Síntese Rochas 2015

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COLÉGIO SINODAL
CIÊNCIAS NATURAIS - Prof Leonardo F. Stahnke
ROCHAS
O planeta Terra é formado por várias camadas que se
sobrepõem, do Núcleo (no interior) até a Crosta Terrestre (a parte
mais externa, onde vivemos). O Núcleo possui uma porção
interna (que é sólida) e uma porção externa (líquida), ambas
compostas de Ferro e Níquel, responsáveis pelo campo magnético
da Terra e pela gravidade. Sobre ele fica a camada chamada de
Manto, que se divide em Manto Inferior (sólido) e Manto
Superior (de consistência pastosa), com temperatura de
aproximadamente 1000°C, estando presas abaixo da Crosta
Terrestre (que faz pressão sobre elas). Quando há uma brecha
nesta crosta (como em um vulcão), a pressão é aliviada e uma
parte pastosa do manto, chamado de Magma, é liberada. Este
escorre sobre a crosta na forma de Lava, que vai aos poucos
sendo resfriada pelo contato com o ar e a água, formando os
diferentes tipos de relevo, tanto na crosta continental (acima do
nível do mar), como na crosta oceânica (abaixo do nível do mar).
O tectonismo (movimento das placas tectônicas) é o
fenômeno responsável pela construção e modificação dos relevos,
ocorrendo, nas zonas de borda, fenômenos de vulcanismo
(erupções de vulcões) e abalos sísmicos (terremotos e
maremotos). Quando há um maremoto, ondas gigantes podem se
formar, sendo estas chamadas de tsunamis.
O Anel de Fogo do Pacífico contém a maior
concentração de vulcões ativos do Planeta.
O Monte Everest (8850m acima do nível do mar), na
Cordilheira do Himalaia, entre o Tibet e o Nepal, é o
relevo mais alto do mundo; e a Fossa das Marianas,
no Oceano Pacífico, o mais profundo (11500m
abaixo do nível do mar).
Os minerais formam as rochas e têm como características serem sólidos, de origem natural, inorgânicos e de composição
definida. Suas principais propriedades são classificadas entre:
 Óticas, relacionadas com a forma de refletir a luz.
 Mecânicas, relacionadas com o comportamento frente a um esforço.
Cor: depende da luz que é refletida;
o Dureza: é a resistência a ser riscado (medida pela Escala de Mohs);
o Brilho: resulta da forma como a luz é refletida;
o Clivagem: é a tendência de o mineral se quebrar em superfícies planas.
Quando possuem valor econômico, os minerais recebem o nome de Minérios. Estes são explorados por meio de Minas que
são escavadas em Jazidas (que são depósitos naturais de minérios). Os principais minérios explorados no Brasil são o petróleo (e
seus derivados, como o diesel, a gasolina, a matéria-prima para a fabricação do plástico, etc), o gás natural, o carvão mineral,
além dos minérios metálicos como a Magnetita e a Hematita (de onde se extrai o Ferro), a Bauxita (de onde se extrai o
Alumínio), a Calcopirita (de onde se produz o Cobre), a Galena (de onde se extrai o Chumbo), as Pepitas e Filões (de onde se
extrai o Ouro), além das Minas de Prata. Pedras preciosas (minerais que têm cor e brilho especiais, sendo valiosas por sua
raridade e dureza) e semipreciosas também são encontradas no subsolo brasileiro, com destaque para o diamante, o rubi, safira,
esmeralda, água-marinha, turmalina, topázio, ametista, dentre outras.
As Rochas são materiais sólidos, formados por um agregado de diferentes minerais. Elas podem ser classificadas em 3 tipos:
 Ígneas (ou Magmáticas): São rochas originadas do magma ou lava resfriado.
o Plutônicas (ou Intrusivas): formam-se a partir do magma resfriado lentamente dentro da crosta, como o Granito (que
costuma apresentar minerais visíveis a olho nu).
o Vulcânicas (ou Extrusivas): formam-se a partir da lava resfriada rapidamente sobre a crosta, como o Basalto e a Pedra-pomes
(que não apresenta minerais visíveis a olho nu).
 Sedimentares (ou Estratificadas): São rochas formadas pelo acúmulo, compactação e cimentação de sedimentos que foram
desgastados pela ação do intemperismo (vento, chuva e mudanças de temperatura) e carregados pela ação da erosão.
o Detríticas: formam-se a partir de sedimentos de rochas preexistentes, como o Arenito (composto principalmente de areias) e o
Argilito (composto principalmente de argilas). Cinco processos sequenciais formam esse tipo de rocha: (1) Intemperismo –
Fragmentação das rochas; (2) Erosão – Transporte dos sedimentos; (3) Acúmulo – Deposição dos sedimentos em forma de
camadas sobrepostas; (4) Compactação – Aproximação dos sedimentos; (5) Cimentação: União dos grãos pelos minerais.
o Orgânicas: formam-se pelo acúmulo de restos orgânicos de seres vivos (animais ou vegetais) que morrem e se acumulam no
solo ou no fundo dos mares, originando o Carvão Mineral e os Fósseis.
o Químicas: formam-se pelo acúmulo de substâncias químicas retiradas de outras rochas pela água (principalmente a chuva
ácida), formando o Calcário (composto principalmente de Carbonato de Cálcio e Magnésio), encontrado em cavernas sob a
forma de Estalactites e Estalagmites.
 Metamórficas: São rochas formadas a partir de outras rochas,
que pode ser ígnea, sedimentar ou metamórfica, transformadas no
interior da Crosta pela pressão exercida de cima para baixo e pela
ação das altas temperaturas (transmitidas pelo Manto, de baixo para
cima). Elas sofrem modificações no rearranjo de seus minerais,
podendo ser classificadas em dois tipos:
o Laminares: possuem seus minerais alinhados em planos
paralelos, formando aspectos laminares quando quebradas, como
o Gnaisse e a Ardósia.
o Cristalinas: possuem seus minerais organizados de forma
homogenia, formando estruturas irregulares quando quebradas,
como o Mármore.
As rochas modificam-se por meio de um ciclo, onde o
intemperismo, erosão, deposição, compactação e cimentação formam rochas sedimentares; o calor e a pressão formam rochas
metamórficas; e o derretimento e resfriamento, formam rochas ígneas. As rochas podem ser utilizadas em diferentes aplicações,
como matéria-prima para construções, usos ornamentais, recipientes e como combustíveis.
Os fósseis – formados em rochas sedimentares pela mineralização das partes duras de um ser vivo pré-histórico (ossos,
conchas, troncos), sua conservação total em âmbar (insetos) ou por congelamento (mamute), ou de seus vestígios (pegadas) –
podem contribuir para a busca de informações sobre a geografia dos continentes no passado, a idade das rochas, a formação do
relevo, as variações do nível do mar, as condições climáticas do passado, além de fornecer informações sobre os seres vivos que
habitavam o planeta em determinada época, seu comportamento, reprodução, alimentação, interação com outros organismos e
evolução.
Os combustíveis fósseis são aquelas fontes de energia que se originaram há milhares de anos a partir de seres vivos que foram
soterrados em um ambiente de água rasa (como um pântano, um lago ou uma praia), sem oxigênio. O carvão mineral, o petróleo e
o gás natural são os combustíveis fósseis mais utilizados e conhecidos e todos eles foram formados por causa da pressão que o
solo fez sobre eles e devido ao grande calor existente no interior da Terra.
O carvão mineral é formado a partir de troncos de
Formação do Carvão Mineral
plantas que começaram a se decompor, mas foram
soterrados e compactados, impedindo que esse processo
fosse finalizado. Desse modo, grandes quantidades de
Carbono (que originam a palavra “Carvão”), foram
acumuladas, formando o carvão mineral que foi, por
muitos anos, utilizado como combustível para automóveis,
navios e trens (“Maria-fumaça”) movidos à vapor.
Atualmente é usado em usinas termoelétricas para
produção de energia elétrica a partir do calor de sua
queima.
O petróleo é formado no subsolo marinho, a partir da
decomposição de pequenos animais e vegetais,
principalmente algas. Através de seus derivados podemos
obter outros combustíveis (como a gasolina, óleo diesel, óleo combustível, o gás de cozinha, etc) e ainda, subprodutos utilizados
na produção do asfalto, tintas, plástico, borracha sintética (pneus), medicamentos, roupas, etc.
O gás natural é produzido juntamente com o petróleo, sendo resultante da pressão que aqueles organismos sofreram. O gás
que sai desse processo fica acumulado entre os espaços vazios das rochas e é utilizado diretamente como combustível.
Todos esses combustíveis fósseis são considerados finitos, pois se forem muito
explorados pelo ser humano, podem acabar. Um grande problema desses
combustíveis é que, com a sua queima, são produzidos gases que poluem o ar,
prejudicando a vida de todos os seres vivos que habitam o planeta, inclusive o
próprio ser humano.
Quando uma rocha sofre a ação desagregadora e decompositora do intemperismo
(agentes da natureza) ela forma a parte mineral do solo (45%). Esta parte se mistura a
parte orgânica (5%, formada por organismos mortos, folhas, fezes de animais, etc), além
de água (25%) e ar (25%), compondo o que chamamos de Solo.
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