interações - UniSALESIANO

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12/04/2016
Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia
E mail: [email protected]
INTERAÇÕES
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12/04/2016
Interações
medicamentosas é
evento clínico em que
os efeitos de um
fármaco são alterados
pela presença de outro
fármaco, alimento,
bebida ou algum agente
químico ambiental.
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Reações substâncias X fármacos ingeridos
Isso é sempre prejudicial?????
Terapêutica:
interações prejudiciais ou benéficas.
Interações entre dois ou mais medicamentos
OMS – busca redução de associações medicamentosas.
Instituição de monofármacos.
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Incidência de interações medicamentosas:
•
entre 3-5%, para pacientes em uso de várias
medicações;
•
20% ou ainda mais, em doentes usando 10 a 20 drogas.
•
Paciente internado recebe, em média, 6-8 drogas.
Interações entre medicamentos e outras substâncias:
As ações dos medicamentos podem ser influenciadas negativa
ou positivamente por outras substâncias como:
- Alimentos
- Drogas (álcool, cigarro, maconha, cocaína)
- Solventes
- Poluentes
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Interações entre medicamentos - fatores ligados ao
paciente:
Estados
patológicos: diabetes, hiper
ou
hipotireoidismo,
alcoólatras e diversas ordens gastrintestinais podem responder
a determinados medicamentos de maneira diversa dos pacientes
sem estas afecções.
Interações entre medicamentos - fatores ligados ao
paciente:
Função Renal: se estiver alterada vai modificar a excreção.
Função Hepática: pode alterar o metabolismo das drogas.
Níveis Séricos de Proteínas: vai influenciar a distribuição dos
medicamentos no organismo;
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Interações entre medicamentos - fatores ligados ao
paciente:
Idade: a dosagem dos fármacos devem ser ajustada para crianças e
idosos
Constituição Genética: diferenças genéticas
e/ou alteração de alguma enzima poderá
interagir com a ação dos medicamentos
Interações Físico-Químicas
("incompatibilidade farmacêutica"):
Duas ou mais drogas podem interagir diretamente no trato
gastrointestinal quando são ingeridos simultaneamente ou quando
são misturados em infusão intravenosa, frascos e seringas.
Ex: tem-se o aparecimento de coloração diferente, turvação ou
precipitação de uma solução, ao se misturar com outra na seringa
de injeção.
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Interações Físico-Químicas
("incompatibilidade farmacêutica"):
Incompatibilidades Farmacêuticas – Exemplos:
Os beta-lactâmicos podem ser inativados pelo pH ácido de
soros glicosados.
Incompatibilidades Farmacêuticas – Exemplos:
Antineoplásicos, como a doxorrubicina devem ser protegidos
da luz por serem fotossensíveis e devem ser administrados
em equipos escuros.
O gluconato de Cálcio e fosfato de Potássio se forem misturados
em nutrição parenteral podem precipitar.
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Incompatibilidades Farmacêuticas – Exemplos:
As tetraciclinas são agentes quelantes eficientes contra vários
cátions com os quais formam complexos pouco solúveis. Assim
sendo, a absorção no trato intestinal é prejudicada pelo leite e
seus produtos derivados assim como pela administração
concomitante de géis de Hidróxido de Al e sais de cálcio,
magnésio ou ferro.
Incompatibilidades Farmacêuticas – Exemplos:
Muitos fármacos não podem ser administrados por via oral
porque são inativados pelo pH ácido do estômago ou por
enzimas digestivas . Ex: heparina, insulina, maioria das
penicilinas e cefalosporinas, etc.
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Via de regra deve-se evitar a mistura de vários
medicamentos em um mesma solução, sempre que
possível, para assim diminuir a probabilidade de
interações químicas.
Interações medicamentos & nutrientes
"Eventos que ocorrem quando se produz um
desequilíbrio nutricional por ação de um
medicamento, ou quando um efeito farmacológico
é alterado pela ingesta de nutrientes ou estado
nutricional do paciente".
American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN, 1994)
Fatores
determinantes
individuais:
idade,
situação fisiológica, exposição múltipla à drogas,
função hepática, função renal e dieta.
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Principal via de administração de
drogas: oral
• várias interações podem
ocorrer já no trato gastrintestinal:
drogas
e
nutrientes
compartilham os mesmos sítios
de
absorção
na
mucosa
intestinal.
•
características
do
trato
gastrintestinal determinam o
grau e velocidade de absorção
das drogas.
INTRODUÇÃO
Independente da cultura do indivíduo e da
época vivida, o alimento é um fator essencial
e indispensável à manutenção e à ordem da
saúde. Sua importância está associada à sua
capacidade de fornecer ao corpo humano os
nutrientes necessários ao seu sustento, de
modo que funções específicas como a plástica,
a reguladora e a energética sejam satisfeitas,
mantendo assim a integridade estrutural e
funcional do organismo.
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INTERAÇÃO
Os alimentos (nutrientes) são também
capazes de interagir com fármacos,
sendo um problema de grande
relevância na prática clínica, causando
alterações nos efeitos farmacológicos
e/ou na biotransformação do fármaco
e este, por sua vez, pode modificar a
utilização
do
nutriente,
com
implicações clínicas tanto na eficácia
terapêutica medicamentosa como na
manutenção do estado nutricional.
Comprometendo mais a homeostasia.
Ingerir medicamentos junto com
Alimentos, o que acontece?
A recomendação da administração de medicamentos com as refeições se faz
por três razões fundamentais:
• possível aumento da sua absorção;
• redução do efeito irritante sobre a mucosa gatrintestinal;
• auxiliar no efeito terapêutico.
Entretanto, estes motivos são insuficientes para justificar este procedimento
de forma generalizada.
A presença de alimentos e nutrientes no intestino pode reduzir a
absorção do fármaco. Como resultado, o medicamento pode não
atingir níveis suficientes no sangue ou os efeitos podem ser
prolongados, induzindo lenta liberação do seu principio ativo.
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INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
O fenômeno de interação fármaco-nutriente
pode surgir antes ou durante a absorção
gastrintestinal, durante a distribuição e
armazenamento nos tecidos, no processo de
biotransformação ou mesmo durante a
excreção. Essas interações podem alterar a
disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma
destas substâncias ou de ambas. Elas podem ser
físico-químicas, fisiológicas e patofisiológicas.
INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
Interações físico-químicas são caracterizadas por
complexações entre componentes alimentares e os
fármacos. As fisiológicas incluem as modificações
induzidas por medicamentos na ingestão de
alimentos,
digestão,
esvaziamento
gástrico,
biotransformação
e
clearance
renal.
As
patofisiológicas ocorrem quando os fármacos
prejudicam a absorção e/ou inibição do processo
metabólico de nutrientes.
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INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
O trato gastrintestinal representa o principal
sítio de interação fármaco-nutriente, uma
vez que o processo de absorção de ambos
ocorre por mecanismos semelhantes e
podem ser competitivos. A ingestão de
alimentos é capaz de desencadear no trato
digestivo a liberação de secreção que, por
ação qualitativa e quantitativa dos sucos
gástricos, age hidrolisando e degradando
ligações químicas específicas.
INTERAÇÃO FÁRMACO-NUTRIENTE
Substâncias sensíveis a pH baixo podem ser
alteradas ou até inativadas pelo ácido gástrico
quando ingeridas com alimentos, como, por
exemplo no caso da inativação da penicilina e da
eritromicina.
Paralelamente, o nutriente pode influenciar na
biodisponibilidade do fármaco através da
modificação do pH do conteúdo gastrintestinal,
esvaziamento gástrico, aumento do trânsito
intestinal, competição por sítios de absorção,
fluxo sangüíneo esplâncnico e ligação direta do
fármaco com componentes dos alimentos.
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Tipos de Interações
As interações droga-nutriente são
muito comuns e podem ocorrem em
vários níveis:
• na
ingestão do alimento,
• na absorção da droga ou do
nutriente,
• no transporte por proteínas
plasmáticas,
• durante os processos de
metabolização e de excreção.
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As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a
disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma destas substâncias
ou de ambas.
Elas podem ser de 3 tipos:
• Interações físico-químicas: complexações entre componentes
alimentares e os fármacos.
• Interações fisiológicas: modificações induzidas por medicamentos
no apetite, digestão, esvaziamento gástrico, biotransformação e
clearance renal.
• Interações patofisiológicas: fármacos prejudicam a absorção e/ou
inibição do processo metabólico de nutrientes.
Consequências
• Deterioração do estado nutricional,
• Redução ou exacerbação do efeito terapêutico,
• Aumento da toxicidade da droga.
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Fatores de risco
• Doenças crônicas: desnutrição causada pelo uso de drogas é
comum, em especial em pacientes que já tenham histórico
recente de deficiência energética ou de algum nutriente
específico.
• Consumo simultâneo de vários medicamentos.
• Composição orgânica do indivíduo (por exemplo: acúmulo de
drogas lipossolúveis no tecido adiposo).
Muitos
medicamentos,
incluindo
antibióticos,
antiácidos
e
laxativos
podem
prejudicar
a
absorção de nutrientes.
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Ingestão
Fármacos para emagrecimento (agentes anoréticos) - carência nutricional
por ingesta reduzida.
• anfetaminas.
Drogas psiquiátricas - aumento da ingestão alimentar, e ganho de peso
• lítio e diazepam.
Tratamento para hiperativadade - perda do apetite, o que pode levar a
uma carência nutricional. Atenção especial às crianças!!
• anfetaminas: retardo do crescimento com uso prolongado.
Tratamento de quimioterapia – modificações no paladar (disgeusia) ou
redução da percepçãp do paladar (hipogeusia), ou sensação desagradável
na percepção do paladar. Provocam náusea e vômito, o que acaba
reduzindo sua ingestão de alimentos.
ABSORÇÃO
A maioria das drogas e dos
nutrientes é absorvida no
intestino delgado.
Interações entre droganutrientes
são
muito
comuns, dependendo de
alguns fatores:
• dosagem da droga,
• tipo e quantidade do
alimento,
• tempo decorrido e
• presença de enfermidade
ou
desnutrição.
• Redução do tempo de
trânsito
gastrintestinal, podendo causar esteatorréia perda de cálcio e potássio.
• Outras alteram absorção de gorduras,
vitaminas lipossolúveis, colesterol – óleos
minerais (como laxantes) podendo reduzir os
níveis séricos de beta-caroteno.
• Inibição da secreção de ácido gástrico
(cimetidina, usada no tratamento de gastrites)
reduz a absorção de vitamina B.
• Os maiores interferentes são os que
provocam lesões na mucosa intestinal: má
absorção geral ou específica, que pode ocorrer
em vários graus de intensidade.
Os laxantes frequentemente têm este efeito,
causando esteatorréia branda, mas a
neomicina (antibiótico) pode causar lesões
histológicas na mucosa em apenas 6h,
causando má absorção reversível de gordura,
proteína, sódio, potássio e cálcio.
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• Desnutrição ou enfermidade hepática –
Transporte
baixos níveis séricos de albumina: altera a
farmacocinética
De forma geral, as
drogas são
transportadas na corrente
sanguínea através de
proteínas
plasmáticas, por
exemplo, a
albumina.
da
droga
(distribuição,
metabolismo e eliminação).
• Dieta hiperlipídica: pode alterar a ligação da
droga a uma proteína plasmática, pois os ácidos
graxos
livres
associam
na
à
correntes
albumina,
sanguínea
levando
a
se
um
deslocamento da droga.
O transporte reduzido pode levar a um aumento
da concentração da droga na sua forma livre,
levando a efeitos indesejáveis ou a ausência de
qualquer efeito.
Metabolismo
• Uma dieta rica em proteínas e pobre em carboidratos aumenta a taxa de
metabolização de um grande número de drogas, enquanto que uma dieta
hipoproteica e hiperglicídica diminui esta metabolização.
• Um grande número de drogas e é metabolizado no fígado através de
sistemas enzimáticos específicos. Dentre os componentes nutricionais que
participam desses sistemas estão as proteínas, lipídios, ácido ascórbico,
vitaminas A e E, cobre, cálcio, ferro, zinco entre outros, portanto,
deficiências destes nutrientes podem levar a uma metabolização mais
lenta.
• Ex. de manipulação nutricional: Crianças asmáticas, por exemplo,
tratadas com o teofilina (broncodilatador) têm menos episódios de
respiração dificultosa nas dietas com baixa quantidade de proteínas porque
assim a teofilina é metabolizada mais lentamente, permanecendo por mais
tempo na circulação.
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MODIFICAÇÃO DO pH
DO CONTEÚDO GASTRINTESTINAL
Com a ingestão de alimentos ou líquidos o pH de 1,5
do estômago se eleva para aproximadamente 3,0
afetando a desintegração das cápsulas, drágeas ou
comprimidos e conseqüentemente a absorção do
princípio ativo. O aumento do pH gástrico em
função dos alimentos ou líquidos pode reduzir a
dissolução de comprimidos de eritromicina ou de
tetraciclina.
Medicamentos como a fenitoína ou o dicumarol
desintegram-se mais facilmente com a alcalinização
do pH gástrico.
VELOCIDADE DO ESVAZIAMETO GÁSTRICO
A presença de alimentos no estômago contribui
para o retardo do esvaziamento gástrico. A
velocidade é limitada pela quantidade de quimo
presente no intestino delgado; refeições sólidas,
ácidas, gordurosas, quentes, hipertônicas e volumes
líquidos acima de 300 mL tendem a induzir um
acentuado retardo do esvaziamento gástrico,
podendo aumentar a absorção dos fármacos
através de um prolongamento do tempo de contato
do princípio ativo com a superfície de absorção.
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AUMENTO DA ATIVIDADE
PERISTÁLTICA DO INTESTINO
A atividade peristáltica do intestino delgado é
provocada, em parte, pela entrada de quimo no
duodeno e pelo fluxo gastroentérico. Este reflexo
eleva o grau geral de excitabilidade do intestino
delgado e também aumenta a motilidade e secreção.
Este aumento moderado da motilidade tanto pode
favorecer a dissolução do medicamento, facilitando o
contato das substâncias ativas com a superfície de
absorção e otimizando, quanto pode diminuir a sua
biodisponibilidade, em função da elevação da
velocidade do trânsito intestinal. Secreções de
ácidos, enzimas e sais biliares aumentam na presença
de alimentos.
AUMENTO DA ATIVIDADE
PERISTÁLTICA DO INTESTINO
Os ácidos e sais biliares, pelas suas propriedades
tensoativas, auxiliam a solubilização e favorecem a
absorção de fármacos lipossolúveis. Os sais
biliares também podem formar complexos não
absorvíveis
com
substâncias,
como
a
colestiramina. Dependendo da sua natureza, ácida
ou básica, da lipofilicidade ou da formulação do
medicamento, por exemplo, da Griseofulvina,
Carbamazepina, Fenitoína e nitro furantoína, pode
ter a sua absorção aumentada quando ingerida
com dietas hiperlipídicas, pois são medicamentos
lipossolúveis.
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12/04/2016
AUMENTO DA ATIVIDADE
PERISTÁLTICA DO INTESTINO
Os ácidos e sais biliares, pelas suas propriedades
tensoativas, auxiliam a solubilização e favorecem a
absorção de fármacos lipossolúveis. Os sais
biliares também podem formar complexos não
absorvíveis
com
substâncias,
como
a
colestiramina. Dependendo da sua natureza, ácida
ou básica, da lipofilicidade ou da formulação do
medicamento, por exemplo, da Griseofulvina,
Carbamazepina, Fenitoína e nitro furantoína, pode
ter a sua absorção aumentada quando ingerida
com dietas hiperlipídicas, pois são medicamentos
lipossolúveis.
COMPETIÇÃO PELOS SÍTIOS DE ABSORÇÃO
A presença de nutrientes pode constituir uma
competição pelos sítios de absorção, cuja
conseqüência dependerá de qual componente
apresenta maior afinidade com este sítio. A
levodopa (L-dopa), usada no tratamento da
doença de Parkinson, tem ação terapêutica inibida
por dieta hiperprotéica; entretanto, uma dieta
hipoprotéica potencializa e estabiliza este efeito.
Esta alteração deve-se ao fato de os aminoácidos
competirem com a levodopa tanto na absorção
intestinal, quanto na penetração no cérebro.
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FLUXO SAGÜÍNEO ESPLÂCNICO (FSE)
A circulação esplâncnica é constituída pelo
suprimento
sangüíneo
do
trato
gastrintestinal, baço e pâncreas. A ingestão
de alimentos aumenta o fluxo sangüíneo
esplâncnico, e o grau de modificação
depende do tipo e da quantidade da refeição
ingerida.
Dietas
hiperprotéicas
e
hiperlipídicas elevam o FSE, o qual é maior
para as grandes refeições do que para as
pequenas.
LIGAÇÃO DIRETA DO FÁRMACO COM
COMPONETES DOS ALIMETOS (COMPLEXAÇÃO)
A interação fármaco-nutriente pode ocorrer
por mecanismo de complexação, resultando
na diminuição da sua disponibilidade. Os íons
di e trivalentes (Ca2+ , Mg2+ , Fe2+ e Fe3+ ),
presentes no leite e em outros alimentos, são
capazes de formar quelatos não absorvíveis
com as tetraciclinas, ocasionando a excreção
fecal dos minerais, bem como do fármaco.
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EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ENTRE
ALIMENTOS E MEDICAMENTOS
É de fundamental importância conhecer os fármacos cuja
velocidade de absorção e quantidade absorvida podem ser
afetadas na presença de alimentos, assim como os
fármacos que podem causar má absorção dos nutrientes,
como ocorre com alguns antibióticos, antiácidos e
laxativos. Seguem se alguns exemplos de interações
comuns entre alimentos e medicamentos, as quais podem
resultar em alterações nos efeitos farmacológicos ou na
biotransformação dos fármacos, modificando a utilização
dos nutrientes, a eficácia terapêutica dos medicamentos e
a manutenção do estado nutricional do indivíduo.
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES ENTRE
ALIMENTOS E MEDICAMENTOS
Medicamentos ácidos fracos, como o ácido
acetilsalicílico, os
aminoglicosídeos, barbitúricos,
diuréticos, penicilinas e sulfonamidas, podem ter sua
excreção aumentada por dietas predominantemente
alcalinas devido à alcalinização da urina pelos resíduos
alcalinos do alimentos. Algumas bases fracas como
amitriptilina, anfetamina, cloroquina, morfínicos e
teofilina podem ter sua excreção aumentada por dietas
predominante ácidas ou dietas que originem
metabólitos ácidos (ameixa, carnes, frutos do mar,
pães, biscoitos, bolachas) devido à acidificação da
urina.
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As tetraciclinas, apesar de irritarem o
estômago, devem ser administradas longe
das refeições, pois além de formarem
complexos insolúveis com o cálcio de
alimentos (leite e derivados), são instáveis
em meio ácido e, além disso, a diminuição
da motilidade gastrointestinal diminui a sua
absorção.
A Penicilina V deve ser administrada em 2 horas de
diferença com as refeições, pois os alimentos podem
aumentar a ocorrência de inativação através da
abertura do anel beta-lactâmico.
Os medicamentos que causam efeitos irritativos na
mucosa
gastrointestinal,
por
exemplo
os
antiinflamatórios não esteróides (AINE), devem ser
administrados junto com as refeições.A ingestão de
alimentos com o propranolol reduz o efeito de
primeira
passagem
e
aumenta
a
sua
biodisponibilidade.
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Fármacos
Captopril
Alimentos/Nutrientes
Refeição regular
Ac.
acetilsalicílico
Refeição
regular, leite;
vegeatais
Teofilina
Café, chá,
outras
bebidas
contendo
cafeína
Mecanismos/Efeitos
Diminui absorção,
diminui efeito terapêutico
Recomendações
Administrar 2h antes
ou 3h
após as refeições
Modifica pH gástrico;
Apesar da diminuição da
diminui
absorção, a recomendação
solubilidade; diminui a clínica é de administrar com
velocidade
alimentos para diminuir
e a extensão da
irritação gástrica
absorção
Parte da cafeína é convertida em
teofilina com aumento da sua
concentração, ocorrendo
saturação enzimática e
prejudicando etapas de
biotransformação e eliminação
Ingestãomoderada de
cafeína
25
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Interações de medicamentos com alimentos:
Modificar a utilização do nutriente – consequências:
-
na eficácia terapêutica medicamentosa;
-
na manutenção do estado nutricional.
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12/04/2016
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
Medicamentos
ácidos
aminoglicosídeos,
fracos:
barbitúricos,
ácido
diuréticos,
acetilsalicílico,
penicilinas,
sulfonamidas, podem ter sua excreção aumentada por dietas
predominantemente alcalinas (brócolis, amêndoas, maça, alho),
devido a alcalinização da urina pelos resíduos alcalinos do
alimentos.
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
Bases fracas: Amitriptilina, anfetamina, cloroquina, morfínicos,
teofilina podem ter sua excreção aumentada por dietas
predominante ácida ou que gerem metabólitos ácidos (como a
ameixa, carnes, frutos do mar, pães, biscoitos, bolachas) devido a
acidificação da urina.
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Interações de medicamentos com alimentos:
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
Tiramina: queijos fermentados, iogurte, chocolate, vinho tinto,
cerveja, carnes e peixes embutidos ou defumados, atuam
liberando noradrenalina nas terminações adrenérgicas.
Ácido tânico: café, chá, mate, frutas e vinhos pode precipitar
vários tipos de medicamentos como clorpromazina, flufenazina,
prometazina, alcalóides, entre outros.
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12/04/2016
Interações de medicamentos com alimentos:
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
Tetraciclinas: apesar de irritarem o estômago, deve ser
administrada longe das refeições, pois além de formar
complexos insolúveis com o cálcio de leite e derivados, são
instáveis em meio ácido e a diminuição da motilidade
gastrointestinal pelos alimentos diminui a sua absorção.
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12/04/2016
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
Medicamentos muito lipossolúveis: Carbamazepina, Fenitoína,
Griseofulvina, Nitrofurantoína, tem sua absorção aumentada com
dietas hiperlipídicas.
Medicamentos de difícil absorção gastrointestinal ou instáveis em
meio ácido devem ser administrados longe das refeições.
Interações de medicamentos com alimentos:
Exemplos:
-Medicamentos que causam efeitos irritativos sobre a mucosa
gastrointestinal com os Antiinflamatórios não esteróides (AINE)
devem ser administrados junto com as refeições.
Alimentos com o propranolol reduz o efeito de primeira
passagem e aumenta a sua biodisponibilidade
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Interações de medicamentos com álcool:
Etanol: sob a forma de bebida alcoólica, é a substância psicoativa
mais consumida no mundo.
Comprometimento: fígado, coração e pâncreas;
Consumo excessivo e crônico: dano cerebral, levando a
incapacidade física e intelectual e deficiências nutricionais,
particularmente as vitamínicas.
Ingestão aguda de álcool concomitante com medicamentos:
Álcool estimula a secreção ácida, desnatura certos fármacos,
retarda o esvaziamento gástrico e facilita a dissolução de
substâncias
lipossolúveis,
causando,
ocasionalmente,
a
absorção de substâncias que, em outras circunstâncias, não
seriam absorvidas.
Vasodilatação produzida pela nitroglicerina é aumentada
pelo etanol, podendo levar a hipotensão.
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Ingestão aguda de álcool concomitante com medicamentos:
O álcool diminui acentuadamente a capacidade motora e
alerta em pacientes usando anti-histamínicos,
anticonvulsivantes, anfetaminas e antidepressivos.
Efeito hipoglicemiante do álcool: pode aumentar o risco de
hipoglicemia grave em pacientes diabéticos, que fazem uso
de hipoglicemiantes
Ingestão aguda de álcool concomitante com medicamentos:
Na presença de etanol no organismo o metabolismo de muitas
drogas como benzodiazepínicos, barbitúricos, tetraciclinas,
antidepressivos, hipoglicemiantes orais, etc. estão com o seu
metabolismo diminuído, podendo exacerbar seus efeitos.
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Ingestão crônica de álcool que causam mudanças bioquímicas e
fisiológicas e alteram a ação dos medicamentos:
Consumo excessivo de etanol interfere com a absorção de
nutrientes essenciais, levando a deficiências minerais e vitamínicas;
AAS pode causar hemorragia gastrointestinal devido a seu efeito
aditivo de irritação gástrica.
Aceleração de biotransformação de fármacos, em decorrência da
indução de enzimas hepáticas.
Tolerância ao etanol e a outros fármacos (tolerância cruzada):
Os alcoólatras, quando sóbrios, necessitam de doses maiores que os
abstêmios para evidenciar efeitos farmacológicos de anticoagulantes,
anticonvulsivantes, antidiabéticos, antimicrobianos e outros fármacos
biotransformados. Persiste por vários dias ou mesmo semanas, após a
interrupção do consumo abusivo do álcool;
Estes fármacos devem ser prescritos em doses maiores para pacientes
em fase de recuperação do alcoolismo. Medicamentos e produtos que
tem efeitos hepatotóxicos como Clorofórmio, Paracetamol, Isoniazida
tem sua hepatotoxicidade aumentada pelo efeito aditivo do álcool.
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12/04/2016
Considerações Finais
Sobretudo nos tratamentos longos, um acompanhamento nutricional
é necessário, pois é fato que, assim como os efeitos (terapêuticos e
adversos) das drogas podem ser afetados pela dieta ou pelo estado
nutricional, a administração de drogas pode também, como
consequência final, afetar o estado nutricional da pessoa.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
• CONCLUSÃO:
Novos e importantes medicamentos para uso terapêutico
estão sendo continuamente desenvolvidos porém suas
interações somente serão descobertas através da
observação e registro contínuo pelas equipes de saúde
(médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas,
fiosioterapeutas, fonaudiólogos, psicólogos, técnicos
etc). Este acompanhamento deve ser atento e
permanente no intuito de minimizar sempre os possíveis
danos a saúde do paciente contribuindo assim para o
aprimoramento dos serviços prestados.
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OBRIGADA
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