cântico de entrada aleluia

/31: | Missa com Universitários |Santíssima Trindade | 3 Jun. 2012
CÂNTICO DE ENTRADA
Sopra o vento
Sopra o vento lá das montanhas,
a sua voz já não nos lembrou,
recordações de lágrimas caídas,
e da solidão esquecida…
Refrão
Como a onda que sobre a areia,
cobre os sulcos e volta ao mar,
assim no tempo se esfumam para nós,
sombras negras dum longo inverno…
Refrão
Refrão
Este é o canto à alegria
tudo à nossa volta
diz que é tempo pra mudar o mundo,
no deserto um rio se abrirá.
Nos caminhos do bosque, o vento
entre as folhas passa a cantar,
nova harmonia que transformará
o lamento em cantos de festa…
Refrão
Leitura I | Deut 4, 32-34.39-40
Moisés falou ao povo, dizendo: «Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia
em que Deus criou o homem sobre a terra. Dum extremo ao outro dos céus, sucedeu alguma
vez coisa tão prodigiosa? Ouviu-se porventura palavra semelhante? Que povo escutou como tu a
voz de Deus a falar do meio do fogo e continuou a viver? Qual foi o deus que formou para si
uma nação no seio de outra nação, por meio de provas, sinais, prodígios e combates, com mão
forte e braço estendido, juntamente com tremendas maravilhas, como fez por vós o Senhor,
vosso Deus, no Egipto, diante dos vossos olhos? Considera hoje e medita em teu coração que o
Senhor é o único Deus, no alto dos céus e cá em baixo na terra, e não há outro. Cumprirás as
suas leis e os seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para seres feliz, tu e os teus filhos
depois de ti, e tenhas longa vida na terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre».
Salmo Responsorial | Refrão: Feliz o povo que o Senhor escolheu para Sua herança.
Leitura II | Rom 8, 14-17
Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Vós não recebestes um
espírito de escravidão para recair no temor, mas o Espírito de adopção filial, pelo qual
exclamamos: «Abá, Pai». O próprio Espírito dá testemunho, em união com o nosso espírito,
de que somos filhos de Deus. Se somos filhos, também somos herdeiros, herdeiros de Deus e
herdeiros com Cristo; se sofrermos com Ele, também com Ele seremos glorificados.
ALELUIA
Evangelho | Mt 28, 16-20
Naquele tempo, os Onze discípulos partiram para a Galileia,
em direcção ao monte que Jesus lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O; mas alguns ainda duvidaram.
Jesus aproximou-Se e disse-lhes:
«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.
Ide e ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei.
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».
Na Santíssima Trindade, fonte da nossa fé e da nossa esperança,
o Espírito Santo é o amor que liga o Pai e o Filho na unidade, respeitando a diversidade.
Em São João, Jesus dissera: “Como tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti, também eles sejam em nós uma coisa só”.
Para nós cristãos, portanto, Deus é Amor, Deus é Família.
Pensemos, então, em todas as consequências que isto comporta: somos a Sua família!
Podemos então retribuir todo o amor que Deus teve e tem por nós, com o amor recíproco: na família,
nas assembleias civis e eclesiais, nos ambiente de trabalho… .
Esta vida de família é, porém, uma conquista de todos os dias, continuamente renovada.
Que cada pessoa possa descobrir entre nós cristãos o reflexo da beleza e da harmonia da vida Trinitária.
APRESENTAÇÃO DOS DONS
Grão do Teu campo
Por cada instante em que nos doas
a Palavra da Tua luz,
nós oferecemos a paz…
Por cada instante em que comermos
o Teu pão que é vida,
nós saciaremos a fome…
Por cada instante em que bebermos
o Teu vinho de festa,
nós vamos curar feridas…
Refrão
Toma Senhor, sinceramente, a vida,
a Tua paz viva sem fim entre nós,
somos o eco do Teu canto
e o grão para o teu campo
fermento que nasceu do Teu perdão…
SANTO
COMUNHÃO
ACÇÃO DE GRAÇAS
Na Tua Presença
Fica junto a nós
Refrão
Assim como o Pai que me enviou
Possui toda a vida em Si (Vivo em Ti)
É pela sua graça, é pelo Pai que eu vivo
(Eu vivo em Ti)
E todo aquele que comer
O meu pão de vida,
Viverá só por mim / Viverá dentro de mim…
Refrão
Fica junto a nós, em breve desce o sol,
fica junto a nós que o dia findará.
Fica junto a nós que o sol se esconderá,
se estás entre nós, a noite não virá.
CÂNTICO FINAL
Fica comigo
Refrão
Saio agora da Tua casa
com a força do Teu amor.
Em qualquer momento do dia
vou amar-te, Senhor.
Faz de mim um Teu instrumento
p’ra levar ao mundo a paz.
Dá a todos o novo alento
que o Teu amor nos traz.
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Vida(s) da Palavra
Há dias – o de hoje estava a ser um deles… - em que parece não haver acerto algum no trabalho,
em que tudo parece empatado ou paralisado (a começar, obviamente, por ti mesmo…), em que,
por muito que o diga aos outros, tens a sensação de só ver escuro e não vislumbrar uma luz ou
experimentares o gélido e não encontrares uma chama!
A vida tem-me dado a possibilidade de aprender alguma serenidade, de não ceder à tentação da
impaciência e, muito menos, da desesperança. Mas hoje sentia que não bastava: podia, mesmo
assim, ceder às outras tentações da tristeza / melancolia e mesmo desânimo, pelo menos
interior.
Num instante de paragem voltei à Solenidade de Pentecostes de há dois dias e à reflexão em
torno do fogo, do vento e das línguas que partilhava com aqueles com quem celebrava. E pensei
que purificadas (queimadas…) deveriam ser também essas preocupações / tentações, subtil
forma, afinal, de apego ao meu próprio eu. Como me devia deixar conduzir pela brisa / vento que
me leva para fora de mim, para além de mim! E assim comecei a tentar viver cada uma dessas
situações, partilhando-as antes de mais com a serenidade que dentro renascia e acreditando que
se é por Deus que fazemos as coisas (uma Vigília, uma viagem, um local de encontro, a
reconstituição de uma equipa…) Ele não deixará de as fazer… connosco. Mas pelo meio não
faltaram outras solicitações: a da confirmação da possibilidade de um alojamento de emergência
no estrangeiro, a do pedido de contactos comerciais em longínquo país africano…
Desta vez resolvi não adiar deixando-me levar para fora de mim (e das minhas preocupações)
pelo sopro do Espírito que nos desinstala e pronta veio a resposta da possibilidade de alojamento,
como prontas a responder foram as quatro pessoas contactadas uma a uma para Moçambique e
com perspetivas tão promissoras para quem me havia pedido o contacto. Simultaneamente) não
faltaram a resposta a alguns problemas na preparação da Vigília, a hipótese de uma outra
solução de alojamento para a nossa “TriUmBeato_trip”, a confirmação de um local para o FEJ de
Novembro, o terceiro elemento (em três dias) para a equipa em reconstituição! Porque tudo é
dEle e de tudo Ele se serve, afinal, para que mais profundamente o possamos acreditar e, assim,
P. Antº Bacelar (29 mai. 2012)
mais livres e felizes deixarmos que Ele nos faça!
Renascer com a Santíssima Trindade
A psicanalista Françoise Dolto (1908-1988) tinha, além do apartamento parisiense, onde viveu e
morreu, uma casa de férias em Antibes, a que chamou “La Soledad”. Podemos imaginar a razão
desse nome dado a um espaço conquistado às rotinas e fadigas, abrigo de intimidade, criação e
silêncio. Um dos seus últimos livros leva também esse nome. É um volume que recolhe dispersos e
uma longa conversa acerca do lugar da solidão (e, logo, sobre o desejo de comunhão), e seus
efeitos sobre construção inacabada e frágil da vida.
Aí, conversando sobre a solidão, Françoise Dolto irrompe, inesperadamente, a falar da Trindade. E
modo como o faz, não a partir das categorias catequéticas tradicionais, mas com a linguagem que
ela sempre usou para avaliar e cuidar da vida interior, pode ser muito iluminante. Na tradição
cristã, há a consciência que o discurso sobre a Trindade nos obriga a trocar as palavras por
balbucios. Agostinho de Hipona, por exemplo, demorou dezasseis anos a concluir o seu Tratado
“De Trinitate”, e ele próprio confessa, com algum humor: «Ainda jovem, dei início à escrita destes
livros: só na velhice dei-os a público».
A simplicidade de Dolto, recorda-nos, porém, os benefícios de um modo didático de apresentar a
Trindade, o que passará, certamente, pelo testar de novas linguagens. Para a reputada
psicanalista, o esquema trinitário está próximo da experiência que todo o sujeito faz na
organização do seu mundo interior, na maturação de si. Ela escreve: «Acho maravilhoso encontrar
em Deus a Trindade, essa relação de amor a três. É algo que encontramos justamente no desejo de
viver de cada um de nós. Assumimos aí o nosso papel no interior de uma situação triangular: pai,
mãe, filho. […] O facto de remontar à Trindade, ou seja, aos três desejos divinos circulantes, é
extraordinário, pois foi assim que fomos concebidos».
Mas não só. Em todos os «segundos nascimentos», sempre que a vida nos impele a um recomeço,
seja a partir de feridas e perdas, seja a partir de encontros e esperanças, o «esquema trinitário» énos imprescindível. «A nossa solidão só pode ser curada quando expressa criativamente e quando
ajudada por alguma outra pessoa, que cria assim uma situação triangular. Somos dois,
conversamos: o terceiro é a palavra. A palavra, que vem sempre de outro, prova que somos três».
José Tolentino Mendonça
In O hipopótamo de Deus, ed. Assírio & Alvim
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e 7 dias a partir de 1.:
 Qua. 6 jun. / 18h30 (às 21h30): Jovens, Ciência e Igreja com D. Manuel Clemente
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oferece a oportunidade de explorar temáticas de interesse alargado a quem gosta de se
Entrada livre, sem inscrição prévia
enriquecer no debate inteligente e aberto.
Mais informações em www.esb.ucp.pt | org.: Escola Superior de Biotecnologia da UCP
 Quinta 7 – SOLENIDADE DO CORPO DE DEUS / 21h30 – Missa com Universitários
www.puporto.org