Química Geral Teoria atômica moderna Números quânticos Prof. Geraldo Lopes Crossetti Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 1 Natureza ondulatória da luz A teoria atômica moderna surgiu a partir de estudos sobre a interação da radiação com a matéria. A radiação eletromagnética se movimenta através do vácuo com uma velocidade de 3,00 x 108 m/s. As ondas eletromagnéticas têm características ondulatórias semelhantes às ondas que se movem na água. Por exemplo: a radiação visível tem comprimentos de onda entre 400 nm (violeta) e 750 nm (vermelho). Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 2 Natureza ondulatória da luz Todas as ondas têm um comprimento de onda característico, λ, e uma amplitude, A. A frequência, ν, de uma onda é o número de ciclos que passam por um ponto em um segundo. A velocidade de uma onda, v, é dada por sua frequência multiplicada pelo seu comprimento de onda. Para a luz, velocidade = c. c = ν. λ Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 3 Natureza ondulatória da luz Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 4 Natureza ondulatória da luz Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 5 A descoberta da estrutura atômica Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 6 Energia quantizada Três fenômenos são importantes para o entendimento da interação da radiação eletromagnética e os átomos: emissão de luz por objetos quentes; emissão de elétrons pela incidência de luz sobre uma superfície metálica - efeito fotoelétrico; emissão de luz a partir de átomos de gás excitados eletronicamente - espectros de emissão. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 7 Energia quantizada Planck: a energia só pode ser liberada (ou absorvida) por átomos em certos pedaços de tamanhos mínimos, chamados quantum. A relação entre a energia e a frequência é E h onde h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J s). Para entender a quantização, considere a subida em uma rampa versus a subida em uma escada: Para a rampa, há uma alteração constante na altura, enquanto na escada há uma alteração gradual e quantizada na altura. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 8 O efeito fotoelétrico e fótons O efeito fotoelétrico fornece evidências para a natureza de partícula da luz - “quantização”. Se a luz brilha na superfície de um metal, há um ponto no qual os elétrons são expelidos do metal. Os elétrons somente serão expelidos se a frequência mínima é alcançada. Abaixo da frequência mínima, nenhum elétron é expelido. Acima da frequência mínima, o número de elétrons expelidos depende da intensidade da luz. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 9 O efeito fotoelétrico e fótons Einstein supôs que a luz trafega em pacotes de energia denominados fótons. A energia de um fóton: E h Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 10 Espectros de linhas A radiação composta por um único comprimento de onda é chamada de monocromática. A radiação que se varre uma matriz completa de diferentes comprimentos de onda é chamada de contínua. A luz branca pode ser separada em um espectro contínuo de cores. Observe que não há manchas escuras no espectro contínuo que corresponderiam a linhas diferentes. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 11 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 12 O modelo de Bohr As cores de gases excitados surgem devido ao movimento dos elétrons entre os estados de energia no átomo. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 13 O modelo de Bohr Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 14 Espectros de linhas e o modelo de Bohr Balmer: descobriu que os comprimentos de onda das linhas no espectro de linhas visíveis do hidrogênio podiam ser calculados por uma simples equação. Mais tarde, Rydberg generalizou a equação de Balmer para: 1 RH h 1 1 2 n1 n22 onde RH é a constante de Rydberg (1,096776 x 107 m-1), h é a constante de Planck (6,626 x 10-34 J·s), n1 e n2 são números inteiros (n2 > n1). Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 15 O modelo de Bohr Rutherford supôs que os elétrons orbitavam o núcleo da mesma forma que os planetas orbitam em torno do sol. Entretanto, uma partícula carregada movendo em uma trajetória circular deve perder energia. Isso significa que o átomo deve ser instável de acordo com a teoria de Rutherford. Bohr observou o espectro de linhas de determinados elementos e admitiu que os elétrons estavam confinados em estados específicos de energia. Esses foram denominados órbitas. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 16 O modelo de Bohr Postulados do modelo de Bohr Somente órbitas de certos raios, correspondendo a certas energias definidas, são permitidas para os elétrons em um átomo; Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia “permitido”. Assim, não irradiará energia e, portanto, não se moverá em forma de espiral em direção ao núcleo; A energia só é absorvida ou emitida por um elétron quando muda de um estado de energia para outro. Essa energia é absorvida ou emitida como fóton. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 17 O modelo de Bohr Estados de energia do átomo de hidrogênio Já que os estados de energia são quantizados, a luz emitida por átomos excitados deve ser quantizada e aparecer como espectro de linhas. Após muita matemática, Bohr mostrou que E 2.18 10 18 1 J n2 onde n é o número quântico principal (por exemplo, n = 1, 2, 3, …). Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 18 O modelo de Bohr A primeira órbita no modelo de Bohr tem n = 1, é a mais próxima do núcleo e convencionou-se que ela tem energia negativa. A órbita mais distante no modelo de Bohr tem n próximo ao infinito e corresponde à energia zero. Os elétrons no modelo de Bohr podem se mover apenas entre órbitas através da absorção e da emissão de energia em quantum (hν). Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 19 O modelo de Bohr 1 hc 1 E h 2.18 1018 J 2 2 n n i f Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti • Quando ni > nf, a energia é emitida. • Quando nf > ni, a energia é absorvida. 23/03/2017 Page 20 Limitações do modelo de Bohr Pode explicar adequadamente apenas o espectro de linhas do átomo de hidrogênio. Os elétrons não são completamente descritos como partículas pequenas. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 21 O princípio da incerteza Heisenberg Na escala de massa de partículas atômicas, não podemos determinar exatamente a posição, a direção do movimento e a velocidade simultaneamente. Para os elétrons: não podemos determinar seu momento e sua posição simultaneamente. Se Δx é a incerteza da posição e Δmv é a incerteza do momento, então: h x·mv 4 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 22 Mecânica quântica e orbitais atômicos Schrödinger propôs uma equação que contém os termos onda e partícula (ψ). A resolução da equação leva às funções de onda, que fornecem o contorno dos orbitais eletrônicos. O quadrado da função de onda fornece a probabilidade de se encontrar o elétron, isto é, dá a densidade eletrônica para o átomo. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 23 Orbitais e números quânticos Se resolvermos a equação de Schrödinger, teremos as funções de onda e as energias para as funções de onda. Chamamos as funções de onda de orbitais. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 24 Orbitais e números quânticos A equação de Schrödinger necessita de três números quânticos: Número quântico principal, n. Este é o mesmo n de Bohr. À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais distante do núcleo. O número quântico azimutal, l. Esse número quântico depende do valor de n. Os valores de l começam de 0 e aumentam até n -1. Normalmente utilizamos letras para l (s, p, d e f para l = 0, 1, 2, e 3). Geralmente nos referimos aos orbitais s, p, d e f. O número quântico magnético, ml. Esse número quântico depende de l. O número quântico magnético tem valores inteiros entre -l e +l. Fornecem a orientação do orbital no espaço. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 25 Orbitais e números quânticos Localização dos elétrons Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 26 Orbitais e números quânticos Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 27 Representações orbitais Orbitais s Todos os orbitais s são esféricos. À medida que n aumenta, os orbitais s ficam maiores. À medida que n aumenta, aumenta o número de nós. Um nó é uma região no espaço onde a probabilidade de se encontrar um elétron é zero. Em um nó, ψ2 = 0 Para um orbital s, o número de nós é n-1. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 28 Representações orbitais Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 29 Representações orbitais Orbitais p Existem três orbitais p, px, py, e pz. Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x-, y- e z- de um sistema cartesiano. As letras correspondem aos valores permitidos de ml, -1, 0, e +1. Os orbitais têm a forma de halteres. À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores. Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 30 Representações orbitais Orbitais p Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 31 Representações orbitais Orbitais d e f Existem cinco orbitais d e sete orbitais f. Três dos orbitais d encontram-se em um plano bissecante aos eixos x-, y- e z. Dois dos orbitais d se encontram em um plano alinhado ao longo dos eixos x-, y- e z. Quatro dos orbitais d têm quatro lóbulos cada. Um orbital d tem dois lóbulos e um anel. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 32 Representações orbitais Orbitais d Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 33 Configuração eletrônica Orbitais de mesma energia são conhecidos como degenerados. Para n ≥ 2, os orbitais s e p não são mais degenerados porque os elétrons interagem entre si. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 34 Configuração eletrônica Diagrama Aufbau Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 35 Configuração eletrônica Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli O espectro de linhas de átomos polieletrônicos mostra cada linha como um par de linhas minimamente espaçado. Stern e Gerlach planejaram um experimento para determinar o porquê. Um feixe de átomos passou através de uma fenda e por um campo magnético e os átomos foram então detectados. Duas marcas foram encontradas: uma com os elétrons girando em um sentido e uma com os elétrons girando no sentido oposto. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 36 Configuração eletrônica Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 37 Configuração eletrônica Spin eletrônico e o princípio da exclusão de Pauli Já que o spin eletrônico é quantizado, definimos ms = número quântico de rotação = ± ½. O princípio da exclusão de Pauli: dois elétrons não podem ter a mesma série de 4 números quânticos. Portanto, dois elétrons no mesmo orbital devem ter spins opostos. Na presença de um campo magnético, podemos elevar a diferença de energia entre os elétrons. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 38 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 39 Configuração eletrônica As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. Três regras: - Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. - Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). - Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund) Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 40 Configuração eletrônica Configurações eletrônica condensadas O neônio tem o subnível 2p completo. O sódio marca o início de um novo período. Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como Na: [Ne] 3s1 [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio. Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre]. Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre]. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 41 Configurações eletrônicas e a tabela periódica A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. O número do período é o valor de n. Os grupos 1 e 2 têm o orbital s preenchido. Os grupos 13 -18 têm o orbital p preenchido. Os grupos 3 -12 têm o orbital d preenchido. Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 42 Configurações eletrônicas e a tabela periódica Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 43 Tabela periódica A tabela periódica é utilizada para organizar os 118 elementos de modo significativo. Como consequência dessa organização, existem propriedades periódicas associadas à tabela periódica. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 44 Tabela periódica Dimitri Mendeleev e Julius Meyer Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 45 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 46 Íons Quando um átomo ou uma molécula perde elétrons, eles ficam com carga positiva. Por exemplo, quando o Na perde um elétron, ele se transforma em um Na+. Íons com carga positiva são chamados de cátions. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 47 Íons Quando um átomo ganha elétrons, fica com carga negativa. Por exemplo, quando o Cl ganha um elétron ele se transforma em Cl-. Íons com carga negativa são chamados de ânions. Um átomo pode perder, ou ganhar, mais de um elétron. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 48 Íons Em geral: átomos metálicos tendem a perder elétrons para se transformarem em cátions; átomos nãometálicos tendem a ganhar elétrons para formarem ânions. A posição na tabela periódica está relacionada com o número de elétrons que um átomo perde ou ganha. Distribuição eletrônica Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 49 Íons Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 50 Tabela periódica A tabela periódica moderna: organiza os elementos em ordem crescente de número atômico. Carga nuclear efetiva A carga nuclear efetiva é a carga sofrida por um elétron em um átomo polieletrônico. A carga nuclear efetiva não é igual à carga no núcleo devido ao efeito dos elétrons internos. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 51 Carga nuclear efetiva Os elétrons estão presos ao núcleo, mas são repelidos pelos elétrons que os protegem da carga nuclear. A carga nuclear sofrida por um elétron depende da sua distância do núcleo e do número de elétrons mais internos. Quando aumenta o número médio de elétrons protetores (S), a carga nuclear efetiva (Zef) diminui. Quando aumenta a distância do núcleo, S aumenta e Zef diminui. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 52 Carga nuclear efetiva Todos os orbitais ns têm a mesma forma, mas tamanhos e números de nós diferentes. Considere: He: 1s2, Ne: 1s2 2s22p6 e Ar: 1s2 2s22p6 3s23p6. A densidade eletrônica radial é a probabilidade de se encontrar um elétron a uma determinada distância. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 53 Mg Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 54 Propriedades periódicas Tamanho dos átomos Tamanho dos íons Energia de ionização Afinidade eletrônica Caráter metálico Eletronegatividade Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 55 Tamanho dos átomos e dos íons Considere uma molécula diatômica simples. A distância entre os dois núcleos é denominada distância de ligação. Se os dois átomos que formam a molécula são os mesmos, metade da distância de ligação é denominada raio covalente do átomo. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 56 Tamanho dos átomos e dos íons Tendências periódicas nos raios atômicos Como uma consequência do ordenamento na tabela periódica, as propriedades dos elementos variam periodicamente. O tamanho atômico varia consistentemente através da tabela periódica. Ao descermos em um grupo, os átomos aumentam. Ao longo dos períodos da tabela periódica, os átomos tornamse menores. Existem dois fatores agindo: Número quântico principal, n, e a carga nuclear efetiva, Zef. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 57 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 58 Tamanho dos átomos e dos íons Tendências periódicas nos raios atômicos À medida que o número quântico principal aumenta, a distância do elétron mais externo ao núcleo aumenta. o raio atômico aumenta. Ao longo de um período na tabela periódica, o número de elétrons mais internos mantém-se constante, mas a carga nuclear aumenta. Aumenta a atração entre o núcleo e os elétrons mais externos. o raio atômico diminui. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 59 Tamanho dos átomos e dos íons Tendências nos tamanhos dos íons Cátions: os elétrons são primeiramente removidos do orbital com o maior número quântico principal, n: Li (1s2 2s1) Li+ (1s2) Fe ([Ar]3d6 4s2) Fe3+ ([Ar]3d5) Ânions: os elétrons são adicionados ao orbital com o mais baixo valor de n disponível: F (1s2 2s2 2p5) F (1s2 2s2 2p6) Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 60 Tamanho dos átomos e dos íons Tendências nos tamanhos dos íons O tamanho do íon é a distância entre os íons em um composto iônico. O tamanho do íon também depende da carga nuclear, do número de elétrons e dos orbitais que contenham os elétrons de valência. Os cátions deixam vago o orbital mais volumoso e são menores do que os átomos que lhes dão origem. Os ânions adicionam elétrons ao orbital mais volumoso e são maiores do que os átomos que lhe dão origem. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 61 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 62 Tamanho dos átomos e dos íons Para íons de mesma carga, o tamanho do íon aumenta à medida que descemos em um grupo na tabela periódica. Série isoeletrônica: todos os membros têm o mesmo número de elétrons. Quando a carga nuclear aumenta em uma série isoeletrônica, os íons tornam-se menores : O número de prótons aumenta do O-2 ao Al3+ O2- > F- > Na+ > Mg2+ > Al3+ O raio iônico diminui do O-2 ao Al3+ Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 63 Energia de ionização A primeira energia de ionização, I1, é a quantidade de energia necessária para remover um elétron de um átomo gasoso: A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover um elétron de um íon gasoso: Na(g) → Na+(g) + e-. Na+(g) → Na2+(g) + e-. Quanto maior a energia de ionização, maior é a dificuldade para se remover o elétron. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 64 Energia de ionização Há um acentuado aumento na energia de ionização quando um elétron mais interno é removido. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 65 Energia de ionização A energia de ionização diminui à medida que descemos em um grupo. Isso significa que o elétron mais externo é mais facilmente removido ao descermos em um grupo. À medida que o átomo aumenta, torna-se mais fácil remover um elétron do orbital mais volumoso. Geralmente a energia de ionização aumenta ao longo do período. Ao longo de um período, Zef aumenta. Consequentemente, fica mais difícil remover um elétron. São duas as exceções: a remoção do primeiro elétron p e a remoção do quarto elétron p. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 66 Energia de ionização Os elétrons s são mais eficazes na proteção do que os elétrons p. A formação de s2p0 se torna mais favorável. proteção: s > p > d > f Quando um segundo elétron é colocado em um orbital p, aumenta a repulsão elétron-elétron. Quando esse elétron é removido, a configuração s2p3 resultante é mais estável do que a configuração inicial s2p4. Portanto, há uma diminuição na energia de ionização. Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 67 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 68 Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 69 Afinidades eletrônicas A afinidade eletrônica é o oposto da energia de ionização. A afinidade eletrônica é a alteração de energia quando um átomo gasoso ganha um elétron para formar um íon gasoso: Cl(g) + e- → Cl-(g) A afinidade eletrônica pode ser tanto exotérmica (como o exemplo acima) quanto endotérmica: Ar(g) + e- → Ar-(g) Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 70 Afinidades eletrônicas Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti Page 71 Eletronegatividade Eletronegatividade: é a habilidade de um átomo de atrair elétrons para si em certa molécula. energia de ionização afinidade eletrônica Linus Pauling estabeleceu as eletronegatividades em uma escala de 0,7 (Cs) a 4,0 (F). A eletronegatividade aumenta: ao logo de um período e ao subirmos em um grupo Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 72 Eletronegatividade Química Geral - Prof. Geraldo Lopes Crossetti 23/03/2017 Page 73