Situação do câncer em Minas Gerais e suas

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Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e
seus fatores de risco de Minas Gerais
Situação do câncer em Minas Gerais
e suas macrorregiões de saúde
Estimativas de Incidência e Mortalidade
para o ano 2013, válidas para 2014
Perfil da Mortalidade
Perfil da Assistência na Alta Complexidade
Belo Horizonte, MG
2013
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG)
Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde (SVPS)
Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e
Saúde do Trabalhador (SVEAST)
Diretoria de Análise e Situação de Saúde (DASS)
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de
Risco (PAV-MG)
Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves
Rodovia Prefeito Américo Gianetti S/N 13°andar Ala Par Bairro
Serra Verde CEP 31630-901 Belo Horizonte, MG
Email: [email protected]
Tel: (31) 3916-0370
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais
Antônio Jorge de Souza Marques
Secretário Adjunto de Saúde
Francisco Antônio Tavares Jr.
Diretoria de Saúde do Trabalhador / CEREST Estadual
Elice Eliane Nobre Ribeiro
Diretoria de Análise de Situação de Saúde
Aline Machado Caetano Costa
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer – PAV-MG
Coordenadora
Berenice Navarro Antoniazzi (Epidemiologista)
Estatísticas
Carina Celi Inácio do Nascimento
Thays Aparecida Leão D’Alessandro
Médico Patologista dos Registros de Câncer
Gil Patrus Mundim Pena
Supervisoras de Campo dos Registros de Câncer
Claudina Agnese Casale (RHC)
Karina Elizabeth Evangelista (RCBP)
Apoio dos Registros de Câncer
Sheila Braz Francisco
Chefe de Gabinete
Marta de Souza Lima
Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde
Carlos Alberto Pereira Gomes
Subsecretário de Políticas e Ações em Saúde
Maurício Rodrigues Botelho
Subsecretário de Inovação e Logística em Saúde
João Luiz Soares
Subsecretária de Regulação
Maria Letícia Duarte Campos
Registradoras de Câncer do RCBP
Emília Aparecida Pereira Aguiar
Gleisson Neves Gazeta
Jane Reis Benevides
Raquel Regina Rodrigues
Silvania Lourenço Ribeiro
Digitador do RCBP
Emerson Pacheco de Carvalho
Apoio Administrativo e Supervisora de Campo de Inquéritos
Angela Maria do Amparo
Subsecretário de Gestão Regional
Gilberto José Rezende dos Santos
Projeto gráfico e produção gráfica
Autêntica Editora
Assessora de Comunicação Social
Gisele Maria Bicalho Rezende
A635s
Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e
Saúde do Trabalhador
Deise Aparecida dos Santos
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus
Fatores de Risco – PAV/MG.
Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde: estimativas de incidência e
mortalidade para o ano 2013, válidas para 2014: perfil da mortalidade: perfil da assistência na alta
complexidade / Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. – Belo Horizonte: SES-MG, 2013. v. 1
360 p.; il. Color.
Inclui bibliografia
Inclui anexo
1. Neoplasias. 2. Estimativas 3. Mortalidade 4. Assistência. I. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco – PAV/MG III. Título
NLM QZ 200
Esta publicação é uma produção da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do
Trabalhador – SVPS/SES/MG, com recursos dos Rendimentos do Convênio 199/02 – Prevenção e Controle do Câncer
– Ações de Vigilância.
Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
Tiragem: 3.000 exemplares.
Elaboração
Berenice Navarro Antoniazzi
Carina Celi Inácio do Nascimento
Thays Aparecida Leão D’Alessandro
Colaboradores
Erika Guerrieri Barbosa
Gil Patrus Mundim Pena
Mariana Gonçalves de Freitas
Agradecimentos
Agradecemos à equipe técnica da Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância do Instituto
Nacional de Câncer (INCA) responsável pela elaboração das estimativas nacionais, por nos doar seu
tempo e sua metodologia.
Às fontes notificadoras dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte e
de Poços de Caldas, que contribuíram com seus dados para que pudéssemos construir as estimativas
de câncer para as macroregiões do estado de Minas Gerais; fato inédito que muito nos orguha.
À Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas pela contribuição de seu RCPB nas estimativas
de incidência de câncer no estado.
Aos Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais, que nos enviam seus dados e acreditam no
nosso trabalho.
À equipe da Diretoria de Saúde do Trabalhador da SVPS/SES-MG, pelos dados das atividades
produtivas do estado e das macrorregiões.
Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte
Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna
Citocenter Centro de Citologia e Anatomia Patológica Ltda.
Citodiagnóstico Serviços Ltda.
Citokraft Laboratório de Citologia e Anatomia Patológica Ltda.
Diagnose Anatomia Patológica e Citologia Ltda.
Fundação Benjamin Guimarães – Hospital da Baleia
Hospital Alberto Cavalcanti
Hospital Belo Horizonte
Hospital da Policia Militar
Hospital das Clínicas da UFMG
Hospital Evangélico
Hospital Felício Rocho
Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP)
Hospital Júlia Kubitschek
Hospital Luxemburgo
Hospital Madre Teresa
Hospital Mater Dei S.A.
Hospital Municipal Odilon Bherens
Hospital São Francisco
Hospital Semper
Hospital Vera Cruz
Instituto Moacyr Junqueira Ltda.
IRA Instituto Roberto Alvarenga Ltda.
José de Souza Andrade Filho Sociedade Civil Ltda.
Labo Cito Exames Citológicos Ltda.
Laboratório Analys Ltda.
Laboratório da Faculdade de Odontologia da UFMG
Laboratório Dairton Miranda Ltda.
Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão Ltda.
Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia Confins Ltda. (CONLAB)
Laboratório Hermes Pardini
Laboratório Hugo Silviano Brandão
Laboratório Municipal de Referências e Análises Clínicas
Laboratório PUC Patologia – Faculdade de Odontologia
Laboratório Salomé Anatomia Patológica e Citologia Ltda.
Laboratório Tafuri de Patologia
Laboratórios Boechat Anatomia Patológica e Citologia Ltda.
Maternidade Odete Valadares
Núcleo de Anatomia Patológica e Citopatalogia S. C. Ltda.
Pittella & Andrade Anatomia Patológica e Citopatologia Ltda.
Pró Célula Exames Citológicos Ltda.
Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Serviço de Anatomia Patológica Virchow Ltda.
Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA)
Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO)
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)
Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas
Centro Infantil de Investigacões Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini (Campinas)
Centro Médico para Prestação de Serviços (Dr. Nimio Rafael Garcete Balbuena)
Centro Municipal de Especialidades Médicas Núcleo Leste
Clínica Memorial Ltda.
Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP)
Fundação Pio XII (Barretos)
Hospital Pedro Sanches
Hospital Santa Lúcia – Hospital do Coração
Hospital São Domingos
Hospital Unimed Pronto Atendimento
Instituto de Onco-Hematologia SC Ltda.
Instituto de Patologia José Carlos Correa Ltda.
Instituto de Prevenção e Diagnóstico (IPD) J Janini (Varginha)
Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas
Laboratório Prognose
Lapaci Poços de Caldas Ltda.
Oncogen Centro de Oncologia e Genética Molecular Ltda.
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM)
Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO)
Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA)
Sonner Sistemas de Informática
Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais
Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (ASCOMCER)
Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central – Hospital Dr. Hélio Angotti de Uberaba
Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna de Belo Horizonte
Casa de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfenas
Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia (CQAI) de Belo Horizonte
Clínica Memorial Ltda. de Poços de Caldas
Fundação Benjamim Guimarães - Hospital da Baleia de Belo Horizonte
Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho de Montes Claros
Hospital Alberto Cavalcanti de Belo Horizonte
Hospital Bom Pastor de Varginha
Hospital das Clínicas da UFMG de Belo Horizonte
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) de Uberaba
Hospital das Clínicas Samuel Libânio de Pouso Alegre
Hospital de Cataguases
Hospital do Câncer de Muriaé
Hospital Dr. João Felício de Juiz de Fora
Hospital Felício Rocho de Belo Horizonte
Hospital Ibiapaba de Barbacena
Hospital Luxemburgo de Belo Horizonte
Hospital Márcio Cunha de Ipatinga
Hospital Nossa Senhora das Dores de Ponte Nova
Hospital Nossa Senhora das Graças – Irmandade de Nossa Senhora de Sete Lagoas
Hospital Professor Osvaldo R. Franco de Betim
Hospital Samaritano – Beneficência Social Bom Samaritano de Governador Valadares
Hospital São Francisco de Belo Horizonte
Hospital São João de Deus - Fundação Geraldo Corrêa de Divinópolis
Instituto Oncológico de Juiz de Fora
Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas
Irmandade Nossa Senhora de Montes Claros
Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei
Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte
Santa Casa de Misericórdia de Passos
Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas
Secretária Municipal de Saúde: Aparecida Linhares Pimenta
Equipe técnica do RCPB de Poços de Caldas
Yula Merola
Rosilene de Oliveira
Rosimeire Garcia
Cristiano de Lima
Comissão Assessora do RCPB de Poços de Caldas
Yua Merola (presidente)
André Schenka (médico patologista)
Helena Maria Barbosa (médica oncologista)
Nímio Rafael Garcete Balbuena (médico oncologista)
Nivaldo Carlos Silva (pesquisador do LAPOC da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN)
Romeu Nacarato (médico cirurgião)
Victor Cardillo (médico clínico geral)
Equipe técnica da Diretoria da Saúde do Trabalhador/CEREST Estadual da SVPS/SES-MG
Elice Eliane Nobre Ribeiro
Cecília Martins Coelho
Cristiane Moreira Magalhães Andrade
Érika Guerrieri Barbosa
Hellen Alessandra Pereira
Janaina Passos de Paula
Marcela de Lacerda Alexandrino
Maria José Barbosa Sá de Souza
Mariana Gonçalves de Freitas
Patrícia Malta Pinto
Sandra Regina Soares Moreno de Souza
Claúdia Regina de Carvalho Rocha
Roberta Silva de Faria
Rosemary da Silva
APRESENTAÇÃO
A Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde através da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador e da Diretoria de Vigilância da Situação de Saúde,
apresenta a nova publicação do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer de Minas Gerais, que
desde o ano 2000 tem se empenhado na otimização de seus processos de trabalho para a obtenção
do cenário de Minas Gerais em relação ao câncer, especialmente nos aspectos que tangem a morbidade, que traduz a incidência e o perfil da doença no Estado, aspectos até então não priorizados
ou não tão bem explorados em estudos anteriores.
Esta realização encontra-se alinhada à agenda estratégica do Projeto desta Subsecretaria, que
prioriza o fortalecimento da vigilância em saúde, bem como a diretriz dos projetos estruturadores
do Governo Estadual e diretrizes nacionais do Ministério da Saúde de qualificar a informação para
tomada de decisão visando serviços públicos efetivos e de alto valor agregado.
Foi sob esta ótica, a de publicar um documento que sirva à qualificação da política mineira de
abordagem do câncer, que a equipe técnica do Programa de Vigilância do Câncer utilizou de toda
a sua expertise analítica e institucional para a tradução e divulgação da presente análise. O ponto
alto da mesma é de expor, pela primeira vez, as estimativas de incidência e mortalidade por câncer
em cada um dos territórios sanitários macrorregionais para o ano de 2013, válidas para 2014.
Assim, é com grande satisfação que convidamos profissionais, estudiosos do tema, cidadãos
e especialmente os gestores de políticas públicas de saúde deste Estado, à apreciação desta relevante publicação, na expectativa de que a mesma proporcione as reflexões e o desenvolvimento de
medidas necessárias à concretização de resultados ao cidadão, resultados estes passíveis de serem
mensurados pelas edições vindouras.
Carlos Alberto Pereira Gomes
Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas Gerais
Deise Aparecida dos Santos
Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e
Saúde do Trabalhador de Minas Gerais
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................11
O QUE É CÂNCER............................................................................................................................13
METODOLOGIA................................................................................................................................15
1. MINAS GERAIS............................................................................................................................19
2. MACRORREGIÃO CENTRO.....................................................................................................51
3. MACRORREGIÃO CENTRO SUL............................................................................................73
4. MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA...................................................................................95
5. MACRORREGIÃO LESTE....................................................................................................... 117
6. MACRORREGIÃO LESTE DO SUL...................................................................................... 139
7. MACRORREGIÃO NORDESTE............................................................................................ 161
8. MACRORREGIÃO NOROESTE............................................................................................. 183
9. MACRORREGIÃO NORTE..................................................................................................... 205
10. MACRORREGIÃO OESTE................................................................................................... 227
11. MACRORREGIÃO SUDESTE.............................................................................................. 249
12. MACRORREGIÃO SUL......................................................................................................... 271
13. MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE................................................................295
14. MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL.......................................................................317
15. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 339
16. ANEXOS.................................................................................................................................... 343
16.1 As Principais Localizações Primárias de Câncer............................................. 345
16.2 Fatores de Risco para o Câncer............................................................................... 350
16.3 Registros de Câncer..................................................................................................... 351
16.4 Projeção Populacional para o ano de 2013 por Minas Gerais e
Macrorregiões de Saúde.............................................................................................. 353
16.5 Proporção de Causas mal definidas em Minas Gerais e Macrorregiões
de Saúde entre 2000 e 2010...................................................................................... 354
16.6 Detalhamento dos Setores de Atividade Econômica..................................... 355
INTRODUÇÃO
São vários tipos de doenças que englobam a palavra câncer e que cada vez mais conquistam
espaço como problema de saúde pública no nosso Estado. Conforme a literatura, os cânceres acometem indistintamente pessoas de todas as idades, sexo, raça, culturas, países e religiões. Diferenças
regionais são atribuídas à diferença na exposição da população a fatores de risco, associados ao
estilo de vida ou diretamente relacionados a características genéticas da população.
O propósito dessa publicação é o de reunir um conjunto de informações para situar a magnitude do câncer e as projeções futuras, no Estado e macrorregiões, para fundamentar o planejamento
estratégico dos gestores em sua região de abrangência.
Nessas análises foram amplamente utilizados os sistemas de informação do Ministério da Saúde, o de mortalidade do DATASUS e dos registros de câncer do Instituto Nacional de Câncer, que
estão disponíveis na internet para acesso ao público. Ressalte-se que a captação primária desses
dados ocorre em Minas Gerais e que a rede estadual de informação de câncer conta com dois registros de câncer de base populacional e trinta e três registros hospitalares de câncer.
Para cada território de análise, são apresentados os aspectos gerais da região, as estimativas
de incidência de câncer para o ano 2013, a mortalidade por neoplasias no ano 2010 e o perfil da
assistência no ano 2009. Mediante à complexidade do tema, foi também realizada a análise de situação para dez principais localizações primárias. Nos anexos encontram-se informações gerais de
suporte aos textos como também uma revisão de literatura do tema de estudo.
Não poderíamos deixar de considerar sobre o monitoramento do Instituto Nacional de Câncer
ao Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer ao longo desses anos, possibilitando dados de
qualidade e que hoje pudéssemos contar com as estimativas regionais. De outro modo, igualmente
importantes são os colaboradores, hospitais e laboratórios, públicos ou privados, eixos estruturadores do sistema estadual de informação de câncer.
Esperamos que essas análises promovam a revisão de responsabilidades de todos nós para o
controle do câncer em nosso Estado.
Berenice Navarro Antoniazzi
Coordenadora do Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer de Minas Gerais
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
11
O QUE É CÂNCER?
O câncer denota genericamente o conjunto de neoplasias malignas. Embora a palavra câncer
evoque a noção de “mal”, a denominação abarca grande grupo de doenças diversas, desde doenças
de evolução indolente até doenças de progressão fulminante. Entre esses extremos, podemos encontrar doenças em matizes intermediários de agressividade. Diferentes tipos celulares (células
epiteliais, células mesenquimais, células linfoides, etc.) originam diferentes tipos de neoplasia,
com evolução distinta, formas de tratamentos particulares e prognósticos próprios. Simplesmente
mencionar o câncer como um problema de saúde não é suficiente para esclarecer com que entidade
lidamos: é necessário indicar, pelo menos, qual o órgão acometido (a topografia) e o tipo celular
da neoplasia (morfologia).
As neoplasias malignas representam crescimentos celulares desordenados, fora dos controles
fisiológicos, que constituem novas populações celulares, previamente inexistentes. O comportamento
maligno atribuído a determinadas neoplasias deriva de características próprias das células em proliferação, principalmente as propriedades de invadir os tecidos e de originar metástase a distância.
Para que uma neoplasia maligna se forme, é necessário que ocorram modificações no material
genético (DNA) das células do próprio indivíduo. Essas alterações genéticas podem ser induzidas
por agentes químicos, físicos e biológicos. Outras modificações são ainda necessárias, para que o
DNA previamente alterado possa se expressar, modificando o fenótipo e o comportamento da célula. Classicamente, a primeira modificação é denominada “iniciação” e a segunda de “promoção”.
Posteriormente, a neoplasia entra em “progressão”, etapa em que ocorre o crescimento tumoral.
Nesse crescimento, as células se dividem, com possibilidade de novas alterações do DNA e em processos epigenéticos, que alteram ainda mais o fenótipo neoplásico.
Para os tumores que se originam em epitélios (carcinomas, melanoma), pode haver uma fase
in situ, onde o crescimento celular está restrito ao epitélio, sem invasão do estroma; nesta fase, pela
ausência de vasos no epitélio, não ocorrem metástases. A neoplasia invasiva é aquela que penetra o
estroma, onde estão vasos sanguíneos e linfáticos, havendo a possibilidade de disseminação a linfonodos regionais e metástases a distância. A evolução do tumor maligno depende das características
das células neoplásicas (capacidade de proliferação, de invasão, de penetração em vasos linfáticos
ou sanguíneos, de estabelecer metástases a distância, resistência a drogas quimioterápicas, etc.) do
órgão onde o tumor está localizado, de fatores constitucionais de cada pessoa, de fatores ambientais
e outros. Em relação ao horizonte clínico, as neoplasias só produzem manifestações clínicas (sinais
e sintomas), na medida em que alcancem determinado volume, na dependência do órgão acometido.
O conhecimento de fatores associados às etapas de iniciação e de progressão possibilitam ações
preventivas, evitando ou controlando a exposição a diferentes agentes cancerígenos. Para algumas
neoplasias, é possível a detecção precoce de lesões, ainda em fases iniciais, antes que ocorram manifestações clínicas. É o que ocorre no diagnóstico das lesões intraepiteliais (lesões displásicas e
carcinoma in situ).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
13
É fundamental a caracterização a mais precisa possível de cada neoplasia, em relação à linha
de diferenciação celular, para o adequado planejamento terapêutico. Linfomas, carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas de diferentes tipos são doenças totalmente distintas, em relação à evolução
e ao tratamento, ainda que abrigadas dentro da denominação genérica de câncer.
Independentemente da fase em que o câncer é detectado, há necessidade de se classificar cada
caso de acordo com a extensão do tumor e essa classificação é chamada de estadiamento. Para
tanto, o método mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC),
denominado Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos, que dá graduações para a extensão do tumor primário (T), a disseminação da doença a linfonodos regionais (N) e a presença de
metástases a distância (M). A classificação adequada da neoplasia e o estadiamento permitem ao
médico oncologista propor o tratamento mais adequado para cada paciente. O sistema TNM não se
aplica a todas as neoplasias. Para os linfomas, por exemplo, há sistemas de estadiamento próprio.
Dadas as peculiaridades de cada doença, em relação ao órgão acometido e ao tipo histológico,
é apresentada uma breve descrição de algumas neoplasias selecionadas a partir da possibilidade
de prevenção, rastreamento e detecção precoce, constantes no Anexo 16.1 (p. 345).
14
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
METODOLOGIA
Para análise da situação de câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde foram utilizados os sistemas de informação em saúde, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o
Sistema de Registros Hospitalares de Câncer (SisRHC) e o Sistema de Registros de Câncer de Base
Populacional (SisBasepopWeb) ambos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).
As populações utilizadas como denominador para o cálculo das taxas apresentadas na presente
publicação, censitárias (1980, 1991, 1996, 2000 e 2010) e intercensitárias, foram obtidas com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, por intermédio do site do DATASUS. Para a Estimativa para o ano 2013, a população utilizada
foi a da projeção populacional para o mesmo ano, disponível no site do IBGE. Como a informação
populacional não estava desagregada por sexo, a mesma foi obtida tomando-se como base a distribuição proporcional por sexo da população do Censo 2010 (Anexo 16.4).
ESTIMATIVA
Para as estimativas de incidência e mortalidade do câncer foram calculadas as taxas brutas de
mortalidade dividindo-se o número de óbitos para cada tipo de câncer e sexo pela população específica por 100 mil habitantes, e para as estimativas do número de casos novos de câncer esperados
para Minas Gerais e as macrorregiões de saúde, no ano de 2013, seguiu-se o método proposto por
Black et al. (1997), o mesmo utilizado pelo Instituto Nacional de Câncer.
Para o cálculo das razões foram utilizados os casos novos do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte referente ao período de 2000 a 2005 e do Registro de Câncer
de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas referente ao período de 2007 e 2008, sendo as
mesmas utilizadas para todas as macrorregiões de saúde.
As estimativas do número de óbitos foram elaboradas segundo a fórmula:
Y=mx+b
Onde, Y = Taxa de mortalidade estimada para o ano 2013
m = ângulo de inclinação
x = ano calendário
b = intercepto
Quando o modelo linear não se mostrou aplicável, utilizou-se, como alternativa, a taxa média
dos últimos cinco anos. As informações dos óbitos foram obtidas do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) para o período de 1979 a 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
15
O método proposto por Black et al. (1997) para o cálculo das estimativas de casos novos
permite obter a taxa de incidência de câncer para uma determinada região, multiplicando-se a
taxa observada de mortalidade da região pela razão entre os valores de incidência e mortalidade
da localidade onde exista RCBP, no caso para as estimativas de Minas foram usados os valores
dos registros de Belo Horizonte no período de 2000 a 2005 e de Poços de Caldas no período de
2007 a 2008. Sendo assim, a razão incidência/mortalidade (I/M) foi obtida dividindo-se o total
de casos novos, nesses registros, pela soma dos óbitos fornecidos pelo SIM, para o mesmo período nessas localidades.
As respectivas razões foram aplicadas às taxas de mortalidade estimadas por regressão linear
para o ano 2013 para Minas Gerais e 13 macrorregiões de saúde.
Onde, TIL =TML * (IR/MO)
TIL = Taxa de incidência estimada para a UF ou capital.
TML = Taxa de mortalidade estimada pela série histórica de mortalidade
para UF ou capital.
IR = Número de casos novos dos RCBP (período entre 2000 e 2005).
MO= Número de óbitos das localidades onde existem RCBP (período entre
2000 e 2005), obtidos do SIM.
A estimativa do número de casos novos para Minas Gerais foi obtida pela soma dos valores
absolutos por macrorregião de saúde. As taxas correspondentes foram obtidas dividindo-se os valores de casos novos de Minas Gerais pela sua população específica.
Todos os valores absolutos estimados foram arredondados para 10 ou múltiplos de 10. As taxas
de incidência apresentadas referem-se aos valores obtidos antes do arredondamento.
A fim de descrever o padrão geográfico da ocorrência de câncer, as taxas de incidência obtidas
para as macrorregiões de saúde foram representadas espacialmente, baseadas nas distribuições
das taxas por quartil.
Os critérios gerais para a seleção das localizações de câncer, que constam na estimativa, incluíram a magnitude da mortalidade ou da incidência (exemplo: câncer de mama, próstata, pulmão e
pele não melanoma), assim como os sete cânceres passíveis de detecção precoce.
Nesta publicação, apresentam-se a estimativa para o ano de 2013 do número de casos novos e
do número de óbitos as respectivas taxas brutas para câncer em geral e 10 localizações selecionadas.
Os tumores selecionados basearam-se na Classificação Internacional de Doenças para Oncologia,
Segunda Edição, CID-O2 (para o período entre 2000 e 2004), e a Terceira Edição, CID-O3 (período
entre 2005 e 2008), e foram convertidos para Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão, CID-10.
16
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Foram incluídos os cânceres cujas localizações primárias encontram-se abaixo descritas:
Localização Primária
Códigos da CID-10
Todas as neoplasias malignas
C00 a C97; D46, exceto C77-C79
Cavidade oral
Esôfago
Estômago
Cólon e reto
Traqueia, brônquios e pulmões
Outras neoplasias malignas da pele
Mama feminina
Colo do útero
Próstata
C00-C10
C15
C16
C18-C21
C33-C34
C44
C50
C53
C61
Fonte: Classificação Estatística Internacional de Doenças Relacionadas à Saúde 10ª revisão (CID 10).
PERFIL DA ASSISTÊNCIA
Os dados de assistência ao câncer são referentes aos casos hospitalares de 33 Registros Hospitalares de Câncer (RHC) de Minas Gerais, totalizando 29.161 casos no ano de 2009. Para as
análises da assistência foram utilizados a distribuição percentual; cálculo de indicadores, como
mediana do intervalo de tempo entre o diagnóstico e tratamento dos casos que chegaram ao hospital
com diagnóstico e sem tratamento (em dias); número de casos avançados; mediana da idade no
diagnóstico; representação espacial do número de casos avançados para cada macrorregião de
saúde, segundo município de procedência, entre outros.
MORTALIDADE
Os dados de mortalidade e população foram referentes ao ano de 2010. Para cada macrorregião de saúde foram calculadas as taxas brutas de mortalidade e específicas por idade e sexo para
os tipos de neoplasias selecionados, além da distribuição percentual dos óbitos.
A seleção das localizações das neoplasias, que constam na mortalidade, foi baseada no Capítulo
2 da CID-10, Neoplasias (Lista de Tabulação CID-BR-10) para o ano 2010, exceto para a neoplasia
maligna da pele (C43) pois nesta publicação será apresentada a pele não melanoma (C44). Enfatizamos que as análises da mortalidade, aqui apresentadas, incluem todas as neoplasias (C00-D48),
referente ao Capítulo II da CID 10.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
17
As codificações estão descritas a seguir.
Capítulo
Código
Elemento da Tabela
Códigos da CID-10
032-052
Neoplasias [tumores]
C00-D48
033
Neoplasia maligna do esôfago
C15
Neoplasia maligna do fígado e das vias
biliares intrahepáticas
C22
032
034
035
036
037
038
039
II
040
041
042
043
044
045
046
047
048
049
050
051
052
Neoplasia maligna do lábio, da cavidade oral e
C00-C14
da faringe
Neoplasia maligna do estômago
C16
Neoplasia maligna do cólon, do reto e do ânus C18-C21
Neoplasia maligna do pâncreas
Neoplasia maligna da laringe
C25
C32
Neoplasia maligna da traqueia, dos brônquios
C33-C34
e dos pulmões
Outras neoplasias malignas da pele
Neoplasia maligna da mama
Neoplasia maligna do colo do útero
Neoplasia maligna do corpo e de partes não
especificadas do útero
Neoplasia maligna do ovário
Neoplasia maligna da próstata
Neoplasia maligna da bexiga
Neoplasia maligna das meninges, do encéfalo
e de outras partes do sistema nervoso central
Linfoma não Hodgkin
Mieloma múltiplo e neoplasias malignas de
plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in-situ, benignas e de
comportamento incerto ou desconhecido
Restante de neoplasias malignas
C44
C50
C53
C54-C55
C56
C61
C67
C70-C72
C82-C85
C90
C91-C95
D00-D48
C17, C23-C24, C26-C31, C37-C41,
C43; C45-C49, C51-C52, C57-C60,
C62-C66, C68-C69, C73-C81,
C88-C89, C96-C97
Fonte: Adaptado do DATASUS – Notas Técnicas. Disponível em: <www.datasus.gov.br>. Acesso em: jan. 2013.
Os dados de mortalidade do ano de 2010 aqui apresentados foram atualizados em 6/6/2012
e estão disponíveis em: <www.datasus.gov.br>.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
Recomenda-se cautela na interpretação e utilização das análises das estimativas e da mortalidade, pois, apesar da melhoria do percentual de causas mal definidas ao longo do tempo, ainda
assim, há macrorregiões com percentuais elevados e esse cenário é refletido nas análises.
Minas Gerais
1. Minas Gerais
O Estado de Minas Gerais está localizado na Região Sudeste
do Brasil e ocupa 586.852,35 km2 do território nacional. Os seus
853 municípios concentram cerca de 10% da população do país.
A urbanização representa 85,3% e a população economicamente
ativa é de 9,94 milhões. Possui clima tropical, com temperaturas
médias anuais superiores a 18°C1. De acordo com o Plano Diretor
de Regionalização divide-se em 13 macrorregiões de saúde.
Na população de 19.597.330 habitantes
predominam as mulheres (9.955.453) em relação aos homens (9.641.877). A pirâmide etária evidencia maior concentração da população dos 15 aos 29 anos, em ambos os sexos, e
sinaliza o envelhecimento populacional com
22% habitantes (4.365.352) com 50 anos ou
mais (Figura 1).
Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 1 – Pirâmide etária da população residente em Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios, entre os níveis baixo e alto desenvolvimento. Os
municípios com índices mais baixos foram Bonito de Minas (IDHM renda 0,423), Setubinha (IDHM
0,568), Montezuma (IDHM longevidade 0,571) e Ninheira (IDHM educação 0,573). Os índices mais
elevados foram em Poços de Caldas (IDHM 0,841), Belo Horizonte (IDHM renda 0,828, IDHM educação 0,929) e São Lourenço (IDHM longevidade 0,865) (Tabela 1).
Indicadores
Tabela 1 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, Minas Gerais, 2010
Valores
População MG, Censo 2010
Homens
19.597.330 habitantes
Mulheres
IDH (2000)
Mínimo
IDHM
0.568 Setubinha
IDHM-Renda
0.423 Bonito de Minas
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.571 Montezuma
0.573 Ninheira
9.641.877
9.955.453
Máximo
0.841 Poços de Caldas
0.828 Belo Horizonte
0.865 São Lourenço
0.929 Belo Horizonte
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0
(alto desenvolvimento)
Disponível em: <http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/9940-dados-gerais-minas/5681-dados-gerais/5146/5044>. Acesso em: 9 jan. 2013
1
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
21
Minas Gerais
1.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DE MINAS GERAIS
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, Minas Gerais possui 454.061 estabelecimentos, com 4.646.891 vínculos formais de trabalho.
Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no
setor de serviços (30,5%), seguido por comércio (19,1%), administração pública (19,0%), indústria
de transformação (17,4%), construção civil (6,6%), agropecuária (5,4%), extração mineral (1,1%) e
serviços industriais de utilidade pública (0,9%). Essas atividades são detalhadas no anexo 16.6, p. 355.
Essa característica, entretanto, não se reproduz da mesma forma em todas as macros e microrregiões de saúde do Estado. Em 10 das 13 macrorregiões de saúde, predominam os setores de serviços, comércio, administração pública e indústria de transformação, mas não necessariamente na mesma ordem.
Nas macrorregiões Noroeste, Nordeste e Jequitinhonha, o setor de agropecuária aparece entre os quatro mais importantes, sendo também relevante nas macrorregiões Sul, Triângulo do Sul,
Triângulo do Norte, Norte, Leste do Sul e Oeste. A construção civil também é um setor importante
em todas as macrorregiões. Os dados indicam, entretanto, que os serviços industriais de utilidade
pública e os serviços de extração mineral têm menor destaque no cenário mineiro.
O mapeamento do perfil produtivo possibilita conhecer quem são, quantos são, o que fazem e os
riscos e perigos para a saúde dos trabalhadores mineiros. Cada atividade econômica expõe os trabalhadores a determinados riscos e perigos que podem causar danos e agravos à saúde se não forem
eliminados ou controlados.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 2 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal em Minas Gerais e suas
macrorregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010
22
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para Minas Gerais, 53.280 casos novos e 16.830 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 284 casos novos por
100 mil homens e 232 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão
de 90,5 óbitos por 100 mil homens e de 72,6 óbitos por 100 mil mulheres (Tabela 2).
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 87 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 54 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre
os homens, com 14,6 casos novos por 100 mil homens e o câncer do cólon e reto entre as mulheres,
com 15,1 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago e
estômago (Figura 3).
Fonte: RCBP, SIM-CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 3 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, em Minas Gerais.
47% dos casos novos estimados do Estado de Minas Gerais será por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de
risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais
da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para
o Estado.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
23
Minas Gerais
1.2 – ESTIMATIVAS PARA O ANO DE 2013, DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER –
MINAS GERAIS
24
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
Esôfago
C16
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
90,51
9200
60
9140
1370
-
-
1220
510
850
810
370
Nº de
óbitos*
72,64
0,53
72,12
-
3,69
10,83
6,52
5,72
4,27
2,51
0,92
Taxa de
Mortalidade
Feminino
7630
50
7580
-
390
1140
680
600
450
260
100
Nº de
óbitos
284,01
74,20
209,81
86,94
-
-
14,65
13,93
14,00
11,51
10,62
Taxa de
Incidência
28900
7550
21350
8840
-
-
1490
1420
1420
1170
1080
Nº de Casos
Novos*
Masculino
232,09
63,38
168,71
-
14,72
54,08
8,46
15,07
7,21
4,27
3,37
Taxa de
Incidência
24380
6660
17720
-
1550
5680
890
1580
760
450
350
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
0,63
Pele não melanoma
C44
13,47
-
89,88
Próstata
Colo do útero
-
12,03
5,07
8,32
7,95
3,63
Taxa de
Mortalidade
Masculino
Todas neoplasias malignas, exceto pele não
melanoma
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
C18-C21
C15
Cavidade oral
Descrição
C00-C10
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 2 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número
de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, em Minas Gerais
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
25
2,53
1,25
Noroeste
2,04
2,26
Minas Gerais
2,55
5,19
4,45
2,68
4,55
7,35
4,21
5,11
2,68
6,39
7,52
7,40
8,47
6,79
4,62
6,26
4,73
5,43
6,40
8,70
5,88
5,37
3,61
7,93
6,48
6,76
5,42
8,86
5,89
5,40
6,54
5,46
6,17
7,23
5,96
2,70
3,77
2,36
3,72
3,76
1,90
5,64
6,39
Cólon,
reto e
ânus
9,23
12,32
13,34
9,86
12,47
10,61
5,27
7,58
4,55
8,54
8,26
3,42
9,64
9,14
Traqueia,
brônquio e
pulmão
10,83
9,71
11,55
10,93
14,51
12,17
5,49
6,94
4,46
8,51
9,44
4,33
11,28
13,04
Mama
feminina
3,69
3,83
4,43
2,56
4,49
3,83
2,64
3,31
4,07
2,99
3,70
2,00
3,43
4,23
Colo do
útero
13,47
16,84
14,13
15,32
17,02
14,24
8,07
10,24
8,87
11,83
12,62
9,06
14,13
14,09
80,85
87,90
84,60
91,40
103,79
86,48
54,24
60,19
55,10
76,29
73,37
51,58
88,70
83,48
Próstata Subtotal
0,58
0,86
0,63
0,72
0,64
0,80
0,22
0,34
0,62
0,72
0,58
0,27
0,53
0,54
Pele não
melanoma
Minas Gerais
*C00 – c97; D46, exceto C77 – 79
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
Triângulo do Sul
1,96
Triângulo do Norte
Sul
3,55
2,06
1,58
1,92
Sudeste
Oeste
Norte
Nordeste
2,08
Leste do Sul
Leste
1,42
3,04
2,40
Cavidade
Esôfago Estômago
oral
Jequitinhonha
Centro Sul
Centro
Local
Tabela 3 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de mortalidade (por 100 mil habitantes) por
câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões, segundo localização primária
81,43
88,76
85,22
92,11
104,43
87,28
54,47
60,53
55,72
77,02
73,95
51,85
89,23
84,03
Todas
neoplasias
malignas*
26
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
7,71
3,77
Noroeste
6,30
6,94
Minas Gerais
7,83
7,83
6,66
4,01
6,82
11,12
6,28
7,70
4,01
9,62
11,40
11,26
12,77
10,31
6,99
10,55
7,97
9,15
10,78
14,65
9,90
9,05
6,08
13,35
10,92
11,38
9,12
14,92
9,91
14,51
17,56
14,71
16,61
19,44
16,06
7,28
10,16
6,31
9,98
10,08
5,10
15,16
17,14
Cólon,
reto e
ânus
11,51
15,41
16,68
12,28
15,53
13,22
6,56
9,44
5,68
10,64
10,34
4,25
11,98
11,40
Traquéia,
brônquio e
pulmão
54,08
48,51
57,67
54,60
72,49
60,79
27,44
34,67
22,28
42,49
47,15
21,63
56,35
65,14
Mama
feminina
14,72
15,27
17,67
10,21
17,91
15,27
10,53
13,20
16,23
11,92
14,76
7,98
13,68
16,87
Colo do
útero
86,94
108,75
91,22
98,89
109,91
91,93
52,08
66,12
57,25
76,39
81,48
58,47
91,22
90,97
188,93
178,97
195,36
206,54
254,16
181,43
145,56
151,71
102,78
157,91
165,07
132,09
219,71
201,56
Próstata Subtotal
68,70
101,74
74,28
84,79
76,20
94,72
26,66
39,75
73,36
85,72
68,93
31,73
62,58
64,39
Pele não
melanoma
*C00 – c97; D46, exeto C77 – 79
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
Triângulo do Sul
5,95
Triângulo do Norte
Sul
10,97
6,36
4,76
5,94
Sudeste
Oeste
Norte
Nordeste
6,43
Leste do Sul
Leste
4,35
9,45
7,38
Cavidade
Esôfago Estômago
oral
Jequitinhonha
Centro Sul
Centro
Local
Tabela 4 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência (por 100 mil habitantes)
por câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões, segundo localização primária
257,63
280,71
269,64
291,33
330,35
276,14
172,22
191,46
176,14
243,63
233,99
163,82
282,28
265,95
Todas
neoplasias
malignas*
1.2.1 – REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DAS TAXAS BRUTAS DE INCIDÊNCIA DE CÂNCER ESTIMADAS
PARA 2013
Minas Gerais
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 4 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Cavidade Oral, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
27
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
Figura 5 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Cólon, Reto e Ânus, por 100 mil,
estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
28
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
Sexo Feminino
Figura 6 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer do Colo do Útero, por 100 mil mulheres,
estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde.
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
Figura 7– Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Mama Feminina, por 100 mil
mulheres, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
29
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 8 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Esôfago, por 100 mil, estimadas para
o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
30
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 9 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Estômago, por 100 mil, estimadas para
o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
31
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 10 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Pele Não Melanoma, por 100 mil,
estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
32
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 11 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Próstata, por 100 mil homens,
estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
33
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 12 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Traqueia, brônquios e pulmões, por
100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
34
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012.
Figura 13 – Representação espacial das taxas brutas de incidência de Todas as Neoplasias Malignas, por 100 mil,
estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
35
1.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS, ANO 2010.
As neoplasias ocuparam a 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes de Minas Gerais, nos anos 2000 e 2010 (12% e 15%, respectivamente). As
causas mal definidas passaram da 2ª posição (14%) no ano 2000 para a 5ª posição (9,9%) no ano
2010 (Figura 14).
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias no Estado de Minas Gerais, no ano
de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 14 – Mortalidade proporcional por causas básicas em Minas Gerais, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 85,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 15).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 15 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, no Estado de Minas
Gerais, ano 2010.
36
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
Do total de mortes por neoplasias em Minas Gerais, 43% (8.054 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 16).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 16 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas, Minas Gerais, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias malignas de Minas Gerais foi de 94,6 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (13,7/100 mil),
mama feminina (11,5/100 mil) e pulmão (9,8/100 mil).
Neoplasias
Tabela 5 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de câncer, Minas Gerais
(por 100 mil), segundo sexo – ano 2010
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traquéia, brônquios e pulmões
Pele Não Melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não-Hodgkin
Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig, comport incert
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
coef. por
Nº
100 mil
549
5,69
820
8,50
934
9,69
566
5,87
380
3,94
396
4,11
298
3,09
1255
13,02
71
0,74
1317
13,66
200
2,07
454
4,71
206
2,14
151
1,57
337
3,50
216
2,24
2053
21,29
10203
105,82
Feminino
coef. por
Nº
100 mil
141
1,42
267
2,68
492
4,94
616
6,19
319
3,20
372
3,74
42
0,42
672
6,75
55
0,55
1150
11,55
362
3,64
297
2,98
307
3,08
112
1,13
388
3,90
135
1,36
129
1,30
287
2,88
197
1,98
2002
20,11
8342
83,79
Nº
690
1087
1426
1182
699
768
340
1927
126
1150
362
297
307
1317
312
842
341
280
624
413
4055
18545
Total
coef. por
100 mil
3,52
5,55
7,28
6,03
3,57
3,92
1,73
9,83
0,64
11,55
3,64
2,98
3,08
13,66
1,59
4,30
1,74
1,43
3,18
2,11
20,69
94,63
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
37
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias malignas, por sexo, em Minas Gerais, foram 105,8
óbitos por 100 mil homens e 83,8 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: próstata (13,6/100 mil), pulmão (13/100 mil), estômago (9,7/100 mil)
Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (6,7/100 mil), colorretal (6,2/100 mil)
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 17).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 17 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, Minas Gerais, por 100 mil homens ou mulheres,
ano 2010.
No ano 2010, em Minas Gerais, o risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª
década de vida, quando ocorreram 85,5% desses óbitos.
43% dos casos de mortes por neoplasias ocorridos na população mineira foram por sete
tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da
doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para
Minas Gerais.
38
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
1.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
Foram procedentes dos municípios do Estado de Minas Gerais 29.161 casos hospitalares de
câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009.
Tabela 6 – Número de casos hospitalares de câncer por instituição da alta complexidade mineira,
públicas e privadas, 33 RHC-MG, ano 2009
Macro
Município
Alfenas
Passos
Poços de Caldas
Sul
Poços de Caldas
Pouso Alegre
Varginha
Barbacena
Centro Sul
São João Del Rei
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Centro
Belo Horizonte
Sete Lagoas
Betim
Belo Horizonte
Belo Horizonte
Oeste
Divinópolis
Ipatinga
Leste
Governador Valadares
Juiz de Fora
Muriaé
Sudeste
Juiz de Fora
Juiz de Fora
Cataguases
Montes Claros
Norte
Montes Claros
Leste do Sul
Ponte Nova
Uberaba
Triângulo do Sul
Uberaba
Triângulo do Norte
Uberlândia
Total de casos procedentes de municípios mineiros
Total de casos procedentes de outros estados
Total de casos sem informação sobre a procedência
Total Geral
Instituição
Santa Casa de Alfenas
Santa Casa de Passos
Clínica Memorial
Santa Casa de Poços
Samuel Libâneo
Bom Pastor
Ibiapaba
Santa Casa SJDR
Alberto Cavalcanti
Baleia
Belo Horizonte
Clínicas UFMG
Felício Rocho
Luxemburgo
Mario Penna
Nossa Senhora das Graças
Regional Betim
Santa Casa BH
São Francisco
São João de Deus
Márcio Cunha
Samaritano
ASCOMCER
Cristiano Varella
João Felício
Oncológico
Santa Casa de Cataguases
Dilson Quadros
Santa Casa MOC
Nossa Senhora das Dores
Clínicas UFTM
Hélio Angotti
Clínicas Uberlândia
2009
454
583
609
945
417
1092
337
185
687
1187
587
1409
1059
3194
2228
261
104
1244
816
1425
1169
311
947
1621
190
1161
148
837
745
99
430
913
1767
29161
312
48
29521
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/
SES-MG, 2012.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
39
Minas Gerais
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Dos 29161 casos hospitalares procedentes de municípios mineiros, 12.411 casos buscaram
assistência na cidade de Belo Horizonte (Tabela 7).
Tabela 7 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
do Estado de Minas Gerais segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
454
-
454
Alfenas
Barbacena
336
1
337
Belo Horizonte
9684
2727
12.411
Divinópolis
1369
56
1425
Betim
97
Cataguases
148
Governador Valadares
263
Ipatinga
1106
Juiz de Fora
1940
Montes Claros
1557
Poços de Caldas
1552
São João del Rei
184
Muriaé
Passos
Pouso Alegre
Uberlândia
Varginha
Total Geral
63
358
25
97
2
259
Uberaba
48
506
417
Sete Lagoas
-
1115
580
Ponte Nova
7
1203
1503
1043
24907
3
104
148
311
1169
2298
1582
1621
583
2
1554
1
185
-
2
140
264
49
4254
99
417
261
1343
1767
1092
29.161
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/
SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer
multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram
excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não
refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
85% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios de Minas Gerais buscaram tratamento na mesma macrorregião de
residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano
2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 18 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009.
40
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 19 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes de Minas Gerais, SUS ou
não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
62% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de Minas Gerais foram por
um dos sete tipos de cânceres, passíveis
de prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 20 – Proporção de casos hospitalares de Minas Gerais, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção
ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais:
28% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
30% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por
outra instituição (casos com diagnóstico
e com tratamento).
Figura 21 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes de
Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
41
Minas Gerais
75% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de Minas Gerais foram
encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 19% e 57% dos casos hospitalares de câncer procedentes de
Minas Gerais já se encontrava nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer.
Figura 22 – Condição de chegada na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor dos casos hospitalares
procedentes de Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas
Gerais, 10% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 23 e 24 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes de
Minas Gerais homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
O Estado de Minas Gerais contribuiu com aproximadamente 24% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade brasileira com RHC ativo, no ano de 2009.
85% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
62% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações
preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o atual cenário da
mortalidade por câncer de Minas Gerais.
42
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
43
Nº de casos com estadiamento
sem informação / não estadiável
Nº de municípios mineiros com
casos avançados (procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
416
258
68
5
28
59
493
167
76
3
57
53
-
462
797
280
53
4
72
61
61
972
2.479
Cólon
e Reto
526
195
59
4
23
64
64.5
455
1.124
Estômago
952
353
70
3
178
55
-
1.474
5.507
1.513
298
102
2
1
-
69
972
4.934
412
228
45
6
19
61
65
672
1.170
5.109
663
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
74
3
378
56
66
5.700
18.119
Minas Gerais
461
238
61
4
11
64
59
510
1.174
1.466
82
98
1
7
71
67
145
2.356
Mama
7
Pele Não
Próstata Pulmão
Esôfago
Fem.
Selecionados
Melanoma
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 8
7
6
5
4
Fem
56.5
693
Masc
1.629
Cavidade Colo do
Oral
Útero
1.276
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadio III e IV)
3
2
Total de casos (N)
1
Indicador de Minas Gerais
11.544
726
70
3
665
58
64
8.116
29.161
Total
geral
Tabela 8 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes do Estado de Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009
1.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NO ESTADO DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
1.5.1 – Câncer da Mama Feminina – Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais 5.680 casos novos de câncer da mama feminina
e a taxa bruta de incidência será de 54,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano
são esperados 1.140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 10,8 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,,
ocorreram 1.150 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 13,8% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11.55 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da mama
feminina representou 19% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG,
com 5.507 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 70 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes de Minas Gerais, 4.555
(83%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos deste câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 1.474 casos avançados de câncer da mama feminina,
178 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 353 municípios mineiros.
1.5.2 – Câncer do Colo do Útero – Minas Gerais
Para 2013, são esperados em Minas Gerais 1.550 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 14,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 390 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,7 óbitos por 100
mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,,
ocorreram 362 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,3% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do colo do
útero representou 5,6% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com
1.629 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes de Minas Gerais, 1.136
(70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 462 casos avançados de câncer do colo do útero, 57
casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 167 municípios mineiros.
44
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
1.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Minas Gerais
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais, ocorreram 1.317 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,9% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13,7 óbitos por
100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da próstata representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com
4.934 casos. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico
e o tratamento no hospital de referência foi de 102 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum
tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes de Minas Gerais, 3.421 (69%)
casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas
da doença (estadios III e IV). Dos 972 casos avançados de câncer da próstata, um caso apresentou
o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
298 municípios mineiros.
1.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Minas Gerais
Para 2013, são esperados em Minas Gerais 3.000 casos novos de câncer do cólon e reto (1420
em homens e 1580 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13,9 casos novos por 100
mil homens e de 15,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.110
óbitos por esse câncer (510 em homens e 600 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 5,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,,
ocorreram 1.182 óbitos por câncer do cólon e reto, em ambos os sexos (566 no sexo masculino e
616 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,9 óbitos por 100 mil homens e de
6,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do cólon
e reto representou 8,5% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG,
com 2.479 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens ou
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 53 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes de
Minas Gerais, 1.682 (68%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 972 casos avançados de câncer
do cólon e reto, 72 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 280 municípios mineiros.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
45
Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais, 8.850 casos novos de câncer da próstata e a taxa
bruta de incidência será de 87 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados
1.370 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13,5 óbitos por 100 mil homens.
1.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais 2.380 casos novos de câncer do pulmão (1.490
em homens e 890 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14,6 casos novos por
100 mil homens e de 8,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
1.900 óbitos por esse câncer (1.220 em homens e 680 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas
Gerais,, ocorreram 1.927 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (1.255 no sexo masculino e 672 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13 óbitos por 100 mil
homens e de 6,75 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do
pulmão representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG,
com 1.170 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens
e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 45 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes de
Minas Gerais, 758 (65%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 672 casos avançados de
câncer do pulmão, 19 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 228 municípios mineiros.
1.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais 1.430 casos novos de câncer da cavidade oral (1080
em homens e 350 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10,6 casos novos por 100 mil
homens e de 3,4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 470 óbitos
por esse câncer (370 óbitos em homens e 100 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 3,6 óbitos por 100 mil homens e de 0,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 690 óbitos por câncer do lábio, cavidade oral e orofaringe em ambos os sexos
(549 no sexo masculino e 141 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram 5,69 óbitos
por 100 mil homens e de 1,42 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da cavidade oral representou 4,4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG,
com 1.276 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos em homens e
de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da cavidade oral, de ambos os sexos, procedentes de
Minas Gerais, 860 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 693 casos avançados de câncer da
boca, 28 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 258 municípios mineiros.
46
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013 são esperados em Minas Gerais 2.180 casos novos de câncer do estômago (1.420 casos
novos em homens e 760 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos
novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
1.300 óbitos por esse câncer (850 óbitos em homens e 450 óbitos em mulheres). As taxas brutas de
mortalidade serão de 8,3 óbitos por 100 mil homens e de 4,3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,,
ocorreram 1.426 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (934 no sexo masculino e 492
no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9,69 óbitos por 100 mil homens e de 4,94
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do estômago representou 3,9% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG,
com 1.124 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64,5 anos em homens e
de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 59 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 598 (53%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 455 casos avançados de câncer do
estômago, 23 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 195 municípios mineiros.
1.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais, 1.620 casos novos de câncer do esôfago
(1.170 em homens e 450 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11,5 casos novos
por 100 mil homens e de 4,3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
1.070 óbitos por esse câncer (810 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 7,9 óbitos por 100 mil homens e de 2,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,
ocorreram 1.087 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (820 no sexo masculino e 267
no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,5 óbitos por 100 mil homens e de 2,7
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do esôfago
representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.174
casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 64 anos em
mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de
61 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes de Minas
Gerais, 713 (61 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital
nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 510 casos avançados de câncer do esôfago,
11 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 238 municípios mineiros.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
47
Minas Gerais
1.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Minas Gerais
1.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Minas Gerais
Para 2013, são esperados em Minas Gerais 14.210 casos novos de câncer da pele não melanoma
(7.550 em homens e 6.660 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 74 casos novos por
100 mil homens e de 63 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 110
óbitos por esse câncer (60 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 0,6 óbitos por 100 mil homens e de 0,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,
ocorreram 126 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (71 no sexo masculino e 55 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil
homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da pele não
melanoma representou 8,1% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC
-MG, com 2.356 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em homens
e de 71 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 98 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 890 (38%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso chegou
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 145 casos avançados de câncer
da pele não melanoma, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 82 municípios mineiros.
1.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Minas Gerais
Para 2013 são esperados em Minas Gerais 53.280 casos novos de neoplasias (28.900 em homens e 24.380 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 284 casos novos por 100 mil
homens e de 232 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 16.830 óbitos
por neoplasias (9.200 em homens e 7.630 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
90,5 óbitos por 100 mil homens e de 72,6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,
ocorreram 18.545 óbitos por neoplasias em ambos os sexos (10.203 no sexo masculino e 8.342 no
feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 105,8 óbitos por 100 mil homens e de 83,8
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes de Minas Gerais,
29.161 casos hospitalares de câncer, que representaram aproximadamente 24% do total dos casos de câncer registrados na alta complexidade brasileira com RHC ativo, no ano de 2009. A idade
mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 70 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por neoplasias, procedentes de Minas Gerais, 17.617 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 60% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 8.116 casos avançados, 665 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
726 municípios mineiros.
48
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Minas Gerais
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de
todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico
do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura
25). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 9.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 25 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadio dos tumores na 1ª
consulta na alta complexidade por município de procedência de Minas Gerais, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação
de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o
controle da doença em sua região de abrangência.
Tabela 9 – Relação das macrorregiões de Minas Gerais, segundo estadiamento
clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Macrorregião de Procedência
Centro
Centro Sul
Jequitinhonha
Leste
Leste do Sul
Nordeste
Noroeste
Norte
Oeste
Sudeste
Sul
Triângulo do Norte
Triângulo do Sul
Estadio III e IV
%
Demais Estadios
Total
2422
24.0
7676
10098
772
44.6
958
1730
457
96
266
217
166
516
532
938
876
561
297
35.4
27.9
29.7
41.6
38.7
834
248
631
305
263
1291
344
897
522
429
31.7
1112
1628
20.7
3359
4235
26.8
29.0
36.0
24.5
1453
2295
996
915
Fonte: 33RHC-MG, 2009/Prog. de Avaliação e Vig. do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
1985
3233
1557
1212
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
49
1.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MINAS GERAIS
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no
Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas
locais para o enfrentamento e controle da doença.
Minas Gerais apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer
como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 43% de óbitos por
cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas
nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte
populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 853
municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade,
logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 53.280 novos casos de câncer na
população mineira, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos
cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses
casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios
aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores
de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações
para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como
também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
50
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2. Macrorregião Centro
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
51
2.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO
DE SAÚDE CENTRO DE MINAS GERAIS
Centro
A macrorregião Centro abrange 104 municípios. Na população
de 6.097.286 habitantes predominam as mulheres (3.157.408) em
relação aos homens (2.939.878). A pirâmide etária evidencia, a
maior concentração de habitantes dos 20 aos 34 anos, em ambos
os sexos, e sinaliza o envelhecimento populacional para 21% dos
habitantes (1.296.162) com 50 anos ou mais (Figura 26).
Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 26 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Centro de Minas Gerais.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade variaram nos municípios dessa macrorregião entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Materlândia (IDHM renda 0,514), Rio Vermelho
(IDHM 0,635, IDHM longevidade 0,651) e Serra Azul de Minas (IDHM educação 0,677). Os índices
mais elevados foram em Belo Horizonte (IDHM 0,839, IDHM renda 0,828, IDHM educação 0,929)
e Florestal (IDHM longevidade 0,828) (Tabela 10).
Tabela 10 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Centro (MG)
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
6.097.286
IDHM (2000)
IDHM
Mínimo
0.635 Rio Vermelho
IDHM-Renda
0.514 Materlândia
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.651 Rio Vermelho
0.677 Serra Azul de Minas
2.939.878
3.157.408
Máximo
0.839 B. Horizonte
0.828 Belo Horizonte
0.829 Florestal
0.929 Belo Horizonte
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
53
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Centro
possui 137.353 estabelecimentos, com 2.150.233 vínculos formais de trabalho. Considerando a
atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços
(36,8%), seguido por administração pública (21,9%), comércio (16,5%), indústria de transformação (12,9%), construção civil (8,3%), extração mineral (1,3%), serviços industriais de utilidade
pública (1,3%) e agropecuária (1,1%) (Figura 27).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 27 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Centro de Minas
Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
54
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 65 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer do cólon e reto será o segundo mais incidente em ambos os sexos, com
16 casos novos por 100 mil homens e 18 casos novos por100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 28).
Fonte: RCBP, SIM-CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 28 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Centro (MG).
Em 2013, a macrorregião Centro será responsável por 32% dos casos novos esperados e 32%
dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
50% dos casos novos estimados da macrorregião Centro serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
55
Centro
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Centro 17.110 casos novos e 5.410 óbitos
por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 286 casos novos por 100 mil homens e 247 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 91 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
56
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
91,14
2830
77,40
0,49
76,91
-
4,23
13,04
6,38
6,99
4,36
2,31
1,00
Taxa de
Mortalidade
Feminino
2580
20
2560
-
140
430
210
230
140
80
30
Nº de
óbitos
285,99
70,36
215,63
90,97
-
-
14,75
15,80
12,67
10,29
11,39
Taxa de
Incidência
8870
2180
6690
2820
-
-
460
490
390
320
350
Nº de casos
novos*
Masculino
247,29
58,83
188,46
-
16,87
65,14
8,28
18,39
7,35
3,93
3,65
Taxa de
Incidência
8240
1960
6280
-
560
2170
280
610
240
130
120
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
C00-C97;
D46²
20
0,60
C44
Pele não melanoma
2810
90,54
Todas neoplasias malignas, exceto
pele não melanoma
-
-
370
180
230
220
120
Nº de
óbitos*
440
-
-
12,10
5,74
7,53
7,11
3,90
Taxa de
Mortalidade
Masculino
14,09
Próstata
C61
Mama feminina
C53
C50
Traqueia, brônquios e pulmões
C33-C34
C18-C21
Cólon, reto e ânus
Estômago
Esôfago
C16
C15
Cavidade oral
Descrição
C00-C10
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 11 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil),
e número de casos novos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Centro (MG)
2.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS,
ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Centro, no ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 29 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Centro, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 84,9% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 30).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 30 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Centro
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
57
Centro
As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Centro, nos anos 2000 e 2010 (14% e 17%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 5ª posição, em percentuais abaixo de 10%
(Figura 29).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Centro, 45% (2.645 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 31).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 31 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Centro, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Centro foi 95,6 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram os cânceres da mama feminina (13,9/100
mil), próstata (13,4/100 mil) e pulmão (9,3/100 mil).
Tabela 12 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Centro (MG), por
100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Neoplasias
Masculino
Feminino
Total
Nº
coef .
Nº
coef .
Nº
coef .
Lábio, cav. oral e faringe
166
5,64
45
1,42
211
3,46
Cólon, reto e ânus
208
7,07
249
7,88
457
7,49
Esôfago
Estômago
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening, encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
216
269
127
130
97
7,34
68
9,14
187
4,42
142
4,31
3,30
84
10
364
12,37
204
-
-
119
24
-
-
0,82
-
92
554
3059
0,32
6,45
0,54
134
4,24
5,33
118
2,58
61
4,49
-
-
76
56
2,66
13,89
13,42
157
5,92
439
395
67
17
2,15
2,28
1,90
3,13
2,07
18,82
103,93
84
-
3,76
2,66
-
284
456
211
272
107
568
41
576
2778
2,97
18,22
87,88
0,67
3,76
2,66
13,42
120
1,97
97
2,69
9,30
395
1,30
94
1,75
4,24
84
41
85
4,46
134
119
105
1,39
3,46
13,89
1,20
44
7,47
439
38
3,73
4,65
275
186
146
1130
5837
1,72
4,51
1,59
3,05
2,39
18,51
95,62
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
58
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, por sexo, na macrorregião Centro, foram 104
óbitos por 100 mil homens e 87 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 32).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 32 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Centro (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Centro foi responsável por 31% (5.837 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira no ano de 2010.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida quando ocorreram
85% desses óbitos.
45% dos casos de mortes por neoplasias da macrorregião centro foram por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderá mudar positivamente, o cenário da mortalidade por câncer
para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
59
Centro
Homens: próstata (13,4/100 mil), pulmão (12,4/100 mil), estômago (9,1/100 mil).
Mulheres: mama (13,9/100 mil), colorretal (7,9/100 mil), pulmão (6,4/100 mil).
2.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a
linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento
da doença.
Foram procedentes da macrorregião Centro, 10.101 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo,
públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 10.040 casos hospitalares buscaram assistência em
Belo Horizonte (9.684), Sete Lagoas (259) e Betim (97) (Tabela 13).
Tabela 13 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Centro (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009.
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Betim
Divinópolis
Governador Valadares
Ipatinga
Juiz de Fora
Montes Claros
Muriaé
Ponte Nova
Sete Lagoas
Total Geral
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
9684
-
9684
-
18
18
-
17
17
-
2
2
97
-
-
1
-
18
-
3
-
2
259
-
10040
61
97
1
18
3
2
259
10101
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
99% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião
Centro buscaram tratamento na mesma
macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa
de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 33 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência - macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009.
60
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Centro
75% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro foram
encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa
de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 34 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
68% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro foram por
um dos sete tipos de cânceres, passíveis de
prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa
de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 35 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Centro, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro:
22% chegaram na alta complexidade sem
ter obtido o diagnóstico na atenção básica
ou secundária (casos sem diagnóstico/
sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
40% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e
com tratamento).
Figura 36 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
61
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 16% a 52% dos casos hospitalares de câncer procedentes da
macrorregião Centro já se encontravam nas fases avançadas da doença
(estádios III e IV). Esses percentuais
variaram entre os tipos.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 37 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro, 9% dos casos em homens e 5% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 38 e 39 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Centro, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Centro contribuiu com 35% do total de casos hospitalares registrados na
alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
99% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião
68% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por
essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer
dessa macrorregião.
62
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
63
Nº de casos avançados em 10
casos do mesmo tipo
176
42
69
5
14
58
180
36
75,5
3
20
51
-
236
599
Colo
do
Útero
424
42
56,5
4
30
60
61
170
883
Cólon
e Reto
254
30
61
3
5
60
62
311
395
Estômago
659
58
79
2
67
55
-
118
2.536
Mama
Fem
683
41
103
2
1
-
69
511
1.553
Próstata
178
31
52
5
7
62
65
261
378
Pulmão
Centro
2.554
88
77,0
3
144
56
65
187
6.801
7 Selecionados
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nº de casos com estadia8 mento sem informação / não
estadiável
Nº de municípios da Macro
7 Centro com casos avançados
(procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
5
4
Fem.
56
236
Masc.
Mediana da idade no diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
3
2
457
1 Total de casos (N)
Cavidade
Oral
Indicadores da Macrorregião
Centro
169
39
69
4
1
63
60
1.794
351
Esôfago
314
10
124,5
1
2
71
66
152
378
Pele Não
Melanoma
Tabela 14 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009
4.894
94
74,5
2
208
56
63
25
10.101
Total
geral
2.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
2.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 2.170 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 65 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano
são esperados 430 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13 óbitos por 100
mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 439 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 16% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 25% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos
33 RHC-MG, com 2.536 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 79 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Centro, 1.887 (74%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital
nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 511 casos avançados de câncer da mama
feminina, 67 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 58 municípios da macrorregião Centro.
2.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 560 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 17 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 119 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de
4 óbitos por 100 mil mulheres dessa macrorregião.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 599 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Centro, 419
(70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas
da doença (estádios III e IV). Dos 170 casos avançados de câncer do colo do útero, 20 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
36 municípios da macrorregião Centro.
64
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Centro (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 395 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 13% dos óbitos por neoplasias
no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13 óbitos por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
15% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC
-MG, com 1.553 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 103 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Centro, 870
(56%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 261 casos avançados de câncer da próstata, um caso
apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 41 municípios da macrorregião Centro.
2.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 1.100 casos novos de câncer do cólon e
reto (490 em homens e 610 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos
por 100 mil homens e de 18 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
410 óbitos por esse câncer (180 em homens e 230 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 6 óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 457 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (208 no sexo masculino e 249 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e
de 8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 883 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 60
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 56 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Centro, 459 (52%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 311 casos avançados de
câncer do cólon e reto, 30 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 42 municípios da macrorregião Centro.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
65
Centro
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 2.820 casos novos de câncer da próstata e a
taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 440 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens.
2.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 740 casos novos de câncer do pulmão (460
em homens e 280 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos por 100 mil
homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 590 óbitos por
esse câncer (370 em homens e 210 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 568 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (364 no sexo masculino e
204 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com
378 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 62 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 200 (53%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 187 casos avançados de câncer
do pulmão, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 31 municípios da macrorregião Centro.
2.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 470 casos novos de câncer da cavidade oral
(350 em homens e 120 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por
100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 150
óbitos por esse câncer (120 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 211 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (166 no sexo masculino e 45 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6 óbitos
por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 457 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos em homens e de 58
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da cavidade oral, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Centro, 281 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 236 casos avançados de
câncer da cavidade oral, 14 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 42 municípios da macrorregião Centro.
66
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Centro (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 456 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (269 no sexo masculino
e 187 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9 óbitos por 100 mil homens e de
6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 395 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 60
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 61 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 141 (36%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 118 casos avançados de câncer do
estômago, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 30 municípios da macrorregião Centro.
2.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 450 casos novos de câncer do esôfago (320
em homens e 130 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil
homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 300 óbitos por
esse câncer (220 em homens e 80 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos
por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 284 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (216 no sexo masculino
e 68 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e de
2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 351 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 63
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião
Centro, 182 (52 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 152 casos avançados de câncer do esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
39 municípios da macrorregião Centro.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
67
Centro
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 630 casos novos de câncer do estômago
(390 casos novos em homens e 240 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão
de 13 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 370 óbitos por esse câncer (230 óbitos em homens e 140 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
2.5.9 – CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 4.140 casos novos de câncer de pele não
melanoma (2.180 em homens e 1.960 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 70 casos novos por 100 mil homens e de 59 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 40 óbitos por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 41 óbitos por câncer de pele não melanoma em ambos os sexos (24 no sexo
masculino e 17 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por
100 mil homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer de pele não melanoma representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos
33 RHC-MG, com 378 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em
homens e de 71 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 124,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer de pele não melanoma, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 64 (17%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso
chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 25 casos avançados de
câncer de pele não melanoma, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de
idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Centro.
2.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Centro (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 17.110 casos novos de neoplasias (8.870
em homens e 8.240 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 286 casos novos por 100
mil homens e de 247 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 5.410
óbitos por esse câncer (2.830 em homens e 2.580 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 91 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro, ocorreram 5.837 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (3.059 no sexo masculino e 2.778 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 104 óbitos por 100 mil homens
e de 88 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Centro, 10.101 casos hospitalares de câncer, que representaram 35% do total registrado pelos 33
RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 56 anos em
mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de
74 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Centro,
5.207 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta
no hospital de referência, correspondendo 51% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por
todas as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV).
Dos 2.424 casos avançados por neoplasias, 208 casos tiveram o diagnóstico de câncer antes dos 40
anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 94 municípios da macrorregião Centro.
68
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Centro
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as
localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 40). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 15.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 40 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadio dos tumores na 1ª
consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 15 – Relação dos municípios da macrorregião Centro segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Continua...
Município de Procedência
310020 Abaeté
310320 Araçaí
310480 Augusto de Lima
310500 Baldim
310540 Barão de Cocais
310600 Bela Vista de Minas
310620 Belo Horizonte
310640 Belo Vale
310670 Betim
310700 Biquinhas
310770 Bom Jesus do Amparo
310810 Bonfim
310900 Brumadinho
310920 Buenópolis
310960 Cachoeira da Prata
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
8
1
1
4
7
4
1163
3
137
2
2
2
8
3
30,8
16,7
20,0
40,0
18,9
28,6
22,1
33,3
27,5
28,6
25,0
12,5
27,6
25,0
18
5
4
6
30
10
4091
6
362
5
6
14
21
9
6
26
6
5
10
37
14
5254
9
499
7
8
16
29
12
6
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
69
Continua...
Município de Procedência
310990 Caetanópolis
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
2
8,3
22
24
2
7
311000 Caeté
15
31,9
32
311535 Catas Altas
2
28,6
5
311250 Capim Branco
311380 Carmésia
311560 Cedro do Abaeté
311750 Conceição do Mato Dentro
7
5
1
35,0
71,4
33,3
13
2
5
35,7
4
33,3
312090 Curvelo
23
24,0
73
312410 Esmeraldas
15
21,1
56
312600 Florestal
3
25,0
9
311787 Confins
2
311860 Contagem
184
312060 Crucilândia
2
311890 Cordisburgo
311910 Corinto
312260 Dom Joaquim
312310 Dores de Guanhães
312570 Felixlândia
312590 Ferros
312640 Fortuna de Minas
312720 Funilândia
312800 Guanhães
312980 Ibirité
10
2
4
9
5
3
10
34
313570 Jequitibá
23,3
605
789
33,3
4
6
27,8
33,3
40,0
36,0
41,7
37,5
40,0
8
26
4
12
5
1
15
7
1
28,6
28,1
23,4
70,0
28,7
20,0
23
5
92
49
14
3
25
26
1
1
1
1
2
33,3
50,0
12,5
14,3
50,0
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
64
17
10
15
39,5
50,0
128
10
17
17
33,3
7
80
314110 Matozinhos
5
26,3
35
59
4
29
70
1
115
37,0
314370 Morro do Pilar
8
82
17
314350 Morada Nova de Minas
12
17,6
34,3
314000 Mariana
314360 Morro da Garça
25
3
15
21
314250 Monjolos
71
10
313760 Lagoa Santa
314230 Moeda
6
7
16
19
314070 Mateus Leme
96
10
26,9
314015 Mário Campos
36
6
7
313970 Maravilhas
12
5
33
313665 Juatuba
7
50,0
2
313620 João Monlevade
313660 Nova União
14
5
36
313460 Jaboticatubas
3
151
313170 Itabira
313190 Itabirito
5
7
117
12
313110 Inimutaba
9
20
22,5
313010 Igarapé
313100 Inhaúma
28,6
47
5
17
2
1
7
6
2
5
26
5
46
34
43
3
2
8
7
4
Fim.
314470 Nova Era
314480 Nova Lima
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
5
22,7
17
22
26
23,4
85
111
20
24
314610 Ouro Preto
24
24,0
76
314740 Paraopeba
314750 Passabém
314930 Pedro Leopoldo
314960 Pequi
315040 Piedade dos Gerais
3
12,5
21
2
67
1
1
314640 Paineiras
314690 Papagaios
315200 Pompéu
315320 Presidente Juscelino
315360 Prudente de Morais
315370 Quartel Geral
315390 Raposos
4
4
28
5
4
2
2
1
4
9
315670 Sabará
38
315780 Santa Luzia
91
315720 Santa Bárbara
315800 Santa Maria de Itabira
315850 Santana de Pirapama
315900 Santana do Riacho
316050 Santo Antônio do Rio Abaixo
316060 Santo Hipólito
25,0
13,3
25,0
21,4
3
315680 Sabinópolis
11,8
3
315570 Rio Piracicaba
315600 Rio Vermelho
29,5
83,3
29,4
73
315530 Rio Manso
16,7
5
315460 Ribeirão das Neves
315480 Rio Acima
30,8
6
8
3
3
2
1
9
30
6
13
3
12
100
13
24
2
95
6
1
34
8
15
4
17
26,4
204
277
15,8
16
19
23,5
56,3
13
11
7
17
14
16
25,2
113
151
31,6
197
288
6
6
26,1
40,0
18,8
15,8
28,6
20,0
17
12
13
16
5
4
23
20
16
19
7
5
316100 São Domingos do Prata
4
14,3
24
28
316295 São José da Lapa
3
25,0
9
12
316190 São Gonçalo do Rio Abaixo
316292 São Joaquim de Bicas
316480 São Sebastião do Rio Preto
316553 Sarzedo
316610 Senhora do Porto
316650 Serra Azul de Minas
316720 Sete Lagoas
316830 Taquaraçu de Minas
316935 Três Marias
317120 Vespasiano
317180 Virginópolis
6
7
1
3
1
93
14
35
2
40,0
36,8
50,0
9
12
1
15
19
2
12,0
22
19,6
381
474
29,9
82
117
33,3
36,8
16,7
2
2
6
24
10
Centro
Município de Procedência
25
3
2
6
38
12
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Itambé
do Mato Dentro e Materlândia.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
71
2.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO CENTRO (MG)
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as
políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Centro apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a
importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência
de 45% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de
2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja
relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 104 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada
a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 17.110 novos casos de câncer na
população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos
será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas,
muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios
aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores
de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo
prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para
atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como
também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
72
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
3. Macrorregião Centro Sul
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
73
3.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA
MACRORREGIÃO DE SAÚDE CENTRO SUL DE MINAS GERAIS
Centro-Sul
A macrorregião Centro Sul abrange 50 municípios. Na população
de 723.489 habitantes predominam as mulheres (368.240) em relação aos homens (355.249). A pirâmide etária evidencia, em ambos os
sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 anos aos 29 anos
e sinaliza o envelhecimento populacional, com 24% dos habitantes
(172.795) com 50 anos ou mais (Figura 41).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 41 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Centro Sul de Minas Gerais, ano 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Centro Sul entre os níveis médio e
alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Itaverava (IDHM renda 0,52),
Cipotânea (IDHM 0,643 e IDHM longevidade 0,659) e Desterro do Melo (IDHM educação 0,736).
Os índices mais elevados foram em São João Del Rei (IDHM 0,816 e IDHM longevidade 0,826), Ouro
Branco (IDHM renda 0,718) e Congonhas (IDHM educação 0,92) (Tabela 16).
Tabela 16 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Centro Sul (MG)
Indicadores
Valores
População Censo 2010
723.489
População Masculina
População Feminina
IDH(2000)
Mínimo
IDHM
0.643 Cipotânea
IDHM-Renda
0.52 Itaverava
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.659 Cipotânea
0.736 Desterro do Melo
355.249
368.240
Máximo
0.816 S. João del Rei
0.718 Ouro Branco
0.826 São João del Rei
0.92 Congonhas
Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento)
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
75
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Centro Sul
possui 15.765 estabelecimentos, com 127.668 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (26%),
seguido por comércio (21,4%), administração pública (19,3%), indústria de transformação (19%),
construção civil (5,9%), agropecuária (5,2%), extração mineral (2,8%) e serviços industriais de
utilidade pública (0,3%) (Figura 42).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador/SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 42 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Centro Sul de
Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
76
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Centro Sul 2.160 casos novos e 700 óbitos
por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 314 casos novos por 100 mil homens e 252 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 56 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 20
casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do cólon e reto, com 16 casos
novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 43).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 43 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião
Centro Sul (MG).
Em 2013, a macrorregião Centro Sul será responsável por 4,1% dos casos novos esperados e
4,2% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
46% dos casos novos estimados da macrorregião Centro Sul serão por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
77
Centro-Sul
3.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013 NA
MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS.
78
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
99,96
380
78,88
0,60
78,28
-
3,43
11,28
5,83
6,05
5,94
3,81
1,53
Taxa de
Mortalidade
Feminino
320
10
310
-
10
40
20
20
20
10
10
Nº de
óbitos
313,65
52,77
260,88
91,22
-
-
16,55
14,36
20,00
14,29
13,44
Taxa de
Incidência
1180
200
980
340
-
-
60
50
70
50
50
Nº de Casos
Novos*
Masculino
252,02
72,04
179,98
-
13,68
56,35
7,57
15,93
10,02
6,47
5,59
Taxa de
Incidência
980
280
700
-
50
220
30
60
40
20
20
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
10
0,45
C44
Pele não melanoma
370
99,51
-
Todas neoplasias malignas, exceto
pele não melanoma
-
-
50
20
40
40
20
Nº de
óbitos*
50
Próstata
Colo do útero
-
13,58
5,22
11,89
9,87
4,60
Taxa de
Mortalidade
Masculino
14,13
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
Estômago
Esôfago
C18-C21
C16
C15
Cavidade oral
Descrição
Número de óbitos esperados
17 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos, segundo
sexo e localização primária, na macrorregião Centro Sul (MG)
C00-C10
CID-10
.Tabela
As neoplasias ocuparam a 4ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Centro Sul no ano 2000 e passaram para a 2ª posição em 2010 (11%
e 14%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (13%) para
a 4ª posição (8%) em 2010 (Figura 44).
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Centro Sul, no ano
de 2010.
No ano de 2010, 84,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 46).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 44 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Centro Sul, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 84,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 45).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 45 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Centro
Sul (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
79
Centro-Sul
3.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE
MINAS GERAIS, ANO 2010
Do total de mortes por neoplasias na macrorregião Centro Sul, 41,5% (293 óbitos) foi por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 46).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 46 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Centro Sul, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Centro Sul foi 97,6 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (11,5/100 mil),
pulmão (10,6/100 mil) e estômago (9,3/100 mil).
Tabela 18 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Centro Sul (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening, encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
Nº
21
38
46
18
15
14
12
52
0
41
11
15
8
8
9
2
72
382
coef.
5,91
10,70
12,95
5,07
4,22
3,94
3,38
14,64
0,00
11,54
3,10
4,22
2,25
2,25
2,53
0,56
20,27
107,53
Feminino
Nº
4
19
21
21
16
14
4
25
2
30
14
14
14
6
15
3
8
9
1
84
324
coef.
1,09
5,16
5,70
5,70
4,34
3,80
1,09
6,79
0,54
8,15
3,80
3,80
3,80
1,63
4,07
0,81
2,17
2,44
0,27
22,81
87,99
Total
Nº
25
57
67
39
31
28
16
77
2
30
14
14
14
41
17
30
11
16
18
3
156
706
coef.
3,46
7,88
9,26
5,39
4,28
3,87
2,21
10,64
0,28
8,15
3,80
3,80
3,80
11,54
2,35
4,15
1,52
2,21
2,49
0,41
21,56
97,58
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
80
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Centro Sul, foram de
107,5 óbitos por 100 mil homens e 88 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Mulheres: mama (8/100 mil), pulmão (6,8/100 mil), estômago e colorretal (5,7/100 mil)
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 47).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 47 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Centro Sul (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Centro Sul foi responsável por 4% (706 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira no ano de 2010.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
85% desses óbitos.
42% dos casos de mortes por neoplasias da macrorregião Centro Sul foram por sete tipos de
câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer
para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
81
Centro-Sul
Homens: pulmão (14,6/100 mil), estômago (12,9/100 mil), próstata (11/100 mil)
3.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Centro Sul 1.291 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC
ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 520 casos hospitalares buscaram assistência
em Barbacena (336) e São João Del Rei (184) (Tabela 19).
Tabela 19 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Centro Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Barbacena
Belo Horizonte
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
336
-
336
-
505
505
-
251
251
São João del Rei
184
-
184
Total Geral
520
771
1291
Betim
-
Muriaé
-
Juiz de Fora
Varginha
3
5
-
7
3
5
7
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –
Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
40% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da
macrorregião Centro Sul buscaram
tratamento na mesma macrorregião
de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 48 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009.
82
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Centro-Sul
69% dos casos hospitalares de câncer,
procedentes da macrorregião Centro
Sul foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 49 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro Sul, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
63% dos casos hospitalares da macrorregião Centro Sul foram por um
dos sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 50 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Centro Sul , segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul:
27% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
32% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado
por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Figura 51 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
83
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 18% e 55% dos casos
hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul já
se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV).
Esses valores variam entre os tipos
de câncer.
Figura 52 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul, 13% dos casos em homens e 10% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 53 e 54 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos procedentes da macrorregião
Centro Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Centro Sul contribuiu com 4% do total de casos hospitalares registrados na
alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
40% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião.
63% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por
essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa
macrorregião.
84
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
85
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
Nº de casos avançados antes dos
40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico
(em anos)
Total de casos avançados
(estadio III e IV)
Nº de casos com estadiamento sem
informação / não estadiável
Fem
Masc
19
22
13
84
74
16
3
1
52,5
-
34
74
Colo
do
Útero
5
0
64
55
34
65
Cavidade
Oral
23
18
49
5
3
62,5
66
22
85
34
17
34
5
0
70
69
40
78
29
26
68
3
9
55,5
-
40
258
47
25
91
4
0
-
69
88
214
15
13
44
6
0
54,5
63
83
40
189
42
66
4
13
56
67
23
814
19
14
60,5
5
1
69
64
330
57
Centro-Sul
49
3
35,5
1
0
72
62,5
26
67
Cólon
Mama
7
Pele não
e
Estômago
Próstata Pulmão
Esôfago
melanoma
Fem.
Selecionados
Reto
Nota: 1 – Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
8
Nº de municípios da Macro
7 Centro Sul com casos avançados
(procedência)
Mediana do intervalo entre o
diagnóstico e tratamento dos
6 casos que chegaram ao hospital
com diagnóstico e sem tratamento
(em dias)
5
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião Centro Sul
449
44
62
4
22
58
65
6
1.291
Total
geral
Tabela 20 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul , 33 RHC-MG, 2009
3.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
3.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 220 casos novos de câncer da mama
feminina e a taxa bruta de incidência será de 56 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 11 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul ocorreram 30 óbitos por câncer da mama feminina (9,3% dos óbitos no sexo feminino),
sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 8,15 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 20% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos
33 RHC-MG, com 258 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 68 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Centro Sul,
229 (89%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 88 casos avançados de câncer da mama feminina, 9 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
26 municípios da macrorregião Centro Sul.
3.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 50 casos novos de câncer do colo do
útero e a taxa bruta de incidência será de 14 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil
mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 14 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,3% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi 3,8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33
RHC-MG, com 74 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 52,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 84 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Centro Sul,
52 (70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 22 casos avançados de câncer do colo do útero, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
13 municípios da macrorregião Centro Sul.
86
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
3.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Centro Sul (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul ocorreram 41 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 10,7% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a 3ª principal taxa bruta de mortalidade com 11,5 óbitos por
100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
17% do total de casos hospitalares de câncer registrados na macrorregião Centro Sul pelos 33 RHC-MG, com 214 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 91 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Centro Sul,
167 (78%) casos apresentaram registro médico sobre estadio clínico do tumor na 1ªconsulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da próstata, 4 casos chegaram ao hospital
nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 83 casos avançados de câncer da próstata,
nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 25 municípios da macrorregião Centro Sul.
3.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 110 casos novos de câncer do cólon e
reto (50 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por
100 mil homens e de 16 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40
óbitos por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 5 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 39 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (18 no sexo masculino e 21 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,1 óbitos por 100 mil homens e
de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 85 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e
de 62,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 49 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Centro Sul, 62 (73%) casos apresentaram registro médico sobre estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 40 casos avançados de
câncer do cólon e reto, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 18 municípios da macrorregião Centro Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
87
Centro-Sul
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 340 casos novos de câncer da próstata e
a taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens.
3.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 90 casos novos de câncer do pulmão (60
em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil
homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 70 óbitos por
esse câncer (50 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 14 óbitos
por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 77 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (52 no sexo masculino
e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,6 óbitos por 100 mil homens e de
6,8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 40 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 54,5
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 25 (62%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 23 casos avançados de câncer do
pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Centro Sul.
3.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 70 casos novos de câncer da cavidade oral
(50 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100
mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos
por câncer da boca (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 25 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe em ambos os sexos
(21 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,9 óbitos por
100 mil homens e de 1,1 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33
RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos em homens
e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 74 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião
Centro Sul, 46 (71%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 34 casos avançados do câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
16 municípios da macrorregião Centro Sul.
88
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 110 casos novos de câncer do estômago
(70 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de
20 casos novos por 100 mil homens e de 10 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 60 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 67 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (46 no sexo masculino
e 21 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,95 óbitos por 100 mil homens e de
5,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 78 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens
e de 70 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 34 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Centro Sul, 44 (56%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 40 casos avançados de
câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 17 municípios da macrorregião Centro Sul.
3.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 70 casos novos de câncer do esôfago (50
em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil
homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos
por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 57 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (38 no sexo masculino
e 19 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,7 óbitos por 100 mil homens e de
5,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 4%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 57 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 69
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 38 (67 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 26 casos avançados de câncer do
esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Centro Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
89
Centro-Sul
3.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Centro Sul (MG)
3.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 480 casos novos de câncer da pele não
melanoma (200 em homens e 280 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 53 casos
novos por 100 mil homens e de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que ocorreram 2 óbitos por câncer da pele não melanoma (nenhum caso no sexo masculino e 2 no feminino) e a taxa
bruta de mortalidade foi menor que um óbito por 100 mil mulheres e não houve óbito masculino.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma
representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 67 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de
62,5 anos em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o
tratamento no hospital de referência foi de 35 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum
tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Centro Sul, 18 (27%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso chegou
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 6 casos avançados de câncer da pele
não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Centro Sul.
3.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Centro Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 2.160 casos novos de câncer (1.180 em
homens e 980 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 314 casos novos por 100 mil
homens e de 252 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 700 óbitos
por câncer (380 em homens e 320 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 100
óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Centro Sul, ocorreram 706 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (382 no sexo masculino e 324 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 107 óbitos por 100 mil homens
e de 88 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Centro Sul, 1.291 casos hospitalares de câncer, que representaram 4% do total registrado pelos 33
RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 58 anos em
mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de
62 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Centro
Sul, 842 casos apresentaram registro médico sobre o estádio clínico do tumor na 1ª consulta no
hospital de referência, correspondendo a 65% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por
todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e
IV). Dos 457 casos avançados, 22 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos
de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 44 municípios da macrorregião Centro Sul.
90
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Centro-Sul
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na
1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 55). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 21.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 55 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores
na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 21 – Relação dos municípios da macrorregião Centro Sul segundo estadio clínico dos casos hospitalares de câncer na 1ª consulta na alta complexidade, 33 RHC-MG, ano 2009.
Continua...
Município de Procedência
310163 Alfredo Vasconcelos
310210 Alto Rio Doce
310290 Antônio Carlos
310560 Barbacena
310590 Barroso
311220 Capela Nova
311310 Caranaíba
311320 Carandaí
311490 Casa Grande
311520 Conceição da Barra de Minas
311540 Catas Altas da Noruega
311630 Cipotânea
311800 Congonhas
311830 Conselheiro Lafaiete
311970 Coronel Xavier Chaves
312040 Cristiano Otoni
312140 Desterro de Entre Rios
312150 Desterro do Melo
Estadio III e IV
2
6
6
117
17
4
1
12
%
40,0
33,3
31,6
39,3
45,9
30,8
16,7
30,8
3
5
42,9
38,5
3
1
1
24
53
3
42,9
50,0
12,5
34,8
29,8
50,0
Demais Estadios
3
12
13
181
20
9
5
27
2
4
1
7
45
125
3
3
4
8
Total
5
18
19
298
37
13
6
39
2
7
2
8
69
178
6
3
7
13
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
91
Município de Procedência
312300 Dores de Campos
Estadio III e IV
%
Demais Estadios
Fim.
Total
8
40,0
12
20
4
4
312390 Entre Rios de Minas
10
313390 Itaverava
4
312940 Ibertioga
313000 Ibituruna
313540 Jeceaba
313740 Lagoa Dourada
313790 Lamim
313910 Madre de Deus de Minas
314450 Nazareno
5
3
7
4
3
3
47,6
50,0
66,7
42,9
46,7
57,1
42,9
21,4
11
5
2
4
21
10
6
7
8
15
11
14
4
8
3
4
7
7
314590 Ouro Branco
7
19,4
29
315080 Piranga
3
20,0
12
15
12
20
314660 Paiva
315030 Piedade do Rio Grande
4
50,0
3
315270 Prados
7
31,8
15
315440 Ressaquinha
1
14,3
6
315380 Queluzito
315420 Resende Costa
315520 Rio Espera
2
8
1
315610 Ritápolis
13
315870 Santana do Garambéu
3
315730 Santa Bárbara do Tugúrio
315733 Santa Cruz de Minas
315910 Santana dos Montes
315940 Santa Rita de Ibitipoca
316090 São Brás do Suaçuí
2
5
3
316250 São João del Rei
63
316600 Senhora de Oliveira
2
316500 São Tiago
316530 São Vicente de Minas
316620 Senhora dos Remédios
316880 Tiradentes
9
50,0
40,0
20,0
76,5
50,0
50,0
75,0
60,0
22
4
7
5
4
17
1
4
2
5
3
2
4
4
10
3
5
4
145
208
33,3
4
6
34,6
63,6
4
33,3
40,0
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009.
92
4
3
30,3
7
8
2
36
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
17
4
12
8
26
11
20
12
3.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – Macrorregião CENTRO SUL (MG)
Centro-Sul
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do
câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar
as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença.
A macrorregião de saúde Centro Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a
importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência
de 42% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano
de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não
esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento uma vez que, indistintamente entre os 50 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, são esperados para o ano de 2013, 2.160 casos novos de câncer na
população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas
forem tomadas, muitos desses casos novos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, esperamos que a leitura desses dados venha a promover a reflexão dos
gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores
de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo
prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para
atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional
e ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
93
Jequitinhonha
4. Macrorregião Jequitinhonha
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 95
4.1 ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO DE
SAÚDE JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS
Jequitinhonha
A macrorregião Jequitinhonha abrange 23 municípios. Na população de 373.443 habitantes predominam as mulheres (187.345)
em relação aos homens (186.098). A pirâmide etária evidencia, em
ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19
anos e sinaliza o envelhecimento populacional para 19% dos habitantes (72.348) com 50 anos ou mais (Figura 56).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 56 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Jequitinhonha de Minas Gerais, ano 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios dessa macrorregião, entre os níveis, médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Santo Antônio do Itambé (IDHM renda 0,502),
Senador Modestino Gonçalves (IDHM 0,626), São Gonçalo do Rio Preto (IDHM longevidade 0,573) e
Chapada do Norte (IDHM educação 0,672). Os índices mais elevados foram em Diamantina (IDHM
0,748, IDHM renda 0,668, IDHM educação 0,848) e Turmalina (IDHM longevidade 0,766) (Tabela 22).
Tabela 22 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Jequitinhonha (MG).
Indicadores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
Mínimo
Valores
373.443
186.098
187.345
Máximo
IDHM
0.626 Senador Modestino Gonçalves
0.748 Diamantina
IDHM-Renda
0.502 Santo Antônio do Itambé
0.668 Diamantina
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.573 São Gonçalo do Rio Preto
0.672 Chapada do Norte
0.766 Turmalina
0.848 Diamantina
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 –Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
97
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Jequitinhonha
possui 3.933 estabelecimentos, com 28.625 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública (31,4%),
seguido pelo setor de serviços (20,9%), comércio (20,8%), agropecuária (13,3%), indústria de
transformação (8,5%), construção civil (4,5%), extração mineral (0,6%), serviços industriais de
utilidade pública (0,03%) (Figura 57).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 57 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Jequitinhonha
de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
98 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Jequitinhonha 640 casos novos e 220 óbitos por câncer, para todas as neoplasias. As taxas brutas de incidência serão de 201 casos novos
por 100 mil homens e 125 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 64 óbitos por 100 mil homens e de 39 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 58 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 22 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de esôfago será o segundo mais incidente entre os homens, com 18,6
casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 8 casos
novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 58).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 58 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Jequitinhonha (MG).
Em 2013, a macrorregião Jequitinhonha será responsável por 1,2% dos casos novos esperados
e 1,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
42% dos casos novos estimados da macrorregião Jequitinhonha serão por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 99
Jequitinhonha
4.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER para o ano de 2013,
na MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS
100 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
Esôfago
C16
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
64,50
130
39,28
0,42
38,86
-
2,00
4,33
2,11
2,11
2,85
4,11
0,53
Taxa de
Mortalidade
Feminino
202,39
12,90
189,49
58,47
-
-
5,78
4,65
13,46
18,60
6,78
Taxa de
Incidência
Masculino
390
20
370
110
-
-
10
10
30
40
10
Nº de Casos
Novos*
125,50
50,43
75,08
-
7,98
21,63
2,74
5,56
4,81
6,98
1,94
Taxa de
Incidência
Feminino
250
100
150
-
20
40
10
10
10
10
10
Nº de Casos
Novos
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
0
0,11
C44
Pele não melanoma
130
64,39
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
10
10
20
20
10
Nº de
óbitos*
20
-
-
4,74
1,69
8,00
12,85
2,32
Taxa de
Mortalidade
Masculino
9,06
Próstata
Colo do útero
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
Descrição
C18-C21
C15
Cavidade oral
C00-C10
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 23 - Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil),
e número de casos novos e óbitos , segundo sexo e localização primária, na macrorregião Jequitinhonha (MG)
As neoplasias ocuparam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Jequitinhonha, nos anos 2000 e 2010 (8,5% e 12,3%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 2ª posição, em percentuais bastante elevados
(26,5% e 21,8%) (Figura 59).
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Jequitinhonha, no
ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 59 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Jequitinhonha, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 83,3% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 60).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 60 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião
Jequitinhonha (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 101
Jequitinhonha
4.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE
MINAS GERAIS, ANO 2010.
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Jequitinhonha, 37% (75 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 61).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 61 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Jequitinhonha,
ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Jequitinhonha foi de 71,6
óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (14,8/100
mil), esôfago (10,2/100 mil) e estômago (6,7/100 mil).
Neoplasias
Tabela 24 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na
macrorregião Jequitinhonha (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Masculino
Nº
1
coef.
Nº
coef .
Nº
9,18
6
4,18
19
0,71
21
14,83
3
2,12
13
2
6
3
11
1
-
-
-
-
1,41
4,24
2,12
7,77
0,71
-
-
-
-
Próstata
21
14,83
Linfoma não Hodgkin
0
0,00
Bexiga
Mening, encéf. e out. partes SNC
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
2
4
1
1
3
26
119
Feminino
1,41
2,82
0,71
0,71
2,12
18,36
84,04
2
8
6
2
3
1
2
3
9
2
3
2
-
2
3
1
1
6
3
20
85
1,39
5,58
4,18
1,39
2,09
0,70
3
5
1,75
8
9
4
1,39
2
2,09
1,39
1,05
10,17
13
6,28
coef.
29
1,39
2,09
Total
4
9
3
2
6,67
2,81
3,16
1,40
4,56
1,40
6,28
1,39
2,09
1,39
-
21
14,83
0,70
1
0,35
1,39
2,09
0,70
4,18
2,09
13,94
59,26
4
7
2
7
6
46
204
1,40
2,46
0,70
2,46
2,11
16,14
71,57
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
102 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Homens: esôfago e próstata (14,8/100 mil, cada),
estômago (9/100 mil) e pulmão (7/100 mil).
Mulheres: mama (6/100 mil), esôfago (5,6/100 mil),
estômago, colorretal e leucemia (4/100 mil, cada um).
Pode-se notar que, em vários dos cânceres, comuns aos sexos, as taxas brutas de mortalidade
foram muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior
risco de morte para homens (Figura 62).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 62 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Jequitinhonha (MG), por 100
mil homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Jequitinhonha foi responsável por 1,1% (204) das 18.545 mortes
por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
83% desses óbitos.
37% dos casos de mortes por neoplasias ocorridos nessa macrorregião foram por sete tipos
de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para
o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 103
Jequitinhonha
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Jequitinhonha foram,
de 84 óbitos por 100 mil homens e 59 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
4.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a
linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento
da doença.
Foram procedentes da macrorregião Jequitinhonha 344 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC
ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 331 casos hospitalares buscaram assistência
em Belo Horizonte (Tabela 25).
Tabela 25 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Jequitinhonha (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Juiz de Fora
Montes Claros
Sete Lagoas
Total Geral
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
–
3
3
–
331
–
–
–
9
1
344
331
9
1
344
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –
Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
Dos casos hospitalares procedentes de municípios da macrorregião Jequitinhonha, 100% buscaram tratamento em outras macrorregiões. A macrorregião Jequitinhonha não possui instituição
habilitada para assistência da alta complexidade de câncer.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 88% foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 63 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha, SUS ou
não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
104 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Jequitinhonha
Um percentual de 54% dos casos hospitalares foi por um dos sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 64 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Jequitinhonha, segundo sete tipos de cânceres passíveis
de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 19% chegaram na
alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 33% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado
por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/
DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 65 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 105
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 12% a 56% dos casos
hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha já se encontravam nas fases
avançadas da doença (estádios III
e IV). Esses percentuais variaram
entre os tipos de câncer.
Figura 66 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 5,7% dos casos em homens e 5,3% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 67 e 68 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Jequitinhonha, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Jequitinhonha contribuiu com 1% do total de casos hospitalares de câncer
registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
100% dos casos hospitalares foram assistidos em outra macrorregião.
54% dos casos hospitalares de câncer dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
106 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 107
6
Nº de casos com estadiamento sem
informação / não estadiável
3
4
81,5
3
1
48
-
8
26
Colo do
Útero
14
6
50
3
0
64
71
8
27
Cólon e
Reto
8
4
125
3
0
75
66,5
4
13
Estômago
9
11
94
4
0
53
-
18
43
Mama
Fem.
26
6
118
1
0
-
69
7
56
Próstata
Nota:
1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
8
5
Nº de municípios da Macro
7 Jequitinhonha com casos
avançados (procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
87
4
Nº de casos avançados em 10
casos do mesmo tipo
5
42
0
Fem
51
Masc
5
Nº de casos avançados antes dos
40 anos de idade
Mediana da idade no diagnóstico
(em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
13
Cavidade
Oral
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião
Jequitinhonha
3
5
42
6
1
45
60,5
5
9
Pulmão
32
10
76
4
1
67
59
25
59
Jequitinhonha
69
19
95
3
2
54
66,5
55
187
9
0
40
0
0
83
80
0
10
169
23
87
3
6
58
62
96
344
Pele não Total
7
Esôfago
melanoma geral
Selecionados
Tabela 26 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009
4.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS
SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
4.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 40 casos novos de câncer da mama
feminina e a taxa bruta de incidência será de 22 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 9 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 10,6% dos
óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 6,3 óbitos
por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 12% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 43 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 94 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 34 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 18 casos avançados de câncer da
mama feminina, nenhum caso teve o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
4.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do colo do útero
e a taxa bruta de incidência será de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 2 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,4% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
8% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33
RHC-MG, com 26 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 48 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 81 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 23 (88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8 casos avançados de câncer do
colo do útero, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
108 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 110 casos novos de câncer da
próstata e a taxa bruta de incidência será de 58 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo
ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por
100 mil homens.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 21 óbitos por câncer da próstata (17,65% dos óbitos no sexo masculino),
sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,8 óbitos por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
16% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos
33 RHC-MG, com 56 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 118 dias
(casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 30 (54%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 7 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 6 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
4.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do cólon e
reto (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 5 casos novos por
100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20
óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 2 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 8 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (2 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 1,4 óbitos por 100 mil homens
e de 4,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
8% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33
RHC-MG, com 27 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos em homens
e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 50 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Jequitinhonha, 13 (48%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse
câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8
casos avançados de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer
antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 109
Jequitinhonha
4.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
4.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do pulmão
(10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100 mil
homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por
esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por
100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 13 óbitos por câncer de pulmão em ambos os sexos (11 no sexo masculino e 2 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,8 óbitos por 100 mil homens e
de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 9 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60,5 anos em homens e
de 45 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 42 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 6 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 5 casos avançados de
câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
4.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer da cavidade oral (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 7 casos novos
por 100 mil homens e de 2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por câncer da boca (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de
mortalidade serão de 2 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010, demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 3 óbitos por câncer do lábio, cavidade oral e faringe, em ambos os sexos
(1 no sexo masculino e 2 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um
óbito por 100 mil homens e de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da boca representou 4% do
total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 13 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos em homens e de 42
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 87 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 7 (54%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 5 casos avançados de câncer da
boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
110 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 40 casos novos de câncer do estômago (30 casos novos em homens e 10 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão
de 13 casos novos por 100 mil homens e de 5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 8 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 19 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (13 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9,2 óbitos por 100 mil homens
e de 4,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33
RHC-MG, com 13 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66,5 anos em homens
e de 75 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 125 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Jequitinhonha, 5 (38%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 4 casos avançados de
câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
4.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 50 casos novos de câncer do esôfago (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19 casos novos por
100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
13 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 29 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (21 no sexo masculino e 8 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,8 óbitos por 100 mil homens e
de 5,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade o câncer do esôfago representou
17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33
RHC-MG, com 59 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens
e de 67 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 27 (46 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 25 casos avançados
de câncer do esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 111
Jequitinhonha
4.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
4.5.9 – CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 120 casos novos de câncer de pele
não melanoma (20 em homens e 100 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13
casos novos por 100 mil homens e de 50 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 10 óbitos por esse câncer (nenhum em homens e 10 em mulheres). A taxa bruta de
mortalidade será menor que um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 4 óbitos por câncer de pele não melanoma em ambos os sexos (1 no sexo
masculino e 3 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100
mil homens e de 2,1 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer de pele não melanoma
representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 10 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi
de 80 anos em homens e de 83 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e
o tratamento no hospital de referência foi de 40 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum
tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer de pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Jequitinhonha, apenas 1 (10%) caso apresentou registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Não houve nenhum registro de caso avançado
de câncer de pele não melanoma, nessa macrorregião.
4.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Jequitinhonha (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 640 casos novos de câncer (390 em
homens e 250 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 202 casos novos por 100 mil
homens e de 125 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 220 óbitos
por esse câncer (130 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
64 óbitos por 100 mil homens e de 39 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Jequitinhonha, ocorreram 204 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (119 no sexo
masculino e 85 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram de 84,04 óbitos por 100 mil
homens e de 59,3 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Jequitinhonha, 344 casos hospitalares, representando 1% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no
ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 58 anos em mulheres.
O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 87 dias
(casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 175 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
no hospital de referência, representando 51% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por
todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e
IV). Dos 96 casos avançados de neoplasias, 6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes
dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 23 municípios da macrorregião Jequitinhonha.
112 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 69 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores
na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 27 – Relação dos municípios da macrorregião Jequitinhonha segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer na 1ª consulta na alta complexidade, 33 RHC-MG, ano 2009.
Municípios
310240 Alvorada de Minas
310340 Araçuaí
310445 Aricanduva
310650 Berilo
311230 Capelinha
311350 Carbonita
311610 Chapada do Norte
311680 Coluna
311810 Congonhas do Norte
311950 Coronel Murta
312010 Couto de Magalhães de Minas
312100 Datas
Estadios III e IV
1
%
50,0
Demais Estadios
2
33,3
4
10
1
8
2
1
3
3
3
1
34,5
33,3
1
19
2
Continua...
Total
2
29
6
3
30,8
18
26
11,1
8
9
25,0
60,0
30,0
50,0
20,0
6
2
2
7
3
4
8
5
2
10
6
5
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 113
Jequitinhonha
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na
1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 69). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 27.
Municípios
312160 Diamantina
312540 Felício dos Santos
312550 São Gonçalo do Rio Preto
Estadios III e IV
12
2
%
17,9
20,0
Demais Estadios
55
8
Fim.
Total
67
10
2
100,0
313250 Itamarandiba
12
31,6
26
314180 Minas Novas
7
25,9
20
27
2
2
312650 Francisco Badaró
312760 Gouveia
313545 Jenipapo de Minas
313835 Leme do Prado
315330 Presidente Kubitschek
316020 Santo Antônio do Itambé
316590 Senador Modestino Gonçalves
316970 Turmalina
317107 Veredinha
317160 Virgem da Lapa
4
1
1
5
1
6
33,3
14,3
50,0
38,5
16,7
46,2
4
2
4
8
12
1
1
6
1
2
8
5
7
38
7
2
2
13
6
13
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, e eles: José Gonçalves
de Minas.
114 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao
controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas
Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Jequitinhonha apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a
importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de
37% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010,
evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado
ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 23
municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo,
com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 640 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento
populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial
de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não
evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 115
Jequitinhonha
4.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA (MG)
Leste
5. Macrorregião Leste
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 117
A macrorregião Leste abrange 85 municípios. Na população de
1.452.563 habitantes predominam as mulheres (742.248) em relação aos homens (710.315). A pirâmide etária evidencia, em ambos
os sexos, a maior concentração de habitantes entre 10 a 19 anos e
sinaliza o envelhecimento populacional, para 22% dos habitantes
(324.296) com 50 anos ou mais (Figura 70).
Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 70 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Leste de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios dessa macrorregião, entre os níveis, baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Frei Lagonegro (IDHM renda 0,497),
Jampruca (IDHM 0,598 e IDHM longevidade 0,573) e Água Boa (IDHM educação 0,653). Os índices
mais elevados foram em Timóteo (IDHM 0,831, IDHM longevidade 0,845, IDHM educação 0,923) e
Governador Valadares (IDHM renda 0,730) (Tabela 28).
Tabela 28 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Leste (MG).
Indicadores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
Mínimo
IDHM
0.598 Jampruca
IDHM-Renda
0.497 Frei Lagonegro
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.573 Jampruca
0.653 Água Boa
Valores
1.452.563
710.315
742.248
Máximo
0.831 Timóteo
0.730 Governador Valadares
0.845 Timóteo
0.923 Timóteo
Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento)
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 119
Leste
5.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO
DE SAÚDE LESTE DE MINAS GERAIS
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Leste possui
26.376 estabelecimentos, com 245.971 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (25,4%), seguido pelo comércio (23%), indústria de transformação (20,4%), administração pública (19,1%),
construção civil (8,0%), agropecuária (3,0%), serviços industriais de utilidade pública (0,7%) e
extração mineral (0,3%) (Figura 71).
Pode ser observado no mapa que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 71 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Leste de Minas
de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
120 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
5.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 81 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 47 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 16
casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 15 casos
novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão. (Figura 72)
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 72 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião
Leste (MG).
Em 2013, a macrorregião Leste será responsável por 6,7% dos casos novos esperados e 6,8% dos
óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
47% dos casos novos estimados da macrorregião Leste serão por sete tipos de câncer passíveis
de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 121
Leste
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Leste 3.570 casos novos e 1.140 óbitos por
câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 257 casos novos
por 100 mil homens e 212 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 82 óbitos por 100 mil homens e de 66 óbitos por 100 mil mulheres.
122 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
81,93
620
66,32
0,60
65,72
-
3,70
9,44
6,78
4,21
4,19
4,24
0,98
Taxa de
Mortalidade
520
10
510
-
30
70
50
30
30
30
10
Nº de
óbitos
Feminino
257,10
65,67
191,43
81,48
-
-
11,94
9,02
15,88
15,50
9,41
Taxa de
Incidência
1920
490
1430
610
-
-
90
70
120
120
70
Nº de Casos
Novos*
Masculino
211,88
72,04
139,84
-
14,76
47,15
8,81
11,09
7,07
7,20
3,58
Taxa de
Incidência
1650
560
1090
-
120
370
70
90
50
60
30
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
10
0,56
C44
Pele não melanoma
610
81,37
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
70
20
70
80
20
Nº de
óbitos*
90
-
-
9,80
3,28
9,44
10,71
3,22
Taxa de
Mortalidade
Masculino
Número de óbitos esperados
12,62
Próstata
C61
Mama feminina
C53
C50
Traqueia, brônquios e pulmões
C33-C34
C18-C21
Descrição
Cólon, reto e ânus
Estômago
Esôfago
C16
C15
Cavidade oral
C00-C10
CID-10
Número
de óbitos
esperados
Tabela 29 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novo, segundo sexo e
localização primária, na macrorregião Leste (MG)
5.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS,
ANO 2010
As neoplasias ocuparam as 4ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Leste, nos anos 2000 e 2010 (9,4% e 14,2%, respectivamente).
As causas mal definidas passaram da 1ª posição (25,2%) no ano 2000 para 4ª posição (11%) em
2010 (Figura 73).
Leste
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Leste, no ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 73 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Leste, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 85% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais,
em ambos os sexos (Figura 74).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 74 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Leste
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 123
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Leste, 42% (520 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 75).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 75 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Leste, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Leste foi de 85,8 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (11,9/100 mil),
mama feminina (11,5/100 mil) e esôfago (7,5/100 mil).
Tabela 30 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Leste (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát
Pâncreas
Laringe
Traquéia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening, encéf. e out. partes SNC
Linfoma não-Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig, comport incert
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
Nº
Feminino
coef.
Nº
coef.
75
10,61
26
28
3,96
37
77
25
33
21
65
6
-
-
-
-
84
12
29
10
5
27
14
125
673
5,23
10,89
3,54
4,67
2,97
9,20
0,85
-
15
32
39
27
18
2
42
6
Nº
coef.
3,52
101
6,99
2,44
46
2,03
4,33
5,28
3,66
0,27
2,57
4,10
40
11,88
1,70
1,41
0,71
3,82
1,98
17,68
95,21
-
2
9
10
17
9
113
567
60
23
27
19
29
64
3,66
0,81
-
-
109
107
11,51
27
52
5,69
85
-
Total
3,93
-
0,27
5,41
1,22
1,35
2,30
1,22
15,30
76,76
12
3,60
7,54
4,43
4,15
3,18
1,59
7,40
0,83
85
11,51
19
2,57
29
84
14
69
19
15
44
23
238
1240
3,66
3,93
11,88
0,97
4,77
1,31
1,04
3,04
1,59
16,46
85,78
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
124 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero na macrorregião Leste foram 95 óbitos por 100 mil homens e 76 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas
brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: próstata (11,9/100 mil), esôfago(10,9/100 mil), estômago (10,6/100 mil)
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 76).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 76 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Leste (MG), por 100 mil homens
ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Leste foi responsável por 6,7% (1.240 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
85% desses óbitos.
42% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer,
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 125
Leste
Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (5,7/100 mil), meninges (5,4/100 mil)
5.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Leste 1.730 casos hospitalares de câncer que chegaram pela
primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas
ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.369 casos buscaram assistência em Ipatinga (1.106) e Governador Valadares (263) (Tabela 31).
Tabela 31 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Leste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Governador Valadares
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
263
- 263
-
Ipatinga
1106
Muriaé
-
Juiz de Fora
São João del Rei
Total Geral
282
-
1106
67
67
-
11
-
1
1369
282
361
11
1
1730
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –
Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
79% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Leste buscaram tratamento na
mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 77 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009.
126 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Leste
84% dos casos hospitalares de câncer,
procedentes da macrorregião Leste, foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 78 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
65% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Leste foram
por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 79 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Leste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste:
21% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção
básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
33% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por
outra instituição (casos com diagnóstico
e com tratamento).
Figura 80 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 127
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 32% a 71% dos casos
hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste já se
encontravam nas fases avançadas
da doença (estádios III e IV). Esses
percentuais variaram entre tipos
de câncer.
Figura 81 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico, dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste, 11% dos casos em homens e 8% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 82 e 83 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no whospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Leste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Leste contribuiu com 6% do total de casos hospitalares de câncer registrados
na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
79% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião de residência.
65% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Entretanto, 4 casos em cada 10 casos desse agrupamento já se encontravam
nas fases avançadas da doença na 1ª consulta na alta complexidade.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o atual cenário da mortalidade por
câncer dessa macrorregião.
128 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 129
Total de casos avançados
(estadio III e IV)
16
Nº de casos com estadiamento
sem informação / não estadiável
8
14
14
73
5
7
54,5
-
62
114
Colo do
Útero
17
21
54
5
4
62
59
68
128
15
18
63
6
1
65
69
43
76
Cólon
Estômago
e Reto
16
26
65
4
18
54
-
123
302
Mama
Fem
41
29
75
3
0
-
71
109
338
Próstata
13
18
45
7
0
59
61,5
44
62
Pulmão
Nota: 1 – Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/06/2012.
23
Nº de municípios da Macro Leste
com casos avançados (procedência)
7
91
6
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
5
Mediana do intervalo entre o
diagnóstico e o tratamento dos
6 casos que chegaram ao hospital
com diagnóstico e sem tratamento
(em dias)
1
67
58
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Fem.
Masc.
61
99
Cavidade
Oral
4
Mediana da idade no
3
diagnóstico (em anos)
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião Leste
Leste
132
64
70
5
31
56
68
510
1.119
7
Selecionados
20
39
63
6
1
64,5
60
73
114
Esôfago
24
6
152,5
2
1
73
66
14
80
Pele Não
Melanoma
318
72
69
4
63
58
65
772
1.730
Total
geral
Tabela 32 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009
5.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
5.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 370 casos novos de câncer da mama feminina e
a taxa bruta de incidência será de 47 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião
Leste, ocorreram 85 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 15% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11,51 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 302 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 65 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Leste,
286 (95%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 123 casos avançados de câncer da mama feminina, 18
casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Leste.
5.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 120 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião
Leste ocorreram 27 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,8% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com
114 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54,5 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 73 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Leste,
100 (88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 62 casos avançados de câncer do colo do útero,
7 casos apresentam o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Leste.
130 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
5.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Leste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião
Leste ocorreram 84 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,5% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo com 11,9 óbitos
por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
19% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 338 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Leste, 297
(88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 109 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 29 municípios da macrorregião Leste.
5.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 160 casos novos de câncer do cólon e reto (70
em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil
homens e de 11 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos
por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião
Leste, ocorreram 64 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (25 no sexo masculino
e 39 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3 óbitos por 100 mil homens e de
5 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 128 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 62
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 54 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 111 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 68 casos avançados de câncer do
cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançado foram procedentes de 21 municípios da macrorregião Leste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 131
Leste
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 610 casos novos de câncer da próstata e a taxa
bruta de incidência será de 81 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados
90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13 óbitos por 100 mil homens.
5.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 160 casos novos de câncer do pulmão (90
em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por 100 mil
homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120 óbitos por
câncer do pulmão (70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10
óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião
Leste, ocorreram 107 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (65 no sexo masculino e 42
no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos
por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com
62 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61,5 anos em homens e de 59 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 45 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Leste, 49 (79%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7
casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 44 casos avançados de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40
anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 18 municípios da macrorregião Leste.
5.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 100 casos novos de câncer da cavidade oral
(70 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100
mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos
por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste, ocorreram 52 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe, (37 no sexo masculino
e 15 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,2 óbitos por 100 mil homens e de 2
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou
6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 99 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 67
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 91 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião
Leste, 83 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 61 casos avançados de câncer da cavidade oral, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
23 municípios da macrorregião Leste.
132 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
5.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Leste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste, ocorreram 101 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (75 no sexo masculino e
26 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11 óbitos por 100 mil homens e de 3
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 76 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens e de 65
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 63 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 61 (80%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 43 casos avançados de câncer
do estômago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados forma procedentes de 18 municípios da macrorregião Leste.
5.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 180 casos novos de câncer do esôfago (120
em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos por 100 mil
homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 110 óbitos por
esse câncer (80 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos
por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste, ocorreram 109 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (77 no sexo masculino e
32 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11 óbitos por 100 mil homens e de 4
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 7%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com
114 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 64 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 63 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 94 (82%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 73 casos avançados de câncer
do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 39 municípios da macrorregião Leste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 133
Leste
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 170 casos novos de câncer do estômago (120
casos novos em homens e 50 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16
casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 100 óbitos por esse câncer (70 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 9 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
5.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 1.050 casos novos de câncer da pele não melanoma (490 em homens e 560 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 66 casos novos
por 100 mil homens e de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste, ocorreram 12 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (6 no sexo masculino e 6 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil
homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 5% do total de casos hospitalares da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 80 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 73
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 152,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Leste, 56 (70%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer,
2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 14 casos avançados de câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40
anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Leste.
5.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Leste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 3.570 casos novos de câncer (1.920 em homens e 1.650 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 257 casos novos por 100 mil
homens e de 212 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.140 óbitos
por câncer (620 em homens e 520 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 82 óbitos
por 100 mil homens e de 66 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste ocorreram 1.240 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (673 no sexo masculino
e 567 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 95 óbitos por 100 mil homens e de
77 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Leste 1.730 casos hospitalares, que representaram 6% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano
de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Leste,
1.412 (82%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
no hospital de referência. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 772 casos avançados por neoplasias,
63 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 72 municípios da macrorregião Leste.
134 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Leste
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na
1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 84). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 33.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 84 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos
tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 33 – Relação dos municípios da macrorregião Leste segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009.
Município de Procedência
310050 Açucena
310060 Água Boa
310110 Aimorés
310180 Alpercata
310220 Alvarenga
310300 Antônio Dias
310630 Belo Oriente
310780 Bom Jesus do Galho
310880 Braúnas
310925 Bugre
311205 Cantagalo
311265 Capitão Andrade
Estadio III e IV
Demais Estadios
19,0
17
21
57,1
6
14
3
5
4
66,7
5
62,5
3
4
2
8
11
10
2
Continua...
Total
%
42,9
66,7
57,9
66,7
40,0
2
4
3
1
8
5
3
1
2
6
7
8
3
19
15
3
1
2
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 135
Continua...
Município de Procedência
Estadio III e IV
311840 Conselheiro Pena
311340 Caratinga
311570 Central de Minas
311920 Coroaci
311940 Coronel Fabriciano
312000 Córrego Novo
312083 Cuparaque
49
%
55,1
Demais Estadios
Total
8
53,3
7
15
93
163
2
2
1
2
70
2
50,0
66,7
42,9
50,0
312180 Dionísio
3
60,0
312250 Dom Cavati
6
46,2
312220 Divinolândia de Minas
312370 Engenheiro Caldas
312385 Entre Folhas
312580 Fernandes Tourinho
312690 Frei Inocêncio
312695 Frei Lagonegro
1
9
3
1
5
313090 Inhapim
313115 Ipaba
137
8
2
2
11
313130 Ipatinga
202
313320 Itanhomi
3
313180 Itabirinha
313410 Itueta
313500 Jaguaraçu
5
1
314010 Marilac
314030 Marliéria
314150 Mendes Pimentel
314170 Mesquita
314420 Nacip Raydan
6
2
2
2
2
2
1
4
5
2
7
13
1
4
2
3
11
4
4
10
71,4
2
7
7
1
16
44,3
172
309
50,0
2
4
47,1
28,6
55,0
9
5
9
17
7
20
44,1
256
458
33,3
6
9
62,5
25,0
66,7
8
2
3
60,0
4
313960 Mantena
1
2
10
100,0
3
1
89
5
1
313610 Joanésia
313655 José Raydan
50,0
56,3
5
313055 Imbé de Minas
25,0
9
312750 Gonzaga
312930 Iapu
75,0
100,0
6
312770 Governador Valadares
81,8
1
312730 Galiléia
312737 Goiabeira
50,0
40
3
3
8
4
1
33,3
6
50,0
8
16
6
8
85,7
25,0
28,6
20,0
66,7
136 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2
1
5
8
1
9
6
7
7
10
3
Fim.
314435 Naque
314467 Nova Belém
314840 Paulistas
314860 Peçanha
314995 Periquito
315015 Piedade de Caratinga
Estadio III e IV
2
4
5
%
50,0
33,3
315725 Santa Bárbara do Leste
2
33,3
315750 Santa Efigênia de Minas
315820 Santa Maria do Suaçuí
315895 Santana do Paraíso
315935 Santa Rita de Minas
315950 Santa Rita do Itueto
316095 São Domingos das Dores
316160 São Geraldo da Piedade
316165 São Geraldo do Baixio
3
2
18
1
3
1
5
60,0
16,7
57,1
25,0
25,0
10
317115 Vermelho Novo
4
317150 Mathias Lobato
317190 Virgolândia
33,3
1
317005 Ubaporanga
317057 Vargem Alegre
36,4
22,2
51
316950 Tumiritinga
25,0
2
316870 Timóteo
3
1
2
6
4
1
316840 Tarumirim
4
20,0
66,7
316447 São Sebastião do Anta
316770 Sobrália
3
18
20,0
1
2
16
1
316550 Sardoá
2
7
11,1
316350 São José do Jacuri
4
2
2
9
33,3
316450 São Sebastião do Maranhão
12
6
2
1
8
33,3
316280 São João Evangelista
316410 São Pedro do Suaçuí
1
27
50,0
316300 São José da Safira
1
4
18
2
4
1
2
33,3
316257 São João do Manteninha
316260 São João do Oriente
1
71,4
1
9
Total
33,3
315053 Pingo-d’Água
315430 Resplendor
Demais Estadios
9
3
2
5
3
2
3
4
1
4
3
3
27
3
5
6
3
4
7
6
1
5
4
4
7
11
1
1
2
7
3
9
39,8
77
128
62,5
6
16
2
6
50,0
66,7
20,0
66,7
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
3
3
4
1
4
6
5
3
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele: Serra da
Saudade.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 137
Leste
Município de Procedência
5.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – Macrorregião LESTE (MG)
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o
enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Leste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância
do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 42% de óbitos
por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas
nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento uma vez que, indistintamente entre os 85 municípios,
aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, são esperados, para o ano de 2013, 3.570 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião e que a incidência anual tende a aumentar nos próximos anos devido ao
envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos novos
esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, esperamos que a leitura desses dados venha a promover a reflexão dos gestores
sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, consumo de álcool e a exposição ocupacional e
ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no
monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
138 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
6. Macrorregião Leste do Sul
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
139
6.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE
SAÚDE LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS
Leste do Sul
A macrorregião Leste do Sul abrange 53 municípios. Na população de 665.813 habitantes predominam as mulheres (335.358) em
relação aos homens (330.455). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos
e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes
(155.547) com 50 anos de idade ou mais (Figura 85).
Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 85 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Leste do Sul de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Leste do Sul entre os níveis médio e
alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Diogo de Vasconcelos (IDHM
renda 0,518), Araponga (IDHM 0,657, IDHM educação 0,684) e Piedade de Ponte Nova (IDHM longevidade 0,636). Os índices mais elevados foram em Viçosa (IDHM 0,809, IDHM renda 0,741, IDHM
educação 0,929) e Manhuaçu e Alto Caparaó (IDHM longevidade 0,806), (Tabela 34).
Tabela 34 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Leste do Sul (MG)
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
665.813
População Masculina
330.455
População Feminina
IDH (2000)
Mínimo
IDHM
0.657 Araponga
IDHM-Renda
0.518 Diogo de Vasconcelos
0.741 Viçosa
IDHM-Educação
0.684 Araponga
0.929 Viçosa
IDHM-Longevidade
0.636 Piedade de Ponte Nova
335.358
Máximo
0.809 Viçosa
0.806 Manhuaçu/
0.806 Alto Caparaó
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
141
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Leste do Sul
possui 13.184 estabelecimentos, com 91.345 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (24,4%), seguido por administração pública (23,4%), comércio (23,1%), indústria de transformação (10,9%),
agropecuária (9,3%), construção civil (7,9%), serviços industriais de utilidade pública (0,6%) e
extração mineral (0,4%) (Figura 86).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 86 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Leste do Sul de
Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010
142
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Leste do Sul 1.710 casos novos e 560 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 269 casos
novos por 100 mil homens e 219 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 86 óbitos por 100 mil homens e de 68 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 76 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 42 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de esôfago será o segundo mais incidente entre os homens, com 16 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 12 casos
novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 87).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 87 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Leste do Sul (MG).
Em 2013, a macrorregião Leste do Sul será responsável por 3,2% dos casos novos esperados e
3,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
43% dos casos novos estimados da macrorregião Leste do Sul serão por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
143
Leste do Sul
6.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS
144
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
85,70
310
68,46
0,84
67,62
-
2,99
8,51
5,80
4,25
4,43
4,07
0,84
Taxa de
Mortalidade
250
10
240
-
10
30
20
10
20
10
10
Nº de
óbitos
Feminino
268,92
70,36
198,56
76,39
-
-
13,80
8,75
14,42
15,95
12,42
930
240
690
270
-
-
50
30
50
60
40
Taxa de
Nº de Casos
Incidência
Novos*
Masculino
218,71
100,85
117,86
-
11,92
42,49
7,53
11,19
7,48
6,92
3,07
Taxa de
Incidência
780
360
420
-
40
150
30
40
30
20
10
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
10
0,60
C44
Pele não melanoma
300
85,10
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
40
10
30
40
10
Nº de
óbitos*
40
Próstata
-
-
11,32
3,18
8,57
11,02
4,25
Taxa de
Mortalidade
Masculino
11,83
C61
Mama feminina
C53
C50
Traqueia, brônquios e pulmões
Cólon, reto e ânus
C33-C34
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 35 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos,
segundo sexo e localização primária, na macrorregião Leste do Sul (MG)
As neoplasias ocuparam as 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Leste do Sul, nos anos 2000 e 2010 (11% e 13%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (20%) para a 5ª posição
(10%) no ano 2010 (Figura 88).
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Leste do Sul, no
ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 88 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Leste do Sul, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 85,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 89).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 89 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Leste
do Sul (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
145
Leste do Sul
6.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL
DE MINAS GERAIS, ANO 2010
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Leste do Sul, 41% (272 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 90).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 90 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Leste do Sul, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Leste do Sul foi de 99
óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (16,6/100
mil), pulmão (11,4/100 mil) e esôfago (10/100 mil).
Tabela 36 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião
Leste do Sul (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Masculino
Neoplasias
Nº
Lábio, cav. oral e faringe
21
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening. ,encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert
Restante de neoplasias malignas
Total
49
34
9
18
9
12
51
4
55
2
19
9
0
12
4
76
384
coef. por
100 mil
6,35
14,83
10,29
2,72
5,45
2,72
3,63
15,43
1,21
16,64
0,61
5,75
2,72
0,00
3,63
1,21
23,00
116,20
Feminino
Nº
coef. por
100 mil
Nº
4
1,19
25
18
18
15
18
13
1
25
5
33
7
13
8
1
15
5
2
6
7
63
277
5,37
5,37
4,47
5,37
3,88
0,30
7,45
1,49
9,84
2,09
3,88
2,39
0,30
4,47
1,49
0,60
1,79
2,09
18,79
82,60
67
52
24
36
22
13
76
9
33
7
13
8
55
3
34
14
2
18
11
139
661
Total
coef. por
100 mil
3,75
10,06
7,81
3,60
5,41
3,30
1,95
11,41
1,35
9,84
2,09
3,88
2,39
16,64
0,45
5,11
2,10
0,30
2,70
1,65
20,88
99,28
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
146
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Leste do Sul foram
de 116 óbitos por 100 mil homens e 82 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Mulheres: mama (9,8/100 mil), pulmão (7,4/100 mil), esôfago, estômago e fígado
(5,4/100 mil, respectivamente).
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 91).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 91 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Leste do
Sul (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Leste do Sul foi responsável por 4% (661 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
85,5% desses óbitos.
41% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer,
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
147
Leste do Sul
Homens: próstata (16,6/100 mil), pulmão (15,4/100 mil), esôfago (14,8/100 mil)
6.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE, DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a
linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento
da doença.
Foram procedentes da macrorregião Leste do Sul 897 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC
ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 335 casos hospitalares buscaram assistência
em Belo Horizonte (Tabela 37).
Tabela 37 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Leste do Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
-
335
335
Juiz de Fora
-
37
37
Muriaé
-
422
422
97
-
97
Belo Horizonte
Governador Valadares
Montes Claros
Poços de Caldas
Ponte Nova
Total Geral
-
4
-
1
-
1
97
800
4
1
1
897
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –
Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
11% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da
macrorregião Leste do Sul buscaram
tratamento na mesma macrorregião
de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 92 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
148
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 93 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul, SUS ou
não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
60% dos casos hospitalares de
câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul foram por um
dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção
precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 94 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Leste do Sul, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião
Leste do Sul:
27% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico
na atenção básica ou secundária
(casos sem diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
26% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos
com diagnóstico e com tratamento).
Figura 95 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
149
Leste do Sul
73% dos casos hospitalares de
câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, de 9% a 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes
da macrorregião Leste do Sul já
se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV).
Esses percentuais variaram entre
os tipos de câncer.
Figura 96 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul, 4,8% dos casos em homens e 5,5% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 97 e 98 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Leste do Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Leste do Sul contribuiu com 3% do total de casos hospitalares registrados na
alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
11% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião.
60% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos, passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa
macrorregião.
150
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
151
Nº de municípios da Macro
7 Leste Sul com casos avançados
(procedência)
20
16
78
5
0
58,5
58
26
49
12
13
81
4
4
56,5
-
19
44
Cavidade Colo do
Oral
Útero
19
19
60
4
0
66
62
29
65
Cólon e
Reto
10
14
47
6
0
62,5
64,5
19
32
Estômago
24
23
69
4
8
53
-
53
144
11
21
69
6
2
68
67
27
44
2 - Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
113
12
73,5
1
0
-
68
15
160
41
20
76
4
1
67,5
60
29
74
Leste do Sul
209
46
69
3
14
57
67
188
538
56
0
95
0
0
80
65,5
0
60
Pele Não
Mama
7
Esôfago
Próstata Pulmão
Melanoma
Fem.
Selecionados
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
Nº de casos com estadiamento
8 sem informação / não estadiável
5
Mediana do intervalo entre o
diagnóstico e o tratamento dos
6 casos que chegaram ao hospital
com diagnóstico e sem tratamento (em dias)
Fem.
Masc.
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no diagnóstico (em anos)
Nº de casos avançados em 10
casos do mesmo tipo
4
3
Total de casos avançados (estadio III e IV)
1 Total de casos (N)
2
Indicador da Macrorregião
Leste do Sul
451
52
69
3
21
60
64
266
897
Total
geral
Tabela 38 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009
6.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
6.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 150 casos novos de câncer da mama
feminina e a taxa bruta de incidência será de 42 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 8 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 33 óbitos por câncer da mama feminina (11,9% dos óbitos no sexo feminino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 9,8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 16% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 144 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Leste
do Sul, 120 (83%) casos hospitalares tiveram o registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer de mama, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 53 casos avançados, 8
casos tiveram o diagnóstico do câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 23 municípios da macrorregião Leste do Sul.
6.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 40 casos novos de câncer do colo do útero
e a taxa bruta de incidência será de 12 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 7 óbitos por câncer do colo do útero que corresponderam a 2,5% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi 2,09 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos
33 RHC-MG, com 44 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 81 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Leste
do Sul, 32 (73%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 19 casos avançados de câncer
do colo do útero, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Leste do Sul.
152
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 270 casos novos de câncer da próstata
e a taxa bruta de incidência será de 76 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são
esperados 40 óbitos por câncer da próstata e a taxa bruta de mortalidade será de 12 óbitos por
100 mil homens.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 55 óbitos por câncer da próstata (14,3% dos óbitos no sexo masculino),
sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 16,6 óbitos por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
18% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33
RHC-MG, com 160 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 73 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Leste do Sul,
47 (29%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da próstata, um caso chegou ao hospital
nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 15 casos avançados de câncer da próstata,
nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Leste do Sul.
6.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 70 casos novos de câncer do cólon e
reto (30 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por
100 mil homens e de 11 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20
óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 3 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 24 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (9 no sexo masculino e 15 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de
2,7 óbitos por 100 mil homens e de 4,5 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33
RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens
e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Leste do Sul, 46 (71%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados
de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de
idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Leste do Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
153
Leste do Sul
6.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Leste do Sul (MG)
6.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do pulmão (50
em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil
homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por
esse câncer (40 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos
por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 76 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (51 no sexo masculino
e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 15,4 óbitos por 100 mil homens e de
7,45 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 44 casos, em ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em homens e de 68
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 (75%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer
do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 21 municípios da macrorregião Leste do Sul.
6.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 50 casos novos de câncer da cavidade
oral (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por
100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20
óbitos por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 25 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os
sexos (21 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,8 óbitos
por 100 mil homens e de 1,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 49 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em
homens e de 58,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 78 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 29 (59%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da boca, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 26 casos avançados de câncer
da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Leste do Sul.
154
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do estômago
(50 casos novos em homens e 30 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de
14 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 50 óbitos por esse câncer (30 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 9 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 52 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (34 no sexo masculino e 18 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,3 óbitos por 100 mil homens
e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC
-MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64,5 anos em homens e
de 62,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 47 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Leste do Sul, 22 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 19 casos avançados,
nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Leste do Sul.
6.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do esôfago(60
em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil
homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos
por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 67 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (49 no sexo masculino
e 18 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,8 óbitos por 100 mil homens e de
5,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 8%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC
-MG, com 74 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e
de 67,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 (45 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer do esôfago, 4 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de
câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 20 municípios da macrorregião Leste do Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
155
Leste do Sul
6.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Leste do Sul (MG)
6.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 600 casos novos de câncer da pele não
melanoma (240 em homens e 360 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 70 casos
novos por 100 mil homens e de 101 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por câncer da pele não melanoma (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão menor que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 9 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (4 no sexo
masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 1,2 óbitos por 100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 60 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65,5 anos
em homens e de 80 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 95 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Leste do Sul, apenas 4 (7%) casos apresentaram registro médico sobre o estádio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer,
nenhum caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV).
6.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Leste do Sul (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Leste do Sul 1.710 casos novos de câncer (930 em
homens e 780 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 269 casos novos por 100 mil
homens e de 219 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 560 óbitos
por câncer (310 em homens e 250 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 86 óbitos
por 100 mil homens e de 68 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Leste do Sul, ocorreram 661 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (384 no sexo masculino e 277 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 116,2 óbitos por 100 mil homens
e de 82,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Leste do Sul 897 casos hospitalares de câncer, que representaram 3% do total registrado pelos 33
RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 60 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Leste
do Sul, 446 casos apresentaram registro médico sobre o estádio clínico do tumor na 1ª consulta
no hospital de referência, correspondendo a 50% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos
por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios
III e IV). Dos 266 casos avançados, 21 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos
40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 52 municípios da macrorregião
Leste do Sul.
156
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Leste do Sul
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade, e município de procedência (Figura 99). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 39.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 99 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores
na 1ª consulta na alta complexidade, por município de procedência da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade, para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência.
Tabela 39 – Relação dos municípios da macrorregião Leste do Sul segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Continua...
Município de Procedência
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
310030 Abre Campo
8
53,3
7
15
310205 Alto Caparaó
1
5,6
17
18
310250 Amparo do Serra
2
50,0
2
4
310040 Acaiaca
310230 Alvinópolis
310370 Araponga
1
14,3
9
40,9
1
14,3
6
13
6
7
22
7
310570 Barra Longa
1
10,0
9
10
311170 Canaã
4
28,6
10
14
311600 Chalé
2
15,4
11
13
311020 Cajuri
311290 Caputira
311740 Conceição de Ipanema
312170 Diogo de Vasconcelos
312270 Dom Silvério
1
3
1
5
16,7
20,0
11,1
41,7
5
12
3
8
7
6
15
3
9
12
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
157
Fim.
Município de Procedência
Estadio III e IV
%
Demais Estadios
Total
312352 Durandé
2
20,0
8
10
313120 Ipanema
7
35,0
13
20
312820 Guaraciaba
313550 Jequeri
313770 Lajinha
313867 Luisburgo
7
9
3
3
33,3
14
47,4
10
16,7
42,9
15
4
21
19
18
7
313940 Manhuaçu
21
24,1
66
87
314053 Martins Soares
3
27,3
8
11
313950 Manhumirim
314090 Matipó
10
9
314400 Mutum
10
314830 Paula Cândido
2
314585 Oratórios
314880 Pedra do Anta
315020 Piedade de Ponte Nova
315190 Pocrane
2
2
1
8
3
315490 Rio Casca
10
315740 Santa Cruz do Escalvado
1
315500 Rio Doce
4
25,0
33,3
50,0
28,6
3
315415 Reduto
33,3
27,0
6
315350 Alto Jequitibá
315400 Raul Soares
21
20,0
35
22
30,0
2
315210 Ponte Nova
315230 Porto Firme
31,3
27
6
4
1
8
32
30
37
6
8
6
2
10
32,4
73
108
21,4
11
14
30,8
30,0
15
18
7
41,7
14
20,0
4
21
26
10
24
3
100,0
315790 Santa Margarida
4
30,8
9
13
316010 Santo Antônio do Grama
1
25,0
3
4
315890 Santana do Manhuaçu
2
28,6
5
3
5
7
316255 São João do Manhuaçu
4
40,0
6
10
316360 São José do Mantimento
2
66,7
1
3
316340 São José do Goiabal
316380 São Miguel do Anta
316400 São Pedro dos Ferros
316556 Sem-Peixe
316630 Sericita
3
2
3
1
1
42,9
40,0
50,0
33,3
25,0
4
3
3
2
3
7
5
6
3
4
316760 Simonésia
7
38,9
11
18
316850 Teixeiras
6
27,3
16
22
317130 Viçosa
23
27,1
62
85
316805 Taparuba
317050 Urucânia
1
5
14,3
38,5
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009.
158
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
6
8
7
13
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado
de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o
enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Leste do Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a
importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de
41% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010,
evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado
ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 53
municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo,
com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.710 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com
potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o
que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
159
Leste do Sul
6.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO LESTE DO SUL (MG)
7. Macrorregião Nordeste
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
161
7.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS
DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NORDESTE DE MINAS GERAIS
Nordeste
A macrorregião Nordeste abrange 63 municípios. Na população
de 810.597 habitantes predominam as mulheres (406.579) em relação aos homens (404.018). A pirâmide etária evidencia, em ambos
os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos e
sinaliza o envelhecimento populacional com 22% dos habitantes
(180.064) com 50 anos ou mais (Figura 100).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 100 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Nordeste de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Nordeste entre os níveis, baixo e alto
desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Comercinho (IDHM renda 0,46),
Setubinha (IDHM 0,568, IDHM educação 0,608) e Bertópolis (IDHM longevidade 0,587). Os índices
mais elevados foram em Teófilo Otoni (IDHM 0,742, IDHM educação 0,814), Nanuque (IDHM renda
0,678) e Berilo (IDHM longevidade 0,762), (Tabela 40).
Tabela 40 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Nordeste (MG)
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
810.597
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
404.018
Mínimo
Máximo
IDHM
0.568 Setubinha
IDHM-Renda
0.46 Comercinho
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
406.579
0.587 Bertópolis
0.608 Setubinha
0.742 Teófilo Otoni
0.678 Nanuque
0.762 Berilo
0.814 Teófilo Otoni
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
163
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Nordeste
possui 11.659 estabelecimentos, com 80.658 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública
(33,0%), seguido por comércio (21,8%), setor de serviços (18,7%), agropecuária (10,1%), indústria
de transformação (7,3%), construção civil (6,6%), extração mineral (1,9%) e serviços industriais
de utilidade pública (0,4%) (Figura 101).
Pode ser observado no mapa, que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 101 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Nordeste de
Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
164
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Nordeste 1.510 casos novos e 490 óbitos
por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 208 casos novos por 100 mil homens e 144 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 66 óbitos por 100 mil homens e de 45 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 57 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 22 casos novos
por 100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com
18 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do útero, com 16
casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 102).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 102 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião
Nordeste (MG).
Em 2013, a macrorregião Nordeste será responsável por 2,8% dos casos novos esperados e
2,9% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
44% dos casos novos estimados da macrorregião Nordeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
165
Nordeste
7.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS
166
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
66,40
290
45,11
0,50
44,61
-
4,07
4,46
3,29
2,98
5,16
2,93
0,89
Taxa de
Mortalidade
200
10
190
-
20
20
10
10
20
10
10
Nº de
óbitos
Feminino
208,36
86,78
121,57
57,25
-
-
7,09
4,76
18,02
14,29
8,65
Taxa de
Incidência
890
370
520
240
-
-
30
20
80
60
40
Nº de Casos
Novos*
Masculino
144,14
60,03
84,10
-
16,23
22,28
4,27
7,85
8,71
4,98
3,25
Taxa de
Incidência
620
260
360
-
70
100
20
30
40
20
10
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97; D46²
10
0,74
C44
Pele não melanoma
280
65,66
-
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
20
10
50
40
10
Nº de
óbitos*
40
Próstata
Colo do útero
-
5,82
1,73
10,71
9,87
2,96
Taxa de
Mortalidade
Masculino
8,87
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 41 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número
de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Nordeste (MG)
7.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NORDESTE
DE MINAS GERAIS, ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Nordeste, no ano
de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 103 – Mortalidade proporcional por causas de doenças na macrorregião Nordeste, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 84% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 104).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 104 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião
Nordeste (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
167
Nordeste
As neoplasias ocuparam a 4ª e 3ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Nordeste, nos anos 2000 e 2010 (7% e 11,7%, respectivamente).
As causas mal definidas apresentaram percentuais bastante elevados e ocuparam a 1ª posição em
2000 (40,4%) e a 2ª posição em 2010 (22,7%) (Figura 103).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Nordeste, 43% (289 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 105).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 105 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Nordeste, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Nordeste foi de 74 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (13/100 mil),
estômago (8,6/100 mil) e esôfago (6,9/100 mil).
Neoplasias
Tabela 42 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião
Nordeste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010
Masculino
Feminino
Total
Nº
coef. por
100 mil
Nº
coef. por
100 mil
Nº
coef. por
100 mil
Lábio, cav. oral e faringe
35
7,80
5
1,11
40
4,45
Cólon, reto e ânus
10
13
2,89
23
2,56
Esôfago
Estômago
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
50
11,15
12
16
3,57
12
54
10
11
32
3
-
-
-
-
12,04
2,23
2,23
2,45
-
23
0,67
-
-
-
13,15
Linfoma não Hodgkin
1
0,22
Mening, encéf. e out. partes SNC
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
10
3
13
4
98
412
4
14
59
3
3
7,13
Próstata
Bexiga
23
0,67
1
21
10
7
-
3
2,23
11
2,90
7
0,67
0,89
21,85
91,86
0
2
4
81
256
2,66
5,11
2,66
0,67
0,89
3,11
0,22
4,66
5,11
2,22
1,55
-
0,67
62
77
28
13
15
46
4
21
23
10
7
56,83
1,67
5,12
0,44
4,66
5,11
2,22
1,55
0,11
20
17,98
1,45
1
6
1,55
0,89
3,11
13,15
21
0,44
8,56
59
2,44
0,00
6,90
5
8
179
668
0,67
2,34
0,56
2,22
0,89
19,91
74,30
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
168
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e por gênero, na macrorregião Nordeste foram
de 92 óbitos por 100 mil homens e 57 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: próstata (13/100 mil), estômago (12/100 mil), esôfago (11/100 mil).
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 106).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 106 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Nordeste (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Nordeste foi responsável por 3,6% (668 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
84% desses óbitos.
43% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer,
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
169
Nordeste
Mulheres: estômago e colo do útero (5/100 mil), mama (4,7/100 mil).
7.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Nordeste 522 casos hospitalares de câncer que chegaram
pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 420 casos hospitalares buscaram assistência em Belo
Horizonte (Tabela 43).
Tabela 43 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Nordeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
Belo Horizonte
–
420
420
Governador Valadares
–
43
43
–
5
5
Betim
Ipatinga
Juiz de Fora
Montes Claros
Muriaé
Total Geral
–
1
–
45
–
–
–
7
1
522
1
45
7
1
522
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
– Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão
incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem
informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é
gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
Dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Nordeste, 100%
buscaram tratamento em outra macrorregião de residência. A macrorregião Nordeste não possui
instituição habilitada para assistência da alta complexidade de câncer. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 88% foram encaminhados
pelo SUS.
F onte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 107 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
170
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Nordeste
Um percentual de 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste foi por
um dos sete tipos de cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 108 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Nordeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 15% chegaram na alta
complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 39% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por
outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 109 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
171
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, de 31% a 60% dos casos hospitalares de câncer procedentes
da macrorregião Nordeste já se
encontravam nas fases avançadas
da doença (estadios III e IV). Esses
percentuais variaram entre os tipos
de câncer.
Figura 110 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 12% dos casos em homens e 4% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 111 e 112 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Nordeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Nordeste contribuiu com 2% do total de casos hospitalares registrados na alta
complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
Nenhum caso hospitalar de câncer foi assistido na mesma macrorregião.
61% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa
macrorregião.
172
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
173
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
Fem.
56
14
15
111,5
6
1
59,5
27
Masc.
45
Cavidade
Oral
12
19
86
6
3
55
-
32
56
Colo do
Útero
10
11
76
5
1
65
53,5
16
32
Cólon e
Reto
9
6
99
4
1
49
68
7
16
Estômago
21
16
66
4
5
55
-
40
108
Mama
Fem.
10
12
117
3
0
-
69
15
47
Próstata
5
5
55
6
0
51
64
7
12
Pulmão
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nº de casos com estadia8 mento sem informação /
não estadiável
Nº de municípios da Macro
7 Nordeste com casos avançados (procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
5
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião
Nordeste
20
17
77
6
2
69
59
27
49
Esôfago
Nordeste
81
39
90
5
11
56
65,5
144
316
7
Selecionados
14
2
172,5
1
0
72
65
2
19
Pele não
melanoma
198
49
88
4
20
56
61
217
522
Total
geral
Tabela 44 – Indicadores da assistência na alta complexidade nos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009
7.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
7.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 100 casos novos de câncer da mama feminina
e a taxa bruta de incidência será de 22 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 21 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 8,2% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a 2ª taxa bruta de mortalidade com 4,66 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 21% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos
33 RHC-MG, com 108 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 66 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Nordeste, 87 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer da mama feminina,
5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Nordeste.
7.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 70 casos novos de câncer do colo do útero e
a taxa bruta de incidência será de 16 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 23 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 8,9% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino, sendo uma das principais taxa brutas de mortalidade foi com 5,1
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 11% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 56 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 86 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Nordeste, 44 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 32 casos avançados de câncer do colo do útero,
3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Nordeste.
174
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
7.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Nordeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 59 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 14,3% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13,15 óbitos por
100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 9%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 117 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Nordeste,
37 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 15 casos avançados, nenhum caso apresentou
o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
12 municípios da macrorregião Nordeste.
7.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer do cólon e reto
(20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 5 casos novos por 100 mil
homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por
esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 2 óbitos
por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 23 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (10 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 2,2 óbitos por 100 mil homens
e de 2,9 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC
-MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53,5 anos em homens
e de 65 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Nordeste, 22 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 16 casos avançados
de câncer do cólon e reto, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Nordeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
175
Nordeste
Para 2013 são esperados na macrorregião Nordeste 240 casos novos de câncer da próstata e a
taxa bruta de incidência será de 57 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por 100 mil homens.
7.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer do pulmão (30
em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 7 casos novos por 100 mil
homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por
esse câncer (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 6 óbitos
por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 46 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (32 no sexo masculino
e 14 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de
3,1 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 2%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 12 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 51
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 55 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 7 (58%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 7 casos avançados de câncer do
pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Nordeste.
7.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer da cavidade oral
(40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100
mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos
por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 3 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste ocorreram 40 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os
sexos (35 no sexo masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,8 óbitos
por 100 mil homens e de 1,1 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e
orofaringe representaram 9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 45 casos, no ano do 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56
anos em homens e de 59,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 111 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares dos cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe de ambos os
sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 31 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de
câncer da boca, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos
27 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 15 municípios da macrorregião Nordeste.
176
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
7.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Nordeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 77 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (54 no sexo masculino e 23 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,04 óbitos por 100 mil homens
e de 5,11 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 16 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens
e de 49 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 99 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 7 (44%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 7 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes
de 6 municípios da macrorregião Nordeste.
7.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 80 casos novos de câncer do esôfago (60
em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil
homens e de 5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos
por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 62 óbitos por câncer de esôfago em ambos os sexos (50 no sexo masculino e
12 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11,15 óbitos por 100 mil homens e de
2,66 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou
9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 49 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens
e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 77 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 29 (59 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer
do esôfago, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 17 municípios da macrorregião Nordeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
177
Nordeste
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 120 casos novos de câncer do estômago
(80 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de
18 casos novos por 100 mil homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 70 óbitos por esse câncer (50 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 5 óbitos por 100 mil mulheres.
7.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 630 casos novos de câncer da pele não
melanoma (370 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 87 casos
novos por 100 mil homens e de 60 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 4 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (3 no sexo
masculino e 1 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100
mil homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma
representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 19 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos
em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 172 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Nordeste, 5 (26%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 2 casos avançados, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 2 municípios da macrorregião Nordeste.
7.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Nordeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 1.510 casos novos de câncer (890 em
homens e 620 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 208 casos novos por 100 mil
homens e de 144 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 490 óbitos
por câncer (290 em homens e 200 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 66 óbitos
por 100 mil homens e de 45 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Nordeste, ocorreram 668 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (412 no sexo masculino e 256 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 91,9 óbitos por 100 mil homens
e de 56,8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Nordeste 522 casos hospitalares de câncer, que representaram 2% do total registrado pelos
33 RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 56 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 88 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Nordeste,
324 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 62% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas
as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos
217 casos avançados, 20 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 49 municípios da macrorregião Nordeste.
178
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Nordeste
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 113). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 45.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 113 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores
na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência.
Tabela 45 – Relação dos municípios da macrorregião Nordeste segundo estadiamento clínico dos casos
hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Município de Procedência
310090 Águas Formosas
310100 Águas Vermelhas
310170 Almenara
310270 Cachoeira de Pajeú
310285 Angelândia
310470 Ataleia
310520 Bandeira
310660 Bertópolis
311080 Campanário
311300 Caraí
311370 Carlos Chagas
311545 Catuji
311700 Comercinho
Estadios III e IV
6
%
37,5
Demais Estadios
10
Continua...
Total
16
33,3
71,4
33,3
66,7
2
2
2
1
3
7
3
3
5
2
26,3
66,7
1
100,0
1
20,0
1
5
1
2
2
9
1
40,0
50,0
33,3
4
14
1
3
9
4
2
4
19
3
1
5
18
5
3
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
179
Estadio III e IV
%
Demais Estadios
Fim.
Total
312015 Crisólita
3
50,0
3
6
312675 Franciscópolis
4
57,1
3
7
Município de Procedência
312245 Divisópolis
312560 Felisburgo
312680 Frei Gaspar
312705 Fronteira dos Vales
313230 Itaipé
313270 Itambacuri
313330 Itaobim
1
25,0
2
100,0
9
56,3
1
1
5
25,0
100,0
50,0
3
313890 Machacalis
5
313920 Malacacheta
314140 Medina
314315 Monte Formoso
314430 Nanuque
314490 Nova Módica
314530 Novo Cruzeiro
314535 Novo Oriente de Minas
314620 Ouro Verde de Minas
314630 Padre Paraíso
314675 Palmópolis
314850 Pavão
50,0
3
27,3
5
4
3
5
8
5
315660 Rubim
315710 Salto da Divisa
315765 Santa Helena de Minas
45,5
316860 Teófilo Otoni
317030 Umburatiba
46
1
12
4
3
4
1
6
9
1
18
31
50,0
6
12
1
1
37,5
20,0
40,0
1
7
4
11
41,9
33,3
2
316670 Serra dos Aimorés
8
6
11
316555 Setubinha
4
10
4
6
33,3
316330 São José do Divino
5
2
11
1
2
15
3
55,6
315810 Santa Maria do Salto
316030 Santo Antônio do Jacinto
4
72,7
50,0
50,0
1
5
20
3
6
1
6
16
100,0
3
4
20,0
2
2
315240 Poté
315510 Rio do Prado
41,7
66,7
13
315217 Ponto dos Volantes
50,0
2
314870 Pedra Azul
315000 Pescador
80,0
2
3
16
19
73,3
313700 Ladainha
1
13
11
313650 Jordânia
4
31,6
313600 Joaíma
6
7
2
18
33,3
313580 Jequitinhonha
3
4
13
2
4
3
1
27,8
313400 Itinga
313470 Jacinto
1
33,3
50,0
20,0
40,4
33,3
1
4
5
3
4
5
2
4
4
3
4
68
2
3
6
2
8
6
5
5
3
6
8
5
5
114
3
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Divisa
Alegre, Mata Verde.
180
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e
o controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença.
A macrorregião de saúde Nordeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 43% de
óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia
falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte
populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 63 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com
prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.510 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com
potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados
poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
181
Nordeste
7.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NORDESTE (MG)
8. Macrorregião Noroeste
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
183
8.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS,
DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NOROESTE DE MINAS GERAIS
Noroeste
A macrorregião Noroeste abrange 33 municípios. Na população de 652.954 habitantes predominam os homens (329.998) em
relação às mulheres (322.956). A pirâmide etária evidencia, em
ambos os sexos, a maior concentração entre 10 a 19 anos e sinaliza
o envelhecimento populacional em 21% habitantes (134.672) com
50 anos ou mais. (Figura 114)
Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 114- Pirâmide etária da população residente na macrorregião Noroeste de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação, variaram nos municípios da macrorregião Noroeste, entre os níveis: médio e
alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Uruana de Minas e Riachinho
(IDHM renda 0,546), Chapada Gaúcha (IDHM 0,683, IDHM educação 0,757) e Lagoa Grande (IDHM
longevidade 0,694). Os índices mais elevados foram em Patos de Minas (IDHM 0,813, IDHM educação 0,896), São Gotardo (IDHM renda 0,806) e Unaí (IDHM longevidade 0,829), na Tabela 46.
Tabela 46 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Noroeste (MG).
Indicadores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
IDHM
IDHM-Renda
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
Mínimo
0.683 Chapada Gaúcha
0.546 Uruana de Minas/
0.546 Riachinho
0.694 Lagoa Grande
0.757 Chapada Gaúcha
Valores
652.954
329.998
322.956
Máximo
0.813 Patos de Minas
0.806 São Gotardo
0.829 Unaí/
0.829 Carmo do Paranaíba
0.896 Patos de Minas
Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 - Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento)
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 185
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Noroeste
possui 18.755 estabelecimentos, com 118.531 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no comércio (22,9%), seguido
pelo setor de serviços (22,4%), agropecuária (21,3%), administração pública (15,7%), indústria
de transformação (9,3%), construção civil (5,8%), extração mineral (2,1%) e serviços industriais
de utilidade pública (0,4%) (Figura 115).
Pode ser observado no mapa que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 115 - Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Noroeste de
Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
186 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
8.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 66 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 35 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre
os homens, com 12 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do
útero, com 13 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão. (Figura 116)
Fonte: RCBP, CID-10, Cap.2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 116 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Noroeste (MG).
Em 2013, a macrorregião Noroeste será responsável por 2,5% dos casos novos esperados e
2,6% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
44% dos casos novos estimados da macrorregião Noroeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 187
Noroeste
No ano de 2013 são esperados para a macrorregião Noroeste, 1.320 casos novos e 430 óbitos
por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 210 casos novos por 100 mil homens e 173 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 67 óbitos por 100 mil homens e de 54 óbitos por 100 mil mulheres.
188 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Todas neoplasias malignas*
66,85
240
54,07
0,31
53,76
-
3,31
6,94
5,25
3,56
2,38
1,06
0,31
Taxa de
Mortalidade
Feminino
190
10
180
-
10
20
20
10
10
10
10
Nº de
óbitos
209,78
42,22
167,56
66,12
-
-
12,02
10,92
8,09
6,18
6,34
Taxa de
Incidência
730
150
580
230
-
-
40
40
30
20
20
Nº de Casos
Novos*
Masculino
172,74
37,22
135,52
-
13,20
34,67
6,81
9,37
4,02
1,80
1,13
Taxa de
Incidência
590
130
460
-
40
120
20
30
10
10
10
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de Casos Novos esperados
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
C00-C97; D46²
10
0,36
C44
Pele não melanoma
230
66,49
-
-
30
10
20
10
10
Nº de
óbitos*
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
9,86
3,97
4,81
4,27
2,17
Taxa de
Mortalidade
Masculino
40
Próstata
Colo do útero
Mama feminina
Traqueia, brônquios e pulmões
Cólon, reto e ânus
Estômago
Esôfago
Cavidade oral
Descrição
10,24
C61
C53
C50
C33-C34
C18-C21
C16
C15
C00-C10
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 47 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos
e óbitos e do cálculo da razão incidência e mortalidade (I/M), segundo sexo e localização primária, na macrorregião Noroeste (MG)
8.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NOROESTE
DE MINAS GERAIS, ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Noroeste, no ano
de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 117 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Noroeste, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 83,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 118).
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 118 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião
Noroeste (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 189
Noroeste
As neoplasias ocupavam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Noroeste no ano 2000 e a 2ª posição em 2010 (10,1% e 13,4%,
respectivamente). As causas mal definidas ocupavam a 2ª posição em 2000, com percentuais altos
21,8% e passaram a 5ª posição em 2010 com 10% das mortes (Figura 117).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Noroeste, 46% (214 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce. (Figura 119)
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 119 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Noroeste, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Noroeste foi 71,7 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram os cânceres da próstata (14,9/100 mil),
pulmão (9/100 mil) e mama feminina (9/100 mil)
Tabela 48 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Noroeste (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Neoplasias
Lábio, cav oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon,reto e ânus
Fígado e vias bil intrahepát
Pâncreas
Laringe
Traquéia,brônquios e pulmões
Pele Não Melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening,encéf e out partes SNC
Linfoma não-Hodgkin
Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig, comport incert
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
coef por
Nº
100 mil
9
2,73
15
4,55
24
7,27
10
3,03
6
1,82
15
4,55
7
2,12
40
12,12
2
0,61
49
14,85
6
1,82
24
7,27
3
0,91
5
1,52
16
4,85
5
1,52
34
10,30
270
81,82
Feminino
coef por 100
Nº
mil
5
1,55
6
1,86
4
1,24
13
4,03
11
3,41
11
3,41
2
0,62
19
5,88
0
0,00
29
8,98
12
3,72
11
3,41
3
0,93
3
0,93
11
3,41
3
0,93
1
0,31
8
2,48
2
0,62
44
13,62
198
61,31
Nº
14
21
28
23
17
26
9
59
2
29
12
11
3
49
9
35
6
6
24
7
78
468
Total
coef por 100
mil
2,14
3,22
4,29
3,52
2,60
3,98
1,38
9,04
0,31
8,98
3,72
3,41
0,93
14,85
1,38
5,36
0,92
0,92
3,68
1,07
11,95
71,67
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
190 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, por sexo, na macrorregião Noroeste foram 82
óbitos por 100 mil homens e 61 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: próstata (14,9/100 mil), pulmão (12/100 mil), estômago e meninges (7,3/100 mil)
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 120).
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 120 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Noroeste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Noroeste foi responsável por 2,5% (468 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida quando ocorreram
83,5% desses óbitos
46% dos casos novos estimados da macrorregião Noroeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 191
Noroeste
Mulheres: mama (8,9/100 mil), pulmão (5,9/100 mil), colorretal (4/100 mil)
8.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Noroeste, 429 casos hospitalares de câncer que chegaram
pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo,
públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 261 casos hospitalares buscaram assistência em
Uberlândia (Tabela 49).
Tabela 49 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Noroeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009.
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
–
60
60
–
101
101
Juiz de Fora
–
Uberlândia
–
Montes Claros
Uberaba
Total Geral
–
–
2
5
261
429
2
5
261
429
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
Dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Noroeste, 100%
buscaram tratamento em outras macrorregiões. A macrorregião Noroeste não possui instituição
habilitada para assistência da alta complexidade de câncer. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 45% foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 121 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
192 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Noroeste
Um percentual de 64% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste
foram por um dos 7 tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 122 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Noroeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 22% chegaram à alta
complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 38% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por
outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 123 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009.
Na 1ª consulta na alta complexidade, de 29% a 80% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e
IV). Esses percentuais variaram entre os tipos.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 193
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 124 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 8% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 125 e 126 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Noroeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Noroeste contribuiu com 1,5% do total de casos hospitalares registrados na
alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
Nenhum caso hospitalar de câncer foi assistido na mesma macrorregião.
64% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos, passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença, poderão mudar para melhor, o atual cenário da mortalidade por
câncer dessa macrorregião.
194 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 195
4
8
76
6
2
51
1
9
55
4
4
55
-
12
30
Colo
do
Útero
1
10
50
7
1
62,5
61,5
22
32
1
4
68
6
0
66
62
11
17
5
11
119
4
2
54
-
28
75
Cólon
Mama
Estômago
e Reto
Fem
11
9
112,5
3
0
-
71
25
86
Próstata
1
7
40
8
1
57,5
61
12
15
Pulmão
Nota: 1 - Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência
2 - Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) - Atualizado em 25/06/2012.
Nº de casos com
estadiamento sem
8
informação / não
estadiável
Nº de municípios da
7 Macro Noroeste com casos
avançados (procedência)
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
5
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
Fem
52
10
Masc
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadio III e IV)
18
Cavidade
Oral
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião
Noroeste
24
23
84
4
10
55
0
6
60
6
0
63,5
54,5
8
14
Esôfago
Noroeste
65,5
120
273
7
Selecionados
27
3
90,5
1
1
66
71
4
46
Pele Não
Melanoma
92
24
75
4
21
54
63
166
429
Total
geral
Tabela 50 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009
8.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA.
8.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 120 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 35 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 7 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 29 óbitos por neoplasia da mama feminina (14,65% dos óbitos no sexo feminino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 8,98 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 75 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 119 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião
Noroeste, 70 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 28 casos avançados de câncer da mama
feminina, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Noroeste.
8.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 40 casos novos de câncer do colo do útero
e a taxa bruta de incidência será de 13 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil
mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 12 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 6,06% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 30 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 55 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Noroeste, 29 (97%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 12 casos avançados de câncer do colo do útero,
4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 9 municípios da macrorregião Noroeste.
196 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
8.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Noroeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 49 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 18,15% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo, em 14,85
óbitos por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 20%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 86 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 112 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Noroeste,
75 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 9 municípios da macrorregião Noroeste.
8.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 70 casos novos de câncer do cólon e reto
(40 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100
mil homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos
por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3,97
óbitos por 100 mil homens e de 3,56 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 23 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (10 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3,03 óbitos por 100 mil homens
e de 4,03 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens
e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 50 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Noroeste, 31 (97%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 22 casos avançados de
câncer do cólon e reto, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Noroeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 197
Noroeste
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 230 casos novos de câncer da próstata e
a taxa bruta de incidência será de 66 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por câncer da próstata e a taxa bruta de mortalidade será de 10 óbitos por 100
mil homens.
8.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 60 casos novos de câncer do pulmão (40
em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por 100 mil
homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (30 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos
por 100 mil homens e de 5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 59 óbitos por neoplasia do pulmão em ambos os sexos (40 no sexo masculino
e 19 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,12 óbitos por 100 mil homens e de
5,88 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 15 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 57
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 40 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 14 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 8 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 12 casos avançados de câncer
do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 7 municípios da macrorregião Noroeste.
8.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 30 casos novos de câncer da cavidade oral
(20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100
mil homens e de 1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos
por câncer da boca (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 2 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 14 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os
sexos (9 no sexo masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 2,73 óbitos
por 100 mil homens e de 1,55 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 18 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 52 anos em homens
e de 51 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 14 (78%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 10 casos avançados de câncer
da cavidade oral, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Noroeste.
198 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
8.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Noroeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 28 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (24 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,3 óbitos por 100 mil homens e de
1,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 17 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens
e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 16 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 11 casos avançados de câncer
do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Noroeste.
8.5.8 – CÃNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 30 casos novos de câncer do esôfago (20
em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100 mil
homens e de 2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por
esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos
por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 21 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (15 no sexo masculino
e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,55 óbitos por 100 mil homens e de
1,86 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 14 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54,5 anos em homens e de
63,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macroregião Noroeste, 14 (100 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8 casos avançados de câncer do
esôfago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Noroeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 199
Noroeste
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 40 casos novos de câncer do estômago
(30 casos novos em homens e 10 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão
de 8 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
8.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 280 casos novos de câncer da pele não
melanoma (150 em homens e 130 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 42 casos
novos por 100 mil homens e de 37 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 2 óbitos por neoplasia da pele não melanoma no sexo masculino e nenhum no
sexo feminino. As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma
representou 11% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 46 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos
em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 90 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Noroeste, 19 (41%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso
chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 4 casos avançados de
câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de
idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Noroeste.
8.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS MALIGNAS – Macrorregião Noroeste (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 1.320 casos novos de câncer (730 em
homens e 590 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 210 casos novos por 100 mil
homens e de 173 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 430 óbitos
por câncer (240 em homens e 190 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 67 óbitos
por 100 mil homens e de 54 óbitos por 100 mil mulheres
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Noroeste ocorreram 468 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (270 no sexo masculino
e 198 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 81,8 óbitos por 100 mil homens e de
61,3 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Noroeste, 429 casos hospitalares, correspondendo a 1,5% do total registrado pelos 33 RHC-MG,
no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 54 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75
dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Noroeste, 337 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 79% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos
por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios
III e IV). Dos 166 casos avançados de neoplasias, 21 casos apresentaram diagnóstico do câncer
antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados tiveram a procedência de 24 municípios da
macrorregião Noroeste.
200 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Noroeste
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 127). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 51.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 127 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos
tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG,
ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 51 – Relação dos municípios da macrorregião Noroeste segundo estadiamento clínico dos casos
hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009.
Continua...
Município de Procedência
310380 Arapuá
Estadio III e IV
%
310855 Brasilândia de Minas
1
4
33,3
310450 Arinos
310820 Bonfinópolis de Minas
310930 Buritis
311430 Carmo do Paranaíba
311615 Chapada Gaúcha
312070 Cruzeiro da Fortaleza
312247 Dom Bosco
312860 Guarda-Mor
1
16
33,3
57,1
47,1
1
33,3
1
100,0
2
50,0
Demais Estadios
2
Total
2
3
7
2
2
1
3
3
1
18
34
1
1
2
2
3
4
1
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 201
Fim.
Município de Procedência
312890 Guimarânia
Estadio III e IV
%
2
100,0
9
36,0
16
29
313630 João Pinheiro
14
313753 Lagoa Grande
5
55,6
314700 Paracatu
19
39,6
313710 Lagamar
313750 Lagoa Formosa
314120 Matutina
4
2
314800 Patos de Minas
53
315970 Santa Rosa da Serra
2
315340 Presidente Olegário
315445 Riachinho
316170 São Gonçalo do Abaeté
8
1
2
1
Total
2
35
49
4
9
4
3
8
25
5
48
35,6
96
149
66,7
1
3
61,5
33,3
28,6
3
317100 Vazante
40,0
2
317075 Varjão de Minas
317040 Unaí
50,0
100,0
11
316890 Tiros
28,6
2
316210 São Gotardo
Demais Estadios
36,7
28,6
100,0
14,3
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
5
2
19
5
5
6
13
3
2
30
7
7
3
7
Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Cabeceira
Grande, Formoso, Natalândia, Rio Paranaíba, Serra do Salitre, Uruana de Minas
202 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o
enfrentamento e controle da doença.
A macrorregião de saúde Noroeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 46% de
óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia
falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte
populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 33 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com
prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.320 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião e que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial
de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não
evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo
aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 203
Noroeste
8.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NOROESTE (MG)
9. Macrorregião Norte
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
205
9.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS
DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NORTE DE MINAS GERAIS
Norte
A macrorregião Norte de Minas abrange 86 municípios. Na população de 1.577.300 habitantes predominam as mulheres (789.839)
em relação aos homens (787.461). A pirâmide etária evidencia, em
ambos os sexos , a maior concentração de habitantes dos 10 aos
19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 19% dos
habitantes (304.066) com 50 anos ou mais (Figura 128).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 128 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Norte de Minas Gerais.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Norte, entre os níveis baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Bonito de Minas (IDHM renda 0,423),
Indaiabira (IDHM 0,571), Montezuma (IDHM longevidade 0,571) e Ninheira (IDHM educação 0,573).
Os índices mais elevados foram em Montes Claros (IDHM 0,783, IDHM renda 0,691), Bocaiúva (IDHM
longevidade 0,792) e Pirapora (IDHM educação 0,879) (Tabela 52).
Tabela 52 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Norte (MG)
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
População Masculina
1.577.300
População Feminina
IDH (2000)
Mínimo
IDHM
0.571 Indaiabira
IDHM-Renda
0.423 Bonito de Minas
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.571 Montezuma
0.573 Ninheira
787.461
789.839
Máximo
0.783 Montes Claros
0.691 Montes Claros
0.792 Bocaiúva
0.879 Pirapora
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
207
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Norte possui
20.659 estabelecimentos, com 189.052 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública (26,7%),
seguido setor de serviços (23,1%), comércio (21,5%), indústria de transformação (13,1%), agropecuária (11,1%), construção civil (4,1%), extração mineral (0,3%) e serviços industriais de utilidade
pública (0,2%) (Figura 129).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 129 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Norte de Minas
de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
208
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
9.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da
próstata, com 52 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 27 casos novos por 100
mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 11 casos
novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do útero, com 10 casos novos
por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 130).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 130 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião
Norte (MG).
Em 2013, a macrorregião Norte será responsável por 5,4% dos casos novos esperados e 5,5%
dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
42% dos casos novos estimados da macrorregião Norte serão por sete tipos de câncer passíveis
de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
209
Norte
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Norte 2.860 casos novos e 920 óbitos por
câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 198 casos novos
por 100 mil homens e 147 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 63 óbitos por 100 mil homens e de 46 óbitos por 100 mil mulheres.
210
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
62,96
530
46,00
0,20
45,80
-
2,64
5,49
3,42
2,43
3,90
2,36
0,41
Taxa de
Mortalidade
390
10
380
-
20
50
30
20
30
20
10
Nº de óbitos
Feminino
197,56
29,32
168,24
52,08
-
-
8,69
8,16
11,52
11,39
8,04
Taxa de
Incidência
1640
240
1400
430
-
-
70
70
100
90
70
Nº de Casos
Novos*
Masculino
146,95
24,01
122,94
-
10,53
27,44
4,43
6,40
6,58
4,01
1,50
Taxa de
Incidência
1220
200
1020
-
90
230
40
50
50
30
10
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
10
0,25
C44
Pele não melanoma
520
62,71
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
60
20
60
60
20
Nº de
óbitos*
70
-
-
7,13
2,97
6,85
7,87
2,75
Taxa de
Mortalidade
Masculino
8,07
Próstata
Colo do útero
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 53 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número
de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Norte (MG).
9.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS,
ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Norte, no ano de
2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 131 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Norte, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 82% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 132).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 132 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Norte
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
211
Norte
As neoplasias ocuparam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Norte, nos anos 2000 e 2010 (8,5% e 13%, respectivamente). As
causas mal definidas, com percentuais bastante elevados, passaram da 1ª posição no ano de 2010
(34%) para a 2ª posição (21%) no ano de 2010 (Figura 131).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Norte, 41% (446 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 133).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 133 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Norte, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Norte foi de 69,9 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (10,3/100 mil),
mama feminina (7,5/100 mil) e esôfago (6,9/100 mil).
Tabela 54 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Norte (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010.
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening, encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
Nº
coef. por
100 mil
41
5,21
87
11,05
18
2,29
58
28
16
25
61
7,37
3,56
2,03
3,17
7,75
4
0,51
-
-
-
2,54
24
10
126
647
coef. por
100 mil
6
0,76
47
2,98
23
35
25
13
12
1
28
1,14
3,56
1,40
3,05
1,27
16,00
82,16
2,91
110
1,65
31
4,43
3,17
1,52
0,13
3,55
3
0,38
16
2,03
13
20
11
Nº
-
10,29
28
Nº
59
-
Total
coef. por
100 mil
-
81
9
Feminino
24
-
9
21
10
13
16
7
121
455
7,47
3,04
1,65
-
1,14
2,66
1,27
1,65
2,03
0,89
15,32
57,61
93
53
28
26
89
6,97
5,90
3,36
1,97
1,78
1,65
5,64
7
0,44
16
2,03
59
24
13
7,47
3,04
1,65
81
10,29
30
1,90
18
49
24
40
17
247
1102
1,14
3,11
1,52
2,54
1,08
15,66
69,87
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
212
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Norte foram de 82
óbitos por 100 mil homens e 57,6 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: esôfago (11,0/100 mil), próstata (10,3/100 mil), pulmão (7,7/100 mil).
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior risco de morte para homens (Figura 134).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 134 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Norte (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Norte foi responsável por 5,9% (1.102 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
82% desses óbitos.
41% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
213
Norte
Mulheres: mama (7,5/100 mil), estômago (4,4/100 mil), pulmão (3,5/100 mil).
9.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a
linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento
da doença.
Foram procedentes da macrorregião Norte 1.628 casos hospitalares de câncer que chegaram
pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo,
públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.552 casos hospitalares buscaram assistência
em Montes Claros (Tabela 55).
Tabela 55 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Norte (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
Belo Horizonte
-
65
65
Montes Claros
1557
- 1557
1
1
Juiz de Fora
Muriaé
Uberaba
Uberlândia
Total Geral
-
2
-
1
-
2
1557
71
2
1
2
1628
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
–Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão
incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem
informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é
gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
96% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Norte buscaram tratamento na
mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 135 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009.
214
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 136 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Norte, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
59% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Norte foram por um dos sete tipos de cânceres,
passíveis de prevenção e/ou detecção
precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 137 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Norte, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte:
33% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
18% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por
outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Figura 138 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
215
Norte
78% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Norte foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 20% e 61% dos casos
hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte já se
encontravam nas fases avançadas
da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os
tipos de câncer.
Figura 139 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte, 6,2% dos casos em homens e 5,9% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 140 e 141 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Norte, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Norte contribuiu com 6% do total de casos hospitalares registrados na alta
complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
96 % dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
59% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa
macrorregião.
216
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
217
61,5
Fem.
Nº de casos com estadiamento
sem informação / não estadiável
8
20
17
51
6
44
11
45
2
1
55,5
-
25
120
Colo do
Útero
35
12
51
4
3
61
61
42
104
Cólon
e Reto
52
16
66,5
3
0
69
61
29
90
Estômago
21
27
54,5
4
8
51
-
60
166
131
43
93
3
0
-
69
99
362
17
19
26
6
2
56,5
64,5
29
50
Norte
320
69
66
3
15
55
67
324
957
36
29
41
5
1
63
58,5
47
92
77
8
91
1
0
68
65
10
109
699
74
61
3
54
55
65
516
1.628
Mama
7
Pele não Total
Próstata Pulmão
Esôfago
melanoma geral
Fem.
Selecionados
Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/06/2012.
Nº de municípios da Macro
Norte com casos avançados
(procedência)
7
6
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
5
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
Nº de casos avançados antes dos
40 anos de idade
4
1
56
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Masc.
3
40
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
2
65
Total de casos (N)
Cavidade
Oral
1
Indicador da Macrorregião Norte
Tabela 56 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009
9.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
9.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 230 casos novos de câncer da mama feminina e
a taxa bruta de incidência será de 27 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 50 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 5,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 59 óbitos por neoplasia da mama feminina, correspondendo a 12,97% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 7,5 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 10% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33
RHC-MG, com 166 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 54 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Norte, 145 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer da mama feminina,
8 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Norte.
9.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 90 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 10 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 24 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 5,3% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,04 óbitos por 100 mil mulheres
dessa macrorregião.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 120 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 45 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Norte,
76 (63%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer do colo do útero, um
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 11 municípios da macrorregião Norte.
218
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
9.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Norte (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 81 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 12,5% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade, 10,3 óbitos por 100
mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
22% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 362 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 93 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Norte, 231
(64%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 99 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 43 municípios da macrorregião Norte.
9.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 120 casos novos de câncer do cólon e reto
(70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 8 casos novos por 100
mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos
por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 53 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (28 no sexo masculino
e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3,6 óbitos por 100 mil homens e de
3,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 104 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens ou mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 51
dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Norte, 69 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 42 casos avançados de câncer do
cólon e reto, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Norte.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
219
Norte
Para 2013 são esperados na macrorregião Norte 430 casos novos de câncer da próstata e a taxa
bruta de incidência será de 52 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados
70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 8 óbitos por 100 mil homens.
9.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 110 casos novos de câncer do pulmão (70 em
homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por
esse câncer (60 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos
por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 89 óbitos por neoplasia do pulmão em ambos os sexos (61 no sexo masculino e
28 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,75 óbitos por 100 mil homens e de
3,55 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com
50 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 56 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 26 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 33 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer
do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Norte.
9.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 80 casos novos de câncer da cavidade oral
(70 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 8 casos novos por 100
mil homens e de 1 caso novo por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por
esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 3 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 47 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos
(41 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,2 óbitos por
100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade dos cânceres do lábio, cavidade oral e
orofaringe, representaram 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56
anos em homens e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 51 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 45 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados da boca, um
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 17 municípios da macrorregião Norte.
220
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
9.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Norte (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 93 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (58 no sexo masculino
e 35 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,4 óbitos por 100 mil homens e de
4,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 90 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 69
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 66 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 38 (42%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer
do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Norte.
9.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 120 casos novos de câncer do esôfago (90 em
homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100 mil
homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 80 óbitos por
esse câncer (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8 óbitos
por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 110 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (87 no sexo masculino e
23 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11,05 óbitos por 100 mil homens e de
2,9 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 6%
do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com
92 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 63 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 41 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 56 (61 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 47 casos avançados do esôfago, um
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 29 municípios da macrorregião Norte.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
221
Norte
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 150 casos novos de câncer do estômago (100
casos novos em homens e 50 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de
11 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 90 óbitos por esse câncer (60 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
9.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 440 casos novos de câncer da pele não melanoma (240 em homens e 200 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 29 casos novos
por 100 mil homens e de 24 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte, ocorreram 7 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (4 no sexo masculino e 3 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil
homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33
RHC-MG, com 109 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens
e de 68 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 91 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 32 (29%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso
chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 10 casos avançados da
pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Norte.
9.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Norte (MG)
Para 2013 são esperados na macrorregião Norte, 2860 casos novos de câncer (1.640 em homens e 1.220 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 198 casos novos por 100 mil
homens e de 147 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 920 óbitos
por câncer (530 em homens e 390 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 63 óbitos
por 100 mil homens e de 46 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Norte ocorreram 1.102 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (647 no sexo masculino
e 455 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 82,2 óbitos por 100 mil homens e de
57,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Norte 1.628 casos hospitalares, que representaram 6% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no
ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 55 anos em mulheres.
O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 61 dias
(casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Norte, foram registrados 929 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na
1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 57% do total de casos. Em cada grupo de 10
casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios
III e IV). Dos 516 casos avançados de câncer, 54 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos
40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 74 municípios da macrorregião Norte.
222
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Norte
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as
localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 142). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 57.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 142 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico
dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Norte de Minas, 33
RHC-MG, ano 2009
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da
doença em sua região de abrangência.
Tabela 57 – Relação dos municípios da macrorregião Norte de Minas segundo estadiamento clínico dos
casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Continua...
Município de Procedência
310665 Berizal
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
1
50,0
1
2
310730 Bocaiúva
17
310860 Brasília de Minas
14
311270 Capitão Enéas
6
310825 Bonito de Minas
310850 Botumirim
310940 Buritizeiro
311115 Campo Azul
311547 Catuti
311650 Claro dos Poções
311783 Cônego Marinho
311880 Coração de Jesus
30,4
39
56
37,8
23
37
1
100,0
5
33,3
10
57,1
3
4
4
2
1
4
57,1
46,2
25,0
20,0
28,6
3
3
1
3
15
7
7
13
4
5
6
10
7
8
14
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
223
Município de Procedência
312030 Cristália
312087 Curral de Dentro
312380 Engenheiro Navarro
Estadios III e IV
5
2
%
62,5
25,0
Demais Estadios
Continua...
Total
1
1
6
8
3
8
312430 Espinosa
9
31,0
20
29
312670 Francisco Sá
9
33,3
18
27
20,0
4
5
312660 Francisco Dumont
312707 Fruta de Leite
1
312733 Gameleiras
1
312780 Grão Mogol
4
312735 Glaucilândia
312825 Guaraciama
312960 Ibiaí
312965 Ibiracatu
313005 Icaraí de Minas
313065 Indaiabira
313210 Itacarambi
313505 Jaíba
313510 Janaúba
1
5
100,0
57,1
25,0
13
61,5
38
50
3
6
313657 Josenópolis
1
20,0
313695 Juvenília
1
50,0
2
3
50,0
1
100,0
6
50,0
313930 Manga
3
314100 Mato Verde
314200 Mirabela
314225 Miravânia
314270 Montalvânia
314290 Monte Azul
314330 Montes Claros
314345 Montezuma
314465 Ninheira
314505 Nova Porteirinha
224
2
3
7
3
2
6
2
33,3
313868 Luislândia
314085 Matias Cardoso
1
57
4
1
313925 Mamonas
44
4
313810 Lassance
313865 Lontra
2
24,0
22,8
50,0
1
2
26
3
313680 Juramento
1
9
10
313560 Jequitaí
313640 Joaquim Felício
4
7
10
23,1
12
1
3
3
6
313520 Januária
313535 Japonvar
2
3
50,0
13
2
50,0
1
16
1
4
100,0
3
1
55,6
2
3
1
4
4
5
1
2
4
6
12
18,8
13
16
21,4
11
50,0
3
18,2
46,7
22,2
31,6
4
4
9
11
8
15
7
9
13
14
6
19
166
27,7
433
599
1
16,7
5
6
2
2
33,3
28,6
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
4
5
6
7
314545 Olhos-d’Água
314655 Pai Pedro
314795 Patis
314915 Pedras de Maria da Cruz
315057 Pintópolis
Estadios III e IV
1
4
28,6
5
1
16,7
2
1
315220 Porteirinha
10
315560 Rio Pardo de Minas
4
315650 Rubelita
3
100,0
21
315450 Riacho dos Machados
25,0
3
315120 Pirapora
315213 Ponto Chique
Demais Estadios
%
1
1
7
33,3
5
2
3
7
6
3
32,3
44
65
29,4
24
34
26,7
11
15
24,1
41
50,0
12,5
63,6
1
7
2
8
4
11
2
3
315700 Salinas
13
315760 Santa Fé de Minas
1
100,0
316110 São Francisco
19
41,3
27
46
316240 São João da Ponte
13
65,0
7
20
316265 São João do Pacuí
1
5
6
315737 Santa Cruz de Salinas
316045 Santo Antônio do Retiro
316225 São João da Lagoa
316245 São João das Missões
316270 São João do Paraíso
316420 São Romão
316695 Serranópolis de Minas
316800 Taiobeiras
317000 Ubaí
317052 Urucuia
317065 Vargem Grande do Rio Pardo
1
4
1
1
8
1
3
12
44,4
20,0
25,0
16,7
3
5
4
33,3
6
9
20,0
37,5
60,0
317103 Verdelândia
3
9
23
3
6
4
1
15
41,7
12
5
54
34,8
5
317080 Várzea da Palma
317090 Varzelândia
33,3
4
32
5
5
2
35,3
22
33,3
6
54,5
5
20
7
5
Norte
Município de Procedência
Fim.
Total
12
5
34
11
9
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles:
Itacambira, Lagoa dos Patos, Novorizonte, Padre Carvalho.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
225
9.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NORTE (MG)
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença.
A macrorregião de saúde Norte apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância
do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 41% de óbitos
por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas
nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 86 municípios,
aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 2.860 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com
potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados
poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
226
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
10. Macrorregião Oeste
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
227
10.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E
PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE OESTE DE MINAS GERAIS
Oeste
A macrorregião Oeste abrange 55 municípios. Na população de
1.190.853 habitantes predominam as mulheres (597.774) em relação
aos homens (593.079). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos,
a maior concentração de habitantes dos 20 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes (272.249) com 50
anos ou mais (Figura 143).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 143 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Oeste de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Oeste entre os níveis, médio e alto
desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Camacho (IDHM renda 0,574, IDHM
0,698), Cláudio (IDHM longevidade 0,709) e Santana do Jacaré (IDHM educação 0,736). Os índices
mais elevados foram em Divinópolis (IDHM 0,831, IDHM longevidade 0,842, IDHM educação 0,912)
e Luz (IDHM longevidade 0,760) (Tabela 58).
Tabela 58 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Oeste (MG)
Indicadores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
IDHM
Mínimo
0.698 Camacho
IDHM-Renda
0.574 Camacho
IDHM-Educação
0.736 Santana do Jacaré
IDHM-Longevidade
0.709 Cláudio
Valores
1.190.853
593.079
597.774
Máximo
0.831 Divinópolis
0.760 Luz
0.760 Nova Serrana
0.842 Divinópolis
0.912 Divinópolis
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
229
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Oeste possui
35.903 estabelecimentos, com 276.201 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na indústria de transformação
(34,0%), seguido por comércio (20,1%), setor de serviços (19,7%), administração pública (11,9%),
agropecuária (8,4%), construção civil (3,7%), extração mineral (1,9%) e serviços industriais de
utilidade pública (0,2%) (Figura 144).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 144 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Oeste de Minas
Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
230
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
10.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO
DE 2013, NA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 92 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 61 casos novos
por 100 mil mulheres. O câncer da traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente
entre os homens, com 17 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres serão os cânceres
do cólon, reto e ânus e do colo do útero, com 15 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 145).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 145 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Oeste (MG).
Em 2013, a macrorregião Oeste será responsável por 6,5% dos casos novos esperados
e 6,5% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população
mineira.
47% dos casos novos estimados da macrorregião Oeste serão por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
231
Oeste
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Oeste 3.460 casos novos e 1.100 óbitos por
câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 300 casos novos
por 100 mil homens e 252 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 96 óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres.
232
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
95,77
600
78,86
0,68
78,18
-
3,83
12,17
7,32
5,86
4,00
1,46
0,95
500
10
490
-
20
80
50
40
20
10
10
300,51
107,89
192,62
91,93
-
-
16,96
16,70
13,07
10,11
9,26
1880
670
1210
570
-
-
110
110
80
60
60
Nº de Casos
Novos*
Masculino
Taxa de
Nº de
Taxa de
Mortalidade óbitos Incidência
Feminino
251,96
81,64
170,32
-
15,27
60,79
9,50
15,43
6,75
2,48
3,47
Taxa de
Incidência
1580
510
1070
-
100
380
60
100
40
20
20
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
*C00 – c97; D46, exeto C77 – 79
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
C00-C97;
D46²
10
0,92
C44
Pele não melanoma
590
94,85
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
90
40
50
40
20
Nº de
óbitos*
90
-
-
13,92
6,07
7,77
6,98
3,17
Taxa de
Mortalidade
14,24
Próstata
C61
Mama feminina
C53
C50
Traqueia, brônquios e pulmões
Cólon, reto e ânus
C33-C34
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Masculino
Número de óbitos esperados
Tabela 59 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos
novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Oeste (MG)
10.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO OESTE DE
MINAS GERAIS, ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Oeste, no ano de
2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 146 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Oeste, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 85% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais,
em ambos os sexos (Figura 147).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 147 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Oeste
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
233
Oeste
As neoplasias ocuparam a 4ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Oeste, nos anos 2000 e 2010 (11% e 15%, respectivamente).
As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (12%) para a 5ª posição (6,6%) no
ano 2010 (Figura 146).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Oeste, 42% (478 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 148).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 148 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Oeste, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Oeste foi de 96 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da mama feminina (12/100
mil), pulmão (11,6/100 mil) e próstata (11/100 mil).
Tabela 60 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Oeste (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010
Masculino
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
34
coef. por
100 mil
5,73
45
7,59
Nº
44
50
21
26
22
7,42
8,43
3,54
4,38
3,71
Feminino
13
coef. por
100 mil
2,17
32
5,35
Nº
10
14
25
17
1
84
14,16
54
–
–
15
7
–
–
–
1,18
–
–
–
65
10,96
11
1,85
14
29
9
23
13
134
631
2,36
4,89
1,52
3,88
2,19
22,59
106,39
0
1,67
2,34
4,18
2,84
0,17
12
11
22
13
124
511
46
43
23
5,37
3,86
3,61
1,93
2,51
15
2,51
0,00
3,51
24
6,47
64
4,53
11,59
21
6
77
54
138
12,04
–
47
coef. por
100 mil
3,95
Nº
9,03
72
25
Total
4,18
–
1,00
4,01
2,01
1,84
3,68
2,17
20,74
85,48
7
72
25
21
0,59
12,04
4,18
3,51
65
10,96
23
1,93
20
53
20
45
26
258
1142
1,68
4,45
1,68
3,78
2,18
21,67
95,90
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
234
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Oeste foram de 106
óbitos por 100 mil homens e 85 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 149).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 149 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Oeste (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Oeste foi responsável por 6% (1.142 óbitos) do total das
18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85% desses óbitos.
42% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de
câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial
para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de
risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais
da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para
essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
235
Oeste
Homens: pulmão (14/100 mil), próstata (11/100 mil), estômago (8,4/100 mil).
Mulheres: mama (12/100 mil), pulmão (9/100 mil), colorretal (5/100 mil).
10.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a
linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento
da doença.
Foram procedentes da macrorregião Oeste 1.985 casos hospitalares de câncer que chegaram
pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo,
públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.369 casos hospitalares buscaram assistência em
Divinópolis (Tabela 61).
Tabela 61 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Oeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Betim
Divinópolis
Juiz de Fora
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
-
561
561
1369
- 1369
2
-
3
-
5
Muriaé
-
2
Uberaba
-
1
Passos
Varginha
Total Geral
-
3
-
41
1369
616
3
5
3
1
41
1985
Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
69% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Oeste buscaram tratamento na
mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 150 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009.
236
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Oeste
60% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Oeste foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 151 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Oeste, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Oeste foram por um dos sete tipos
de cânceres, passíveis de prevenção
e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 152 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Oeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Oeste:
18% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
18,5% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com
diagnóstico e com tratamento).
Figura 153 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
237
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância
do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 12% e 72% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste já se encontravam nas fases
avançadas da doença (estádios
III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer.
Figura 154 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste, 7% dos casos em homens e 5% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 155 e 156 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Oeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Oeste contribuiu com 7% do total de casos hospitalares registrados
na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
69% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
61% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade
por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião.
238
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
239
12
Nº de casos com estadiamento
sem informação / não estadiável
8
18
12
105
1
5
44
28
64,5
4
7
59
65,5
80
185
Cólon e
Reto
19
19
99,5
5
3
57,5
66
29
61
Estômago
55
31
83,5
2
6
55
-
82
339
Mama
Fem
80
20
103
1
0
-
68
40
334
Próstata
16
26
68
7
0
63
66
60
83
Pulmão
Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
26
80
Nº de municípios da Macro
Oeste com casos avançados
(procedência)
7
6
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e
sem tratamento (em dias)
7
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
5
2
47
60
Nº de casos avançados antes dos
40 anos de idade
-
19
137
Colo do
Útero
55,5
47
69
Cavidade
Oral
4
Masc.
Mediana da idade no diagnóstico (em anos)
Fem.
Total de casos avançados (estadios III e IV)
2
3
Total de casos (N)
1
Indicador da Macrorregião Oeste
Oeste
244
46
87
3
23
55
67
357
1.208
7
Selecionados
11
11
77,5
4
1
53
56,5
18
47
Esôfago
98
8
136,5
1
2
69
65
13
191
Pele Não
Melanoma
653
48
85,5
3
48
57
64
532
1.985
Total
geral
Tabela 62 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009
10.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
10.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 380 casos novos de câncer da mama feminina e
a taxa bruta de incidência será de 60,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 80 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 12 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 72 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 14,09% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 12 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33
RHC-MG, com 339 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 83 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Oeste, 284 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital
nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 82 casos avançados de câncer da mama
feminina, 6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 31 municípios da macrorregião Oeste.
10.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 100 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste ocorreram 15 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,9% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 2,5 óbitos por 100 mil mulheres
dessa macrorregião.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
7% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 137 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 47 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 105 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Oeste,
119 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 19 casos avançados de câncer do colo do útero,
5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Oeste.
240
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
10.5.3 –CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Oeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 65 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 10% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com 11 óbitos por 100
mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 334 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 103 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Oeste, 254
(76%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 20 municípios da macrorregião Oeste.
10.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 210 casos novos de câncer do cólon e reto
(110 em homens e 100 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17 casos novos por
100 mil homens e de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 80
óbitos por câncer do cólon e reto (40 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 6,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 77 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (45 no sexo masculino
e 32 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,59 óbitos por 100 mil homens e de
5,35 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
9% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 185 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e 59 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 64 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 141 (76%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 80 casos avançados de câncer do
cólon e reto, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 28 municípios da macrorregião Oeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
241
Oeste
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 570 casos novos de câncer da próstata
e a taxa bruta de incidência será de 91,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano,
são esperados 90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por
100 mil homens.
10.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 170 casos novos de câncer do pulmão (110
em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17 casos novos por 100 mil
homens e de 9,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 140 óbitos
por esse câncer (90 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 14
óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 138 óbitos por câncer de pulmão em ambos os sexos (84 no masculino e 54 no
feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,16 óbitos por 100 mil homens e de 9,03
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com
83 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 63 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 67 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer do
pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Oeste.
10.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 80 casos novos o câncer da boca (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e
de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer
(20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos
por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 47 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos
(34 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,7 óbitos por
100 mil homens e de 2,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e
orofaringe, representaram 3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 69 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55
anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 80 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 57 (83%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 47 casos avançados de câncer da boca,
2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Oeste.
242
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
10.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Oeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 64 óbitos por neoplasias do estômago em ambos os sexos (50 no sexo masculino
e 14 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,4 óbitos por 100 mil homens e de
2,3 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 61 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 57,5
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 99 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 42 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do
estômago, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Oeste.
10.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 80 casos novos de câncer do esôfago (60 em
homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil homens e de 2,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos
por 100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 54 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (44 no sexo masculino
e 10 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e de 2
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 2,4%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com
47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos em homens e de 53 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 77 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 36 (77 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 18 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
11 municípios da macrorregião Oeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
243
Oeste
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 120 casos novos de câncer do estômago (80
casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13
casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 70 óbitos por esse câncer (50 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 8 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres.
10.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 1.180 casos novos de câncer da pele não melanoma (670 em homens e 510 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 108 casos novos
por 100 mil homens e de 82 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 0,9 óbito por 100 mil homens e de 0,7 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 7 óbitos por câncer da pele não melanoma no sexo masculino e nenhum no sexo
feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 1,2 óbitos por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma
representou 10% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 191 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos
em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 136 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento
anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 93 (49%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso
chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 13 casos avançados de
câncer da pele não melanoma, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de
idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Oeste.
10.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Oeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 3.460 casos novos de câncer (1.880 em homens e 1.580 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 300 casos novos por 100 mil
homens e de 252 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.100 óbitos
por câncer (600 em homens e 500 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 95,8
óbitos por 100 mil homens e de 78,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Oeste, ocorreram 1.142 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (631 no sexo masculino
e 511 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 106,4 óbitos por 100 mil homens e
de 85,5 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Oeste, 1.985 casos hospitalares, que representaram 7% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no
ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 85 dias
(casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Oeste,
1.332 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no
hospital de referência, representando 67% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas
as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos
532 casos avançados, 48 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 48 municípios da macrorregião Oeste.
244
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Oeste
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de
todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (Estadio clínico
do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura
157). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 63.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 157 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos
tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, ano
2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação
de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem
o controle da doença em sua região de abrangência.
Tabela 63 – Relação dos municípios da macrorregião Oeste segundo estadiamento clínico dos
casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009.
Continua...
Município de Procedência
310080 Aguanil
310390 Araújos
Estadios III e IV
4
%
33,3
Demais Estádios
Total
2
2
8
12
54
77
310420 Arcos
13
19,4
54
310800 Bom Sucesso
10
38,5
16
310510 Bambuí
310740 Bom Despacho
311040 Camacho
311120 Campo Belo
311190 Cana Verde
311200 Candeias
311400 Carmo da Mata
8
23
4
18
2
5
8
22,9
29,9
50,0
22,8
22,2
16,7
40,0
27
4
61
7
25
12
67
35
26
8
79
9
30
20
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
245
Fim.
Município de Procedência
Estadios III e IV
%
Demais Estádios
Total
311420 Carmo do Cajuru
9
18,8
39
48
311760 Conceição do Pará
3
42,9
4
7
311450 Carmópolis de Minas
311660 Cláudio
311980 Córrego Danta
311995 Córrego Fundo
312020 Cristais
3
9
2
5
2
15,8
22,0
40,0
33,3
20,0
16
32
3
10
8
19
41
5
15
10
312230 Divinópolis
114
24,5
352
466
312610 Formiga
45
37,2
76
121
313220 Itaguara
8
53,3
7
15
312320 Dores do Indaiá
312470 Estrela do Indaiá
313020 Igaratinga
313030 Iguatama
313350 Itapecerica
313370 Itatiaiuçu
313380 Itaúna
313530 Japaraíba
313720 Lagoa da Prata
313830 Leandro Ferreira
313880 Luz
314050 Martinho Campos
314130 Medeiros
314240 Moema
8
2
4
6
11
4
46
21
6
6
1
1
27,6
50,0
40,0
46,2
22,4
23,5
31,7
30,9
20,0
25,0
25,0
14,3
21
2
6
7
38
13
29
4
10
13
49
17
99
145
5
5
2
47
24
18
3
6
2
68
30
24
4
7
314520 Nova Serrana
16
30,8
36
52
314650 Pains
6
31,6
13
19
314560 Oliveira
314580 Onça de Pitangui
24
4
37,5
28,6
40
10
64
14
314710 Pará de Minas
27
19,3
113
140
314970 Perdigão
5
38,5
8
13
31,0
20
29
21,9
25
314770 Passa Tempo
314890 Pedra do Indaiá
315050 Pimenta
315060 Piracema
315140 Pitangui
315880 Santana do Jacaré
315990 Santo Antônio do Amparo
316040 Santo Antônio do Monte
316120 São Francisco de Paula
316180 São Gonçalo do Pará
316310 São José da Varginha
316460 São Sebastião do Oeste
316820 Tapiraí
4
2
2
9
6
7
2
4
1
2
50,0
18,2
25,0
21,4
25,0
19,0
33,3
25,0
4
3
9
6
4
22
6
17
2
6
1
8
3
11
8
4
28
32
8
21
3
8
1
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele: Serra da Saudade.
246
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
10.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO OESTE (MG)
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e
o controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença.
Oeste
A macrorregião de saúde Oeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância
do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 42% de óbitos
por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas
nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 55 municípios,
aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 3.460 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lad o, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com
potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
O Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas
fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo
prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para
atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou
ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no
monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
247
11. Macrorregião Sudeste
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
249
11.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS
DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE SUDESTE DE MINAS GERAIS
Sudeste
A macrorregião Sudeste abrange 94 municípios. Na população
de 1.566.672 habitantes predominam as mulheres (801.620) em
relação aos homens (765.052). A pirâmide etária evidencia, em
ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 15 anos
aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional com 26% dos
habitantes (399.943) com 50 anos ou mais (Figura 158).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 158 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Sudeste de Minas Gerais, ano 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Sudeste entre os níveis, médio e alto
desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Brás Pires (IDHM renda 0,551) e
Orizânia (IDHM 0,648, IDHM longevidade 0,657, IDHM educação 0,702). Os índices mais elevados
foram em Juiz de Fora (IDHM 0,828, IDHM renda 0,781, IDHM educação 0,92) e Laranjal (IDHM
longevidade 0,837) (Tabela 64).
Tabela 64 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Sudeste (MG)
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
1.566.672
765.052
Mínimo
Máximo
IDHM
0.648 Orizânia
IDHM-Renda
0.551 Brás Pires
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
801.620
0.657 Orizânia
0.702 Orizânia
0.828 Juiz de Fora
0.781 Juiz de Fora
0.837 Laranjal
0.92 Juiz de Fora
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0
(alto desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
251
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Sudeste possui 40.345 estabelecimentos, com 325.319 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (30,7%), seguido por indústria de transformação (24,5%), comércio (21,0%), administração pública (13,8%),
construção civil (5,1%), agropecuária (3,9%), serviços industriais de utilidade pública (0,7%) e
extração mineral (0,3%) (Figura 159).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 159 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Sudeste de
Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
252
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
11.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 110 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 72 casos novos
por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente
entre os homens, com 21 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de
cólon, reto e ânus, com 20 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 160).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 160 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião
Sudeste (MG).
Em 2013, a macrorregião Sudeste será responsável por 10,2% dos casos novos esperados e
10,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
48% dos casos novos estimados da macrorregião Sudeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
253
Sudeste
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Sudeste 5.460 casos novos e 1.740 óbitos
por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 372 casos novos por 100 mil homens e 291 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 118 óbitos por 100 mil homens e de 91 óbitos por 100 mil mulheres.
254
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Mama feminina
Próstata
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
Pele não melanoma
118,43
0,88
117,55
17,02
-
-
17,03
7,02
12,12
11,05
5,63
Taxa de
Mortalidade
960
10
950
140
-
-
140
60
100
90
40
Nº de
óbitos*
Masculino
91,07
0,42
90,65
-
4,49
14,51
8,13
7,43
5,43
3,81
1,57
780
10
770
-
40
120
70
60
50
30
10
Taxa de
Nº de
Mortalidade óbitos
Feminino
371,62
103,20
268,42
109,91
-
-
20,75
19,31
20,39
15,99
16,45
Taxa de
Incidência
3000
830
2170
890
-
-
170
160
160
130
130
Nº de Casos
Novos*
Masculino
290,97
50,43
240,54
-
17,91
72,49
10,55
19,56
9,16
6,47
5,74
2460
430
2030
-
150
610
90
160
80
50
50
Taxa de
Nº de Casos
Incidência
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
C00-C97;
D46²
C44
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
Estômago
Esôfago
Cavidade oral
Descrição
C18-C21
C16
C15
C00-C10
CID-10
Número de óbitos esperados
de casos novos e óbitos e segundo sexo e localização primária, na macrorregião Sudeste (MG).
Tabela 65 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número
11.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS,
ANO 2010
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Sudeste no ano de
2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 161 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Sudeste, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 86,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 162).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 162 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Sudeste
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
255
Sudeste
As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Sudeste, nos anos 2000 e 2010 (14% e 15%, respectivamente). As
causas mal definidas mantiveram-se em percentuais abaixo de 10% (Figura 161).
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Sudeste, 46% (852 óbitos) foram por sete
localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 163).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 163 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Sudeste, ano
2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Sudeste foi 117,6 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (16/100 mil),
pulmão (14,7/100 mil) e mama feminina (14/100 mil).
Tabela 66 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Sudeste (MG),
por 100 mil, segundo sexo – ano 2010
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
coef. por
Nº
100 mil
67
8,76
82
10,72
104
13,59
61
7,97
35
4,57
41
5,36
31
4,05
165
21,57
6
0,78
124
16,21
19
2,48
50
6,54
25
3,27
18
2,35
39
21
161
1049
5,10
2,74
21,04
137,11
Feminino
coef. por
Nº
100 mil
17
2,12
27
3,37
45
5,61
49
6,11
38
4,74
35
4,37
5
0,62
66
8,23
4
0,50
114
14,22
40
4,99
35
4,37
27
3,37
10
1,25
40
4,99
14
1,75
8
1,00
28
12
179
793
3,49
1,50
22,33
98,92
Nº
84
109
149
110
73
76
36
231
10
114
40
35
27
124
29
90
39
26
67
33
340
1842
Total
coef. por
100 mil
5,36
6,96
9,51
7,02
4,66
4,85
2,30
14,74
0,64
14,22
4,99
4,37
3,37
16,21
1,85
5,74
2,49
1,66
4,28
2,11
21,70
117,57
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
256
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Sudeste foram de
137 óbitos por 100 mil homens e 99 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Homens: pulmão (21,5/100 mil), próstata (16/100 mil), estômago (13,5/100 mil)
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 164).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 164 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Sudeste (MG), por 100 mil
homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Sudeste foi responsável por 10% (1.842 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
86,5% desses óbitos.
46 % dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
257
Sudeste
Mulheres: mama (14/100 mil), pulmão (8/100 mil), colorretal (6/100 mil)
11.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Sudeste 3.230 casos hospitalares de câncer que chegaram
pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo,
públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 3.203 casos hospitalares buscaram assistência em
Juiz de Fora (1.940), Muriaé (1.115) e Cataguases (148) (Tabela 67).
Tabela 67 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Sudeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
Barbacena
1
1
Cataguases
148
Belo Horizonte
22
Juiz de Fora
1940
1940
Muriaé
1115
1115
1
1
Montes Claros
Poços de Caldas
Sete Lagoas
Varginha
Total Geral
1
1
1
3203
27
22
148
1
1
1
3230
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
99% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Sudeste buscaram tratamento
na mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 165 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009.
258
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 166 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
63% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste foram por um dos sete tipos de
cânceres, passíveis de prevenção e/
ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 167 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Sudeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste:
42% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
23% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado
por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento).
Figura 168 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
259
Sudeste
73% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Sudeste
foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do
Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 18% e 63%
dos casos hospitalares de
câncer procedentes da macrorregião Sudeste já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e
IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer.
Figura 169 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste, 14% dos casos em homens e 11% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 170 e 171 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Sudeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Sudeste contribuiu com 11% do total de casos hospitalares registrados na alta
complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
99% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
63% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico
nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por
câncer dessa macrorregião.
260
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
261
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
Fem.
Masc.
43
33
52
5
0
63
57
69
132
Cavidade
Oral
52
18
60
3
3
58
-
45
133
Colo do
Útero
55
41
41
5
10
60
60
121
259
Cólon e
Reto
40
27
54
5
2
67,5
68
56
117
Estômago
52
44
53
3
23
57
-
183
556
Mama
Fem.
168
47
92
2
0
-
71
121
653
Próstata
47
35
29
6
1
61
64
107
169
Pulmão
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Nº de casos com estadiamento
8 sem informação / não
estadiável
Nº de municípios da Macro
7 Sudeste com casos avançados
(procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e sem
tratamento (em dias)
5
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião Sudeste
Sudeste
457
87
63
3
39
58
68
702
2.019
7
Selecionados
44
19
46,5
3
1
66
58
46
140
Esôfago
211
10
59
1
0
72
70
18
266
Pele Não
Melanoma
1.207
88
56
3
62
60
66
936
3.230
Total
geral
Tabela 68 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009.
11.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA.
11.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 610 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano
são esperados 120 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14,5 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 114 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 14,4% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,2 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos
33 RHC-MG, com 556 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 53 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião
Sudeste, 504 (91%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 183 casos avançados da mama feminina,
23 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 44 municípios da macrorregião Sudeste.
11.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 150 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 17,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4,5 óbitos por 100
mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 40 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 5,04% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 4,99 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 133 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Sudeste,
81 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 45 casos avançados de câncer do colo do útero, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
18 municípios da macrorregião Sudeste.
262
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
11.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Sudeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 124 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 11,8% dos óbitos por
neoplasias no sexo masculino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade com 16,2 óbitos por
100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
20% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 653 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 92 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Sudeste,
485 (74%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 121 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 47 municípios da macrorregião Sudeste.
11.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 320 casos novos de câncer do cólon e reto
(160 em homens e 160 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19 casos novos por
100 mil homens e de 20 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120
óbitos por esse câncer (60 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 7,02 óbitos por 100 mil homens e de 7,43 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 110 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (61 no sexo masculino
e 49 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,97 óbitos por 100 mil homens e de
6,11 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
8% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 259 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens
ou mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 41 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Sudeste, 204 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 121 casos avançados de
câncer do cólon e reto, 10 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 41 municípios da macrorregião Sudeste.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
263
Sudeste
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 890 casos novos de câncer da próstata
e a taxa bruta de incidência será de 109,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano,
são esperados 140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 17 óbitos por
100 mil homens.
11.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 260 casos novos de câncer do pulmão (170
em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 20,7 casos novos por 100 mil
homens e de 10,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 210 óbitos
por esse câncer (140 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 17
óbitos por 100 mil homens e de 8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 231 óbitos por neoplasias de pulmão em ambos os sexos (165 no sexo masculino e 66 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de
21,6 óbitos por 100 mil homens e de 8,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 169 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 61
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 29 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 122 (72%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 107 casos avançados de câncer
do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 35 municípios da macrorregião Sudeste.
11.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 180 casos novos de câncer da cavidade oral
(130 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16,4 casos novos por
100 mil homens e de 5,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50
óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,6 óbitos por 100 mil homens e de 1,6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 84 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (67 no sexo masculino e 17 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,8 óbitos
por 100 mil homens e de 2,1 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e
orofaringe, representaram 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 132 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57
anos em homens e de 63 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião
Sudeste, 89 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 69 casos avançados de câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
33 municípios da macrorregião Sudeste.
264
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
11.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Sudeste (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 149 óbitos por neoplasias do estômago em ambos os sexos (104 no sexo masculino e 45 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13,6 óbitos por 100 mil homens
e de 5,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
3,6% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 117 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e
de 67,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 54 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 77 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 56 casos avançados de câncer do
estômago, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Sudeste.
11.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 180 casos novos de câncer do esôfago (130
em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil
homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120 óbitos por
esse câncer (90 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos
por 100 mil homens e de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 109 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (82 no masculino e 27
no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,7 óbitos por 100 mil homens e de 3,4
óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 4%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 140 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 66
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 46,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 96 (69 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 46 casos avançados de câncer
do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 19 municípios.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
265
Sudeste
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 240 casos novos de câncer do estômago (160
casos novos em homens e 80 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 20,4
casos novos por 100 mil homens e de 9,2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 150 óbitos por esse câncer (100 óbitos em homens e 50 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 12,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres.
11.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 1.260 casos novos de câncer da pele não
melanoma (830 em homens e 430 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 103 casos
novos por 100 mil homens e de 50 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 0,9 óbitos por 100 mil homens e de 0,4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 10 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (6 no sexo
masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100
mil homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma
representou 8% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 266 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 70 anos
em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 59 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Sudeste, apenas 55 (21%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um
caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 18 casos avançados
de câncer da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40
anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Sudeste.
11.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Sudeste (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 5.460 casos novos de câncer (3.000 em
homens e 2.460 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 372 casos novos por 100
mil homens e de 291 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.740
óbitos por câncer (960 em homens e 780 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
118 óbitos por 100 mil homens e de 91 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sudeste, ocorreram 1.842 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (1.049 no sexo masculino e 793 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 137 óbitos por 100 mil homens
e de 99 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Sudeste 3.230 casos hospitalares, que representaram 11% do total registrado pelos 33 RHC-MG,
no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 56
dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Sudeste, 2.023
casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de
referência, correspondendo a 63% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias,
3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 936 casos avançados,
62 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 88 municípios da macrorregião Sudeste.
266
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Sudeste
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as
localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 172). A respectiva relação de
municípios encontra-se na Tabela 69.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 172 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 69 – Relação dos municípios da macrorregião Sudeste segundo estadiamento
clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009.
Continua...
Município de Procedência
Estadios III e IV
%
Demais Estádios
Total
310150 Além Paraíba
15
20,3
59
74
310750 Bom Jardim de Minas
1
310280 Andrelândia
310310 Antônio Prado de Minas
310330 Aracitaba
310360 Arantina
310440 Argirita
310460 Astolfo Dutra
310550 Barão de Monte Alto
310610 Belmiro Braga
310680 Bias Fortes
310690 Bicas
310720 Bocaina de Minas
310870 Brás Pires
6
3
3
2
3
6
3
2
5
8
3
1
27,3
30,0
60,0
66,7
23,1
19,4
30,0
20,0
22,7
27,6
100,0
14,3
12,5
16
7
2
1
10
25
7
8
17
21
6
7
22
10
5
3
13
31
10
10
22
29
3
7
8
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
267
Continua...
Município de Procedência
311010 Caiana
311210 Caparaó
311330 Carangola
Estadios III e IV
%
Demais Estádios
Total
1
25,0
3
4
1
13
25,0
23,2
3
43
4
56
311530 Cataguases
57
25,1
170
227
311670 Coimbra
5
29,4
12
17
50,0
5
10
311590 Chácara
311620 Chiador
2
14,3
12
4
311960 Coronel Pacheco
1
12,5
312200 Divino
7
29,2
17
31,0
20
312130 Descoberto
312190 Divinésia
312290 Dona Eusébia
312330 Dores do Turvo
312400 Ervália
312420 Espera Feliz
312460 Estrela Dalva
312490 Eugenópolis
312500 Ewbank da Câmara
312530 Faria Lemos
5
5
4
3
9
7
3
6
3
45,5
20,0
37,5
21,9
23,1
20,0
27,3
7
6
16
5
25
10
24
3
312850 Guarará
1
50,0
1
312880 Guidoval
312900 Guiricema
313260 Itamarati de Minas
313670 Juiz de Fora
313800 Laranjal
313840 Leopoldina
313850 Liberdade
3
4
11
1
7
3
42,9
4
6
34
10
314220 Miraí
9
314210 Miradouro
12,5
21
628
314080 Matias Barbosa
314160 Mercês
34,4
19
33,4
14
314020 Maripá de Minas
17,4
2
315
313860 Lima Duarte
313980 Mar de Espanha
13,6
5
2
5
2
37,5
27,6
26,4
25,0
33,3
50,0
24
20
8
29
32
13
30
3
22
13
312840 Guarani
11
19
18,8
33,3
8
11
3
1
4
8
312595 Fervedouro
312738 Goianá
14
10
16
3
2
23
32
8
943
16
89
123
15
20
39
4
10
7
53
6
20
19,2
21
26
20,0
32,1
8
19
10
28
314390 Muriaé
70
26,1
198
268
314587 Orizânia
1
10,0
9
10
7
12
314540 Olaria
314570 Oliveira Fortes
314670 Palma
314780 Passa-Vinte
314820 Patrocínio do Muriaé
268
2
2
7
2
5
50,0
50,0
22,6
40,0
41,7
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
2
2
24
3
4
4
31
5
Fim.
Estadios III e IV
%
Demais Estádios
Total
314875 Pedra Bonita
1
33,3
2
3
314950 Pequeri
2
33,3
4
6
314900 Pedra Dourada
314940 Pedro Teixeira
315010 Piau
315110 Pirapetinga
315130 Piraúba
315310 Presidente Bernardes
315410 Recreio
315540 Rio Novo
1
1
3
5
4
2
10
4
315580 Rio Pomba
15
315630 Rodeiro
4
315590 Rio Preto
315620 Rochedo de Minas
315645 Rosário da Limeira
315727 Santa Bárbara do Monte Verde
315840 Santana de Cataguases
315860 Santana do Deserto
315930 Santa Rita de Jacutinga
316000 Santo Antônio do Aventureiro
3
5
6
316290 São João Nepomuceno
12
316570 Senador Firmino
6
316443 São Sebastião da Vargem Alegre
316560 Senador Cortes
316730 Silveirânia
316750 Simão Pereira
2
6
3
17
14,3
12
14
21,7
26,7
35,7
18,2
41,7
18
11
18
18
21
23
15
28
22
36
23,1
10
13
15,4
11
13
35,7
9
14
40,0
1
2
3
14
4
2
2
17,6
28,6
29
316150 São Geraldo
33,3
2
316070 Santos Dumont
316140 São Francisco do Glória
33,3
44,4
12,5
30,0
35,8
28,6
28,6
5
5
6
7
6
14
52
5
12,5
8
6
20
81
7
11
7
8
10
1
10
9
37,5
18,2
9
21
40
2
7
15
23,1
3
3
52
3
16
3
316790 Tabuleiro
4
21,1
15
19
316990 Ubá
54
38,8
85
139
6
10
316900 Tocantins
316920 Tombos
317140 Vieiras
317200 Visconde do Rio Branco
317210 Volta Grande
9
4
2
17
4
25,0
22,2
20,0
26,2
40,0
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009.
27
14
8
48
Sudeste
Município de Procedência
36
18
10
65
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
269
11.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO SUDESTE (MG)
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no
Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas
locais para o enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Sudeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a
importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência
de 46% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de
2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja
relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 94 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a
alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 5.460 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido
ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será
dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos
desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos
gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores
de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo
prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para
atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional
ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como
também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o
diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
270
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
12. Macrorregião Sul
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
271
12.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E
PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE SUL DE MINAS GERAIS
Sul
A macrorregião Sul abrange 153 municípios. Na população de
2.609.602 habitantes predominam os homens (1.305.706) em relação às mulheres (1.303.896). A pirâmide etária evidencia, em ambos
os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 29 anos e
sinaliza o envelhecimento populacional, com 24% dos habitantes
(634.164) com 50 anos ou mais. (Figura 173)
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer DASIS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 173 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Sul de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Sul entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Serranos (IDHM renda 0,585, IDHM
0,697), Maria da Fé e Brasópolis (IDHM longevidade 0,707) e Toledo (IDHM educação 0,745). Os
índices mais elevados foram em Poços de Caldas (IDHM 0,841, IDHM renda 0,787), São Lourenço
(IDHM longevidade 0,865) e Itajubá (IDHM educação 0,928) (Tabela 70).
Tabela 70 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Sul (MG)
Indicadores
Valores
População Censo 2010
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
2.609.602
Mínimo
IDHM
0.697 Serranos
IDHM-Renda
0.585 Serranos
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.707 Maria da Fé
0.707 Brasópolis
0.745 Toledo
1.305.706
1.303.896
Máximo
0.841 Poços de Caldas
0.787 Poços de Caldas
0.865 São Lourenço
0.928 Itajubá
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento)
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
273
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Sul possui
75.269 estabelecimentos, com 542.689 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na indústria de transformação
(26,3%), seguido por setor de serviços (22,8%), comércio (20,4%), administração pública (14,1%),
agropecuária (11,8%), construção civil (3,3%), extração mineral (1,0%) e serviços industriais de
utilidade pública (0,3%). (Figura 174).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 174 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Sul de Minas
Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
274
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
12.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 99 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 55 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer do cólon, reto e ânus será o segundo mais incidente em ambos os sexos,
com 16.62 casos novos por 100 mil homens e 16.59 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 175).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 175 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na
macrorregião Sul (MG).
Em 2013, a macrorregião Sul será responsável por 15,1% dos casos novos esperados e 15,1%
dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
38% dos casos novos estimados da macrorregião Sul serão por sete tipos de câncer passíveis
de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
275
Sul
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Sul 8.020 casos novos e 2.540 óbitos por
câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 325 casos novos
por 100 mil homens e 258 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade
serão de 103 óbitos por 100 mil homens e de 81 óbitos por 100 mil mulheres.
276
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Mama feminina
Próstata
Colo do útero
Todas neoplasias malignas
Pele não melanoma
103,44
0,76
102,68
15,32
-
-
12,88
6,04
8,74
7,20
3,27
Taxa de
Mortalidade
1420
10
1410
210
-
-
180
80
120
100
40
Nº de
óbitos*
Masculino
80,76
0,67
80,09
-
2,56
10,93
6,83
6,30
4,06
1,89
0,64
Taxa de
Mortalidade
1120
10
1110
-
30
150
90
90
60
30
10
Nº de
óbitos
Feminino
324,59
89,13
235,46
98,89
-
-
15,69
16,62
14,71
10,43
9,56
Taxa de
Incidência
4470
1230
3240
1360
-
-
220
230
210
140
130
Nº de Casos
Novos*
Masculino
258,03
80,44
177,59
-
10,21
54,60
8,86
16,59
6,85
3,21
2,34
Taxa de
Incidência
3550
1110
2440
-
140
750
120
230
90
40
30
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de Casos Novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97;
D46²
C44
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 71 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos
novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Sul (MG)
12.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS, ANO 2010
As neoplasias ocuparam as 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Sul, nos anos 2000 e 2010 (12,8% e 16,1%, respectivamente).
As causas mal definidas passaram da 2ª posição (13,6%) para abaixo da 6ª posição no ano 2010
(Figura 176).
Sul
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Sul, no ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 176 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Sul, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 87,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 177).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 177 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Sul
(MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
277
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Sul, 40% (1.115 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 178).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 178 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Sul, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Sul foi de 107,03 óbitos
por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (15,5/100 mil),
mama feminina (11,5/100 mil) e pulmão (10,5/100 mil).
Tabela 72 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Sul (MG)
(por 100 mil), segundo sexo – ano 2010
Masculino
Neoplasias
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de
plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Feminino
Total
Nº
coef. por
100 mil
Nº
coef. por
100 mil
Nº
coef. por
100 mil
64
91
143
93
55
56
37
183
11
202
31
53
21
4,90
6,97
10,95
7,12
4,21
4,29
2,83
14,02
0,84
15,47
2,37
4,06
1,61
7
24
63
86
47
68
6
92
10
150
32
42
40
15
52
18
0,54
1,84
4,83
6,60
3,60
5,22
0,46
7,06
0,77
11,50
2,45
3,22
3,07
1,15
3,99
1,38
71
115
206
179
102
124
43
275
21
150
32
42
40
202
46
105
39
2,72
4,41
7,89
6,86
3,91
4,75
1,65
10,54
0,80
11,50
2,45
3,22
3,07
15,47
1,76
4,02
1,49
43
56
398
1559
3,29
4,29
30,48
119,40
48
39
375
1234
3,68
2,99
28,76
94,64
91
95
773
2793
3,49
3,64
29,62
107,03
22
1,68
20
1,53
42
1,61
Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
278
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Sul foram de 119
óbitos por 100 mil homens e 94 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais
taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 179).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 179 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Sul (MG), por 100 mil homens
ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Sul foi responsável por 15% (2.793 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
87,8% desses óbitos.
40% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico
precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
279
Sul
Homens: próstata (15,5/100 mil), pulmão (14/100 mil), estômago (11/100 mil).
Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (7/100 mil), colorretal (6,6/100 mil).
12.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Sul 4.235 casos hospitalares de câncer que chegaram pela
primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas
ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.552 casos hospitalares buscaram assistência em Poços de
Caldas e 1.043 casos em Varginha (Tabela 73).
Tabela 73 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Alfenas
Belo Horizonte
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
454
0
454
38
38
127
Divinópolis
Juiz de Fora
Muriaé
Passos
20
4
580
127
20
4
580
Poços de Caldas
1552
1552
Varginha
1043
1043
Pouso Alegre
Total Geral
417
417
4046
189
4235
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
96% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Sul buscaram tratamento na
mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 180 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência – macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009.
280
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
89% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Sul foram encaminhados pelo SUS.
Sul
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 181 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sul, SUS ou não,
segundo 33 RHC-MG, 2009.
58% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Sul foram por um dos sete tipos de
cânceres, passíveis de prevenção e/
ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 182 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Sul, segundo sete tipos de cânceres passíveis de
prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Sul:
25% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
24% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos
com diagnóstico e com tratamento).
Figura 183 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
281
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 4% e 46% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul já
se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e
IV). Esses percentuais variaram
entre os tipos de câncer.
Figura 184 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul, 10% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 185 e 186 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Sul contribuiu com 14% do total de casos hospitalares registrados na alta
complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
96% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
44% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa
macrorregião.
282
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
283
7
72
43
72
5
6
128
8
83
0,5
1
56
-
8
162
Colo do
Útero
134
50
56
3
5
60
63
116
421
74
29
57
3
3
66
62
48
148
Cólon e
Estômago
Reto
50
59
66
3
12
55
-
167
624
Mama
Fem.
191
38
138,5
1
0
-
69
87
754
Próstata
85
27
38,5
4
2
59
61
64
156
Pulmão
Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nº de municípios da Macro
Sul com casos avançados
(procedência)
6
Nº de casos com estadiamento
sem informação / não
estadiável
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e sem
tratamento (em dias)
8
55
58
Masc
Fem
84
184
Cavidade
Oral
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
5
4
3
2
1
Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião Sul
Sul
734
102
88,5
2
29
57
67
574
2.449
7
Selecionados
61
25
73
3
1
60
55,5
34
125
Esôfago
381
26
86
1
1
72
69
38
602
Pele Não
Melanoma
1.821
118
79
2
64
60
65
876
4.235
Total
geral
Tabela 74 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009
12.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO
LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
12.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 750 casos novos de câncer da mama feminina e a
taxa bruta de incidência será de 54,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 150 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 10,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 150 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 12,2% dos óbitos por
neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11,5 óbitos por
100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 15% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 624 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 66 dias (casos com
diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Sul,
574 (92%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 167 casos avançados de câncer da mama feminina, 12
casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 59 municípios da macrorregião Sul.
12.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 140 casos novos de câncer do colo do útero e a
taxa bruta de incidência será de 10,2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 32 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,6% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 2,45 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou
4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 162 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 83 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Sul,
34 (21%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na
alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 0,5 caso chegou ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 8 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico
de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios
da macrorregião Sul.
284
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
12.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Sul (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 202 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,96% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo com 15,5 óbitos
por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
18% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 754 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano
entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 138 dias (casos com diagnóstico
prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Sul, 563
(75%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta
complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 87 casos avançados da próstata, nenhum caso apresentou
o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de
38 municípios da macrorregião Sul.
12.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 460 casos novos de câncer do cólon e reto
(230 em homens e 230 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16,62 casos novos
por 100 mil homens e de 16,59 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 170 óbitos por esse câncer (80 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade
serão de 6,04 óbitos por 100 mil homens e de 6,3 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 179 óbitos por neoplasias do cólon e reto em ambos os sexos (93 no sexo masculino
e 86 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de
6,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
10% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 421 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 63 anos em homens e de
60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 56 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Sul, 287 (68%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 116 casos avançados de câncer do
cólon e reto, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 50 municípios da macrorregião Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
285
Sul
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 1.360 casos novos de câncer da próstata e a taxa
bruta de incidência será de 98,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados
210 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 15,3 óbitos por 100 mil homens.
12.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 340 casos novos de câncer do pulmão (220 em
homens e 120 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15,7 casos novos por 100 mil
homens e de 8,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 270 óbitos
por esse câncer (180 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12,9
óbitos por 100 mil homens e de 6,8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 275 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (183 no sexo masculino e
92 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,02 óbitos por 100 mil homens e de
7,06 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3,7%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com
156 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 59 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 38 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 71 (45%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 64 casos avançados de câncer do
pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Sul.
12.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 160 casos novos de câncer da cavidade oral(130
em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9,6 casos novos por 100 mil
homens e de 2,3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por
esse câncer (40 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 3,3 óbitos por 100 mil homens e de 0,64 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 71 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos
(64 no sexo masculino e 7 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,9 óbitos por
100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e
orofaringe, representaram 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 184 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58
anos em homens e de 55 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 72 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 112 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 84 casos avançados de câncer da boca,
6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 43 municípios da macrorregião Sul.
286
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
12.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Sul (MG)
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 206 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (143 no sexo masculino
e 63 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,95 óbitos por 100 mil homens e de
4,83 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG,
com 148 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 66
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência
foi de 57 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 74 (50%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na
1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 48 casos avançados de câncer do
estômago, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 29 municípios da macrorregião Sul.
12.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 180 casos novos de câncer do esôfago (140 em
homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 130 óbitos por
esse câncer (100 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,2 óbitos
por 100 mil homens e de 1,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 115 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (91 no sexo masculino e
24 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,97 óbitos por 100 mil homens e de
1,84 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com
125 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos em homens e de 60 anos
em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 73 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 64 (51 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer do esôfago, 3 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 34 casos avançados de
câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 25 municípios da macrorregião Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
287
Sul
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 300 casos novos de câncer do estômago (210 casos novos em homens e 90 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14,7 casos novos por 100 mil homens e de 6,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são
esperados 180 óbitos por esse câncer (120 óbitos em homens e 60 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 8,7 óbitos por 100 mil homens e de 4,1 óbitos por 100 mil mulheres.
12.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 2.340 casos novos de câncer da pele não melanoma (1.230 em homens e 1.110 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 89 casos novos
por 100 mil homens e de 80 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 0,8 óbitos por 100 mil homens e de 0,7 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul ocorreram 21 óbitos por neoplasias da pele não melanoma em ambos os sexos (11 no sexo
masculino e 10 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100
mil homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 14% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33
RHC-MG, com 602 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens
e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de
referência foi de 86 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 221 (37%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso
chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 38 casos avançados de
câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de
idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Sul.
12.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 8.020 casos novos de câncer (4.470 em homens
e 3.550 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 325 casos novos por 100 mil homens
e de 258 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 2.540 óbitos por câncer (1.420 em homens e 1.120 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 103 óbitos
por 100 mil homens e de 81 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Sul, ocorreram 2.793 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (1.559 no sexo masculino
e 1.234 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 119,4 óbitos por 100 mil homens
e de 94,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião
Sul, 4.235 casos hospitalares, que representaram 14% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano
de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 79 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Sul, 2.414
casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 57% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas
as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos
876 casos avançados, 64 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 118 municípios da macrorregião Sul.
288
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Sul
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 187). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 75.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 187 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos
tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de
acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle
da doença em sua região de abrangência.
Tabela 75 – Relação dos municípios da macrorregião Sul segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Continua...
Município de Procedência
310120 Aiuruoca
310130 Alagoa
310140 Albertina
Estadios III e IV
2
2
%
Demais Estadios
Total Geral
66,7
1
3
28,6
5
1
7
1
310160 Alfenas
57
21,6
207
264
310260 Andradas
15
16,1
78
93
310190 Alpinópolis
310200 Alterosa
310410 Arceburgo
310430 Areado
310490 Baependi
310530 Bandeira do Sul
310710 Boa Esperança
11
11
5
2
2
7
34,4
36,7
21,7
12,5
22,2
15,9
21
19
1
18
14
7
37
32
30
1
23
16
9
44
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
289
Continua...
Município de Procedência
310760 Bom Jesus da Penha
310790 Bom Repouso
310830 Borda da Mata
310840 Botelhos
310890 Brasópolis
310910 Bueno Brandão
310950 Cabo Verde
310970 Cachoeira de Minas
311030 Caldas
311050 Camanducaia
311060 Cambuí
311070 Cambuquira
311090 Campanha
311100 Campestre
311130 Campo do Meio
311160 Campos Gerais
311240 Capetinga
311280 Capitólio
311360 Careaçu
311390 Carmo da Cachoeira
311410 Carmo de Minas
311440 Carmo do Rio Claro
311460 Carrancas
311470 Carvalhópolis
311480 Carvalhos
311510 Cássia
311550 Caxambu
311710 Conceição da Aparecida
311720 Conceição das Pedras
311770 Conceição do Rio Verde
311780 Conceição dos Ouros
311790 Congonhal
311850 Consolação
311870 Coqueiral
311900 Cordislândia
311990 Córrego do Bom Jesus
312050 Cristina
312080 Cruzília
312110 Delfim Moreira
312120 Delfinópolis
312240 Divisa Nova
312280 Dom Viçoso
312340 Doresópolis
312360 Elói Mendes
312440 Espírito Santo do Dourado
312450 Estiva
312510 Extrema
312520 Fama
312630 Fortaleza de Minas
290
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total Geral
6
1
6
3
60,0
10,0
16,7
10,7
3
1
9
2
5
3
2
9
5
5
1
7
21,4
6,7
21,4
9,5
15,2
18,8
11,1
23,7
16,1
20,0
100,0
35,0
4
9
30
25
23
10
11
14
33
19
28
13
16
29
26
20
1
1
2
7
4
1
4
1
6
12,5
20,0
33,3
29,2
21,1
50,0
23,5
9,1
15,4
10
10
36
28
23
10
14
15
42
21
33
16
18
38
31
25
1
20
13
15
10
15
2
8
5
6
24
19
2
17
11
39
2
15
1
7
11
12
13
4
22
1
2
33
10
20
23
7
6
1
2
5
2
6,7
20,0
33,3
13,3
2
3
4
3
3
7
28,6
27,3
33,3
23,1
75,0
31,8
5
2
4
3
2
2
15,2
20,0
20,0
13,0
28,6
33,3
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
13
13
14
8
10
2
7
4
4
17
15
1
13
10
33
2
13
1
5
8
8
10
1
15
1
2
28
8
16
20
5
4
Continua...
312740 Gonçalves
312810 Guapé
312830 Guaranésia
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
2
66,7
1
12
3
63,2
11,1
312870 Guaxupé
11
19,0
312990 Ibitiúra de Minas
1
9,1
312920 Heliodora
312970 Ibiraci
313040 Ijaci
313050 Ilicínea
5
50,0
313150 Ipuiúna
1
2,9
313060 Inconfidentes
313080 Ingaí
313240 Itajubá
37
313310 Itanhandu
2
313290 Itamogi
313300 Itamonte
313360 Itapeva
313375 Itaú de Minas
313430 Itumirim
313450 Itutinga
313480 Jacuí
313490 Jacutinga
313590 Jesuânia
313690 Juruaia
313780 Lambari
313820 Lavras
313870 Luminárias
4
2
2
5
1
4
6
3
3
1
314410 Muzambinho
1
314440 Natércia
314460 Nepomuceno
314510 Nova Resende
314550 Olímpio Noronha
314600 Ouro Fino
9
3
5
6
1
2
314720 Paraguaçu
10
314790 Passos
74
314730 Paraisópolis
314760 Passa Quatro
314910 Pedralva
2
5
12
4
34
4
2
2
27
58
5
11
2
10
12
4
35
25,2
110
147
20,0
8
10
25,0
22,2
16,7
12
7
10
16
9
12
19,2
21
26
44,4
5
9
25,0
3
5
53
314300 Monte Belo
314340 Monte Sião
10
26,4
1
314320 Monte Santo de Minas
5
20
314190 Minduri
314260 Monsenhor Paulo
7
47
20,0
19
314040 Marmelópolis
7
24
5
313900 Machado
313990 Maria da Fé
19
15,7
29
3
7
8
1
Total Geral
7,7
24,4
35,3
42,9
25,0
75,0
5,3
64,3
12,5
50,0
15,6
37,5
25,0
4,3
25,0
13,8
22,2
32,6
11,1
43
3
12
4
5
51
3
13
25
90
119
11
17
4
4
3
1
18
5
4
72
7
4
4
19
14
10
10
27
32
44
46
7
9
7
3
10
3
30
25
153
16
Sul
Município de Procedência
8
6
16
4
40
29
227
18
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
291
Fim.
Município de Procedência
314990 Perdões
315090 Piranguçu
315100 Piranguinho
315150 Piumhi
315170 Poço Fundo
Estadio III e IV
%
Demais Estadios
Total Geral
2
11,1
16
18
26,0
57
2
1
20
2
315180 Poços de Caldas
89
315290 Pratápolis
2
315250 Pouso Alegre
315260 Pouso Alto
315470 Ribeirão Vermelho
315830 Santana da Vargem
315920 Santa Rita de Caldas
315960 Santa Rita do Sapucaí
316080 São Bento Abade
316200 São Gonçalo do Sapucaí
44
1
9
5
20,0
33,3
10,0
8
2
18
10
3
77
20
15,8
474
563
14,3
12
14
14,4
10,0
14,8
19,2
261
8
3
9
19
52
2
21
305
8
3
10
19
61
2
26
316220 São João Batista do Glória
3
17,6
14
17
316320 São José do Alegre
3
42,9
4
7
316230 São João da Mata
316294 São José da Barra
316370 São Lourenço
14
316440 São Sebastião da Bela Vista
3
316390 São Pedro da União
316430 São Roque de Minas
316470 São Sebastião do Paraíso
316490 São Sebastião do Rio Verde
316510 São Tomás de Aquino
316520 São Thomé das Letras
1
4
31
1
4
46
25,0
9
12
25,0
57,1
34,4
100,0
50,0
316690 Serrania
4
44,4
316780 Soledade de Minas
3
30,0
316700 Serranos
316740 Silvianópolis
316905 Tocos do Moji
1
18,2
2
33,3
2
40,0
317070 Varginha
317170 Virgínia
317220 Wenceslau Braz
41
3
4
27,7
22,9
4
7
90
3
1
8
9
11
5
9
3
3
1
11
3
3
1
11
7
10
34
47
15
317060 Vargem Bonita
1
59
6,3
33,3
316980 Turvolândia
3
10
20
13
3
9,1
316930 Três Corações
316940 Três Pontas
6
32
2
316580 Senador José Bento
6
1
30,4
316540 Sapucaí-Mirim
316557 Senador Amaral
1
40
4
138
5
3
11
60
16
6
179
5
5
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Claraval,
Munhoz, Seritinga, Toledo.
292
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
12.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO SUL (MG).
A macrorregião de saúde Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância
do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 40% de óbitos
por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas
nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 153 municípios,
aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 8.020 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento
populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial
de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não
evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
293
Sul
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de
Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença.
13. Macrorregião
Triângulo do Norte
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
295
13.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA
MACRORREGIÃO DE SAÚDE TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS
Triângulo do Norte
A macrorregião Triângulo do Norte abrange 27 municípios.
Na população de 1.178.946 habitantes predominam as mulheres
(593.956) em relação aos homens (584.990). A pirâmide etária
evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes
dos 20 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com
22% (261.171) dos habitantes com 50 anos ou mais (Figura 188).
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 188 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Triângulo do Norte de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Triângulo do Norte entre os níveis
médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Estrela do Sul (IDHM
0,747, IDHM renda 0,633) e Centralina (IDHM longevidade 0,742, IDHM educação 0,781). Os índices mais elevados foram em Uberlândia (IDHM 0,83, IDHM renda 0,768, IDHM educação 0,92) e
Ituiutaba (IDHM longevidade 0,848) (Tabela 76).
Tabela 76 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Indicadores
População Censo (2010)
População Masculina
Valores
1.178.946
População Feminina
IDH (2000)
IDHM
Mínimo
0.747 Estrela do Sul
IDHM-Educação
0.781 Centralina
IDHM-Renda
IDHM-Longevidade
0.633 Estrela do Sul
0.742 Centralina
584.990
593.956
Máximo
0.83 Uberlândia
0.768 Uberlândia
0.848 Ituiutaba
0.92 Uberlândia
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0
(alto desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
297
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Triângulo do Norte
possui 33.775 estabelecimentos, com 297.028 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade
econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (32,3%), seguido por comércio (23,3%), indústria de transformação (17,1%), administração pública (12,0%), agropecuária (8,6%), construção civil (5,7%), serviços industriais de utilidade pública (0,9%) e extração
mineral (0,2%) (Figura 189).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 189 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Triângulo do
Norte de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
298
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Triângulo do Norte 3.360 casos novos e
1.070 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de
293 casos novos por 100 mil homens e 246 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas
de mortalidade serão de 93 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 58 casos novos por
100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre
os homens, com 19,8 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do
útero, 17,7 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 190).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 190 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião
Triângulo do Norte (MG).
Em 2013, a macrorregião Triângulo do Norte será responsável por 6,3% dos casos novos
esperados e 6,4% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
48% dos casos novos estimados da macrorregião Triângulo do Norte serão por sete tipos de
câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
299
Triângulo do Norte
13.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS
300
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Mama feminina
Todas neoplasias malignas
95,77
600
78,86
0,68
78,18
-
3,83
12,17
7,32
5,86
4,00
1,46
0,95
Taxa de
Mortalidade
500
10
490
-
20
80
50
40
20
10
10
Nº de
óbitos
Feminino
300,51
107,89
192,62
91,93
-
-
16,96
16,70
13,07
10,11
9,26
Taxa de
Incidência
1880
670
1210
570
-
-
110
110
80
60
60
Nº de Casos
Novos*
Masculino
251,96
81,64
170,32
-
15,27
60,79
9,50
15,43
6,75
2,48
3,47
Taxa de
Incidência
1580
510
1070
-
100
380
60
100
40
20
20
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
C00-C97;
D46²
10
0,92
C44
Pele não melanoma
590
94,85
-
Todas neoplasias malignas, exceto pele não
melanoma
-
-
90
40
50
40
20
Nº de
óbitos*
90
Próstata
Colo do útero
-
13,92
6,07
7,77
6,98
3,17
Taxa de
Mortalidade
Masculino
14,24
C61
C53
Traqueia, brônquios e pulmões
C50
C33-C34
Cólon, reto e ânus
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 77 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos
e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Triângulo do Norte (MG)
As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Triângulo do Norte, nos anos 2000 e 2010 (14% e 16%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 5ª posição, em percentuais abaixo de 10%
no 2000 e abaixo da 6ª posição em 2010 (Figura 191) .
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Triângulo do Norte,
no ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 191 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Triângulo do Norte, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 86,7% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 192).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 192 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião
Triângulo do Norte (MG), ano de 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
301
Triângulo do Norte
13.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE
DE MINAS GERAIS, ANO 2010
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Triângulo do Norte, 44% (512 óbitos) foram
por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce
(Figura 193).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 193 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Triângulo do
Norte, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Triângulo do Norte foi
de 97,8 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata
(14,9/100 mil), mama feminina (12,5/100 mil) e pulmão (11,6/100 mil).
Neoplasias
Tabela 78 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião
Triângulo do Norte (MG) (por 100 mil), segundo sexo – ano 2010
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát .
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
coef. por
Nº
100 mil
31
5,30
27
4,62
42
7,18
35
5,98
22
3,76
27
4,62
16
2,74
80
13,68
1
0,17
87
14,87
17
2,91
19
3,25
15
2,56
9
1,54
24
4,10
11
1,88
167
28,55
630
107,69
Feminino
coef. por
Nº
100 mil
9
1,52
10
1,68
30
5,05
38
6,40
15
2,53
20
3,37
3
0,51
57
9,60
1
0,17
74
12,46
29
4,88
9
1,52
15
2,53
10
1,68
22
3,70
10
1,68
7
1,18
17
2,86
8
1,35
139
23,40
523
88,05
Nº
40
37
72
73
37
47
19
137
2
74
29
9
15
87
27
41
25
16
41
19
306
1153
Total
coef. por
100 mil
3,39
3,14
6,11
6,19
3,14
3,99
1,61
11,62
0,17
12,46
4,88
1,52
2,53
14,87
2,29
3,48
2,12
1,36
3,48
1,61
25,96
97,80
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
302
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Homens: próstata (14,9/100 mil), pulmão (13,7/100 mil), estômago (7/100 mil).
Mulheres: mama (12,5/100 mil), pulmão(9,6/100 mil), colorretal (6,4/100 mil).
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 194).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 194 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Triângulo do Norte (MG), por
100 mil homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Triângulo do Norte foi responsável por 6,2% (1.153 óbitos) do total
das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
87% desses óbitos.
44% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos passíveis
de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
303
Triângulo do Norte
As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Triângulo do Norte,
foram de 107 óbitos por 100 mil homens e 88 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três
principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
13.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Triângulo do Norte 1.557 casos hospitalares de câncer
que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com
RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.503 casos hospitalares buscaram assistência em Uberlândia (Tabela 79).
Tabela 79 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Triângulo do Norte (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
Belo Horizonte
13
13
Juiz de Fora
2
2
Uberaba
37
1503
54
Ipatinga
Muriaé
Uberlândia
Total Geral
1
1
1503
1
1
37
1503
1557
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
96% dos casos hospitalares de câncer
procedentes de municípios da macrorregião Triângulo do Norte buscaram
tratamento na mesma macrorregião de
residência.
Figura 195 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência - macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009.
304
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Figura 196 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte,
SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
55% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Triângulo
do Norte foram por um dos sete tipos de
cânceres, passíveis de prevenção e/ou
detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 197 – Proporção de casos hospitalares, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção
precoce, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Triângulo do Norte:
50% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
22% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado
por outra instituição (casos com
diagnóstico e com tratamento).
Figura 198 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
305
Triângulo do Norte
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
56% dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Triângulo do Norte foram encaminhados
pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 30% e 74% dos casos hospitalares de câncer procedentes da
macrorregião Triângulo do Norte já
se encontravam nas fases avançadas
da doença (estádios III e IV). Esses
percentuais variaram entre os tipos
de câncer.
Figura 199 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 18% dos casos em homens e 14% dos casos em mulheres, evoluíram a
óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 200 e 201 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes
da macrorregião Triângulo do Norte, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Triângulo do Norte contribuiu com 5% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
96% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
55% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico
nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por
câncer dessa macrorregião.
306
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
307
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
3
10
36
7
1
65
57,5
Masc
Fem
38
51
Cavidade
Oral
2
7
46
3
7
53
-
27
87
Colo do
Útero
3
13
37
5
4
59
61
76
146
2
5
44
7
4
75
66
27
39
1
11
58
4
13
55
-
84
214
3
10
72
3
0
-
68
79
227
8
10
44,5
7
2
61,5
68
60
86
3
5
27,5
6
0
69
64
15
24
17
3
49,5
0
0
70
67
10
286
Triângulo do Norte
22
20
55
5
31
57
66
391
850
150
20
48
4
52
59
65
561
1.557
Pele Não Total
Cólon e
Mama
7
Esôfago
Estômago
Próstata Pulmão
Selecionados
Melanoma geral
Reto
Fem.
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nº de casos com estadiamento
8 sem informação / não
estadiável
Nº de municípios da Macro
7 Triâng. do Norte com casos
avançados (procedência)
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e sem
tratamento (em dias)
5
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião
Triângulo do Norte
Tabela 80 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009
13.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE
MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
13.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 360 casos novos de câncer da
mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 57,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse
mesmo ano são esperados 70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 11,5 óbitos
por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 74 óbitos por neoplasias da mama feminina, correspondendo a 14,15% dos
óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 12,5 óbitos
por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou
13,7% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos
33 RHC-MG, com 214 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 58 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 213 (99,5%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital
nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 84 casos avançados de câncer da mama feminina, 13 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
13.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte, 110 casos novos de câncer do colo
do útero e a taxa bruta de incidência será de 17,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4,4 óbitos por 100 mil
mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 29 óbitos por neoplasias do colo do útero, correspondendo a 5,54% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino. A taxa bruta de mortalidade foi de 4,9 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 5,6% do total de casos hospitalares registrados pelos 33 RHC-MG, com 87 casos, no ano de
2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o
tratamento no hospital de referência foi de 46 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Triângulo
do Norte, 85 (98%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases
avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do colo do útero, 7 casos
apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 7 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
308
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 560 casos novos de câncer da
próstata e a taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano,
são esperados 90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil
homens.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Norte, ocorreram 87 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 13,8% dos óbitos
por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,9 óbitos por
100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 15%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33
RHC-MG, com 227 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo
mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 72 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Triângulo do
Norte, 224 (99%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 79 casos avançados de câncer da próstata, nenhum
caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
13.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 180 casos novos de câncer do
cólon e reto (90 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos
por 100 mil homens e de 14 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60
óbitos por esse câncer (30 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
5,5 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Norte ocorreram 73 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (35 no sexo
masculino e 38 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,98 óbitos por 100 mil homens e de 6,4 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou
9,4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos
33 RHC-MG, com 146 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital
de referência foi de 37 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Triângulo do Norte, 143 (98%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 76 casos avançados
de câncer do cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
309
Triângulo do Norte
13.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
13.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 200 casos novos de câncer do pulmão
(120 em homens e 80 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19,8 casos novos por 100 mil
homens e de 13,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 170 óbitos por
esse câncer (100 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 16,3 óbitos
por 100 mil homens e de 10,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 137 óbitos por neoplasias do pulmão em ambos os sexos (80 no sexo masculino e 57 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13,7 óbitos por 100 mil homens e
de 9,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5,5% do
total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 86 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 61
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 78 (91%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer do pulmão, 2
casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
13.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 80 casos novos de câncer da cavidade oral (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por
100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos
por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 3,2 óbitos por 100 mil homens e de 0,9 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 40 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os
sexos (31 no sexo masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,3 óbitos por
100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe representaram 3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte,
registrados pelos 33 RHC-MG, com 51 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57
anos em homens e de 65 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 36 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião
Triângulo do Norte, 48 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 38 casos avançados de câncer da boca,
um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram
procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
310
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 110 casos novos de câncer do estômago (70 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão
de 12,2 casos novos por 100 mil homens e de 6,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 60 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas
de mortalidade serão de 7,3 óbitos por 100 mil homens e de 3,6 óbitos por 100 mil mulheres
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 72 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (42 no sexo masculino e 30 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,2 óbitos por 100 mil homens e de
5,05 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 2,5%
do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 39 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 75
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 37 (95%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do estômago, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
13.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 50 casos novos de câncer do esôfago
(40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6,3 casos novos por 100 mil
homens e de 1,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse
câncer (30 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4,35 óbitos por 100
mil homens e de 1,04 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 37 óbitos por neoplasias do esôfago em ambos os sexos (27 no sexo masculino e 10 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,6 óbitos por 100 mil homens e de
1,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 1,5% do
total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 24 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 69
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi
de 27 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 21 (87 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao
hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 15 casos avançados de câncer do esôfago,
nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
311
Triângulo do Norte
13.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
13.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 930 casos novos de câncer da pele
não melanoma (420 em homens e 510 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 68 casos
novos por 100 mil homens e de 80 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de
0,58 óbitos por 100 mil homens e de 0,67 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 2 óbitos por neoplasias da pele não melanoma em ambos os sexos (1 no sexo
masculino e 1 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil
homens e por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 18% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 286 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em
homens e de 70 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital
de referência foi de 49 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Triângulo do Norte, 269 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Dos 10 casos avançados câncer da pele não melanoma,
nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados
foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
13.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Triângulo do Norte (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 3.360 casos novos de câncer (1.810
em homens e 1.550 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 293 casos novos por 100 mil
homens e de 246 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.070 óbitos por
câncer (580 em homens e 490 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 93 óbitos por
100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 1153 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (630 no sexo masculino e 523 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 108 óbitos por 100 mil homens e
de 88 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Triângulo do Norte 1.557 casos hospitalares, que representaram 5% do total registrado pelos 33 RHC-MG,
no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 59 anos em mulheres.
O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 48 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Triângulo do
Norte, 1.407 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, que representaram 90% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por
todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos
561 casos avançados, 52 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 20 municípios da macrorregião Triângulo do Norte.
312
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Triângulo do Norte
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as
localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadiamento clínico do tumor)
na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 202). A respectiva
relação de municípios encontra-se na Tabela 81.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 202 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos
tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Triângulo do Norte, 33
RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso
dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença
em sua região de abrangência.
Tabela 81 – Relação dos municípios da macrorregião Triângulo do Norte segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009.
Município de Procedência
310010 Abadia dos Dourados
310350 Araguari
310375 Araporã
311110 Campina Verde
311180 Canápolis
311260 Capinópolis
311500 Cascalho Rico
311580 Centralina
311930 Coromandel
312350 Douradoquara
312480 Estrela do Sul
312790 Grupiara
312910 Gurinhatã
Estadios III e IV
7
53
5
3
1
6
2
13
5
2
%
53,8
Demais Estadios
6
Continua...
Total
13
75,0
1
4
44,5
62,5
50,0
60,0
25,0
38,2
26,3
66,7
66
3
1
119
8
2
4
10
21
34
3
6
2
14
2
1
3
8
2
19
2
3
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
313
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Fim.
Total
313070 Indianópolis
2
25,0
6
8
313160 Iraí de Minas
2
33,3
4
6
Município de Procedência
313140 Ipiaçu
313420 Ituiutaba
10
314310 Monte Carmelo
18
314810 Patrocínio
10
314280 Monte Alegre de Minas
314500 Nova Ponte
315280 Prata
315640 Romaria
315980 Santa Vitória
316960 Tupaciguara
317020 Uberlândia
8
2
3
18
391
31,3
36,4
40,0
16,7
35,7
75,0
41,9
34,9
3
22
14
27
10
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
32
22
45
12
18
28
3
3
3
1
25
730
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele:
Cachoeira Dourada
314
3
3
4
43
1121
13.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE (MG)
Triângulo do Norte
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e
controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas
Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença.
A macrorregião de saúde Triângulo do Norte apresentou dados que não deixam dúvidas sobre
a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de
44% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010,
evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado
ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 27
municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo,
com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 3.360 novos casos de câncer na população
dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com
potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo
aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental
podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da
população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
315
14. Macrorregião
Triângulo do Sul
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
317
14.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS
DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS
Triângulo do Sul
A macrorregião Triângulo do Sul abrange 27 municípios. Na população de 697.812 habitantes predominam os homens (349.578) em
relação às mulheres (348.234). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 20 aos 29 anos
e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes
(157.875) com 50 anos ou mais. (Figura 203)
Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 203 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Triângulo do Sul de Minas Gerais, 2010.
O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Triângulo do Sul entre os níveis médio
e alto desenvolvimento. O município com índices mais baixos em todas as categorias do IDHM foi
União de Minas (IDHM 0,716, IDHM renda 0,659, IDHM longevidade 0,709 e IDHM educação 0,781).
Os municípios com índices mais elevados foram Uberaba (IDHM 0,834, IDHM renda 0,773, IDHM
educação 0,913) e Frutal (IDHM longevidade 0,83) (Tabela 82).
Tabela 82 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Triângulo do Sul (MG).
Indicadores
Valores
População Censo (2010)
697.812
População Masculina
População Feminina
IDH (2000)
Mínimo
IDHM
0.716 União de Minas
IDHM-Renda
0.659 União de Minas
IDHM-Longevidade
IDHM-Educação
0.709 União de Minas
0.781 União de Minas
349.578
348.234
Máximo
0.834 Uberaba
0.773 Uberaba
0.83 Frutal
0.913 Uberaba
Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento
Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto
desenvolvimento).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
319
De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem
cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Triângulo
do Sul possui 21.085 estabelecimentos, com 173.571 vínculos formais de trabalho. Considerando
a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços
(24,8%), seguido por comércio (20,6%), indústria de transformação (20,4%), administração pública
(14,3%), agropecuária (11,9%), construção civil (6,7%), serviços industriais de utilidade pública
(0,7%) e extração mineral (0,6%) (Figura 204).
Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no
perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da
população trabalhadora.
Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010.
Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas.
Figura 204 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Triângulo do
Sul de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010.
320
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Triângulo do Sul 2.060 casos novos e 670
óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 315
casos novos por 100 mil homens e 246 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de
mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres
da próstata, com 109 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 48 casos novos
por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente
entre os homens, com 18 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de
cólon, reto e ânus, com 20 casos novos por 100 mil mulheres.
Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais
elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago,
estômago e pulmão (Figura 205).
Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012
Figura 205 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na
macrorregião Triângulo do Sul (MG).
Em 2013, a macrorregião Triângulo do Sul será responsável por 3,9% dos casos novos esperados
e 4% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira.
48% dos casos novos estimados da macrorregião Triângulo do Sul serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
321
Triângulo do Sul
14.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013,
NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS
322
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Estômago
C16
Colo do útero
100,43
380
77,05
0,59
76,46
-
3,83
9,71
9,98
7,46
3,77
1,77
1,06
Taxa de
Mortalidade
Feminino
290
10
280
-
10
40
40
30
10
10
10
Nº de
óbitos
315,12
132,52
182,61
108,75
-
-
17,85
15,49
9,57
10,31
11,78
Taxa de
Incidência
1160
490
670
400
-
-
70
60
30
40
40
Nº de Casos
Novos*
Masculino
246,16
70,84
175,32
-
15,27
48,51
12,95
19,63
6,36
3,01
3,87
Taxa de
Incidência
900
260
640
-
60
180
50
70
20
10
10
Nº de Casos
Novos
Feminino
Número de casos novos esperados
Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012.
MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012
²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
C00-C97; D46² Todas neoplasias malignas
10
1,13
C44
Pele não melanoma
370
99,30
Todas neoplasias malignas, exceto pele
não melanoma
-
-
50
20
20
30
10
Nº de
óbitos*
60
-
-
14,65
5,63
5,69
7,12
4,03
Taxa de
Mortalidade
Masculino
16,84
Próstata
C61
Mama feminina
C53
C50
Traqueia, brônquios e pulmões
Cólon, reto e ânus
C33-C34
C18-C21
Esôfago
Cavidade oral
C00-C10
C15
Descrição
CID-10
Número de óbitos esperados
Tabela 83 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos e óbitos
e do cálculo da razão incidência e mortalidade (I/M), segundo sexo e localização primária, na macrorregião Triângulo do Sul (MG)
As neoplasias ocuparam a 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas
básicas de mortes da macrorregião Triângulo do Sul, nos anos 2000 e 2010 (12% e 15,7%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição (14%) no ano 2000 para a 4ª posição
(11,7%) no ano 2010 (Figura 206).
A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Triângulo do Sul,
no ano de 2010.
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 206 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Triângulo do Sul, anos 2000 e 2010.
No ano de 2010, 86% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou
mais, em ambos os sexos (Figura 207).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 207 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião
Triângulo do Sul (MG), ano 2010.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
323
Triângulo do Sul
14.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO TRIANGULO DO SUL
DE MINAS GERAIS, ANO 2010
Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Triângulo do Sul, 47,5% (342 óbitos) foram
por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce
(Figura 208).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 208 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Triângulo do
Sul, ano 2010.
A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Triângulo do Sul foi de 103
óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres do pulmão (15,9/100
mil), próstata (15,4/100 mil) e mama feminina (9,7/100 mil).
Neoplasias
Tabela 84 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião
Triângulo do Sul (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010
Lábio, cav. oral e faringe
Esôfago
Estômago
Cólon, reto e ânus
Fígado e vias bil. intra-hepát.
Pâncreas
Laringe
Traqueia, brônquios e pulmões
Pele não melanoma
Mama feminina
Colo do útero
Corpo e partes n/esp. útero
Ovário
Próstata
Bexiga
Mening., encéf. e out. partes SNC
Linfoma não-Hodgkin
Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos
Leucemia
Neoplasias in situ, benig., comport. incert.
Restante de neoplasias malignas
Total
Masculino
Nº
22
23
22
22
10
18
4
67
2
54
7
17
6
4
11
12
81
382
coef. por
100 mil
6,29
6,58
6,29
6,29
2,86
5,15
1,14
19,17
0,57
15,45
2,00
4,86
1,72
1,14
3,15
3,43
23,17
109,27
Feminino
Nº
9
9
20
30
11
16
2
44
3
34
18
6
4
7
16
6
5
9
7
82
338
coef. por
100 mil
2,58
2,58
5,74
8,61
3,16
4,59
0,57
12,64
0,86
9,76
5,17
1,72
1,15
2,01
4,59
1,72
1,44
2,58
2,01
23,55
97,06
Nº
31
32
42
52
21
34
6
111
5
34
18
6
4
54
14
33
12
9
20
19
163
720
Total
coef. por
100 mil
4,44
4,59
6,02
7,45
3,01
4,87
0,86
15,91
0,72
9,76
5,17
1,72
1,15
15,45
2,01
4,73
1,72
1,29
2,87
2,72
23,36
103,18
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
324
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Homens: pulmão (19,2/100 mil), próstata (15,4/100 mil), esôfago (6,6/100 mil).
Mulheres: pulmão (12,6/100 mil), mama (9,7/100 mil), colorretal (8,6/100 mil).
Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de
mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia
um maior de risco de morte para homens (Figura 209).
Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/
SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 209 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Triângulo do Sul (MG), por
100 mil homens ou mulheres, ano 2010.
Em 2010, a macrorregião Triângulo do Sul foi responsável por 3,9% (720 óbitos) do total das 18.545
mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira.
O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram
86% desses óbitos.
47,5% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer
passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle
da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá
mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
325
Triângulo do Sul
As taxas brutas de mortalidade por neoplasiase gênero, na macrorregião Triângulo do Sul,
foram de 109 óbitos por 100 mil homens e 97 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três
principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes:
14.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER
PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS
Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha
de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença.
Foram procedentes da macrorregião Triângulo do Sul 1.212 casos hospitalares de câncer que
chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC
ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.203 casos hospitalares buscaram assistência
em Uberaba (Tabela 85).
Tabela 85 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares
procedentes da macrorregião Triângulo do Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009
Município de Tratamento
Belo Horizonte
Juiz de Fora
Mesma Macro
Outra Macro
Total Geral
6
6
2
1
Uberaba
1203
Total Geral
1203
Uberlândia
2
1203
9
1212
1
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –
Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos
os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do
município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente
pelos registros de câncer de base populacional (RCBP).
99% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da
macrorregião Triângulo do Sul buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e
Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 210 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma
macrorregião de residência - macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
326
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 211 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, SUS
ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009.
48% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Triângulo do Sul foram por um dos
sete tipos de cânceres, passíveis de
prevenção e/ou detecção precoce.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 212 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Triângulo do Sul, segundo sete tipos de cânceres
passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009.
Dos casos hospitalares de câncer
procedentes da macrorregião Triângulo do Sul:
50% chegaram na alta complexidade
sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem
diagnóstico/sem tratamento).
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de
Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
17% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos
com diagnóstico e com tratamento).
Figura 213 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da
macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
327
Triângulo do Sul
71% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião
Triângulo do Sul foram encaminhados pelo SUS.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação
e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 20% e 71% dos casos
hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do
Sul já se encontravam nas fases
avançadas da doença (estádios III
e IV). Esses percentuais variaram
entre os tipos de câncer.
Figura 214 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos
hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009.
Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 6,4% dos casos em homens e 6,2% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito.
Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figuras 215 e 216 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da
macrorregião Triângulo do Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009.
A macrorregião Triângulo do Sul contribuiu com 4% do total de casos hospitalares registrados
na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009.
99% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião.
48% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou
detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica.
A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico
nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por
câncer dessa macrorregião.
328
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
329
Nº de municípios da M. Triâng.
7 do Sul com casos avançados
(procedência)
11
4
20
6
0
59
53
16
29
Cavidade
Oral
5
3
72
3
0
46
-
13
47
Colo do
Útero
18
9
36
4
4
62
60
43
112
Cólon
e Reto
8
6
29
6
4
58,5
65
24
42
Estômago
10
10
41
3
7
55,5
-
37
142
Mama
Fem
9
6
82,5
2
0
-
67
31
150
Próstata
13
11
20
7
1
57
68
47
66
Pulmão
Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência.
2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012.
Nº de casos com estadiamento
8 sem informação / não
estadiável
5
Mediana do intervalo entre
o diagnóstico e o tratamento
6 dos casos que chegaram ao
hospital com diagnóstico e sem
tratamento (em dias)
Fem.
Masc.
Nº de casos avançados antes
dos 40 anos de idade
Mediana da idade no
diagnóstico (em anos)
Total de casos avançados
(estadios III e IV)
Nº de casos avançados em
10 casos do mesmo tipo
4
3
2
1 Total de casos (N)
Indicador da Macrorregião
Triângulo do Sul
5
4
52,5
4
0
57
55
10
28
Esôfago
189
3
28,5
0
0
69
66
5
242
Pele Não
Melanoma
Triângulo do Sul
74
18
48
4
16
56
66
211
588
7
Selecionados
443
20
42
2
24
60
63
297
1.212
Total
geral
Tabela 86 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009
14.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS
SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA
14.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 180 casos novos de câncer da mama
feminina e a taxa bruta de incidência será de 48 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9,7 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 34 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 10,06%
dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com
9,8 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 12% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 142 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos.
O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 41 dias
(casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião
Triângulo do Sul, 132 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor
na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram
ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 37 casos avançados de câncer da
mama feminina, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
14.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 60 casos novos de câncer do colo
do útero e a taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo
ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,8 óbitos por
100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 18 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 5,33% dos óbitos
por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 5,2 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 46 anos. O
intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 72 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 42 (89%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª
consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 13 casos avançados de câncer do colo
do útero, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos
avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
330
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 400 casos novos de câncer da
próstata e a taxa bruta de incidência será de 108,7 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo
ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 16,8 óbitos por
100 mil homens.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 54 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 14,1% dos óbitos
por neoplasias no sexo masculino, sendo 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com 15,45 óbitos
por 100 mil homens.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou
12% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos
33 RHC-MG, com 150 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 82 dias (casos
com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Triângulo do
Sul, 141 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta
na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas
fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 31 casos avançados, nenhum caso apresentou o
diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6
municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
14.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 130 casos novos de câncer do cólon
e reto (60 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15,5 casos novos
por 100 mil homens e de 19,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
50 óbitos por esse câncer (20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 5,6 óbitos por 100 mil homens e de 7,5 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 52 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (22 no
sexo masculino e 30 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3 óbitos por 100 mil
homens e de 8,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 9% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 112 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos
em homens e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 36 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da
macrorregião Triângulo do Sul, 94 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 43 casos avançados
de câncer do cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 9 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
331
Triângulo do Sul
14.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
14.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 120 casos novos de câncer do pulmão (70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17,8 casos novos
por 100 mil homens e de 12,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
90 óbitos por esse câncer (50 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 14,65 óbitos por 100 mil homens e de 9,98 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 111 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (67 no sexo
masculino e 44 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 19,2 óbitos por 100 mil
homens e de 12,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou
5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos
33 RHC-MG, com 66 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital
de referência foi de 20 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 53 (80%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 47 casos avançados de
câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
14.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer da cavidade oral (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11,8 casos
novos por 100 mil homens e de 3,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas
de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 31 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (22 no sexo masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3
óbitos por 100 mil homens e de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 2,4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do
Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 29 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de
53 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento
no hospital de referência foi de 20 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 18 (62%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do
tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 16 casos avançados de
câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses
casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
332
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer do estômago (30 casos novos em homens e 20 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de
9,6 casos novos por 100 mil homens e de 6,4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas
brutas de mortalidade serão de 5,7 óbitos por 100 mil homens e de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 42 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (22 no sexo
masculino e 20 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou
3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 42 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em
homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 29 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 34 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 24 casos avançados
de câncer do estômago, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade.
Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
14.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer do esôfago (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10,3 casos novos
por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados
40 óbitos por esse câncer (30 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão
de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de 1,8 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 32 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (23 no sexo
masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,6 óbitos por 100 mil homens e de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou
2,3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 28 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos em
homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 23 (82 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico
do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos
chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 10 casos avançados
de câncer do esôfago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
333
Triângulo do Sul
14.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
14.5.9 – CÃNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 750 casos novos de câncer da pele
não melanoma (490 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 132
casos novos por 100 mil homens e de 71 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano,
são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de
mortalidade serão de 1,1 óbitos por 100 mil homens e menos que um óbito por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 5 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (2 no
sexo masculino e 3 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por
100 mil homens por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 20% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados
pelos 33 RHC-MG, com 242 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos
em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no
hospital de referência foi de 28 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes
da macrorregião Triângulo do Sul, 53 (22%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio
clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Dos 5 casos avançados de câncer da pele não
melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Sul.
14.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Triângulo do Sul (MG)
Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 2.060 casos novos de câncer (1.160
em homens e 900 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 315 casos novos por 100 mil
homens e de 246 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 670 óbitos
por câncer (380 em homens e 290 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres.
A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião
Triângulo do Sul, ocorreram 720 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (382 no sexo
masculino e 338 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 109 óbitos por 100 mil
homens e de 97 óbitos por 100 mil mulheres.
Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Triângulo do Sul 1.212 casos hospitalares, que representaram 4% do total registrado pelos
33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 60
anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 42 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior).
Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Triângulo
do Sul, foram registrados 769 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do
tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 63% do total de casos. Em cada
grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da
doença (estadios III e IV). Dos 297 casos avançados, 24 casos apresentaram diagnóstico do câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados tiveram a procedência de 20 municípios da
macrorregião Triângulo do Sul.
334
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
Triângulo do Sul
A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas
as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª
consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 217). A respectiva relação
de municípios encontra-se na Tabela 87.
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Figura 217 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico
dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Triângulo do Sul, 33
RHC-MG, ano 2009.
É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de
acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle
da doença em sua região de abrangência.
Tabela 87 – Relação dos municípios da macrorregião Triângulo do Sul segundo estadiamento clínico
dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009
Continua...
Município de Procedência
310070 Água Comprida
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
5
5
310400 Araxá
17
19,8
69
86
311150 Campos Altos
10
40,0
15
25
311820 Conquista
4
30,8
9
13
311140 Campo Florido
311730 Conceição das Alagoas
312125 Delta
312700 Fronteira
3
11
3
27,3
20
8
8
31
11
100,0
4
18,2
18
22
22,2
7
9
3
313340 Itapagipe
1
313440 Iturama
35,5
5
1
312710 Frutal
312950 Ibiá
37,5
2
42,9
25,0
4
3
1
7
4
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
335
Fim.
Município de Procedência
313862 Limeira do Oeste
Estadios III e IV
%
Demais Estadios
Total
1
50,0
1
2
22,7
17
22
3
3
314920 Pedrinópolis
1
20,0
315070 Pirajuba
1
33,3
314980 Perdizes
315160 Planura
315300 Pratinha
315690 Sacramento
315770 Santa Juliana
316130 São Francisco de Sales
317010 Uberaba
317043 União de Minas
317110 Veríssimo
5
1
14
3
33,3
22,2
14,3
4
2
2
5
3
3
49
63
4
4
18
21
210
24,5
646
856
2
28,6
5
7
1
1
Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012.
Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles:
Carneirinho, Comendador Gomes, Tapira.
336
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
14.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL (MG)
Triângulo do Sul
A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção
e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado
de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o
enfrentamento e o controle da doença.
A macrorregião de saúde Triângulo do Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre
a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de
47% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010,
evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado
ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 27
municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo,
com prognóstico desfavorável no início do tratamento.
Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 2.060 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento
populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial
de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não
evoluir ao óbito.
Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados.
RECOMENDAÇÕES
Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco,
diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases
iniciais da doença.
Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos
diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis.
Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco.
Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico
precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
337
15. Referências
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
339
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BOSMAN, F. T.; CARNEIRO, F.; HRUBAN, R. H.; THEISE, N. D. WHO Classification of Tumours of the Digestive System. 4.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Análise da Situação de Saúde. Sistema
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção
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Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
341
Referências
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TAVASSOLI, F. A.; DEVILEE, P. (Eds.). World Health Organization Classification of Tumors. Pathology and Genetics of
Tumors of the Breast and Female Genital Organs. Lyon: IARC Press, 2003.
16. Anexos
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
343
16.1 – As Principais localizações primárias de câncer
A próstata é um órgão relacionado ao trato genital masculino. Localiza-se na região da pelve,
logo atrás e abaixo da bexiga e anteriormente ao reto. O trajeto inicial da uretra percorre o interior
da próstata. O adenocarcinoma é o tumor mais comum da próstata, a maioria originando-se nas
regiões periféricas do órgão. Pouco é conhecido sobre as causas do câncer prostático.
As manifestações clínicas da neoplasia prostática ocorrem tardiamente na evolução, e estão
relacionadas à obstrução da uretra e invasão de órgãos vizinhos e metástases. A detecção precoce
da neoplasia prostática envolve o exame digital retal, a pesquisa bioquímica do PSA e o ultrassom
transretal. A confirmação diagnóstica requer realização de biópsia e comprovação histológica da
neoplasia. O tratamento é realizado por meio de cirurgia, radioterapia e/ou manipulação hormonal.
O prognóstico do câncer de próstata está relacionado à extensão da doença e a fatores biológicos
intrínsecos à neoplasia, por exemplo, o grau de diferenciação. Muitos casos apresentam curso indolente e a doença tem curso clínico em geral favorável.
A sobrevida global de cinco anos é estimada em torno de 98,5%. Não obstante, por se tratar
de câncer com alta incidência, a neoplasia de próstata é responsável por grande número de óbitos
por câncer na população masculina.
Mama
A mama é a principal sede de câncer no sexo feminino. O carcinoma é a neoplasia maligna mais
comum da mama, sendo usualmente classificado, em bases histológicas, em carcinoma ductal e carcinoma lobular. Vários outros tipos especiais do carcinoma de mama (tubular, cribiforme, medular, papilar, micropapilar, coloide e outros) também podem ocorrer, com implicações prognósticas. A maioria
dos carcinomas da mama origina-se nas unidades funcionais do órgão, as unidades lóbulos-ductos
terminais. Os carcinomas da mama podem apresentar-se in situ ou invasivos. Tanto os carcinomas in
situ como os invasivos são graduados, e essa graduação é importante para a formulação prognóstica.
As manifestações clínicas do câncer de mama podem incluir a presença de nódulo palpável,
área de espessamento, retração ou ulceração da pele e secreção mamilar, por vezes hemorrágica.
A avaliação clínica periódica e métodos de imagem são importantes para a detecção precoce da
neoplasia. O principal método de imagem é a mamografia, suplementada pelo estudo ultrassonográfico. A ressonância nuclear magnética, método caro, tem sido indicada em casos específicos (no
acompanhamento ou para detecção de lesões multicêntricas). A confirmação do diagnóstico requer a documentação histológica da lesão (por meio de biópsia por agulha grossa “core-biopsy” ou
biópsia cirúrgica, incisional ou excisional). Em casos selecionados, a documentação citopatológica
pode ser considerada suficiente, se o exame clínico e exames de imagem corroboram o diagnóstico
de malignidade. A marcação e localização da lesão pelo método de imagem, com agulhamento, são
necessárias para a abordagem cirúrgica das lesões não palpáveis. O tratamento é conduzido com a
retirada cirúrgica da lesão, podendo requerer a retirada de um setor da mama, ou mesmo de toda
a mama (mastectomia total). Para o estadiamento, é necessário avaliar a possível disseminação neoplásica aos linfonodos regionais, na região da axila. O método do linfonodo sentinela é largamente
empregado atualmente para avaliar o comprometimento da axila, evitando-se dissecções axilares
desnecessárias, nos casos de axila não comprometida. A radioterapia, a manipulação hormonal (uso
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
345
Anexos
Próstata
de anti estrógenos, principalmente) e a quimioterapia são recursos terapêuticos adicionais, indicados conforme as características da neoplasia. O prognóstico está relacionado à extensão da doença
(estadiamento), ao grau de diferenciação e também a outros fatores (tipo histológico, expressão de
receptores hormonais, status do HER-2, etc.).
A sobrevida de cinco anos é de até 92,7% para os carcinomas in situ (Estadio 0); de 87,8% para
as pacientes com tumores em estadio I; de 74% a 81,4% para aquelas com tumores em estadio II; de
41% a 66,7% para aquelas com tumores em estadio III; e de 14,8% para as pacientes com tumores
em estadio IV (Edge et al, 2010).
Cavidade oral
Cada local específico de câncer dentro da cavidade oral tem particularidades próprias, em
relação ao diagnóstico e à progressão neoplásica. O carcinoma de lábio, por exemplo, surge como
uma ulceração superficial que cresce lentamente e apenas tardiamente tem a propensão a dar metástases em linfonodos. Já o câncer da língua surge relacionado a traumas locais, ao uso do tabaco
e do álcool, e invade precocemente o tecido muscular ricamente vascularizado subjacente, levando
ao rápido envolvimento de linfonodos regionais.
A principal manifestação clínica é uma ferida que não cicatriza, uma úlcera ou placa esbranquiçada. O carcinoma de células escamosas é o principal tipo de neoplasia afetando a cavidade oral. Tumores
relacionados a glândulas salivares e melanomas são bem menos comuns. Muito embora a cavidade
oral seja acessível à avaliação clínica e à biópsia de lesões suspeitas, boa parte dos tumores da cavidade
oral é detectada em fases avançadas. Como em outras neoplasias, a avaliação histológica é necessária
para o diagnóstico. O tratamento é cirúrgico, com abordagem oncológica das lesões, procurando-se
obter margem cirúrgica livre. O esvaziamento cervical pode ser necessário para abordar metástases
em linfonodos regionais. Outras abordagens terapêuticas incluem a radioterapia e a quimioterapia. O
prognóstico do carcinoma da cavidade oral está relacionado principalmente ao sítio acometido e à extensão da doença (estadio). A melhor chance para o paciente é a detecção da neoplasia em fase inicial.
A sobrevida de 5 anos é de 71,5% para pacientes em estadio I, caindo para 57,9% em estadio
II, 44,5% em estadio III e 31,9% em estadio IV (Edge et al., 2010).
Esôfago
O esôfago é um órgão tubular que vai desde a faringe até o estômago, tendo porções em região
cervical, torácica e abdominal. A biologia dos tumores é diferente, em cada um destes segmentos.
O tipo histológico mais usual nos segmentos proximais é o carcinoma de células escamosas. Já próximo à transição gástrica o adenocarcinoma pode surgir associado a áreas de metaplasia glandular
da mucosa, o assim chamado esôfago de Barrett. Em quaisquer dos segmentos as neoplasias esofagianas são em geral agressivas, mas aquelas mais proximais tendem a maior sobrevida.
As manifestações clínicas podem estar relacionadas à dor ao deglutir e obstrução, ocasionando
dificuldade ao engolir (disfagia), além de sangramento. A endoscopia digestiva alta é atualmente o
método de escolha para o diagnóstico, propiciando a identificação da lesão e colheita de biópsias,
para o diagnóstico histológico. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia,
em diferentes combinações.
A maioria dos casos é diagnosticada já em estadio avançado, resultando numa sobrevida
geral de 5 anos em torno de 14%. Para o esôfago torácico, pacientes com tumores em estadio I
346
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
apresentam sobrevida de 5 anos de 65%, caindo para 45% no estadio II, 20% no estadio III e 0%
no estadio IV (Edge et al. 2010).
O estômago é o órgão do aparelho digestivo responsável pela digestão ácida e enzimática dos
alimentos. É dividido anatomicamente em cárdia (transição gastro esofágica), fundo, corpo e antro.
As manifestações clínicas variam com o tamanho da lesão e a localização. Os tumores invadindo até
a submucosa (T1) são em geral assintomáticos, podendo ser detectados em uma endoscopia digestiva alta. Pacientes com tumores alcançando a muscular própria (T2) podem apresentar distúrbios
digestivos (dispepsia) e perda de peso.
Em tumores invadindo toda a espessura da parede gástrica (T3), as manifestações podem estar relacionadas à ulceração e ao sangramento, com hematêmese, melena e anemia. Os adenocarcinomas são o tipo histológico mais comum das neoplasias gástricas, sendo classificados em dois
subgrupos principais (de tipo difuso e tipo intestinal). Outros tipos de neoplasia que podem afetar
o estômago são as neoplasias neuroendócrinas, o linfoma e o tumor do estroma gastrointestinal
(GIST). Fatores etiológicos importantes no câncer gástrico incluem elementos da dieta (dietas ricas
em sal) e a infecção pelo Helicobacterpylori. O diagnóstico é feito por meio da endoscopia digestiva
alta, com obtenção de biópsias para a caracterização histológica. O tratamento é feito com cirurgia,
com a retirada subtotal ou total do estômago, associando-se quimioterapia, se necessário.
O prognóstico está relacionado ao estadio ao diagnóstico. Pacientes com tumores estadio IA
apresentam sobrevida de cinco anos de 70,8%; com estadio IB, a sobrevida é de 57,4%; estadio
IIA, 45,5%; estadio IIB, 32,8%; estadio IIIA, 19,8%; estadio IIIB, 14%; estadio IIIC, 9,2% e estadio
IV, 4% (Edge et al. 2010, p. 118).
Pulmão
O câncer de pulmão está entre as neoplasias malignas mais comuns no Ocidente e é uma das
causas mais comuns de morte por câncer, tanto em homens como em mulheres. O pulmão é um
órgão complexo, responsável pela troca de oxigênio entre o ar respirado e o sangue. Diferentes
tipos histológicos de neoplasia ocorrem nos pulmões, incluindo carcinoma de células escamosas,
adenocarcinoma e carcinomas neuroendócrinos (tumores carcinoides, carcinoma neuroendócrino
de pequenas células – tipo “oat-cell” – e carcinoma neuroendócrino de grandes células). O pulmão
é também sede frequente de metástases de carcinomas originados em outros sítios.
De maneira geral, a neoplasia pulmonar produz poucos sintomas, e quando diagnosticada já está
em estadio mais avançado. O diagnóstico requer a demonstração de lesões pulmonares, usualmente
por meio de exames radiológicos (radiografia, tomografia computadorizada). A caracterização histológica adequada é essencial para o diagnóstico e orientação do tratamento. Biópsias podem ser
obtidas por via broncoscópica ou transtorácica, com orientação radiológica ou por tomografia. Em
muitos casos, são feitas biópsias de linfonodos mediastinais, já sede de metástases ao diagnóstico.
O prognóstico é afetado pelo estadio e pelo tipo histológico da neoplasia. Para os tumores pulmonares não pequenas células (adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas), os pacientes em
estadio IA experimentam sobrevida mediana de 115 meses. Essa sobrevida mediana cai para 76 meses, em pacientes com estadio IB, e para apenas 7 meses em pacientes com estadio IV. O prognóstico é
ainda pior para os carcinomas de pequenas células, com sobrevida mediana de 77 meses para o estadio
I, 22 meses para o estadio II, 12 meses para estadio III e 6 meses para estadio IV (Edge et al. 2010).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
347
Anexos
Estômago
Colo uterino
O colo uterino representa a parte final do útero, fazendo protrusão na porção superior da vagina.
O colo uterino tem a porção ectocervical revestida por epitélio escamoso e o canal endocervical, que
comunica a vagina à cavidade endometrial, revestida por epitélio colunar mucossecretor. A maioria
dos carcinomas de colo uterino mostra diferenciação escamosa e originam-se na transição escamo-colunar. Uma menor proporção das neoplasias é classificada como adenocarcinoma. Os carcinomas
escamosos do colo uterino origina-se de lesões intraepiteliais escamosas pré-malignas, passíveis de
detecção em exames citológicos do colo uterino (as citologias cervicais – “Papanicolaou”). A infecção
por alguns tipos do HPV (vírus do papiloma humano, principalmente tipos 16 e 18) está associada a
risco de aparecimento de lesões intraepiteliais de alto grau e carcinomas do colo uterino. A detecção
e o tratamento das lesões pré-malignas podem impedir a progressão das mesmas a neoplasias infiltrantes, prevenindo o aparecimento de formas graves, avançadas da neoplasia.
As lesões pré-neoplásicas e o carcinoma in situ, não causam sintomas e podem ser identificados,
ao exame colposcópico, como placas brancas após a aplicação de ácido acético; padrões em mosaico
ou pontilhados também podem ser observados. Tratando-se de lesão com invasão microscópica, padrões de vascularização anormais podem ser vistos na colposcopia. Com a progressão, as neoplasias
tornam-se clinicamente evidentes, com sangramento vaginal irregular, corrimento (leucorreia), sangramento ou dor ao coito (dispareunia) e dor ao urinar (disúria).
O prognóstico é dependente do estadio do câncer ao diagnóstico. Para os carcinomas in situ e
aqueles com invasão de até 5 mm (T1a, estadio 0 ou IA), a sobrevida de 5 anos é de mais de 90%. No
estadio IB, a sobrevida em 5 anos cai para 80,3%. No estadio IIA, é de 63,2% e no IIB, de 58%. Para
os estadios IIIA e IIIB, é de 35,4% e 32,4%, respectivamente. Nos estadios IV A e IV B, a sobrevida é
de 16,1% e 14,6%.
Cólon e reto
O cólon e o reto são a sede mais comum de câncer no trato digestivo. Estudos intensivos demonstraram a série de mutações genéticas ocorrendo em adenomas, levando à transformação de
pólipos benignos para displasia epitelial e para adenocarcinoma. O oncogeneRas, o gene deletado no câncer colorretal, o gene p53 e defeitos de reparo do DNA levam à carcinogênese. Algumas
condições genéticas que aumentam o risco de câncer colorretal são a poliposecolônica familiar e o
câncer colorretal hereditário não polipose. A maioria dos cânceres colorretais são adenocarcinomas.
Em menor frequência são observados outros tipos histológicos como o carcinoma de células escamosas, carcinomas neuroendócrinos, sarcomas, tumores do estroma gastrointestinal e linfomas.
Os sintomas estão relacionados ao crescimento neoplásico, que provoca estreitamentos da luz
intestinal, ulceração e sangramento. A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode representar método para o rastreamento de lesões, com a complementação propedêutica por meio de colonoscopia.
O tratamento envolve a cirurgia, com a ressecção do segmento colônico acometido, complementado
com radio e quimioterapia.
Os pacientes com adenocarcinoma apresentam sobrevida global de 5 anos em 63% dos casos.
Para os pacientes com tumores em estadio I, a taxa de sobrevida de 5 anos pode chegar a 74%. Para
os pacientes com tumores em estadio IV, a sobrevida de 5 anos não chega a 6% (Edge et al. 2010).
348
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
A pele é tida como o órgão humano de maior extensão e é formada pela epiderme e pela derme. A camada da epiderme é constituída predominantemente pelas células epiteliais escamosas,
mas contendo também outros elementos celulares como os melanócitos e células de Merkel. Outras estruturas epiteliais presentes na pele são glândulas sebáceas e sudoríparas, além dos folículos pilosos. A epiderme apoia-se sobre a derme, camada conjuntiva predominantemente fibrosa,
que contém vasos sanguíneos e linfáticos, filetes nervosos e terminações sensitivas. Todas essas
diferentes células e estruturas podem originar neoplasias. O carcinoma de células escamosas e o
carcinoma basocelular são de longe as neoplasias malignas mais comuns da pele e são também
as que mais ocorrem entre todos os demais órgãos do corpo humano. Afortunadamente, tanto o
carcinoma basocelular como o carcinoma de células escamosas da pele são neoplasias de agressividade local, com baixo risco de metástases e associadas a baixo índice de mortalidade. O mesmo
não se pode dizer do melanoma, neoplasia cutânea que pode dar metástases muito precocemente
no seu crescimento e levar o paciente ao óbito. Há uma relação entre a exposição ao sol e o risco de
desenvolvimento destas neoplasias. De modo geral, os tumores ocorrem com maior frequência nas
áreas foto-expostas e acometem principalmente as pessoas de pele mais clara. A luz solar, contudo,
não é o único fator de risco associado ao desenvolvimento desses tumores. Para os melanomas, a
presença de nevos displásicos preexistentes e fatores hereditários podem estar relacionados ao
aparecimento da neoplasia. Para os carcinomas escamosos, o xerodermapigmentoso acentua o risco
provocado pela exposição aos raios ultravioleta. Pacientes imunossuprimidos também apresentam
maior risco de desenvolver lesões múltiplas.
Os melanomas apresentam-se clinicamente como lesões pigmentadas. São em geral maiores
que os nevos (“pintas”) comuns e mostram diferentes tonalidades de cor, variando do negro ao marron, azul e cinza. As bordas são irregulares e tendem a mostrar assimetria, ou seja, se a dividimos,
uma metade é diferente da outra.
Os carcinomas escamosos da pele, quando in situ, apresentam-se como placas descamativas,
avermelhadas. Na medida em que progridem, podem adquirir aspecto verrucoso ou ulcerado.
Os carcinomas basocelulares apresentam-se como pápulas peroladas, com dilatação dos vasos
subjacentes (telangiectasias); alguns podem conter pigmento; lesões avançadas ulceram-se e, sem
tratamento adequado, podem evoluir para invasão local extensa, com comprometimento inclusive
de ossos subjacentes.
O prognóstico é bom para os carcinomas de células escamosas, que são reconhecidos e tratados
ainda em fase inicial. Os carcinomas basocelulares infiltrativos, sem tratamento adequado, podem invadir localmente, produzindo algumas vezes lesões destrutivas, extensas, difíceis de serem controladas,
ou mesmo abordadas cirurgicamente.
Já para o melanoma o prognóstico é pior. Considerando-se apenas a espessura tumoral como
fator preditivo, a sobrevida de 10 anos é de 83% a 88% para os tumores de espessura menor que
1 mm; de 64%-79% para tumores com espessura entre 1,01 e 2 mm; de 51%-64% para tumores
entre 2,01 e 4 mm; e de 32%-54% para os de espessura maior que 4 mm (Edge et al. 2010).
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
349
Anexos
Pele
16.2 – Fatores de risco para o câncer
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2006), o conceito de risco engloba várias condições
que podem interferir nos níveis de saúde de uma população, sendo a ocorrência da doença um reflexo do modo de viver, condições sociais, econômicas e ambientais.
O aparecimento do câncer é multifatorial, sendo a interação entre susceptibilidade genética e
os fatores ou as condições do modo de vida e do ambiente determinam o risco de adoecer por essa
doença.
Os fatores de risco conhecidos estão relacionados a exposições de longa duração. Com o aumento da expectativa de vida, das melhores condições sociais nos dias atuais, é notório que haja
maior exposição.
Em 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. O tabaco é a principal causa
isolada evitável de câncer, sendo ele fator de risco para doença coronariana, doença pulmonar
obstrutiva crônica, doença cerebrovascular, além de outros cânceres, como laringe, pâncreas,
fígado, bexiga, rim, leucemia mieloide e, em associação ao álcool, potencializa o risco de desenvolvimento da doença.
O câncer ocupacional representa de 2% a 4% dos casos de câncer. Os tipos mais frequentes de
câncer relacionados ao trabalho são pulmão, pele, bexiga e leucemias, sendo alguns agentes cancerígenos já conhecidos, como amianto, arsênico, berílio, radiação ionizante, entre outros.
Tipo de indústria
Quadro 1 – Tipo de indústria e câncer associado
Alumínio
Borracha
Coqueria
Fundição de ferro e aço
Madeira e mobiliário
Couro e sapatos
Localização primária do câncer
Pulmão, bexiga
Leucemia, estômago
Pele, pulmão, rim, intestino e pâncreas
Pulmão, leucemia, estômago, próstata e rim
Adenocarcinoma nasal, câncer brônquico, pulmão e mieloma
Adenocarcinoma, câncer nasal, leucemia, pulmão, cavidade
oral, faringe, estômago e bexiga
Fonte: INCA, Situação do Câncer no Brasil, IARC, 2006.
350
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
16.3 – Registros de câncer
O registro de câncer de base populacional coleta os casos de câncer da população residente
em uma determinada área geográfica e ano. A equipe do RCBP realiza uma busca ativa em hospitais, laboratórios e outras fontes de notificação, públicas e privadas. O produto final é conhecer a
incidência de câncer naquela população.
No Brasil são 21 registros de câncer de base populacional que colaboram com dados para as
estimativas e análises de tendência realizadas pelo Instituto Nacional de Câncer do Ministério da
Saúde. Os registros colaboradores de Minas Gerais são o RCBP de Belo Horizonte, vinculado ao
Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e o RCBP de Poços de Caldas, vinculado à Secretaria
Municipal de Saúde. Juntos monitoram os casos novos de câncer em 13% da população estadual.
Os registros hospitalares de câncer coletam os casos confirmados dos pacientes de determinada
instituição e ano. Os dados são úteis para o planejamento do hospital e têm como objetivo maior
identificar o perfil da assistência na instituição. A Política Nacional de Atenção Oncológica (Portaria 741/05) torna obrigatória a existência desses centros em todas as instituições habilitadas na
alta complexidade de câncer.
O Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer capacita e monitora 38 RHC da rede SUS-MG
e voluntários, e a distribuição nos municípios pode ser observada na figura 218.
38 RHC-MG
33 hospitais credenciados na alta complexidade
do SUS-Brasil.
5 hospitais com RHC voluntário.
21 municípios com instituições, públicas ou privadas, com RHC ativo.
Fonte: Registros Hospitalares de Câncer, PAV-MG, 2012.
Figura 218 – Mapa de municípios MG com RHC.
Nota: Mais informações sobre esses registros podem ser consultadas. Acesso em: fev. 2013. em: <www.inca.gov.br>.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
351
Anexos
Os registros de câncer são centros de coleta, armazenamento, processamento e análise –
de forma sistemática e contínua – de informações sobre pessoas com diagnóstico confirmado de
câncer. Podem ser de dois tipos: base hospitalar e base populacional.
Capacitação em registros de câncer (RHC e RCBP), realizada pelo Encontro estadual com os Registros Hospitalares de Câncer de
INCA e o PAV-MG. Belo Horizonte, ano 2012.
Minas Gerais. Belo Horizonte, ano 2012.
Reunião técnica da supervisão estadual dos RHC – com os
Reunião técnica da supervisão estadual dos RHC – com os
representantes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal
representantes da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte.
de Uberlândia (UFU).
Coleta de casos novos de câncer nas fontes notificadoras do RCBP- Coleta de casos novos de câncer nas fontes notificadoras do RCBPBelo Horizonte. – PAV-SES-MG
Poços de Caldas - MG.
Figura 219 – Fotos de algumas das atividades dos Registros de Câncer de Minas Gerais.
352
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
16.4 – Projeção populacional para o ano de 2013 para Minas Gerais e
macrorregiões de saúde
Tabela 88 - População utilizando proporção no Censo 2010 x Projeção para o Ano 2013 (revisão 2008)
para Macrorregiões de Saúde de Minas Gerais
Macrorregião de Saúde
Masculino
Feminino
Total
Sul
1.377.757
1.375.847
2.753.603
Centro
3.102.105
3.331.638
6.433.743
Oeste
625.806
630.760
1.256.566
845.855
1.653.123
Jequitinhonha
374.852
196.367
388.560
197.683
Leste
749.511
783.206
Norte
830.914
833.423
Sudeste
Noroeste
Leste do Sul
Nordeste
Triângulo do Sul
Triângulo do Norte
Minas Gerais
807.269
348.208
348.690
426.312
368.868
617.271
10.173.929
340.777
353.864
429.015
367.450
626.731
10.504.809
763.412
Anexos
Centro Sul
394.050
1.532.717
1.664.338
688.985
702.553
855.327
736.318
1.244.002
20.678.738
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica.
Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2008. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
353
16.5 – Proporção de causas mal definidas em Minas Gerais
e macrorregiões de saúde entre 2000 e 2010
Os mapas evidenciam uma variação dos percentuais de óbitos por causas mal definidas, entre
as macrorregiões. De uma forma geral, em 2000, foram verificados valores mais baixos nas macrorregiões Centro, Sudeste, Triângulo do Norte e Oeste, sendo o ponto crítico para a macrorregião
Nordeste, com 40% de suas causas mal definidas. Neste mesmo ano, o percentual de causas mal
definidas de Minas Gerais foi de 14,2%.
Já para o ano de 2010, observa-se uma melhora na informação e a proporção de causas mal definidas é bem menor em comparação ao ano 2000, embora para as macrorregiões Jequitinhonha e
Nordeste esses percentuais ainda sejam críticos. Neste mesmo ano o percentual de causas mal definidas de Minas Gerais foi de 9,9% (Figura 220).
Ano 2000
Fonte: DATASUS – IBGE. Acesso em: 3 out. 2012
Ano 2010
Figura 220 – Proporção de causas mal definidas por macrorregiões de Saúde de MG em 2000 e 2010.
354
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
16.6 – Detalhamento dos setores de atividade econômica.
Quadro 2 – Detalhamento dos setores de atividade econômica
Detalhamento**
Agricultura, Pecuária e Serviços relacionados
Agropecuária, extração vegetal
Produção florestal
caça e pesca
Pesca e aquicultura
Administração Pública
Extração mineral
Indústria de transformação
Indústria de transformação
Serviços industriais de
utilidade pública
Construção cívil
Comércio
–
Extração de carvão mineral
Extração de petróleo e gás natural
Extração de minerais metálicos
Extração de minerais não-metálicos
Atividades de apoio de extração de minerais
Fabricação de produtos alimentícios
Fabricação de bebidas
Fabricação de produtos do fumo
Fabricação de produtos têxteis
Confecção de artigos do vestuário e acessórios
Preparação de couros e Fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e
calçados
Fabricação de produtos de madeira
Fabricação de celulose, papel e produtos de papel
Impressão e reprodução de gravações
Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis
Fabricação de produtos químicos
Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos
Fabricação de produtos de borracha e de material plástico
Fabricação de produtos de minerais não metálicos
Metalurgia
Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos
Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos
Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos
Fabricação de máquinas e equipamentos
Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias
Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores
Fabricação de móveis
Fabricação de produtos diversos
Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos
Eletricidade, gás e outras utilidades
Captação, tratamento e distribuição de água
Esgoto e atividades relacionadas
Coleta, tratamento e disposição de resíduos; recuperação de materiais
Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos
Construção de edifícios
Obras de infraestrutura
Serviços especializados para construção
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas
Comércio varejista
Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde
355
Anexos
Setor de atividade econômica*
Setor de atividade econômica*
Serviços
Detalhamento**
Transporte terrestre
Transporte aquaviário
Transporte aéreo
Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes
Correios e outras atividades de entrega
Alojamento
Alimentação
Edição e edição integrada à impressão
Atividades cinematográficas, produção de vídeos e de programas de televisão;
gravação de som e edição de música
Atividades de rádio e de televisão
Telecomunicações
Atividades dos serviços de tecnologia da informação
Atividades de prestação de serviços de informação
Atividades de serviços financeiros
Seguros, resseguros, previdência complementar e planos de saúde
Atividades auxliares dos serviços financeiros, seguros, previdência complementar
e planos de saúde
Atividades imobiliárias
Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria
Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão empresarial
Serviços de arquitetura e engenharia; testes e análises técnicas
Pesquisa e desenvolvimento e científico
Publicidade e pesquisa de mercado
Outras atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades veterinárias
Aluguéis não imobiliários e gestão de ativos intangíveis não financeiros (compra,
a venda e o licenciamento (leasing) pelo uso de marcas e patentes, venda e o
licenciamento de franquias, recebimento de royalties, direitos de exploração
mineral)
Seleção, agenciamento e locação de mão de obra
Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas
Atividades de vigilância, segurança e investigação
Serviços para edifícios e atividades paisagísticas
Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às
empresas
Administração pública, defesa e seguridade social
Educação
Atividades de atenção à saúde humana
Atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social,
prestadas em residências coletivas e particulares
Serviços de assistência social sem alojamento
Atividades artísticas, criativas e de espetáculos
Atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental
Atividades de exploração de jogos de azar e apostas
Atividades esportivas e de recreação e lazer
Atividades de organizações associativas
Reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e
objetos pessoais e domésticos
Outras atividades de serviços pessoais
Serviços domésticos
Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
Fonte: * Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ** Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0.
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