Azeite de oliva diminui a incidência de câncer, particularmente o de mama José de Felippe Junior Câncer não são células malignas e sim células doentes necessitando cuidados, não extermínio JFJ O azeite de oliva virgem é extraído das azeitonas na primeira e segunda prensagem a frio e sem química. O extra virgem apenas da primeira prensagem. Ele é composto de 90-99% de gordura, principalmente ácido oleico, e 0,4-5% de compostos fenólicos. Os compostos fenólicos são responsáveis pela atividade antioxidante, antinflamatória, antimicrobiana, antiproliferativa, imunomodulador, etc... Um deles o hidroxitirosol, inibe a proliferação celular da linhagem HL60 da leucemia promielocítica humana e de células do câncer de colon humano (Fabiani-2006, Fini 2006). Estes compostos também inibem a invasão de células do câncer de colon humano de modo dose-dependente (Hashim-2008), inibem o crescimento de células MCF-7 e SKBR3 do câncer de mama de modo dose dependente e reduzem a expressão do oncogene HER2 o qual possui papel integral no aumento da proliferação celular e metástases (Menendez 2008 e 2009). O hidroxitirosol e o oleuropein induzem morte celular em células MCF-7 do câncer de mama (Han-2009). Particularmente o hidroxitirosol, oleuropein e tirosol demonstram potente atividade contra várias cepas de bactérias responsáveis por infecções intestinais e respiratórias e a forma dialdeídica do decarboximetil ligstroside inibe o crescimento do Helicobacter pylori (Medina-2006), agente carcinogênico no trato gastrointestinal. A maior parte do óleo de oliva é constituida pelo ácido oleico, ácido graxo monoinsaturado, que atualmente sabemos possuir propriedades anticâncer. Numerosos estudos mostram que o ácido oleico provoca diminuição da proliferação celular em muitas linhagens tumorais. Ele suprime a super-expressão do HER2 (erbB-2) conhecido oncogene, que aumenta a proliferaçãoo, invasão e metástases em várias neoplasias humanas. Induz apoptose em células dos carcinomas por aumentar a geração intracelular de radicais livres de oxigênio ou ativar a caspase 3. Possivelmente libera ions cálcio das reservas intracelulares e provoca apoptose (Carrilo-2012) . Alto consumo de óleo de oliva protege contra o câncer de mama, OR de 0.74 (95% CIs: 0.60-0.92) e os óleos vegetais não aumentam o risco (Xin-2015). Entretanto, este assunto é controverso e portanto, não aconselhamos o emprego de óleos vegetais porque são obtidos a quente e com alta pressão provocando hidrogenação, saturação. O ácido linolêico dos óleos vegetais é saudável se estivesse insaturado. O método de extração satura de hidrogênio a substancia e ela não pode mais ser chamada de ácido linolêico e assim os óleos de supermercado aumentam drasticamente o risco de câncer de mama. Revisão sistemática e meta-análise de 13.800 pacientes e 23.340 controles em 19 estudos case-control concluiu que o consumo de óleo de oliva é inversamente relacionado com a prevalência de câncer. Comparando a ingestão mais baixa com a mais alta temos uma proteção com OR= 0.41, 95%CI 0.53, 0.29. Ocorre menor prevalência do câncer de mama e do sistema digestivo (Psaltopoulou-2011). Referências no site www.medicinabimolecular.com.br