economia para tecnologista do ibge

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ECONOMIA PARA TECNOLOGISTA DO IBGE
Comentários à prova de Economia
Prof. Francisco Mariotti
Olá, Pessoal!
Analisando cuidadosamente as questões pertinentes ao conteúdo
programático de Economia para o cargo de Tecnologista (Economista)
do IBGE, não encontrei possibilidade de impetração de recursos até o
momento.
Ainda estou analisando algumas questões, as quais deverão ter seus
comentários divulgados até o fim do dia, antes do prazo para
interposição de recursos.
As questões foram bem equilibradas, muito embora, em algumas
delas, entendo que o nível de exigência foi razoavelmente alto.
Seguem os comentários sobre as questões.
Boa sorte a todos!
Um abraço,
Mariotti
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Comentários à prova de Economia
Prof. Francisco Mariotti
36 - Com relação à teoria do consumidor, analise as afirmativas
a seguir:
I - A teoria da utilidade cardinal parte do pressuposto de que
o tamanho da
diferença de utilidade entre duas cestas
é insignificante.
II - Uma curva de indiferença de um consumidor representa
várias cestas de consumo diferentes que fornecem níveis
diferentes de utilidade.
III - Uma função utilidade dada por
, , onde a e b
são constantes positivas, e x1 e x2 os dois bens consumidos,
representa uma função utilidade para complementares perfeitos.
IV - Quando o preço de um bem varia, há dois efeitos: o renda e o
substituição. O efeito renda é dado pela variação na demanda
devido ao aumento do poder aquisitivo.
Sendo V para a(s) alternativa(s) verdadeira(s) e F para a falsa(s), a
sequência correta é:
(A) V, V, F e F;
(B) V, F, F e F;
(C) V, F, F e V;
(D) F, F, F e V;
(E) F, F, V e V
Comentários:
Questão com todo o fundamento presente na aula dois do curso de
Economia para o IBGE que oferecemos no Ponto.
I - Imaginemos que uma cesta de consumo “A” tenha 5 unidades do
bem X e 2 unidades do bem Y e que uma cesta B apresenta 10
unidades do bem X e 4 unidades do bem Y. Nessa condição fica claro
concluirmos que o consumidor preferirá a cesta “B” à cesta “A”, uma
vez que “B” possui o dobro de bens tanto X quanto Y. A esse tipo de
preferência denomina-se de ordinal, ou seja, vale o princípio da não
saciedade.
Com esta informação poderíamos nos deparar com o seguinte
questionamento. Mas quanto a cesta “B” é melhor que para o
consumidor do que a cesta “A”? A chamada teoria cardinal nos dá
essa resposta, uma vez que procura mensurar a intensidade da
preferência pela cesta “B”. Assim, se torna fácil, por exemplo,
afirmarmos que o consumidor prefere duas vezes mais a cesta “B” à
cesta “A”.
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Em resumo, quando aplicado ao conceito de utilidade ao conceito de
cardinalidade, em que a cesta “B” é mais útil do que a cesta “A”,
conclui-se que o tamanho da cesta torna-se relevante, de modo que
o item em questão pode ser considerado falso.
II – Uma mesma curva de indiferença demonstra infinitas cestas de
consumo que conduzem ao mesmo nível de utilidade para o
consumidor. Assim sendo, este item II também é falso.
III – Na verdade a função de utilidade em questão faz referência a
bens considerados substitutos entre si, a exemplo de Coca-Cola e
Pepsi, etc.. Item falso.
IV – As variações no preço do bem implica em dois efeitos, o efeito
renda e o efeito substituição. Imaginemos então que ocorra uma
queda do preço do bem X. Naturalmente, verifica-se que este se
torna mais barato relativamente aos outros bens. O consumidor pode
então decidir comprar mais do bem X, gerando o que a teoria
econômica denomina de efeito substituição. Adicionalmente, em
função da redução do preço do bem X, o poder de compra do
consumidor aumenta, podendo comprar a mesma cesta de bens
anterior e ainda sobrar renda para a compra de outros bens. O
aumento do poder de compra do consumidor, que pode ser
considerado um aumento de renda (relativo) é denominado na teoria
econômica de efeito renda.
Com base nestes conceitos, pode-se concluir que o item IV é
verdadeiro.
Gabarito: letra “d”.
37 - Considere hipoteticamente que no ano de 2015 a população da
cidade do Rio de Janeiro tenha consumido 540 milhões de garrafas
d’água de 500 ml, cujo preço médio da unidade no varejo era de R$
2. Estudos estatísticos mostraram que o valor absoluto da
elasticidade-preço da demanda era de 1/3. Considerando essas
informações e que a demanda por garrafa d’água de 500 ml seja
linear, é possível identificar que a curva de demanda por garrafa
d’água de 500 ml na cidade do Rio de Janeiro, expressa em milhões
de unidades, é dada por:
(A) Q(P) = 600 – 30P;
(B) Q(P) = 640 – 50P;
(C) Q(P) = 680 – 70P;
(D) Q(P) = 720 – 90P;
(E) Q(P) = 800 – 110P.
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Comentários:
Questão com todo o fundamento presente na aula um do curso de
Economia para o IBGE que oferecemos no Ponto.
Primeira informação importante presente na questão é de que a
demanda por água é linear. A segunda informação é de que a
elasticidade-preço da demanda é igual a 1/3. Já a terceira é de que o
preço médio de varejo é igual a “2” e de que a quantidade
demandada é de 540 milhões. Sendo assim temos:
P dQ
x
Q dP
Aplicando os valores, temos:
EpD 
1/ 3 
2 dQ
x
540 dP
540  6 x
90 
dQ
dP
dQ
dP
dQ
corresponde ao coeficiente angular da demanda
dP
linear (reta), pode-se verificar, em análise às assertivas entre “a” e
“e”, que a assertiva apresenta o coeficiente angular como sendo “90”,
conforme obtido por meio da resolução da fórmula acima.
Considerando que
Aplicando a “prova real”, a partir do coeficiente igual a 90 e do preço
igual a 2, temos:
Q(P) = 720 – 90(2) = 540.
Gabarito: letra “d”.
38 - Anna é uma estudante do curso de Economia. No início do
semestre ela precisa comprar dois itens para acompanhar suas aulas:
folhas de fichário, X, e canetas, Y. Os preços de uma unidade desses
bens são, respectivamente
Se Anna tem renda de 60
unidades monetárias para cobrir os gastos do semestre com esses
itens escolares e se sua função utilidade por esses bens é dada por
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a cesta ótima que pode ser comprada por Anna que
maximiza sua utilidade sujeita a sua restrição orçamentária é:
(A) X = 2 e Y = 25;
(B) X = 4 e Y = 20;
(C) X = 6 e Y = 15;
(D) X = 8 e Y = 10;
(E) X = 10 e Y = 5.
Comentários:
Mais uma questão com todo o fundamento presente na aula dois do
curso de Economia para o IBGE que oferecemos no Ponto.
Para resolvê-la, basta aplicarmos a dica que deixamos para cálculo
das cestas de consumo referentes à função de utilidade do tipo CobbDouglas. Senão vejamos:
X
 

Y
 
X 
Y

*
R
, sendo  o expoente de X e  o expoente de Y;
Px
*
R
, sendo  o expoente de X e  o expoente de Y.
PY
1/ 2
60
*
6
1/ 2  1/ 2 5
1/ 2
60
*
 15
1/ 2  1/ 2 2
Gabarito: letra “c”.
39 - Considere uma função de produção F que conta com apenas dois
insumos: capital, K, e trabalho, L, e apresenta a propriedade de
retornos decrescentes de escala. Essa função F(K,L) pode ser descrita
por:
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Comentários:
Questão com conteúdo presente na nossa aula três do curso.
Y
F ( K , L)
ou
seja maior do
F
Y
que as variações nas quantidades dos insumos capital (K) e trabalho
(L), o somatório expoentes de  e  , deve ser maior do que 1
(um). A este resultado chamamos de função homogênea de grau
maior do que 1 (um); ( + ) > 1, representando ainda rendimentos
crescentes de escala. Assim sendo, no caso em foco apenas na
assertiva “a” o somatório dos expoentes é menor do que 1.
•
Para que a variação na produção
Gabarito: letra “a”.
40 – Seja KFGP uma firma que use apenas dois insumos na produção
do seu produto: capital, K, e trabalho, L. Sua função de produção é
dada por f(K,L) = min {2K;L}. Se o orçamento da produção é
limitado a 1000 unidades monetárias e o preço por unidade de capital
é r = 100 e por unidade de trabalho, w = 50, as escolhas dos
insumos que maximizam o lucro dessa firma e utilizam todo o
orçamento disponível são dadas por:
Comentários:
O custo total é representado pela seguinte fórmula:
CT = w*L + r*K
CT = 50L + 100K
Considerando que o orçamento é limitado 1000, podemos verificar a
combinação de alocação de fatores de produção que atinja
exatamente o orçamento. Sendo assim, temos:
CT = 50.10 + 100.5 = 1000
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Mas seria esta a única opção de combinação de insumos ideal?
Imagine, por exemplo, que obtemos pela combinação de insumos
representado pela assertiva “b”. Neste caso também se chegaria ao
valor total de utilização do orçamento.
CT = 50.4 + 100.8 = 1000
De todo modo, considerando a existência da função de produção
presente no enunciado, fica fácil entender porque a assertiva “e” é o
gabarito da questão. A função de produção é representada por
.
Aplicando os valores para K e L presentes na assertiva “b”, temos:
f(K,L) = min (2K; L)
f(K,L) min (2.8; 4)
f (K,L) min (16;4) = 4.
Ou seja, a função de produção exige uma utilização de 4 unidades de
insumos que, no caso em foco, seria o insumo trabalho. Considerando
que o insumo trabalho tem o custo de 50, o total de orçamento gasto
seria de 200 (50.4).
Diferentemente, caso o seja aplicado a combinação de insumos
presentes na assertiva “e” na função de produção, teremos:
f(K,L) = min (2K; L)
f(K,L) min (2.5; 10)
min (10;10) = 10.
Sendo assim, sendo aplicado, por exemplo, 10 unidades do insumo
capital, o orçamento total será igual a 1000, visto que o preço do
capital é de 1000 (10.100).
Qualquer outra combinação, que não a presente na assertiva “e”
levará à utilização de todo o orçamento, considerando a função de
produção presente na questão.
Gabarito: letra “e”.
41 - Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a
seguir:
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I - A curva de custo médio de longo prazo mede o custo médio para
cada nível de produção quando todos os insumos considerados são
variáveis.
II - Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala ou
economias de escala quando, para se dobrar a quantidade produzida,
é necessário mais do que dobrar o custo da produção.
III - As curvas de isocusto descrevem possíveis combinações de
insumos de produção que custam o mesmo montante para a
empresa.
Está correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente I e II;
(C) somente I e III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.
Comentários:
I - Segundo a teoria de custos, no longo prazo todos os custos são
variáveis, em especial porque o custo fixo se torna totalmente
diluído. A curva de custo médio de longo prazo medirá então o custo
médio para cada nível de produção.
Correta
II - Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala ou
economias de escala quando, para se dobrar a quantidade produzida,
é necessário menos do que dobrar o custo da produção, isto porque
os insumos de produção rendem, para o produto, mais do que o seu
aumento. Assim sendo, caso a quantidade de insumos dobre, a
produção mais do que dobrará.
Incorreta
III – Assertiva corretíssima. As curvas de isocusto descrevem
possíveis combinações de insumos de produção que custam o mesmo
montante para a empresa.
Correta
Gabarito: letra “c”.
42 -
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43 44 - Na cidade de Ubiratana existe uma empresa monopolista cuja
produção tem custo médio e marginal constantes dados por Cme =
CMg = 20. Essa mesma empresa defronta-se com uma curva de
demanda do mercado dada por Q(P) = 45 – (P/4). Nesse contexto, o
lucro dessa empresa monopolista associado à sua escolha ótima de
produção é:
(A) 800;
(B) 1.000;
(C) 1.400;
(D) 1.600;
(E) 1.800.
Comentários:
A maximização do lucro ocorre quando a receita marginal é igual ao
custo marginal que, no caso em foco, é igual a 20. Basta então,
primeiramente, calcularmos a receita marginal a partir da receita
total.
Q  45  1 / 4P  P  180  4Q

RT  P * Q  (180  4Q) * Q  180Q  4Q 2

RT   180Q  4Q 2
Rmg 

Q 
Q

  180  8Q


Condição de maximização do lucro:
Rmg = Cmg  180  4Q  20  Q  20
LUCRO  Re ceita Total  Custo Total


LUCRO  180(20)  420  20.20
LUCRO  2000  400
LUCRO  1600
2
Gabarito: letra “d”.
45 –
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46 –
47 - Em 1968 a economia brasileira iniciou uma fase de crescimento
vigoroso. Em relação ao período do “Milagre econômico”, analise as
afirmativas a seguir:
I - Nesse período adotou-se uma política de minidesvalorização
cambial que contribuiu positivamente para o resultado da balança
comercial.
II - Apesar de no período do “milagre” ter ocorrido um importante
crescimento econômico da economia brasileira, essa continuou a
enfrentar o grave problema de altas taxas de inflação.
III - O crescimento econômico do período do “milagre” retomou o
processo iniciado no Plano de Metas, voltado para a difusão da
produção e consumo de bens duráveis.
Sendo V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s),
a sequência correta é:
(A) V, V e V;
(B) V, V e F;
(C) V, F e V;
(D) F, V e V;
(E) F, V e F.
Comentários:
I – De fato foi a principal medida adotada no âmbito da política de
promoção do setor externo.
Verdadeiro
II - A política adotada no PAEG obteve grande êxito na redução das
taxas inflacionárias e em preparar o terreno para a retomada do
crescimento
Falso
III – De fato durante o Milagre houve uma forte expansão da
demanda por bens de consumo duráveis (geladeiras, veículos, etc.) devido à grande expansão do crédito ao consumidor pós reforma
financeira. Nesta situação, percebe-se que a opção para a ampliação
do mercado consumidor se deu em grande medida pelo
endividamento das famílias.
Verdadeiro
Gabarito: letra “c”.
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48 - O II Plano Nacional de Desenvolvimento, se caracteriza por:
(A) ter contado apenas com financiamento privado;
(B) não ter havido investimento em infraestrutura;
(C) ter enfrentado um cenário internacional bastante negativo;
(D) ter se pautado no crescimento das importações;
(E) ter sido viabilizado por uma estratégia de endividamento externo.
Comentários:
A principal característica presente durante o II PND foi a opção de
crescimento baseada no endividamento externo, especialmente das
empresas estatais.
Gabarito: letra “e”.
49 - O período da economia brasileira entre 1981 e 1984, caracterizase por:
(A) grande crescimento econômico pautado nos saldos positivos do
balanço de pagamentos;
(B) fraco crescimento econômico, devido aos juros baixos adotados
no período;
(C) controle da inflação devido à política de controle da demanda
interna;
(D) adoção de um modelo de ajuste explicitamente recessivo no qual
a política monetária tinha grande relevância;
(E) política monetária expansionista com o objetivo de manter o
crescimento econômico do período anterior.
Comentários:
Neste período, o qual demonstrou o que seria a chamada década
perdida (anos de 1980), foi adotado um modelo de ajuste recessivo,
com forte aumento da taxa de juros via ação ortodoxa.
Gabarito: letra “d”.
50 - Diante de um cenário econômico no qual a inflação atingia
patamares extremamente elevados, o plano Cruzado foi adotado em
28 de fevereiro de 1986, durante o segundo ano do governo Sarney.
Sobre esse plano, é correto afirmar que:
(A) foi criada uma política de “gatilho salarial” para evitar que os
trabalhadores acumulassem perdas, de forma a garantir correção
imediata dos salários sempre que a inflação acumulasse 20%;
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(B) as cadernetas de poupança passaram a ter rendimentos
semestrais a fim de se evitar o fenômeno de ilusão monetária;
(C) foi revogada a política de congelamento de preços que havia sido
adotada anteriormente;
(D) houve de imediato um grande fracasso, não sendo possível
controlar a inflação por nenhum período logo após sua adoção;
(E) foi um plano de desindexação da economia baseado na introdução
de uma moeda indexada que circularia paralelamente à moeda oficial.
Comentários:
Todas as assertivas, a exceção da letra “a”, estão incorretas.
B – O reajuste das cadernetas de poupança passou a ser trimestral;
C – Foi estabelecido o congelamento de preços que, no seu início,
teve efeito sobre a contenção da inflação.
D – Na verdade existiu um efeito positivo sobre a inflação, conforme
informado no item “c” acima.
E – Foi um plano de indexação, assim como todos os demais ao longo
dos governos Sarney e Collor.
Gabarito: letra “a”.
51 - Com relação aos planos de estabilização econômica adotados na
década de 80 e início da década de 90, analise as afirmativas a
seguir:
I - O Plano Bresser diagnosticou a inflação como tendo um
componente inercial e outro de demanda, e contou com políticas
fiscais e monetárias contracionistas.
II - O Plano Verão representou a radicalização da desindexação da
economia, uma vez que foram extintos todos os mecanismos de
indexação.
III - No Plano Collor I não houve congelamento de preços dos bens e
serviços, mas houve um aumento da arrecadação devido à criação de
novos tributos.
Está correto o que se afirma em: (A) somente I;
(B) somente I e II;
(C) somente I e III;
(D) somente II e III;
(E) I, II e III.
Comentários:
I – O Plano Bresser foi, em sua origem, um plano com aspectos de
políticas fiscal e monetária contracionistas.
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Correto
II – Na verdade o governo adotou medidas de caráter heterodoxo
associado à indexação, a exemplo da correção dos salários pela
inflação acumulada dos últimos 12 meses anteriores.
Incorreta
III - Os impostos e tarifas aumentaram e foram criados outros
tributos, sendo ainda suspensos os incentivos fiscais não garantidos
pela Constituição Federal.
Correto
Gabarito: letra “c”.
52 - Quando, em 1994, Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu a
presidência da República era claro que havia sido eleito para vencer a
inflação. Com relação ao Plano Real de estabilidade da economia e a
esse governo, é correto afirmar que:
(A) um importante elemento desse plano foi a política de câmbio
apreciado que favorecia às exportações;
(B) houve congelamento de preços e foi implantada a Unidade Real
de Valor (URV), que representava a unidade monetária para
desindexar a economia;
(C) foi necessário paralisar a política iniciada no governo de Fernando
Collor de Melo de privatização de algumas empresas estatais;
(D) o Plano Real teve como importante instrumento para seu sucesso
a política monetária que elevou fortemente os juros para conter a
demanda;
(E) paralelamente ao êxito do controle da inflação do Plano Real,
houve também sucesso na gestão macroeconômica quanto à política
fiscal e nas contas externas.
Comentários:
A – Um regime de câmbio apreciado favorece as importações.
B – Não houve congelamento de preços.
C – Foi mantida e ampliada a política de privatizações.
D – Houve de fato um política de aumento da taxa de juros, a qual
sustentou um câmbio apreciado e, também, conteve a demanda e,
por conseguinte, a inflação.
E – Na verdade a política fiscal não obteve o mesmo sucesso de
política monetária, haja vista o crescimento dos resultados negativos
das contas públicas até 1998, assim como a piora do saldo do
balanço de pagamentos.
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Gabarito: letra “d”.
53 - Associe as funções do Estado a suas respectivas características:
1. Alocativa
2. Estabilizadora
3. Distributiva
( ) A arrecadação de um tributo sobre movimentações financeiras
pode ser destinada a melhorar os serviços públicos de saúde,
utilizados principalmente pelos mais pobres.
( ) A escolha pelo voto de um político pode ser entendido como um
mecanismo revelador das preferências verdadeiras do eleitorado.
( ) O abandono do regime de metas inflacionárias tende a abalar o
nível de confiança do consumidor e das empresas.
A associação correta, de cima para baixo, é:
(A) 1, 2 e 3;
(B) 1, 3 e 2;
(C) 2, 1 e 3;
(D) 3, 2 e 1;
(E) 3, 1 e 2.
Comentários:
Questão toda embasada na aula 10 do curso.
A arrecadação de um tributo que terá seus recursos destinados a
melhoria dos serviços de saúde, com foco nos mais pobres pode ser
considerado um atendimento à função distributiva.
O abandono do regime de metas de inflação, que é um dos pilares do
regime de política monetária atualmente vigente no país, representa,
em alguma forma, a falta de exercício pelo Estado de sua função
estabilizadora.
Muito embora não esteja muito claro com base no item proposto na
conjugação das assertivas, a escolha pelo voto citado acima refere-se
à função alocativa.
Assim sendo, pode-se concluir que o gabarito letra “e” está correto.
Gabarito: letra “e”.
54 - Dentre as características de um sistema tributário ideal NÃO se
encontra:
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(A) a equidade na distribuição do ônus tributário;
(B) a progressividade dos tributos;
(C) a neutralidade no impacto sobre as atividades econômicas;
(D) o máximo de empenho do governo na fiscalização;
(E) a simplicidade na compreensão das leis tributárias.
Comentários:
Questão embasada na aula 10.
O item incorreto é a assertiva “d”, pois o máximo de empenho do
governo na fiscalização, muito embora seja desejável sob a ótica de
arrecadação de recursos, tende a promover distorções, a exemplo da
falta de equidade na distribuição do ônus da tributação, assim como a
neutralidade no impacto sobre as atividades econômicas.
Gabarito: letra “d”.
55 - Considerando as parcerias público-privadas, a participação do
setor público no Brasil ocorre:
(A) na compra de produtos do setor privado, unicamente de forma
direta, através de licitações;
(B) na contratação de terceiros com controle misto ou estatal para
execução de atividades não necessariamente típicas do setor público;
(C) na transferência para o setor privado de uma atividade
economicamente viável e autossustentável, através de um project
finance;
(D) na transferência para o setor privado de uma atividade, sem
complementação de recursos, conforme a Lei nº 11.079 de 2004;
(E) na transferência de ativos ao setor privado via concessões
temporárias.
Comentários:
As parceiras público privadas são fundadas em modelos de Project
Finance, em que, por parte do governo, há a transferência de uma
atividade antes pública, agora para exploração pelo setor privado, a
exemplo de concessão de rodovias.
Gabarito: letra “c”.
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56 - A renda total recebida pelos brasileiros, tanto no Brasil como no
exterior, mas excluindo a parcela ganha por estrangeiros residentes
no Brasil, é definida como:
(A) Produto Interno Bruto;
(B) Produto Nacional Bruto;
(C) Produto Interno Líquido;
(D) Produto Nacional Líquido;
(E) Renda Nacional.
Comentários:
Questão toda embasada conforme nossa abordagem realizada na
aula cinco.
Assim sendo, temos:
PNB = PIB + Renda Recebida do Exterior (RRE) – Renda Enviada ao
Exterior (REE)
Gabarito: letra “b”
57 - Na análise de determinação da renda, uma redução da poupança
resulta em:
(A) redução temporária dos juros, que elevam os investimentos;
(B) queda da taxa de investimentos, reduzindo os juros;
(C) redução dos investimentos, elevando os juros;
(D) aumento do endividamento das famílias e do consumo;
(E) aumento da renda e do crescimento no curto prazo.
Comentários:
Questão toda embasada conforme nossa abordagem realizada na
aula cinco.
No equilíbrio, segundo o modelo de determinação da renda, existe a
igualdade entre Poupança e Investimento.
S=I
Assim, caso ocorra uma redução da poupança, ou seja, dos recursos
destinados à realização dos investimentos, ocorrerá uma aumento
dos juros e, por conseguinte, uma redução dos investimentos.
Gabarito: letra “c”.
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58 - Um trabalhador ganha um salário mínimo e separa uma quantia
para pagar as contas ao longo do mês. Esse ato destaca a função de:
(A) reserva de valor da moeda;
(B) padrão de valor da moeda;
(C) unidade de conta da moeda;
(D) meio de troca da moeda;
(E) poupança da moeda.
Comentários:
Conceitos abordados na aula 6 do curso.
Essa questão exige o devido cuidado. Muito embora a quantia
reservada do salário seja para pagar contas, não se trata da
execução da moeda como meio de troca, mas sim como reserva de
valor, visto que a quantia está sendo “guardada” para pagamentos de
contas futuras, as quais vencerão no decorrer do mês.
Gabarito: letra “a”.
59 - Em relação ao modelo de insumo-produto, analise as afirmativas
a seguir:
( ) A relação entre os insumos consumidos em cada atividade e a
produção total dessa atividade é variável e medida pelo coeficiente
técnico de produção.
( ) As colunas da matriz de coeficientes técnicos permitem identificar
os insumos necessários à produção de uma unidade monetária.
( ) Uma das hipóteses do modelo é que somente um tipo de
tecnologia é utilizado para se produzir um produto.
Sendo V para as(s) alternativas(s) verdadeira(s) e F para a(s)
falsa(s), a sequência correta é:
(A) V – V – V;
(B) V – F – V;
(C) F – V – V;
(D) F – F – V;
(E) F – F – F.
Comentários:
O único item correto é o primeiro. Na verdade o modelo de insumoproduto baseia-se no coeficiente técnico de produção, ou seja, uma
medida das relações entre quantidades consumidas e produzidas, e
não em relação entre insumos consumidos e a produção total.
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Comentários à prova de Economia
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Gabarito: letra “c”.
60 - Em relação às Tabelas de Recursos e Usos (TRU), uma de suas
características é:
(A) a vinculação a uma parcela das contas econômicas integradas,
por meio de oferta agregada vertical, quando em pleno emprego ou
por meio de demanda agregada;
(B) o fato de que são igual a matriz insumo-produto;
(C) a classificação das unidades produtivas segundo as atividades
econômicas, permitindo mensurar as relações de troca intra setorial;
(D) a exclusão da administração pública do cálculo pela dificuldade de
se medir a renda gerada por esse setor;
(E) a divisão em recursos de bens e serviços, a qual apresenta em
uma das partes a oferta total da economia.
Comentários:
Em relação às tabelas de recursos e usos, cabe destacar que uma das
suas características é a de permitir a divisão em recursos de bens e
serviços, a qual apresenta em uma das partes a oferta total da
economia. Caso seja feita a mudança das importações para o lado
esquerdo da fórmula, chega-se ao conceito da Oferta Total, que é a
representação de todos os bens e serviços disponíveis na economia
nacional mais os bens e serviços importados do resto do mundo.
DA + M = C + I + G + X
Gabarito: letra “e”.
61 - Considerando os componentes do balanço de pagamentos, a
estática comparativa correta é:
(A) um aumento das receitas de exportação de construção eleva o
saldo da balança comercial;
(B) uma redução das transferências unilaterais de renda piora o saldo
da balança comercial;
(C) a compra de ações de empresas brasileiras por estrangeiros eleva
o saldo do componente de investimento direto da conta financeira;
(D) um aumento da receita de seguros eleva o saldo da conta de
serviços;
(E) a tomada de empréstimo de longo prazo junto ao Fundo
Monetário Internacional piora o saldo da conta capital.
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Comentários:
A única assertiva correta é a letra “d”. A contabilização das receitas
de seguros é realizada na conta de serviços (e não na conta de
rendas primárias do balanço de pagamento.
Gabarito: letra “d”.
62 - Em geral existe na economia um tradeoff entre inflação e
desemprego, ou seja, para um aumento da inflação, observa-se uma
redução da taxa de desemprego. Apenas em um cenário de pleno
emprego é que elevações da inflação não incorrem em redução do
desemprego.
A descrição no parágrafo acima é explicada pelo(a):
(A) Curva de Phillips;
(B) Expectativa Racional sobre Inflação e Desemprego;
(C) Expectativa Adaptativa sobre Inflação e Desemprego;
(D) Teoria Keynesiana;
(E) Modelo Neoclássico.
Comentários:
A relação presente no enunciado refere-se à curva de Phillips.
Gabarito: letra “a”.
63 - De acordo com a teoria quantitativa da moeda, para um
aumento de 1% na taxa de expansão da moeda, deve-se observar
um aumento de __ % na taxa de inflação. Por sua vez, de acordo
com o efeito Fisher, esse aumento na taxa de inflação, provoca um
aumento de __% na taxa de juros nominal.
As lacunas acima são preenchidas, respectivamente, por:
(A) 0 e 0;
(B) 0 e 1;
(C) 1 e 0;
(D) 1 e 1;
(E) 1 e 2.
Comentários:
Segundo a teoria quantitativa da moeda, temos a seguinte igualdade:
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MV = PY, em que M representa a oferta de moeda, V a velocidade de
circulação da moeda, P o nível de preços ou taxa de inflação e Y o
nível de produto.
Assim sendo, para que se mantenha o equilíbrio, caso ocorra uma
expansão na taxa de moeda de 1%, deverá, por conseguinte, existir
um aumento de 1% na taxa de inflação.
Já segundo o efeito Fisher, como ocorre um aumento da inflação,
deverá ocorrer um aumento da taxa nominal de juro na mesma
proporção, ou seja, de 1%.
Gabarito: letra “d”.
64 - O custo do menu é um tipo de custo associado ao aumento do
nível dos preços e pode ser descrito como:
(A) uma distorção provocada pelo imposto inflacionário sobre a
retenção de moeda, o que faz as pessoas irem mais vezes ao banco
para sacar dinheiro;
(B) o fato de as empresas terem que alterar suas listas de preços
com maior frequência, incorrendo em maiores custos;
(C) o aumento da desigualdade, devido ao fato de os mais pobres
terem acesso a um “menu” mais restrito de instrumentos financeiros;
(D) a diferente periodicidade com que as empresas alteram seus
preços, o que eleva a variabilidade da taxa inflacionária;
(E) a falha das leis tributárias em considerar os efeitos da inflação
sobre a população.
Comentários:
Em acordo com o destacado na aula 8, o custo de menu é
representado pelo fato das empresas terem que alterar suas listas de
preços com maior frequência, incorrendo em maiores custos.
Gabarito: letra “b”.
65 – Considere a seguinte nomenclatura:
RNB = Renda Nacional Bruta
RPD = Renda Privada Disponível
TUR = Transferências Correntes Líquidas Recebidas
C = Consumo Final (gastos correntes das famílias e administrações
públicas)
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SD = total da poupança doméstica
RLG = Renda Líquida do Governo
RLEE = Renda Líquida Enviada ao Exterior
A Renda Nacional Disponível Bruta (RDB) pode ser calculada como:
(A) C + SD + TUR;
(B) RNB + RPD + TUR;
(C) RLG + RPD;
(D) RLEE – TUR;
(E) RNB – RPD.
Comentários:
Considero essa a questão mais chata de toda a prova. Vamos à sua
solução:
A Renda disponível bruta é a quantidade de recursos disponível que
os agentes podem utilizar.
RDB=RNB+TUR
RDB=C+SD
D=RDB-C
C = consumo
SD = total da poupança doméstica
RDB = Renda Nacional Disponível Bruta
TUR = Transferências Correntes Líquidas Recebidas
Outras identidades: PIB=RNB+RLEE
Mas se RNB = RDB-TUR
Então, PIB = RDB-TUR+RLEE
Finalmente, temos os seguintes conceitos:
Renda líquida do governo (RLG) = soma dos impostos diretos e
indiretos arrecadados pelo governo e outras receitas correntes,
descontadas as transferências e subsídios pagos pelo governo.
Renda privada disponível (RPD) = renda das empresas e das famílias.
Salários, juros, lucros, aluguéis, transferências pagas a indivíduos,
menos impostos sobre renda e patrimônio e lucro retidos nas
empresas e reserva para depreciação.
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Assim sendo, na medida em que a questão solicita a Renda Nacional
Disponível Bruta, deve-se somar a Renda Líquida do Governo (RLG) à
Renda Privada Disponível (RPD).
RDB=RPD+RLG
Gabarito: letra “c”.
66 - Uma elevação das reservas compulsórias exigidas e um aumento
da oferta de títulos públicos pelo Banco Central tende a:
(A) elevar a taxa de juros e reduzir a circulação de moeda;
(B) ter efeito ambíguo sobre a taxa de juros e reduzir a oferta
monetária;
(C) diminuir a taxa de juros e reduzir a quantidade de moeda na
economia;
(D) elevar a taxa de juros e a circulação de moeda;
(E) reduzir a taxa de juros e a circulação de moeda.
Comentários:
Trata-se da conjugação de dois instrumentos de política monetária
que levarão à elevação da taxa de juros e, desta forma, reduzindo a
circulação de moeda.
Gabarito: letra “a”.
67 - Dentre os possíveis motivos para o aumento do desemprego no
ano de 2015, pode ser citado:
(A) o aumento da abertura comercial, que tem levado a uma
competição predatória, gerando destruição de postos de trabalho;
(B) o progresso tecnológico, que tem gerado a chamada destruição
criativa de empregos;
(C) a queda do salário real da economia, que impulsiona as
demissões;
(D) a migração de trabalhadores do setor formal para o setor
informal da economia, decorrente da elevada taxa de rotatividade do
mercado de trabalho;
(E) o aumento da taxa de participação da força de trabalho, definida
como a razão entre as populações economicamente ativa e em idade
ativa para trabalho.
Comentários:
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Considerando os conceitos narrados na aula 13 do curso, bem como a
atualidade econômica vivida pelo país e pelas opções acima, pode-se
inferir que o aumento do desemprego deve-se ao aumento da taxa de
participação da força de trabalho.
Gabarito: letra “e”.
68 - O quadro demográfico, econômico e de mercado de trabalho no
setor rural tem se transformado ao longo da última década e início da
atual. Entre os fatos estilizados dessa transformação, NÃO é possível
mencionar:
(A) a redução do êxodo rural tanto em termos absolutos como
relativos;
(B) a melhora do acesso à educação, que aliado a políticas públicas
de educação profissional, tem auxiliado em certo grau na retenção de
trabalhadores no campo;
(C) a queda da taxa de participação da força de trabalho, decorrente
do aumento real das aposentadorias e do progresso tecnológico
frente a uma população envelhecida;
(D) a queda do crescimento do setor agrícola, em virtude da maior
liberdade na geração de tecnologias;
(E) o impulso da produtividade do trabalho, devido ao uso mais
intenso de capital, que tem mais que compensado a redução da
população ocupada.
Comentários:
A população rural continua a diminuir no Brasil. Contudo, o ritmo de
queda da população rural diminui tanto em termos absolutos, quanto
em termos relativos, no século XXI, em comparação com a última
década do século XX. O aumento da produtividade no campo,
decorrente da continuada modernização agrícola e do uso mais
intenso de capital tem compensado com sobra a redução da
população ocupada. O número de trabalhadores diminui e a produção
aumenta.
A alternativa “d” está incorreta, pois o setor agrícola mais que dobrou
a produção de grãos nos últimos 15 anos. Anualmente, a safra de
grãos colhida é maior do que a do ano anterior. Não houve queda no
crescimento do setor agrícola.
Gabarito: letra “d”.
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69 - Em relação à situação sociodemográfica brasileira, analise as
afirmativas a seguir:
( ) A razão de dependência previdenciária diminuiu bastante na
última década, em virtude da formalização e da inserção feminina no
mercado de trabalho.
( ) Com exceção das mulheres mais jovens (de 15 a 19 anos), as
taxas de fecundidade declinaram ao longo de todas as décadas,
desde 1970.
( ) Entre 1980 e 2010, o percentual de uniões conjugais consensuais
cresceu, enquanto as de casamento civil e religioso diminuíram,
ambos resultados do maior controle dos indivíduos sobre o seu
destino, tendo como consequência o aumento da taxa de divórcios.
Sendo V para a(s) alternativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s),
a sequência correta é:
(A) V – V – V;
(B) V – F – V;
(C) V – V – F;
(D) F – F – V;
(E) F – F – F.
Comentários:
Primeira alternativa: Verdadeira. A taxa de desemprego caiu
continuadamente entre 2004 a 2014, ano em que fechou em torno de
5%. A diminuição do desemprego contribuiu para o aumento do
emprego formal. No período citado, também aumentou a participação
feminina no mercado de trabalho. O bom momento vivido pela
economia brasileira se refletiu no aumento da base de contribuintes
da Previdência Social e na diminuição do índice de razão de
dependência previdenciária.
Segunda alternativa: Verdadeira. A taxa de fecundidade
corresponde ao número médio de filhos tidos por mulher em idade
fértil. A demografia considera que a taxa de fertilidade necessária
para apenas manter estabilizada uma população é de 2,1 filhos. A
taxa de fecundidade total para o Brasil passou de 2,14 filhos por
mulher, em 2004, para 1,74 filho por mulher em 2014. Para se ter
uma ideia da amplitude do declínio da taxa, na década de 1960, a
média de fertilidade era de 6,3 filhos por brasileira. No entanto,
conforme estudo do Ipea (2004), a variação da fecundidade não tem
sido homogênea entre os vários grupos etários das mulheres em
idade reprodutiva. As mulheres mais jovens (15-19 anos) vêm
apresentando um aumento, em termos relativos, nas suas taxas
desde 1965/1970. O maior incremento ocorreu nos anos 1980. Para
os outros grupos, as taxas declinaram com intensidade
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progressivamente maior à medida que aumentava a idade a partir do
grupo modal em 1965/1970, o de 25 a 29 anos. Quer dizer,
relativamente falando, foram as taxas específicas de fecundidade das
mulheres mais velhas as que apresentaram a maior redução
Terceira alternativa: Verdadeira. O número de pessoas que
moram juntas sem ter oficializado o casamento cresce no Brasil. Por
outro lado, mais casais se separam, o que é resultado da facilidade
para dissolver as relações. Essa é a constatação do IBGE, com base
nos dados dos censos demográficos de 1980 a 2010.
Gabarito: letra “a”.
70 - A partir de 1999 foi adotado no Brasil o regime de metas de
inflação. Entre suas vantagens, é possível mencionar:
(A) o elevado grau de previsibilidade da inflação e a utilização de um
câmbio flutuante exigida por esse regime;
(B) maior accountability da política monetária e maior flexibilidade
aos policy makers;
(C) o controle direto do BACEN sobre a base monetária e o maior
monitoramento por parte da população;
(D) a inflação interna submetida à externa e melhor controle sobre os
bens tradables;
(E) a precisão na definição da meta e as metas intermediárias serem
de uso restrito.
Comentários:
Essa questão é bem interessante.
Vejamos as assertivas:
A – Afirmar que existe um alto grau de previsibilidade é complicado,
basicamente porque o comportamento dos preços não é totalmente
controlado pela autoridade monetária.
B – De fato passou a existir maior accountability, ou seja, de como
está sendo conduzida a política monetária pelos policy makers
(Bacen), os quais passaram a ter mais liberdade (autonomia) na
tomada de decisão no sentido de atingimento das metas de inflação
previamente definidas.
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C – Não se pode falar de um controle direto do BACEN sobre a base
monetária, basicamente porque esta depende do comportamento tido
pela população (PMPP) e pelo bancos (Reservas).
D – A inflação interna submetida à inflação externa tira grau de
liberdade da autoridade monetária, o que pode ser encarado como
uma desvantagem e não uma vantagem.
E – Infelizmente não existe uma precisão. Muito embora exista o
centro da meta, esta possui definições de limite inferior e superior.
Gabarito: letra “b”.
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