ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA DIFICULDADES EM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS: POR QUÊ? Adriane Francisca Vieira Vasconcelos1 Márcia Friedrich2 RESUMO O presente artigo busca apontar as dificuldades da Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde analisaremos uma breve trajetória da história da matemática no mundo e também no Brasil para começarmos a entender onde começa essa dificuldade que temos com os alunos em sala de aula. A formação dos professores que aflora e permeia este movimento de pesquisa é a prática pedagógica utilizada pelos professores. PALAVRAS–CHAVES: Educação. Matemática. Professores. Alunos. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Este trabalho objetiva investigar as dificuldades da Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, considerando a mística de que se trata de um componente curricular de difícil entendimento na maioria dos ambientes escolares. Outra questão que aflora e permeia este movimento de pesquisa é a prática pedagógica que é utilizada em sala de aula. Será realizada uma breve trajetória da Educação e Educação Matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental, que começou com a chegada dos portugueses no Brasil, os jesuítas apresentaram outra cultura além da que eles conheciam, sendo ministradas para brancos e índios não se estendendo para as mulheres. Com a independência politica no século XIX, a população começou a perceber o valor da escola, levando a qualidade da educação da mesma forma, havendo camadas sociais distintas na mesma escola. 1 2 Aluna concluinte do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Padrão. Professora Mestre em Educação em Ciências e Matemática, Orientadora do Trabalho de Conclusão de Curso. 1 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA A primeira republica falhou em suas tarefas educacionais em 1960 com Florestan Fernandes, mantendo seu atraso em relação ao desenvolvimento social da republica. Em 1988 veio a LDB com sua aprovação em 1996, com a lei 9394/96, sendo a partir dela que se procura garantir uma educação de qualidade para todos os brasileiros. Levando a responsabilidade para a família que deve garantir a educação para suas crianças, cobrando do estado o direito de educação de qualidade e fazer valer esse direito. Hoje a matemática continua passando por grandes transformações e pode ter seu conhecimento pronto e acabado como diz LUCHESI, 2006, mas todo conhecimento vindo do senso comum da bagagem que o aluno trás de casa deve ser considerado, precisamos mostrar o caminho para que os alunos possam construir o seu aprendizado. A dificuldade de todos os alunos quando tem aulas de matemática reflete na dificuldade que o seu professor teve quando foi aluno. Como foi passado esse método de ensinar matemática, hoje temos vários recursos que podem levar os alunos a ter mais interesse por essa disciplina, a matemática deve ser usada na sala de aula de modo que faça parte do cotidiano da criança (LUCHESI, 2006). A pesquisa aponta para a dificuldade da formação do professor que atua em matemática na sua origem. Esta dificuldade aparece no decorrer da formação em sua constituição histórica. BREVE TRAJETÓRIA DA EDUCAÇÃO E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Com a chegada dos portugueses no Brasil, houve um choque de culturas. Os portugueses extremamente católicos se depararam com os nativos com crenças totalmente diversas das que estavam acostumados. Viram então a necessidade de impor sua cultura sobre esses nativos. Foi através da vinda dos jesuítas que deu inicio a essa mudança de cultura e, consequentemente, o ensino no Brasil estava em seus primeiros passos. Porém, os nativos que aqui habitavam não se identificaram com o ensino dos jesuítas, pois, este era contrário a realidade vivida por eles na colônia, e não serviria para suas atividades (ROMANELLI, 2010). 2 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA Segundo a autora o ensino no inicio era ministrado de forma elementar para os índios e os brancos, não se estendendo para as mulheres. A educação média era para os homens da classe dominante e a educação superior religiosa da mesma, para essa classe dominante. Foi constituída também, a catequese para os nativos com vistas à formação religiosa o que se deu enquanto os jesuítas permaneceram no Brasil. Com a expulsão dos jesuítas no século XVIII o Brasil se tornou por muito tempo um país da Europa com uma educação intelectual alienada e alienante, que durou desde o período colonial atravessando o império e chegando até o período republicano. Não houve neste período grande modificação na estrutura da educação mesmo com o aumento social atingindo as camadas básicas da população, levando a uma ampliação da oferta escolar. No século XIX surgiu o período da independência política diversificando a demanda escolar e a população começou a perceber o valor da escola como instrumento de ascensão social, com a participação da pequena camada intermediária, pois um doutor era tão reconhecido quanto um grande proprietário de terras. A qualidade da educação continuou da mesma forma, embora havendo camadas sociais distintas na mesma escola (ROMANELLI, 2010). Em uma análise crítica no sistema educacional em 1960, Florestan Fernandes mostrou o que a Primeira República falhou em suas tarefas educacionais uma vez que o sistema escolar manteve-se inerte em relação ao desenvolvimento e só se expandia mediante a pressão da demanda efetiva. Não seguiu a direção em que esta exigia, ou seja, a escola manteve se em atraso em relação ao desenvolvimento social da república, estudos mostravam que o crescimento da população de faixa etária entre 5 a 24 anos ultrapassou o dobro e as matrículas na escola primária quadriplicaram nos anos de 1940 a 1970. (RAMANELLI, 2010 p.7375) Em 1988 deu-se inicio criação da LDB com sua aprovação em dezembro de 1996, com a lei 9394/96. Ela esta abaixo da Constituição Federal, porem é a partir dela que se procura garantir uma educação de qualidade a todos os brasileiros através de leis exclusivamente relacionadas à educação de um modo geral. É importante que se ressalte algumas leis contidas na LDB, como: 3 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA Art. 1° A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. Art. 2° A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento de educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB, 1996). Portanto a família tem o dever de garantir essa educação para suas crianças, cobrando do estado o direito de uma educação de qualidade e fazer valer esse direito mantendo suas crianças na escola. E em que se trata de direito à educação e do dever de educar. O Art. 4° da LDB diz que: O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: educação básica e gratuita dos quatro aos dezessete anos de idade, ou seja, da pré-escola ao ensino médio, entre varias outras atribuições que garante o ensino a todos. (LDB, 1996). Quando se trata de “dever do Estado” inclui se aí a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cada um com suas responsabilidades para com a educação do país. E desde a sua criação e sua promulgação ocorreram várias atualizações na LDB a última ocorreu no ano de 2013, mudanças essas que sempre buscaram a melhoria na qualidade da educação. A mudança significativa ocorreu na Educação Infantil determinando que as crianças a partir de quatro anos terão que ser matriculadas na escola. A partir de 2016 os pais que cumprirem essa determinação serão penalizados na forma da lei. MATEMÁTICA: UM POUCO DE HISTÓRIA “A historia da matemática é fundamental para perceber como teorias e práticas matemáticas foram criadas, desenvolvidas e utilizadas num contexto especifico de sua época”. (D’ AMBRÓSIO, 2011, p. 30). A visão critica da matemática através da sua história, não implica no domínio das teorias e práticas que se analisa aqui. Quando se conhece 4 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA historicamente aspectos da matemática que era praticada anteriormente poderá de fato, orientar o aprendizado e o desenvolvimento da matemática de hoje, mas o conhecer teorias e práticas que ontem foram criadas e serviram para resolver os problemas de ontem, embasam, mas não respondem aos problemas de hoje. (D’ AMBRÓSIO, 2011). D’Ambrósio (2011), diz que do ponto de vista de motivação contextualizada, a matemática que se ensina hoje nas escolas é morta e poderia ser tratada como um fato histórico tenta-se justificar que a matemática do passado serve de base para a matemática de hoje, pois, conhecimento é cumulativo e alguma coisa de um contexto serve para outros contextos, sendo que muito pouco se usa a matemática do passado hoje em dia. A linha do tempo da história da matemática ocidental, segundo D’Ambrósio (2011), começa com a Pré-história; Antiguidade Mediterrânea; Grécia e Roma; Idade Média e o Islão; Os descobrimentos e o Renascimento; Colônias, impérios e industrialização; chegando ao século XX. O autor enfatiza ainda que a história começou com a espécie homo sapiens sapiens3 que foi traçada a hominídeos que tinha existido no coração da África, ocupando todo o planeta, já dominando o fogo e a linguagem, e em todo esse período a espécie vem acumulando conhecimento, em direções diferentes. Foram assim modalidades culturais distintas, grupos de indivíduos compartilhando uma mesma modalidade, se estruturando em sociedades e dando origem a grandes civilizações. Dentre as várias civilizações que identificamos no passado temos interesse naqueles que floresceram nos altiplanos do México e nos Andes, sendo os astecas, maias e incas, pois aí aconteceram importantes desenvolvimentos matemáticos nessas civilizações. A matemática, assim como todos os conhecimentos egípcios, chegou a até hoje por meio dos escritos em papiros4, mediante hieróglifos5. O povo judeu que 3 homo sapiens sapiens: Humano (conhecido taxonomicamente como Homo sapiens, do latim "homem sábio", e também chamado de pessoa, gente ou homem) é a única espécie animal de primata bípede do gênero Homo ainda viva. Os humanos anatomicamente modernos originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comportamento moderno há cerca de 50 mil anos. 4 Papiros: Planta nativa da África tropical, da família das ciperáceas, cujas hastes são formadas de folhas sobrepostas, que os egípcios, depois de separar umas das outras, justapondo-as e colando-as em seguida, usavam para escrever. 5 Hieróglifos: Tipo de escrita pictórica. A palavra geralmente se refere à antiga escrita do Egito, mas é também usada para designar a escrita dos astecas e de outros grupos indígenas primitivos americanos. A palavra grega hieróglifo significa entalhe sagrado ou sacerdotal. Os gregos 5 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA estava sobre a liderança de Moisés, localizou-se no território onde é hoje o estado de Israel, em conflito com diversos reinos babilônicos, fundaram o reino da Judéia, essa história da fundação desse reino e do povo judeu está no maior livro de influência, a Bíblia. Muitas práticas matemáticas dos judeus são semelhantes às dos egípcios. A babilônia que resultou de antigas civilizações que se baseava no pastoreio, levou a um grande desenvolvimento de aritmética de contagem e de cálculos astronômicos, estando registrados em tabletes de argila nos quais eram impressas marcas na forma de cunha, sendo chamados caracteres cuneiformes. (D’ AMBRÓSIO, 2011). A margem do Mediterrâneo, povos emigrados do Norte desenvolveram a importante civilização dos gregos, organizados em inúmeros reinos. Eles praticaram uma matemática utilitária, semelhante a dos egípcios, mas ao mesmo tempo desenvolveram um pensamento abstrato, com objetivos religiosos e rituais. Assim começava um modelo de explicações que vai dar origem às ciências, a filosofia e a matemática abstrata. É possível notar duas formas de matemática, uma que chamada matemática utilitária e outra, matemática abstrata, essas duas modalidades prevaleceram no Império Romano, na Idade Média hoje. Muito do conhecimento que hoje se tem na matemática grega está nas obras dos três maiores filósofos da Antiguidade Grega, Sócrates, Platão e Aristóteles que viveram no século IV a.C., pois matemática e filosofia representavam uma mesma linha de pensamento, Platão distinguia claramente uma matemática utilitária, importantes para comerciantes e artesãos, mas para os intelectuais defendia uma matemática abstrata. No século III a.C. surgiu um grande matemático, Arquimedes de Siracusa, o primeiro capaz de desenvolver, com igual competência as duas matemáticas a utilitária e a abstrata. Sendo considerado o primeiro matemático aplicado, desenvolveu inúmeros engenhos para uso civil e militar e resolveu problemas práticos. (D’ AMBRÓSIO, 2011). O autor segue dizendo que logo em seguida começava o período de expansão do Império Romano, com características muito distintas dos gregos. Os romanos tinham como foco maior de sua preocupação a vida social e politica, sendo muito importante no projeto imperial de Roma a fundação de cidades e a acreditavam que apenas os sacerdotes egípcios compreendiam e valiam-se desse sistema de escrita. Pensavam que os hieróglifos representavam alguma sabedoria secreta, mágica e que se precisava compreender o seu significado mágico para entender a escrita que o representava. 6 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA reorganização urbana, uma ciência de urbanização e de técnicas que está sintetizada na importante obra de Marcus Vitrúvius Pollio, Dez Livros de arquitetura. Nessa obra está tudo aquilo que se considerava importante no Império Romano. A matemática dos romanos que era eminentemente prática está contida na obra de Vitrúvio. Esses matemáticos são representante do chamado período helenístico, que se manteve durante o apogeu do Império Romano, extremamente tolerante com a intelectualidade politicamente subordinada. Na Idade Média a cristianização se fez uma fundamentação filosófica adequada, pois, era muito fraco o nível intelectual dos cristãos quando comparado ao dos filósofos pagãos. Os intelectuais cristãos criaram seu próprio espaço e sua própria filosofia, nos mosteiros foi desenvolvido o pensamento da Idade Média direcionada á construção de uma teologia cristã, não havendo espaço para a matemática filosófica de origem grega. A matemática utilitária progrediu muito nessa época entre os povos e os profissionais, os algarismos romanos serviam apenas para representação, mas foram desenvolvidos interessantes sistemas de contagem, utilizando pedras, ábacos e mãos. Em Bagdá desenvolveu a principal escola matemática da Idade Média, como todos sabiam sobre a importante modernização da Europa. Os europeus puderam reorganizar o conhecimento que estava sendo gerado nos mosteiros. Nos séculos XIV e XV emergem grandes desenvolvimentos da matemática nos mosteiros e nas universidades. Todos os conhecimentos que passariam a ser organizados com um estilo próprio e a ser conhecido por especialistas e se reconhece aí o inicio do nascimento de especialidades no conhecimento. (D’ AMBRÓSIO, 2011). A matemática ocidental a partir dos descobrimentos e do Renascimento começa com as navegações portuguesas no século XV sendo um marco na história da humanidade, chamadas de descobrimentos marítimos. O desenvolvimento cientifico de Portugal fica inteiramente isolado e focalizado nas navegações, sendo notável que o maior matemático da época foi Pedro Nunes. Nesse ambiente de resolução de problemas matemáticos começou a desenvolver um grande interesse pela resolução de equações de grau superior, como equações de 2º e 3º grau. (D’ AMBRÓSIO, 2011). Na transição do século XIX para o século XX, foi realizado o Primeiro Congresso Matemático Internacional em Chicago, logo em 1900 o Segundo foi em Paris. Muito do que se fez em matemática neste século teve foco nos problemas 7 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA formulados por Hilbert, que apresentou uma lista de alguns problemas que eram a principal preocupação dos matemáticos nesse século (D’ AMBRÓSIO, 2011). A preocupação com o ensino da Matemática é histórica. Na Grécia antiga a matemática era ensinada na escola pitagórica, como um conhecimento necessário para a formação dos filósofos e dos futuros governantes. Esta história por tomar como referência o próprio conhecimento matemático, pode ser agrupada em quatro períodos: a matemática jesuíta; a matemática militar; a matemática positivista e a matemática institucionalizada. Mas, é somente a partir das três grandes revoluções da modernidade – a Revolução Industrial (1767), a Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789) – que as preocupações com a educação matemática da juventude começam a tomar corpo. A identificação da educação matemática como uma área prioritária na educação ocorre na transição do século XIX para o século XX (D’AMBRÒSIO, 2011). D’Ambrósio (2011), enfatiza que começou no Brasil com o período colonial e no império com o ensino tradicional, focado no sistema vindo dos portugueses, não tendo universidades e imprensa. Com a chegada da família real, em 1908 foi criada a imprensa e alguns estabelecimentos culturais. Em 1810 foi criada a primeira escola superior. A influência francesa veio junto com a república seguindo a linha do positivismo e, em 1928 com Teodoro Ramos foram criadas várias faculdades chamadas de Universidades do Brasil, onde foram formados os primeiros pesquisadores modernos de matemática no Brasil. A Matemática nas escolas funcionava no qual o licenciado era professor de ginásio, na estrutura de hoje, 5ª a 8ª serie do ensino fundamental e o colegial hoje chamado ensino médio. As quatro primeiras séries, o curso primário, hoje 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental (EF), que era responsabilidade de professores normalistas, o curso normal era equivalente ao colegial, sendo de formação pedagógica geral, com matemática nas três séries. Para o curso de matemática foi adotado o modelo para a licenciatura de 3+1, isto é, três anos só de matemática, dando se o titulo de Bacharel, e mais um ano de matérias pedagógicas, esse modelo predomina até hoje, embora haja licenciaturas mais modernas. Os programas do ginásio e do colégio eram essencialmente iguais ao de hoje, também com mais profundidade, o rendimento não era melhor que o de hoje, embora muitos digam que 8 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA naquele tempo os alunos se interessavam mais e o rendimento era melhor. (D’AMBRÓSIO, 2011). D’ Ambrósio 2011, diz que na década de 1960 foi criado em São Paulo, com a liderança de Osvaldo Sangiorgi, o GEEM (Grupo de Estudos de Educação Matemática), sendo logo criados em outras cidades. O movimento da matemática moderna teve enorme importância na identificação de novas lideranças na educação matemática e na aproximação dos pesquisadores com os educadores. Ela continua falando que a matemática moderna não produziu os resultados pretendidos, o movimento serviu para desmistificar muito do que se fazia no ensino da matemática e mudar, sem duvidas para melhor. Houve mudanças no estilo das aulas e das provas e a linguagem moderna de conjuntos, tendo exageros e incompetência, como em todas as inovações, tendo um saldo altamente positivo, passando com as mesmas características em todo mundo. ... E HOJE? MATEMÁTICA PARA QUE? Hoje a matemática continua passando por grandes transformações, na sua metodologia, sendo isso absolutamente normal, com os meios de observação, de coletas de dados e de processamento desses dados que são essenciais na criação matemática, tiveram grandes mudanças. Não que se tenha relaxado o rigor, mas sem dúvida, o rigor cientifico de hoje é de outra natureza. Tendo outro grande fator de mudança que é o reconhecimento do fato de a matemática é muito afetada pela diversidade cultural. Reconhece diversidade naquilo que chamamos de matemática avançada ou matemática universitária e a pesquisa em matemática pura e aplicada. Sendo uma diversidade cultural na pesquisa e na transdisciplinaridade. Pode-se dizer que a matemática é o estilo de pensamento dos dias de hoje, a linguagem adequada para expressar as reflexões sobre a natureza e as maneiras de explicação. (D’AMBRÒSIO, 2011). O estilo moderno que essa nova matemática trouxe era acessível até no nível primário. Não se pode, entretanto, questionar que a matemática teve um rendimento cada vez mais baixo em todos os níveis. Os alunos não estavam aguentando coisas absurdas, inúteis e desinteressantes não conseguindo 9 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA proporcionar ao aluno ênfase com os conteúdos como teorema de Pitágoras, entre outros. Segundo D’Ambrósio (2011), em 1970 houve uma grande revolução no ensino da matemática que foi um preço acessível para todos com a descoberta da calculadora. Hoje se vive o surgimento dos computadores, das comunicações e da informática em geral, isto não altera a evolução do uso de calculadoras, são dois conceitos totalmente diferentes. Lucchesi (2006) enfatiza que a matemática é uma área do conhecimento“ pronta, acabada e perfeita” (p.15). Mas que na sala de aula é necessário interagir com o conhecimento do senso comum e o professor tem como obrigação mediar o acesso dos alunos ao conhecimento. Não se podem ter professores que julgam seus alunos por achar que a matemática tem uma consequência do desgosto manifesto e da suposta incapacidade para a mesma. Então, por que ensinar matemática nos anos iniciais do EF? Quando se considera que o conhecimento deve ser construído, que a linguagem matemática deve ser adquirida pelo aluno, quanto antes for iniciada essa construção mais tempo o aluno tem para enriquecer os temas abordados, tornando mais abrangentes e complexos, possibilitando que o processo de aquisição do conhecimento matemático não se interrompa tão prematuramente como acontece. Os conteúdos que podem ser ensinados nos quatro primeiros anos do EF são, a apresentação do número, as operações não matemáticas, transformações aditivas e multiplicativas e exploração do espaço físico (LUCCHESI, 2006). A importância do conhecimento matemático deve começar no curso de formação dos professores, pois é importante refletir sobre a linguagem matemática as técnicas operatórias e o calculo mental e a melhor maneira de compreensão solução de problemas. O termo memorização pode ser usado com prudência, pois todos aprendem por memória. Logo, antes de decorar a tabuada é preciso compreendê-la, pois não é possível a aprendizagem sem entender o real sentido do calculo feito na tabuada, com isso a matemática não se resume apenas em resolver problemas, e sim se aprende matemática resolvendo problemas. 10 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA DIFICULDADES EM MATEMÁTICA E OS RECURSO PEDAGÓGICOS Pela historia da Matemática é possível perceber que além dos avanços e retrocessos os professores dos anos iniciais são Licenciados ou Licenciandos em Pedagogia que tiveram dificuldade na matemática por toda a sua vida escolar e acadêmica e que precisam mostrar a matemática no concreto, na vida cotidiana dos alunos, pois para tudo é necessário o uso da matemática (NACARATO, ano; LUCHESI, 2006). Existem pedagógicos hoje recursos que estão à disposição dos professores e são timidamente usados, pois não são do domínio do mesmo, tendo em vista que este pouco entrou em contato com o material na sua formação inicial. Um exemplo é o Material Dourado para o ensino das operações fundamentais que é um recurso muito importante porque as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta facilitando a compreensão, o desenvolvimento do raciocínio logico. Esse material permite compartilhar experiências pedagógicas no processo ensino aprendizagem e dividir momentos de interação e socialização em sala de aula. Com esse material é possível desenvolver a independência, confiança em si mesma, concentração, coordenação e a ordem, fazer a criança perceber possíveis erros que comete ao realizar uma determinada ação com o material trabalhando com os sentidos da visão do tato e da audição (KAMII, 2011). A compreensão da natureza do número é fundamental para ensinar e aprender matemática, como pondera Kamii (2011) usando Piaget, que o ser humano tem dois conhecimentos sendo um físico e o outro lógico-matemático. Quando se fala em conhecimento físico está se tratando dos objetos da realidade externa e o conhecimento lógico-matemático consiste na coordenação de relações, assim, Piaget reconhecia fontes internas e externas. “A criança progride na construção do conhecimento lógico-matemático pela coordenação das relações simples que anteriormente ela criou entre os objetos.” (KAMII, 2011, p.18). Segundo Kamii (2011), quando são apresentados conjuntos de quatro lápis, quatro flores, quatro balões e cinco lápis, que encontrem os conjuntos que tenha a mesma propriedade de números, está sendo proporcionada ao aluno a suposição para se aprender conceitos sobre o número ao abstrair a propriedade de 11 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA número a partir de vários conjuntos, do mesmo modo que elas abstraem a cor e outras propriedades físicas dos objetos. Quando Kamii (2011) traz Piaget e ressalta a abstração empírica ou abstração reflexiva diz que a atividade empírica é quando a criança focaliza certa propriedade do objeto e ignora as outras, quando a criança abstrai a cor de um objeto ela simplesmente ignora as outras propriedades como peso e de qual material o objeto é feito. A reflexiva e envolvente construção de relações entre os objetos não tendo a existência na realidade externa, se manifesta na diferença entre os objetos existentes nas mentes daqueles que podem criá-las. Kamii (2011) afirma não ser possível que nenhum dos dois tipos de abstração exista sem a presença do outro, a criança não poderia construir a relação do diferente se não pudesse observar propriedades de diferenças entre os objetos. O objetivo para ensinar o número é o da construção que a criança faz da estrutura mental de número, não podendo ser ensinada diretamente, o professor deve priorizar o ato de encorajar a criança para pensar ativa e automaticamente em todos os tipos de situações. Quando uma criança pensa ativamente constrói o número, a tarefa do professor é a de encorajar o pensamento espontâneo da criança, o que é muito difícil, pois a maioria de nós foi treinada para obter das crianças a produção de respostas certas. (KAMII, 2011). “Portanto, a criança que pensa ativamente na vida diária pensa sobre muitas coisas simultaneamente. Uma criança passiva e heterônoma poderia continuar sentada lá, comendo o que houvesse sobrado” (KAMII, 2011, p.44). Quando as crianças passam por situações de conflitos podem ser encorajadas a colocar as coisas em relações, quando as situações de conflito são negociadas desenvolve-se a particularmente a mobilidade e a coerência do pensamento. Uma criança educada numa família autoritária tem muito menos oportunidades de desenvolver sua habilidade de raciocinar logicamente e a criança que é forçada a obedecer em vez de ser encorajada a inventar argumentos que façam sentido e sejam convincentes. “Se a autonomia é a finalidade da educação e a criança deve ser mentalmente ativa para construir o número, ela deve ser encorajada a agir de acordo com sua escolha e convicção em vez de agir com docilidade e obediência” (KAMII, 2011, p.46). 12 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA Segundo Kamii (2011), as crianças cometem erros é porque, geralmente, estão usando sua inteligência a seu modo, considerando que todo erro é um reflexo do pensamento da criança, a tarefa do professor não é a de corrigir a resposta, mas de descobrir como foi que a criança fez o erro. O professor pode, muitas vezes, corrigir o processo do raciocínio, o que é muito melhor do que corrigir a resposta. Quando se trata de jogos emerge a parte lúdica da educação. Vários autores que discutem opiniões diferentes no ensino através de jogos, brincadeiras, brinquedos e a educação. Percebe-se que o conceito de jogo tem um valor como recurso de aprendizagem, as crianças jogam porque o jogo, em si mesmo, é um prazer, porém a maior importância reside no fato de que permite resolver simbolicamente os problemas e possibilita pôr em prática distintos processos mentais. Aprender por meio do jogo é um direito de todas as crianças, assim como indica (Alsina, 2009): “O mundo lúdico das crianças é tão real e importante para elas como para o adulto é o mundo do trabalho e, como consequência, dever-se-ia conceder a mesma dignidade”. O uso do jogo nas aulas de matemática significa que o recurso deve ficar subordinado à matemática e não o inverso. É importante não confundir os alunos com ideias enganosas como: nas aulas de matemática, os alunos estão só jogando, mas na verdade eles estão aprendendo matemática por meio de jogos. Segundo Alsina (2009), o jogo é parte da vida real das crianças, utilizando como recurso metodológico, translada-se a realidade das crianças à escola e permite fazê-la ver a necessidade e a utilidade de aprender matemática. As atividades lúdicas são enormemente motivadoras, levando os alunos a se envolverem muito e levar a sério. Os alunos podem encarar conteúdos novos da matemática sem medo do fracasso inicial. O raciocínio lógico-matemático inclui as capacidades de identificar, relacionar e operar e proporcionar as bases necessárias para adquirir conhecimentos matemáticos (Canals, 1992). Permite desenvolver competências que se referem à habilidades em resolver novos problemas, visto que não se conhece de antemão um método mecânico de resolução, podendo-se considerar que está relacionado com todos os demais blocos matemáticos (ALSINA e CANALS, 2009). Um dos materiais lógicos estruturado mais conhecidos são os blocos lógicos, desenhados pelo matemático Zoltan P. Dienes. Esse 13 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA material baseia-se em quatro qualidades muito próximas às crianças: a cor, a forma, a medida e a espessura; e onze atributos, que são as diversas variantes das qualidades. Esses atributos combinam-se entre si de todas as formas possíveis, dando lugar a 48 combinações possíveis (o número de combinações se obtém multiplicando a quantidade de atributos de cada qualidade). Cada uma das peças caracteriza-se por ter quatro atributos, e todas as peças diferem pelo menos em um atributo. Cada combinação corresponde a uma peça distinta. Os atributos podem ser afirmativos, se existem, e negativos se não existem (o sinal de negação é uma cruz), e são representados mediante etiquetas. Todos os atributos das distintas qualidades devem combinar entre si, de maneira qual a combinação final seja lógica, quadrado, azul, grande e fino. (ALSINA, 2009, p. 18). Segundo Kishimoto (2011), a educação matemática está repleta de exemplos de ações em que se destacam aspectos isolados dos problemas de aprendizagem desta disciplina. A matemática moderna é apenas um dos exemplos mais significativos, os congressos de educação matemática patrocinados pela UNESCO também contribuíram para uma visão desarticulada dos problemas do ensino de matemática. Ao analisar o jogo no ensino de matemática, pode-se fazer uma retrospectiva sobre como este foi sendo incorporado às atividades educativas para que se tenha clareza de seu uso. Não é pretensão aqui fazer uma história do jogo na educação matemática, sendo o objetivo buscar as razões do uso do jogo na educação matemática, atentos aos cuidados a serem tomados com o modismo adotado (KISHIMOTO, 2011, p.84). O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem. A criança, colocada diante de situações lúdicas, apreende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, apreende também a estrutura matemática presente. CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente pesquisa acadêmica foi realizada com o objetivo de compreender as dificuldades dos alunos em aprender matemática nos anos iniciais. Para alcançar os objetivos foi realizada pesquisa bibliográfica, em fontes primária e secundárias de autores que discorrem sobre o assunto. Trata–se de uma pesquisa 14 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA de caráter qualitativo tendo o seu foco nas dificuldades em matemática e as dificuldades do professor ensinar os conceitos básicos nos anos iniciais. É possível perceber que avanços e retrocessos dos professores dos anos iniciais que são licenciados ou ainda licenciandos em Pedagogia estão relacionados à professores pedagogos que tiveram dificuldade na matemática por toda a sua vida escolar e acadêmica e que terão que mostrar a matemática no concreto para os alunos. Segundo Piaget (ano) todo ser humano tem dois conhecimentos sendo um físico e o outro logico-matemático, o físico trata de realidade externa e o logicomatemático as fontes externas. Com a ajuda de recursos como materiais concretos também o jogo, que na educação matemática passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado veiculo de aprendizagem, tendo a oportunidade de proporcionar para a criança situações lúdicas, que no inicio aprende a estrutura logica da brincadeira e em consequência aprende a estrutura matemática, despertando interesses. Essa dificuldade na disciplina de matemática se perdura por séculos e que na verdade apresentam necessidade de investimento em formação de professores que são condutores do conhecimento. Essa formação de qualidade oportuniza o ensino de qualidade, esse que poderá fazer com que a história da educação matemática tenha uma mudança considerável levando os alunos a desenvolverem em todas as áreas através do conhecimento logico-matemático. DIFFICULTIES IN MATHEMATICS IN THE EARLY YEARS: WHY? ABSTRACT This article seeks to identify the difficulties of mathematics in the early years of elementary school, where we will analyze a brief history of the history of mathematics in the world and also in Brazil to begin to understand where it gets this difficulty we have with the students in the classroom. Teacher training that touches and permeates this research movement is teaching practice used by teachers. 15 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA KEYWORDS : Education . Mathematics . Teachers. Students. NOTAS EXPLICATIVAS Dedico este trabalho aos meus grandes amores Wendel Vasconcelos e Arthur Vasconcelos e aos meus pais orgulho de minha vida. Agradeço de coração a todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para que esse sonho se se torna realidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALSINA, i Pastells, Ángel. 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Goiânia: Kelps, 2014. 16 ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIÁS - AECG FACULDADE PADRÃO III DEPARTAMENTO DE GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA Adriane Francisca Vieira Vasconcelos DIFICULDADES EM MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS: POR QUÊ? Artigo apresentado como um dos requisitos para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Padrão. Goiânia, ___ de ____________ de 2014. BANCA EXAMINADORA _____________________________________________________ Prof.ª Mestre Márcia Friedrich (Orientadora) _____________________________________________________ Prof.ª Rosilda Campelo dos Santos Faculdade Padrão ______________________________________________________ Prof.º Hugo Leonardo Azevedo Faculdade Padrão 17