Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus fatores de risco de Minas Gerais Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde Estimativas de Incidência e Mortalidade para o ano 2013, válidas para 2014 Perfil da Mortalidade Perfil da Assistência na Alta Complexidade Belo Horizonte, MG 2013 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde (SVPS) Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador (SVEAST) Diretoria de Análise e Situação de Saúde (DASS) Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco (PAV-MG) Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves Rodovia Prefeito Américo Gianetti S/N 13°andar Ala Par Bairro Serra Verde CEP 31630-901 Belo Horizonte, MG Email: [email protected] Tel: (31) 3916-0370 Governador do Estado de Minas Gerais Antônio Augusto Junho Anastasia Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais Antônio Jorge de Souza Marques Secretário Adjunto de Saúde Francisco Antônio Tavares Jr. Diretoria de Saúde do Trabalhador / CEREST Estadual Elice Eliane Nobre Ribeiro Diretoria de Análise de Situação de Saúde Aline Machado Caetano Costa Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer – PAV-MG Coordenadora Berenice Navarro Antoniazzi (Epidemiologista) Estatísticas Carina Celi Inácio do Nascimento Thays Aparecida Leão D’Alessandro Médico Patologista dos Registros de Câncer Gil Patrus Mundim Pena Supervisoras de Campo dos Registros de Câncer Claudina Agnese Casale (RHC) Karina Elizabeth Evangelista (RCBP) Apoio dos Registros de Câncer Sheila Braz Francisco Chefe de Gabinete Marta de Souza Lima Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde Carlos Alberto Pereira Gomes Subsecretário de Políticas e Ações em Saúde Maurício Rodrigues Botelho Subsecretário de Inovação e Logística em Saúde João Luiz Soares Subsecretária de Regulação Maria Letícia Duarte Campos Registradoras de Câncer do RCBP Emília Aparecida Pereira Aguiar Gleisson Neves Gazeta Jane Reis Benevides Raquel Regina Rodrigues Silvania Lourenço Ribeiro Digitador do RCBP Emerson Pacheco de Carvalho Apoio Administrativo e Supervisora de Campo de Inquéritos Angela Maria do Amparo Subsecretário de Gestão Regional Gilberto José Rezende dos Santos Projeto gráfico e produção gráfica Autêntica Editora Assessora de Comunicação Social Gisele Maria Bicalho Rezende A635s Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador Deise Aparecida dos Santos MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco – PAV/MG. Situação do câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde: estimativas de incidência e mortalidade para o ano 2013, válidas para 2014: perfil da mortalidade: perfil da assistência na alta complexidade / Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais. – Belo Horizonte: SES-MG, 2013. v. 1 360 p.; il. Color. Inclui bibliografia Inclui anexo 1. Neoplasias. 2. Estimativas 3. Mortalidade 4. Assistência. I. Secretaria de Estado da Saúde. Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco – PAV/MG III. Título NLM QZ 200 Esta publicação é uma produção da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador – SVPS/SES/MG, com recursos dos Rendimentos do Convênio 199/02 – Prevenção e Controle do Câncer – Ações de Vigilância. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Elaboração Berenice Navarro Antoniazzi Carina Celi Inácio do Nascimento Thays Aparecida Leão D’Alessandro Colaboradores Erika Guerrieri Barbosa Gil Patrus Mundim Pena Mariana Gonçalves de Freitas Agradecimentos Agradecemos à equipe técnica da Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA) responsável pela elaboração das estimativas nacionais, por nos doar seu tempo e sua metodologia. Às fontes notificadoras dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte e de Poços de Caldas, que contribuíram com seus dados para que pudéssemos construir as estimativas de câncer para as macroregiões do estado de Minas Gerais; fato inédito que muito nos orguha. À Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas pela contribuição de seu RCPB nas estimativas de incidência de câncer no estado. Aos Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais, que nos enviam seus dados e acreditam no nosso trabalho. À equipe da Diretoria de Saúde do Trabalhador da SVPS/SES-MG, pelos dados das atividades produtivas do estado e das macrorregiões. Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna Citocenter Centro de Citologia e Anatomia Patológica Ltda. Citodiagnóstico Serviços Ltda. Citokraft Laboratório de Citologia e Anatomia Patológica Ltda. Diagnose Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Fundação Benjamin Guimarães – Hospital da Baleia Hospital Alberto Cavalcanti Hospital Belo Horizonte Hospital da Policia Militar Hospital das Clínicas da UFMG Hospital Evangélico Hospital Felício Rocho Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) Hospital Júlia Kubitschek Hospital Luxemburgo Hospital Madre Teresa Hospital Mater Dei S.A. Hospital Municipal Odilon Bherens Hospital São Francisco Hospital Semper Hospital Vera Cruz Instituto Moacyr Junqueira Ltda. IRA Instituto Roberto Alvarenga Ltda. José de Souza Andrade Filho Sociedade Civil Ltda. Labo Cito Exames Citológicos Ltda. Laboratório Analys Ltda. Laboratório da Faculdade de Odontologia da UFMG Laboratório Dairton Miranda Ltda. Laboratório de Análises Clínicas Humberto Abrão Ltda. Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia Confins Ltda. (CONLAB) Laboratório Hermes Pardini Laboratório Hugo Silviano Brandão Laboratório Municipal de Referências e Análises Clínicas Laboratório PUC Patologia – Faculdade de Odontologia Laboratório Salomé Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Laboratório Tafuri de Patologia Laboratórios Boechat Anatomia Patológica e Citologia Ltda. Maternidade Odete Valadares Núcleo de Anatomia Patológica e Citopatalogia S. C. Ltda. Pittella & Andrade Anatomia Patológica e Citopatologia Ltda. Pró Célula Exames Citológicos Ltda. Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Serviço de Anatomia Patológica Virchow Ltda. Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Fontes Notificadoras do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas Centro Infantil de Investigacões Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini (Campinas) Centro Médico para Prestação de Serviços (Dr. Nimio Rafael Garcete Balbuena) Centro Municipal de Especialidades Médicas Núcleo Leste Clínica Memorial Ltda. Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP) Fundação Pio XII (Barretos) Hospital Pedro Sanches Hospital Santa Lúcia – Hospital do Coração Hospital São Domingos Hospital Unimed Pronto Atendimento Instituto de Onco-Hematologia SC Ltda. Instituto de Patologia José Carlos Correa Ltda. Instituto de Prevenção e Diagnóstico (IPD) J Janini (Varginha) Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas Laboratório Prognose Lapaci Poços de Caldas Ltda. Oncogen Centro de Oncologia e Genética Molecular Ltda. Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO) Sistema de Informação do Câncer de Mama (SISMAMA) Sonner Sistemas de Informática Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (ASCOMCER) Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central – Hospital Dr. Hélio Angotti de Uberaba Associação dos Amigos do Hospital Mário Penna de Belo Horizonte Casa de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfenas Centro de Quimioterapia Antiblástica e Imunoterapia (CQAI) de Belo Horizonte Clínica Memorial Ltda. de Poços de Caldas Fundação Benjamim Guimarães - Hospital da Baleia de Belo Horizonte Fundação de Saúde Dílson de Quadros Godinho de Montes Claros Hospital Alberto Cavalcanti de Belo Horizonte Hospital Bom Pastor de Varginha Hospital das Clínicas da UFMG de Belo Horizonte Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) de Uberaba Hospital das Clínicas Samuel Libânio de Pouso Alegre Hospital de Cataguases Hospital do Câncer de Muriaé Hospital Dr. João Felício de Juiz de Fora Hospital Felício Rocho de Belo Horizonte Hospital Ibiapaba de Barbacena Hospital Luxemburgo de Belo Horizonte Hospital Márcio Cunha de Ipatinga Hospital Nossa Senhora das Dores de Ponte Nova Hospital Nossa Senhora das Graças – Irmandade de Nossa Senhora de Sete Lagoas Hospital Professor Osvaldo R. Franco de Betim Hospital Samaritano – Beneficência Social Bom Samaritano de Governador Valadares Hospital São Francisco de Belo Horizonte Hospital São João de Deus - Fundação Geraldo Corrêa de Divinópolis Instituto Oncológico de Juiz de Fora Irmandade do Hospital da Santa Casa de Poços de Caldas Irmandade Nossa Senhora de Montes Claros Santa Casa de Misericórdia de São João Del Rei Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte Santa Casa de Misericórdia de Passos Secretaria Municipal de Saúde de Poços de Caldas Secretária Municipal de Saúde: Aparecida Linhares Pimenta Equipe técnica do RCPB de Poços de Caldas Yula Merola Rosilene de Oliveira Rosimeire Garcia Cristiano de Lima Comissão Assessora do RCPB de Poços de Caldas Yua Merola (presidente) André Schenka (médico patologista) Helena Maria Barbosa (médica oncologista) Nímio Rafael Garcete Balbuena (médico oncologista) Nivaldo Carlos Silva (pesquisador do LAPOC da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN) Romeu Nacarato (médico cirurgião) Victor Cardillo (médico clínico geral) Equipe técnica da Diretoria da Saúde do Trabalhador/CEREST Estadual da SVPS/SES-MG Elice Eliane Nobre Ribeiro Cecília Martins Coelho Cristiane Moreira Magalhães Andrade Érika Guerrieri Barbosa Hellen Alessandra Pereira Janaina Passos de Paula Marcela de Lacerda Alexandrino Maria José Barbosa Sá de Souza Mariana Gonçalves de Freitas Patrícia Malta Pinto Sandra Regina Soares Moreno de Souza Claúdia Regina de Carvalho Rocha Roberta Silva de Faria Rosemary da Silva APRESENTAÇÃO A Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde através da Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador e da Diretoria de Vigilância da Situação de Saúde, apresenta a nova publicação do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer de Minas Gerais, que desde o ano 2000 tem se empenhado na otimização de seus processos de trabalho para a obtenção do cenário de Minas Gerais em relação ao câncer, especialmente nos aspectos que tangem a morbidade, que traduz a incidência e o perfil da doença no Estado, aspectos até então não priorizados ou não tão bem explorados em estudos anteriores. Esta realização encontra-se alinhada à agenda estratégica do Projeto desta Subsecretaria, que prioriza o fortalecimento da vigilância em saúde, bem como a diretriz dos projetos estruturadores do Governo Estadual e diretrizes nacionais do Ministério da Saúde de qualificar a informação para tomada de decisão visando serviços públicos efetivos e de alto valor agregado. Foi sob esta ótica, a de publicar um documento que sirva à qualificação da política mineira de abordagem do câncer, que a equipe técnica do Programa de Vigilância do Câncer utilizou de toda a sua expertise analítica e institucional para a tradução e divulgação da presente análise. O ponto alto da mesma é de expor, pela primeira vez, as estimativas de incidência e mortalidade por câncer em cada um dos territórios sanitários macrorregionais para o ano de 2013, válidas para 2014. Assim, é com grande satisfação que convidamos profissionais, estudiosos do tema, cidadãos e especialmente os gestores de políticas públicas de saúde deste Estado, à apreciação desta relevante publicação, na expectativa de que a mesma proporcione as reflexões e o desenvolvimento de medidas necessárias à concretização de resultados ao cidadão, resultados estes passíveis de serem mensurados pelas edições vindouras. Carlos Alberto Pereira Gomes Subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas Gerais Deise Aparecida dos Santos Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador de Minas Gerais SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................................................................11 O QUE É CÂNCER............................................................................................................................13 METODOLOGIA................................................................................................................................15 1. MINAS GERAIS............................................................................................................................19 2. MACRORREGIÃO CENTRO.....................................................................................................51 3. MACRORREGIÃO CENTRO SUL............................................................................................73 4. MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA...................................................................................95 5. MACRORREGIÃO LESTE....................................................................................................... 117 6. MACRORREGIÃO LESTE DO SUL...................................................................................... 139 7. MACRORREGIÃO NORDESTE............................................................................................ 161 8. MACRORREGIÃO NOROESTE............................................................................................. 183 9. MACRORREGIÃO NORTE..................................................................................................... 205 10. MACRORREGIÃO OESTE................................................................................................... 227 11. MACRORREGIÃO SUDESTE.............................................................................................. 249 12. MACRORREGIÃO SUL......................................................................................................... 271 13. MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE................................................................295 14. MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL.......................................................................317 15. REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 339 16. ANEXOS.................................................................................................................................... 343 16.1 As Principais Localizações Primárias de Câncer............................................. 345 16.2 Fatores de Risco para o Câncer............................................................................... 350 16.3 Registros de Câncer..................................................................................................... 351 16.4 Projeção Populacional para o ano de 2013 por Minas Gerais e Macrorregiões de Saúde.............................................................................................. 353 16.5 Proporção de Causas mal definidas em Minas Gerais e Macrorregiões de Saúde entre 2000 e 2010...................................................................................... 354 16.6 Detalhamento dos Setores de Atividade Econômica..................................... 355 INTRODUÇÃO São vários tipos de doenças que englobam a palavra câncer e que cada vez mais conquistam espaço como problema de saúde pública no nosso Estado. Conforme a literatura, os cânceres acometem indistintamente pessoas de todas as idades, sexo, raça, culturas, países e religiões. Diferenças regionais são atribuídas à diferença na exposição da população a fatores de risco, associados ao estilo de vida ou diretamente relacionados a características genéticas da população. O propósito dessa publicação é o de reunir um conjunto de informações para situar a magnitude do câncer e as projeções futuras, no Estado e macrorregiões, para fundamentar o planejamento estratégico dos gestores em sua região de abrangência. Nessas análises foram amplamente utilizados os sistemas de informação do Ministério da Saúde, o de mortalidade do DATASUS e dos registros de câncer do Instituto Nacional de Câncer, que estão disponíveis na internet para acesso ao público. Ressalte-se que a captação primária desses dados ocorre em Minas Gerais e que a rede estadual de informação de câncer conta com dois registros de câncer de base populacional e trinta e três registros hospitalares de câncer. Para cada território de análise, são apresentados os aspectos gerais da região, as estimativas de incidência de câncer para o ano 2013, a mortalidade por neoplasias no ano 2010 e o perfil da assistência no ano 2009. Mediante à complexidade do tema, foi também realizada a análise de situação para dez principais localizações primárias. Nos anexos encontram-se informações gerais de suporte aos textos como também uma revisão de literatura do tema de estudo. Não poderíamos deixar de considerar sobre o monitoramento do Instituto Nacional de Câncer ao Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer ao longo desses anos, possibilitando dados de qualidade e que hoje pudéssemos contar com as estimativas regionais. De outro modo, igualmente importantes são os colaboradores, hospitais e laboratórios, públicos ou privados, eixos estruturadores do sistema estadual de informação de câncer. Esperamos que essas análises promovam a revisão de responsabilidades de todos nós para o controle do câncer em nosso Estado. Berenice Navarro Antoniazzi Coordenadora do Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer de Minas Gerais Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 11 O QUE É CÂNCER? O câncer denota genericamente o conjunto de neoplasias malignas. Embora a palavra câncer evoque a noção de “mal”, a denominação abarca grande grupo de doenças diversas, desde doenças de evolução indolente até doenças de progressão fulminante. Entre esses extremos, podemos encontrar doenças em matizes intermediários de agressividade. Diferentes tipos celulares (células epiteliais, células mesenquimais, células linfoides, etc.) originam diferentes tipos de neoplasia, com evolução distinta, formas de tratamentos particulares e prognósticos próprios. Simplesmente mencionar o câncer como um problema de saúde não é suficiente para esclarecer com que entidade lidamos: é necessário indicar, pelo menos, qual o órgão acometido (a topografia) e o tipo celular da neoplasia (morfologia). As neoplasias malignas representam crescimentos celulares desordenados, fora dos controles fisiológicos, que constituem novas populações celulares, previamente inexistentes. O comportamento maligno atribuído a determinadas neoplasias deriva de características próprias das células em proliferação, principalmente as propriedades de invadir os tecidos e de originar metástase a distância. Para que uma neoplasia maligna se forme, é necessário que ocorram modificações no material genético (DNA) das células do próprio indivíduo. Essas alterações genéticas podem ser induzidas por agentes químicos, físicos e biológicos. Outras modificações são ainda necessárias, para que o DNA previamente alterado possa se expressar, modificando o fenótipo e o comportamento da célula. Classicamente, a primeira modificação é denominada “iniciação” e a segunda de “promoção”. Posteriormente, a neoplasia entra em “progressão”, etapa em que ocorre o crescimento tumoral. Nesse crescimento, as células se dividem, com possibilidade de novas alterações do DNA e em processos epigenéticos, que alteram ainda mais o fenótipo neoplásico. Para os tumores que se originam em epitélios (carcinomas, melanoma), pode haver uma fase in situ, onde o crescimento celular está restrito ao epitélio, sem invasão do estroma; nesta fase, pela ausência de vasos no epitélio, não ocorrem metástases. A neoplasia invasiva é aquela que penetra o estroma, onde estão vasos sanguíneos e linfáticos, havendo a possibilidade de disseminação a linfonodos regionais e metástases a distância. A evolução do tumor maligno depende das características das células neoplásicas (capacidade de proliferação, de invasão, de penetração em vasos linfáticos ou sanguíneos, de estabelecer metástases a distância, resistência a drogas quimioterápicas, etc.) do órgão onde o tumor está localizado, de fatores constitucionais de cada pessoa, de fatores ambientais e outros. Em relação ao horizonte clínico, as neoplasias só produzem manifestações clínicas (sinais e sintomas), na medida em que alcancem determinado volume, na dependência do órgão acometido. O conhecimento de fatores associados às etapas de iniciação e de progressão possibilitam ações preventivas, evitando ou controlando a exposição a diferentes agentes cancerígenos. Para algumas neoplasias, é possível a detecção precoce de lesões, ainda em fases iniciais, antes que ocorram manifestações clínicas. É o que ocorre no diagnóstico das lesões intraepiteliais (lesões displásicas e carcinoma in situ). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 13 É fundamental a caracterização a mais precisa possível de cada neoplasia, em relação à linha de diferenciação celular, para o adequado planejamento terapêutico. Linfomas, carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas de diferentes tipos são doenças totalmente distintas, em relação à evolução e ao tratamento, ainda que abrigadas dentro da denominação genérica de câncer. Independentemente da fase em que o câncer é detectado, há necessidade de se classificar cada caso de acordo com a extensão do tumor e essa classificação é chamada de estadiamento. Para tanto, o método mais utilizado é o preconizado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), denominado Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos, que dá graduações para a extensão do tumor primário (T), a disseminação da doença a linfonodos regionais (N) e a presença de metástases a distância (M). A classificação adequada da neoplasia e o estadiamento permitem ao médico oncologista propor o tratamento mais adequado para cada paciente. O sistema TNM não se aplica a todas as neoplasias. Para os linfomas, por exemplo, há sistemas de estadiamento próprio. Dadas as peculiaridades de cada doença, em relação ao órgão acometido e ao tipo histológico, é apresentada uma breve descrição de algumas neoplasias selecionadas a partir da possibilidade de prevenção, rastreamento e detecção precoce, constantes no Anexo 16.1 (p. 345). 14 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde METODOLOGIA Para análise da situação de câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde foram utilizados os sistemas de informação em saúde, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o Sistema de Registros Hospitalares de Câncer (SisRHC) e o Sistema de Registros de Câncer de Base Populacional (SisBasepopWeb) ambos desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA). As populações utilizadas como denominador para o cálculo das taxas apresentadas na presente publicação, censitárias (1980, 1991, 1996, 2000 e 2010) e intercensitárias, foram obtidas com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por intermédio do site do DATASUS. Para a Estimativa para o ano 2013, a população utilizada foi a da projeção populacional para o mesmo ano, disponível no site do IBGE. Como a informação populacional não estava desagregada por sexo, a mesma foi obtida tomando-se como base a distribuição proporcional por sexo da população do Censo 2010 (Anexo 16.4). ESTIMATIVA Para as estimativas de incidência e mortalidade do câncer foram calculadas as taxas brutas de mortalidade dividindo-se o número de óbitos para cada tipo de câncer e sexo pela população específica por 100 mil habitantes, e para as estimativas do número de casos novos de câncer esperados para Minas Gerais e as macrorregiões de saúde, no ano de 2013, seguiu-se o método proposto por Black et al. (1997), o mesmo utilizado pelo Instituto Nacional de Câncer. Para o cálculo das razões foram utilizados os casos novos do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Belo Horizonte referente ao período de 2000 a 2005 e do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Poços de Caldas referente ao período de 2007 e 2008, sendo as mesmas utilizadas para todas as macrorregiões de saúde. As estimativas do número de óbitos foram elaboradas segundo a fórmula: Y=mx+b Onde, Y = Taxa de mortalidade estimada para o ano 2013 m = ângulo de inclinação x = ano calendário b = intercepto Quando o modelo linear não se mostrou aplicável, utilizou-se, como alternativa, a taxa média dos últimos cinco anos. As informações dos óbitos foram obtidas do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) para o período de 1979 a 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 15 O método proposto por Black et al. (1997) para o cálculo das estimativas de casos novos permite obter a taxa de incidência de câncer para uma determinada região, multiplicando-se a taxa observada de mortalidade da região pela razão entre os valores de incidência e mortalidade da localidade onde exista RCBP, no caso para as estimativas de Minas foram usados os valores dos registros de Belo Horizonte no período de 2000 a 2005 e de Poços de Caldas no período de 2007 a 2008. Sendo assim, a razão incidência/mortalidade (I/M) foi obtida dividindo-se o total de casos novos, nesses registros, pela soma dos óbitos fornecidos pelo SIM, para o mesmo período nessas localidades. As respectivas razões foram aplicadas às taxas de mortalidade estimadas por regressão linear para o ano 2013 para Minas Gerais e 13 macrorregiões de saúde. Onde, TIL =TML * (IR/MO) TIL = Taxa de incidência estimada para a UF ou capital. TML = Taxa de mortalidade estimada pela série histórica de mortalidade para UF ou capital. IR = Número de casos novos dos RCBP (período entre 2000 e 2005). MO= Número de óbitos das localidades onde existem RCBP (período entre 2000 e 2005), obtidos do SIM. A estimativa do número de casos novos para Minas Gerais foi obtida pela soma dos valores absolutos por macrorregião de saúde. As taxas correspondentes foram obtidas dividindo-se os valores de casos novos de Minas Gerais pela sua população específica. Todos os valores absolutos estimados foram arredondados para 10 ou múltiplos de 10. As taxas de incidência apresentadas referem-se aos valores obtidos antes do arredondamento. A fim de descrever o padrão geográfico da ocorrência de câncer, as taxas de incidência obtidas para as macrorregiões de saúde foram representadas espacialmente, baseadas nas distribuições das taxas por quartil. Os critérios gerais para a seleção das localizações de câncer, que constam na estimativa, incluíram a magnitude da mortalidade ou da incidência (exemplo: câncer de mama, próstata, pulmão e pele não melanoma), assim como os sete cânceres passíveis de detecção precoce. Nesta publicação, apresentam-se a estimativa para o ano de 2013 do número de casos novos e do número de óbitos as respectivas taxas brutas para câncer em geral e 10 localizações selecionadas. Os tumores selecionados basearam-se na Classificação Internacional de Doenças para Oncologia, Segunda Edição, CID-O2 (para o período entre 2000 e 2004), e a Terceira Edição, CID-O3 (período entre 2005 e 2008), e foram convertidos para Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, Décima Revisão, CID-10. 16 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Foram incluídos os cânceres cujas localizações primárias encontram-se abaixo descritas: Localização Primária Códigos da CID-10 Todas as neoplasias malignas C00 a C97; D46, exceto C77-C79 Cavidade oral Esôfago Estômago Cólon e reto Traqueia, brônquios e pulmões Outras neoplasias malignas da pele Mama feminina Colo do útero Próstata C00-C10 C15 C16 C18-C21 C33-C34 C44 C50 C53 C61 Fonte: Classificação Estatística Internacional de Doenças Relacionadas à Saúde 10ª revisão (CID 10). PERFIL DA ASSISTÊNCIA Os dados de assistência ao câncer são referentes aos casos hospitalares de 33 Registros Hospitalares de Câncer (RHC) de Minas Gerais, totalizando 29.161 casos no ano de 2009. Para as análises da assistência foram utilizados a distribuição percentual; cálculo de indicadores, como mediana do intervalo de tempo entre o diagnóstico e tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias); número de casos avançados; mediana da idade no diagnóstico; representação espacial do número de casos avançados para cada macrorregião de saúde, segundo município de procedência, entre outros. MORTALIDADE Os dados de mortalidade e população foram referentes ao ano de 2010. Para cada macrorregião de saúde foram calculadas as taxas brutas de mortalidade e específicas por idade e sexo para os tipos de neoplasias selecionados, além da distribuição percentual dos óbitos. A seleção das localizações das neoplasias, que constam na mortalidade, foi baseada no Capítulo 2 da CID-10, Neoplasias (Lista de Tabulação CID-BR-10) para o ano 2010, exceto para a neoplasia maligna da pele (C43) pois nesta publicação será apresentada a pele não melanoma (C44). Enfatizamos que as análises da mortalidade, aqui apresentadas, incluem todas as neoplasias (C00-D48), referente ao Capítulo II da CID 10. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 17 As codificações estão descritas a seguir. Capítulo Código Elemento da Tabela Códigos da CID-10 032-052 Neoplasias [tumores] C00-D48 033 Neoplasia maligna do esôfago C15 Neoplasia maligna do fígado e das vias biliares intrahepáticas C22 032 034 035 036 037 038 039 II 040 041 042 043 044 045 046 047 048 049 050 051 052 Neoplasia maligna do lábio, da cavidade oral e C00-C14 da faringe Neoplasia maligna do estômago C16 Neoplasia maligna do cólon, do reto e do ânus C18-C21 Neoplasia maligna do pâncreas Neoplasia maligna da laringe C25 C32 Neoplasia maligna da traqueia, dos brônquios C33-C34 e dos pulmões Outras neoplasias malignas da pele Neoplasia maligna da mama Neoplasia maligna do colo do útero Neoplasia maligna do corpo e de partes não especificadas do útero Neoplasia maligna do ovário Neoplasia maligna da próstata Neoplasia maligna da bexiga Neoplasia maligna das meninges, do encéfalo e de outras partes do sistema nervoso central Linfoma não Hodgkin Mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos Leucemia Neoplasias in-situ, benignas e de comportamento incerto ou desconhecido Restante de neoplasias malignas C44 C50 C53 C54-C55 C56 C61 C67 C70-C72 C82-C85 C90 C91-C95 D00-D48 C17, C23-C24, C26-C31, C37-C41, C43; C45-C49, C51-C52, C57-C60, C62-C66, C68-C69, C73-C81, C88-C89, C96-C97 Fonte: Adaptado do DATASUS – Notas Técnicas. Disponível em: <www.datasus.gov.br>. Acesso em: jan. 2013. Os dados de mortalidade do ano de 2010 aqui apresentados foram atualizados em 6/6/2012 e estão disponíveis em: <www.datasus.gov.br>. LIMITAÇÕES DO ESTUDO Recomenda-se cautela na interpretação e utilização das análises das estimativas e da mortalidade, pois, apesar da melhoria do percentual de causas mal definidas ao longo do tempo, ainda assim, há macrorregiões com percentuais elevados e esse cenário é refletido nas análises. Minas Gerais 1. Minas Gerais O Estado de Minas Gerais está localizado na Região Sudeste do Brasil e ocupa 586.852,35 km2 do território nacional. Os seus 853 municípios concentram cerca de 10% da população do país. A urbanização representa 85,3% e a população economicamente ativa é de 9,94 milhões. Possui clima tropical, com temperaturas médias anuais superiores a 18°C1. De acordo com o Plano Diretor de Regionalização divide-se em 13 macrorregiões de saúde. Na população de 19.597.330 habitantes predominam as mulheres (9.955.453) em relação aos homens (9.641.877). A pirâmide etária evidencia maior concentração da população dos 15 aos 29 anos, em ambos os sexos, e sinaliza o envelhecimento populacional com 22% habitantes (4.365.352) com 50 anos ou mais (Figura 1). Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 1 – Pirâmide etária da população residente em Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios, entre os níveis baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Bonito de Minas (IDHM renda 0,423), Setubinha (IDHM 0,568), Montezuma (IDHM longevidade 0,571) e Ninheira (IDHM educação 0,573). Os índices mais elevados foram em Poços de Caldas (IDHM 0,841), Belo Horizonte (IDHM renda 0,828, IDHM educação 0,929) e São Lourenço (IDHM longevidade 0,865) (Tabela 1). Indicadores Tabela 1 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, Minas Gerais, 2010 Valores População MG, Censo 2010 Homens 19.597.330 habitantes Mulheres IDH (2000) Mínimo IDHM 0.568 Setubinha IDHM-Renda 0.423 Bonito de Minas IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.571 Montezuma 0.573 Ninheira 9.641.877 9.955.453 Máximo 0.841 Poços de Caldas 0.828 Belo Horizonte 0.865 São Lourenço 0.929 Belo Horizonte Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) Disponível em: <http://www.mg.gov.br/governomg/portal/c/governomg/conheca-minas/geografia/9940-dados-gerais-minas/5681-dados-gerais/5146/5044>. Acesso em: 9 jan. 2013 1 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 21 Minas Gerais 1.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DE MINAS GERAIS De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, Minas Gerais possui 454.061 estabelecimentos, com 4.646.891 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (30,5%), seguido por comércio (19,1%), administração pública (19,0%), indústria de transformação (17,4%), construção civil (6,6%), agropecuária (5,4%), extração mineral (1,1%) e serviços industriais de utilidade pública (0,9%). Essas atividades são detalhadas no anexo 16.6, p. 355. Essa característica, entretanto, não se reproduz da mesma forma em todas as macros e microrregiões de saúde do Estado. Em 10 das 13 macrorregiões de saúde, predominam os setores de serviços, comércio, administração pública e indústria de transformação, mas não necessariamente na mesma ordem. Nas macrorregiões Noroeste, Nordeste e Jequitinhonha, o setor de agropecuária aparece entre os quatro mais importantes, sendo também relevante nas macrorregiões Sul, Triângulo do Sul, Triângulo do Norte, Norte, Leste do Sul e Oeste. A construção civil também é um setor importante em todas as macrorregiões. Os dados indicam, entretanto, que os serviços industriais de utilidade pública e os serviços de extração mineral têm menor destaque no cenário mineiro. O mapeamento do perfil produtivo possibilita conhecer quem são, quantos são, o que fazem e os riscos e perigos para a saúde dos trabalhadores mineiros. Cada atividade econômica expõe os trabalhadores a determinados riscos e perigos que podem causar danos e agravos à saúde se não forem eliminados ou controlados. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 2 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal em Minas Gerais e suas macrorregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010 22 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para Minas Gerais, 53.280 casos novos e 16.830 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 284 casos novos por 100 mil homens e 232 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 90,5 óbitos por 100 mil homens e de 72,6 óbitos por 100 mil mulheres (Tabela 2). Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 87 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 54 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 14,6 casos novos por 100 mil homens e o câncer do cólon e reto entre as mulheres, com 15,1 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago e estômago (Figura 3). Fonte: RCBP, SIM-CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 3 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, em Minas Gerais. 47% dos casos novos estimados do Estado de Minas Gerais será por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para o Estado. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 23 Minas Gerais 1.2 – ESTIMATIVAS PARA O ANO DE 2013, DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER – MINAS GERAIS 24 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago Esôfago C16 Mama feminina Todas neoplasias malignas 90,51 9200 60 9140 1370 - - 1220 510 850 810 370 Nº de óbitos* 72,64 0,53 72,12 - 3,69 10,83 6,52 5,72 4,27 2,51 0,92 Taxa de Mortalidade Feminino 7630 50 7580 - 390 1140 680 600 450 260 100 Nº de óbitos 284,01 74,20 209,81 86,94 - - 14,65 13,93 14,00 11,51 10,62 Taxa de Incidência 28900 7550 21350 8840 - - 1490 1420 1420 1170 1080 Nº de Casos Novos* Masculino 232,09 63,38 168,71 - 14,72 54,08 8,46 15,07 7,21 4,27 3,37 Taxa de Incidência 24380 6660 17720 - 1550 5680 890 1580 760 450 350 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 0,63 Pele não melanoma C44 13,47 - 89,88 Próstata Colo do útero - 12,03 5,07 8,32 7,95 3,63 Taxa de Mortalidade Masculino Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus C18-C21 C15 Cavidade oral Descrição C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 2 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, em Minas Gerais Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 25 2,53 1,25 Noroeste 2,04 2,26 Minas Gerais 2,55 5,19 4,45 2,68 4,55 7,35 4,21 5,11 2,68 6,39 7,52 7,40 8,47 6,79 4,62 6,26 4,73 5,43 6,40 8,70 5,88 5,37 3,61 7,93 6,48 6,76 5,42 8,86 5,89 5,40 6,54 5,46 6,17 7,23 5,96 2,70 3,77 2,36 3,72 3,76 1,90 5,64 6,39 Cólon, reto e ânus 9,23 12,32 13,34 9,86 12,47 10,61 5,27 7,58 4,55 8,54 8,26 3,42 9,64 9,14 Traqueia, brônquio e pulmão 10,83 9,71 11,55 10,93 14,51 12,17 5,49 6,94 4,46 8,51 9,44 4,33 11,28 13,04 Mama feminina 3,69 3,83 4,43 2,56 4,49 3,83 2,64 3,31 4,07 2,99 3,70 2,00 3,43 4,23 Colo do útero 13,47 16,84 14,13 15,32 17,02 14,24 8,07 10,24 8,87 11,83 12,62 9,06 14,13 14,09 80,85 87,90 84,60 91,40 103,79 86,48 54,24 60,19 55,10 76,29 73,37 51,58 88,70 83,48 Próstata Subtotal 0,58 0,86 0,63 0,72 0,64 0,80 0,22 0,34 0,62 0,72 0,58 0,27 0,53 0,54 Pele não melanoma Minas Gerais *C00 – c97; D46, exceto C77 – 79 Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Triângulo do Sul 1,96 Triângulo do Norte Sul 3,55 2,06 1,58 1,92 Sudeste Oeste Norte Nordeste 2,08 Leste do Sul Leste 1,42 3,04 2,40 Cavidade Esôfago Estômago oral Jequitinhonha Centro Sul Centro Local Tabela 3 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de mortalidade (por 100 mil habitantes) por câncer em Minas Gerais e suas macrorregiões, segundo localização primária 81,43 88,76 85,22 92,11 104,43 87,28 54,47 60,53 55,72 77,02 73,95 51,85 89,23 84,03 Todas neoplasias malignas* 26 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 7,71 3,77 Noroeste 6,30 6,94 Minas Gerais 7,83 7,83 6,66 4,01 6,82 11,12 6,28 7,70 4,01 9,62 11,40 11,26 12,77 10,31 6,99 10,55 7,97 9,15 10,78 14,65 9,90 9,05 6,08 13,35 10,92 11,38 9,12 14,92 9,91 14,51 17,56 14,71 16,61 19,44 16,06 7,28 10,16 6,31 9,98 10,08 5,10 15,16 17,14 Cólon, reto e ânus 11,51 15,41 16,68 12,28 15,53 13,22 6,56 9,44 5,68 10,64 10,34 4,25 11,98 11,40 Traquéia, brônquio e pulmão 54,08 48,51 57,67 54,60 72,49 60,79 27,44 34,67 22,28 42,49 47,15 21,63 56,35 65,14 Mama feminina 14,72 15,27 17,67 10,21 17,91 15,27 10,53 13,20 16,23 11,92 14,76 7,98 13,68 16,87 Colo do útero 86,94 108,75 91,22 98,89 109,91 91,93 52,08 66,12 57,25 76,39 81,48 58,47 91,22 90,97 188,93 178,97 195,36 206,54 254,16 181,43 145,56 151,71 102,78 157,91 165,07 132,09 219,71 201,56 Próstata Subtotal 68,70 101,74 74,28 84,79 76,20 94,72 26,66 39,75 73,36 85,72 68,93 31,73 62,58 64,39 Pele não melanoma *C00 – c97; D46, exeto C77 – 79 Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Triângulo do Sul 5,95 Triângulo do Norte Sul 10,97 6,36 4,76 5,94 Sudeste Oeste Norte Nordeste 6,43 Leste do Sul Leste 4,35 9,45 7,38 Cavidade Esôfago Estômago oral Jequitinhonha Centro Sul Centro Local Tabela 4 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência (por 100 mil habitantes) por câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões, segundo localização primária 257,63 280,71 269,64 291,33 330,35 276,14 172,22 191,46 176,14 243,63 233,99 163,82 282,28 265,95 Todas neoplasias malignas* 1.2.1 – REPRESENTAÇÃO ESPACIAL DAS TAXAS BRUTAS DE INCIDÊNCIA DE CÂNCER ESTIMADAS PARA 2013 Minas Gerais Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 4 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Cavidade Oral, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 27 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Figura 5 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Cólon, Reto e Ânus, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 28 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais Sexo Feminino Figura 6 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer do Colo do Útero, por 100 mil mulheres, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 Figura 7– Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Mama Feminina, por 100 mil mulheres, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 29 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 8 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Esôfago, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 30 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 9 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer de Estômago, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 31 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 10 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Pele Não Melanoma, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 32 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 11 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Próstata, por 100 mil homens, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 33 Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 12 – Representação espacial das taxas brutas de incidência do câncer da Traqueia, brônquios e pulmões, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. 34 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais Sexo Feminino Sexo Masculino Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012. Figura 13 – Representação espacial das taxas brutas de incidência de Todas as Neoplasias Malignas, por 100 mil, estimadas para o ano de 2013, segundo Macrorregiões de Saúde e Gênero. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 35 1.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS, ANO 2010. As neoplasias ocuparam a 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes de Minas Gerais, nos anos 2000 e 2010 (12% e 15%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição (14%) no ano 2000 para a 5ª posição (9,9%) no ano 2010 (Figura 14). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias no Estado de Minas Gerais, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 14 – Mortalidade proporcional por causas básicas em Minas Gerais, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 85,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 15). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 15 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, no Estado de Minas Gerais, ano 2010. 36 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais Do total de mortes por neoplasias em Minas Gerais, 43% (8.054 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 16). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 16 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas, Minas Gerais, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias malignas de Minas Gerais foi de 94,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (13,7/100 mil), mama feminina (11,5/100 mil) e pulmão (9,8/100 mil). Neoplasias Tabela 5 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de câncer, Minas Gerais (por 100 mil), segundo sexo – ano 2010 Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traquéia, brônquios e pulmões Pele Não Melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não-Hodgkin Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig, comport incert Restante de neoplasias malignas Total Masculino coef. por Nº 100 mil 549 5,69 820 8,50 934 9,69 566 5,87 380 3,94 396 4,11 298 3,09 1255 13,02 71 0,74 1317 13,66 200 2,07 454 4,71 206 2,14 151 1,57 337 3,50 216 2,24 2053 21,29 10203 105,82 Feminino coef. por Nº 100 mil 141 1,42 267 2,68 492 4,94 616 6,19 319 3,20 372 3,74 42 0,42 672 6,75 55 0,55 1150 11,55 362 3,64 297 2,98 307 3,08 112 1,13 388 3,90 135 1,36 129 1,30 287 2,88 197 1,98 2002 20,11 8342 83,79 Nº 690 1087 1426 1182 699 768 340 1927 126 1150 362 297 307 1317 312 842 341 280 624 413 4055 18545 Total coef. por 100 mil 3,52 5,55 7,28 6,03 3,57 3,92 1,73 9,83 0,64 11,55 3,64 2,98 3,08 13,66 1,59 4,30 1,74 1,43 3,18 2,11 20,69 94,63 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 37 As taxas brutas de mortalidade por neoplasias malignas, por sexo, em Minas Gerais, foram 105,8 óbitos por 100 mil homens e 83,8 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: próstata (13,6/100 mil), pulmão (13/100 mil), estômago (9,7/100 mil) Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (6,7/100 mil), colorretal (6,2/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 17). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 17 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, Minas Gerais, por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. No ano 2010, em Minas Gerais, o risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85,5% desses óbitos. 43% dos casos de mortes por neoplasias ocorridos na população mineira foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para Minas Gerais. 38 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 1.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER Foram procedentes dos municípios do Estado de Minas Gerais 29.161 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Tabela 6 – Número de casos hospitalares de câncer por instituição da alta complexidade mineira, públicas e privadas, 33 RHC-MG, ano 2009 Macro Município Alfenas Passos Poços de Caldas Sul Poços de Caldas Pouso Alegre Varginha Barbacena Centro Sul São João Del Rei Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Belo Horizonte Centro Belo Horizonte Sete Lagoas Betim Belo Horizonte Belo Horizonte Oeste Divinópolis Ipatinga Leste Governador Valadares Juiz de Fora Muriaé Sudeste Juiz de Fora Juiz de Fora Cataguases Montes Claros Norte Montes Claros Leste do Sul Ponte Nova Uberaba Triângulo do Sul Uberaba Triângulo do Norte Uberlândia Total de casos procedentes de municípios mineiros Total de casos procedentes de outros estados Total de casos sem informação sobre a procedência Total Geral Instituição Santa Casa de Alfenas Santa Casa de Passos Clínica Memorial Santa Casa de Poços Samuel Libâneo Bom Pastor Ibiapaba Santa Casa SJDR Alberto Cavalcanti Baleia Belo Horizonte Clínicas UFMG Felício Rocho Luxemburgo Mario Penna Nossa Senhora das Graças Regional Betim Santa Casa BH São Francisco São João de Deus Márcio Cunha Samaritano ASCOMCER Cristiano Varella João Felício Oncológico Santa Casa de Cataguases Dilson Quadros Santa Casa MOC Nossa Senhora das Dores Clínicas UFTM Hélio Angotti Clínicas Uberlândia 2009 454 583 609 945 417 1092 337 185 687 1187 587 1409 1059 3194 2228 261 104 1244 816 1425 1169 311 947 1621 190 1161 148 837 745 99 430 913 1767 29161 312 48 29521 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/ SES-MG, 2012. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 39 Minas Gerais Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Dos 29161 casos hospitalares procedentes de municípios mineiros, 12.411 casos buscaram assistência na cidade de Belo Horizonte (Tabela 7). Tabela 7 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes do Estado de Minas Gerais segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral 454 - 454 Alfenas Barbacena 336 1 337 Belo Horizonte 9684 2727 12.411 Divinópolis 1369 56 1425 Betim 97 Cataguases 148 Governador Valadares 263 Ipatinga 1106 Juiz de Fora 1940 Montes Claros 1557 Poços de Caldas 1552 São João del Rei 184 Muriaé Passos Pouso Alegre Uberlândia Varginha Total Geral 63 358 25 97 2 259 Uberaba 48 506 417 Sete Lagoas - 1115 580 Ponte Nova 7 1203 1503 1043 24907 3 104 148 311 1169 2298 1582 1621 583 2 1554 1 185 - 2 140 264 49 4254 99 417 261 1343 1767 1092 29.161 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/ SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 85% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios de Minas Gerais buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 18 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009. 40 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 19 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes de Minas Gerais, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 62% dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 20 – Proporção de casos hospitalares de Minas Gerais, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais: 28% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 30% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 21 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes de Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 41 Minas Gerais 75% dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 19% e 57% dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais já se encontrava nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 22 – Condição de chegada na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor dos casos hospitalares procedentes de Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes de Minas Gerais, 10% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 23 e 24 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes de Minas Gerais homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. O Estado de Minas Gerais contribuiu com aproximadamente 24% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade brasileira com RHC ativo, no ano de 2009. 85% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 62% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o atual cenário da mortalidade por câncer de Minas Gerais. 42 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 43 Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável Nº de municípios mineiros com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 416 258 68 5 28 59 493 167 76 3 57 53 - 462 797 280 53 4 72 61 61 972 2.479 Cólon e Reto 526 195 59 4 23 64 64.5 455 1.124 Estômago 952 353 70 3 178 55 - 1.474 5.507 1.513 298 102 2 1 - 69 972 4.934 412 228 45 6 19 61 65 672 1.170 5.109 663 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. 74 3 378 56 66 5.700 18.119 Minas Gerais 461 238 61 4 11 64 59 510 1.174 1.466 82 98 1 7 71 67 145 2.356 Mama 7 Pele Não Próstata Pulmão Esôfago Fem. Selecionados Melanoma Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 8 7 6 5 4 Fem 56.5 693 Masc 1.629 Cavidade Colo do Oral Útero 1.276 Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadio III e IV) 3 2 Total de casos (N) 1 Indicador de Minas Gerais 11.544 726 70 3 665 58 64 8.116 29.161 Total geral Tabela 8 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes do Estado de Minas Gerais, 33 RHC-MG, 2009 1.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NO ESTADO DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 1.5.1 – Câncer da Mama Feminina – Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais 5.680 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 54,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 1.140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 10,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 1.150 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 13,8% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11.55 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da mama feminina representou 19% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 5.507 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 70 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes de Minas Gerais, 4.555 (83%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos deste câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 1.474 casos avançados de câncer da mama feminina, 178 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 353 municípios mineiros. 1.5.2 – Câncer do Colo do Útero – Minas Gerais Para 2013, são esperados em Minas Gerais 1.550 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 14,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 390 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 362 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,3% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do colo do útero representou 5,6% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.629 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes de Minas Gerais, 1.136 (70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 462 casos avançados de câncer do colo do útero, 57 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 167 municípios mineiros. 44 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 1.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Minas Gerais A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais, ocorreram 1.317 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,9% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13,7 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da próstata representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 4.934 casos. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 102 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes de Minas Gerais, 3.421 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 972 casos avançados de câncer da próstata, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 298 municípios mineiros. 1.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Minas Gerais Para 2013, são esperados em Minas Gerais 3.000 casos novos de câncer do cólon e reto (1420 em homens e 1580 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13,9 casos novos por 100 mil homens e de 15,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.110 óbitos por esse câncer (510 em homens e 600 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 1.182 óbitos por câncer do cólon e reto, em ambos os sexos (566 no sexo masculino e 616 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,9 óbitos por 100 mil homens e de 6,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do cólon e reto representou 8,5% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 2.479 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens ou em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 53 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 1.682 (68%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 972 casos avançados de câncer do cólon e reto, 72 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 280 municípios mineiros. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 45 Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais, 8.850 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 87 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 1.370 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13,5 óbitos por 100 mil homens. 1.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais 2.380 casos novos de câncer do pulmão (1.490 em homens e 890 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14,6 casos novos por 100 mil homens e de 8,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.900 óbitos por esse câncer (1.220 em homens e 680 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 1.927 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (1.255 no sexo masculino e 672 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13 óbitos por 100 mil homens e de 6,75 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do pulmão representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.170 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 45 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 758 (65%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 672 casos avançados de câncer do pulmão, 19 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 228 municípios mineiros. 1.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais 1.430 casos novos de câncer da cavidade oral (1080 em homens e 350 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10,6 casos novos por 100 mil homens e de 3,4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 470 óbitos por esse câncer (370 óbitos em homens e 100 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3,6 óbitos por 100 mil homens e de 0,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 690 óbitos por câncer do lábio, cavidade oral e orofaringe em ambos os sexos (549 no sexo masculino e 141 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram 5,69 óbitos por 100 mil homens e de 1,42 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da cavidade oral representou 4,4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.276 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da cavidade oral, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 860 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 693 casos avançados de câncer da boca, 28 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 258 municípios mineiros. 46 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013 são esperados em Minas Gerais 2.180 casos novos de câncer do estômago (1.420 casos novos em homens e 760 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.300 óbitos por esse câncer (850 óbitos em homens e 450 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8,3 óbitos por 100 mil homens e de 4,3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais,, ocorreram 1.426 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (934 no sexo masculino e 492 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9,69 óbitos por 100 mil homens e de 4,94 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do estômago representou 3,9% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.124 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64,5 anos em homens e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 59 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 598 (53%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 455 casos avançados de câncer do estômago, 23 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 195 municípios mineiros. 1.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais, 1.620 casos novos de câncer do esôfago (1.170 em homens e 450 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11,5 casos novos por 100 mil homens e de 4,3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.070 óbitos por esse câncer (810 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,9 óbitos por 100 mil homens e de 2,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais, ocorreram 1.087 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (820 no sexo masculino e 267 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,5 óbitos por 100 mil homens e de 2,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer do esôfago representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC-MG, com 1.174 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 61 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 713 (61 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 510 casos avançados de câncer do esôfago, 11 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 238 municípios mineiros. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 47 Minas Gerais 1.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Minas Gerais 1.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Minas Gerais Para 2013, são esperados em Minas Gerais 14.210 casos novos de câncer da pele não melanoma (7.550 em homens e 6.660 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 74 casos novos por 100 mil homens e de 63 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 110 óbitos por esse câncer (60 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 0,6 óbitos por 100 mil homens e de 0,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais, ocorreram 126 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (71 no sexo masculino e 55 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, em Minas Gerais, o câncer da pele não melanoma representou 8,1% do total dos casos hospitalares de câncer registrados pelos 33 RHC -MG, com 2.356 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em homens e de 71 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 98 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes de Minas Gerais, 890 (38%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 145 casos avançados de câncer da pele não melanoma, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 82 municípios mineiros. 1.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Minas Gerais Para 2013 são esperados em Minas Gerais 53.280 casos novos de neoplasias (28.900 em homens e 24.380 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 284 casos novos por 100 mil homens e de 232 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 16.830 óbitos por neoplasias (9.200 em homens e 7.630 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 90,5 óbitos por 100 mil homens e de 72,6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, em Minas Gerais, ocorreram 18.545 óbitos por neoplasias em ambos os sexos (10.203 no sexo masculino e 8.342 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 105,8 óbitos por 100 mil homens e de 83,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes de Minas Gerais, 29.161 casos hospitalares de câncer, que representaram aproximadamente 24% do total dos casos de câncer registrados na alta complexidade brasileira com RHC ativo, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 70 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por neoplasias, procedentes de Minas Gerais, 17.617 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 60% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 8.116 casos avançados, 665 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 726 municípios mineiros. 48 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Minas Gerais A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 25). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 9. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 25 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadio dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência de Minas Gerais, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 9 – Relação das macrorregiões de Minas Gerais, segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Macrorregião de Procedência Centro Centro Sul Jequitinhonha Leste Leste do Sul Nordeste Noroeste Norte Oeste Sudeste Sul Triângulo do Norte Triângulo do Sul Estadio III e IV % Demais Estadios Total 2422 24.0 7676 10098 772 44.6 958 1730 457 96 266 217 166 516 532 938 876 561 297 35.4 27.9 29.7 41.6 38.7 834 248 631 305 263 1291 344 897 522 429 31.7 1112 1628 20.7 3359 4235 26.8 29.0 36.0 24.5 1453 2295 996 915 Fonte: 33RHC-MG, 2009/Prog. de Avaliação e Vig. do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 1985 3233 1557 1212 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 49 1.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MINAS GERAIS A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. Minas Gerais apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 43% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 853 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 53.280 novos casos de câncer na população mineira, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. 50 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2. Macrorregião Centro Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 51 2.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE CENTRO DE MINAS GERAIS Centro A macrorregião Centro abrange 104 municípios. Na população de 6.097.286 habitantes predominam as mulheres (3.157.408) em relação aos homens (2.939.878). A pirâmide etária evidencia, a maior concentração de habitantes dos 20 aos 34 anos, em ambos os sexos, e sinaliza o envelhecimento populacional para 21% dos habitantes (1.296.162) com 50 anos ou mais (Figura 26). Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 26 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Centro de Minas Gerais. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade variaram nos municípios dessa macrorregião entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Materlândia (IDHM renda 0,514), Rio Vermelho (IDHM 0,635, IDHM longevidade 0,651) e Serra Azul de Minas (IDHM educação 0,677). Os índices mais elevados foram em Belo Horizonte (IDHM 0,839, IDHM renda 0,828, IDHM educação 0,929) e Florestal (IDHM longevidade 0,828) (Tabela 10). Tabela 10 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Centro (MG) Indicadores Valores População Censo (2010) População Masculina População Feminina 6.097.286 IDHM (2000) IDHM Mínimo 0.635 Rio Vermelho IDHM-Renda 0.514 Materlândia IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.651 Rio Vermelho 0.677 Serra Azul de Minas 2.939.878 3.157.408 Máximo 0.839 B. Horizonte 0.828 Belo Horizonte 0.829 Florestal 0.929 Belo Horizonte Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 53 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Centro possui 137.353 estabelecimentos, com 2.150.233 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (36,8%), seguido por administração pública (21,9%), comércio (16,5%), indústria de transformação (12,9%), construção civil (8,3%), extração mineral (1,3%), serviços industriais de utilidade pública (1,3%) e agropecuária (1,1%) (Figura 27). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 27 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Centro de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 54 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 65 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer do cólon e reto será o segundo mais incidente em ambos os sexos, com 16 casos novos por 100 mil homens e 18 casos novos por100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 28). Fonte: RCBP, SIM-CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 28 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Centro (MG). Em 2013, a macrorregião Centro será responsável por 32% dos casos novos esperados e 32% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 50% dos casos novos estimados da macrorregião Centro serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 55 Centro No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Centro 17.110 casos novos e 5.410 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 286 casos novos por 100 mil homens e 247 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 91 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. 56 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Colo do útero Todas neoplasias malignas 91,14 2830 77,40 0,49 76,91 - 4,23 13,04 6,38 6,99 4,36 2,31 1,00 Taxa de Mortalidade Feminino 2580 20 2560 - 140 430 210 230 140 80 30 Nº de óbitos 285,99 70,36 215,63 90,97 - - 14,75 15,80 12,67 10,29 11,39 Taxa de Incidência 8870 2180 6690 2820 - - 460 490 390 320 350 Nº de casos novos* Masculino 247,29 58,83 188,46 - 16,87 65,14 8,28 18,39 7,35 3,93 3,65 Taxa de Incidência 8240 1960 6280 - 560 2170 280 610 240 130 120 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 C00-C97; D46² 20 0,60 C44 Pele não melanoma 2810 90,54 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 370 180 230 220 120 Nº de óbitos* 440 - - 12,10 5,74 7,53 7,11 3,90 Taxa de Mortalidade Masculino 14,09 Próstata C61 Mama feminina C53 C50 Traqueia, brônquios e pulmões C33-C34 C18-C21 Cólon, reto e ânus Estômago Esôfago C16 C15 Cavidade oral Descrição C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 11 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Centro (MG) 2.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Centro, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 29 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Centro, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 84,9% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 30). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 30 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Centro (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 57 Centro As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Centro, nos anos 2000 e 2010 (14% e 17%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 5ª posição, em percentuais abaixo de 10% (Figura 29). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Centro, 45% (2.645 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 31). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 31 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Centro, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Centro foi 95,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram os cânceres da mama feminina (13,9/100 mil), próstata (13,4/100 mil) e pulmão (9,3/100 mil). Tabela 12 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Centro (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Neoplasias Masculino Feminino Total Nº coef . Nº coef . Nº coef . Lábio, cav. oral e faringe 166 5,64 45 1,42 211 3,46 Cólon, reto e ânus 208 7,07 249 7,88 457 7,49 Esôfago Estômago Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening, encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total 216 269 127 130 97 7,34 68 9,14 187 4,42 142 4,31 3,30 84 10 364 12,37 204 - - 119 24 - - 0,82 - 92 554 3059 0,32 6,45 0,54 134 4,24 5,33 118 2,58 61 4,49 - - 76 56 2,66 13,89 13,42 157 5,92 439 395 67 17 2,15 2,28 1,90 3,13 2,07 18,82 103,93 84 - 3,76 2,66 - 284 456 211 272 107 568 41 576 2778 2,97 18,22 87,88 0,67 3,76 2,66 13,42 120 1,97 97 2,69 9,30 395 1,30 94 1,75 4,24 84 41 85 4,46 134 119 105 1,39 3,46 13,89 1,20 44 7,47 439 38 3,73 4,65 275 186 146 1130 5837 1,72 4,51 1,59 3,05 2,39 18,51 95,62 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 58 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, por sexo, na macrorregião Centro, foram 104 óbitos por 100 mil homens e 87 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 32). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 32 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Centro (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Centro foi responsável por 31% (5.837 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira no ano de 2010. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida quando ocorreram 85% desses óbitos. 45% dos casos de mortes por neoplasias da macrorregião centro foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderá mudar positivamente, o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 59 Centro Homens: próstata (13,4/100 mil), pulmão (12,4/100 mil), estômago (9,1/100 mil). Mulheres: mama (13,9/100 mil), colorretal (7,9/100 mil), pulmão (6,4/100 mil). 2.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Centro, 10.101 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 10.040 casos hospitalares buscaram assistência em Belo Horizonte (9.684), Sete Lagoas (259) e Betim (97) (Tabela 13). Tabela 13 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009. Município de Tratamento Belo Horizonte Betim Divinópolis Governador Valadares Ipatinga Juiz de Fora Montes Claros Muriaé Ponte Nova Sete Lagoas Total Geral Mesma Macro Outra Macro Total Geral 9684 - 9684 - 18 18 - 17 17 - 2 2 97 - - 1 - 18 - 3 - 2 259 - 10040 61 97 1 18 3 2 259 10101 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 99% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Centro buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 33 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência - macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009. 60 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Centro 75% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 34 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 68% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 35 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Centro, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro: 22% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/ sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 40% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 36 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 61 Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 16% a 52% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 37 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro, 9% dos casos em homens e 5% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 38 e 39 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Centro contribuiu com 35% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 99% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião 68% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 62 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 63 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 176 42 69 5 14 58 180 36 75,5 3 20 51 - 236 599 Colo do Útero 424 42 56,5 4 30 60 61 170 883 Cólon e Reto 254 30 61 3 5 60 62 311 395 Estômago 659 58 79 2 67 55 - 118 2.536 Mama Fem 683 41 103 2 1 - 69 511 1.553 Próstata 178 31 52 5 7 62 65 261 378 Pulmão Centro 2.554 88 77,0 3 144 56 65 187 6.801 7 Selecionados Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nº de casos com estadia8 mento sem informação / não estadiável Nº de municípios da Macro 7 Centro com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade 5 4 Fem. 56 236 Masc. Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) 3 2 457 1 Total de casos (N) Cavidade Oral Indicadores da Macrorregião Centro 169 39 69 4 1 63 60 1.794 351 Esôfago 314 10 124,5 1 2 71 66 152 378 Pele Não Melanoma Tabela 14 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, 2009 4.894 94 74,5 2 208 56 63 25 10.101 Total geral 2.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO CENTRO DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 2.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 2.170 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 65 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 430 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 439 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 16% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 25% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 2.536 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 79 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Centro, 1.887 (74%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 511 casos avançados de câncer da mama feminina, 67 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 58 municípios da macrorregião Centro. 2.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 560 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 17 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 119 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 4 óbitos por 100 mil mulheres dessa macrorregião. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 599 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Centro, 419 (70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 170 casos avançados de câncer do colo do útero, 20 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 36 municípios da macrorregião Centro. 64 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Centro (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 395 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 13% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 15% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC -MG, com 1.553 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 103 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Centro, 870 (56%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 261 casos avançados de câncer da próstata, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 41 municípios da macrorregião Centro. 2.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 1.100 casos novos de câncer do cólon e reto (490 em homens e 610 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil homens e de 18 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 410 óbitos por esse câncer (180 em homens e 230 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 6 óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 457 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (208 no sexo masculino e 249 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e de 8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 883 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 56 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 459 (52%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 311 casos avançados de câncer do cólon e reto, 30 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 42 municípios da macrorregião Centro. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 65 Centro Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 2.820 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 440 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens. 2.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 740 casos novos de câncer do pulmão (460 em homens e 280 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos por 100 mil homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 590 óbitos por esse câncer (370 em homens e 210 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 568 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (364 no sexo masculino e 204 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 378 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 200 (53%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 187 casos avançados de câncer do pulmão, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 31 municípios da macrorregião Centro. 2.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 470 casos novos de câncer da cavidade oral (350 em homens e 120 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 150 óbitos por esse câncer (120 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 211 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (166 no sexo masculino e 45 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 457 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da cavidade oral, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 281 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 236 casos avançados de câncer da cavidade oral, 14 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 42 municípios da macrorregião Centro. 66 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Centro (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 456 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (269 no sexo masculino e 187 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 395 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 61 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 141 (36%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 118 casos avançados de câncer do estômago, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 30 municípios da macrorregião Centro. 2.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 450 casos novos de câncer do esôfago (320 em homens e 130 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 300 óbitos por esse câncer (220 em homens e 80 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 284 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (216 no sexo masculino e 68 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 351 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 63 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 182 (52 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 152 casos avançados de câncer do esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 39 municípios da macrorregião Centro. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 67 Centro Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 630 casos novos de câncer do estômago (390 casos novos em homens e 240 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 370 óbitos por esse câncer (230 óbitos em homens e 140 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. 2.5.9 – CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 4.140 casos novos de câncer de pele não melanoma (2.180 em homens e 1.960 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 70 casos novos por 100 mil homens e de 59 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 41 óbitos por câncer de pele não melanoma em ambos os sexos (24 no sexo masculino e 17 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer de pele não melanoma representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro, registrados pelos 33 RHC-MG, com 378 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 71 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 124,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer de pele não melanoma, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro, 64 (17%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer de pele não melanoma, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Centro. 2.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Centro (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro 17.110 casos novos de neoplasias (8.870 em homens e 8.240 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 286 casos novos por 100 mil homens e de 247 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 5.410 óbitos por esse câncer (2.830 em homens e 2.580 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 91 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro, ocorreram 5.837 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (3.059 no sexo masculino e 2.778 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 104 óbitos por 100 mil homens e de 88 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Centro, 10.101 casos hospitalares de câncer, que representaram 35% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 56 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 74 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Centro, 5.207 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo 51% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 2.424 casos avançados por neoplasias, 208 casos tiveram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 94 municípios da macrorregião Centro. 68 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Centro A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 40). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 15. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 40 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadio dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Centro, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 15 – Relação dos municípios da macrorregião Centro segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Continua... Município de Procedência 310020 Abaeté 310320 Araçaí 310480 Augusto de Lima 310500 Baldim 310540 Barão de Cocais 310600 Bela Vista de Minas 310620 Belo Horizonte 310640 Belo Vale 310670 Betim 310700 Biquinhas 310770 Bom Jesus do Amparo 310810 Bonfim 310900 Brumadinho 310920 Buenópolis 310960 Cachoeira da Prata Estadios III e IV % Demais Estadios Total 8 1 1 4 7 4 1163 3 137 2 2 2 8 3 30,8 16,7 20,0 40,0 18,9 28,6 22,1 33,3 27,5 28,6 25,0 12,5 27,6 25,0 18 5 4 6 30 10 4091 6 362 5 6 14 21 9 6 26 6 5 10 37 14 5254 9 499 7 8 16 29 12 6 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 69 Continua... Município de Procedência 310990 Caetanópolis Estadios III e IV % Demais Estadios Total 2 8,3 22 24 2 7 311000 Caeté 15 31,9 32 311535 Catas Altas 2 28,6 5 311250 Capim Branco 311380 Carmésia 311560 Cedro do Abaeté 311750 Conceição do Mato Dentro 7 5 1 35,0 71,4 33,3 13 2 5 35,7 4 33,3 312090 Curvelo 23 24,0 73 312410 Esmeraldas 15 21,1 56 312600 Florestal 3 25,0 9 311787 Confins 2 311860 Contagem 184 312060 Crucilândia 2 311890 Cordisburgo 311910 Corinto 312260 Dom Joaquim 312310 Dores de Guanhães 312570 Felixlândia 312590 Ferros 312640 Fortuna de Minas 312720 Funilândia 312800 Guanhães 312980 Ibirité 10 2 4 9 5 3 10 34 313570 Jequitibá 23,3 605 789 33,3 4 6 27,8 33,3 40,0 36,0 41,7 37,5 40,0 8 26 4 12 5 1 15 7 1 28,6 28,1 23,4 70,0 28,7 20,0 23 5 92 49 14 3 25 26 1 1 1 1 2 33,3 50,0 12,5 14,3 50,0 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 64 17 10 15 39,5 50,0 128 10 17 17 33,3 7 80 314110 Matozinhos 5 26,3 35 59 4 29 70 1 115 37,0 314370 Morro do Pilar 8 82 17 314350 Morada Nova de Minas 12 17,6 34,3 314000 Mariana 314360 Morro da Garça 25 3 15 21 314250 Monjolos 71 10 313760 Lagoa Santa 314230 Moeda 6 7 16 19 314070 Mateus Leme 96 10 26,9 314015 Mário Campos 36 6 7 313970 Maravilhas 12 5 33 313665 Juatuba 7 50,0 2 313620 João Monlevade 313660 Nova União 14 5 36 313460 Jaboticatubas 3 151 313170 Itabira 313190 Itabirito 5 7 117 12 313110 Inimutaba 9 20 22,5 313010 Igarapé 313100 Inhaúma 28,6 47 5 17 2 1 7 6 2 5 26 5 46 34 43 3 2 8 7 4 Fim. 314470 Nova Era 314480 Nova Lima Estadios III e IV % Demais Estadios Total 5 22,7 17 22 26 23,4 85 111 20 24 314610 Ouro Preto 24 24,0 76 314740 Paraopeba 314750 Passabém 314930 Pedro Leopoldo 314960 Pequi 315040 Piedade dos Gerais 3 12,5 21 2 67 1 1 314640 Paineiras 314690 Papagaios 315200 Pompéu 315320 Presidente Juscelino 315360 Prudente de Morais 315370 Quartel Geral 315390 Raposos 4 4 28 5 4 2 2 1 4 9 315670 Sabará 38 315780 Santa Luzia 91 315720 Santa Bárbara 315800 Santa Maria de Itabira 315850 Santana de Pirapama 315900 Santana do Riacho 316050 Santo Antônio do Rio Abaixo 316060 Santo Hipólito 25,0 13,3 25,0 21,4 3 315680 Sabinópolis 11,8 3 315570 Rio Piracicaba 315600 Rio Vermelho 29,5 83,3 29,4 73 315530 Rio Manso 16,7 5 315460 Ribeirão das Neves 315480 Rio Acima 30,8 6 8 3 3 2 1 9 30 6 13 3 12 100 13 24 2 95 6 1 34 8 15 4 17 26,4 204 277 15,8 16 19 23,5 56,3 13 11 7 17 14 16 25,2 113 151 31,6 197 288 6 6 26,1 40,0 18,8 15,8 28,6 20,0 17 12 13 16 5 4 23 20 16 19 7 5 316100 São Domingos do Prata 4 14,3 24 28 316295 São José da Lapa 3 25,0 9 12 316190 São Gonçalo do Rio Abaixo 316292 São Joaquim de Bicas 316480 São Sebastião do Rio Preto 316553 Sarzedo 316610 Senhora do Porto 316650 Serra Azul de Minas 316720 Sete Lagoas 316830 Taquaraçu de Minas 316935 Três Marias 317120 Vespasiano 317180 Virginópolis 6 7 1 3 1 93 14 35 2 40,0 36,8 50,0 9 12 1 15 19 2 12,0 22 19,6 381 474 29,9 82 117 33,3 36,8 16,7 2 2 6 24 10 Centro Município de Procedência 25 3 2 6 38 12 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Itambé do Mato Dentro e Materlândia. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 71 2.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO CENTRO (MG) A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Centro apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 45% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 104 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 17.110 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. 72 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 3. Macrorregião Centro Sul Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 73 3.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE CENTRO SUL DE MINAS GERAIS Centro-Sul A macrorregião Centro Sul abrange 50 municípios. Na população de 723.489 habitantes predominam as mulheres (368.240) em relação aos homens (355.249). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 anos aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 24% dos habitantes (172.795) com 50 anos ou mais (Figura 41). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 41 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Centro Sul de Minas Gerais, ano 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Centro Sul entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Itaverava (IDHM renda 0,52), Cipotânea (IDHM 0,643 e IDHM longevidade 0,659) e Desterro do Melo (IDHM educação 0,736). Os índices mais elevados foram em São João Del Rei (IDHM 0,816 e IDHM longevidade 0,826), Ouro Branco (IDHM renda 0,718) e Congonhas (IDHM educação 0,92) (Tabela 16). Tabela 16 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Centro Sul (MG) Indicadores Valores População Censo 2010 723.489 População Masculina População Feminina IDH(2000) Mínimo IDHM 0.643 Cipotânea IDHM-Renda 0.52 Itaverava IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.659 Cipotânea 0.736 Desterro do Melo 355.249 368.240 Máximo 0.816 S. João del Rei 0.718 Ouro Branco 0.826 São João del Rei 0.92 Congonhas Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 75 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Centro Sul possui 15.765 estabelecimentos, com 127.668 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (26%), seguido por comércio (21,4%), administração pública (19,3%), indústria de transformação (19%), construção civil (5,9%), agropecuária (5,2%), extração mineral (2,8%) e serviços industriais de utilidade pública (0,3%) (Figura 42). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador/SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 42 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Centro Sul de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 76 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Centro Sul 2.160 casos novos e 700 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 314 casos novos por 100 mil homens e 252 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 56 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 20 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do cólon e reto, com 16 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 43). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 43 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Centro Sul (MG). Em 2013, a macrorregião Centro Sul será responsável por 4,1% dos casos novos esperados e 4,2% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 46% dos casos novos estimados da macrorregião Centro Sul serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 77 Centro-Sul 3.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013 NA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS. 78 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Mama feminina Todas neoplasias malignas 99,96 380 78,88 0,60 78,28 - 3,43 11,28 5,83 6,05 5,94 3,81 1,53 Taxa de Mortalidade Feminino 320 10 310 - 10 40 20 20 20 10 10 Nº de óbitos 313,65 52,77 260,88 91,22 - - 16,55 14,36 20,00 14,29 13,44 Taxa de Incidência 1180 200 980 340 - - 60 50 70 50 50 Nº de Casos Novos* Masculino 252,02 72,04 179,98 - 13,68 56,35 7,57 15,93 10,02 6,47 5,59 Taxa de Incidência 980 280 700 - 50 220 30 60 40 20 20 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 10 0,45 C44 Pele não melanoma 370 99,51 - Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 50 20 40 40 20 Nº de óbitos* 50 Próstata Colo do útero - 13,58 5,22 11,89 9,87 4,60 Taxa de Mortalidade Masculino 14,13 C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus Estômago Esôfago C18-C21 C16 C15 Cavidade oral Descrição Número de óbitos esperados 17 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Centro Sul (MG) C00-C10 CID-10 .Tabela As neoplasias ocuparam a 4ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Centro Sul no ano 2000 e passaram para a 2ª posição em 2010 (11% e 14%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (13%) para a 4ª posição (8%) em 2010 (Figura 44). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Centro Sul, no ano de 2010. No ano de 2010, 84,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 46). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 44 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Centro Sul, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 84,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 45). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 45 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Centro Sul (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 79 Centro-Sul 3.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS, ANO 2010 Do total de mortes por neoplasias na macrorregião Centro Sul, 41,5% (293 óbitos) foi por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 46). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 46 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Centro Sul, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Centro Sul foi 97,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (11,5/100 mil), pulmão (10,6/100 mil) e estômago (9,3/100 mil). Tabela 18 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Centro Sul (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening, encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Masculino Nº 21 38 46 18 15 14 12 52 0 41 11 15 8 8 9 2 72 382 coef. 5,91 10,70 12,95 5,07 4,22 3,94 3,38 14,64 0,00 11,54 3,10 4,22 2,25 2,25 2,53 0,56 20,27 107,53 Feminino Nº 4 19 21 21 16 14 4 25 2 30 14 14 14 6 15 3 8 9 1 84 324 coef. 1,09 5,16 5,70 5,70 4,34 3,80 1,09 6,79 0,54 8,15 3,80 3,80 3,80 1,63 4,07 0,81 2,17 2,44 0,27 22,81 87,99 Total Nº 25 57 67 39 31 28 16 77 2 30 14 14 14 41 17 30 11 16 18 3 156 706 coef. 3,46 7,88 9,26 5,39 4,28 3,87 2,21 10,64 0,28 8,15 3,80 3,80 3,80 11,54 2,35 4,15 1,52 2,21 2,49 0,41 21,56 97,58 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 80 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Centro Sul, foram de 107,5 óbitos por 100 mil homens e 88 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Mulheres: mama (8/100 mil), pulmão (6,8/100 mil), estômago e colorretal (5,7/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 47). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 47 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Centro Sul (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Centro Sul foi responsável por 4% (706 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira no ano de 2010. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85% desses óbitos. 42% dos casos de mortes por neoplasias da macrorregião Centro Sul foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 81 Centro-Sul Homens: pulmão (14,6/100 mil), estômago (12,9/100 mil), próstata (11/100 mil) 3.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Centro Sul 1.291 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 520 casos hospitalares buscaram assistência em Barbacena (336) e São João Del Rei (184) (Tabela 19). Tabela 19 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Barbacena Belo Horizonte Mesma Macro Outra Macro Total Geral 336 - 336 - 505 505 - 251 251 São João del Rei 184 - 184 Total Geral 520 771 1291 Betim - Muriaé - Juiz de Fora Varginha 3 5 - 7 3 5 7 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 40% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Centro Sul buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 48 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009. 82 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Centro-Sul 69% dos casos hospitalares de câncer, procedentes da macrorregião Centro Sul foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 49 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro Sul, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 63% dos casos hospitalares da macrorregião Centro Sul foram por um dos sete tipos de cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 50 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Centro Sul , segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul: 27% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 32% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 51 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 83 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 18% e 55% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses valores variam entre os tipos de câncer. Figura 52 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul, 13% dos casos em homens e 10% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 53 e 54 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos procedentes da macrorregião Centro Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Centro Sul contribuiu com 4% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 40% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião. 63% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 84 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 85 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadio III e IV) Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável Fem Masc 19 22 13 84 74 16 3 1 52,5 - 34 74 Colo do Útero 5 0 64 55 34 65 Cavidade Oral 23 18 49 5 3 62,5 66 22 85 34 17 34 5 0 70 69 40 78 29 26 68 3 9 55,5 - 40 258 47 25 91 4 0 - 69 88 214 15 13 44 6 0 54,5 63 83 40 189 42 66 4 13 56 67 23 814 19 14 60,5 5 1 69 64 330 57 Centro-Sul 49 3 35,5 1 0 72 62,5 26 67 Cólon Mama 7 Pele não e Estômago Próstata Pulmão Esôfago melanoma Fem. Selecionados Reto Nota: 1 – Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. 8 Nº de municípios da Macro 7 Centro Sul com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e tratamento dos 6 casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 5 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Centro Sul 449 44 62 4 22 58 65 6 1.291 Total geral Tabela 20 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Centro Sul , 33 RHC-MG, 2009 3.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO CENTRO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 3.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 220 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 56 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 11 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul ocorreram 30 óbitos por câncer da mama feminina (9,3% dos óbitos no sexo feminino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 8,15 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 20% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 258 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Centro Sul, 229 (89%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 88 casos avançados de câncer da mama feminina, 9 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Centro Sul. 3.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 50 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 14 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 14 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,3% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi 3,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 74 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 52,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 84 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Centro Sul, 52 (70%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 22 casos avançados de câncer do colo do útero, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Centro Sul. 86 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 3.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Centro Sul (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul ocorreram 41 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 10,7% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a 3ª principal taxa bruta de mortalidade com 11,5 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 17% do total de casos hospitalares de câncer registrados na macrorregião Centro Sul pelos 33 RHC-MG, com 214 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 91 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Centro Sul, 167 (78%) casos apresentaram registro médico sobre estadio clínico do tumor na 1ªconsulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da próstata, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 83 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 25 municípios da macrorregião Centro Sul. 3.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 110 casos novos de câncer do cólon e reto (50 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 16 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 39 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (18 no sexo masculino e 21 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 85 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 62,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 49 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 62 (73%) casos apresentaram registro médico sobre estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer do cólon e reto, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 18 municípios da macrorregião Centro Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 87 Centro-Sul Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 340 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens. 3.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 90 casos novos de câncer do pulmão (60 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 70 óbitos por esse câncer (50 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 14 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 77 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (52 no sexo masculino e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,6 óbitos por 100 mil homens e de 6,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 40 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 54,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 25 (62%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 23 casos avançados de câncer do pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Centro Sul. 3.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 70 casos novos de câncer da cavidade oral (50 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por câncer da boca (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 25 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe em ambos os sexos (21 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,9 óbitos por 100 mil homens e de 1,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos em homens e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 74 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 46 (71%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 34 casos avançados do câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Centro Sul. 88 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 110 casos novos de câncer do estômago (70 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 20 casos novos por 100 mil homens e de 10 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 67 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (46 no sexo masculino e 21 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,95 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 78 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens e de 70 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 34 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 44 (56%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 17 municípios da macrorregião Centro Sul. 3.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 70 casos novos de câncer do esôfago (50 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 57 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (38 no sexo masculino e 19 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,7 óbitos por 100 mil homens e de 5,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 57 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 38 (67 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 26 casos avançados de câncer do esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Centro Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 89 Centro-Sul 3.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Centro Sul (MG) 3.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 480 casos novos de câncer da pele não melanoma (200 em homens e 280 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 53 casos novos por 100 mil homens e de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que ocorreram 2 óbitos por câncer da pele não melanoma (nenhum caso no sexo masculino e 2 no feminino) e a taxa bruta de mortalidade foi menor que um óbito por 100 mil mulheres e não houve óbito masculino. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Centro Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 67 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62,5 anos em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 35 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Centro Sul, 18 (27%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 1 caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 6 casos avançados de câncer da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Centro Sul. 3.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Centro Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Centro Sul 2.160 casos novos de câncer (1.180 em homens e 980 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 314 casos novos por 100 mil homens e de 252 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 700 óbitos por câncer (380 em homens e 320 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Centro Sul, ocorreram 706 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (382 no sexo masculino e 324 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 107 óbitos por 100 mil homens e de 88 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Centro Sul, 1.291 casos hospitalares de câncer, que representaram 4% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 62 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Centro Sul, 842 casos apresentaram registro médico sobre o estádio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 65% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 457 casos avançados, 22 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 44 municípios da macrorregião Centro Sul. 90 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Centro-Sul A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 55). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 21. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 55 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Centro Sul, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 21 – Relação dos municípios da macrorregião Centro Sul segundo estadio clínico dos casos hospitalares de câncer na 1ª consulta na alta complexidade, 33 RHC-MG, ano 2009. Continua... Município de Procedência 310163 Alfredo Vasconcelos 310210 Alto Rio Doce 310290 Antônio Carlos 310560 Barbacena 310590 Barroso 311220 Capela Nova 311310 Caranaíba 311320 Carandaí 311490 Casa Grande 311520 Conceição da Barra de Minas 311540 Catas Altas da Noruega 311630 Cipotânea 311800 Congonhas 311830 Conselheiro Lafaiete 311970 Coronel Xavier Chaves 312040 Cristiano Otoni 312140 Desterro de Entre Rios 312150 Desterro do Melo Estadio III e IV 2 6 6 117 17 4 1 12 % 40,0 33,3 31,6 39,3 45,9 30,8 16,7 30,8 3 5 42,9 38,5 3 1 1 24 53 3 42,9 50,0 12,5 34,8 29,8 50,0 Demais Estadios 3 12 13 181 20 9 5 27 2 4 1 7 45 125 3 3 4 8 Total 5 18 19 298 37 13 6 39 2 7 2 8 69 178 6 3 7 13 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 91 Município de Procedência 312300 Dores de Campos Estadio III e IV % Demais Estadios Fim. Total 8 40,0 12 20 4 4 312390 Entre Rios de Minas 10 313390 Itaverava 4 312940 Ibertioga 313000 Ibituruna 313540 Jeceaba 313740 Lagoa Dourada 313790 Lamim 313910 Madre de Deus de Minas 314450 Nazareno 5 3 7 4 3 3 47,6 50,0 66,7 42,9 46,7 57,1 42,9 21,4 11 5 2 4 21 10 6 7 8 15 11 14 4 8 3 4 7 7 314590 Ouro Branco 7 19,4 29 315080 Piranga 3 20,0 12 15 12 20 314660 Paiva 315030 Piedade do Rio Grande 4 50,0 3 315270 Prados 7 31,8 15 315440 Ressaquinha 1 14,3 6 315380 Queluzito 315420 Resende Costa 315520 Rio Espera 2 8 1 315610 Ritápolis 13 315870 Santana do Garambéu 3 315730 Santa Bárbara do Tugúrio 315733 Santa Cruz de Minas 315910 Santana dos Montes 315940 Santa Rita de Ibitipoca 316090 São Brás do Suaçuí 2 5 3 316250 São João del Rei 63 316600 Senhora de Oliveira 2 316500 São Tiago 316530 São Vicente de Minas 316620 Senhora dos Remédios 316880 Tiradentes 9 50,0 40,0 20,0 76,5 50,0 50,0 75,0 60,0 22 4 7 5 4 17 1 4 2 5 3 2 4 4 10 3 5 4 145 208 33,3 4 6 34,6 63,6 4 33,3 40,0 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009. 92 4 3 30,3 7 8 2 36 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 17 4 12 8 26 11 20 12 3.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – Macrorregião CENTRO SUL (MG) Centro-Sul A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. A macrorregião de saúde Centro Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 42% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento uma vez que, indistintamente entre os 50 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, são esperados para o ano de 2013, 2.160 casos novos de câncer na população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos novos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, esperamos que a leitura desses dados venha a promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional e ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 93 Jequitinhonha 4. Macrorregião Jequitinhonha Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 95 4.1 ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS Jequitinhonha A macrorregião Jequitinhonha abrange 23 municípios. Na população de 373.443 habitantes predominam as mulheres (187.345) em relação aos homens (186.098). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional para 19% dos habitantes (72.348) com 50 anos ou mais (Figura 56). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 56 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Jequitinhonha de Minas Gerais, ano 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios dessa macrorregião, entre os níveis, médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Santo Antônio do Itambé (IDHM renda 0,502), Senador Modestino Gonçalves (IDHM 0,626), São Gonçalo do Rio Preto (IDHM longevidade 0,573) e Chapada do Norte (IDHM educação 0,672). Os índices mais elevados foram em Diamantina (IDHM 0,748, IDHM renda 0,668, IDHM educação 0,848) e Turmalina (IDHM longevidade 0,766) (Tabela 22). Tabela 22 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Jequitinhonha (MG). Indicadores População Censo (2010) População Masculina População Feminina IDH (2000) Mínimo Valores 373.443 186.098 187.345 Máximo IDHM 0.626 Senador Modestino Gonçalves 0.748 Diamantina IDHM-Renda 0.502 Santo Antônio do Itambé 0.668 Diamantina IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.573 São Gonçalo do Rio Preto 0.672 Chapada do Norte 0.766 Turmalina 0.848 Diamantina Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 –Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 97 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Jequitinhonha possui 3.933 estabelecimentos, com 28.625 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública (31,4%), seguido pelo setor de serviços (20,9%), comércio (20,8%), agropecuária (13,3%), indústria de transformação (8,5%), construção civil (4,5%), extração mineral (0,6%), serviços industriais de utilidade pública (0,03%) (Figura 57). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 57 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Jequitinhonha de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 98 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Jequitinhonha 640 casos novos e 220 óbitos por câncer, para todas as neoplasias. As taxas brutas de incidência serão de 201 casos novos por 100 mil homens e 125 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 64 óbitos por 100 mil homens e de 39 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 58 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 22 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de esôfago será o segundo mais incidente entre os homens, com 18,6 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 8 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 58). Fonte: RCBP, CID-10, Cap 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 58 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Jequitinhonha (MG). Em 2013, a macrorregião Jequitinhonha será responsável por 1,2% dos casos novos esperados e 1,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 42% dos casos novos estimados da macrorregião Jequitinhonha serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 99 Jequitinhonha 4.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER para o ano de 2013, na MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS 100 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago Esôfago C16 Mama feminina Todas neoplasias malignas 64,50 130 39,28 0,42 38,86 - 2,00 4,33 2,11 2,11 2,85 4,11 0,53 Taxa de Mortalidade Feminino 202,39 12,90 189,49 58,47 - - 5,78 4,65 13,46 18,60 6,78 Taxa de Incidência Masculino 390 20 370 110 - - 10 10 30 40 10 Nº de Casos Novos* 125,50 50,43 75,08 - 7,98 21,63 2,74 5,56 4,81 6,98 1,94 Taxa de Incidência Feminino 250 100 150 - 20 40 10 10 10 10 10 Nº de Casos Novos Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 0 0,11 C44 Pele não melanoma 130 64,39 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 10 10 20 20 10 Nº de óbitos* 20 - - 4,74 1,69 8,00 12,85 2,32 Taxa de Mortalidade Masculino 9,06 Próstata Colo do útero C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus Descrição C18-C21 C15 Cavidade oral C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 23 - Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos , segundo sexo e localização primária, na macrorregião Jequitinhonha (MG) As neoplasias ocuparam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Jequitinhonha, nos anos 2000 e 2010 (8,5% e 12,3%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 2ª posição, em percentuais bastante elevados (26,5% e 21,8%) (Figura 59). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Jequitinhonha, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 59 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Jequitinhonha, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 83,3% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 60). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 60 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Jequitinhonha (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 101 Jequitinhonha 4.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS, ANO 2010. Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Jequitinhonha, 37% (75 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 61). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 61 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Jequitinhonha, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Jequitinhonha foi de 71,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (14,8/100 mil), esôfago (10,2/100 mil) e estômago (6,7/100 mil). Neoplasias Tabela 24 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Jequitinhonha (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010 Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Masculino Nº 1 coef. Nº coef . Nº 9,18 6 4,18 19 0,71 21 14,83 3 2,12 13 2 6 3 11 1 - - - - 1,41 4,24 2,12 7,77 0,71 - - - - Próstata 21 14,83 Linfoma não Hodgkin 0 0,00 Bexiga Mening, encéf. e out. partes SNC Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total 2 4 1 1 3 26 119 Feminino 1,41 2,82 0,71 0,71 2,12 18,36 84,04 2 8 6 2 3 1 2 3 9 2 3 2 - 2 3 1 1 6 3 20 85 1,39 5,58 4,18 1,39 2,09 0,70 3 5 1,75 8 9 4 1,39 2 2,09 1,39 1,05 10,17 13 6,28 coef. 29 1,39 2,09 Total 4 9 3 2 6,67 2,81 3,16 1,40 4,56 1,40 6,28 1,39 2,09 1,39 - 21 14,83 0,70 1 0,35 1,39 2,09 0,70 4,18 2,09 13,94 59,26 4 7 2 7 6 46 204 1,40 2,46 0,70 2,46 2,11 16,14 71,57 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 102 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Homens: esôfago e próstata (14,8/100 mil, cada), estômago (9/100 mil) e pulmão (7/100 mil). Mulheres: mama (6/100 mil), esôfago (5,6/100 mil), estômago, colorretal e leucemia (4/100 mil, cada um). Pode-se notar que, em vários dos cânceres, comuns aos sexos, as taxas brutas de mortalidade foram muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior risco de morte para homens (Figura 62). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 62 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Jequitinhonha (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Jequitinhonha foi responsável por 1,1% (204) das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 83% desses óbitos. 37% dos casos de mortes por neoplasias ocorridos nessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 103 Jequitinhonha As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Jequitinhonha foram, de 84 óbitos por 100 mil homens e 59 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: 4.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Jequitinhonha 344 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 331 casos hospitalares buscaram assistência em Belo Horizonte (Tabela 25). Tabela 25 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Belo Horizonte Juiz de Fora Montes Claros Sete Lagoas Total Geral Mesma Macro Outra Macro Total Geral – 3 3 – 331 – – – 9 1 344 331 9 1 344 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). Dos casos hospitalares procedentes de municípios da macrorregião Jequitinhonha, 100% buscaram tratamento em outras macrorregiões. A macrorregião Jequitinhonha não possui instituição habilitada para assistência da alta complexidade de câncer. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 88% foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 63 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 104 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Jequitinhonha Um percentual de 54% dos casos hospitalares foi por um dos sete tipos de cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 64 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Jequitinhonha, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 19% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 33% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/ DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 65 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 105 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 12% a 56% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 66 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 5,7% dos casos em homens e 5,3% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 67 e 68 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Jequitinhonha, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Jequitinhonha contribuiu com 1% do total de casos hospitalares de câncer registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 100% dos casos hospitalares foram assistidos em outra macrorregião. 54% dos casos hospitalares de câncer dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. 106 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 107 6 Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável 3 4 81,5 3 1 48 - 8 26 Colo do Útero 14 6 50 3 0 64 71 8 27 Cólon e Reto 8 4 125 3 0 75 66,5 4 13 Estômago 9 11 94 4 0 53 - 18 43 Mama Fem. 26 6 118 1 0 - 69 7 56 Próstata Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. 8 5 Nº de municípios da Macro 7 Jequitinhonha com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 87 4 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 5 42 0 Fem 51 Masc 5 Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) 13 Cavidade Oral 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Jequitinhonha 3 5 42 6 1 45 60,5 5 9 Pulmão 32 10 76 4 1 67 59 25 59 Jequitinhonha 69 19 95 3 2 54 66,5 55 187 9 0 40 0 0 83 80 0 10 169 23 87 3 6 58 62 96 344 Pele não Total 7 Esôfago melanoma geral Selecionados Tabela 26 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, 2009 4.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 4.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 40 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 22 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 9 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 10,6% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 6,3 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 12% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 43 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 94 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 34 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 18 casos avançados de câncer da mama feminina, nenhum caso teve o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 4.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 2 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,4% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 8% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 26 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 48 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 81 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 23 (88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8 casos avançados de câncer do colo do útero, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 108 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 110 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 58 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por 100 mil homens. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 21 óbitos por câncer da próstata (17,65% dos óbitos no sexo masculino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,8 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 16% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 56 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 118 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 30 (54%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 7 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 4.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do cólon e reto (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 5 casos novos por 100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 2 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 8 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (2 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 1,4 óbitos por 100 mil homens e de 4,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 8% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 27 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos em homens e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 50 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 13 (48%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8 casos avançados de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Jequitinhonha. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 109 Jequitinhonha 4.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Jequitinhonha (MG) 4.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer do pulmão (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 13 óbitos por câncer de pulmão em ambos os sexos (11 no sexo masculino e 2 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,8 óbitos por 100 mil homens e de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 9 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60,5 anos em homens e de 45 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 42 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 6 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 5 casos avançados de câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 4.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 20 casos novos de câncer da cavidade oral (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 7 casos novos por 100 mil homens e de 2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por câncer da boca (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 2 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010, demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 3 óbitos por câncer do lábio, cavidade oral e faringe, em ambos os sexos (1 no sexo masculino e 2 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e de 1,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da boca representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 13 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos em homens e de 42 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 87 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 7 (54%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 5 casos avançados de câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 110 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 40 casos novos de câncer do estômago (30 casos novos em homens e 10 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100 mil homens e de 5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 19 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (13 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9,2 óbitos por 100 mil homens e de 4,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 13 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66,5 anos em homens e de 75 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 125 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 5 (38%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 4 casos avançados de câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 4.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 50 casos novos de câncer do esôfago (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 13 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 29 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (21 no sexo masculino e 8 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,8 óbitos por 100 mil homens e de 5,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade o câncer do esôfago representou 17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 59 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 67 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 27 (46 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer do esôfago, 1 caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Jequitinhonha. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 111 Jequitinhonha 4.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Jequitinhonha (MG) 4.5.9 – CÂNCER DE PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 120 casos novos de câncer de pele não melanoma (20 em homens e 100 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100 mil homens e de 50 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer (nenhum em homens e 10 em mulheres). A taxa bruta de mortalidade será menor que um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 4 óbitos por câncer de pele não melanoma em ambos os sexos (1 no sexo masculino e 3 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e de 2,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer de pele não melanoma representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Jequitinhonha, registrados pelos 33 RHC-MG, com 10 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 80 anos em homens e de 83 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 40 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer de pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, apenas 1 (10%) caso apresentou registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Não houve nenhum registro de caso avançado de câncer de pele não melanoma, nessa macrorregião. 4.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Jequitinhonha (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Jequitinhonha 640 casos novos de câncer (390 em homens e 250 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 202 casos novos por 100 mil homens e de 125 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 220 óbitos por esse câncer (130 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 64 óbitos por 100 mil homens e de 39 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Jequitinhonha, ocorreram 204 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (119 no sexo masculino e 85 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram de 84,04 óbitos por 100 mil homens e de 59,3 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 344 casos hospitalares, representando 1% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 87 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Jequitinhonha, 175 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 51% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 96 casos avançados de neoplasias, 6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 23 municípios da macrorregião Jequitinhonha. 112 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 69 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Jequitinhonha, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 27 – Relação dos municípios da macrorregião Jequitinhonha segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer na 1ª consulta na alta complexidade, 33 RHC-MG, ano 2009. Municípios 310240 Alvorada de Minas 310340 Araçuaí 310445 Aricanduva 310650 Berilo 311230 Capelinha 311350 Carbonita 311610 Chapada do Norte 311680 Coluna 311810 Congonhas do Norte 311950 Coronel Murta 312010 Couto de Magalhães de Minas 312100 Datas Estadios III e IV 1 % 50,0 Demais Estadios 2 33,3 4 10 1 8 2 1 3 3 3 1 34,5 33,3 1 19 2 Continua... Total 2 29 6 3 30,8 18 26 11,1 8 9 25,0 60,0 30,0 50,0 20,0 6 2 2 7 3 4 8 5 2 10 6 5 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 113 Jequitinhonha A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 69). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 27. Municípios 312160 Diamantina 312540 Felício dos Santos 312550 São Gonçalo do Rio Preto Estadios III e IV 12 2 % 17,9 20,0 Demais Estadios 55 8 Fim. Total 67 10 2 100,0 313250 Itamarandiba 12 31,6 26 314180 Minas Novas 7 25,9 20 27 2 2 312650 Francisco Badaró 312760 Gouveia 313545 Jenipapo de Minas 313835 Leme do Prado 315330 Presidente Kubitschek 316020 Santo Antônio do Itambé 316590 Senador Modestino Gonçalves 316970 Turmalina 317107 Veredinha 317160 Virgem da Lapa 4 1 1 5 1 6 33,3 14,3 50,0 38,5 16,7 46,2 4 2 4 8 12 1 1 6 1 2 8 5 7 38 7 2 2 13 6 13 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, e eles: José Gonçalves de Minas. 114 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Jequitinhonha apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 37% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 23 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 640 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 115 Jequitinhonha 4.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA (MG) Leste 5. Macrorregião Leste Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 117 A macrorregião Leste abrange 85 municípios. Na população de 1.452.563 habitantes predominam as mulheres (742.248) em relação aos homens (710.315). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes entre 10 a 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, para 22% dos habitantes (324.296) com 50 anos ou mais (Figura 70). Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 70 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Leste de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios dessa macrorregião, entre os níveis, baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Frei Lagonegro (IDHM renda 0,497), Jampruca (IDHM 0,598 e IDHM longevidade 0,573) e Água Boa (IDHM educação 0,653). Os índices mais elevados foram em Timóteo (IDHM 0,831, IDHM longevidade 0,845, IDHM educação 0,923) e Governador Valadares (IDHM renda 0,730) (Tabela 28). Tabela 28 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Leste (MG). Indicadores População Censo (2010) População Masculina População Feminina IDH (2000) Mínimo IDHM 0.598 Jampruca IDHM-Renda 0.497 Frei Lagonegro IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.573 Jampruca 0.653 Água Boa Valores 1.452.563 710.315 742.248 Máximo 0.831 Timóteo 0.730 Governador Valadares 0.845 Timóteo 0.923 Timóteo Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 119 Leste 5.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE LESTE DE MINAS GERAIS De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Leste possui 26.376 estabelecimentos, com 245.971 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (25,4%), seguido pelo comércio (23%), indústria de transformação (20,4%), administração pública (19,1%), construção civil (8,0%), agropecuária (3,0%), serviços industriais de utilidade pública (0,7%) e extração mineral (0,3%) (Figura 71). Pode ser observado no mapa que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 71 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Leste de Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 120 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 5.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 81 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 47 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 16 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 15 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão. (Figura 72) Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 72 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Leste (MG). Em 2013, a macrorregião Leste será responsável por 6,7% dos casos novos esperados e 6,8% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 47% dos casos novos estimados da macrorregião Leste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 121 Leste No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Leste 3.570 casos novos e 1.140 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 257 casos novos por 100 mil homens e 212 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 82 óbitos por 100 mil homens e de 66 óbitos por 100 mil mulheres. 122 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Colo do útero Todas neoplasias malignas 81,93 620 66,32 0,60 65,72 - 3,70 9,44 6,78 4,21 4,19 4,24 0,98 Taxa de Mortalidade 520 10 510 - 30 70 50 30 30 30 10 Nº de óbitos Feminino 257,10 65,67 191,43 81,48 - - 11,94 9,02 15,88 15,50 9,41 Taxa de Incidência 1920 490 1430 610 - - 90 70 120 120 70 Nº de Casos Novos* Masculino 211,88 72,04 139,84 - 14,76 47,15 8,81 11,09 7,07 7,20 3,58 Taxa de Incidência 1650 560 1090 - 120 370 70 90 50 60 30 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 10 0,56 C44 Pele não melanoma 610 81,37 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 70 20 70 80 20 Nº de óbitos* 90 - - 9,80 3,28 9,44 10,71 3,22 Taxa de Mortalidade Masculino Número de óbitos esperados 12,62 Próstata C61 Mama feminina C53 C50 Traqueia, brônquios e pulmões C33-C34 C18-C21 Descrição Cólon, reto e ânus Estômago Esôfago C16 C15 Cavidade oral C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 29 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novo, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Leste (MG) 5.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 As neoplasias ocuparam as 4ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Leste, nos anos 2000 e 2010 (9,4% e 14,2%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 1ª posição (25,2%) no ano 2000 para 4ª posição (11%) em 2010 (Figura 73). Leste A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Leste, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 73 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Leste, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 85% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 74). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 74 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Leste (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 123 Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Leste, 42% (520 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 75). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 75 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Leste, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Leste foi de 85,8 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (11,9/100 mil), mama feminina (11,5/100 mil) e esôfago (7,5/100 mil). Tabela 30 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Leste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát Pâncreas Laringe Traquéia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp útero Ovário Próstata Bexiga Mening, encéf. e out. partes SNC Linfoma não-Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig, comport incert Restante de neoplasias malignas Total Masculino Nº Feminino coef. Nº coef. 75 10,61 26 28 3,96 37 77 25 33 21 65 6 - - - - 84 12 29 10 5 27 14 125 673 5,23 10,89 3,54 4,67 2,97 9,20 0,85 - 15 32 39 27 18 2 42 6 Nº coef. 3,52 101 6,99 2,44 46 2,03 4,33 5,28 3,66 0,27 2,57 4,10 40 11,88 1,70 1,41 0,71 3,82 1,98 17,68 95,21 - 2 9 10 17 9 113 567 60 23 27 19 29 64 3,66 0,81 - - 109 107 11,51 27 52 5,69 85 - Total 3,93 - 0,27 5,41 1,22 1,35 2,30 1,22 15,30 76,76 12 3,60 7,54 4,43 4,15 3,18 1,59 7,40 0,83 85 11,51 19 2,57 29 84 14 69 19 15 44 23 238 1240 3,66 3,93 11,88 0,97 4,77 1,31 1,04 3,04 1,59 16,46 85,78 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 124 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero na macrorregião Leste foram 95 óbitos por 100 mil homens e 76 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: próstata (11,9/100 mil), esôfago(10,9/100 mil), estômago (10,6/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 76). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 76 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Leste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Leste foi responsável por 6,7% (1.240 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85% desses óbitos. 42% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 125 Leste Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (5,7/100 mil), meninges (5,4/100 mil) 5.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Leste 1.730 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.369 casos buscaram assistência em Ipatinga (1.106) e Governador Valadares (263) (Tabela 31). Tabela 31 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Belo Horizonte Governador Valadares Mesma Macro Outra Macro Total Geral 263 - 263 - Ipatinga 1106 Muriaé - Juiz de Fora São João del Rei Total Geral 282 - 1106 67 67 - 11 - 1 1369 282 361 11 1 1730 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 79% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Leste buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 77 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009. 126 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Leste 84% dos casos hospitalares de câncer, procedentes da macrorregião Leste, foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 78 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 65% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 79 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Leste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste: 21% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 33% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 80 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 127 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 32% a 71% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre tipos de câncer. Figura 81 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste, 11% dos casos em homens e 8% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 82 e 83 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no whospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Leste contribuiu com 6% do total de casos hospitalares de câncer registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 79% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião de residência. 65% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Entretanto, 4 casos em cada 10 casos desse agrupamento já se encontravam nas fases avançadas da doença na 1ª consulta na alta complexidade. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o atual cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 128 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 129 Total de casos avançados (estadio III e IV) 16 Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável 8 14 14 73 5 7 54,5 - 62 114 Colo do Útero 17 21 54 5 4 62 59 68 128 15 18 63 6 1 65 69 43 76 Cólon Estômago e Reto 16 26 65 4 18 54 - 123 302 Mama Fem 41 29 75 3 0 - 71 109 338 Próstata 13 18 45 7 0 59 61,5 44 62 Pulmão Nota: 1 – Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/06/2012. 23 Nº de municípios da Macro Leste com casos avançados (procedência) 7 91 6 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 5 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos 6 casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 1 67 58 Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Fem. Masc. 61 99 Cavidade Oral 4 Mediana da idade no 3 diagnóstico (em anos) 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Leste Leste 132 64 70 5 31 56 68 510 1.119 7 Selecionados 20 39 63 6 1 64,5 60 73 114 Esôfago 24 6 152,5 2 1 73 66 14 80 Pele Não Melanoma 318 72 69 4 63 58 65 772 1.730 Total geral Tabela 32 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, 2009 5.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO LESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 5.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 370 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 47 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião Leste, ocorreram 85 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 15% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11,51 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 302 casos, no ano 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 65 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Leste, 286 (95%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 123 casos avançados de câncer da mama feminina, 18 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Leste. 5.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 120 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião Leste ocorreram 27 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 4,8% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 114 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 73 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Leste, 100 (88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 62 casos avançados de câncer do colo do útero, 7 casos apresentam o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Leste. 130 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 5.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Leste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião Leste ocorreram 84 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,5% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo com 11,9 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 19% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 338 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Leste, 297 (88%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 109 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 29 municípios da macrorregião Leste. 5.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 160 casos novos de câncer do cólon e reto (70 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 11 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião Leste, ocorreram 64 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (25 no sexo masculino e 39 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3 óbitos por 100 mil homens e de 5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 128 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 54 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 111 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 68 casos avançados de câncer do cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançado foram procedentes de 21 municípios da macrorregião Leste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 131 Leste Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 610 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 81 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 13 óbitos por 100 mil homens. 5.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 160 casos novos de câncer do pulmão (90 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por 100 mil homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120 óbitos por câncer do pulmão (70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM), do ano de 2010, demonstrou que na macrorregião Leste, ocorreram 107 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (65 no sexo masculino e 42 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 9 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 62 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61,5 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 45 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 49 (79%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 44 casos avançados de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 18 municípios da macrorregião Leste. 5.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 100 casos novos de câncer da cavidade oral (70 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste, ocorreram 52 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e faringe, (37 no sexo masculino e 15 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,2 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 99 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 67 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 91 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 83 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 61 casos avançados de câncer da cavidade oral, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 23 municípios da macrorregião Leste. 132 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 5.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Leste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste, ocorreram 101 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (75 no sexo masculino e 26 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 76 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens e de 65 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 63 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 61 (80%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 43 casos avançados de câncer do estômago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados forma procedentes de 18 municípios da macrorregião Leste. 5.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 180 casos novos de câncer do esôfago (120 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 110 óbitos por esse câncer (80 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste, ocorreram 109 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (77 no sexo masculino e 32 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 114 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 64 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 63 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 94 (82%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 73 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 39 municípios da macrorregião Leste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 133 Leste Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 170 casos novos de câncer do estômago (120 casos novos em homens e 50 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 100 óbitos por esse câncer (70 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 9 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. 5.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 1.050 casos novos de câncer da pele não melanoma (490 em homens e 560 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 66 casos novos por 100 mil homens e de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste, ocorreram 12 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (6 no sexo masculino e 6 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 5% do total de casos hospitalares da macrorregião Leste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 80 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 73 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 152,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste, 56 (70%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 14 casos avançados de câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Leste. 5.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Leste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste 3.570 casos novos de câncer (1.920 em homens e 1.650 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 257 casos novos por 100 mil homens e de 212 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.140 óbitos por câncer (620 em homens e 520 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 82 óbitos por 100 mil homens e de 66 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste ocorreram 1.240 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (673 no sexo masculino e 567 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 95 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Leste 1.730 casos hospitalares, que representaram 6% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Leste, 1.412 (82%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 772 casos avançados por neoplasias, 63 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 72 municípios da macrorregião Leste. 134 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Leste A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 84). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 33. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 84 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Leste, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançar o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 33 – Relação dos municípios da macrorregião Leste segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009. Município de Procedência 310050 Açucena 310060 Água Boa 310110 Aimorés 310180 Alpercata 310220 Alvarenga 310300 Antônio Dias 310630 Belo Oriente 310780 Bom Jesus do Galho 310880 Braúnas 310925 Bugre 311205 Cantagalo 311265 Capitão Andrade Estadio III e IV Demais Estadios 19,0 17 21 57,1 6 14 3 5 4 66,7 5 62,5 3 4 2 8 11 10 2 Continua... Total % 42,9 66,7 57,9 66,7 40,0 2 4 3 1 8 5 3 1 2 6 7 8 3 19 15 3 1 2 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 135 Continua... Município de Procedência Estadio III e IV 311840 Conselheiro Pena 311340 Caratinga 311570 Central de Minas 311920 Coroaci 311940 Coronel Fabriciano 312000 Córrego Novo 312083 Cuparaque 49 % 55,1 Demais Estadios Total 8 53,3 7 15 93 163 2 2 1 2 70 2 50,0 66,7 42,9 50,0 312180 Dionísio 3 60,0 312250 Dom Cavati 6 46,2 312220 Divinolândia de Minas 312370 Engenheiro Caldas 312385 Entre Folhas 312580 Fernandes Tourinho 312690 Frei Inocêncio 312695 Frei Lagonegro 1 9 3 1 5 313090 Inhapim 313115 Ipaba 137 8 2 2 11 313130 Ipatinga 202 313320 Itanhomi 3 313180 Itabirinha 313410 Itueta 313500 Jaguaraçu 5 1 314010 Marilac 314030 Marliéria 314150 Mendes Pimentel 314170 Mesquita 314420 Nacip Raydan 6 2 2 2 2 2 1 4 5 2 7 13 1 4 2 3 11 4 4 10 71,4 2 7 7 1 16 44,3 172 309 50,0 2 4 47,1 28,6 55,0 9 5 9 17 7 20 44,1 256 458 33,3 6 9 62,5 25,0 66,7 8 2 3 60,0 4 313960 Mantena 1 2 10 100,0 3 1 89 5 1 313610 Joanésia 313655 José Raydan 50,0 56,3 5 313055 Imbé de Minas 25,0 9 312750 Gonzaga 312930 Iapu 75,0 100,0 6 312770 Governador Valadares 81,8 1 312730 Galiléia 312737 Goiabeira 50,0 40 3 3 8 4 1 33,3 6 50,0 8 16 6 8 85,7 25,0 28,6 20,0 66,7 136 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2 1 5 8 1 9 6 7 7 10 3 Fim. 314435 Naque 314467 Nova Belém 314840 Paulistas 314860 Peçanha 314995 Periquito 315015 Piedade de Caratinga Estadio III e IV 2 4 5 % 50,0 33,3 315725 Santa Bárbara do Leste 2 33,3 315750 Santa Efigênia de Minas 315820 Santa Maria do Suaçuí 315895 Santana do Paraíso 315935 Santa Rita de Minas 315950 Santa Rita do Itueto 316095 São Domingos das Dores 316160 São Geraldo da Piedade 316165 São Geraldo do Baixio 3 2 18 1 3 1 5 60,0 16,7 57,1 25,0 25,0 10 317115 Vermelho Novo 4 317150 Mathias Lobato 317190 Virgolândia 33,3 1 317005 Ubaporanga 317057 Vargem Alegre 36,4 22,2 51 316950 Tumiritinga 25,0 2 316870 Timóteo 3 1 2 6 4 1 316840 Tarumirim 4 20,0 66,7 316447 São Sebastião do Anta 316770 Sobrália 3 18 20,0 1 2 16 1 316550 Sardoá 2 7 11,1 316350 São José do Jacuri 4 2 2 9 33,3 316450 São Sebastião do Maranhão 12 6 2 1 8 33,3 316280 São João Evangelista 316410 São Pedro do Suaçuí 1 27 50,0 316300 São José da Safira 1 4 18 2 4 1 2 33,3 316257 São João do Manteninha 316260 São João do Oriente 1 71,4 1 9 Total 33,3 315053 Pingo-d’Água 315430 Resplendor Demais Estadios 9 3 2 5 3 2 3 4 1 4 3 3 27 3 5 6 3 4 7 6 1 5 4 4 7 11 1 1 2 7 3 9 39,8 77 128 62,5 6 16 2 6 50,0 66,7 20,0 66,7 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 3 3 4 1 4 6 5 3 Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele: Serra da Saudade. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 137 Leste Município de Procedência 5.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – Macrorregião LESTE (MG) A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Leste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 42% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento uma vez que, indistintamente entre os 85 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, são esperados, para o ano de 2013, 3.570 novos casos de câncer na população dessa macrorregião e que a incidência anual tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos novos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, esperamos que a leitura desses dados venha a promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, consumo de álcool e a exposição ocupacional e ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. 138 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 6. Macrorregião Leste do Sul Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 139 6.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS Leste do Sul A macrorregião Leste do Sul abrange 53 municípios. Na população de 665.813 habitantes predominam as mulheres (335.358) em relação aos homens (330.455). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes (155.547) com 50 anos de idade ou mais (Figura 85). Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 85 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Leste do Sul de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Leste do Sul entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Diogo de Vasconcelos (IDHM renda 0,518), Araponga (IDHM 0,657, IDHM educação 0,684) e Piedade de Ponte Nova (IDHM longevidade 0,636). Os índices mais elevados foram em Viçosa (IDHM 0,809, IDHM renda 0,741, IDHM educação 0,929) e Manhuaçu e Alto Caparaó (IDHM longevidade 0,806), (Tabela 34). Tabela 34 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Leste do Sul (MG) Indicadores Valores População Censo (2010) 665.813 População Masculina 330.455 População Feminina IDH (2000) Mínimo IDHM 0.657 Araponga IDHM-Renda 0.518 Diogo de Vasconcelos 0.741 Viçosa IDHM-Educação 0.684 Araponga 0.929 Viçosa IDHM-Longevidade 0.636 Piedade de Ponte Nova 335.358 Máximo 0.809 Viçosa 0.806 Manhuaçu/ 0.806 Alto Caparaó Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 141 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Leste do Sul possui 13.184 estabelecimentos, com 91.345 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (24,4%), seguido por administração pública (23,4%), comércio (23,1%), indústria de transformação (10,9%), agropecuária (9,3%), construção civil (7,9%), serviços industriais de utilidade pública (0,6%) e extração mineral (0,4%) (Figura 86). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 86 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Leste do Sul de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010 142 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Leste do Sul 1.710 casos novos e 560 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 269 casos novos por 100 mil homens e 219 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 86 óbitos por 100 mil homens e de 68 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 76 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 42 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de esôfago será o segundo mais incidente entre os homens, com 16 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 12 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 87). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 87 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Leste do Sul (MG). Em 2013, a macrorregião Leste do Sul será responsável por 3,2% dos casos novos esperados e 3,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 43% dos casos novos estimados da macrorregião Leste do Sul serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 143 Leste do Sul 6.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS 144 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Colo do útero Todas neoplasias malignas 85,70 310 68,46 0,84 67,62 - 2,99 8,51 5,80 4,25 4,43 4,07 0,84 Taxa de Mortalidade 250 10 240 - 10 30 20 10 20 10 10 Nº de óbitos Feminino 268,92 70,36 198,56 76,39 - - 13,80 8,75 14,42 15,95 12,42 930 240 690 270 - - 50 30 50 60 40 Taxa de Nº de Casos Incidência Novos* Masculino 218,71 100,85 117,86 - 11,92 42,49 7,53 11,19 7,48 6,92 3,07 Taxa de Incidência 780 360 420 - 40 150 30 40 30 20 10 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 10 0,60 C44 Pele não melanoma 300 85,10 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 40 10 30 40 10 Nº de óbitos* 40 Próstata - - 11,32 3,18 8,57 11,02 4,25 Taxa de Mortalidade Masculino 11,83 C61 Mama feminina C53 C50 Traqueia, brônquios e pulmões Cólon, reto e ânus C33-C34 C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 35 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Leste do Sul (MG) As neoplasias ocuparam as 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Leste do Sul, nos anos 2000 e 2010 (11% e 13%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (20%) para a 5ª posição (10%) no ano 2010 (Figura 88). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Leste do Sul, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 88 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Leste do Sul, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 85,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 89). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 89 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Leste do Sul (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 145 Leste do Sul 6.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS, ANO 2010 Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Leste do Sul, 41% (272 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 90). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 90 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Leste do Sul, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Leste do Sul foi de 99 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (16,6/100 mil), pulmão (11,4/100 mil) e esôfago (10/100 mil). Tabela 36 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Leste do Sul (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Masculino Neoplasias Nº Lábio, cav. oral e faringe 21 Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening. ,encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert Restante de neoplasias malignas Total 49 34 9 18 9 12 51 4 55 2 19 9 0 12 4 76 384 coef. por 100 mil 6,35 14,83 10,29 2,72 5,45 2,72 3,63 15,43 1,21 16,64 0,61 5,75 2,72 0,00 3,63 1,21 23,00 116,20 Feminino Nº coef. por 100 mil Nº 4 1,19 25 18 18 15 18 13 1 25 5 33 7 13 8 1 15 5 2 6 7 63 277 5,37 5,37 4,47 5,37 3,88 0,30 7,45 1,49 9,84 2,09 3,88 2,39 0,30 4,47 1,49 0,60 1,79 2,09 18,79 82,60 67 52 24 36 22 13 76 9 33 7 13 8 55 3 34 14 2 18 11 139 661 Total coef. por 100 mil 3,75 10,06 7,81 3,60 5,41 3,30 1,95 11,41 1,35 9,84 2,09 3,88 2,39 16,64 0,45 5,11 2,10 0,30 2,70 1,65 20,88 99,28 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 146 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Leste do Sul foram de 116 óbitos por 100 mil homens e 82 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Mulheres: mama (9,8/100 mil), pulmão (7,4/100 mil), esôfago, estômago e fígado (5,4/100 mil, respectivamente). Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 91). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 91 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Leste do Sul (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Leste do Sul foi responsável por 4% (661 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85,5% desses óbitos. 41% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 147 Leste do Sul Homens: próstata (16,6/100 mil), pulmão (15,4/100 mil), esôfago (14,8/100 mil) 6.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE, DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Leste do Sul 897 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 335 casos hospitalares buscaram assistência em Belo Horizonte (Tabela 37). Tabela 37 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral - 335 335 Juiz de Fora - 37 37 Muriaé - 422 422 97 - 97 Belo Horizonte Governador Valadares Montes Claros Poços de Caldas Ponte Nova Total Geral - 4 - 1 - 1 97 800 4 1 1 897 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 11% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Leste do Sul buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 92 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009. 148 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 93 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 60% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 94 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Leste do Sul, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul: 27% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 26% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 95 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 149 Leste do Sul 73% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, de 9% a 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 96 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul, 4,8% dos casos em homens e 5,5% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 97 e 98 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Leste do Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Leste do Sul contribuiu com 3% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 11% dos casos foram assistidos na mesma macrorregião. 60% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 150 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 151 Nº de municípios da Macro 7 Leste Sul com casos avançados (procedência) 20 16 78 5 0 58,5 58 26 49 12 13 81 4 4 56,5 - 19 44 Cavidade Colo do Oral Útero 19 19 60 4 0 66 62 29 65 Cólon e Reto 10 14 47 6 0 62,5 64,5 19 32 Estômago 24 23 69 4 8 53 - 53 144 11 21 69 6 2 68 67 27 44 2 - Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. 113 12 73,5 1 0 - 68 15 160 41 20 76 4 1 67,5 60 29 74 Leste do Sul 209 46 69 3 14 57 67 188 538 56 0 95 0 0 80 65,5 0 60 Pele Não Mama 7 Esôfago Próstata Pulmão Melanoma Fem. Selecionados Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. Nº de casos com estadiamento 8 sem informação / não estadiável 5 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos 6 casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Fem. Masc. Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 4 3 Total de casos avançados (estadio III e IV) 1 Total de casos (N) 2 Indicador da Macrorregião Leste do Sul 451 52 69 3 21 60 64 266 897 Total geral Tabela 38 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, 2009 6.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO LESTE DO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 6.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 150 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 42 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 33 óbitos por câncer da mama feminina (11,9% dos óbitos no sexo feminino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 9,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 16% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 144 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Leste do Sul, 120 (83%) casos hospitalares tiveram o registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer de mama, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 53 casos avançados, 8 casos tiveram o diagnóstico do câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 23 municípios da macrorregião Leste do Sul. 6.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 40 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 12 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 7 óbitos por câncer do colo do útero que corresponderam a 2,5% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi 2,09 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 44 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 81 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Leste do Sul, 32 (73%) casos hospitalares apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 19 casos avançados de câncer do colo do útero, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Leste do Sul. 152 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 270 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 76 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por câncer da próstata e a taxa bruta de mortalidade será de 12 óbitos por 100 mil homens. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 55 óbitos por câncer da próstata (14,3% dos óbitos no sexo masculino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 16,6 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 18% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 160 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 73 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Leste do Sul, 47 (29%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da próstata, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 15 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Leste do Sul. 6.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 70 casos novos de câncer do cólon e reto (30 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 11 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 24 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (9 no sexo masculino e 15 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 2,7 óbitos por 100 mil homens e de 4,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 46 (71%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do cólon e reto, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Leste do Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 153 Leste do Sul 6.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Leste do Sul (MG) 6.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do pulmão (50 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer (40 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 76 óbitos por câncer do pulmão em ambos os sexos (51 no sexo masculino e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 15,4 óbitos por 100 mil homens e de 7,45 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 44 casos, em ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em homens e de 68 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 (75%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 21 municípios da macrorregião Leste do Sul. 6.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 50 casos novos de câncer da cavidade oral (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 25 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (21 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,8 óbitos por 100 mil homens e de 1,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 49 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 58,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 78 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 29 (59%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da boca, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 26 casos avançados de câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Leste do Sul. 154 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do estômago (50 casos novos em homens e 30 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (30 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 9 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 52 óbitos por câncer do estômago em ambos os sexos (34 no sexo masculino e 18 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,3 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC -MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64,5 anos em homens e de 62,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 47 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 22 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 19 casos avançados, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 14 municípios da macrorregião Leste do Sul. 6.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 80 casos novos de câncer do esôfago(60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 67 óbitos por câncer do esôfago em ambos os sexos (49 no sexo masculino e 18 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,8 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 8% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC -MG, com 74 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 67,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, em ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 33 (45 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer do esôfago, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 20 municípios da macrorregião Leste do Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 155 Leste do Sul 6.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Leste do Sul (MG) 6.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Leste do Sul 600 casos novos de câncer da pele não melanoma (240 em homens e 360 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 70 casos novos por 100 mil homens e de 101 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por câncer da pele não melanoma (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menor que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 9 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (4 no sexo masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 1,2 óbitos por 100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Leste do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 60 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65,5 anos em homens e de 80 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 95 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Leste do Sul, apenas 4 (7%) casos apresentaram registro médico sobre o estádio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, nenhum caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). 6.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Leste do Sul (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Leste do Sul 1.710 casos novos de câncer (930 em homens e 780 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 269 casos novos por 100 mil homens e de 219 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 560 óbitos por câncer (310 em homens e 250 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 86 óbitos por 100 mil homens e de 68 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Leste do Sul, ocorreram 661 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (384 no sexo masculino e 277 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 116,2 óbitos por 100 mil homens e de 82,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Leste do Sul 897 casos hospitalares de câncer, que representaram 3% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 69 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Leste do Sul, 446 casos apresentaram registro médico sobre o estádio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 50% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 266 casos avançados, 21 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 52 municípios da macrorregião Leste do Sul. 156 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Leste do Sul A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade, e município de procedência (Figura 99). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 39. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 99 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade, por município de procedência da macrorregião Leste do Sul, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade, para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 39 – Relação dos municípios da macrorregião Leste do Sul segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Continua... Município de Procedência Estadios III e IV % Demais Estadios Total 310030 Abre Campo 8 53,3 7 15 310205 Alto Caparaó 1 5,6 17 18 310250 Amparo do Serra 2 50,0 2 4 310040 Acaiaca 310230 Alvinópolis 310370 Araponga 1 14,3 9 40,9 1 14,3 6 13 6 7 22 7 310570 Barra Longa 1 10,0 9 10 311170 Canaã 4 28,6 10 14 311600 Chalé 2 15,4 11 13 311020 Cajuri 311290 Caputira 311740 Conceição de Ipanema 312170 Diogo de Vasconcelos 312270 Dom Silvério 1 3 1 5 16,7 20,0 11,1 41,7 5 12 3 8 7 6 15 3 9 12 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 157 Fim. Município de Procedência Estadio III e IV % Demais Estadios Total 312352 Durandé 2 20,0 8 10 313120 Ipanema 7 35,0 13 20 312820 Guaraciaba 313550 Jequeri 313770 Lajinha 313867 Luisburgo 7 9 3 3 33,3 14 47,4 10 16,7 42,9 15 4 21 19 18 7 313940 Manhuaçu 21 24,1 66 87 314053 Martins Soares 3 27,3 8 11 313950 Manhumirim 314090 Matipó 10 9 314400 Mutum 10 314830 Paula Cândido 2 314585 Oratórios 314880 Pedra do Anta 315020 Piedade de Ponte Nova 315190 Pocrane 2 2 1 8 3 315490 Rio Casca 10 315740 Santa Cruz do Escalvado 1 315500 Rio Doce 4 25,0 33,3 50,0 28,6 3 315415 Reduto 33,3 27,0 6 315350 Alto Jequitibá 315400 Raul Soares 21 20,0 35 22 30,0 2 315210 Ponte Nova 315230 Porto Firme 31,3 27 6 4 1 8 32 30 37 6 8 6 2 10 32,4 73 108 21,4 11 14 30,8 30,0 15 18 7 41,7 14 20,0 4 21 26 10 24 3 100,0 315790 Santa Margarida 4 30,8 9 13 316010 Santo Antônio do Grama 1 25,0 3 4 315890 Santana do Manhuaçu 2 28,6 5 3 5 7 316255 São João do Manhuaçu 4 40,0 6 10 316360 São José do Mantimento 2 66,7 1 3 316340 São José do Goiabal 316380 São Miguel do Anta 316400 São Pedro dos Ferros 316556 Sem-Peixe 316630 Sericita 3 2 3 1 1 42,9 40,0 50,0 33,3 25,0 4 3 3 2 3 7 5 6 3 4 316760 Simonésia 7 38,9 11 18 316850 Teixeiras 6 27,3 16 22 317130 Viçosa 23 27,1 62 85 316805 Taparuba 317050 Urucânia 1 5 14,3 38,5 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009. 158 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 6 8 7 13 A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Leste do Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 41% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 53 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.710 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 159 Leste do Sul 6.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO LESTE DO SUL (MG) 7. Macrorregião Nordeste Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 161 7.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NORDESTE DE MINAS GERAIS Nordeste A macrorregião Nordeste abrange 63 municípios. Na população de 810.597 habitantes predominam as mulheres (406.579) em relação aos homens (404.018). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional com 22% dos habitantes (180.064) com 50 anos ou mais (Figura 100). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 100 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Nordeste de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Nordeste entre os níveis, baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Comercinho (IDHM renda 0,46), Setubinha (IDHM 0,568, IDHM educação 0,608) e Bertópolis (IDHM longevidade 0,587). Os índices mais elevados foram em Teófilo Otoni (IDHM 0,742, IDHM educação 0,814), Nanuque (IDHM renda 0,678) e Berilo (IDHM longevidade 0,762), (Tabela 40). Tabela 40 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Nordeste (MG) Indicadores Valores População Censo (2010) 810.597 População Masculina População Feminina IDH (2000) 404.018 Mínimo Máximo IDHM 0.568 Setubinha IDHM-Renda 0.46 Comercinho IDHM-Longevidade IDHM-Educação 406.579 0.587 Bertópolis 0.608 Setubinha 0.742 Teófilo Otoni 0.678 Nanuque 0.762 Berilo 0.814 Teófilo Otoni Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 163 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Nordeste possui 11.659 estabelecimentos, com 80.658 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública (33,0%), seguido por comércio (21,8%), setor de serviços (18,7%), agropecuária (10,1%), indústria de transformação (7,3%), construção civil (6,6%), extração mineral (1,9%) e serviços industriais de utilidade pública (0,4%) (Figura 101). Pode ser observado no mapa, que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 101 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Nordeste de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 164 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Nordeste 1.510 casos novos e 490 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 208 casos novos por 100 mil homens e 144 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 66 óbitos por 100 mil homens e de 45 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 57 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 22 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 18 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do útero, com 16 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 102). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 102 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Nordeste (MG). Em 2013, a macrorregião Nordeste será responsável por 2,8% dos casos novos esperados e 2,9% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 44% dos casos novos estimados da macrorregião Nordeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 165 Nordeste 7.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS 166 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Mama feminina Todas neoplasias malignas 66,40 290 45,11 0,50 44,61 - 4,07 4,46 3,29 2,98 5,16 2,93 0,89 Taxa de Mortalidade 200 10 190 - 20 20 10 10 20 10 10 Nº de óbitos Feminino 208,36 86,78 121,57 57,25 - - 7,09 4,76 18,02 14,29 8,65 Taxa de Incidência 890 370 520 240 - - 30 20 80 60 40 Nº de Casos Novos* Masculino 144,14 60,03 84,10 - 16,23 22,28 4,27 7,85 8,71 4,98 3,25 Taxa de Incidência 620 260 360 - 70 100 20 30 40 20 10 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 10 0,74 C44 Pele não melanoma 280 65,66 - Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 20 10 50 40 10 Nº de óbitos* 40 Próstata Colo do útero - 5,82 1,73 10,71 9,87 2,96 Taxa de Mortalidade Masculino 8,87 C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 41 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Nordeste (MG) 7.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Nordeste, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 103 – Mortalidade proporcional por causas de doenças na macrorregião Nordeste, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 84% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 104). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 104 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Nordeste (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 167 Nordeste As neoplasias ocuparam a 4ª e 3ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Nordeste, nos anos 2000 e 2010 (7% e 11,7%, respectivamente). As causas mal definidas apresentaram percentuais bastante elevados e ocuparam a 1ª posição em 2000 (40,4%) e a 2ª posição em 2010 (22,7%) (Figura 103). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Nordeste, 43% (289 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 105). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 105 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Nordeste, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Nordeste foi de 74 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (13/100 mil), estômago (8,6/100 mil) e esôfago (6,9/100 mil). Neoplasias Tabela 42 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Nordeste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010 Masculino Feminino Total Nº coef. por 100 mil Nº coef. por 100 mil Nº coef. por 100 mil Lábio, cav. oral e faringe 35 7,80 5 1,11 40 4,45 Cólon, reto e ânus 10 13 2,89 23 2,56 Esôfago Estômago Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário 50 11,15 12 16 3,57 12 54 10 11 32 3 - - - - 12,04 2,23 2,23 2,45 - 23 0,67 - - - 13,15 Linfoma não Hodgkin 1 0,22 Mening, encéf. e out. partes SNC Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total 10 3 13 4 98 412 4 14 59 3 3 7,13 Próstata Bexiga 23 0,67 1 21 10 7 - 3 2,23 11 2,90 7 0,67 0,89 21,85 91,86 0 2 4 81 256 2,66 5,11 2,66 0,67 0,89 3,11 0,22 4,66 5,11 2,22 1,55 - 0,67 62 77 28 13 15 46 4 21 23 10 7 56,83 1,67 5,12 0,44 4,66 5,11 2,22 1,55 0,11 20 17,98 1,45 1 6 1,55 0,89 3,11 13,15 21 0,44 8,56 59 2,44 0,00 6,90 5 8 179 668 0,67 2,34 0,56 2,22 0,89 19,91 74,30 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 168 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e por gênero, na macrorregião Nordeste foram de 92 óbitos por 100 mil homens e 57 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: próstata (13/100 mil), estômago (12/100 mil), esôfago (11/100 mil). Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 106). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 106 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Nordeste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Nordeste foi responsável por 3,6% (668 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 84% desses óbitos. 43% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 169 Nordeste Mulheres: estômago e colo do útero (5/100 mil), mama (4,7/100 mil). 7.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Nordeste 522 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 420 casos hospitalares buscaram assistência em Belo Horizonte (Tabela 43). Tabela 43 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral Belo Horizonte – 420 420 Governador Valadares – 43 43 – 5 5 Betim Ipatinga Juiz de Fora Montes Claros Muriaé Total Geral – 1 – 45 – – – 7 1 522 1 45 7 1 522 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). Dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Nordeste, 100% buscaram tratamento em outra macrorregião de residência. A macrorregião Nordeste não possui instituição habilitada para assistência da alta complexidade de câncer. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 88% foram encaminhados pelo SUS. F onte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 107 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 170 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Nordeste Um percentual de 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste foi por um dos sete tipos de cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 108 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Nordeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 15% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 39% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 109 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 171 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, de 31% a 60% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste já se encontravam nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 110 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 12% dos casos em homens e 4% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 111 e 112 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Nordeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Nordeste contribuiu com 2% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. Nenhum caso hospitalar de câncer foi assistido na mesma macrorregião. 61% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 172 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 173 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) Fem. 56 14 15 111,5 6 1 59,5 27 Masc. 45 Cavidade Oral 12 19 86 6 3 55 - 32 56 Colo do Útero 10 11 76 5 1 65 53,5 16 32 Cólon e Reto 9 6 99 4 1 49 68 7 16 Estômago 21 16 66 4 5 55 - 40 108 Mama Fem. 10 12 117 3 0 - 69 15 47 Próstata 5 5 55 6 0 51 64 7 12 Pulmão Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nº de casos com estadia8 mento sem informação / não estadiável Nº de municípios da Macro 7 Nordeste com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 5 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Nordeste 20 17 77 6 2 69 59 27 49 Esôfago Nordeste 81 39 90 5 11 56 65,5 144 316 7 Selecionados 14 2 172,5 1 0 72 65 2 19 Pele não melanoma 198 49 88 4 20 56 61 217 522 Total geral Tabela 44 – Indicadores da assistência na alta complexidade nos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, 2009 7.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NORDESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 7.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 100 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 22 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 21 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 8,2% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a 2ª taxa bruta de mortalidade com 4,66 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 21% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 108 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 66 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Nordeste, 87 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer da mama feminina, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Nordeste. 7.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 70 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 16 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 23 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 8,9% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo uma das principais taxa brutas de mortalidade foi com 5,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 11% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 56 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 86 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Nordeste, 44 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 32 casos avançados de câncer do colo do útero, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Nordeste. 174 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 7.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Nordeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 59 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 14,3% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 13,15 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 117 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Nordeste, 37 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 15 casos avançados, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Nordeste. 7.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer do cólon e reto (20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 5 casos novos por 100 mil homens e de 8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 2 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 23 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (10 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 2,2 óbitos por 100 mil homens e de 2,9 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC -MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53,5 anos em homens e de 65 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 22 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 16 casos avançados de câncer do cólon e reto, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Nordeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 175 Nordeste Para 2013 são esperados na macrorregião Nordeste 240 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 57 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9 óbitos por 100 mil homens. 7.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer do pulmão (30 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 7 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 6 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 46 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (32 no sexo masculino e 14 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de 3,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 2% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 12 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 51 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 55 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 7 (58%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 7 casos avançados de câncer do pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Nordeste. 7.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 50 casos novos de câncer da cavidade oral (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste ocorreram 40 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (35 no sexo masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,8 óbitos por 100 mil homens e de 1,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe representaram 9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 45 casos, no ano do 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos em homens e de 59,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 111 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares dos cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 31 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos de câncer da boca, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 15 municípios da macrorregião Nordeste. 176 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 7.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Nordeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 77 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (54 no sexo masculino e 23 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,04 óbitos por 100 mil homens e de 5,11 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 16 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 49 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 99 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 7 (44%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 7 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Nordeste. 7.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 80 casos novos de câncer do esôfago (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14 casos novos por 100 mil homens e de 5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 62 óbitos por câncer de esôfago em ambos os sexos (50 no sexo masculino e 12 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11,15 óbitos por 100 mil homens e de 2,66 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 9% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 49 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 59 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 77 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 29 (59 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do esôfago, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 17 municípios da macrorregião Nordeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 177 Nordeste Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 120 casos novos de câncer do estômago (80 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 18 casos novos por 100 mil homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 70 óbitos por esse câncer (50 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 5 óbitos por 100 mil mulheres. 7.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 630 casos novos de câncer da pele não melanoma (370 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 87 casos novos por 100 mil homens e de 60 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 4 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (3 no sexo masculino e 1 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Nordeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 19 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 172 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Nordeste, 5 (26%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 2 casos avançados, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 2 municípios da macrorregião Nordeste. 7.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Nordeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Nordeste 1.510 casos novos de câncer (890 em homens e 620 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 208 casos novos por 100 mil homens e de 144 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 490 óbitos por câncer (290 em homens e 200 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 66 óbitos por 100 mil homens e de 45 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Nordeste, ocorreram 668 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (412 no sexo masculino e 256 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 91,9 óbitos por 100 mil homens e de 56,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Nordeste 522 casos hospitalares de câncer, que representaram 2% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 56 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 88 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Nordeste, 324 casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 62% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 217 casos avançados, 20 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 49 municípios da macrorregião Nordeste. 178 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Nordeste A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 113). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 45. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 113 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Nordeste, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 45 – Relação dos municípios da macrorregião Nordeste segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Município de Procedência 310090 Águas Formosas 310100 Águas Vermelhas 310170 Almenara 310270 Cachoeira de Pajeú 310285 Angelândia 310470 Ataleia 310520 Bandeira 310660 Bertópolis 311080 Campanário 311300 Caraí 311370 Carlos Chagas 311545 Catuji 311700 Comercinho Estadios III e IV 6 % 37,5 Demais Estadios 10 Continua... Total 16 33,3 71,4 33,3 66,7 2 2 2 1 3 7 3 3 5 2 26,3 66,7 1 100,0 1 20,0 1 5 1 2 2 9 1 40,0 50,0 33,3 4 14 1 3 9 4 2 4 19 3 1 5 18 5 3 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 179 Estadio III e IV % Demais Estadios Fim. Total 312015 Crisólita 3 50,0 3 6 312675 Franciscópolis 4 57,1 3 7 Município de Procedência 312245 Divisópolis 312560 Felisburgo 312680 Frei Gaspar 312705 Fronteira dos Vales 313230 Itaipé 313270 Itambacuri 313330 Itaobim 1 25,0 2 100,0 9 56,3 1 1 5 25,0 100,0 50,0 3 313890 Machacalis 5 313920 Malacacheta 314140 Medina 314315 Monte Formoso 314430 Nanuque 314490 Nova Módica 314530 Novo Cruzeiro 314535 Novo Oriente de Minas 314620 Ouro Verde de Minas 314630 Padre Paraíso 314675 Palmópolis 314850 Pavão 50,0 3 27,3 5 4 3 5 8 5 315660 Rubim 315710 Salto da Divisa 315765 Santa Helena de Minas 45,5 316860 Teófilo Otoni 317030 Umburatiba 46 1 12 4 3 4 1 6 9 1 18 31 50,0 6 12 1 1 37,5 20,0 40,0 1 7 4 11 41,9 33,3 2 316670 Serra dos Aimorés 8 6 11 316555 Setubinha 4 10 4 6 33,3 316330 São José do Divino 5 2 11 1 2 15 3 55,6 315810 Santa Maria do Salto 316030 Santo Antônio do Jacinto 4 72,7 50,0 50,0 1 5 20 3 6 1 6 16 100,0 3 4 20,0 2 2 315240 Poté 315510 Rio do Prado 41,7 66,7 13 315217 Ponto dos Volantes 50,0 2 314870 Pedra Azul 315000 Pescador 80,0 2 3 16 19 73,3 313700 Ladainha 1 13 11 313650 Jordânia 4 31,6 313600 Joaíma 6 7 2 18 33,3 313580 Jequitinhonha 3 4 13 2 4 3 1 27,8 313400 Itinga 313470 Jacinto 1 33,3 50,0 20,0 40,4 33,3 1 4 5 3 4 5 2 4 4 3 4 68 2 3 6 2 8 6 5 5 3 6 8 5 5 114 3 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Divisa Alegre, Mata Verde. 180 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e o controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. A macrorregião de saúde Nordeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 43% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 63 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.510 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 181 Nordeste 7.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NORDESTE (MG) 8. Macrorregião Noroeste Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 183 8.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS, DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NOROESTE DE MINAS GERAIS Noroeste A macrorregião Noroeste abrange 33 municípios. Na população de 652.954 habitantes predominam os homens (329.998) em relação às mulheres (322.956). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração entre 10 a 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional em 21% habitantes (134.672) com 50 anos ou mais. (Figura 114) Fonte: MS/DATASUS- IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 114- Pirâmide etária da população residente na macrorregião Noroeste de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação, variaram nos municípios da macrorregião Noroeste, entre os níveis: médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Uruana de Minas e Riachinho (IDHM renda 0,546), Chapada Gaúcha (IDHM 0,683, IDHM educação 0,757) e Lagoa Grande (IDHM longevidade 0,694). Os índices mais elevados foram em Patos de Minas (IDHM 0,813, IDHM educação 0,896), São Gotardo (IDHM renda 0,806) e Unaí (IDHM longevidade 0,829), na Tabela 46. Tabela 46 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Noroeste (MG). Indicadores População Censo (2010) População Masculina População Feminina IDH (2000) IDHM IDHM-Renda IDHM-Longevidade IDHM-Educação Mínimo 0.683 Chapada Gaúcha 0.546 Uruana de Minas/ 0.546 Riachinho 0.694 Lagoa Grande 0.757 Chapada Gaúcha Valores 652.954 329.998 322.956 Máximo 0.813 Patos de Minas 0.806 São Gotardo 0.829 Unaí/ 0.829 Carmo do Paranaíba 0.896 Patos de Minas Fontes: Datasus -IBGE Censo Demográfico 2010 - Atlas de Desenvolvimento Humano - PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 185 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Noroeste possui 18.755 estabelecimentos, com 118.531 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no comércio (22,9%), seguido pelo setor de serviços (22,4%), agropecuária (21,3%), administração pública (15,7%), indústria de transformação (9,3%), construção civil (5,8%), extração mineral (2,1%) e serviços industriais de utilidade pública (0,4%) (Figura 115). Pode ser observado no mapa que entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 115 - Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Noroeste de Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 186 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 8.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 66 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 35 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 12 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer do colo do útero, com 13 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão. (Figura 116) Fonte: RCBP, CID-10, Cap.2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 116 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Noroeste (MG). Em 2013, a macrorregião Noroeste será responsável por 2,5% dos casos novos esperados e 2,6% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 44% dos casos novos estimados da macrorregião Noroeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 187 Noroeste No ano de 2013 são esperados para a macrorregião Noroeste, 1.320 casos novos e 430 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 210 casos novos por 100 mil homens e 173 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 67 óbitos por 100 mil homens e de 54 óbitos por 100 mil mulheres. 188 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Todas neoplasias malignas* 66,85 240 54,07 0,31 53,76 - 3,31 6,94 5,25 3,56 2,38 1,06 0,31 Taxa de Mortalidade Feminino 190 10 180 - 10 20 20 10 10 10 10 Nº de óbitos 209,78 42,22 167,56 66,12 - - 12,02 10,92 8,09 6,18 6,34 Taxa de Incidência 730 150 580 230 - - 40 40 30 20 20 Nº de Casos Novos* Masculino 172,74 37,22 135,52 - 13,20 34,67 6,81 9,37 4,02 1,80 1,13 Taxa de Incidência 590 130 460 - 40 120 20 30 10 10 10 Nº de Casos Novos Feminino Número de Casos Novos esperados ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 C00-C97; D46² 10 0,36 C44 Pele não melanoma 230 66,49 - - 30 10 20 10 10 Nº de óbitos* Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 9,86 3,97 4,81 4,27 2,17 Taxa de Mortalidade Masculino 40 Próstata Colo do útero Mama feminina Traqueia, brônquios e pulmões Cólon, reto e ânus Estômago Esôfago Cavidade oral Descrição 10,24 C61 C53 C50 C33-C34 C18-C21 C16 C15 C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 47 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos e óbitos e do cálculo da razão incidência e mortalidade (I/M), segundo sexo e localização primária, na macrorregião Noroeste (MG) 8.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Noroeste, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 117 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Noroeste, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 83,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 118). Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 118 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Noroeste (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 189 Noroeste As neoplasias ocupavam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Noroeste no ano 2000 e a 2ª posição em 2010 (10,1% e 13,4%, respectivamente). As causas mal definidas ocupavam a 2ª posição em 2000, com percentuais altos 21,8% e passaram a 5ª posição em 2010 com 10% das mortes (Figura 117). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Noroeste, 46% (214 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce. (Figura 119) Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 119 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Noroeste, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Noroeste foi 71,7 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram os cânceres da próstata (14,9/100 mil), pulmão (9/100 mil) e mama feminina (9/100 mil) Tabela 48 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Noroeste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Neoplasias Lábio, cav oral e faringe Esôfago Estômago Cólon,reto e ânus Fígado e vias bil intrahepát Pâncreas Laringe Traquéia,brônquios e pulmões Pele Não Melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp útero Ovário Próstata Bexiga Mening,encéf e out partes SNC Linfoma não-Hodgkin Mieloma mult e neopl malig de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig, comport incert Restante de neoplasias malignas Total Masculino coef por Nº 100 mil 9 2,73 15 4,55 24 7,27 10 3,03 6 1,82 15 4,55 7 2,12 40 12,12 2 0,61 49 14,85 6 1,82 24 7,27 3 0,91 5 1,52 16 4,85 5 1,52 34 10,30 270 81,82 Feminino coef por 100 Nº mil 5 1,55 6 1,86 4 1,24 13 4,03 11 3,41 11 3,41 2 0,62 19 5,88 0 0,00 29 8,98 12 3,72 11 3,41 3 0,93 3 0,93 11 3,41 3 0,93 1 0,31 8 2,48 2 0,62 44 13,62 198 61,31 Nº 14 21 28 23 17 26 9 59 2 29 12 11 3 49 9 35 6 6 24 7 78 468 Total coef por 100 mil 2,14 3,22 4,29 3,52 2,60 3,98 1,38 9,04 0,31 8,98 3,72 3,41 0,93 14,85 1,38 5,36 0,92 0,92 3,68 1,07 11,95 71,67 Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 190 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, por sexo, na macrorregião Noroeste foram 82 óbitos por 100 mil homens e 61 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: próstata (14,9/100 mil), pulmão (12/100 mil), estômago e meninges (7,3/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 120). Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 120 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Noroeste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Noroeste foi responsável por 2,5% (468 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida quando ocorreram 83,5% desses óbitos 46% dos casos novos estimados da macrorregião Noroeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 191 Noroeste Mulheres: mama (8,9/100 mil), pulmão (5,9/100 mil), colorretal (4/100 mil) 8.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Noroeste, 429 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 261 casos hospitalares buscaram assistência em Uberlândia (Tabela 49). Tabela 49 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009. Município de Tratamento Belo Horizonte Mesma Macro Outra Macro Total Geral – 60 60 – 101 101 Juiz de Fora – Uberlândia – Montes Claros Uberaba Total Geral – – 2 5 261 429 2 5 261 429 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). Dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Noroeste, 100% buscaram tratamento em outras macrorregiões. A macrorregião Noroeste não possui instituição habilitada para assistência da alta complexidade de câncer. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 45% foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 121 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 192 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Noroeste Um percentual de 64% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste foram por um dos 7 tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 122 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Noroeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 22% chegaram à alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento) e 38% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 123 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009. Na 1ª consulta na alta complexidade, de 29% a 80% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 193 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 124 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 8% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 125 e 126 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Noroeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Noroeste contribuiu com 1,5% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. Nenhum caso hospitalar de câncer foi assistido na mesma macrorregião. 64% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos, passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença, poderão mudar para melhor, o atual cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 194 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 195 4 8 76 6 2 51 1 9 55 4 4 55 - 12 30 Colo do Útero 1 10 50 7 1 62,5 61,5 22 32 1 4 68 6 0 66 62 11 17 5 11 119 4 2 54 - 28 75 Cólon Mama Estômago e Reto Fem 11 9 112,5 3 0 - 71 25 86 Próstata 1 7 40 8 1 57,5 61 12 15 Pulmão Nota: 1 - Total geral não incluem os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência 2 - Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) - Atualizado em 25/06/2012. Nº de casos com estadiamento sem 8 informação / não estadiável Nº de municípios da 7 Macro Noroeste com casos avançados (procedência) Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 5 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Fem 52 10 Masc Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadio III e IV) 18 Cavidade Oral 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Noroeste 24 23 84 4 10 55 0 6 60 6 0 63,5 54,5 8 14 Esôfago Noroeste 65,5 120 273 7 Selecionados 27 3 90,5 1 1 66 71 4 46 Pele Não Melanoma 92 24 75 4 21 54 63 166 429 Total geral Tabela 50 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, 2009 8.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NOROESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA. 8.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 120 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 35 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 29 óbitos por neoplasia da mama feminina (14,65% dos óbitos no sexo feminino), sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 8,98 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 75 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 119 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Noroeste, 70 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 28 casos avançados de câncer da mama feminina, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Noroeste. 8.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 40 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 13 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 12 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 6,06% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 30 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 55 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Noroeste, 29 (97%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 12 casos avançados de câncer do colo do útero, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 9 municípios da macrorregião Noroeste. 196 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 8.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Noroeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 49 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 18,15% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo, em 14,85 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 20% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 86 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 112 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Noroeste, 75 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 9 municípios da macrorregião Noroeste. 8.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 70 casos novos de câncer do cólon e reto (40 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100 mil homens e de 9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3,97 óbitos por 100 mil homens e de 3,56 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 23 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (10 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3,03 óbitos por 100 mil homens e de 4,03 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 32 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 50 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 31 (97%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 22 casos avançados de câncer do cólon e reto, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Noroeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 197 Noroeste Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 230 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 66 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por câncer da próstata e a taxa bruta de mortalidade será de 10 óbitos por 100 mil homens. 8.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 60 casos novos de câncer do pulmão (40 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (30 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 10 óbitos por 100 mil homens e de 5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 59 óbitos por neoplasia do pulmão em ambos os sexos (40 no sexo masculino e 19 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 12,12 óbitos por 100 mil homens e de 5,88 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 15 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 40 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 14 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 8 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 12 casos avançados de câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 7 municípios da macrorregião Noroeste. 8.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 30 casos novos de câncer da cavidade oral (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100 mil homens e de 1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por câncer da boca (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 2 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 14 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (9 no sexo masculino e 5 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 2,73 óbitos por 100 mil homens e de 1,55 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da cavidade oral representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 18 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 52 anos em homens e de 51 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 76 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 14 (78%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 10 casos avançados de câncer da cavidade oral, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Noroeste. 198 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 8.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Noroeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 28 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (24 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,3 óbitos por 100 mil homens e de 1,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 17 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 16 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 11 casos avançados de câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Noroeste. 8.5.8 – CÃNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 30 casos novos de câncer do esôfago (20 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6 casos novos por 100 mil homens e de 2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 21 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (15 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,55 óbitos por 100 mil homens e de 1,86 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 14 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 54,5 anos em homens e de 63,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macroregião Noroeste, 14 (100 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 8 casos avançados de câncer do esôfago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Noroeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 199 Noroeste Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 40 casos novos de câncer do estômago (30 casos novos em homens e 10 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 8 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. 8.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 280 casos novos de câncer da pele não melanoma (150 em homens e 130 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 42 casos novos por 100 mil homens e de 37 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 2 óbitos por neoplasia da pele não melanoma no sexo masculino e nenhum no sexo feminino. As taxas brutas de mortalidade foram menores que um óbito por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 11% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Noroeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 46 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 90 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Noroeste, 19 (41%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 4 casos avançados de câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Noroeste. 8.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS MALIGNAS – Macrorregião Noroeste (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Noroeste, 1.320 casos novos de câncer (730 em homens e 590 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 210 casos novos por 100 mil homens e de 173 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 430 óbitos por câncer (240 em homens e 190 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 67 óbitos por 100 mil homens e de 54 óbitos por 100 mil mulheres A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Noroeste ocorreram 468 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (270 no sexo masculino e 198 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 81,8 óbitos por 100 mil homens e de 61,3 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Noroeste, 429 casos hospitalares, correspondendo a 1,5% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 54 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 75 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Noroeste, 337 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 79% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 166 casos avançados de neoplasias, 21 casos apresentaram diagnóstico do câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados tiveram a procedência de 24 municípios da macrorregião Noroeste. 200 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Noroeste A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 127). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 51. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 127 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Noroeste, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 51 – Relação dos municípios da macrorregião Noroeste segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009. Continua... Município de Procedência 310380 Arapuá Estadio III e IV % 310855 Brasilândia de Minas 1 4 33,3 310450 Arinos 310820 Bonfinópolis de Minas 310930 Buritis 311430 Carmo do Paranaíba 311615 Chapada Gaúcha 312070 Cruzeiro da Fortaleza 312247 Dom Bosco 312860 Guarda-Mor 1 16 33,3 57,1 47,1 1 33,3 1 100,0 2 50,0 Demais Estadios 2 Total 2 3 7 2 2 1 3 3 1 18 34 1 1 2 2 3 4 1 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 201 Fim. Município de Procedência 312890 Guimarânia Estadio III e IV % 2 100,0 9 36,0 16 29 313630 João Pinheiro 14 313753 Lagoa Grande 5 55,6 314700 Paracatu 19 39,6 313710 Lagamar 313750 Lagoa Formosa 314120 Matutina 4 2 314800 Patos de Minas 53 315970 Santa Rosa da Serra 2 315340 Presidente Olegário 315445 Riachinho 316170 São Gonçalo do Abaeté 8 1 2 1 Total 2 35 49 4 9 4 3 8 25 5 48 35,6 96 149 66,7 1 3 61,5 33,3 28,6 3 317100 Vazante 40,0 2 317075 Varjão de Minas 317040 Unaí 50,0 100,0 11 316890 Tiros 28,6 2 316210 São Gotardo Demais Estadios 36,7 28,6 100,0 14,3 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 5 2 19 5 5 6 13 3 2 30 7 7 3 7 Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Cabeceira Grande, Formoso, Natalândia, Rio Paranaíba, Serra do Salitre, Uruana de Minas 202 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. A macrorregião de saúde Noroeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 46% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 33 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 1.320 novos casos de câncer na população dessa macrorregião e que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas à promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 203 Noroeste 8.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NOROESTE (MG) 9. Macrorregião Norte Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 205 9.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE NORTE DE MINAS GERAIS Norte A macrorregião Norte de Minas abrange 86 municípios. Na população de 1.577.300 habitantes predominam as mulheres (789.839) em relação aos homens (787.461). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos , a maior concentração de habitantes dos 10 aos 19 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 19% dos habitantes (304.066) com 50 anos ou mais (Figura 128). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 128 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Norte de Minas Gerais. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Norte, entre os níveis baixo e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Bonito de Minas (IDHM renda 0,423), Indaiabira (IDHM 0,571), Montezuma (IDHM longevidade 0,571) e Ninheira (IDHM educação 0,573). Os índices mais elevados foram em Montes Claros (IDHM 0,783, IDHM renda 0,691), Bocaiúva (IDHM longevidade 0,792) e Pirapora (IDHM educação 0,879) (Tabela 52). Tabela 52 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Norte (MG) Indicadores Valores População Censo (2010) População Masculina 1.577.300 População Feminina IDH (2000) Mínimo IDHM 0.571 Indaiabira IDHM-Renda 0.423 Bonito de Minas IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.571 Montezuma 0.573 Ninheira 787.461 789.839 Máximo 0.783 Montes Claros 0.691 Montes Claros 0.792 Bocaiúva 0.879 Pirapora Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio/ Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 207 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Norte possui 20.659 estabelecimentos, com 189.052 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na administração pública (26,7%), seguido setor de serviços (23,1%), comércio (21,5%), indústria de transformação (13,1%), agropecuária (11,1%), construção civil (4,1%), extração mineral (0,3%) e serviços industriais de utilidade pública (0,2%) (Figura 129). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 129 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Norte de Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 208 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 9.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 52 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 27 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de estômago será o segundo mais incidente entre os homens, com 11 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do útero, com 10 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 130). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 130 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Norte (MG). Em 2013, a macrorregião Norte será responsável por 5,4% dos casos novos esperados e 5,5% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 42% dos casos novos estimados da macrorregião Norte serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 209 Norte No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Norte 2.860 casos novos e 920 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 198 casos novos por 100 mil homens e 147 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 63 óbitos por 100 mil homens e de 46 óbitos por 100 mil mulheres. 210 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Mama feminina Todas neoplasias malignas 62,96 530 46,00 0,20 45,80 - 2,64 5,49 3,42 2,43 3,90 2,36 0,41 Taxa de Mortalidade 390 10 380 - 20 50 30 20 30 20 10 Nº de óbitos Feminino 197,56 29,32 168,24 52,08 - - 8,69 8,16 11,52 11,39 8,04 Taxa de Incidência 1640 240 1400 430 - - 70 70 100 90 70 Nº de Casos Novos* Masculino 146,95 24,01 122,94 - 10,53 27,44 4,43 6,40 6,58 4,01 1,50 Taxa de Incidência 1220 200 1020 - 90 230 40 50 50 30 10 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² 10 0,25 C44 Pele não melanoma 520 62,71 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 60 20 60 60 20 Nº de óbitos* 70 - - 7,13 2,97 6,85 7,87 2,75 Taxa de Mortalidade Masculino 8,07 Próstata Colo do útero C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 53 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Norte (MG). 9.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Norte, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 131 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Norte, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 82% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 132). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 132 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Norte (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 211 Norte As neoplasias ocuparam a 3ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Norte, nos anos 2000 e 2010 (8,5% e 13%, respectivamente). As causas mal definidas, com percentuais bastante elevados, passaram da 1ª posição no ano de 2010 (34%) para a 2ª posição (21%) no ano de 2010 (Figura 131). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Norte, 41% (446 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 133). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 133 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Norte, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Norte foi de 69,9 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (10,3/100 mil), mama feminina (7,5/100 mil) e esôfago (6,9/100 mil). Tabela 54 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Norte (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010. Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening, encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Masculino Nº coef. por 100 mil 41 5,21 87 11,05 18 2,29 58 28 16 25 61 7,37 3,56 2,03 3,17 7,75 4 0,51 - - - 2,54 24 10 126 647 coef. por 100 mil 6 0,76 47 2,98 23 35 25 13 12 1 28 1,14 3,56 1,40 3,05 1,27 16,00 82,16 2,91 110 1,65 31 4,43 3,17 1,52 0,13 3,55 3 0,38 16 2,03 13 20 11 Nº - 10,29 28 Nº 59 - Total coef. por 100 mil - 81 9 Feminino 24 - 9 21 10 13 16 7 121 455 7,47 3,04 1,65 - 1,14 2,66 1,27 1,65 2,03 0,89 15,32 57,61 93 53 28 26 89 6,97 5,90 3,36 1,97 1,78 1,65 5,64 7 0,44 16 2,03 59 24 13 7,47 3,04 1,65 81 10,29 30 1,90 18 49 24 40 17 247 1102 1,14 3,11 1,52 2,54 1,08 15,66 69,87 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 212 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Norte foram de 82 óbitos por 100 mil homens e 57,6 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: esôfago (11,0/100 mil), próstata (10,3/100 mil), pulmão (7,7/100 mil). Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior risco de morte para homens (Figura 134). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 134 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Norte (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Norte foi responsável por 5,9% (1.102 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 82% desses óbitos. 41% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 213 Norte Mulheres: mama (7,5/100 mil), estômago (4,4/100 mil), pulmão (3,5/100 mil). 9.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Norte 1.628 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.552 casos hospitalares buscaram assistência em Montes Claros (Tabela 55). Tabela 55 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Norte (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral Belo Horizonte - 65 65 Montes Claros 1557 - 1557 1 1 Juiz de Fora Muriaé Uberaba Uberlândia Total Geral - 2 - 1 - 2 1557 71 2 1 2 1628 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 –Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 96% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Norte buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 135 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009. 214 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 136 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Norte, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 59% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 137 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Norte, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte: 33% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 18% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 138 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 215 Norte 78% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 20% e 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 139 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte, 6,2% dos casos em homens e 5,9% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 140 e 141 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Norte, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Norte contribuiu com 6% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 96 % dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 59% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 216 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 217 61,5 Fem. Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável 8 20 17 51 6 44 11 45 2 1 55,5 - 25 120 Colo do Útero 35 12 51 4 3 61 61 42 104 Cólon e Reto 52 16 66,5 3 0 69 61 29 90 Estômago 21 27 54,5 4 8 51 - 60 166 131 43 93 3 0 - 69 99 362 17 19 26 6 2 56,5 64,5 29 50 Norte 320 69 66 3 15 55 67 324 957 36 29 41 5 1 63 58,5 47 92 77 8 91 1 0 68 65 10 109 699 74 61 3 54 55 65 516 1.628 Mama 7 Pele não Total Próstata Pulmão Esôfago melanoma geral Fem. Selecionados Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/06/2012. Nº de municípios da Macro Norte com casos avançados (procedência) 7 6 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 5 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade 4 1 56 Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Masc. 3 40 Total de casos avançados (estadios III e IV) 2 65 Total de casos (N) Cavidade Oral 1 Indicador da Macrorregião Norte Tabela 56 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Norte, 33 RHC-MG, 2009 9.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 9.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 230 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 27 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 50 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 5,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 59 óbitos por neoplasia da mama feminina, correspondendo a 12,97% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 7,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 10% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 166 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 51 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 54 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Norte, 145 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer da mama feminina, 8 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Norte. 9.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 90 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 10 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 24 óbitos por neoplasia do colo do útero, correspondendo a 5,3% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 3,04 óbitos por 100 mil mulheres dessa macrorregião. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 120 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 45 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Norte, 76 (63%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 25 casos avançados de câncer do colo do útero, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Norte. 218 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 9.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Norte (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 81 óbitos por neoplasia da próstata, correspondendo a 12,5% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade, 10,3 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 22% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 362 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 93 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Norte, 231 (64%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 99 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 43 municípios da macrorregião Norte. 9.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 120 casos novos de câncer do cólon e reto (70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 8 casos novos por 100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer (20 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 53 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (28 no sexo masculino e 25 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 3,6 óbitos por 100 mil homens e de 3,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 104 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens ou mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 51 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 69 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 42 casos avançados de câncer do cólon e reto, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Norte. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 219 Norte Para 2013 são esperados na macrorregião Norte 430 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 52 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 8 óbitos por 100 mil homens. 9.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 110 casos novos de câncer do pulmão (70 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer (60 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 89 óbitos por neoplasia do pulmão em ambos os sexos (61 no sexo masculino e 28 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,75 óbitos por 100 mil homens e de 3,55 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 50 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 56 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 26 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 33 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Norte. 9.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 80 casos novos de câncer da cavidade oral (70 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 8 casos novos por 100 mil homens e de 1 caso novo por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 47 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (41 no sexo masculino e 6 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,2 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade dos cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 4% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 65 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos em homens e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 51 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 45 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados da boca, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 17 municípios da macrorregião Norte. 220 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 9.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Norte (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 93 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (58 no sexo masculino e 35 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,4 óbitos por 100 mil homens e de 4,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 5% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 90 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 66 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 38 (42%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do estômago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 16 municípios da macrorregião Norte. 9.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 120 casos novos de câncer do esôfago (90 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100 mil homens e de 4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 80 óbitos por esse câncer (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 110 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (87 no sexo masculino e 23 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 11,05 óbitos por 100 mil homens e de 2,9 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 6% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 92 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 63 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 41 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 56 (61 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 47 casos avançados do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 29 municípios da macrorregião Norte. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 221 Norte Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 150 casos novos de câncer do estômago (100 casos novos em homens e 50 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer (60 óbitos em homens e 30 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. 9.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Norte 440 casos novos de câncer da pele não melanoma (240 em homens e 200 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 29 casos novos por 100 mil homens e de 24 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão menos de um óbito por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte, ocorreram 7 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (4 no sexo masculino e 3 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 7% do total de casos hospitalares de câncer da macrorregião Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 109 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 68 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 91 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Norte, 32 (29%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 10 casos avançados da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Norte. 9.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Norte (MG) Para 2013 são esperados na macrorregião Norte, 2860 casos novos de câncer (1.640 em homens e 1.220 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 198 casos novos por 100 mil homens e de 147 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 920 óbitos por câncer (530 em homens e 390 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 63 óbitos por 100 mil homens e de 46 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Norte ocorreram 1.102 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (647 no sexo masculino e 455 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 82,2 óbitos por 100 mil homens e de 57,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Norte 1.628 casos hospitalares, que representaram 6% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 55 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 61 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Norte, foram registrados 929 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 57% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 516 casos avançados de câncer, 54 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 74 municípios da macrorregião Norte. 222 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Norte A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 142). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 57. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 142 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Norte de Minas, 33 RHC-MG, ano 2009 É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 57 – Relação dos municípios da macrorregião Norte de Minas segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Continua... Município de Procedência 310665 Berizal Estadios III e IV % Demais Estadios Total 1 50,0 1 2 310730 Bocaiúva 17 310860 Brasília de Minas 14 311270 Capitão Enéas 6 310825 Bonito de Minas 310850 Botumirim 310940 Buritizeiro 311115 Campo Azul 311547 Catuti 311650 Claro dos Poções 311783 Cônego Marinho 311880 Coração de Jesus 30,4 39 56 37,8 23 37 1 100,0 5 33,3 10 57,1 3 4 4 2 1 4 57,1 46,2 25,0 20,0 28,6 3 3 1 3 15 7 7 13 4 5 6 10 7 8 14 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 223 Município de Procedência 312030 Cristália 312087 Curral de Dentro 312380 Engenheiro Navarro Estadios III e IV 5 2 % 62,5 25,0 Demais Estadios Continua... Total 1 1 6 8 3 8 312430 Espinosa 9 31,0 20 29 312670 Francisco Sá 9 33,3 18 27 20,0 4 5 312660 Francisco Dumont 312707 Fruta de Leite 1 312733 Gameleiras 1 312780 Grão Mogol 4 312735 Glaucilândia 312825 Guaraciama 312960 Ibiaí 312965 Ibiracatu 313005 Icaraí de Minas 313065 Indaiabira 313210 Itacarambi 313505 Jaíba 313510 Janaúba 1 5 100,0 57,1 25,0 13 61,5 38 50 3 6 313657 Josenópolis 1 20,0 313695 Juvenília 1 50,0 2 3 50,0 1 100,0 6 50,0 313930 Manga 3 314100 Mato Verde 314200 Mirabela 314225 Miravânia 314270 Montalvânia 314290 Monte Azul 314330 Montes Claros 314345 Montezuma 314465 Ninheira 314505 Nova Porteirinha 224 2 3 7 3 2 6 2 33,3 313868 Luislândia 314085 Matias Cardoso 1 57 4 1 313925 Mamonas 44 4 313810 Lassance 313865 Lontra 2 24,0 22,8 50,0 1 2 26 3 313680 Juramento 1 9 10 313560 Jequitaí 313640 Joaquim Felício 4 7 10 23,1 12 1 3 3 6 313520 Januária 313535 Japonvar 2 3 50,0 13 2 50,0 1 16 1 4 100,0 3 1 55,6 2 3 1 4 4 5 1 2 4 6 12 18,8 13 16 21,4 11 50,0 3 18,2 46,7 22,2 31,6 4 4 9 11 8 15 7 9 13 14 6 19 166 27,7 433 599 1 16,7 5 6 2 2 33,3 28,6 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 4 5 6 7 314545 Olhos-d’Água 314655 Pai Pedro 314795 Patis 314915 Pedras de Maria da Cruz 315057 Pintópolis Estadios III e IV 1 4 28,6 5 1 16,7 2 1 315220 Porteirinha 10 315560 Rio Pardo de Minas 4 315650 Rubelita 3 100,0 21 315450 Riacho dos Machados 25,0 3 315120 Pirapora 315213 Ponto Chique Demais Estadios % 1 1 7 33,3 5 2 3 7 6 3 32,3 44 65 29,4 24 34 26,7 11 15 24,1 41 50,0 12,5 63,6 1 7 2 8 4 11 2 3 315700 Salinas 13 315760 Santa Fé de Minas 1 100,0 316110 São Francisco 19 41,3 27 46 316240 São João da Ponte 13 65,0 7 20 316265 São João do Pacuí 1 5 6 315737 Santa Cruz de Salinas 316045 Santo Antônio do Retiro 316225 São João da Lagoa 316245 São João das Missões 316270 São João do Paraíso 316420 São Romão 316695 Serranópolis de Minas 316800 Taiobeiras 317000 Ubaí 317052 Urucuia 317065 Vargem Grande do Rio Pardo 1 4 1 1 8 1 3 12 44,4 20,0 25,0 16,7 3 5 4 33,3 6 9 20,0 37,5 60,0 317103 Verdelândia 3 9 23 3 6 4 1 15 41,7 12 5 54 34,8 5 317080 Várzea da Palma 317090 Varzelândia 33,3 4 32 5 5 2 35,3 22 33,3 6 54,5 5 20 7 5 Norte Município de Procedência Fim. Total 12 5 34 11 9 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Itacambira, Lagoa dos Patos, Novorizonte, Padre Carvalho. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 225 9.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO NORTE (MG) A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. A macrorregião de saúde Norte apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 41% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 86 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 2.860 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. 226 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 10. Macrorregião Oeste Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 227 10.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE OESTE DE MINAS GERAIS Oeste A macrorregião Oeste abrange 55 municípios. Na população de 1.190.853 habitantes predominam as mulheres (597.774) em relação aos homens (593.079). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 20 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes (272.249) com 50 anos ou mais (Figura 143). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 143 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Oeste de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Oeste entre os níveis, médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Camacho (IDHM renda 0,574, IDHM 0,698), Cláudio (IDHM longevidade 0,709) e Santana do Jacaré (IDHM educação 0,736). Os índices mais elevados foram em Divinópolis (IDHM 0,831, IDHM longevidade 0,842, IDHM educação 0,912) e Luz (IDHM longevidade 0,760) (Tabela 58). Tabela 58 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Oeste (MG) Indicadores População Censo (2010) População Masculina População Feminina IDH (2000) IDHM Mínimo 0.698 Camacho IDHM-Renda 0.574 Camacho IDHM-Educação 0.736 Santana do Jacaré IDHM-Longevidade 0.709 Cláudio Valores 1.190.853 593.079 597.774 Máximo 0.831 Divinópolis 0.760 Luz 0.760 Nova Serrana 0.842 Divinópolis 0.912 Divinópolis Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 229 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Oeste possui 35.903 estabelecimentos, com 276.201 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na indústria de transformação (34,0%), seguido por comércio (20,1%), setor de serviços (19,7%), administração pública (11,9%), agropecuária (8,4%), construção civil (3,7%), extração mineral (1,9%) e serviços industriais de utilidade pública (0,2%) (Figura 144). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 144 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Oeste de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 230 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 10.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 92 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 61 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer da traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 17 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres serão os cânceres do cólon, reto e ânus e do colo do útero, com 15 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 145). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 145 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Oeste (MG). Em 2013, a macrorregião Oeste será responsável por 6,5% dos casos novos esperados e 6,5% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 47% dos casos novos estimados da macrorregião Oeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 231 Oeste No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Oeste 3.460 casos novos e 1.100 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 300 casos novos por 100 mil homens e 252 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 96 óbitos por 100 mil homens e de 79 óbitos por 100 mil mulheres. 232 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Colo do útero Todas neoplasias malignas 95,77 600 78,86 0,68 78,18 - 3,83 12,17 7,32 5,86 4,00 1,46 0,95 500 10 490 - 20 80 50 40 20 10 10 300,51 107,89 192,62 91,93 - - 16,96 16,70 13,07 10,11 9,26 1880 670 1210 570 - - 110 110 80 60 60 Nº de Casos Novos* Masculino Taxa de Nº de Taxa de Mortalidade óbitos Incidência Feminino 251,96 81,64 170,32 - 15,27 60,79 9,50 15,43 6,75 2,48 3,47 Taxa de Incidência 1580 510 1070 - 100 380 60 100 40 20 20 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados *C00 – c97; D46, exeto C77 – 79 Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 C00-C97; D46² 10 0,92 C44 Pele não melanoma 590 94,85 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 90 40 50 40 20 Nº de óbitos* 90 - - 13,92 6,07 7,77 6,98 3,17 Taxa de Mortalidade 14,24 Próstata C61 Mama feminina C53 C50 Traqueia, brônquios e pulmões Cólon, reto e ânus C33-C34 C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Masculino Número de óbitos esperados Tabela 59 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos, segundo sexo e localização primária, na macrorregião Oeste (MG) 10.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Oeste, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 146 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Oeste, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 85% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 147). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 147 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Oeste (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 233 Oeste As neoplasias ocuparam a 4ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Oeste, nos anos 2000 e 2010 (11% e 15%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição no ano 2000 (12%) para a 5ª posição (6,6%) no ano 2010 (Figura 146). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Oeste, 42% (478 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 148). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 148 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Oeste, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Oeste foi de 96 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da mama feminina (12/100 mil), pulmão (11,6/100 mil) e próstata (11/100 mil). Tabela 60 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Oeste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010 Masculino Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total 34 coef. por 100 mil 5,73 45 7,59 Nº 44 50 21 26 22 7,42 8,43 3,54 4,38 3,71 Feminino 13 coef. por 100 mil 2,17 32 5,35 Nº 10 14 25 17 1 84 14,16 54 – – 15 7 – – – 1,18 – – – 65 10,96 11 1,85 14 29 9 23 13 134 631 2,36 4,89 1,52 3,88 2,19 22,59 106,39 0 1,67 2,34 4,18 2,84 0,17 12 11 22 13 124 511 46 43 23 5,37 3,86 3,61 1,93 2,51 15 2,51 0,00 3,51 24 6,47 64 4,53 11,59 21 6 77 54 138 12,04 – 47 coef. por 100 mil 3,95 Nº 9,03 72 25 Total 4,18 – 1,00 4,01 2,01 1,84 3,68 2,17 20,74 85,48 7 72 25 21 0,59 12,04 4,18 3,51 65 10,96 23 1,93 20 53 20 45 26 258 1142 1,68 4,45 1,68 3,78 2,18 21,67 95,90 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 234 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Oeste foram de 106 óbitos por 100 mil homens e 85 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 149). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 149 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Oeste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Oeste foi responsável por 6% (1.142 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 85% desses óbitos. 42% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 235 Oeste Homens: pulmão (14/100 mil), próstata (11/100 mil), estômago (8,4/100 mil). Mulheres: mama (12/100 mil), pulmão (9/100 mil), colorretal (5/100 mil). 10.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Oeste 1.985 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.369 casos hospitalares buscaram assistência em Divinópolis (Tabela 61). Tabela 61 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Oeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Belo Horizonte Betim Divinópolis Juiz de Fora Mesma Macro Outra Macro Total Geral - 561 561 1369 - 1369 2 - 3 - 5 Muriaé - 2 Uberaba - 1 Passos Varginha Total Geral - 3 - 41 1369 616 3 5 3 1 41 1985 Fonte: SisRHC, posição em 25/06/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 69% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Oeste buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 150 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009. 236 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Oeste 60% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 151 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Oeste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 61% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 152 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Oeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste: 18% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 18,5% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 153 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 237 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 12% e 72% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 154 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste, 7% dos casos em homens e 5% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 155 e 156 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Oeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Oeste contribuiu com 7% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 69% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 61% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 238 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 239 12 Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável 8 18 12 105 1 5 44 28 64,5 4 7 59 65,5 80 185 Cólon e Reto 19 19 99,5 5 3 57,5 66 29 61 Estômago 55 31 83,5 2 6 55 - 82 339 Mama Fem 80 20 103 1 0 - 68 40 334 Próstata 16 26 68 7 0 63 66 60 83 Pulmão Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. 26 80 Nº de municípios da Macro Oeste com casos avançados (procedência) 7 6 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 7 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 5 2 47 60 Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade - 19 137 Colo do Útero 55,5 47 69 Cavidade Oral 4 Masc. Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Fem. Total de casos avançados (estadios III e IV) 2 3 Total de casos (N) 1 Indicador da Macrorregião Oeste Oeste 244 46 87 3 23 55 67 357 1.208 7 Selecionados 11 11 77,5 4 1 53 56,5 18 47 Esôfago 98 8 136,5 1 2 69 65 13 191 Pele Não Melanoma 653 48 85,5 3 48 57 64 532 1.985 Total geral Tabela 62 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, 2009 10.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO OESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 10.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 380 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 60,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 80 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 12 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 72 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 14,09% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 12 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 339 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 83 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Oeste, 284 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 82 casos avançados de câncer da mama feminina, 6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 31 municípios da macrorregião Oeste. 10.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 100 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste ocorreram 15 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,9% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 2,5 óbitos por 100 mil mulheres dessa macrorregião. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 7% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 137 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 47 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 105 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Oeste, 119 (87%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 19 casos avançados de câncer do colo do útero, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 12 municípios da macrorregião Oeste. 240 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 10.5.3 –CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Oeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 65 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 10% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com 11 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 334 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 103 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Oeste, 254 (76%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 40 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 20 municípios da macrorregião Oeste. 10.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 210 casos novos de câncer do cólon e reto (110 em homens e 100 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17 casos novos por 100 mil homens e de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 80 óbitos por câncer do cólon e reto (40 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 6,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 77 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (45 no sexo masculino e 32 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,59 óbitos por 100 mil homens e de 5,35 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 9% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 185 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 64 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 141 (76%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 80 casos avançados de câncer do cólon e reto, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 28 municípios da macrorregião Oeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 241 Oeste Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 570 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 91,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens. 10.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 170 casos novos de câncer do pulmão (110 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17 casos novos por 100 mil homens e de 9,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 140 óbitos por esse câncer (90 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 14 óbitos por 100 mil homens e de 7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 138 óbitos por câncer de pulmão em ambos os sexos (84 no masculino e 54 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,16 óbitos por 100 mil homens e de 9,03 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 83 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 63 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 68 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 67 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer do pulmão, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Oeste. 10.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 80 casos novos o câncer da boca (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 47 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (34 no sexo masculino e 13 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,7 óbitos por 100 mil homens e de 2,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 69 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 80 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 57 (83%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 47 casos avançados de câncer da boca, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Oeste. 242 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 10.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Oeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 64 óbitos por neoplasias do estômago em ambos os sexos (50 no sexo masculino e 14 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,4 óbitos por 100 mil homens e de 2,3 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 61 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 57,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 99 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 42 (69%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 29 casos avançados de câncer do estômago, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios da macrorregião Oeste. 10.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 80 casos novos de câncer do esôfago (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil homens e de 2,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7 óbitos por 100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 54 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (44 no sexo masculino e 10 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7 óbitos por 100 mil homens e de 2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 2,4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56,5 anos em homens e de 53 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 77 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 36 (77 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 18 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Oeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 243 Oeste Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 120 casos novos de câncer do estômago (80 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 13 casos novos por 100 mil homens e de 7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 70 óbitos por esse câncer (50 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8 óbitos por 100 mil homens e de 4 óbitos por 100 mil mulheres. 10.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 1.180 casos novos de câncer da pele não melanoma (670 em homens e 510 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 108 casos novos por 100 mil homens e de 82 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 0,9 óbito por 100 mil homens e de 0,7 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 7 óbitos por câncer da pele não melanoma no sexo masculino e nenhum no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 1,2 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 10% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Oeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 191 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 136 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Oeste, 93 (49%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 13 casos avançados de câncer da pele não melanoma, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Oeste. 10.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Oeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Oeste 3.460 casos novos de câncer (1.880 em homens e 1.580 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 300 casos novos por 100 mil homens e de 252 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.100 óbitos por câncer (600 em homens e 500 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 95,8 óbitos por 100 mil homens e de 78,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Oeste, ocorreram 1.142 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (631 no sexo masculino e 511 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 106,4 óbitos por 100 mil homens e de 85,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Oeste, 1.985 casos hospitalares, que representaram 7% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 85 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Oeste, 1.332 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, representando 67% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (Estadios III e IV). Dos 532 casos avançados, 48 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 48 municípios da macrorregião Oeste. 244 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Oeste A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (Estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 157). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 63. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 157 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Oeste, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 63 – Relação dos municípios da macrorregião Oeste segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009. Continua... Município de Procedência 310080 Aguanil 310390 Araújos Estadios III e IV 4 % 33,3 Demais Estádios Total 2 2 8 12 54 77 310420 Arcos 13 19,4 54 310800 Bom Sucesso 10 38,5 16 310510 Bambuí 310740 Bom Despacho 311040 Camacho 311120 Campo Belo 311190 Cana Verde 311200 Candeias 311400 Carmo da Mata 8 23 4 18 2 5 8 22,9 29,9 50,0 22,8 22,2 16,7 40,0 27 4 61 7 25 12 67 35 26 8 79 9 30 20 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 245 Fim. Município de Procedência Estadios III e IV % Demais Estádios Total 311420 Carmo do Cajuru 9 18,8 39 48 311760 Conceição do Pará 3 42,9 4 7 311450 Carmópolis de Minas 311660 Cláudio 311980 Córrego Danta 311995 Córrego Fundo 312020 Cristais 3 9 2 5 2 15,8 22,0 40,0 33,3 20,0 16 32 3 10 8 19 41 5 15 10 312230 Divinópolis 114 24,5 352 466 312610 Formiga 45 37,2 76 121 313220 Itaguara 8 53,3 7 15 312320 Dores do Indaiá 312470 Estrela do Indaiá 313020 Igaratinga 313030 Iguatama 313350 Itapecerica 313370 Itatiaiuçu 313380 Itaúna 313530 Japaraíba 313720 Lagoa da Prata 313830 Leandro Ferreira 313880 Luz 314050 Martinho Campos 314130 Medeiros 314240 Moema 8 2 4 6 11 4 46 21 6 6 1 1 27,6 50,0 40,0 46,2 22,4 23,5 31,7 30,9 20,0 25,0 25,0 14,3 21 2 6 7 38 13 29 4 10 13 49 17 99 145 5 5 2 47 24 18 3 6 2 68 30 24 4 7 314520 Nova Serrana 16 30,8 36 52 314650 Pains 6 31,6 13 19 314560 Oliveira 314580 Onça de Pitangui 24 4 37,5 28,6 40 10 64 14 314710 Pará de Minas 27 19,3 113 140 314970 Perdigão 5 38,5 8 13 31,0 20 29 21,9 25 314770 Passa Tempo 314890 Pedra do Indaiá 315050 Pimenta 315060 Piracema 315140 Pitangui 315880 Santana do Jacaré 315990 Santo Antônio do Amparo 316040 Santo Antônio do Monte 316120 São Francisco de Paula 316180 São Gonçalo do Pará 316310 São José da Varginha 316460 São Sebastião do Oeste 316820 Tapiraí 4 2 2 9 6 7 2 4 1 2 50,0 18,2 25,0 21,4 25,0 19,0 33,3 25,0 4 3 9 6 4 22 6 17 2 6 1 8 3 11 8 4 28 32 8 21 3 8 1 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele: Serra da Saudade. 246 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 10.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO OESTE (MG) A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e o controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. Oeste A macrorregião de saúde Oeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 42% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 55 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 3.460 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lad o, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES O Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 247 11. Macrorregião Sudeste Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 249 11.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE SUDESTE DE MINAS GERAIS Sudeste A macrorregião Sudeste abrange 94 municípios. Na população de 1.566.672 habitantes predominam as mulheres (801.620) em relação aos homens (765.052). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 15 anos aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional com 26% dos habitantes (399.943) com 50 anos ou mais (Figura 158). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 158 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Sudeste de Minas Gerais, ano 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Sudeste entre os níveis, médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram, Brás Pires (IDHM renda 0,551) e Orizânia (IDHM 0,648, IDHM longevidade 0,657, IDHM educação 0,702). Os índices mais elevados foram em Juiz de Fora (IDHM 0,828, IDHM renda 0,781, IDHM educação 0,92) e Laranjal (IDHM longevidade 0,837) (Tabela 64). Tabela 64 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Sudeste (MG) Indicadores Valores População Censo (2010) População Masculina População Feminina IDH (2000) 1.566.672 765.052 Mínimo Máximo IDHM 0.648 Orizânia IDHM-Renda 0.551 Brás Pires IDHM-Longevidade IDHM-Educação 801.620 0.657 Orizânia 0.702 Orizânia 0.828 Juiz de Fora 0.781 Juiz de Fora 0.837 Laranjal 0.92 Juiz de Fora Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 251 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Sudeste possui 40.345 estabelecimentos, com 325.319 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (30,7%), seguido por indústria de transformação (24,5%), comércio (21,0%), administração pública (13,8%), construção civil (5,1%), agropecuária (3,9%), serviços industriais de utilidade pública (0,7%) e extração mineral (0,3%) (Figura 159). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 159 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Sudeste de Minas de Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 252 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 11.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 110 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 72 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 21 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de cólon, reto e ânus, com 20 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 160). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 160 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Sudeste (MG). Em 2013, a macrorregião Sudeste será responsável por 10,2% dos casos novos esperados e 10,3% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 48% dos casos novos estimados da macrorregião Sudeste serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 253 Sudeste No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Sudeste 5.460 casos novos e 1.740 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 372 casos novos por 100 mil homens e 291 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 118 óbitos por 100 mil homens e de 91 óbitos por 100 mil mulheres. 254 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Mama feminina Próstata Colo do útero Todas neoplasias malignas Pele não melanoma 118,43 0,88 117,55 17,02 - - 17,03 7,02 12,12 11,05 5,63 Taxa de Mortalidade 960 10 950 140 - - 140 60 100 90 40 Nº de óbitos* Masculino 91,07 0,42 90,65 - 4,49 14,51 8,13 7,43 5,43 3,81 1,57 780 10 770 - 40 120 70 60 50 30 10 Taxa de Nº de Mortalidade óbitos Feminino 371,62 103,20 268,42 109,91 - - 20,75 19,31 20,39 15,99 16,45 Taxa de Incidência 3000 830 2170 890 - - 170 160 160 130 130 Nº de Casos Novos* Masculino 290,97 50,43 240,54 - 17,91 72,49 10,55 19,56 9,16 6,47 5,74 2460 430 2030 - 150 610 90 160 80 50 50 Taxa de Nº de Casos Incidência Novos Feminino Número de casos novos esperados ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 C00-C97; D46² C44 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus Estômago Esôfago Cavidade oral Descrição C18-C21 C16 C15 C00-C10 CID-10 Número de óbitos esperados de casos novos e óbitos e segundo sexo e localização primária, na macrorregião Sudeste (MG). Tabela 65 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número 11.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Sudeste no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 161 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Sudeste, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 86,5% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 162). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 162 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Sudeste (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 255 Sudeste As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Sudeste, nos anos 2000 e 2010 (14% e 15%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se em percentuais abaixo de 10% (Figura 161). Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Sudeste, 46% (852 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 163). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 163 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Sudeste, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Sudeste foi 117,6 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (16/100 mil), pulmão (14,7/100 mil) e mama feminina (14/100 mil). Tabela 66 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Sudeste (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010 Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Masculino coef. por Nº 100 mil 67 8,76 82 10,72 104 13,59 61 7,97 35 4,57 41 5,36 31 4,05 165 21,57 6 0,78 124 16,21 19 2,48 50 6,54 25 3,27 18 2,35 39 21 161 1049 5,10 2,74 21,04 137,11 Feminino coef. por Nº 100 mil 17 2,12 27 3,37 45 5,61 49 6,11 38 4,74 35 4,37 5 0,62 66 8,23 4 0,50 114 14,22 40 4,99 35 4,37 27 3,37 10 1,25 40 4,99 14 1,75 8 1,00 28 12 179 793 3,49 1,50 22,33 98,92 Nº 84 109 149 110 73 76 36 231 10 114 40 35 27 124 29 90 39 26 67 33 340 1842 Total coef. por 100 mil 5,36 6,96 9,51 7,02 4,66 4,85 2,30 14,74 0,64 14,22 4,99 4,37 3,37 16,21 1,85 5,74 2,49 1,66 4,28 2,11 21,70 117,57 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 256 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias, e gênero, na macrorregião Sudeste foram de 137 óbitos por 100 mil homens e 99 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Homens: pulmão (21,5/100 mil), próstata (16/100 mil), estômago (13,5/100 mil) Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 164). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 164 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Sudeste (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Sudeste foi responsável por 10% (1.842 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 86,5% desses óbitos. 46 % dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 257 Sudeste Mulheres: mama (14/100 mil), pulmão (8/100 mil), colorretal (6/100 mil) 11.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Sudeste 3.230 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 3.203 casos hospitalares buscaram assistência em Juiz de Fora (1.940), Muriaé (1.115) e Cataguases (148) (Tabela 67). Tabela 67 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral Barbacena 1 1 Cataguases 148 Belo Horizonte 22 Juiz de Fora 1940 1940 Muriaé 1115 1115 1 1 Montes Claros Poços de Caldas Sete Lagoas Varginha Total Geral 1 1 1 3203 27 22 148 1 1 1 3230 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 99% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Sudeste buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 165 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009. 258 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 166 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 63% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 167 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Sudeste, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste: 42% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 23% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 168 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 259 Sudeste 73% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 18% e 63% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 169 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste, 14% dos casos em homens e 11% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 170 e 171 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sudeste, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Sudeste contribuiu com 11% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 99% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 63% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso na assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 260 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 261 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) Fem. Masc. 43 33 52 5 0 63 57 69 132 Cavidade Oral 52 18 60 3 3 58 - 45 133 Colo do Útero 55 41 41 5 10 60 60 121 259 Cólon e Reto 40 27 54 5 2 67,5 68 56 117 Estômago 52 44 53 3 23 57 - 183 556 Mama Fem. 168 47 92 2 0 - 71 121 653 Próstata 47 35 29 6 1 61 64 107 169 Pulmão Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Nº de casos com estadiamento 8 sem informação / não estadiável Nº de municípios da Macro 7 Sudeste com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 5 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Sudeste Sudeste 457 87 63 3 39 58 68 702 2.019 7 Selecionados 44 19 46,5 3 1 66 58 46 140 Esôfago 211 10 59 1 0 72 70 18 266 Pele Não Melanoma 1.207 88 56 3 62 60 66 936 3.230 Total geral Tabela 68 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, 2009. 11.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO SUDESTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA. 11.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 610 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 72 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 120 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 114 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 14,4% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 17% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 556 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 53 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Sudeste, 504 (91%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 183 casos avançados da mama feminina, 23 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 44 municípios da macrorregião Sudeste. 11.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 150 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 17,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 40 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 5,04% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 4,99 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 133 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 60 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Sudeste, 81 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 45 casos avançados de câncer do colo do útero, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 18 municípios da macrorregião Sudeste. 262 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 11.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Sudeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 124 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 11,8% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade com 16,2 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 20% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 653 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 71 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 92 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Sudeste, 485 (74%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 121 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 47 municípios da macrorregião Sudeste. 11.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 320 casos novos de câncer do cólon e reto (160 em homens e 160 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19 casos novos por 100 mil homens e de 20 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120 óbitos por esse câncer (60 em homens e 60 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,02 óbitos por 100 mil homens e de 7,43 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 110 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (61 no sexo masculino e 49 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,97 óbitos por 100 mil homens e de 6,11 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 8% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 259 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens ou mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 41 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 204 (79%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 121 casos avançados de câncer do cólon e reto, 10 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 41 municípios da macrorregião Sudeste. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 263 Sudeste Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 890 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 109,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 140 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 17 óbitos por 100 mil homens. 11.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 260 casos novos de câncer do pulmão (170 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 20,7 casos novos por 100 mil homens e de 10,5 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 210 óbitos por esse câncer (140 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 17 óbitos por 100 mil homens e de 8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 231 óbitos por neoplasias de pulmão em ambos os sexos (165 no sexo masculino e 66 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 21,6 óbitos por 100 mil homens e de 8,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 169 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 29 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 122 (72%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 107 casos avançados de câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 35 municípios da macrorregião Sudeste. 11.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 180 casos novos de câncer da cavidade oral (130 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16,4 casos novos por 100 mil homens e de 5,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,6 óbitos por 100 mil homens e de 1,6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 84 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (67 no sexo masculino e 17 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 8,8 óbitos por 100 mil homens e de 2,1 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 132 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57 anos em homens e de 63 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 89 (67%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 69 casos avançados de câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 33 municípios da macrorregião Sudeste. 264 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 11.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Sudeste (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 149 óbitos por neoplasias do estômago em ambos os sexos (104 no sexo masculino e 45 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13,6 óbitos por 100 mil homens e de 5,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 3,6% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 117 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 67,5 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 54 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 77 (66%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 56 casos avançados de câncer do estômago, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Sudeste. 11.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 180 casos novos de câncer do esôfago (130 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16 casos novos por 100 mil homens e de 6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 120 óbitos por esse câncer (90 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 11 óbitos por 100 mil homens e de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 109 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (82 no masculino e 27 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,7 óbitos por 100 mil homens e de 3,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 140 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 46,5 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, 96 (69 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 46 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 19 municípios. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 265 Sudeste Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 240 casos novos de câncer do estômago (160 casos novos em homens e 80 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 20,4 casos novos por 100 mil homens e de 9,2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 150 óbitos por esse câncer (100 óbitos em homens e 50 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12,1 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres. 11.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 1.260 casos novos de câncer da pele não melanoma (830 em homens e 430 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 103 casos novos por 100 mil homens e de 50 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 0,9 óbitos por 100 mil homens e de 0,4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 10 óbitos por câncer da pele não melanoma em ambos os sexos (6 no sexo masculino e 4 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 8% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sudeste, registrados pelos 33 RHC-MG, com 266 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 70 anos em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 59 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sudeste, apenas 55 (21%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 18 casos avançados de câncer da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Sudeste. 11.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Sudeste (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sudeste 5.460 casos novos de câncer (3.000 em homens e 2.460 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 372 casos novos por 100 mil homens e de 291 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.740 óbitos por câncer (960 em homens e 780 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 118 óbitos por 100 mil homens e de 91 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sudeste, ocorreram 1.842 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (1.049 no sexo masculino e 793 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 137 óbitos por 100 mil homens e de 99 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Sudeste 3.230 casos hospitalares, que representaram 11% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 56 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Sudeste, 2.023 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 63% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Dos 936 casos avançados, 62 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 88 municípios da macrorregião Sudeste. 266 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Sudeste A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 172). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 69. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 172 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Sudeste, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 69 – Relação dos municípios da macrorregião Sudeste segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009. Continua... Município de Procedência Estadios III e IV % Demais Estádios Total 310150 Além Paraíba 15 20,3 59 74 310750 Bom Jardim de Minas 1 310280 Andrelândia 310310 Antônio Prado de Minas 310330 Aracitaba 310360 Arantina 310440 Argirita 310460 Astolfo Dutra 310550 Barão de Monte Alto 310610 Belmiro Braga 310680 Bias Fortes 310690 Bicas 310720 Bocaina de Minas 310870 Brás Pires 6 3 3 2 3 6 3 2 5 8 3 1 27,3 30,0 60,0 66,7 23,1 19,4 30,0 20,0 22,7 27,6 100,0 14,3 12,5 16 7 2 1 10 25 7 8 17 21 6 7 22 10 5 3 13 31 10 10 22 29 3 7 8 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 267 Continua... Município de Procedência 311010 Caiana 311210 Caparaó 311330 Carangola Estadios III e IV % Demais Estádios Total 1 25,0 3 4 1 13 25,0 23,2 3 43 4 56 311530 Cataguases 57 25,1 170 227 311670 Coimbra 5 29,4 12 17 50,0 5 10 311590 Chácara 311620 Chiador 2 14,3 12 4 311960 Coronel Pacheco 1 12,5 312200 Divino 7 29,2 17 31,0 20 312130 Descoberto 312190 Divinésia 312290 Dona Eusébia 312330 Dores do Turvo 312400 Ervália 312420 Espera Feliz 312460 Estrela Dalva 312490 Eugenópolis 312500 Ewbank da Câmara 312530 Faria Lemos 5 5 4 3 9 7 3 6 3 45,5 20,0 37,5 21,9 23,1 20,0 27,3 7 6 16 5 25 10 24 3 312850 Guarará 1 50,0 1 312880 Guidoval 312900 Guiricema 313260 Itamarati de Minas 313670 Juiz de Fora 313800 Laranjal 313840 Leopoldina 313850 Liberdade 3 4 11 1 7 3 42,9 4 6 34 10 314220 Miraí 9 314210 Miradouro 12,5 21 628 314080 Matias Barbosa 314160 Mercês 34,4 19 33,4 14 314020 Maripá de Minas 17,4 2 315 313860 Lima Duarte 313980 Mar de Espanha 13,6 5 2 5 2 37,5 27,6 26,4 25,0 33,3 50,0 24 20 8 29 32 13 30 3 22 13 312840 Guarani 11 19 18,8 33,3 8 11 3 1 4 8 312595 Fervedouro 312738 Goianá 14 10 16 3 2 23 32 8 943 16 89 123 15 20 39 4 10 7 53 6 20 19,2 21 26 20,0 32,1 8 19 10 28 314390 Muriaé 70 26,1 198 268 314587 Orizânia 1 10,0 9 10 7 12 314540 Olaria 314570 Oliveira Fortes 314670 Palma 314780 Passa-Vinte 314820 Patrocínio do Muriaé 268 2 2 7 2 5 50,0 50,0 22,6 40,0 41,7 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 2 2 24 3 4 4 31 5 Fim. Estadios III e IV % Demais Estádios Total 314875 Pedra Bonita 1 33,3 2 3 314950 Pequeri 2 33,3 4 6 314900 Pedra Dourada 314940 Pedro Teixeira 315010 Piau 315110 Pirapetinga 315130 Piraúba 315310 Presidente Bernardes 315410 Recreio 315540 Rio Novo 1 1 3 5 4 2 10 4 315580 Rio Pomba 15 315630 Rodeiro 4 315590 Rio Preto 315620 Rochedo de Minas 315645 Rosário da Limeira 315727 Santa Bárbara do Monte Verde 315840 Santana de Cataguases 315860 Santana do Deserto 315930 Santa Rita de Jacutinga 316000 Santo Antônio do Aventureiro 3 5 6 316290 São João Nepomuceno 12 316570 Senador Firmino 6 316443 São Sebastião da Vargem Alegre 316560 Senador Cortes 316730 Silveirânia 316750 Simão Pereira 2 6 3 17 14,3 12 14 21,7 26,7 35,7 18,2 41,7 18 11 18 18 21 23 15 28 22 36 23,1 10 13 15,4 11 13 35,7 9 14 40,0 1 2 3 14 4 2 2 17,6 28,6 29 316150 São Geraldo 33,3 2 316070 Santos Dumont 316140 São Francisco do Glória 33,3 44,4 12,5 30,0 35,8 28,6 28,6 5 5 6 7 6 14 52 5 12,5 8 6 20 81 7 11 7 8 10 1 10 9 37,5 18,2 9 21 40 2 7 15 23,1 3 3 52 3 16 3 316790 Tabuleiro 4 21,1 15 19 316990 Ubá 54 38,8 85 139 6 10 316900 Tocantins 316920 Tombos 317140 Vieiras 317200 Visconde do Rio Branco 317210 Volta Grande 9 4 2 17 4 25,0 22,2 20,0 26,2 40,0 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Todos os municípios registraram casos de câncer nos RHC de Minas Gerais no ano de 2009. 27 14 8 48 Sudeste Município de Procedência 36 18 10 65 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 269 11.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO SUDESTE (MG) A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde, poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Sudeste apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 46% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 94 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 5.460 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. 270 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 12. Macrorregião Sul Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 271 12.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE SUL DE MINAS GERAIS Sul A macrorregião Sul abrange 153 municípios. Na população de 2.609.602 habitantes predominam os homens (1.305.706) em relação às mulheres (1.303.896). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 10 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 24% dos habitantes (634.164) com 50 anos ou mais. (Figura 173) Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer DASIS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 173 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Sul de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Sul entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Serranos (IDHM renda 0,585, IDHM 0,697), Maria da Fé e Brasópolis (IDHM longevidade 0,707) e Toledo (IDHM educação 0,745). Os índices mais elevados foram em Poços de Caldas (IDHM 0,841, IDHM renda 0,787), São Lourenço (IDHM longevidade 0,865) e Itajubá (IDHM educação 0,928) (Tabela 70). Tabela 70 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Sul (MG) Indicadores Valores População Censo 2010 População Masculina População Feminina IDH (2000) 2.609.602 Mínimo IDHM 0.697 Serranos IDHM-Renda 0.585 Serranos IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.707 Maria da Fé 0.707 Brasópolis 0.745 Toledo 1.305.706 1.303.896 Máximo 0.841 Poços de Caldas 0.787 Poços de Caldas 0.865 São Lourenço 0.928 Itajubá Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio, / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento) Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 273 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Sul possui 75.269 estabelecimentos, com 542.689 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é na indústria de transformação (26,3%), seguido por setor de serviços (22,8%), comércio (20,4%), administração pública (14,1%), agropecuária (11,8%), construção civil (3,3%), extração mineral (1,0%) e serviços industriais de utilidade pública (0,3%). (Figura 174). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 174 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Sul de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 274 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 12.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 99 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 55 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer do cólon, reto e ânus será o segundo mais incidente em ambos os sexos, com 16.62 casos novos por 100 mil homens e 16.59 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 175). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 175 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013, por localização primária e sexo, na macrorregião Sul (MG). Em 2013, a macrorregião Sul será responsável por 15,1% dos casos novos esperados e 15,1% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 38% dos casos novos estimados da macrorregião Sul serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 275 Sul No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Sul 8.020 casos novos e 2.540 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 325 casos novos por 100 mil homens e 258 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 103 óbitos por 100 mil homens e de 81 óbitos por 100 mil mulheres. 276 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Mama feminina Próstata Colo do útero Todas neoplasias malignas Pele não melanoma 103,44 0,76 102,68 15,32 - - 12,88 6,04 8,74 7,20 3,27 Taxa de Mortalidade 1420 10 1410 210 - - 180 80 120 100 40 Nº de óbitos* Masculino 80,76 0,67 80,09 - 2,56 10,93 6,83 6,30 4,06 1,89 0,64 Taxa de Mortalidade 1120 10 1110 - 30 150 90 90 60 30 10 Nº de óbitos Feminino 324,59 89,13 235,46 98,89 - - 15,69 16,62 14,71 10,43 9,56 Taxa de Incidência 4470 1230 3240 1360 - - 220 230 210 140 130 Nº de Casos Novos* Masculino 258,03 80,44 177,59 - 10,21 54,60 8,86 16,59 6,85 3,21 2,34 Taxa de Incidência 3550 1110 2440 - 140 750 120 230 90 40 30 Nº de Casos Novos Feminino Número de Casos Novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² C44 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 71 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Sul (MG) 12.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS, ANO 2010 As neoplasias ocuparam as 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Sul, nos anos 2000 e 2010 (12,8% e 16,1%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição (13,6%) para abaixo da 6ª posição no ano 2010 (Figura 176). Sul A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Sul, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 176 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Sul, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 87,8% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 177). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 177 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Sul (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 277 Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Sul, 40% (1.115 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 178). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 178 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Sul, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Sul foi de 107,03 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (15,5/100 mil), mama feminina (11,5/100 mil) e pulmão (10,5/100 mil). Tabela 72 – Taxas brutas de mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Sul (MG) (por 100 mil), segundo sexo – ano 2010 Masculino Neoplasias Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Feminino Total Nº coef. por 100 mil Nº coef. por 100 mil Nº coef. por 100 mil 64 91 143 93 55 56 37 183 11 202 31 53 21 4,90 6,97 10,95 7,12 4,21 4,29 2,83 14,02 0,84 15,47 2,37 4,06 1,61 7 24 63 86 47 68 6 92 10 150 32 42 40 15 52 18 0,54 1,84 4,83 6,60 3,60 5,22 0,46 7,06 0,77 11,50 2,45 3,22 3,07 1,15 3,99 1,38 71 115 206 179 102 124 43 275 21 150 32 42 40 202 46 105 39 2,72 4,41 7,89 6,86 3,91 4,75 1,65 10,54 0,80 11,50 2,45 3,22 3,07 15,47 1,76 4,02 1,49 43 56 398 1559 3,29 4,29 30,48 119,40 48 39 375 1234 3,68 2,99 28,76 94,64 91 95 773 2793 3,49 3,64 29,62 107,03 22 1,68 20 1,53 42 1,61 Fontes: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 278 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Sul foram de 119 óbitos por 100 mil homens e 94 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 179). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 179 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Sul (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Sul foi responsável por 15% (2.793 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 87,8% desses óbitos. 40% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 279 Sul Homens: próstata (15,5/100 mil), pulmão (14/100 mil), estômago (11/100 mil). Mulheres: mama (11,5/100 mil), pulmão (7/100 mil), colorretal (6,6/100 mil). 12.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Sul 4.235 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.552 casos hospitalares buscaram assistência em Poços de Caldas e 1.043 casos em Varginha (Tabela 73). Tabela 73 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Alfenas Belo Horizonte Mesma Macro Outra Macro Total Geral 454 0 454 38 38 127 Divinópolis Juiz de Fora Muriaé Passos 20 4 580 127 20 4 580 Poços de Caldas 1552 1552 Varginha 1043 1043 Pouso Alegre Total Geral 417 417 4046 189 4235 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 96% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Sul buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 180 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência – macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009. 280 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 89% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul foram encaminhados pelo SUS. Sul Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 181 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sul, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 58% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 182 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Sul, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul: 25% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 24% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 183 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 281 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 4% e 46% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 184 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul, 10% dos casos em homens e 7% dos casos em mulheres evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 185 e 186 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Sul contribuiu com 14% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 96% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 44% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 282 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 283 7 72 43 72 5 6 128 8 83 0,5 1 56 - 8 162 Colo do Útero 134 50 56 3 5 60 63 116 421 74 29 57 3 3 66 62 48 148 Cólon e Estômago Reto 50 59 66 3 12 55 - 167 624 Mama Fem. 191 38 138,5 1 0 - 69 87 754 Próstata 85 27 38,5 4 2 59 61 64 156 Pulmão Nota: 1 – Total geral não incluei os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nº de municípios da Macro Sul com casos avançados (procedência) 6 Nº de casos com estadiamento sem informação / não estadiável Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 8 55 58 Masc Fem 84 184 Cavidade Oral Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) 5 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Sul Sul 734 102 88,5 2 29 57 67 574 2.449 7 Selecionados 61 25 73 3 1 60 55,5 34 125 Esôfago 381 26 86 1 1 72 69 38 602 Pele Não Melanoma 1.821 118 79 2 64 60 65 876 4.235 Total geral Tabela 74 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, 2009 12.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 12.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 750 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 54,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 150 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 10,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 150 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 12,2% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 11,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 15% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 624 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 66 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Sul, 574 (92%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 167 casos avançados de câncer da mama feminina, 12 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 59 municípios da macrorregião Sul. 12.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 140 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 10,2 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 32 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 2,6% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 2,45 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 162 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 56 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 83 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Sul, 34 (21%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 0,5 caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 8 casos avançados, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 8 municípios da macrorregião Sul. 284 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 12.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Sul (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 202 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 12,96% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade nesse sexo com 15,5 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 18% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 754 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 138 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Sul, 563 (75%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 87 casos avançados da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 38 municípios da macrorregião Sul. 12.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 460 casos novos de câncer do cólon e reto (230 em homens e 230 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 16,62 casos novos por 100 mil homens e de 16,59 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 170 óbitos por esse câncer (80 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 6,04 óbitos por 100 mil homens e de 6,3 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 179 óbitos por neoplasias do cólon e reto em ambos os sexos (93 no sexo masculino e 86 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de 6,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 10% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 421 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 56 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 287 (68%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 116 casos avançados de câncer do cólon e reto, 5 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 50 municípios da macrorregião Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 285 Sul Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 1.360 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 98,9 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 210 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 15,3 óbitos por 100 mil homens. 12.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 340 casos novos de câncer do pulmão (220 em homens e 120 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15,7 casos novos por 100 mil homens e de 8,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 270 óbitos por esse câncer (180 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 12,9 óbitos por 100 mil homens e de 6,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 275 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (183 no sexo masculino e 92 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 14,02 óbitos por 100 mil homens e de 7,06 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 3,7% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 156 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 38 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 71 (45%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 64 casos avançados de câncer do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 27 municípios da macrorregião Sul. 12.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 160 casos novos de câncer da cavidade oral(130 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9,6 casos novos por 100 mil homens e de 2,3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3,3 óbitos por 100 mil homens e de 0,64 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 71 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (64 no sexo masculino e 7 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,9 óbitos por 100 mil homens e menos de um óbito por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 184 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 58 anos em homens e de 55 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 72 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 112 (61%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 84 casos avançados de câncer da boca, 6 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 43 municípios da macrorregião Sul. 286 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 12.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Sul (MG) A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 206 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (143 no sexo masculino e 63 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 10,95 óbitos por 100 mil homens e de 4,83 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 148 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 62 anos em homens e de 66 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 57 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 74 (50%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 48 casos avançados de câncer do estômago, 3 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 29 municípios da macrorregião Sul. 12.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 180 casos novos de câncer do esôfago (140 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 130 óbitos por esse câncer (100 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,2 óbitos por 100 mil homens e de 1,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 115 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (91 no sexo masculino e 24 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,97 óbitos por 100 mil homens e de 1,84 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 125 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 73 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 64 (51 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer do esôfago, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 34 casos avançados de câncer do esôfago, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 25 municípios da macrorregião Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 287 Sul Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 300 casos novos de câncer do estômago (210 casos novos em homens e 90 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 14,7 casos novos por 100 mil homens e de 6,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 180 óbitos por esse câncer (120 óbitos em homens e 60 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 8,7 óbitos por 100 mil homens e de 4,1 óbitos por 100 mil mulheres. 12.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 2.340 casos novos de câncer da pele não melanoma (1.230 em homens e 1.110 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 89 casos novos por 100 mil homens e de 80 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 0,8 óbitos por 100 mil homens e de 0,7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul ocorreram 21 óbitos por neoplasias da pele não melanoma em ambos os sexos (11 no sexo masculino e 10 no feminino). As taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 14% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 602 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 69 anos em homens e de 72 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 86 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Sul, 221 (37%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, um caso chegou ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 38 casos avançados de câncer da pele não melanoma, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 26 municípios da macrorregião Sul. 12.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Sul 8.020 casos novos de câncer (4.470 em homens e 3.550 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 325 casos novos por 100 mil homens e de 258 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 2.540 óbitos por câncer (1.420 em homens e 1.120 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 103 óbitos por 100 mil homens e de 81 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Sul, ocorreram 2.793 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (1.559 no sexo masculino e 1.234 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 119,4 óbitos por 100 mil homens e de 94,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Sul, 4.235 casos hospitalares, que representaram 14% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 79 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Sul, 2.414 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 57% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 876 casos avançados, 64 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 118 municípios da macrorregião Sul. 288 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Sul A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 187). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 75. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 187 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Sul, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 75 – Relação dos municípios da macrorregião Sul segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Continua... Município de Procedência 310120 Aiuruoca 310130 Alagoa 310140 Albertina Estadios III e IV 2 2 % Demais Estadios Total Geral 66,7 1 3 28,6 5 1 7 1 310160 Alfenas 57 21,6 207 264 310260 Andradas 15 16,1 78 93 310190 Alpinópolis 310200 Alterosa 310410 Arceburgo 310430 Areado 310490 Baependi 310530 Bandeira do Sul 310710 Boa Esperança 11 11 5 2 2 7 34,4 36,7 21,7 12,5 22,2 15,9 21 19 1 18 14 7 37 32 30 1 23 16 9 44 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 289 Continua... Município de Procedência 310760 Bom Jesus da Penha 310790 Bom Repouso 310830 Borda da Mata 310840 Botelhos 310890 Brasópolis 310910 Bueno Brandão 310950 Cabo Verde 310970 Cachoeira de Minas 311030 Caldas 311050 Camanducaia 311060 Cambuí 311070 Cambuquira 311090 Campanha 311100 Campestre 311130 Campo do Meio 311160 Campos Gerais 311240 Capetinga 311280 Capitólio 311360 Careaçu 311390 Carmo da Cachoeira 311410 Carmo de Minas 311440 Carmo do Rio Claro 311460 Carrancas 311470 Carvalhópolis 311480 Carvalhos 311510 Cássia 311550 Caxambu 311710 Conceição da Aparecida 311720 Conceição das Pedras 311770 Conceição do Rio Verde 311780 Conceição dos Ouros 311790 Congonhal 311850 Consolação 311870 Coqueiral 311900 Cordislândia 311990 Córrego do Bom Jesus 312050 Cristina 312080 Cruzília 312110 Delfim Moreira 312120 Delfinópolis 312240 Divisa Nova 312280 Dom Viçoso 312340 Doresópolis 312360 Elói Mendes 312440 Espírito Santo do Dourado 312450 Estiva 312510 Extrema 312520 Fama 312630 Fortaleza de Minas 290 Estadios III e IV % Demais Estadios Total Geral 6 1 6 3 60,0 10,0 16,7 10,7 3 1 9 2 5 3 2 9 5 5 1 7 21,4 6,7 21,4 9,5 15,2 18,8 11,1 23,7 16,1 20,0 100,0 35,0 4 9 30 25 23 10 11 14 33 19 28 13 16 29 26 20 1 1 2 7 4 1 4 1 6 12,5 20,0 33,3 29,2 21,1 50,0 23,5 9,1 15,4 10 10 36 28 23 10 14 15 42 21 33 16 18 38 31 25 1 20 13 15 10 15 2 8 5 6 24 19 2 17 11 39 2 15 1 7 11 12 13 4 22 1 2 33 10 20 23 7 6 1 2 5 2 6,7 20,0 33,3 13,3 2 3 4 3 3 7 28,6 27,3 33,3 23,1 75,0 31,8 5 2 4 3 2 2 15,2 20,0 20,0 13,0 28,6 33,3 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 13 13 14 8 10 2 7 4 4 17 15 1 13 10 33 2 13 1 5 8 8 10 1 15 1 2 28 8 16 20 5 4 Continua... 312740 Gonçalves 312810 Guapé 312830 Guaranésia Estadios III e IV % Demais Estadios 2 66,7 1 12 3 63,2 11,1 312870 Guaxupé 11 19,0 312990 Ibitiúra de Minas 1 9,1 312920 Heliodora 312970 Ibiraci 313040 Ijaci 313050 Ilicínea 5 50,0 313150 Ipuiúna 1 2,9 313060 Inconfidentes 313080 Ingaí 313240 Itajubá 37 313310 Itanhandu 2 313290 Itamogi 313300 Itamonte 313360 Itapeva 313375 Itaú de Minas 313430 Itumirim 313450 Itutinga 313480 Jacuí 313490 Jacutinga 313590 Jesuânia 313690 Juruaia 313780 Lambari 313820 Lavras 313870 Luminárias 4 2 2 5 1 4 6 3 3 1 314410 Muzambinho 1 314440 Natércia 314460 Nepomuceno 314510 Nova Resende 314550 Olímpio Noronha 314600 Ouro Fino 9 3 5 6 1 2 314720 Paraguaçu 10 314790 Passos 74 314730 Paraisópolis 314760 Passa Quatro 314910 Pedralva 2 5 12 4 34 4 2 2 27 58 5 11 2 10 12 4 35 25,2 110 147 20,0 8 10 25,0 22,2 16,7 12 7 10 16 9 12 19,2 21 26 44,4 5 9 25,0 3 5 53 314300 Monte Belo 314340 Monte Sião 10 26,4 1 314320 Monte Santo de Minas 5 20 314190 Minduri 314260 Monsenhor Paulo 7 47 20,0 19 314040 Marmelópolis 7 24 5 313900 Machado 313990 Maria da Fé 19 15,7 29 3 7 8 1 Total Geral 7,7 24,4 35,3 42,9 25,0 75,0 5,3 64,3 12,5 50,0 15,6 37,5 25,0 4,3 25,0 13,8 22,2 32,6 11,1 43 3 12 4 5 51 3 13 25 90 119 11 17 4 4 3 1 18 5 4 72 7 4 4 19 14 10 10 27 32 44 46 7 9 7 3 10 3 30 25 153 16 Sul Município de Procedência 8 6 16 4 40 29 227 18 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 291 Fim. Município de Procedência 314990 Perdões 315090 Piranguçu 315100 Piranguinho 315150 Piumhi 315170 Poço Fundo Estadio III e IV % Demais Estadios Total Geral 2 11,1 16 18 26,0 57 2 1 20 2 315180 Poços de Caldas 89 315290 Pratápolis 2 315250 Pouso Alegre 315260 Pouso Alto 315470 Ribeirão Vermelho 315830 Santana da Vargem 315920 Santa Rita de Caldas 315960 Santa Rita do Sapucaí 316080 São Bento Abade 316200 São Gonçalo do Sapucaí 44 1 9 5 20,0 33,3 10,0 8 2 18 10 3 77 20 15,8 474 563 14,3 12 14 14,4 10,0 14,8 19,2 261 8 3 9 19 52 2 21 305 8 3 10 19 61 2 26 316220 São João Batista do Glória 3 17,6 14 17 316320 São José do Alegre 3 42,9 4 7 316230 São João da Mata 316294 São José da Barra 316370 São Lourenço 14 316440 São Sebastião da Bela Vista 3 316390 São Pedro da União 316430 São Roque de Minas 316470 São Sebastião do Paraíso 316490 São Sebastião do Rio Verde 316510 São Tomás de Aquino 316520 São Thomé das Letras 1 4 31 1 4 46 25,0 9 12 25,0 57,1 34,4 100,0 50,0 316690 Serrania 4 44,4 316780 Soledade de Minas 3 30,0 316700 Serranos 316740 Silvianópolis 316905 Tocos do Moji 1 18,2 2 33,3 2 40,0 317070 Varginha 317170 Virgínia 317220 Wenceslau Braz 41 3 4 27,7 22,9 4 7 90 3 1 8 9 11 5 9 3 3 1 11 3 3 1 11 7 10 34 47 15 317060 Vargem Bonita 1 59 6,3 33,3 316980 Turvolândia 3 10 20 13 3 9,1 316930 Três Corações 316940 Três Pontas 6 32 2 316580 Senador José Bento 6 1 30,4 316540 Sapucaí-Mirim 316557 Senador Amaral 1 40 4 138 5 3 11 60 16 6 179 5 5 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Claraval, Munhoz, Seritinga, Toledo. 292 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 12.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO SUL (MG). A macrorregião de saúde Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 40% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 153 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 8.020 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 293 Sul A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. 13. Macrorregião Triângulo do Norte Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 295 13.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS Triângulo do Norte A macrorregião Triângulo do Norte abrange 27 municípios. Na população de 1.178.946 habitantes predominam as mulheres (593.956) em relação aos homens (584.990). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 20 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 22% (261.171) dos habitantes com 50 anos ou mais (Figura 188). Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 188 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Triângulo do Norte de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Triângulo do Norte entre os níveis médio e alto desenvolvimento. Os municípios com índices mais baixos foram Estrela do Sul (IDHM 0,747, IDHM renda 0,633) e Centralina (IDHM longevidade 0,742, IDHM educação 0,781). Os índices mais elevados foram em Uberlândia (IDHM 0,83, IDHM renda 0,768, IDHM educação 0,92) e Ituiutaba (IDHM longevidade 0,848) (Tabela 76). Tabela 76 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Triângulo do Norte (MG) Indicadores População Censo (2010) População Masculina Valores 1.178.946 População Feminina IDH (2000) IDHM Mínimo 0.747 Estrela do Sul IDHM-Educação 0.781 Centralina IDHM-Renda IDHM-Longevidade 0.633 Estrela do Sul 0.742 Centralina 584.990 593.956 Máximo 0.83 Uberlândia 0.768 Uberlândia 0.848 Ituiutaba 0.92 Uberlândia Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 297 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Triângulo do Norte possui 33.775 estabelecimentos, com 297.028 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (32,3%), seguido por comércio (23,3%), indústria de transformação (17,1%), administração pública (12,0%), agropecuária (8,6%), construção civil (5,7%), serviços industriais de utilidade pública (0,9%) e extração mineral (0,2%) (Figura 189). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 189 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Triângulo do Norte de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 298 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Triângulo do Norte 3.360 casos novos e 1.070 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 293 casos novos por 100 mil homens e 246 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 93 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 91 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 58 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 19,8 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de colo do útero, 17,7 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 190). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 190 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Triângulo do Norte (MG). Em 2013, a macrorregião Triângulo do Norte será responsável por 6,3% dos casos novos esperados e 6,4% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 48% dos casos novos estimados da macrorregião Triângulo do Norte serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 299 Triângulo do Norte 13.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS 300 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Mama feminina Todas neoplasias malignas 95,77 600 78,86 0,68 78,18 - 3,83 12,17 7,32 5,86 4,00 1,46 0,95 Taxa de Mortalidade 500 10 490 - 20 80 50 40 20 10 10 Nº de óbitos Feminino 300,51 107,89 192,62 91,93 - - 16,96 16,70 13,07 10,11 9,26 Taxa de Incidência 1880 670 1210 570 - - 110 110 80 60 60 Nº de Casos Novos* Masculino 251,96 81,64 170,32 - 15,27 60,79 9,50 15,43 6,75 2,48 3,47 Taxa de Incidência 1580 510 1070 - 100 380 60 100 40 20 20 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 C00-C97; D46² 10 0,92 C44 Pele não melanoma 590 94,85 - Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 90 40 50 40 20 Nº de óbitos* 90 Próstata Colo do útero - 13,92 6,07 7,77 6,98 3,17 Taxa de Mortalidade Masculino 14,24 C61 C53 Traqueia, brônquios e pulmões C50 C33-C34 Cólon, reto e ânus C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 77 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), e número de casos novos e óbitos segundo sexo e localização primária, na macrorregião Triângulo do Norte (MG) As neoplasias ocuparam a 2ª posição no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Triângulo do Norte, nos anos 2000 e 2010 (14% e 16%, respectivamente). As causas mal definidas mantiveram-se na 5ª posição, em percentuais abaixo de 10% no 2000 e abaixo da 6ª posição em 2010 (Figura 191) . A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Triângulo do Norte, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 191 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Triângulo do Norte, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 86,7% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 192). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 192 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Triângulo do Norte (MG), ano de 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 301 Triângulo do Norte 13.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS, ANO 2010 Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Triângulo do Norte, 44% (512 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 193). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 193 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Triângulo do Norte, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Triângulo do Norte foi de 97,8 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres da próstata (14,9/100 mil), mama feminina (12,5/100 mil) e pulmão (11,6/100 mil). Neoplasias Tabela 78 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Triângulo do Norte (MG) (por 100 mil), segundo sexo – ano 2010 Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát . Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Masculino coef. por Nº 100 mil 31 5,30 27 4,62 42 7,18 35 5,98 22 3,76 27 4,62 16 2,74 80 13,68 1 0,17 87 14,87 17 2,91 19 3,25 15 2,56 9 1,54 24 4,10 11 1,88 167 28,55 630 107,69 Feminino coef. por Nº 100 mil 9 1,52 10 1,68 30 5,05 38 6,40 15 2,53 20 3,37 3 0,51 57 9,60 1 0,17 74 12,46 29 4,88 9 1,52 15 2,53 10 1,68 22 3,70 10 1,68 7 1,18 17 2,86 8 1,35 139 23,40 523 88,05 Nº 40 37 72 73 37 47 19 137 2 74 29 9 15 87 27 41 25 16 41 19 306 1153 Total coef. por 100 mil 3,39 3,14 6,11 6,19 3,14 3,99 1,61 11,62 0,17 12,46 4,88 1,52 2,53 14,87 2,29 3,48 2,12 1,36 3,48 1,61 25,96 97,80 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 302 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Homens: próstata (14,9/100 mil), pulmão (13,7/100 mil), estômago (7/100 mil). Mulheres: mama (12,5/100 mil), pulmão(9,6/100 mil), colorretal (6,4/100 mil). Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 194). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 194 – Taxa Bruta de Mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Triângulo do Norte (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Triângulo do Norte foi responsável por 6,2% (1.153 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 87% desses óbitos. 44% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 303 Triângulo do Norte As taxas brutas de mortalidade por neoplasias e gênero, na macrorregião Triângulo do Norte, foram de 107 óbitos por 100 mil homens e 88 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: 13.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Triângulo do Norte 1.557 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.503 casos hospitalares buscaram assistência em Uberlândia (Tabela 79). Tabela 79 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Mesma Macro Outra Macro Total Geral Belo Horizonte 13 13 Juiz de Fora 2 2 Uberaba 37 1503 54 Ipatinga Muriaé Uberlândia Total Geral 1 1 1503 1 1 37 1503 1557 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 96% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Triângulo do Norte buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Figura 195 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência - macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009. 304 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Figura 196 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 55% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 197 – Proporção de casos hospitalares, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte: 50% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 22% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 198 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 305 Triângulo do Norte Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 56% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 30% e 74% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 199 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 18% dos casos em homens e 14% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 200 e 201 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Triângulo do Norte contribuiu com 5% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 96% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 55% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 306 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 307 Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) 3 10 36 7 1 65 57,5 Masc Fem 38 51 Cavidade Oral 2 7 46 3 7 53 - 27 87 Colo do Útero 3 13 37 5 4 59 61 76 146 2 5 44 7 4 75 66 27 39 1 11 58 4 13 55 - 84 214 3 10 72 3 0 - 68 79 227 8 10 44,5 7 2 61,5 68 60 86 3 5 27,5 6 0 69 64 15 24 17 3 49,5 0 0 70 67 10 286 Triângulo do Norte 22 20 55 5 31 57 66 391 850 150 20 48 4 52 59 65 561 1.557 Pele Não Total Cólon e Mama 7 Esôfago Estômago Próstata Pulmão Selecionados Melanoma geral Reto Fem. Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nº de casos com estadiamento 8 sem informação / não estadiável Nº de municípios da Macro 7 Triâng. do Norte com casos avançados (procedência) Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) 5 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Triângulo do Norte Tabela 80 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, 2009 13.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 13.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 360 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 57,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 70 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 11,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 74 óbitos por neoplasias da mama feminina, correspondendo a 14,15% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 12,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 13,7% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 214 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 58 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 213 (99,5%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 84 casos avançados de câncer da mama feminina, 13 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 13.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte, 110 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 17,7 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 4,4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 29 óbitos por neoplasias do colo do útero, correspondendo a 5,54% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino. A taxa bruta de mortalidade foi de 4,9 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 5,6% do total de casos hospitalares registrados pelos 33 RHC-MG, com 87 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 46 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 85 (98%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do colo do útero, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 7 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 308 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 560 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 91 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 14 óbitos por 100 mil homens. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 87 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 13,8% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo a principal taxa bruta de mortalidade com 14,9 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 15% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 227 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 72 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 224 (99%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 79 casos avançados de câncer da próstata, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 13.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 180 casos novos de câncer do cólon e reto (90 em homens e 90 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15 casos novos por 100 mil homens e de 14 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer (30 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,5 óbitos por 100 mil homens e de 5,4 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte ocorreram 73 óbitos por câncer do cólon e reto em ambos os sexos (35 no sexo masculino e 38 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,98 óbitos por 100 mil homens e de 6,4 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 9,4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 146 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 61 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 37 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 143 (98%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 5 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 76 casos avançados de câncer do cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 13 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 309 Triângulo do Norte 13.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) 13.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 200 casos novos de câncer do pulmão (120 em homens e 80 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 19,8 casos novos por 100 mil homens e de 13,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 170 óbitos por esse câncer (100 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 16,3 óbitos por 100 mil homens e de 10,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 137 óbitos por neoplasias do pulmão em ambos os sexos (80 no sexo masculino e 57 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 13,7 óbitos por 100 mil homens e de 9,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 86 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 61 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 78 (91%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 60 casos avançados de câncer do pulmão, 2 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 13.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 80 casos novos de câncer da cavidade oral (60 em homens e 20 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 3,2 óbitos por 100 mil homens e de 0,9 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 40 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (31 no sexo masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 5,3 óbitos por 100 mil homens e de 1,5 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe representaram 3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 51 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 57 anos em homens e de 65 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 36 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 48 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 38 casos avançados de câncer da boca, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 310 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 110 casos novos de câncer do estômago (70 casos novos em homens e 40 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 12,2 casos novos por 100 mil homens e de 6,1 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer (40 óbitos em homens e 20 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,3 óbitos por 100 mil homens e de 3,6 óbitos por 100 mil mulheres A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 72 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (42 no sexo masculino e 30 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 7,2 óbitos por 100 mil homens e de 5,05 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 2,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 39 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 75 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 44 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 37 (95%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 27 casos avançados de câncer do estômago, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 13.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 50 casos novos de câncer do esôfago (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 6,3 casos novos por 100 mil homens e de 1,8 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer (30 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4,35 óbitos por 100 mil homens e de 1,04 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 37 óbitos por neoplasias do esôfago em ambos os sexos (27 no sexo masculino e 10 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 4,6 óbitos por 100 mil homens e de 1,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 1,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 24 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 64 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 27 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 21 (87 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 15 casos avançados de câncer do esôfago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 5 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 311 Triângulo do Norte 13.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) 13.5.9 – CÂNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 930 casos novos de câncer da pele não melanoma (420 em homens e 510 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 68 casos novos por 100 mil homens e de 80 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 0,58 óbitos por 100 mil homens e de 0,67 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 2 óbitos por neoplasias da pele não melanoma em ambos os sexos (1 no sexo masculino e 1 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil homens e por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 18% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Norte, registrados pelos 33 RHC-MG, com 286 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos em homens e de 70 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 49 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 269 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Dos 10 casos avançados câncer da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 13.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Triângulo do Norte (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Norte 3.360 casos novos de câncer (1.810 em homens e 1.550 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 293 casos novos por 100 mil homens e de 246 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 1.070 óbitos por câncer (580 em homens e 490 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 93 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Norte, ocorreram 1153 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (630 no sexo masculino e 523 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 108 óbitos por 100 mil homens e de 88 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Triângulo do Norte 1.557 casos hospitalares, que representaram 5% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 48 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Triângulo do Norte, 1.407 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, que representaram 90% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 561 casos avançados, 52 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 20 municípios da macrorregião Triângulo do Norte. 312 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Triângulo do Norte A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estadiamento clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 202). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 81. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 202 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Triângulo do Norte, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 81 – Relação dos municípios da macrorregião Triângulo do Norte segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009. Município de Procedência 310010 Abadia dos Dourados 310350 Araguari 310375 Araporã 311110 Campina Verde 311180 Canápolis 311260 Capinópolis 311500 Cascalho Rico 311580 Centralina 311930 Coromandel 312350 Douradoquara 312480 Estrela do Sul 312790 Grupiara 312910 Gurinhatã Estadios III e IV 7 53 5 3 1 6 2 13 5 2 % 53,8 Demais Estadios 6 Continua... Total 13 75,0 1 4 44,5 62,5 50,0 60,0 25,0 38,2 26,3 66,7 66 3 1 119 8 2 4 10 21 34 3 6 2 14 2 1 3 8 2 19 2 3 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 313 Estadios III e IV % Demais Estadios Fim. Total 313070 Indianópolis 2 25,0 6 8 313160 Iraí de Minas 2 33,3 4 6 Município de Procedência 313140 Ipiaçu 313420 Ituiutaba 10 314310 Monte Carmelo 18 314810 Patrocínio 10 314280 Monte Alegre de Minas 314500 Nova Ponte 315280 Prata 315640 Romaria 315980 Santa Vitória 316960 Tupaciguara 317020 Uberlândia 8 2 3 18 391 31,3 36,4 40,0 16,7 35,7 75,0 41,9 34,9 3 22 14 27 10 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 32 22 45 12 18 28 3 3 3 1 25 730 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Não foi incluído nessa relação o município com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, é ele: Cachoeira Dourada 314 3 3 4 43 1121 13.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO NORTE (MG) Triângulo do Norte A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e controle da doença. A macrorregião de saúde Triângulo do Norte apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 44% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 27 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 3.360 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 315 14. Macrorregião Triângulo do Sul Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 317 14.1 – ASPECTOS TERRITORIAIS, DEMOGRÁFICOS, SOCIAIS E PRODUTIVOS DA MACRORREGIÃO DE SAÚDE TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS Triângulo do Sul A macrorregião Triângulo do Sul abrange 27 municípios. Na população de 697.812 habitantes predominam os homens (349.578) em relação às mulheres (348.234). A pirâmide etária evidencia, em ambos os sexos, a maior concentração de habitantes dos 20 aos 29 anos e sinaliza o envelhecimento populacional, com 23% dos habitantes (157.875) com 50 anos ou mais. (Figura 203) Fonte: MS/DATASUS – IBGE Censo Demográfico 2010 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 203 – Pirâmide etária da população residente na macrorregião Triângulo do Sul de Minas Gerais, 2010. O Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, geral e os específicos para renda, longevidade, educação variaram nos municípios da macrorregião Triângulo do Sul entre os níveis médio e alto desenvolvimento. O município com índices mais baixos em todas as categorias do IDHM foi União de Minas (IDHM 0,716, IDHM renda 0,659, IDHM longevidade 0,709 e IDHM educação 0,781). Os municípios com índices mais elevados foram Uberaba (IDHM 0,834, IDHM renda 0,773, IDHM educação 0,913) e Frutal (IDHM longevidade 0,83) (Tabela 82). Tabela 82 – População e Índice de Desenvolvimento Humano, macrorregião Triângulo do Sul (MG). Indicadores Valores População Censo (2010) 697.812 População Masculina População Feminina IDH (2000) Mínimo IDHM 0.716 União de Minas IDHM-Renda 0.659 União de Minas IDHM-Longevidade IDHM-Educação 0.709 União de Minas 0.781 União de Minas 349.578 348.234 Máximo 0.834 Uberaba 0.773 Uberaba 0.83 Frutal 0.913 Uberaba Fontes: Datasus – IBGE Censo Demográfico 2010 – Atlas de Desenvolvimento Humano – PNUD, ano 2000 – IDHM = Índice de Desenvolvimento Humano Médio / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Categorização dos níveis de desenvolvimento, segundo a PNUD: IDHM 0-0,4999 (baixo), IDHM 0,50-0,799 (médio) e 0,80-1,0 (alto desenvolvimento). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 319 De acordo com os dados de 2010 da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que tem cobertura de aproximadamente 97% do mercado de trabalho formal, a macrorregião Triângulo do Sul possui 21.085 estabelecimentos, com 173.571 vínculos formais de trabalho. Considerando a atividade econômica dos estabelecimentos, o maior número de vínculos é no setor de serviços (24,8%), seguido por comércio (20,6%), indústria de transformação (20,4%), administração pública (14,3%), agropecuária (11,9%), construção civil (6,7%), serviços industriais de utilidade pública (0,7%) e extração mineral (0,6%) (Figura 204). Pode ser observado no mapa que, entre as microrregiões da mesma macro, há diferenças no perfil produtivo, o que muda a caracterização dos riscos ocupacionais e necessidades de saúde da população trabalhadora. Fonte: Diretoria de Saúde do Trabalhador / SVEAST/SVPS/SES-MG. RAIS – Relação Anual de Informação Social, ano 2010. Nota: Vide anexo 16.6, dos tipos de trabalho das atividades econômicas. Figura 204 – Distribuição proporcional das atividades econômicas de trabalho formal na macrorregião Triângulo do Sul de Minas Gerais e suas microrregiões de saúde, segundo a RAIS do ano 2010. 320 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde No ano de 2013, são esperados para a macrorregião Triângulo do Sul 2.060 casos novos e 670 óbitos por câncer. Para todas as neoplasias malignas, as taxas brutas de incidência serão de 315 casos novos por 100 mil homens e 246 casos novos por 100 mil mulheres. Já as taxas brutas de mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. Exceto pele não melanoma, as taxas brutas de incidência mais frequentes serão dos cânceres da próstata, com 109 casos novos por 100 mil homens e da mama feminina, com 48 casos novos por 100 mil mulheres. O câncer de traqueia, brônquios e pulmões será o segundo mais incidente entre os homens, com 18 casos novos por 100 mil homens e entre as mulheres será o câncer de cólon, reto e ânus, com 20 casos novos por 100 mil mulheres. Para os demais cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas de incidência serão bem mais elevadas nos homens em relação às mulheres, especialmente para os cânceres da boca, esôfago, estômago e pulmão (Figura 205). Fonte: RCBP, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 Figura 205 – Taxas brutas de incidência estimadas para o ano de 2013 por localização primária e sexo, na macrorregião Triângulo do Sul (MG). Em 2013, a macrorregião Triângulo do Sul será responsável por 3,9% dos casos novos esperados e 4% dos óbitos esperados por câncer em relação ao total estimado para a população mineira. 48% dos casos novos estimados da macrorregião Triângulo do Sul serão por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 321 Triângulo do Sul 14.2 – ESTIMATIVAS DE INCIDÊNCIA E MORTALIDADE POR CÂNCER PARA O ANO DE 2013, NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS 322 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Estômago C16 Colo do útero 100,43 380 77,05 0,59 76,46 - 3,83 9,71 9,98 7,46 3,77 1,77 1,06 Taxa de Mortalidade Feminino 290 10 280 - 10 40 40 30 10 10 10 Nº de óbitos 315,12 132,52 182,61 108,75 - - 17,85 15,49 9,57 10,31 11,78 Taxa de Incidência 1160 490 670 400 - - 70 60 30 40 40 Nº de Casos Novos* Masculino 246,16 70,84 175,32 - 15,27 48,51 12,95 19,63 6,36 3,01 3,87 Taxa de Incidência 900 260 640 - 60 180 50 70 20 10 10 Nº de Casos Novos Feminino Número de casos novos esperados Fontes: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) – Belo Horizonte e Poços de Caldas, dados atualizados em setembro de 2012. MS/DATASUS/Sistema de Informação sobre Mortalidade; Censo 2010 e Projeção Populacional – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012 ²exceto C77, C78 e C79 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10. C00-C97; D46² Todas neoplasias malignas 10 1,13 C44 Pele não melanoma 370 99,30 Todas neoplasias malignas, exceto pele não melanoma - - 50 20 20 30 10 Nº de óbitos* 60 - - 14,65 5,63 5,69 7,12 4,03 Taxa de Mortalidade Masculino 16,84 Próstata C61 Mama feminina C53 C50 Traqueia, brônquios e pulmões Cólon, reto e ânus C33-C34 C18-C21 Esôfago Cavidade oral C00-C10 C15 Descrição CID-10 Número de óbitos esperados Tabela 83 – Estimativas para o ano 2013 das taxas brutas de incidência e mortalidade por câncer (100 mil), do número de casos novos e óbitos e do cálculo da razão incidência e mortalidade (I/M), segundo sexo e localização primária, na macrorregião Triângulo do Sul (MG) As neoplasias ocuparam a 3ª e 2ª posições no cenário da mortalidade proporcional das causas básicas de mortes da macrorregião Triângulo do Sul, nos anos 2000 e 2010 (12% e 15,7%, respectivamente). As causas mal definidas passaram da 2ª posição (14%) no ano 2000 para a 4ª posição (11,7%) no ano 2010 (Figura 206). A presente análise é relativa à mortalidade por neoplasias na macrorregião Triângulo do Sul, no ano de 2010. Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 206 – Mortalidade proporcional por causas básicas na macrorregião Triângulo do Sul, anos 2000 e 2010. No ano de 2010, 86% das mortes por neoplasias ocorreram nas faixas etárias 50-59 anos ou mais, em ambos os sexos (Figura 207). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 207 – Distribuição proporcional dos óbitos por neoplasias, segundo sexo e faixa etária, na macrorregião Triângulo do Sul (MG), ano 2010. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 323 Triângulo do Sul 14.3 – A MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NA MACRORREGIÃO TRIANGULO DO SUL DE MINAS GERAIS, ANO 2010 Do total de mortes por neoplasias da macrorregião Triângulo do Sul, 47,5% (342 óbitos) foram por sete localizações primárias que apresentam potencial para prevenção e/ou detecção precoce (Figura 208). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 208 – Mortalidade proporcional das neoplasias passíveis de ações preventivas na macrorregião Triângulo do Sul, ano 2010. A taxa bruta de mortalidade por todas as neoplasias da macrorregião Triângulo do Sul foi de 103 óbitos por 100 mil habitantes de ambos os sexos. Destacaram-se os cânceres do pulmão (15,9/100 mil), próstata (15,4/100 mil) e mama feminina (9,7/100 mil). Neoplasias Tabela 84 – Taxas Brutas de Mortalidade por tipo de neoplasia na macrorregião Triângulo do Sul (MG), por 100 mil, segundo sexo – ano 2010 Lábio, cav. oral e faringe Esôfago Estômago Cólon, reto e ânus Fígado e vias bil. intra-hepát. Pâncreas Laringe Traqueia, brônquios e pulmões Pele não melanoma Mama feminina Colo do útero Corpo e partes n/esp. útero Ovário Próstata Bexiga Mening., encéf. e out. partes SNC Linfoma não-Hodgkin Mieloma mult. e neopl. malig. de plasmócitos Leucemia Neoplasias in situ, benig., comport. incert. Restante de neoplasias malignas Total Masculino Nº 22 23 22 22 10 18 4 67 2 54 7 17 6 4 11 12 81 382 coef. por 100 mil 6,29 6,58 6,29 6,29 2,86 5,15 1,14 19,17 0,57 15,45 2,00 4,86 1,72 1,14 3,15 3,43 23,17 109,27 Feminino Nº 9 9 20 30 11 16 2 44 3 34 18 6 4 7 16 6 5 9 7 82 338 coef. por 100 mil 2,58 2,58 5,74 8,61 3,16 4,59 0,57 12,64 0,86 9,76 5,17 1,72 1,15 2,01 4,59 1,72 1,44 2,58 2,01 23,55 97,06 Nº 31 32 42 52 21 34 6 111 5 34 18 6 4 54 14 33 12 9 20 19 163 720 Total coef. por 100 mil 4,44 4,59 6,02 7,45 3,01 4,87 0,86 15,91 0,72 9,76 5,17 1,72 1,15 15,45 2,01 4,73 1,72 1,29 2,87 2,72 23,36 103,18 Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 324 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Homens: pulmão (19,2/100 mil), próstata (15,4/100 mil), esôfago (6,6/100 mil). Mulheres: pulmão (12,6/100 mil), mama (9,7/100 mil), colorretal (8,6/100 mil). Pode-se notar que, na maioria dos cânceres, comuns em ambos os sexos, as taxas brutas de mortalidade são muito mais elevadas no sexo masculino em relação ao feminino, o que evidencia um maior de risco de morte para homens (Figura 209). Fontes: MS/SVS/DASIS – Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) CID-10, Cap. 2 / Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 209 – Taxa bruta de mortalidade por tipo de neoplasias e sexo, na macrorregião Triângulo do Sul (MG), por 100 mil homens ou mulheres, ano 2010. Em 2010, a macrorregião Triângulo do Sul foi responsável por 3,9% (720 óbitos) do total das 18.545 mortes por neoplasias que ocorreram na população mineira. O risco de morte por neoplasias foi maior a partir da 6ª década de vida, quando ocorreram 86% desses óbitos. 47,5% dos casos de mortes por neoplasias dessa macrorregião foram por sete tipos de câncer passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce e início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade estimada para essa macrorregião. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 325 Triângulo do Sul As taxas brutas de mortalidade por neoplasiase gênero, na macrorregião Triângulo do Sul, foram de 109 óbitos por 100 mil homens e 97 óbitos por 100 mil mulheres, no ano de 2010. As três principais taxas brutas, por 100 mil homens ou mulheres, foram as seguintes: 14.4 – ASSISTÊNCIA NA ALTA COMPLEXIDADE DOS CASOS HOSPITALARES DE CÂNCER PROCEDENTES DA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS Os Registros Hospitalares de Câncer contribuem com informações importantes sobre a linha de cuidados e dão subsídio aos gestores para definição de prioridades no enfrentamento da doença. Foram procedentes da macrorregião Triângulo do Sul 1.212 casos hospitalares de câncer que chegaram pela primeira vez em alguma das 33 instituições mineiras da alta complexidade com RHC ativo, públicas ou privadas, no ano de 2009. Desses, 1.203 casos hospitalares buscaram assistência em Uberaba (Tabela 85). Tabela 85 – Municípios de assistência da alta complexidade de câncer dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul (MG) segundo 33 RHC-MG, ano de 2009 Município de Tratamento Belo Horizonte Juiz de Fora Mesma Macro Outra Macro Total Geral 6 6 2 1 Uberaba 1203 Total Geral 1203 Uberlândia 2 1203 9 1212 1 Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012 – Nota: Se o caso hospitalar ingressou pela primeira vez em mais de uma instituição no mesmo ano, poderá ocorrer multiplicidade. Não estão incluídos os que buscaram assistência em outros estados ou em instituições mineiras sem RHC ativo. Foram excluídos os casos hospitalares sem informação do município de procedência. Os dados dos registros hospitalares de câncer não refletem a incidência na população, cuja informação é gerada somente pelos registros de câncer de base populacional (RCBP). 99% dos casos hospitalares de câncer procedentes de municípios da macrorregião Triângulo do Sul buscaram tratamento na mesma macrorregião de residência. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 210 – Proporção de casos hospitalares de câncer que buscaram tratamento em instituições da mesma macrorregião de residência - macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009. 326 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 211 – Origem do encaminhamento dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, SUS ou não, segundo 33 RHC-MG, 2009. 48% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul foram por um dos sete tipos de cânceres, passíveis de prevenção e/ou detecção precoce. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 212 – Proporção de casos hospitalares da macrorregião Triângulo do Sul, segundo sete tipos de cânceres passíveis de prevenção ou detecção precoce, 33 RHC-MG, 2009. Dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul: 50% chegaram na alta complexidade sem ter obtido o diagnóstico na atenção básica ou secundária (casos sem diagnóstico/sem tratamento). Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. 17% buscaram tratamentos complementares ao tratamento já iniciado por outra instituição (casos com diagnóstico e com tratamento). Figura 213 – Assistência prévia dos casos hospitalares de câncer na chegada ao hospital, dos casos procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 327 Triângulo do Sul 71% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul foram encaminhados pelo SUS. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Na 1ª consulta na alta complexidade, entre 20% e 71% dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul já se encontravam nas fases avançadas da doença (estádios III e IV). Esses percentuais variaram entre os tipos de câncer. Figura 214 – Condição de chegada do tumor na 1ª consulta, segundo o estadiamento clínico do tumor, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009. Após o 1º tratamento antineoplásico dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 6,4% dos casos em homens e 6,2% dos casos em mulheres, evoluíram a óbito. Fonte: SisRHC, posição em 25/6/12, 33 RHC-MG, ano 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figuras 215 e 216 – Proporção de óbitos ao final do 1º tratamento no hospital, dos casos hospitalares procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, homens e mulheres, 33 RHC-MG, 2009. A macrorregião Triângulo do Sul contribuiu com 4% do total de casos hospitalares registrados na alta complexidade mineira com RHC ativo, no ano de 2009. 99% dos casos hospitalares de câncer foram assistidos na mesma macrorregião. 48% dos casos hospitalares de câncer foram por sete tipos passíveis de ações preventivas e/ou detecção precoce. Portanto, há potencial para o controle da mortalidade por essa causa básica. A linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início do tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença poderá mudar positivamente o cenário da mortalidade por câncer dessa macrorregião. 328 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 329 Nº de municípios da M. Triâng. 7 do Sul com casos avançados (procedência) 11 4 20 6 0 59 53 16 29 Cavidade Oral 5 3 72 3 0 46 - 13 47 Colo do Útero 18 9 36 4 4 62 60 43 112 Cólon e Reto 8 6 29 6 4 58,5 65 24 42 Estômago 10 10 41 3 7 55,5 - 37 142 Mama Fem 9 6 82,5 2 0 - 67 31 150 Próstata 13 11 20 7 1 57 68 47 66 Pulmão Nota: 1 – Total geral não inclui os casos procedentes de outros estados e os sem informação da procedência. 2 – Total geral inclui as demais localizações do tumor, inclusive os casos de mama masculina. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer de Minas Gerais-RHC-2009 (PAV/DASS/SVEAST/SPVS/SES-MG, 2012) – Atualizado em 25/6/2012. Nº de casos com estadiamento 8 sem informação / não estadiável 5 Mediana do intervalo entre o diagnóstico e o tratamento 6 dos casos que chegaram ao hospital com diagnóstico e sem tratamento (em dias) Fem. Masc. Nº de casos avançados antes dos 40 anos de idade Mediana da idade no diagnóstico (em anos) Total de casos avançados (estadios III e IV) Nº de casos avançados em 10 casos do mesmo tipo 4 3 2 1 Total de casos (N) Indicador da Macrorregião Triângulo do Sul 5 4 52,5 4 0 57 55 10 28 Esôfago 189 3 28,5 0 0 69 66 5 242 Pele Não Melanoma Triângulo do Sul 74 18 48 4 16 56 66 211 588 7 Selecionados 443 20 42 2 24 60 63 297 1.212 Total geral Tabela 86 – Indicadores da assistência na alta complexidade dos casos hospitalares de câncer procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, 2009 14.5 – SITUAÇÃO DO CÂNCER NA MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL DE MINAS GERAIS SEGUNDO LOCALIZAÇÃO PRIMÁRIA 14.5.1 – CÂNCER DA MAMA FEMININA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 180 casos novos de câncer da mama feminina e a taxa bruta de incidência será de 48 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano são esperados 40 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 9,7 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 34 óbitos por câncer da mama feminina, correspondendo a 10,06% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino, sendo a 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com 9,8 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da mama feminina representou 12% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 142 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55,5 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 41 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da mama feminina procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 132 (93%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 37 casos avançados de câncer da mama feminina, 7 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 10 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 14.5.2 – CÂNCER DO COLO DO ÚTERO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 60 casos novos de câncer do colo do útero e a taxa bruta de incidência será de 15 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 10 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 18 óbitos por câncer do colo do útero, correspondendo a 5,33% dos óbitos por neoplasias no sexo feminino e a taxa bruta de mortalidade foi de 5,2 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do colo do útero representou 4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 47 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 46 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 72 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do colo do útero procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 42 (89%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 3 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 13 casos avançados de câncer do colo do útero, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 330 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 400 casos novos de câncer da próstata e a taxa bruta de incidência será de 108,7 casos novos por 100 mil homens. Nesse mesmo ano, são esperados 60 óbitos por esse câncer e a taxa bruta de mortalidade será de 16,8 óbitos por 100 mil homens. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 54 óbitos por câncer da próstata, correspondendo a 14,1% dos óbitos por neoplasias no sexo masculino, sendo 2ª principal taxa bruta de mortalidade, com 15,45 óbitos por 100 mil homens. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da próstata representou 12% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 150 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 67 anos. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 82 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da próstata procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 141 (94%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 31 casos avançados, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 14.5.4 – CÂNCER DO CÓLON E RETO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 130 casos novos de câncer do cólon e reto (60 em homens e 70 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 15,5 casos novos por 100 mil homens e de 19,6 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 50 óbitos por esse câncer (20 em homens e 30 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,6 óbitos por 100 mil homens e de 7,5 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 52 óbitos por neoplasia do cólon e reto em ambos os sexos (22 no sexo masculino e 30 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3 óbitos por 100 mil homens e de 8,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do cólon e reto representou 9% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 112 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 60 anos em homens e de 62 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 36 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do cólon e reto, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 94 (84%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 43 casos avançados de câncer do cólon e reto, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 9 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 331 Triângulo do Sul 14.5.3 – CÂNCER DA PRÓSTATA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) 14.5.5 – CÂNCER DO PULMÃO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 120 casos novos de câncer do pulmão (70 em homens e 50 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 17,8 casos novos por 100 mil homens e de 12,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 90 óbitos por esse câncer (50 em homens e 40 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 14,65 óbitos por 100 mil homens e de 9,98 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 111 óbitos por neoplasia de pulmão em ambos os sexos (67 no sexo masculino e 44 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 19,2 óbitos por 100 mil homens e de 12,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do pulmão representou 5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 66 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 68 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 20 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do pulmão, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 53 (80%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 7 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 47 casos avançados de câncer do pulmão, um caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 11 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 14.5.6 – CÂNCER DA CAVIDADE ORAL (BOCA) – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer da cavidade oral (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 11,8 casos novos por 100 mil homens e de 3,9 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 4 óbitos por 100 mil homens e de 1 óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 31 óbitos por neoplasias do lábio, cavidade oral e orofaringe, em ambos os sexos (22 no sexo masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3 óbitos por 100 mil homens e de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, os cânceres do lábio, cavidade oral e orofaringe, representaram 2,4% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 29 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 53 anos em homens e de 59 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 20 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da boca, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 18 (62%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 16 casos avançados de câncer da boca, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 332 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer do estômago (30 casos novos em homens e 20 casos novos em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 9,6 casos novos por 100 mil homens e de 6,4 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 30 óbitos por esse câncer (20 óbitos em homens e 10 óbitos em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 5,7 óbitos por 100 mil homens e de 3,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 42 óbitos por neoplasia do estômago em ambos os sexos (22 no sexo masculino e 20 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,3 óbitos por 100 mil homens e de 5,7 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do estômago representou 3,5% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 42 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 65 anos em homens e de 58 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 29 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do estômago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 34 (81%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 6 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 24 casos avançados de câncer do estômago, 4 casos apresentaram o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 6 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 14.5.8 – CÂNCER DO ESÔFAGO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 50 casos novos de câncer do esôfago (40 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 10,3 casos novos por 100 mil homens e de 3 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 40 óbitos por esse câncer (30 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 7,1 óbitos por 100 mil homens e de 1,8 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 32 óbitos por neoplasia do esôfago em ambos os sexos (23 no sexo masculino e 9 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 6,6 óbitos por 100 mil homens e de 2,6 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer do esôfago representou 2,3% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 28 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 55 anos em homens e de 57 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 52 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer do esôfago, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 23 (82 %) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Em cada grupo de 10 casos desse câncer, 4 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 10 casos avançados de câncer do esôfago, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 4 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 333 Triângulo do Sul 14.5.7 – CÂNCER DO ESTÔMAGO – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) 14.5.9 – CÃNCER DA PELE NÃO MELANOMA – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 750 casos novos de câncer da pele não melanoma (490 em homens e 260 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 132 casos novos por 100 mil homens e de 71 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 20 óbitos por esse câncer (10 em homens e 10 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 1,1 óbitos por 100 mil homens e menos que um óbito por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 5 óbitos por neoplasia da pele não melanoma em ambos os sexos (2 no sexo masculino e 3 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram menores de um óbito por 100 mil homens por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, o câncer da pele não melanoma representou 20% do total dos casos hospitalares de câncer da macrorregião Triângulo do Sul, registrados pelos 33 RHC-MG, com 242 casos, no ano de 2009. A idade mediana no diagnóstico foi de 66 anos em homens e de 69 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 28 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares de câncer da pele não melanoma, de ambos os sexos, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, 53 (22%) casos apresentaram registro médico sobre o estadio clínico do tumor na 1ª consulta na alta complexidade. Dos 5 casos avançados de câncer da pele não melanoma, nenhum caso apresentou o diagnóstico de câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados foram procedentes de 3 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 14.5.10 – TODAS AS NEOPLASIAS – Macrorregião Triângulo do Sul (MG) Para 2013, são esperados na macrorregião Triângulo do Sul 2.060 casos novos de câncer (1.160 em homens e 900 em mulheres). As taxas brutas de incidência serão de 315 casos novos por 100 mil homens e de 246 casos novos por 100 mil mulheres. Nesse mesmo ano, são esperados 670 óbitos por câncer (380 em homens e 290 em mulheres). As taxas brutas de mortalidade serão de 100 óbitos por 100 mil homens e de 77 óbitos por 100 mil mulheres. A análise do sistema de mortalidade (SIM) do ano de 2010 demonstrou que, na macrorregião Triângulo do Sul, ocorreram 720 óbitos por todas as neoplasias em ambos os sexos (382 no sexo masculino e 338 no feminino) e as taxas brutas de mortalidade foram de 109 óbitos por 100 mil homens e de 97 óbitos por 100 mil mulheres. Em relação à assistência hospitalar na alta complexidade, foram procedentes da macrorregião Triângulo do Sul 1.212 casos hospitalares, que representaram 4% do total registrado pelos 33 RHC-MG, no ano de 2009. A idade mediana do diagnóstico foi de 63 anos em homens e de 60 anos em mulheres. O intervalo mediano entre o diagnóstico e o tratamento no hospital de referência foi de 42 dias (casos com diagnóstico prévio e nenhum tratamento anterior). Do total de casos hospitalares por todas as neoplasias, procedentes da macrorregião Triângulo do Sul, foram registrados 769 casos apresentaram registro médico sobre o estadiamento clínico do tumor na 1ª consulta no hospital de referência, correspondendo a 63% do total de casos. Em cada grupo de 10 casos por todas as neoplasias, 2 casos chegaram ao hospital nas fases avançadas da doença (estadios III e IV). Dos 297 casos avançados, 24 casos apresentaram diagnóstico do câncer antes dos 40 anos de idade. Esses casos avançados tiveram a procedência de 20 municípios da macrorregião Triângulo do Sul. 334 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde Triângulo do Sul A representação espacial mostra a distribuição percentual dos casos hospitalares de todas as localizações primárias de acordo com a extensão da doença (estádio clínico do tumor) na 1ª consulta na alta complexidade e município de procedência (Figura 217). A respectiva relação de municípios encontra-se na Tabela 87. Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Figura 217 – Distribuição espacial dos percentuais dos casos hospitalares de câncer segundo estadiamento clínico dos tumores na 1ª consulta na alta complexidade por município de procedência da macrorregião Triângulo do Sul, 33 RHC-MG, ano 2009. É preciso que os gestores reforcem as ações para a detecção precoce e facilitação de acesso dos portadores ao tratamento na alta complexidade para alcançarem o controle da doença em sua região de abrangência. Tabela 87 – Relação dos municípios da macrorregião Triângulo do Sul segundo estadiamento clínico dos casos hospitalares de câncer, 33 RHC-MG, ano 2009 Continua... Município de Procedência 310070 Água Comprida Estadios III e IV % Demais Estadios Total 5 5 310400 Araxá 17 19,8 69 86 311150 Campos Altos 10 40,0 15 25 311820 Conquista 4 30,8 9 13 311140 Campo Florido 311730 Conceição das Alagoas 312125 Delta 312700 Fronteira 3 11 3 27,3 20 8 8 31 11 100,0 4 18,2 18 22 22,2 7 9 3 313340 Itapagipe 1 313440 Iturama 35,5 5 1 312710 Frutal 312950 Ibiá 37,5 2 42,9 25,0 4 3 1 7 4 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 335 Fim. Município de Procedência 313862 Limeira do Oeste Estadios III e IV % Demais Estadios Total 1 50,0 1 2 22,7 17 22 3 3 314920 Pedrinópolis 1 20,0 315070 Pirajuba 1 33,3 314980 Perdizes 315160 Planura 315300 Pratinha 315690 Sacramento 315770 Santa Juliana 316130 São Francisco de Sales 317010 Uberaba 317043 União de Minas 317110 Veríssimo 5 1 14 3 33,3 22,2 14,3 4 2 2 5 3 3 49 63 4 4 18 21 210 24,5 646 856 2 28,6 5 7 1 1 Fonte: 33 RHC-MG, 2009/Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer/DASS/ SVEAST/SVPS/SES-MG, 2012. Nota: Não foram incluídos nessa relação os municípios com nenhum caso de câncer registrado nos RHC de Minas Gerais em 2009, são eles: Carneirinho, Comendador Gomes, Tapira. 336 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 14.6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS – MACRORREGIÃO TRIÂNGULO DO SUL (MG) Triângulo do Sul A informação em saúde é imprescindível na busca de caminhos que conduzem à prevenção e ao controle das doenças. Nessa perspectiva, a abordagem da situação do câncer no Estado de Minas Gerais e suas 13 macrorregiões de saúde poderá subsidiar as políticas locais para o enfrentamento e o controle da doença. A macrorregião de saúde Triângulo do Sul apresentou dados que não deixam dúvidas sobre a importância do câncer como problema de saúde pública na sua população. A ocorrência de 47% de óbitos por cânceres passíveis de prevenção e/ou detecção precoce, no ano de 2010, evidencia falhas nas linhas de cuidado. Pode-se supor que o problema não esteja relacionado ao porte populacional ou nível de desenvolvimento, uma vez que, indistintamente entre os 27 municípios, aconteceram casos avançados da doença na chegada a alta complexidade, logo, com prognóstico desfavorável no início do tratamento. Se por um lado, para o ano de 2013, são esperados 2.060 novos casos de câncer na população dessa macrorregião, o número que tende a aumentar nos próximos anos devido ao envelhecimento populacional, por outro lado, uma parte expressiva desses casos será dos cânceres com potencial de controle. Portanto, se medidas forem tomadas, muitos desses casos esperados poderão não evoluir ao óbito. Sendo assim, espera-se que a leitura desses dados venha promover a reflexão dos gestores sobre o que está sendo feito e o que poderá ser feito para enfrentar os desafios aqui apresentados. RECOMENDAÇÕES Organizar a linha de cuidados com vistas a promoção de saúde, prevenção dos fatores de risco, diagnóstico precoce, acesso à assistência para dar início ao tratamento antineoplásico nas fases iniciais da doença. Lembrar que o surgimento da maioria dos cânceres está relacionado à exposição de longo prazo aos diversos fatores de risco e que é preciso conscientizar as novas gerações para atitudes saudáveis. Os fatores de risco como o uso do tabaco, o consumo de álcool e a exposição ocupacional ou ambiental podem ser controlados com ações amplas de promoção de saúde como também no monitoramento da população de risco. Preparar e motivar os profissionais de saúde da atenção primária para a suspeita e o diagnóstico precoce dos cânceres que apresentam possibilidade de rastreamento. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 337 15. Referências Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 339 Pathology and Genetics of Head and Neck Tumours. Lyon: IARC Press, 2005. BLACK, R. J.; BRAY, F.; FERLAY, J.; PARKIN, D. M. Cancer incidence and mortality in the European Union: cancer registry data and estimates of national incidence for 1990. Eur. J. Cancer. Jun, 1997, 33 (7), p. 1075-1107. BOSMAN, F. T.; CARNEIRO, F.; HRUBAN, R. H.; THEISE, N. D. WHO Classification of Tumours of the Digestive System. 4. ed. Lyon: IARC Press, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Instituto Nacional do Câncer. TNM: classificação de tumores malignos. Traduzido por Ana Lúcia Amaral Eisenberg. 6. ed. Rio de Janeiro: INCA, 2004. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Análise da Situação de Saúde. Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Disponível em: <http://www.datasus.gov.br>. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e Vigilância. A Situação do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2006. BRASILEIRO FILHO, G.; PEREIRA, F. E. L.; GUIMARÃES, R. C. Distúrbios da proliferação e diferenciação celulares. In: BRASILEIRO FILHO, G. (Ed.). Bogliolo Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. p. 219-276. EBLE, J. N.; SAUTER, G.; EPSTEIN, J. I.; SESTERHENN, I. A. (Eds.). World Health Organization Classification of Tumours. Pathology and Genetics of Tumours of the Urinary System and Male Genital Organs. Lyon: IARC Press, 2004. EDGE, S. B.; BYRD, D. R.; COMPTON, C. C.; FRITZ, A. G.; GREENE, F. L; TROTTI, A. American Joint Committee on Cancer. Cancer Staging Manual. 7. ed. New York: Springer, 2010. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. População Censo 2010 e projeções intercensitárias. Disponível em: <http://www.datasus.gov.br>. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Integrador RHC. Disponível em: <http://irhc. inca.gov.br>. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. SisBasepop web. Disponível em: <http://www. inca.gov.br>. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2012: Incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Inca, 2011 LAKHANI, S. R.; ELLIS. I. O.; SCHNITT, S. J.; TAN, P. H.; VAN DE VIJVER, M. J. WHO Classification of Tumours of the Breast. 4. ed. Lyon: IARC Press, 2012. LEBOIT, P. E.; BURG, G.; WEEDON, D; SARASAIN, A. (Eds.). World Health Organization Classification of Tumours. Pathology and Genetics of Skin Tumours. Lyon: IARC Press, 2006. LONGATTO FILHO, A.; ALVES, V. A. F. Neoplasia. In: FRANCO, M.; MONTENEGRO, M. R.; BRITO, T.; BACCHI, C. E.; ALMEIDA, P. C. Patologia Processo Gerais. 5. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. p. 273-285. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 341 Referências BARNES, L.; EVENSON, J. W.; REICHART, P.; SIDRANSKY, D. (Ed.). World Health Organization Classification of Tumours. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde SE/GVE/PAV-MG. Registros Hospitalares de Câncer v. 1. p. 3. Belo Hori- zonte: SES, 2008. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Saúde SE/GVE/PAV-MG. Registros Hospitalares de Câncer v. 2. p. 9. Belo Horizonte: SES, 2010. OMS. Constance Percy, Valerie Van Holten, Calum Munir (Eds.) CID-O – Classificação Internacional de Doenças para Oncologia. Terceira edição. Tradução da Fundação Oncocentro de São Paulo. São Paulo: EdUSP; Fundação Oncocentro de São Paulo, 2005. OMS. Constance Percy, Valerie Van Holten, Calum Munir (Eds.). CID-10 – Classificação Estatística Internacional de Doen- ças e Problemas Relacionados à Saúde. Décima Revisão. Tradução do Centro Colaborador da OMS para a Classificação de Doenças em português – 2. ed. rev. – São Paulo: EdUSP, 1994. RUBIN, P.; HANSEN, J. T. TNM Staging Atlas With Oncoanatomy. 2. ed. Philadelphia: Wolters Kluver Lippincott Williams & Wilkins, 2012. SILVA, C. B; RAMIRES, J. C. L. Análise da correlação entre dengue e indicadores sociais a partir do SIG, HYGEIA, 6(11), p. 60-79, dez. 2010. TAVASSOLI, F. A.; DEVILEE, P. (Eds.). World Health Organization Classification of Tumors. Pathology and Genetics of Tumors of the Breast and Female Genital Organs. Lyon: IARC Press, 2003. 16. Anexos Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 343 16.1 – As Principais localizações primárias de câncer A próstata é um órgão relacionado ao trato genital masculino. Localiza-se na região da pelve, logo atrás e abaixo da bexiga e anteriormente ao reto. O trajeto inicial da uretra percorre o interior da próstata. O adenocarcinoma é o tumor mais comum da próstata, a maioria originando-se nas regiões periféricas do órgão. Pouco é conhecido sobre as causas do câncer prostático. As manifestações clínicas da neoplasia prostática ocorrem tardiamente na evolução, e estão relacionadas à obstrução da uretra e invasão de órgãos vizinhos e metástases. A detecção precoce da neoplasia prostática envolve o exame digital retal, a pesquisa bioquímica do PSA e o ultrassom transretal. A confirmação diagnóstica requer realização de biópsia e comprovação histológica da neoplasia. O tratamento é realizado por meio de cirurgia, radioterapia e/ou manipulação hormonal. O prognóstico do câncer de próstata está relacionado à extensão da doença e a fatores biológicos intrínsecos à neoplasia, por exemplo, o grau de diferenciação. Muitos casos apresentam curso indolente e a doença tem curso clínico em geral favorável. A sobrevida global de cinco anos é estimada em torno de 98,5%. Não obstante, por se tratar de câncer com alta incidência, a neoplasia de próstata é responsável por grande número de óbitos por câncer na população masculina. Mama A mama é a principal sede de câncer no sexo feminino. O carcinoma é a neoplasia maligna mais comum da mama, sendo usualmente classificado, em bases histológicas, em carcinoma ductal e carcinoma lobular. Vários outros tipos especiais do carcinoma de mama (tubular, cribiforme, medular, papilar, micropapilar, coloide e outros) também podem ocorrer, com implicações prognósticas. A maioria dos carcinomas da mama origina-se nas unidades funcionais do órgão, as unidades lóbulos-ductos terminais. Os carcinomas da mama podem apresentar-se in situ ou invasivos. Tanto os carcinomas in situ como os invasivos são graduados, e essa graduação é importante para a formulação prognóstica. As manifestações clínicas do câncer de mama podem incluir a presença de nódulo palpável, área de espessamento, retração ou ulceração da pele e secreção mamilar, por vezes hemorrágica. A avaliação clínica periódica e métodos de imagem são importantes para a detecção precoce da neoplasia. O principal método de imagem é a mamografia, suplementada pelo estudo ultrassonográfico. A ressonância nuclear magnética, método caro, tem sido indicada em casos específicos (no acompanhamento ou para detecção de lesões multicêntricas). A confirmação do diagnóstico requer a documentação histológica da lesão (por meio de biópsia por agulha grossa “core-biopsy” ou biópsia cirúrgica, incisional ou excisional). Em casos selecionados, a documentação citopatológica pode ser considerada suficiente, se o exame clínico e exames de imagem corroboram o diagnóstico de malignidade. A marcação e localização da lesão pelo método de imagem, com agulhamento, são necessárias para a abordagem cirúrgica das lesões não palpáveis. O tratamento é conduzido com a retirada cirúrgica da lesão, podendo requerer a retirada de um setor da mama, ou mesmo de toda a mama (mastectomia total). Para o estadiamento, é necessário avaliar a possível disseminação neoplásica aos linfonodos regionais, na região da axila. O método do linfonodo sentinela é largamente empregado atualmente para avaliar o comprometimento da axila, evitando-se dissecções axilares desnecessárias, nos casos de axila não comprometida. A radioterapia, a manipulação hormonal (uso Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 345 Anexos Próstata de anti estrógenos, principalmente) e a quimioterapia são recursos terapêuticos adicionais, indicados conforme as características da neoplasia. O prognóstico está relacionado à extensão da doença (estadiamento), ao grau de diferenciação e também a outros fatores (tipo histológico, expressão de receptores hormonais, status do HER-2, etc.). A sobrevida de cinco anos é de até 92,7% para os carcinomas in situ (Estadio 0); de 87,8% para as pacientes com tumores em estadio I; de 74% a 81,4% para aquelas com tumores em estadio II; de 41% a 66,7% para aquelas com tumores em estadio III; e de 14,8% para as pacientes com tumores em estadio IV (Edge et al, 2010). Cavidade oral Cada local específico de câncer dentro da cavidade oral tem particularidades próprias, em relação ao diagnóstico e à progressão neoplásica. O carcinoma de lábio, por exemplo, surge como uma ulceração superficial que cresce lentamente e apenas tardiamente tem a propensão a dar metástases em linfonodos. Já o câncer da língua surge relacionado a traumas locais, ao uso do tabaco e do álcool, e invade precocemente o tecido muscular ricamente vascularizado subjacente, levando ao rápido envolvimento de linfonodos regionais. A principal manifestação clínica é uma ferida que não cicatriza, uma úlcera ou placa esbranquiçada. O carcinoma de células escamosas é o principal tipo de neoplasia afetando a cavidade oral. Tumores relacionados a glândulas salivares e melanomas são bem menos comuns. Muito embora a cavidade oral seja acessível à avaliação clínica e à biópsia de lesões suspeitas, boa parte dos tumores da cavidade oral é detectada em fases avançadas. Como em outras neoplasias, a avaliação histológica é necessária para o diagnóstico. O tratamento é cirúrgico, com abordagem oncológica das lesões, procurando-se obter margem cirúrgica livre. O esvaziamento cervical pode ser necessário para abordar metástases em linfonodos regionais. Outras abordagens terapêuticas incluem a radioterapia e a quimioterapia. O prognóstico do carcinoma da cavidade oral está relacionado principalmente ao sítio acometido e à extensão da doença (estadio). A melhor chance para o paciente é a detecção da neoplasia em fase inicial. A sobrevida de 5 anos é de 71,5% para pacientes em estadio I, caindo para 57,9% em estadio II, 44,5% em estadio III e 31,9% em estadio IV (Edge et al., 2010). Esôfago O esôfago é um órgão tubular que vai desde a faringe até o estômago, tendo porções em região cervical, torácica e abdominal. A biologia dos tumores é diferente, em cada um destes segmentos. O tipo histológico mais usual nos segmentos proximais é o carcinoma de células escamosas. Já próximo à transição gástrica o adenocarcinoma pode surgir associado a áreas de metaplasia glandular da mucosa, o assim chamado esôfago de Barrett. Em quaisquer dos segmentos as neoplasias esofagianas são em geral agressivas, mas aquelas mais proximais tendem a maior sobrevida. As manifestações clínicas podem estar relacionadas à dor ao deglutir e obstrução, ocasionando dificuldade ao engolir (disfagia), além de sangramento. A endoscopia digestiva alta é atualmente o método de escolha para o diagnóstico, propiciando a identificação da lesão e colheita de biópsias, para o diagnóstico histológico. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, em diferentes combinações. A maioria dos casos é diagnosticada já em estadio avançado, resultando numa sobrevida geral de 5 anos em torno de 14%. Para o esôfago torácico, pacientes com tumores em estadio I 346 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde apresentam sobrevida de 5 anos de 65%, caindo para 45% no estadio II, 20% no estadio III e 0% no estadio IV (Edge et al. 2010). O estômago é o órgão do aparelho digestivo responsável pela digestão ácida e enzimática dos alimentos. É dividido anatomicamente em cárdia (transição gastro esofágica), fundo, corpo e antro. As manifestações clínicas variam com o tamanho da lesão e a localização. Os tumores invadindo até a submucosa (T1) são em geral assintomáticos, podendo ser detectados em uma endoscopia digestiva alta. Pacientes com tumores alcançando a muscular própria (T2) podem apresentar distúrbios digestivos (dispepsia) e perda de peso. Em tumores invadindo toda a espessura da parede gástrica (T3), as manifestações podem estar relacionadas à ulceração e ao sangramento, com hematêmese, melena e anemia. Os adenocarcinomas são o tipo histológico mais comum das neoplasias gástricas, sendo classificados em dois subgrupos principais (de tipo difuso e tipo intestinal). Outros tipos de neoplasia que podem afetar o estômago são as neoplasias neuroendócrinas, o linfoma e o tumor do estroma gastrointestinal (GIST). Fatores etiológicos importantes no câncer gástrico incluem elementos da dieta (dietas ricas em sal) e a infecção pelo Helicobacterpylori. O diagnóstico é feito por meio da endoscopia digestiva alta, com obtenção de biópsias para a caracterização histológica. O tratamento é feito com cirurgia, com a retirada subtotal ou total do estômago, associando-se quimioterapia, se necessário. O prognóstico está relacionado ao estadio ao diagnóstico. Pacientes com tumores estadio IA apresentam sobrevida de cinco anos de 70,8%; com estadio IB, a sobrevida é de 57,4%; estadio IIA, 45,5%; estadio IIB, 32,8%; estadio IIIA, 19,8%; estadio IIIB, 14%; estadio IIIC, 9,2% e estadio IV, 4% (Edge et al. 2010, p. 118). Pulmão O câncer de pulmão está entre as neoplasias malignas mais comuns no Ocidente e é uma das causas mais comuns de morte por câncer, tanto em homens como em mulheres. O pulmão é um órgão complexo, responsável pela troca de oxigênio entre o ar respirado e o sangue. Diferentes tipos histológicos de neoplasia ocorrem nos pulmões, incluindo carcinoma de células escamosas, adenocarcinoma e carcinomas neuroendócrinos (tumores carcinoides, carcinoma neuroendócrino de pequenas células – tipo “oat-cell” – e carcinoma neuroendócrino de grandes células). O pulmão é também sede frequente de metástases de carcinomas originados em outros sítios. De maneira geral, a neoplasia pulmonar produz poucos sintomas, e quando diagnosticada já está em estadio mais avançado. O diagnóstico requer a demonstração de lesões pulmonares, usualmente por meio de exames radiológicos (radiografia, tomografia computadorizada). A caracterização histológica adequada é essencial para o diagnóstico e orientação do tratamento. Biópsias podem ser obtidas por via broncoscópica ou transtorácica, com orientação radiológica ou por tomografia. Em muitos casos, são feitas biópsias de linfonodos mediastinais, já sede de metástases ao diagnóstico. O prognóstico é afetado pelo estadio e pelo tipo histológico da neoplasia. Para os tumores pulmonares não pequenas células (adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas), os pacientes em estadio IA experimentam sobrevida mediana de 115 meses. Essa sobrevida mediana cai para 76 meses, em pacientes com estadio IB, e para apenas 7 meses em pacientes com estadio IV. O prognóstico é ainda pior para os carcinomas de pequenas células, com sobrevida mediana de 77 meses para o estadio I, 22 meses para o estadio II, 12 meses para estadio III e 6 meses para estadio IV (Edge et al. 2010). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 347 Anexos Estômago Colo uterino O colo uterino representa a parte final do útero, fazendo protrusão na porção superior da vagina. O colo uterino tem a porção ectocervical revestida por epitélio escamoso e o canal endocervical, que comunica a vagina à cavidade endometrial, revestida por epitélio colunar mucossecretor. A maioria dos carcinomas de colo uterino mostra diferenciação escamosa e originam-se na transição escamo-colunar. Uma menor proporção das neoplasias é classificada como adenocarcinoma. Os carcinomas escamosos do colo uterino origina-se de lesões intraepiteliais escamosas pré-malignas, passíveis de detecção em exames citológicos do colo uterino (as citologias cervicais – “Papanicolaou”). A infecção por alguns tipos do HPV (vírus do papiloma humano, principalmente tipos 16 e 18) está associada a risco de aparecimento de lesões intraepiteliais de alto grau e carcinomas do colo uterino. A detecção e o tratamento das lesões pré-malignas podem impedir a progressão das mesmas a neoplasias infiltrantes, prevenindo o aparecimento de formas graves, avançadas da neoplasia. As lesões pré-neoplásicas e o carcinoma in situ, não causam sintomas e podem ser identificados, ao exame colposcópico, como placas brancas após a aplicação de ácido acético; padrões em mosaico ou pontilhados também podem ser observados. Tratando-se de lesão com invasão microscópica, padrões de vascularização anormais podem ser vistos na colposcopia. Com a progressão, as neoplasias tornam-se clinicamente evidentes, com sangramento vaginal irregular, corrimento (leucorreia), sangramento ou dor ao coito (dispareunia) e dor ao urinar (disúria). O prognóstico é dependente do estadio do câncer ao diagnóstico. Para os carcinomas in situ e aqueles com invasão de até 5 mm (T1a, estadio 0 ou IA), a sobrevida de 5 anos é de mais de 90%. No estadio IB, a sobrevida em 5 anos cai para 80,3%. No estadio IIA, é de 63,2% e no IIB, de 58%. Para os estadios IIIA e IIIB, é de 35,4% e 32,4%, respectivamente. Nos estadios IV A e IV B, a sobrevida é de 16,1% e 14,6%. Cólon e reto O cólon e o reto são a sede mais comum de câncer no trato digestivo. Estudos intensivos demonstraram a série de mutações genéticas ocorrendo em adenomas, levando à transformação de pólipos benignos para displasia epitelial e para adenocarcinoma. O oncogeneRas, o gene deletado no câncer colorretal, o gene p53 e defeitos de reparo do DNA levam à carcinogênese. Algumas condições genéticas que aumentam o risco de câncer colorretal são a poliposecolônica familiar e o câncer colorretal hereditário não polipose. A maioria dos cânceres colorretais são adenocarcinomas. Em menor frequência são observados outros tipos histológicos como o carcinoma de células escamosas, carcinomas neuroendócrinos, sarcomas, tumores do estroma gastrointestinal e linfomas. Os sintomas estão relacionados ao crescimento neoplásico, que provoca estreitamentos da luz intestinal, ulceração e sangramento. A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode representar método para o rastreamento de lesões, com a complementação propedêutica por meio de colonoscopia. O tratamento envolve a cirurgia, com a ressecção do segmento colônico acometido, complementado com radio e quimioterapia. Os pacientes com adenocarcinoma apresentam sobrevida global de 5 anos em 63% dos casos. Para os pacientes com tumores em estadio I, a taxa de sobrevida de 5 anos pode chegar a 74%. Para os pacientes com tumores em estadio IV, a sobrevida de 5 anos não chega a 6% (Edge et al. 2010). 348 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde A pele é tida como o órgão humano de maior extensão e é formada pela epiderme e pela derme. A camada da epiderme é constituída predominantemente pelas células epiteliais escamosas, mas contendo também outros elementos celulares como os melanócitos e células de Merkel. Outras estruturas epiteliais presentes na pele são glândulas sebáceas e sudoríparas, além dos folículos pilosos. A epiderme apoia-se sobre a derme, camada conjuntiva predominantemente fibrosa, que contém vasos sanguíneos e linfáticos, filetes nervosos e terminações sensitivas. Todas essas diferentes células e estruturas podem originar neoplasias. O carcinoma de células escamosas e o carcinoma basocelular são de longe as neoplasias malignas mais comuns da pele e são também as que mais ocorrem entre todos os demais órgãos do corpo humano. Afortunadamente, tanto o carcinoma basocelular como o carcinoma de células escamosas da pele são neoplasias de agressividade local, com baixo risco de metástases e associadas a baixo índice de mortalidade. O mesmo não se pode dizer do melanoma, neoplasia cutânea que pode dar metástases muito precocemente no seu crescimento e levar o paciente ao óbito. Há uma relação entre a exposição ao sol e o risco de desenvolvimento destas neoplasias. De modo geral, os tumores ocorrem com maior frequência nas áreas foto-expostas e acometem principalmente as pessoas de pele mais clara. A luz solar, contudo, não é o único fator de risco associado ao desenvolvimento desses tumores. Para os melanomas, a presença de nevos displásicos preexistentes e fatores hereditários podem estar relacionados ao aparecimento da neoplasia. Para os carcinomas escamosos, o xerodermapigmentoso acentua o risco provocado pela exposição aos raios ultravioleta. Pacientes imunossuprimidos também apresentam maior risco de desenvolver lesões múltiplas. Os melanomas apresentam-se clinicamente como lesões pigmentadas. São em geral maiores que os nevos (“pintas”) comuns e mostram diferentes tonalidades de cor, variando do negro ao marron, azul e cinza. As bordas são irregulares e tendem a mostrar assimetria, ou seja, se a dividimos, uma metade é diferente da outra. Os carcinomas escamosos da pele, quando in situ, apresentam-se como placas descamativas, avermelhadas. Na medida em que progridem, podem adquirir aspecto verrucoso ou ulcerado. Os carcinomas basocelulares apresentam-se como pápulas peroladas, com dilatação dos vasos subjacentes (telangiectasias); alguns podem conter pigmento; lesões avançadas ulceram-se e, sem tratamento adequado, podem evoluir para invasão local extensa, com comprometimento inclusive de ossos subjacentes. O prognóstico é bom para os carcinomas de células escamosas, que são reconhecidos e tratados ainda em fase inicial. Os carcinomas basocelulares infiltrativos, sem tratamento adequado, podem invadir localmente, produzindo algumas vezes lesões destrutivas, extensas, difíceis de serem controladas, ou mesmo abordadas cirurgicamente. Já para o melanoma o prognóstico é pior. Considerando-se apenas a espessura tumoral como fator preditivo, a sobrevida de 10 anos é de 83% a 88% para os tumores de espessura menor que 1 mm; de 64%-79% para tumores com espessura entre 1,01 e 2 mm; de 51%-64% para tumores entre 2,01 e 4 mm; e de 32%-54% para os de espessura maior que 4 mm (Edge et al. 2010). Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 349 Anexos Pele 16.2 – Fatores de risco para o câncer Segundo o Instituto Nacional de Câncer (2006), o conceito de risco engloba várias condições que podem interferir nos níveis de saúde de uma população, sendo a ocorrência da doença um reflexo do modo de viver, condições sociais, econômicas e ambientais. O aparecimento do câncer é multifatorial, sendo a interação entre susceptibilidade genética e os fatores ou as condições do modo de vida e do ambiente determinam o risco de adoecer por essa doença. Os fatores de risco conhecidos estão relacionados a exposições de longa duração. Com o aumento da expectativa de vida, das melhores condições sociais nos dias atuais, é notório que haja maior exposição. Em 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes. O tabaco é a principal causa isolada evitável de câncer, sendo ele fator de risco para doença coronariana, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença cerebrovascular, além de outros cânceres, como laringe, pâncreas, fígado, bexiga, rim, leucemia mieloide e, em associação ao álcool, potencializa o risco de desenvolvimento da doença. O câncer ocupacional representa de 2% a 4% dos casos de câncer. Os tipos mais frequentes de câncer relacionados ao trabalho são pulmão, pele, bexiga e leucemias, sendo alguns agentes cancerígenos já conhecidos, como amianto, arsênico, berílio, radiação ionizante, entre outros. Tipo de indústria Quadro 1 – Tipo de indústria e câncer associado Alumínio Borracha Coqueria Fundição de ferro e aço Madeira e mobiliário Couro e sapatos Localização primária do câncer Pulmão, bexiga Leucemia, estômago Pele, pulmão, rim, intestino e pâncreas Pulmão, leucemia, estômago, próstata e rim Adenocarcinoma nasal, câncer brônquico, pulmão e mieloma Adenocarcinoma, câncer nasal, leucemia, pulmão, cavidade oral, faringe, estômago e bexiga Fonte: INCA, Situação do Câncer no Brasil, IARC, 2006. 350 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 16.3 – Registros de câncer O registro de câncer de base populacional coleta os casos de câncer da população residente em uma determinada área geográfica e ano. A equipe do RCBP realiza uma busca ativa em hospitais, laboratórios e outras fontes de notificação, públicas e privadas. O produto final é conhecer a incidência de câncer naquela população. No Brasil são 21 registros de câncer de base populacional que colaboram com dados para as estimativas e análises de tendência realizadas pelo Instituto Nacional de Câncer do Ministério da Saúde. Os registros colaboradores de Minas Gerais são o RCBP de Belo Horizonte, vinculado ao Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer e o RCBP de Poços de Caldas, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde. Juntos monitoram os casos novos de câncer em 13% da população estadual. Os registros hospitalares de câncer coletam os casos confirmados dos pacientes de determinada instituição e ano. Os dados são úteis para o planejamento do hospital e têm como objetivo maior identificar o perfil da assistência na instituição. A Política Nacional de Atenção Oncológica (Portaria 741/05) torna obrigatória a existência desses centros em todas as instituições habilitadas na alta complexidade de câncer. O Programa de Avaliação e Vigilância do Câncer capacita e monitora 38 RHC da rede SUS-MG e voluntários, e a distribuição nos municípios pode ser observada na figura 218. 38 RHC-MG 33 hospitais credenciados na alta complexidade do SUS-Brasil. 5 hospitais com RHC voluntário. 21 municípios com instituições, públicas ou privadas, com RHC ativo. Fonte: Registros Hospitalares de Câncer, PAV-MG, 2012. Figura 218 – Mapa de municípios MG com RHC. Nota: Mais informações sobre esses registros podem ser consultadas. Acesso em: fev. 2013. em: <www.inca.gov.br>. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 351 Anexos Os registros de câncer são centros de coleta, armazenamento, processamento e análise – de forma sistemática e contínua – de informações sobre pessoas com diagnóstico confirmado de câncer. Podem ser de dois tipos: base hospitalar e base populacional. Capacitação em registros de câncer (RHC e RCBP), realizada pelo Encontro estadual com os Registros Hospitalares de Câncer de INCA e o PAV-MG. Belo Horizonte, ano 2012. Minas Gerais. Belo Horizonte, ano 2012. Reunião técnica da supervisão estadual dos RHC – com os Reunião técnica da supervisão estadual dos RHC – com os representantes do Hospital das Clínicas da Universidade Federal representantes da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. de Uberlândia (UFU). Coleta de casos novos de câncer nas fontes notificadoras do RCBP- Coleta de casos novos de câncer nas fontes notificadoras do RCBPBelo Horizonte. – PAV-SES-MG Poços de Caldas - MG. Figura 219 – Fotos de algumas das atividades dos Registros de Câncer de Minas Gerais. 352 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 16.4 – Projeção populacional para o ano de 2013 para Minas Gerais e macrorregiões de saúde Tabela 88 - População utilizando proporção no Censo 2010 x Projeção para o Ano 2013 (revisão 2008) para Macrorregiões de Saúde de Minas Gerais Macrorregião de Saúde Masculino Feminino Total Sul 1.377.757 1.375.847 2.753.603 Centro 3.102.105 3.331.638 6.433.743 Oeste 625.806 630.760 1.256.566 845.855 1.653.123 Jequitinhonha 374.852 196.367 388.560 197.683 Leste 749.511 783.206 Norte 830.914 833.423 Sudeste Noroeste Leste do Sul Nordeste Triângulo do Sul Triângulo do Norte Minas Gerais 807.269 348.208 348.690 426.312 368.868 617.271 10.173.929 340.777 353.864 429.015 367.450 626.731 10.504.809 763.412 Anexos Centro Sul 394.050 1.532.717 1.664.338 688.985 702.553 855.327 736.318 1.244.002 20.678.738 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 1980-2050. Revisão 2008. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 353 16.5 – Proporção de causas mal definidas em Minas Gerais e macrorregiões de saúde entre 2000 e 2010 Os mapas evidenciam uma variação dos percentuais de óbitos por causas mal definidas, entre as macrorregiões. De uma forma geral, em 2000, foram verificados valores mais baixos nas macrorregiões Centro, Sudeste, Triângulo do Norte e Oeste, sendo o ponto crítico para a macrorregião Nordeste, com 40% de suas causas mal definidas. Neste mesmo ano, o percentual de causas mal definidas de Minas Gerais foi de 14,2%. Já para o ano de 2010, observa-se uma melhora na informação e a proporção de causas mal definidas é bem menor em comparação ao ano 2000, embora para as macrorregiões Jequitinhonha e Nordeste esses percentuais ainda sejam críticos. Neste mesmo ano o percentual de causas mal definidas de Minas Gerais foi de 9,9% (Figura 220). Ano 2000 Fonte: DATASUS – IBGE. Acesso em: 3 out. 2012 Ano 2010 Figura 220 – Proporção de causas mal definidas por macrorregiões de Saúde de MG em 2000 e 2010. 354 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 16.6 – Detalhamento dos setores de atividade econômica. Quadro 2 – Detalhamento dos setores de atividade econômica Detalhamento** Agricultura, Pecuária e Serviços relacionados Agropecuária, extração vegetal Produção florestal caça e pesca Pesca e aquicultura Administração Pública Extração mineral Indústria de transformação Indústria de transformação Serviços industriais de utilidade pública Construção cívil Comércio – Extração de carvão mineral Extração de petróleo e gás natural Extração de minerais metálicos Extração de minerais não-metálicos Atividades de apoio de extração de minerais Fabricação de produtos alimentícios Fabricação de bebidas Fabricação de produtos do fumo Fabricação de produtos têxteis Confecção de artigos do vestuário e acessórios Preparação de couros e Fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados Fabricação de produtos de madeira Fabricação de celulose, papel e produtos de papel Impressão e reprodução de gravações Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis Fabricação de produtos químicos Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos Fabricação de produtos de borracha e de material plástico Fabricação de produtos de minerais não metálicos Metalurgia Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos Fabricação de máquinas e equipamentos Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores Fabricação de móveis Fabricação de produtos diversos Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos Eletricidade, gás e outras utilidades Captação, tratamento e distribuição de água Esgoto e atividades relacionadas Coleta, tratamento e disposição de resíduos; recuperação de materiais Descontaminação e outros serviços de gestão de resíduos Construção de edifícios Obras de infraestrutura Serviços especializados para construção Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas Comércio varejista Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde 355 Anexos Setor de atividade econômica* Setor de atividade econômica* Serviços Detalhamento** Transporte terrestre Transporte aquaviário Transporte aéreo Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes Correios e outras atividades de entrega Alojamento Alimentação Edição e edição integrada à impressão Atividades cinematográficas, produção de vídeos e de programas de televisão; gravação de som e edição de música Atividades de rádio e de televisão Telecomunicações Atividades dos serviços de tecnologia da informação Atividades de prestação de serviços de informação Atividades de serviços financeiros Seguros, resseguros, previdência complementar e planos de saúde Atividades auxliares dos serviços financeiros, seguros, previdência complementar e planos de saúde Atividades imobiliárias Atividades jurídicas, de contabilidade e de auditoria Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gestão empresarial Serviços de arquitetura e engenharia; testes e análises técnicas Pesquisa e desenvolvimento e científico Publicidade e pesquisa de mercado Outras atividades profissionais, científicas e técnicas Atividades veterinárias Aluguéis não imobiliários e gestão de ativos intangíveis não financeiros (compra, a venda e o licenciamento (leasing) pelo uso de marcas e patentes, venda e o licenciamento de franquias, recebimento de royalties, direitos de exploração mineral) Seleção, agenciamento e locação de mão de obra Agências de viagens, operadores turísticos e serviços de reservas Atividades de vigilância, segurança e investigação Serviços para edifícios e atividades paisagísticas Serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas Administração pública, defesa e seguridade social Educação Atividades de atenção à saúde humana Atividades de atenção à saúde humana integradas com assistência social, prestadas em residências coletivas e particulares Serviços de assistência social sem alojamento Atividades artísticas, criativas e de espetáculos Atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental Atividades de exploração de jogos de azar e apostas Atividades esportivas e de recreação e lazer Atividades de organizações associativas Reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação e objetos pessoais e domésticos Outras atividades de serviços pessoais Serviços domésticos Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais Fonte: * Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ** Classificação Nacional de Atividades Econômicas, versão 2.0. 356 Situação do Câncer em Minas Gerais e suas Macrorregiões de Saúde