MESTRADO GEOCIÊNCIAS PETROGÊNESE DAS ROCHAS VULCÂNICAS E HIPOABISSAIS DA REGIÃO DA SERRA DE SÃO VICENTE, MATO GROSSO GIULIA GUIMARÃES BARBOSA TRIVELLI A área onde encontram-se as rochas vulcânicas e hipoabissais objeto deste estudo situa-se na porção centro sul do estado de Mato Grosso, inserida entre a Folha Cuiabá e a Folha Dom Aquino na serra de São Vicente, localizada aproximadamente a 80 km da capital do estado, Cuiabá. A unidade investigada expõe-se na parte central do Granito São Vicente, um batólito de caráter tardi-cinemático associado à evolução tectônica da Faixa Paraguai, e traz informações importantes para a compreensão da evolução tectônica e dos eventos que geraram o vulcanismo e plutonismo nesta porção da Faixa Paraguai. Na região do distrito de Mimoso (MT), relativamente próximo da área objeto deste estudo, foram reportadas rochas vulcânicas ácidas informalmente designadas por Vulcânicas de Mimoso, com idade isocrônica Rb-Sr de 480 Ma para o vulcanismo e correlacionaram-no ao batólito de São Vicente, porém estudos mais recentes relataram idade U/Pb, em zircão (SHRIMP), de 90.1±1.3 para estas vulcânicas, idade cretácea que desvincula-as do evento que gerou o Granito São Vicente. O objetivo principal do estudo, portanto, é a petrogênese detalhada dessas rochas vulcânicas e hipoabissais na tentativa de agrupá-las aos eventos do magmatismo do Brasiliano e/ou dos eventos do Cretáceo na Faixa de Dobramentos Paraguai; e se há conexão genética, ou a ausência, das rochas vulcânicas com as demais unidades. Para que se cumpram os objetivos são empregadas três etapas; a preliminar composta de revisão bibliográfica, digitalização dos mapas-base na escala apropriada e fotointerpretação de imagens de satélite; coleta de dados de campo e de laboratório a partir de mapeamento, análises petrográficas e preparação das amostras para analises geoquímicas e geocronológicas e a etapa de tratamento e sistematização de dados. Na fase que precede a etapa de campo foi confeccionado mapa-base resultando nas informações do polígono da área, as estradas e principais vias de acesso, as drenagens, cotas topográficas e principais feições geológicas possíveis de serem observadas nas imagens de satélites, destacando zonas homólogas. A primeira etapa de campo teve a finalidade do reconhecimento da área e coleta de amostras de rocha para a confecção de seções delgadas a serem utilizadas nas análises petrográficas, e posterior seleção para as investigações litogeoquímicas e geocronológicas e coleta de dados e medidas estruturais. Os afloramentos observados estão expostos na forma de blocos e lajedos e o principal caminhamento foi realizado ao longo de uma drenagem. Há evidencias estruturais de falhas e fraturas e blocos acamadados como estrutura primária horizontalizada. Com base na caracterização petrográfica preliminar, as rochas em geral são leucocráticas, de cor rosaavermelhada a rosa- acinzentada quando mais alteradas, inequigranulares media a fina, constituídas por feldspato alcalino, plagioclásio, quartzo e concentrações de máficos identificados como epidoto e biotita. As rochas com matriz fina a muito fina, vulcânicas e hipoabissais são arroxeadas e marcadas por estrias, apresentam textura porfirítica onde se destacam fenocristais de feldspato alcalino e quartzo. São observados diques de aplitos e máficos. Amostras foram enviadas para análises geocronologicas e geoquímicas e os resultados são esperados. PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO VI MOSTRA DA PÓS-GRADUAÇÃO/2014