Zika Vírus A Zika é uma doença causada pelo zika vírus e transmitida através da picada do mosquito Aedes aegypti (assim como acontece com a febre amarela, a dengue e o chikungunya). Os sintomas são bem parecidos com os da dengue, entre eles dores de cabeça, dores no corpo e fotofobia (incômodo causado pela luminosidade). O vírus foi descoberto no ano de 1947 na floresta de Zika, em Uganda, em macacos usados como sentinelas (animais usados para que se monitore o aparecimento de uma doença) da febre amarela. O Zika vírus é natural da África e do Sudeste da Ásia. Mas, até 2007, ele era relativamente desconhecido, até que surgiu um grande surto em ilhas próximas aos Estados Federados da Micronésia (acima da Austrália). Após esse primeiro episódio, foram identificadas outras epidemias de Zika em outros países. Houve alguns casos na Tailândia entre 2012 e 2014 e 8.264 casos suspeitos na Polinésia Francesa, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Nesta ocasião, foram identificados 38 casos de pessoas que haviam sido infectadas pelo Zika e que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune caracterizada por uma inflamação aguda do sistema nervoso. Isso seria um indício de que o Zika tem uma relação com o sistema nervoso, podendo fornecer pistas para entender a relação da microcefalia com o vírus. Além disso, já existe documentada na literatura científica internacional a relação entre o Zika, gestantes e problemas neurológicos nos bebês. Zika no Brasil As autoridades de saúde acreditam que o vírus chegou ao Brasil por causa do aumento no número de turistas que visitou o país durante a Copa do Mundo de futebol. Seguindo o ciclo de transmissão destes vírus, o ser humano é o hospedeiro definitivo, onde a doença se manifesta, e o mosquito é o vetor, que carrega e transmite o vírus para o hospedeiro definitivo. Uma vez que o Zika não é natural do nosso país e, portanto, a população nunca teve contato com o vírus anteriormente, os pacientes brasileiros não possuem anticorpos específicos para enfrentar a doença. Além disso, a questão genética do hospedeiro (cada pessoa tem um perfil genético que determina sua sensibilidade para desenvolver uma doença) e as diferentes respostas do sistema imunológico (de defesa) podem ter influenciado no grande número de casos registrados no Brasil. Na África, onde o vírus foi descoberto, a população já teve um contato anterior com o vírus, o que provavelmente possibilitou uma “resistência” à doença. Isso é possível, pois o sistema imunológico possui capacidade de responder de forma rápida e efetiva a patógenos encontrados anteriormente, processo chamado de memória imunológica. Outro ponto importante a ser levado em conta é a presença do vetor do Zika vírus no Brasil. O Zika é transmitido pela picada de mosquitos infectados, e foi isolado a partir de várias espécies de mosquitos Aedes, nomeadamente Aedes aegypti, que é difundido em regiões tropicais e subtropicais, e Aedes albopictus, que é estabelecido em muitas partes da Europa, especialmente nos países mediterrânicos. O genoma do vírus foi sequenciado por pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro. As análises revelaram que o vírus pertence à mesma linhagem encontrada no Taiti, em 2013. Além disso, o vírus é bastante parecido com o vírus da dengue, apresentando cerca de 50% de similaridade genética. Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 1 Zika Vírus Microcefalia e o Zika Vírus A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou, em 2015, uma ligação entre a proliferação do Zika vírus em território brasileiro e o crescimento dos casos de Microcefalia no país. A hipótese se embasava no fato de que aumento dos casos da doença é compatível com o período em que as mães poderiam ter tido contato com o vírus, durante a gestação. Antes disso, não havia relatos na literatura científica que fizessem a associação entre este vírus e a doença. A descoberta indica que o Zika vírus é capaz de atravessar a barreira placentária e chegar até o líquido amniótico (fluido que envolve o feto durante a gravidez). Foram realizados testes com o líquido amniótico de duas mulheres que tiveram contato com o Zika vírus e que já tiveram o resultado positivo de Microcefalia em seus bebês, dentro do útero. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso das técnicas de RT-PCR convencional e RT-PCR em tempo real. Os resultados obtidos foram reconfirmados através da técnica de sequenciamento parcial do genoma viral detectado nas amostras. Foi identificado o genótipo asiático – são conhecidos dois genótipos do vírus zika: os genótipos asiático e africano. A Microcefalia é uma condição médica em que a circunferência da cabeça é menor do que a normal (cerca de 33 centímetros) porque o cérebro ou não se desenvolve de maneira adequada ou pára de crescer. A causa da má-formação pode ser tanto de origem genética como adquirida. Com relação à Microcefalia adquirida, alguns estudos apontam os seguintes fatores como potenciais causadores da doença: desnutrição, ganho de peso ou exposição a determinadas substâncias – como drogas, álcool e radiação e determinados patógenos – durante o desenvolvimento fetal. Algumas crianças com Microcefalia possuem inteligência normal, apesar de o tamanho da cabeça ser menor do que a média. Mas, em casos de maior gravidade, elas podem apresentar problemas cognitivos, motores, distorções faciais, hiperatividade, epilepsia; entre outros. A doença não tem cura, mas existem alguns tratamentos que se baseiam, na maior parte dos casos, em terapias que auxiliam o paciente a melhorar suas capacidades e em medicamentos para controlar alguns dos sintomas. A relação entre o Zika vírus e os casos de Microcefalia foi oficialmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde em comunicado emitido em 01 de dezembro de 2015. 2 Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Zika Vírus Sintomas das principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti Possível Transmissão por Fluidos Corporais Em 2008, um médico americano contraiu a zika enquanto trabalhava no Senegal. Pouco tempo após voltar para casa, no Colorado, a esposa do médico também apresentou sintomas da doença. Como ela nunca havia viajado para o Senegal ou qualquer outro país infestado pela doença, os médicos concluíram que a transmissão provavelmente teria ocorrido durante as relações sexuais do casal, por meio de uma possível carga viral presente no sêmen do marido. O estudo foi publicado na revista científica Emerging Infectious Diseases. Em 2013, o vírus foi detectado no esperma de um morador do Taiti, na Polinésia Francesa. Após dois episódios da doença, o paciente havia sido considerado curado. Porém, alguns dias depois, ele passou a apresentar hemospermia – presença de sangue no esperma ejaculado. Seus médicos resolveram, então, coletar e analisar seu esperma e sua urina, e se surpreenderam ao detectar partículas do vírus da Zika nas amostras de esperma. O caso foi estudado por pesquisadores da Polinésia Francesa e também foi publicado na Emerging Infectious Diseases. Em 2014, outro estudo, publicado na revista científica Eurosurveillance, revelou a presença de partículas do vírus em amostras de leite materno, na Polinésia Francesa. O estudo analisou o leite de duas mães que haviam apresentado sintomas da doença pouco tempo antes do parto. A infecção pelo vírus foi confirmada em ambas as mães, assim como nos bebês recém nascidos. Ainda assim, o estudo não conseguiu confirmar se a transmissão da doença ocorreu durante a amamentação ou ainda no período gestacional. Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 3 Outro estudo publicado em 2014 na Polinésia Francesa confirmou a presença de carga viral no sangue de pacientes que não apresentavam sintomas da doença. Como outras doenças virais podem ser transmitidas através do sangue de pacientes contaminados – como no caso do vírus da AIDS – os pesquisadores testaram o sangue de mais de 1.500 doadores, dos quais cerca de 42 apresentaram o vírus da zika. Zika Vírus No início de 2016 um paciente do Texas (EUA), que não teve seu sexo revelado, contraiu a doença após ter relações sexuais com uma pessoa que contraiu o Zika na Venezuela (país no qual a epidemia está ativa). O caso foi confirmado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Além disso, um pesquisador do CDC acrescentou a hipótese de que o vírus possa ter sido transmitido pela saliva: segundo o pesquisador, os dados mostram que o Zika está presente nas amostras de saliva e no sêmen, embora tenha ressaltado que ainda é cedo para tirar conclusões, pois por enquanto não se sabe por quanto tempo ele fica presente nestes fluidos. Aedes Aegypti O Aedes aegypti é uma espécie de mosquitos da família Culicidae, originalmente encontrados no continente Africano - mais precisamente do Egito, por isso o “aegypti” no seu nome. Estes mosquitos chegaram ao Brasil durante o período colonial, tendo seus ovos transportados acidentalmente em navios negreiros. A partir de então, a espécie proliferou-se a acabou tornando-se uma praga, sendo ferozmente combatida pelo poder público desde o início dos anos 1900. Ele é muito mais comum nas zonas tropicais do planeta, mas pode alcançar as regiões temperadas nas estações em que a temperatura é mais alta. De acordo com pesquisadores da área, esta espécie de mosquito é a que transmite a maior quantidade de doenças. Além das famosas “dengue e companhia”, o A. aegypti também é responsável pela transmissão de outros flavivírus menos conhecidos, dentre eles, o vírus da encefalite equina venezuelana e o vírus da febre de Mayaro. Além disso, outras espécies do gênero Aedes, como o Aedes albopictus, também podem transmitir doenças. O mosquito A. aegypti é menor do que os mosquitos comuns. Ele é identificado pelo corpo de cor preta e riscos brancos na cabeça, costas e nas pernas. As asas são transparentes e, diferentemente de outros mosquitos, não fazem aquele famoso “zumbido”. O macho não suga sangue e se alimenta apenas de frutas, portanto não é um transmissor de doenças. As fêmeas, ao contrário, precisam se alimentar de sangue porque é ele que ajuda no amadurecimento dos ovos. O A. aegypti é tipicamente um mosquito de ambiente urbano. Ele se adaptou muito bem às condições fornecidas pelo acúmulo de pessoas. As fêmeas de A. aegypti podem colocar seus ovos tanto em águas limpas como em águas contaminadas por matéria orgânica, o que as torna adaptadas a praticamente qualquer ambiente aquoso. Além disso, os ovos conseguem sobreviver por até um ano em ambientes secos, eclodindo rapidamente ao menor sinal de água. Por isso, a melhor forma de combater as doenças transmitidas por eles é evitar e eliminar os focos e lugares onde eles botam ovos e em que as larvas se desenvolvem. Os vírus transmitidos pelo A. aegypti também se adaptaram a organismos humanos, e passaram a viver em uma espécie de simbiose com os mosquitos, devido à sua alta eficiência de entrega. Além disso, diferentemente de mosquitos noturnos, o A. aegypti pode picar seres humanos tanto de dia quanto de noite, o que aumenta ainda mais as chances de transmissão da doença, tornando-o ainda mais adaptado ao seu “trabalho”. Somado a tudo isso, tem-se a alta reprodutibilidade da espécie. Uma única fêmea pode colocar centenas de ovos de uma só vez, distribuindo estes ovos por diferentes ambientes. Com uma grande quantidade de ovos espalhados por diversos locais, um número muito alto de larvas consegue desenvolver-se e chegar à vida adulta. 4 Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br Zika Vírus EXERCÍCIOS. 1. (IFPE 2016) Até o dia 23 de maio de 2015, foram notificados 51.122 casos de dengue em Pernambuco, com 12.738 confirmados, em 184 municípios. Esse número representa um aumento de 507,8% em relação às notificações do mesmo período de 2014. Os municípios com o maior número de casos notificados são Recife, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Goiana. A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Existem quatro tipos de dengue, pois o vírus causador possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo, mas imunidade parcial e temporária contra os outros três. pesquisadores-identificam-linhagem-do-viruschikungunya-no-brasil/>. As características do agente etiológico e da doença permitem inferir que: a) o risco de transmissão é maior, uma vez que o agente etiológico é específico a um único vetor. b) o genoma viral apresenta pareamento de bases nitrogenadas. c) o RNA do virion é de mesmo sentido que o RNA mensageiro e, portanto, funciona como RNA mensageiro, sendo totalmente ou parcialmente traduzido em proteínas na primeira etapa da replicação viral. d) a utilização de modelos matemáticos capazes de predizer possíveis padrões geográficos de disseminação do vírus será útil na imunização passiva de pessoas não afetadas pela febre chikungunya. Para o grupo de estudiosos que defende a ideia e) Aedes aegypti e Aedes albopictus são espécies “vírus é um ser vivo”, a relação ecológica entre o pertencentes ao mesmo gênero, mas de Aedes aegypti e o vírus da dengue é: famílias diferentes. a) b) c) d) e) intraespecífica e harmônica. interespecífica e harmônica. intraespecífica e desarmônica. interespecífica e desarmônica. intraespecífica e bilateral. 3. (ENEM 2015) Tanto a febre amarela quanto a dengue são doenças causadas por vírus do grupo dos arbovírus, pertencentes ao gênero Flavivirus, existindo quatro sorotipos para o vírus causador da dengue. A transmissão de ambas acontece por meio da picada de mosquitos, como o Aedes aegypti. Entretanto, embora compartilhem essas características, hoje somente existe vacina, no Brasil, para a febre amarela e nenhuma vacina efetiva para a dengue. 2. (PUCPR 2016) A febre chikungunya é uma doença viral transmitida aos seres humanos por mosquitos, como o Aedes aegypti e A. albopictus, os mesmos que transmitem a dengue. Em razão da alta incidência desses mosquitos no país, os pesquisadores estimaram o risco de transmissão MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional do vírus chikungunya por outras regiões do Brasil. de Saúde. Dengue: Instruções para pessoal de Para isso, submeteram dados sobre a presença combate ao vetor. Manual de Normas Técnicas. das duas espécies de mosquitos transmissores Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso da doença a modelos matemáticos capazes em: 7 ago. 2012 (adaptado). de predizer possíveis padrões geográficos de disseminação do vírus. O vírus chikungunya (CHIKV) possui genoma de RNA positivo de fita Esse fato pode ser atribuído à: simples, pertencente ao gênero Alphavirus da família Togaviridae. a) maior taxa de mutação do vírus da febre amarela do que do vírus da dengue. Fonte: Adaptado de: <http://revistapesquisa. b) alta variabilidade antigênica do vírus da dengue fapesp.br/2015/05/20/ em relação ao vírus da febre amarela. Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 5 EXERCÍCIOS c) menor adaptação do vírus da dengue à população humana do que do vírus da febre amarela. d) presença de dois tipos de ácidos nucleicos no vírus da dengue e somente um tipo no vírus da febre amarela. e) baixa capacidade de indução da resposta imunológica pelo vírus da dengue em relação ao da febre amarela. (www.ecodebate.com.br/2010/03/01/embrapaavalia-o-peixe-barrigudinhono-controle-dadengue. Acesso em: 22.10.2012.) 4. (UNICAMP 2015) Campinas viveu no verão deste ano a maior epidemia de dengue da sua história e situação semelhante foi observada em outras cidades brasileiras. Indique o vetor dessa virose, onde ele se reproduz e a situação de temperatura que influencia sua reprodução. a) O vetor do vírus da dengue é o Aedes aegypti. Suas fases imaturas desenvolvem-se no solo e há diminuição na sua reprodução em temperaturas abaixo de 17°C. b) O vetor do vírus da dengue é o Culex quiquefasciatus. Suas fases imaturas desenvolvem-se na água suja e há aumento na sua reprodução em temperaturas abaixo de 17°C. c) O vetor do vírus da dengue é o Aedes aegypti. Suas fases imaturas desenvolvem-se na água limpa e há diminuição na sua reprodução em temperaturas abaixo de 17°C. d) O vetor do vírus da dengue é o Culex quiquefasciatus. Sua reprodução se dá no solo e sofre aumento em temperaturas abaixo de 17°C. e) O vetor do vírus da dengue é o Culex quiquefasciatus. Suas fases imaturas desenvolvem-se na água suja e há diminuição na sua reprodução em temperaturas abaixo de 17°C. 5. (IFSP 2013) Leia o texto a seguir. Analisando a teia alimentar da qual o Barrigudinho ou Guaru faz parte, é correto afirmar que: a) a larva do Aedes aegypti ocupa a posição de decompositor na teia alimentar, uma vez que utiliza como alimento os restos existentes no ambiente. b) o Guaru e a barata-d’agua ocupam a posição de consumidores primários nesse ecossistema, sendo importantes no controle da população de larvas de mosquito. c) a retirada de sapos e rãs, no entorno de lagoas, diminuiria a quantidade de girinos e esse procedimento também poderia funcionar no controle biológico do Aedes aegypti. d) o uso do Guaru no combate à dengue é um exemplo de controle biológico, pois utiliza um organismo para o controle de pragas, sem alterar o equilíbrio do ecossistema. e) dependendo da cadeia alimentar considerada nesse ecossistema, o Guaru pode ocupar o papel de consumidor secundário, terciário ou até quaternário. Embrapa avalia o peixe Barrigudinho no controle 6. (UNESP 2013) Bactéria pode atuar como da dengue “vacina” para dengue Com apenas quatro centímetros de comprimento, o peixe Barrigudinho ou Guaru é a arma da Pesquisadores anunciaram que a bactéria Embrapa na guerra biológica para o controle do Wolbachia pipientis pode atuar como uma “vacina” mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue para o Aedes aegypti, bloqueando a multiplicação e da febre amarela. O Barrigudinho é o astro do do vírus dentro do inseto. “Quando inoculamos a Projeto Dengoso, uma ação de cidadania que está bactéria no Aedes aegypti, ficamos surpresos ao sendo implantada no município de Parnaíba, a 348 ver que ela, além de diminuir o tempo de vida do mosquito, também fazia com que o vírus não se quilômetros ao norte de Teresina. 6 Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br c) os machos modificados possuem genes que impedem a infecção dos mosquitos. d) a inserção de novos mosquitos aumentará a quantidade de mosquitos imunes ao vírus. e) o número de machos modificados crescerá com as gerações. a) as fêmeas de Aedes aegypti transmitirão aos seus descendentes a resistência ao vírus da dengue, mas os machos de Aedes aegypti, filhos de fêmeas não resistentes, continuarão transmitindo o vírus da doença. b) a infecção das pessoas pelo vírus da dengue pode diminuir com o aumento, no ambiente, de Aedes aegypti infectados pela Wolbachia pipientis. c) os sintomas da doença poderão não se manifestar em pacientes com dengue, pois a Wolbachia pipientis diminui o tempo de vida dos mosquitos e não permite que o vírus se desenvolva. d) a dengue pode ser erradicada se as pessoas forem vacinadas com uma vacina produzida a partir da Wolbachia pipientis. e) a resistência ao vírus é geneticamente determinada dentre os mosquitos Aedes aegypti, uma vez que só pode ser transmitida verticalmente, de mãe para filho. a) Colocação de telas nas portas e janelas, pois o mosquito necessita de ambientes cobertos e fechados para a sua reprodução. b) Substituição das casas de barro por casas de alvenaria, haja vista que o mosquito se reproduz na parede das casas de barro. c) Remoção dos recipientes que possam acumular água, porque as larvas do mosquito se desenvolvem nesse meio. d) Higienização adequada de alimentos, visto que as larvas do mosquito se desenvolvem nesse tipo de substrato. e) Colocação de filtros de água nas casas, visto que a reprodução do mosquito acontece em águas contaminadas. 8. (ENEM 2011) Durante as estações chuvosas, aumentam no Brasil as campanhas de prevenção à dengue, que têm como objetivo a redução (www.jb.com.br. Adaptado.) da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue. Que proposta De acordo com a notícia, conclui-se corretamente preventiva poderia ser efetivada para diminuir a que: reprodução desse mosquito? 7. (ENEM PPL 2012) Pela manipulação genética, machos do Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, criados em laboratório, receberam um gene modificado que produz uma proteína que mata a prole de seu cruzamento. SILVEIRA, E. Disponível em: www.pesquisafapesp. com.br. Acesso em: 14 jun. 2011 (adaptado) EXERCÍCIOS desenvolvesse”. A Wolbachia pipientis só pode ser transmitida verticalmente (de mãe para filho), por meio do ovo da fêmea do mosquito. Fêmeas com Wolbachia pipientis sempre geram filhotes com a bactéria no processo de reprodução. “Por isso, uma vez estabelecido o método em campo, os mosquitos continuam a transmitir a bactéria naturalmente para seus descendentes”, disseram os pesquisadores. 9. (ENEM 2010) Investigadores das Universidades de Oxford e da Califôrnia desenvolveram uma variedade de Aedes aegypti geneticamente modificada que é candidata para uso na busca de redução na transmissão do vírus da dengue. Nessa nova variedade de mosquito, as fêmeas não conseguem voar devido à interrupção do desenvolvimento do músculo das asas. A modificação genética introduzida é um gene dominante condicional, isso é, o gene tem expressão dominante (basta apenas uma cópia do alelo) e este só atua nas fêmeas. FU, G. et al. Female-specific hightiess phenotype for mosquito control. PNAS 107 (10): 4550-4554, 2010. Com o emprego dessa técnica, o número de casos de dengue na população humana deverá diminuir, pois: Prevê-se, porém, que a utilização dessa variedade de Aedes aegypti demore ainda anos para ser a) os machos modificados não conseguirão implementada, pois há demanda de muitos fecundar as fêmeas. estudos com relação ao impacto ambiental. A b) os machos modificados não obterão sucesso liberação de machos de Aedes aegypti dessa reprodutivo. Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 7 EXERCÍCIOS variedade geneticamente modificada reduziria o número de casos de dengue em uma determinada região porque: a) diminuiria o sucesso reprodutivo desses machos transgênicos. b) restringiria a área geográfica de voo dessa espécie de mosquito. c) dificultaria a contaminação e reprodução do vetor natural da doença. d) tomaria o mosquito menos resistente ao agente etiológico da doença. e) dificultaria a obtenção de alimentos pelos machos geneticamente modificados. 10. (UNESP 2002) “Uma vela produzida pela Fundação Osvaldo Cruz - Fiocruz, a partir da semente de uma árvore da região Amazônica a andiroba - exala um agente ativo que inibe o apetite dos insetos hematófagos. O produto atóxico, que não solta fumaça e nem tem cheiro, pode ser usado em escala industrial como melhor opção para o combate aos mosquitos transmissores de doenças.” (Jornal “O Estado de S. Paulo”, 3.3.2001, pág. A12.) Assinale a alternativa que indica as espécies de mosquitos e os períodos em que a vela deve ficar acesa. a) ‘Aedes aegypti’ e ‘Anopheles sp’, e a vela acesa somente à noite. b) ‘Aedes aegypti’ e ‘Anopheles sp’, e a vela acesa dia e noite. c) ‘Anopheles sp’ e ‘Culex sp’, e a vela acesa somente durante o dia. d) ‘Aedes aegypti’, ‘Anopheles sp’ e ‘Culex sp’, e a vela acesa somente à noite. e) ‘Aedes aegypti’, ‘Anopheles sp’ e ‘Culex sp’, e a vela acesa somente durante o dia. 8 Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br gabarito. A relação ecológica entre o vírus da dengue e o mosquito Aedes aegypti é interespecífica, por se tratarem de espécies diferentes, e harmônica, por ser favorável ao vírus, envolvendo abrigo e transporte até o hospedeiro e indiferente ao inseto. Resposta da Questão 2: [C] O vírus chikungunya (CHIKV) possui genoma de RNA positivo de fita simples, isto é, o RNA é formado por uma única cadeia e funciona como RNA mensageiro, sendo traduzido total ou parcialmente em proteínas durante a primeira fase da replicação viral no interior da célula hospedeira. transmissor, além de prejudicar o desenvolvimento do vírus. Resposta da Questão 7: [B] Os machos transgênicos da espécie de Aedes aegypti não obterão sucesso reprodutivo porque receberam e expressam um gene que produz uma proteínas letal para sua prole. Resposta da Questão 8: [C] Os mosquitos transmissores de doenças põem seus ovos na água e as larvas se desenvolvem nesse meio. Uma proposta para prevenir o aumento dessas doenças é evitar coleções de água parada onde seus insetos proliferam. Resposta da Questão 3: [B] Resposta da Questão 9: [C] A dificuldade em se produzir uma vacina eficiente contra a dengue, reside no fato de existirem diversos subtipos do vírus e alta variabilidade antigênica causada por mutações, em relação ao vírus da febre amarela. Como a fêmea mutante de Aedes Aegypti não pode voar, teria dificuldades em picar as pessoas e, portanto, de se contaminar. A sua reprodução seria também dificultada devido à impossibilidade da ocorrência do encontro com o macho voador. Resposta da Questão 4: [C] Resposta da Questão 10: [B] EXERCÍCIOS Resposta da Questão 1: [B] O vetor do vírus da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti. Suas larvas se desenvolvem na água limpa. A reprodução dos mosquitos é reduzida em temperaturas abaixo de 17ºC. Temperaturas baixas diminuem a velocidade das reações bioquímicas envolvidas no desenvolvimento dos insetos. Resposta da Questão 5: [D] O peixe Guaru atua como controlador biológico porque se alimenta das larvas dos mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela. Resposta da Questão 6: [B] A incidência da dengue na população humana tende a diminuir com o aumento populacional de fêmeas do mosquito Aedes aegypti infectadas pela bactéria Wolbachia pipientis. O texto revela que esta bactéria diminui o tempo de vida do inseto Estude com a gente! www.biologiatotal.com.br 9