Boletim Epidemiológico Ano 1, Nº 2, Abril, 2016 PERFIL DOS REGISTROS DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL DO MUNICÍPIO DE SALVADOR - BAHIA, 2015 RCBP – Registro de Câncer de Base Populacional tem por objetivo coletar, analisar e classificar informações de todos os casos novos de câncer, a fim de produzir estatísticas confiáveis dessas ocorrências em uma população definida e oferecer uma estrutura organizada para estabelecer e controlar o impacto que o câncer apresenta na comunidade a que o registro atende. Objetivos do RCBP em relação ao Planejamento e Administração em Saúde Pública: •Avaliar o impacto do agravo câncer na população coberta pelo registro, por meio de análise das taxas de incidência. •Contribuir para a avaliação da demanda às unidades de saúde e o fluxo de pacientes dentro da área de cobertura do registro. •Contribuir para identificação de áreas de risco Objetivos do RCBP em relação à Pesquisa e Educação: •Contribuir com estudos epidemiológicos descritivos, na população coberta pelo registro. •Identificar, por área geográfica, os grupos de risco. •Contribuir para o desenvolvimento técnico dos profissionais da área de saúde pública atualizando, divulgando e distribuindo material didático referente às codificações utilizadas no RCBP. O instrumento é a ficha específica do RCBP, habilitada no programam ACCES MICROSOFT. Apresenta variáveis: identificação (RG; CPF; cartão SUS; nome e nome da mãe e n° do prontuário), demográficas (sexo; idade; data do diagnóstico; raça/cor da pele; estado civil; escolaridade; ocupação/profissão), referente ao tumor (procedência; n° do exame; topografia; morfologia; meio de diagnóstico; extensão da doença; lateralidade; estadiamento; TNM; metástase a distância; data do diagnóstico de informação (ano; fonte notificadora; data de coleta e registrador) e de seguimento (data e tipo do óbito, status vital, último contato) Fonte: Material de coleta cedido pelo RCBP de Aracaju / Sergipe, Erinaldo Lobo Ano 1, Nº 1, Junho, 2016 Boletim Epidemiológico Os problemas de identificação de pacientes, abrangência na coleta e definição de casos na população de referência são de difícil solução, e o risco de distorções está sempre presente. Consultado o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), a fim de identificar, cadastrar e atualizar as fontes notificadoras. Em seguida foi agendado com a fonte notificadora o período e horário da coleta. Criando a base de dados temporária para validar os dados e assim identificar a multiplicidade dos casos. Foi solicitado em 2015 ao INCA a intervenção quanto à transferência do sistema e dos arquivos do RCBP da Liga Baiana contra o Câncer – Hospital Aristides Maltez para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado, com objetivo de dar sequência ao processo de codificação e digitação que foi finalizado em 2005 e iniciar a coleta dos anos subsequentes. Em maio de 2014, a SESAB firmou o Termo de Compromisso para manutenção de Ações e Serviços Públicos Estratégicos de Vigilância em Saúde o RCBP-BA (Port. 183/2014 e Resolução CIB/BA 129/2014) SERVIÇOS NATUREZA E QUANTIDADE HOSPITAL GERAL PÚBLICA PRIVADA 01 03 ClÍNICA DE ONCOLOGIA 02 LABORATORIO DE ANATOMIA PATOLÓGICA 03 TOTAL 01 1% ACOMPANHAMENTO DO PROCESSO DE COLETA 35% 64% 08 HOSPITAL GERAL E DE CÂNCER CLÍNICA ASSISTENCIAL CENTRO DE DIAGNÓSTICOS Atualmente, o RCBP está inserido no GT Neoplasias – CODANT / DIVEP. A coleta vem sendo realizada por seis (6) estagiários de bacharel em saúde. Para padronização e otimização do processo de coleta está sendo elaborado um tutorial do programa utilizando-se como referência o Manual de Rotinas e Procedimentos para Registros de Câncer de Base Populacional / MS / 2012 espera coletar e codificar os dados referente ao ano de 2011 até agosto de 2016. Atualmente, tem 3570 casos coletados Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Vigilância e Análise de Situação MANUAL DE ROTINAS E PROCEDIMENTOS PARA REGISTROS DE CÂNCER DE BASE POPULACIONAL / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva . Coordenação Geral de Prevenção e Vigilância , Divisão de Vigilância e Análise de Situação 2ª edição revista e atualizada Rio de Janeiro, RJ, 2012, 240 p.:il. color Esta obra pode ser acessada, na íntegra, na Área Temática Controle de Câncer da Biblioteca Virtual em Saúde BVS/MS (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/controle_cancer) e no Portal do INCA (http://www.inca.gov.br). Ano 1, Nº 1, Junho, 2016 Boletim Epidemiológico A estimativa para o Brasil, biênio 2016-2017, aponta a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma (aproximadamente 180 mil casos novos), ocorrerão cerca de 420 mil casos novos de câncer. GRUPOS HISTOLÓGICOS: VALOR ABSOLUTO POR NÚMERO DE CASOS 19 6 6 8 57 75 18 OUTROS LEUCEMIAS LINFOMAS DE HODGKIN E NÃO HODGKIN NEVOS E MELANOMAS NEOPLASIAS DE CÉLULAS ACINOSAS NEOPLASIAS DUCTAIS E LOBULARES NEOPLASIAS CÍSTICAS, MUCINOSAS E SEROSAS ADENOMAS E ADENOCARCINOMAS PAPILOMAS E CARCINOMAS DE CÉLULAS TRANSICIONAIS NEOPLASIAS BASOCELULARES NEOPLASIAS DE CÉLULAS ESCAMOSAS NEOPLASIAS EPITELIAIS, SOE NEOPLASIAS 251 8 36 70 0 Nº DE CASOS 340 162 200 400 No gráfico acima, Outros refere (Neoplasias dos anexos e apêndices cutâneos, das gônodas, fibromatosas, lipomatosas, miomatosas, complexas mistas do estroma, de células germinativas, trofoblásticas; paragangliomas e tumores glômicos; tumores de vasos sanguíneos, de plasmócitos; gliomas) Os tipos mais frequentes em homens serão próstata, pulmão, intestino, estômago e cavidade oral. Nas mulheres, os cânceres de mama, intestino, colo do útero, pulmão e estômago figurarão entre os principais. (INCA, Estimativa 2016. Incidência de câncer no Brasil) Distribuições dos principais tipos de câncer primário por sexo Distribuições dos principais tipos de câncer primário por idade SEM INFORMAÇÃO 75-79 60-64 45-49 30-34 15-19 00-04 CASOS 46% 54% 0 MASCULINO FEMININO 2 É fundamental que o monitoramento da morbimortalidade por câncer incorpore-se na rotina da gestão da saúde de modo a tonar-se instrumento essencial para o estabelecimento de ações de prevenção e controle do câncer e de seus fatores de risco. Esse monitoramento engloba a supervisão e a avaliação de programas, como ações necessárias para o conhecimento da situação e do impacto no perfil de morbimortalidade da população, bem como a manutenção de um sistema de vigilância com informações oportunas e de qualidade que subsidie análises epidemiológicas para as tomadas de decisões. (INCA) Ano 1, Nº 1, Junho, 2016 Boletim Epidemiológico MAPA COM A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS FONTES 1 1 1 3 3 7 1 1 2 27 Fonte: GT NEOPLASIAS – CODANT/DIVEP/SESAB As fontes acima referiam diagnosticar e / ou tratar neoplasias, totalizando 47 fontes notificadoras. CADASTRAMENTO DE FONTES E COLETA DE DADOS FONTES NOTIFICADAS: 47 FONTES COLETADAS: 9* (3 COMPLETAS) Coleta Ativa: resgata as informações diretamente na fonte dos dados por meio do preenchimento de formulários específicos ou em meio magnético. – (8 fontes) Coleta Passiva: registrador recebe das fontes de dados os casos identificados. – (1 fonte) Elaboração Estagiários do GT NEOPLASIAS– CODANT/DIVEP/SESAB – Ival Helmes Ferreira, Laís Marques, Lucas Monteiro, Luciana Frexeiras, Paulo Vinicius Rocha, Vitor Silva, Coordenador do GT NEOPLASIAS– CODANT/DIVEP/SESAB - Ana Claudia Nunes Coordenadora CODANT: Ana de Fatima Cardoso Nunes Informações e Contatos: [email protected]; fone: (71) 3116-0024