Eleja o Arquipélago das Berlengas como uma das 7

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Vote via telefone, SMS ou Internet até 7 de Setembro 2010
Arquipélago das Berlengas integra lista dos 21 finalistas às 7 Maravilhas Naturais de
Portugal
O “Arquipélago das Berlengas” foi designado como um dos 21 finalistas concorrentes à eleição das “7
Maravilhas Naturais de Portugal”. Os 21 locais finalistas, 3 por cada uma das 7 categorias que
representam a diversidade paisagística de Portugal (1 – Zonas Marinhas, 2 – Grutas e Cavernas, 3 –
Praias e Falésias, 4 – Florestas e Matas, 5 – Grandes Relevos, 6 – Áreas Protegidas, 7 – Áreas
Aquáticas Não Marinhas), foram eleitos por painel de notáveis e estarão em votação pública entre 7 de
Março de 2010 e 7 de Setembro de 2010.
Eleja o ARQUIPÉLAGO das BERLENGAS como uma das “7 MARAVILHAS NATURAIS DE
PORTUGAL”. Vote já e declare-se à natureza! Para votar no Arquipélago das Berlengas, poderá
fazê-lo por telefone: 760302 713 (custo: € 0,60+IVA), por SMS: Destinatário - 68933 Mensagem: 713
(Custo: € 0,50 IVA incluído) e pela Internet: http://www.7maravilhas.sapo.pt/#/pt/finalista.
Arquipélago das Berlengas – Categoria Zonas Marinhas
O Arquipélago das Berlengas é formado
por um conjunto de ilhas e recifes
costeiros situado ao largo de Peniche na
plataforma
continental
Portuguesa,
distribuídos por três grupos: Ilha da
Berlenga e recifes associados, Farilhões
e Estelas. As ilhas de maior dimensão
atingem uma altura de cerca de 90 m,
mas os restantes ilhéus e rochedos são
de pequenas dimensões, por vezes
apenas aflorando a superfície do mar.
Dadas as características únicas das Berlengas, nomeadamente a geografia e o clima, conduziram à
especiação de três endemismos florísticos. Assim, destacam-se, pelo enorme valor conservacionista, as
espécies endémicas Armeria berlengensis, Herniaria lusitanica subsp. berlengiana e Pulicaria
microcephala. É reconhecido que a flora marinha do arquipélago das Berlengas tem elevado interesse
biológico. Observações recentes indicam que existem nas Berlengas numerosas espécies descritas pela
primeira vez para a Península Ibérica, nomeadamente de espécies que só se encontram referenciadas
para o Mediterrâneo.
Nas Berlengas estão referenciadas 76 espécies de peixes, fazendo parte deste grupo pequenos
pelágicos como sardinha, sarda, cavala e carapau, que são as espécies mais importantes capturadas
pela arte de cerco da frota pesqueira de Peniche. É de referir também a existência, do congro, e de
algumas espécies de raias, que merecem destaque pois são também outros recursos pesqueiros
desembarcados localmente. A família mais numerosa em termos de espécies engloba os Esparídeos,
com 11 espécies. Fazem parte deste grupo, espécies comercialmente importantes como sargos, pargos e
a dourada, entre outros. Em termos emblemáticos, é de referir a ocorrência nas Berlengas do mero
Epinephelus marginatus.
A avifauna das Berlengas é relevante sobretudo pelas aves marinhas. De facto, e além da grande
diversidade observável nas águas circundantes, o arquipélago é um importante local de nidificação,
havendo registos de 7 espécies: gaivota-de-patas-amarela, gaivota-d’asa escura, gaivota-tridáctila, corvomarinho-de-crista, cagarra, airo e roquinho.
No arquipélago das Berlengas são reconhecidos diversos habitats importantes para a conservação da
biodiversidade e constantes na Directiva Habitats (Directiva 92/43/CEE). Merecem especial distinção os
recifes, de origem rochosa, e as grutas marinhas submersas ou semi-submersas, onde vivem
comunidades bentónicas vegetais e animais e onde ocorrem comunidades não bentónicas associadas
em apreciável estado de conservação. As falésias costeiras expostas aos fortes ventos marítimos
assumem particular importância, possibilitando a existência de vegetação de fendas mais ou menos
terrosas, própria de rochedos graníticos litorais representando um habitat que em Portugal apenas se
encontra num outro local.
A importância das Berlengas enquanto ecossistema insular, o valor biológico da área marinha envolvente,
o elevado interesse botânico, o seu papel enquanto habitat de nidificação e local de passagem migratória
de avifauna marinha e a presença de interessante património arqueológico subaquático contribuíram para
que em Setembro de 1981 o arquipélago fosse classificado como Reserva Natural. O valor e importância
desta área para a conservação da biodiversidade a nível europeu foram posteriormente reconhecidos ao
ser classificada como Zona de Protecção Especial para Aves Selvagens (Directiva n.º 79/409/CEE) e
integrada na Rede Natura 2000. Em 2009, o Município de Peniche submeteu junto da UNESCO a
candidatura das Berlengas a Reserva da Biosfera.
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