6/7/2008 ž ž ž Curso Técnico em Enfermagem Estudos Regionais Prof. Vanessa Sampáio Cravo ž ž ž ž Epidemiologia = Estudos Regionais: Tem como objetivo estudar a incidência das doenças nas comunidades, interessando -lhe o agente etiológico, o hospedeiro e o ambiente. Incidência: é o número de casos novos (ou recém identificados) da doença em questão, que ocorre n o local durante aquele período. Isso ajuda a observar a evolução da doença naquela área. Prevalência : É o número total de casos da doença em questão, em um determinado local, em um período ou em um momento. Endemia: São doenças que ocorrem de forma constante e m uma determinada região. Epidemia: É quando uma doença aparece c o m um número d e casos, sensivelmente maior do que o esperado para uma determinada região o u determinado período d e tempo, ou seja, quando há o aumento da Incidência. Pandemia: É quando u m episódio epidêmico, começa a s e difundir para outras regiões e chega a atingir outros países, simultaneamente. A pandemia pode ser causada por vários fatores, c o m o por exemplo: mudanças de comportamento humano (instabilidade conjugal, vários parceiros, sem uso de preservativo) . Profilaxia: Conjunto d e medidas destinadas a preveniro aparecimento d e doenças . E x.: Vacinação, Campanhas Educativas, Saneamento Básico, Alimentação, etc. ž Agentes Tipos de Transmissão ž Transmissão Vertical – Quando a doença é transmitida para a criança durante a gestação, durante o trabalho de parto ou no parto propriamente dito. ž Transmissão Horizontal – É a transferência de um patógeno de um homem/animal infectado para um homem sadio, independente do relacionamento de parentesco daqueles indivíduos. ž Agentes Meios de Transmissão de Doenças: ž Direta – quando a transmissão de um agente etiológico acontece sem a participação de nenhum veículo animado ou inanimado. ž Indireta – quando a transmissão de um agente etiológico acontece com a participação de algum veículo animado ou inanimado. intrínsecos – são do próprio homem. Hereditários, genéticos ou envelhecimento extrínsecos - são representados pelos fatores d o ambiente externo, capaz de propiciar o contato d o organismo com o agente causador da doença. Ex: Meio físico insolação que pode causar câncer de pele; Meio social - desvio d e comportamento, que pode levar a doenças psicológicas. Porta de entrada ou via de penetração – locais de seu corpo onde os agentes etiológicos penetram no organismo humano ž Boca – ingestão de água contaminada, alimentos contaminados, mãos e objetos contaminados. Ex: ovos de alguns vermes (lombriga), cistos de protozoários (amebas, giárdias), bactérias (cólera), vírus (hepatite A, poliomielite) e fungos. ž Nariz e Boca – agentes inalados com o ar, durante a respiração. Ex: vírus da gri-pe, do sarampo e da catapora; bactérias responsáveis pela me-ningite, tuberculose e difteria. ž Pele e Mucosas – feridas, picadas de inseto, arranhões e queimaduras. Ex: Dengue, doença de chagas, malária. ž Vagina e Uretra – secreções, sêmen, contatos e relações sexuais. Ex: sífilis, gonorréia, AIDS, tricomoníase, herpes genital e o papilomavírus humano. Via de transmissão: ž Ar – gotículas de saliva, espirro, tosse, secreções ž Alimentos – contaminados com microrganismos ou com toxinas de microrganismos. ž Insetos vetores ž Mecânicos – transportam o agente etiológico do lado de fora do corpo. ž Biológicos – transportam o agente etiológico do lado interno do corpo. ž Fômito – objetos inanimados que podem carrear o agente etiológico de um animal para o homem ou de homem para homem. ž Porta de saída ou vias de eliminação: formas de saída dos microrganismos do indivíduo. ž Boca – Saliva – Herpes, raiva, poliomielite e difteria. ž Ânus – Fezes – Hepatite A, Entamoeba coli, Salmonella, Shiguella, Cólera, Taenia, Shistossoma , Ascaris lumbricoides , Giardia e outros. ž Nariz – gotículas produzidas pelo espirro, tosse, catarro, secreções nasais e expectoração. - sarampo, caxumba, rubéola, catapora, meningite, pneumonia e tuberculose. ž Pele e mucosas – descamação da pele – Herpes, Varicela, Verruga, Furúnculo, sífilis, leishimânia, sarna. ž Vagina e uretra – secreções, sêmen, mucosas, urina – HIV, Herpes, Sífilis, Gonorréia, Fungos candidíase), ( febre tifóide, febre hemorrágica, leptospirose. ž Leite Humano – caxumba, hepatite B e HIV ž Leite Animal – Brucelose, Tuberculose, Staphylococcus, Salmonella. ž Sangue – sangramento (acidentes, ferimentos), punções com agulhas, transfusões, picadas de insetos. 1 6/7/2008 Transição Demográfica – mudança no perfil da população brasileira ž Aumento do número de idosos ( maior expectativa de vida) ž Redução do número de nascimentos ž Convivência – mesmo cenário – muitos jovens e muitos idosos. Transição Epidemiológica – mudança no perfil das doenças no Brasil ž Controle da maioria das doenças transmissíveis ž Ressurgimento de doenças transmissíveis que já haviam sido controladas ž Fortalecimento das doenças não transmissíveis A transição demográfica desencadeou a transição epidemiológica, pois, à medida que a população vai envelhecendo, as doenças crônicas vão se manifestando com maior intensidade, como resultado de anos d e um estilo de vida inadequado. Enquanto o número de casos d e doenças transmissíveis vai sendo controlado, devido ao avanço da medicina e das condições de saneamento. Curso Técnico em Enfermagem Estudos Regionais Prof. Vanessa Sampáio Cravo ž ž ž ž ž ž ž Região Norte: Amazonas, Roraima, Pará, Rondônia, Acre, Amapá e Tocantins Clima: Equatorial Relevo: Planalto das Guianas, Planalto Central, Planície Amazônica e Planície Costeira ou Litorânea. Vegetação: Floresta Amazônica, campos, cerrado e vegetação litorânea Atividades econômicas ¡ Extrativismo Vegetal: seringueira , castanheiro, madeiras e plantas medicinais (guaraná e catuaba, entre outros). Extrativismo Animal: pesca (peixe-boi, pirarucu, tartaruga, tucunaré) e caça (aves, onças e jacarés). ¡ A caça e a pesca são feitas sem controle, embora já existam leis que condenem a matança de animais na época da procriação. ¡ Extrativismo mineral: ouro, ferro, manganês, diamantes, cassiterita e bauxita. Aspectos Humanos ¡ População nas áreas pluviais – difícil acesso à medidas preventivas e falta de saneamento básico. ¡ Predomínio de homens em relação às mulheres ¡ Elevada taxa de natalidade e mortalidade ¡ Baixo padrão de qualidade de vida Doenças: Malária, Leishimaniose tegumentar americana, febre amarela – doença infecto contagiosa. 2 6/7/2008 ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž ž Região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe Clima: A maior parte da região é dominada pelo clima tropical, com altas temperaturas durante o ano todo. No litoral, ele apresenta mais chuvas. Mais para o interior da região, no sertão, o clima é semi-árido, com temperaturas muito altas e pouca chuva. Nessa área ocorrem, às vezes, longos períodos de secas. Vegetação: A vegetação reflete a diversidade climática. No oeste do maranhão aparece a floresta Equatorial. Na área de clima tropical, o cerrado a e Mata dos Cocais (Palmeiras de Babaçu e carnaúba ). O interior semi-árido é dominado pela Caatinga, enquanto no litoral úmido aparecem vestígios de uma das mais exuberantes formações vegetais do planeta, a mata Atlântica. Relevo: No relevo da região Nordeste encontramos regiões com predomínio de chapadas, como a chapada da Borborema, Diamantina, Ibiapaba e chapadas Araripe e também regiões de planície do meio-norte. Atividade econômica: Turismo, produtos agrícolas, rebanhos e recursos minerais Aspectos Humanos: ¡ Elevada taxa de natalidade ¡ Elevada taxa de mortalidade infantil ¡ Diminuição da qualidade de vida ¡ Baixa expectativa de vida ¡ Baixa renda per capita. Doenças: Malária, Leishimaniose Visceral, Peste Bubônica (pulga e ratos), dengue, esquistossomose, Ascaris lumbricóides, Ancilostomídeos, Enterobius Vermiculares. Região Centro Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal Clima: Tropical – 2 estações definidas – seca e chuvosa Relevo: Planaltos Central e Meridional e planície do Pantanal mato-grossense. Vegetação: Campos, cerrado, complexo do Pantanal, florestas Amazônica e Tropical. Atividade econômica: Criação de gado, pesca e turismo Aspectos humanos: ¡ População vinda das outras regiões devido à possibilidade de emprego ¡ Grandes vazios demográficos – ocupação das terras Doenças: Doença de chagas (casas de pau a pique), Malária, verminoses em geral, febre maculosa Região Sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná Clima: Sub- tropical – Verão quente e inverno muito frio Relevo: Na região Sul, muitos planaltos são constituídos por formações sedimentares, antigas e recentes. É o caso, por exemplo, dos planaltos e chapadas da Bacia do Paraná. Atividades econômicas : ¡ Extrativismo Vegetal: Extração de erva- mate e de madeira ( Pinheiro). ¡ Extrativismo Mineral: Carvão mineral (S.C) e xisto betuminoso(P.R). ¡ Agricultura: Algodão, arroz, aveia, café, cebola, centeio, cevada, feijão, fumo, milho, soja, trigo e uva. ¡ No Sul criam-se muitos bovinos, ovinos e suínos. Aspectos humanos ¡ Colonizado por europeus não portugueses – eslavos, italianos, alemães ¡ Diminuição da taxa de natalidade ¡ Diminuição da taxa de mortalidade infantil ¡ Aumento da expectativa de vida ¡ Aumento do padrão de qualidade de vida Doenças: predominantemente não transmissíveis – estilo de vida e hábitos alimentares 3 6/7/2008 ž ž ž ž ž Região Sudeste: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo Clima: inverno seco e verão chuvoso Atividades econômicas ¡ Extrativismo Vegetal: Apesar da grande devastação das florestas, há extração de madeiras junto à Mata Atlântica, ao Norte do Espírito Santo e exploração do cerrado, para se obter lenha em Minas Gerais. ¡ Extrativismo Animal:Destacam-se a pesca marinha praticada especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. ¡ Indústrias - química, metalúrgica, mecânica, alimentícia, têxtil, de vestuários, etc. ¡ Turismo Aspectos Humanos ¡ Diminuição da taxa de natalidade em função das campanhas de controle e planejamento familiar ¡ Diminuição da mortalidade infantil (campanhas de vacinação) ¡ Elevação do padrão de qualidade de vida Doenças: Peste bubônica, dengue, doença de chagas, malária, leishimaniose, verminoses. ž Doenças transmissíveis com tendência descendente – dispõem de instrumentos eficazes de prevenção e controle. Erradicadas – varíola e poliomielite Eliminadas – sarampo, raiva humana, rubéola congênita e tétano neonatal ¡ Em declínio – difteria, coqueluche, tétano, rubéola, chagas, hanseníase, febre tifóide, filariose, peste ¡ ¡ ž Doenças transmissíveis com quadro de persistência – necessitam do fortalecimento de estratégias para que sejam controladas. Malária, Tuberculose, Meningites, Leishimaniose visceral e tegumentar, Febre amarela, Hepatites, Esquistossomose, Leptospirose, Acidentes por animais peçonhentos ž Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes – doenças que foram introduzidas ou ressurgiram no país nas últimas duas décadas AIDS, Cólera, Dengue, Hantaviroses, Febre Maculosa. 4