.greenpeace.org.br> (com adaptações).
Com relação ao problema descrito no texto, é correto afirmar que:
a) a baixa adaptação do mogno ao ambiente amazônico é causa da extinção dessa madeira.
b) a extração predatória do mogno pode reduzir o número de indivíduos dessa espécie e prejudicar sua
diversidade genética.
c) as causas naturais decorrentes das mudanças climáticas globais contribuem mais para a extinção do
mogno que a interferência humana.
d) a redução do número de árvores de mogno ocorre na mesma medida em que aumenta a diversidade
biológica dessa madeira na região amazônica.
e) o desinteresse do mercado madeireiro internacional pelo mogno contribuiu para a redução da
exploração predatória dessa espécie.
04)(ENEM/2006)
A Montanha Pulverizada
Esta manha acordo e
não a encontro.
Britada em bilhões de lascas
deslizando em correia transportadora
entupindo 150 vagões
no trem-monstro de 5 locomotivas
— trem maior do mundo, tomem nota —
foge minha serra, vai
deixando no meu corpo a paisagem
misero pó de ferro, e este não passa.
Carlos Drummond de Andrade. Antologia poética. Rio de Janeiro: Record, 2000.
A situação poeticamente descrita acima sinaliza, do ponto de vista ambiental, para a necessidade de:
I manter-se rigoroso controle sobre os processos de instalação de novas mineradoras.
II criarem-se estratégias para reduzir o impacto ambiental no ambiente degradado.
III reaproveitarem-se materiais, reduzindo-se a necessidade de extração de minérios.
É correto o que se afirma:
a) apenas em I.
b) apenas em II.
c) apenas em I e II.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III.
05) (FUMEC) É leve, resistente à corrosão, bom condutor de calor e eletricidade. Sua produção é altamente
monopolizada, praticamente seis empresas com suas subsidiarias controlam a produção mundial. Para ser
processado, exige alto consumo de energia elétrica, sendo seus produtores quase sempre aqueles países que
contam com energia abundante e de baixo custo, tais como: EUA, Rússia e Canadá. O texto acima faz
referencia ao:
a) Cobre.
b) Zinco.
c) Chumbo.
d) Estanho.
e) Alumínio.
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06) (UFMG) Sobre a mineração desenvolvida na Amazônia Legal Brasileira, todas as afirmativas são corretas,
EXCETO:
a) Corresponde, dentro do setor primário da economia, à atividade cuja participação no desenvolvimento
urbano regional é praticamente nula.
b) Explora grandes províncias minerais, ricas em minério de ferro, bauxita, cassiterita, caulim, cobre, ouro
e jazimentos de recursos energéticos.
c) Mobiliza grandes empresas particulares e estatais e um enorme contingente de mineradores
autônomos migrantes, os garimpeiros.
d) Ocasiona, direta e indiretamente, degradação ou poluição de recursos naturais e conflitos com a
população indígena.
e) NDA.
GABARITO: B
07) (DIAMANTINA) Sobre os recursos naturais não-renováveis podemos afirmar, EXCETO:
a) O carvão mineral é um produto resultante de transformações químicas que se processam a partir do
soterramento de grandes florestas durante a Era Paleozóica.
b) Assim como o carvão mineral, o petróleo só pode ser encontrado em terrenos metamórficos, pois
também é considerado um combustível fóssil, resultante de transformações orgânicas.
c) A maior parte da produção de petróleo e carvão mineral, ainda hoje é oriunda de países situados no
hemisfério norte.
d) Considerando-se as reservas conhecidas, dentro do padrão de consumo, as reservas de carvão mineral
teriam maior longevidade do que as reservas petrolíferas.
e) O xisto betuminoso é uma rocha metamórfica, da qual se pode extrair um óleo, muito próximo do
petróleo, que com tecnologia adequada poderá diminuir a dependência do petróleo.
GABARITO: E
08)(UFV/2007) Leia o texto e observe a figura abaixo:
Bolívia e Brasil retomam negociações Brasília. Paradas desde junho, as negociações entre os governos
brasileiro e boliviano sobre adequação da Petrobras à nova legislação da Bolívia sobre a exploração dos
recursos naturais foram retomadas. Esse foi o principal resultado da visita do vice-presidente da Bolívia, Álvaro
Garcia Limeira, feita ontem ao Brasil. As negociações serão mais abrangentes e não tratarão apenas do
reajuste de preços do gás natural. Constarão também da pauta de reuniões o processo de transferência de
ações dos ativos da empresa brasileira à estatal boliviana do setor, a Yacimeintos Petrolíferos Fiscales
Bolivianos (YPFB), e a cooperação bilateral na área energética.
(Jornal do Brasil, 25 ago. 2006.)
Com base no texto e na figura acima, faça o que se pede:
a) Indique um objetivo da construção do gasoduto Brasil-Bolívia. (1 linha)
b) Aponte uma implicação socioeconômica, derivada da estatização das reservas minerais bolivianas que
podem interferir nas relações entre Brasil e Bolívia. (3 linhas)
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09) (UFMG) O Japão possui um espaço geográfico de pequenas dimensões e é carente de recursos minerais e
energéticos. Entretanto, o país conseguiu um elevado desenvolvimento e hoje é uma das maiores potencias
industrializadas do mundo. Cite e explique, correlacionando os principais fatores que permitiriam seu
desenvolvimento industrial.
10) (UFMG) As maiores reservas petrolíferas conhecidas da América Latina pertencem ao México e a
Venezuela. Por diversas razões, a economia mexicana tem-se beneficiado mais da exploração do petróleo que
a Venezuela. Cite dois fatores que justificam essa situação.
GABARITO:
01-B
02-B
03-B
04-E
05-B
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