Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 26/07/2016 A Estrutura e Composição da Estrela Sol Temperatura Superficial 5.770 K Coroa Regiões Claras – Subida de gás quente Regiões Escuras – Descida de gás frio Região de convecção Fotosfera Região de irradiação Região de condução Núcleo 0 0,3 Diâmetro típico de um alvéolo: 1000 km Vida de um alvéolo: 5 a 10 minutos 0,7 1,0 R Cromosfera Composição (massa) H = 73,0% He = 24,5% Outros = 02,5% As Equações Básicas da Estrutura e Evolução Estelar As equações da estrutura e evolução estelar contém parâmetros físicos acoplados que dependem do tempo, de modo que a mudança em uma delas ao longo do tempo reflete em mudança nas demais: 1) Equação de equilíbrio hidrostático 2) Equação da continuidade 3) Equação do Transporte dM = 4πr 2 ρ dr dT 3 ρκ Lr =− dr 4 ac T 3 4πr 2 4) Equação da Produção da Energia 5) Equação de Estado GM r ρ dP =− r2 dr dL = 4πr 2 ρ ε dr P = P ( ρ, T, X i ) Ver Kippenham and Weigert, “stellar structure and evolution”,Springer Verlag, 1990 Relação Massa-Luminosidade e Tempo de Vida Estelar L M = Lsol M sol Estudando sitemas binários: α Da definição de potência (L): ⋅ lo g M M so l L = 10000 lo g L L so l = log (L/L sol ) 1000 100 10 α=3 t 0 t sol +5 0.1 t sol α = 3.5 0.01 +10 α=2 0.001 1 log (M/M sol ) 10 E = M ⋅ c2 Fazendo a razão dos tempos em relação ao Sol: t 0.1 ; α α=4 1 -5 E t M* M* = L* M sol Lsol M* = = α M* M sol M sol M sol M t = t sol * M sol 1−α 1−α Diagrama HR: Tempo de Vida na Sequência Principal 1000000 -10 10000 -5 100 0 Regulus Vega L/Lsol= (M/Msol)α Sírius Procyon Altair 1 5 Alpha Centauri B Sol 1/4 Msol ⇒1012 anos Próxima Centauri 1/10 Msol ⇒1013 anos O5 40.0 B0 28.0 B5 15.0 A0 9.5 A5 8.0 F0 7.0 F5 6.3 G0 5.7 G5 5.2 Classe Espectral Temperatura Superficial (x1000oC) K0 4.6 K5 3.8 M0 3.2 M5 2.5 Luminosidade (Sol = 1) Magnitude Absoluta Spica 1/100 10 1/100000 15 1/1000000 20 Diagrama HR Diagrama HR de Diferentes Tipos de Aglomerados Diagramas HR das estrelas de dois tipos de objetos distintos: M39 (Aglomerado Aberto) M11 (Aglomerado Globular) Diagramas HR de Diferentes Aglomerados Estelares 3 x109 anos Sequencia Principal de Idade Zero (ZAMS) Tradução do inglês de Zero-Age Main Sequence. É a curva calculada com modelos teóricos contendo as propriedades das estrelas que iniciam o processo de fusão nuclear a partir do hidrogênio primordial do aglomerado. Classe Raio Massa Luminosidade Temperatura estelar R/R☉ M/M☉ L/L☉ K O2 16 158 2 000 000 54 000 O5 14 58 800 000 46 000 B0 5,7 16 16 000 29 000 B5 3,7 5,4 750 15 200 A0 2,3 2,6 63 9 600 A5 1,8 1,9 24 8 700 F0 1,5 1,6 9,0 7 200 F5 1,2 1,35 4,0 6 400 G0 1,05 1,08 1,45 6 000 G2 1,0 1,0 1,0 5 900 G5 0,98 0,95 0,70 5 500 K0 0,89 0,83 0,36 5 150 K5 0,75 0,62 0,18 4 450 M0 0,64 0,47 0,075 3 850 M5 0,36 0,25 0,013 3 200 M8 0,15 0,10 0,0008 2 500 M9.5 0,10 0,08 0,0001 1 900 ZAMS Os Espectros Estelares Indicam a Composição das Estrelas temperatura aumenta Annie J. Cannon estudou o espectro de mais de 400,000 estrelas e percebeu uma correlação entre o tipo espectral (A, B, C, etc.) e a cor da estrela (ou seja, sua temperatura). Ela propôs uma nova classificação, em que a intensidade da linha de um dado elemento depende da composição química e temperatura da fotosfera comprimento de onda (λ) aumenta n=∞ Contínuo Linhas da Cromosfera Aparecem as linhas: Hα do Hidrogênio (Balmer) H do Ca II (3968 Ä) K do Ca II (3933 Ä) He II Fe II Si II Cr II n=6 n=5 Lγ n=4 n=3 n=2 Lβ Lδ Hγ Hδ Hβ Hα Pα Pβ Pγ Pδ Lα Bα B β Paschen Balmer Transição ressonante Bγ Bδ Brackett n=1 Fα F Lyman β Pfund Núcleo Estado fundamental Fγ Fδ Nível limite externo Fluxo Absorvido em Linhas Espectrais Para uma estrela de tipo A: Hγ Hβ Hα Direção Espacial Hε Hδ Fluxo (Quantidade de Luz Recebia Somada da Direção Espacial) Direção Espectral Área da curva deve ser proporcional ao número de átomos que estão absorvendo Linhas de absorção 4000 5000 6000 Comprimento de onda [Angstrom] 7000 Intensidade Relativa das Linhas Intensidade das Linhas Nomenclatura: H I, He I, Ca I, etc. átomo com todos os elétrons. H II, He II, O II, Ca II, etc. átomo que perdeu 1 elétron. He III, O III, Ca III, etc. átomo que perdeu 2 elétrons. H Metais neutros He I Metais ionizados He II Si IV TiO Si III Si II Classe Espectral O______B________A________F________G________K_______M______ http://astro.unl.edu/classaction/animations/stellarprops/spectroparallax.html Simuladora de Paralaxe Espectroscópica http://astro.unl.edu/classaction/animations/stellarprops/spectroparallax.html Classificação espectral de Harvard Resumo da Classificação Espectral de Harvard e exemplos: Tipo Cor T(K) O Azul 30000 B Azulada 20000 A Branca 10000 F Amarelada 7000 G Amarela 6000 K Laranja 4000 M Vermelha 3000 Linhas proeminentes de absorção Exemplos He ionizado (fortes), elementos Alnitak (O9) pesados ionizados (OIII, NIII, SiIV), Mintaka (O9) fracas linhas de H He neutro (moderadas), elementos Rigel (B8) pesados 1 vez ionizados He neutro (muito fracas), ionizados, H Vega (A0) (fortes) Sirius (A1) elementos pesados 1 vez ionizados, metais neutros (FeI, CaI), H Canopus (F0) (moderadas) elementos pesados 1 vez ionizados, Sol (G2) metais neutros, H (relativamente Alfa Cen (G2) fracas) elementos pesados 1 vez ionizados, Aldebaran (K5) metais neutros, H (fracas) Arcturos (K2) Átomos neutros (fortes), moleculares (moderadas), H (muito fracas) Betelgeuse (M2) Metalicidade Metalicidade é definida como a quantidade de um dado elemento está presente relativamente ao Hidrogênio, quando comparado com o Sol: Unidade: Dex (x) = 10x “decimal exponent ” - 0,4 dex = 10-0.4 , temos que é igual a um fator de ~ 0,398. Assim que para uma estrela: • • • Com mesma composição solar: [Fe/H] = 0.0 dex Com abundância de Ferro 10 x maior que a Solar: [Fe/H] = +1.0 dex Com abundância de Ferro 100 x menor que a Solar: [Fe/H] = – 2.0 dex O meio interestelar é constantemente enriquecido pela sequencia de gerações de estrelas, assim que a metalicidade de uma estrela pode ser usado para entender seu cenário de formação e idade Modelo de Populações Estelares Modelo de Besançon: http://model.obs-besancon.fr/ Modelo de Populações Estelares Modelo do grupo da UFRGS, Max-Planck e Padova: http://stev.oapd.inaf.it/cgibin/trilegal Modelo de Populações Estelares Usado pelo Saito: http://stev.oapd.inaf.it/cgi-bin/cmd Modelo de Populações Estelares - Simplificado Sugestão: http://www.astro.wisc.edu/~townsend/static.php?ref=ez-web Applet para Trajetórias de Evolução Estelar Sugestão: http://astro.u-strasbg.fr/~koppen/starpop/StarPop.html O Diagrama H-R para estrelas da vizinhança solar Usando o telescópio Hiparcos, somente estrelas com paralaxe precisa (<20% de erro) foram consideradas. -5 O que mostra o diagrama HR: • As estrelas se distribuem em faixas bem definidas • Como a vizinhança do Sol não deve ser um lugar especial na Galáxia, o diagrama H-R desta região contém uma mistura de estrelas de diferentes idades e massas MHP = MV ← L • A maioria delas fica sobre a seqüência principal -0 5 10 15 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 V - I (mag) ← T 2.5 3.0 Classe de Luminosidade Linhas espectrais são muito sensíveis à densidade das fotosferas estelares. Atmosfera de estrelas gigantes tem menor densidade (linhas espectrais estreitas) que a de uma anã (linhas espectrais largas). O Método da Paralaxe Espectroscópica Conhecidos o tipo espectral (linhas presentes) e a classe de luminosidade (largura das linhas) de uma estrela pode se determinar sua magnitude absoluta no Diagrama H-R. Ex. K0III, m=10. 1.1 Tipo Espectral: K0 Classe Luminosidade: III 1.0 Fluxo Relativo 0.9 0.8 0.7 D = 10 0.6 m − M +5 5 0.5 0.4 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 λ [Å] Limites: 100 kpc (melhor em aglomerados) M= 0,7 Movimento Próprio em Aglomerados Abertos Um dos indícios de que as estrelas de um aglomerado pertencem a um grupo é a coordenação do movimento próprio de suas estrelas.