O vírus da dengue no Brasil e as medidas de

Propaganda
O VÍRUS DA DENGUE NO BRASIL E AS MEDIDAS DE
PREVENÇÃO, CONTROLE E ERRADICAÇÃO
Edylaine Almeida Castro¹; Paulo Roberto Queiroz²
1
Biomédica. Centro Universitário de Brasília - UniCEUB. Aluna da Pós-Graduação em Vigilância Sanitária,
Universidade Católica de Goiás/IFAR. E-mail: [email protected].
2
Biólogo. Doutor em Biologia Animal pela Universidade de Brasília – UnB. Professor do IFAR/PUC-GO.
Endereço: IFAR – Instituto de Estudos Farmacêuticos. SHCGN 716 Bl B Lj 05 Brasília – DF CEP: 70770-732.
E-mail: [email protected].
Resumo
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial
da Saúde estima que 80 milhões de pessoas se infectem anualmente. O objetivo desse trabalho
foi descrever a situação do vírus dengue no Brasil, por meio de uma revisão bibliográfica,
bem como as medidas de prevenção, combate e vigilância do seu vetor visando o controle dos
casos dessa doença. No Brasil, o aumento da incidência da doença e a introdução de um novo
sorotipo acenam para o elevado risco de epidemias de dengue e febre hemorrágica da dengue.
Associa-se a doença com as condições de temperatura e umidade da estação chuvosa, porque
é neste período que ocorre o aumento da sobrevida do mosquito vetor adulto, Aedes aegypti.
No momento, as alternativas mais utilizadas para o controle da dengue no Brasil são os
métodos químicos, porém, há outros métodos, utilizado como os físicos, biológicos e
genéticos. Seria primordial estabelecer uma relação entre o conhecimento científico e o saber
popular. Assim, as decisões seriam apoiadas a partir de resultados de estudos no meio técnico
para que os gastos públicos sejam empregados de forma racional e eficaz.
Palavras - chave: Dengue; técnicas; precauções; Aedes aegypti.
Abstract
Dengue fever is a major public health problem in the world. The World Health Organization
estimates that 80 million people become infected annually. The aim of this study was to
describe the situation of dengue virus in Brazil, through a literature review, as well as
measures to prevent, combat and surveillance of its vector for the control of cases of the
disease. In Brazil, the increasing incidence of the disease and the introduction of a new
serotype wave to the high risk of epidemics of dengue and dengue hemorrhagic fever. It is
associated with the disease conditions of temperature and humidity of the rainy season,
because that is when there is an increase in survival of adult vector mosquito, Aedes aegypti.
At the moment, the alternatives used for the control of dengue in Brazil are the chemical
methods, however, there are other methods used as the physical, biological and genetic
factors. It would be essential to establish a relationship between scientific knowledge and
popular knowledge. Thus, decisions would be supported from the results of studies in the
technical means that public expenditures are used rationally and effectively.
Keywords: Dengue; techniques, precautions, Aedes aegypti.
INTRODUÇÃO
A dengue é hoje a arbovirose mais importante e de maior incidência no mundo, sendo
endêmica em todos os continentes, exceto na Europa. Aproximadamente 2,5 bilhões de
pessoas encontram-se sob o risco de se infectarem, principalmente, em países tropicais nos
quais as condições climáticas (temperatura e umidade) são favoráveis a proliferação do
mosquito vetor (BARRETO et al., 2008). Cerca de dois terços da população mundial vivem
em áreas infestadas com mosquitos vetores da dengue, especialmente, Aedes aegypti. Nessas
áreas circulam um ou mais de um dos sorotipos do vírus (TAUIL, 2002; FARRAR et al.,
2007).
A. aegypti é o vetor clássico do vírus da dengue e da febre amarela urbana. Este é um
mosquito de hábito diurno e doméstico, utilizando-se preferencialmente de depósitos de água
limpa para deposição dos ovos, os quais têm uma alta capacidade de resistir à dessecação.
Essa característica tem revelado grande capacidade de adaptação a diferentes situações
ambientais desfavoráveis (WHO, 2002).
Uma forte associação foi estabelecida entre a incidência da dengue e as estações
chuvosas com altas temperaturas. Nesta época ocorre o aumento da sobrevida dos mosquitos
adultos, incrementando a probabilidade de fêmeas infectadas completarem o período de
replicação do vírus, tornando-se infectantes, sendo observado no Brasil uma marcada
sazonalidade na primeira metade do ano, que corresponde ao período das chuvas na maior
parte do país (SILVA JR. et al., 2002; SANTOS, 2003).
Desde 1985, campanhas educativas institucionais têm sido realizadas pelos órgãos da
área da saúde, com o objetivo de informar à população sobre as doenças, o combate, seus
vetores e as medidas preventivas. Estas têm se concentrado nos períodos mais chuvosos,
quando ocorrem os mais altos níveis de infestação dos vetores, e têm envolvido todos os
meios disponíveis de acesso à comunidade (TAUIL, 2002).
Atualmente, as alternativas mais comumente utilizadas para o controle da dengue no
Brasil são os métodos químicos, porém, há outros métodos, tais como, físicos, biológicos e
genéticos (KOKOZA et al., 2000; PENNA, 2003).
OBJETIVO
Descrever a situação do vírus dengue no Brasil, por meio de uma revisão bibliográfica,
bem como as medidas de prevenção, combate e vigilância do seu vetor visando o controle dos
casos dessa doença.
METODOLOGIA
Este trabalho sintetiza bibliografias diversas contendo informações agregadas de
várias fontes bibliográficas relacionadas à dengue. Trata-se de uma revisão da literatura sendo
desenvolvida sob uma metodologia teórica e conceitual, tendo como base livros
especializados, bem como, o acesso a periódicos indexados, artigos científicos específicos da
área e disponibilizados em bases de dados, tais como, SciELO, PubMed, MEDLINE,
LILACS, Portal de Periódicos da CAPES, BIREME (LIS, BVS-PSI), IBICT, Google
Acadêmico no período de Dezembro de 2010 a Julho de 2011.
DESENVOLVIMENTO
Histórico da dengue no Brasil
O primeiro registro de casos de dengue no Brasil ocorreu na década de 1920. Durante
os anos seguintes, não foram relatados casos no país, porém, por volta de 1970 a dengue
retornou ao Brasil sendo responsável pela transmissão do vírus da dengue em epidemias
registradas desde o início dos anos de 1980 achando-se disseminado em todos os estados
brasileiros (LOURENÇO et al., 2004).
Na década de 90, durante uma nova epidemia, com a inclusão do sorotipo DEN-2,
notificaram-se 1.952 casos de dengue hemorrágica, com 24 mortes e no final do ano 2000, foi
isolado, no Rio de Janeiro, o sorotipo DEN-3 do vírus do dengue, considerado o mais
agressivo entre os três primeiros, já no ano de 2001 os sorotipos circulantes do dengue no
Brasil eram os DEN-1, DEN-2 e DEN-3, sendo que, DEN-1 e 2, neste mesmo período, foram
os de maior predominância no território brasileiro e o DEN-4 ainda não se encontrava
circulante (BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO, 2001).
A dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada, intercalando-se com a
ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em
áreas anteriormente indenes. A disseminação da dengue acompanha o homem e seus
empreendimentos, migrações, deslocamentos e aglomerações no decorrer da história (TAUIL,
2002; TEIXEIRA et al., 2005).
Estudos sobre os ritmos da circulação viral em variados contextos facilitam a maior
compreensão dos caminhos da transmissão em diferentes áreas habitadas (LOURENÇO et al.,
2004). Dentre os casos de dengue notificados por região geográfica brasileira, no período de
1986 a 2002, foram notificados casos apenas nas regiões sudeste e nordeste. A partir da
segunda metade da década de 90, as regiões centro-oeste e norte passaram a apresentar casos
de forma significativa (FUNASA, 2002; SIQUEIRA et al., 2005).
A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde divulgou novos números
da dengue em 2011 e até o dia 26 de fevereiro de 2011, foram notificados 155.613 casos em
todo o país – número 37% menor do que no mesmo período do ano de 2010 (VAZQUEZPROKOPEC, 2011).
O vetor (Aedes aegypti) do vírus da dengue
A. aegypti não é nativo das Américas, tendo sido introduzido no Brasil a partir da
África, provavelmente no início do século XIX, principal vetor responsável pela transmissão
da dengue, é um mosquito de hábitos doméstico e diurno, utilizando-se preferencialmente de
depósitos de água limpa para deposição dos ovos, os quais têm uma alta capacidade de resistir
à dessecação (TAUIL, 2002). Este é um inseto de comportamento urbano, ou seja, tanto os
machos quanto as fêmeas alimentam-se da seiva das plantas presentes, sobretudo, no interior
das casas. Eles ficam sob mesas, cadeiras, armários e somente a fêmea pica o homem, pois
busca sangue para maturar seus ovos. O tempo médio de vida do mosquito é de 30 dias e a
transmissão se dá pela picada da fêmea infectada (WHO, 2002).
O vírus é encontrado no sangue, em média, 5 a 6 dias após a picada por um mosquito
infectado. Este intervalo de tempo é denominado de período de incubação intrínseco. A
viremia dura cerca de 4 a 5 dias, iniciando-se no primeiro dia antes do aparecimento da febre.
Nesse período, a pessoa pode ser picada e o vírus passa a infectar o mosquito. Após um
período de 8 a 12 dias, o mosquito fêmea passa a ser capaz de transmitir o vírus. A fêmea é
infectante pelo resto da vida, podendo transmitir o vírus cada vez que picar um ser humano
(LOURENÇO et al., 2003).
O vírus causador da dengue é um arbovírus (arthropod borne virus – vírus
transmitidos por artrópodes) da família dos flavivírus, causador da dengue clássica e da
dengue hemorrágica. O vírus que é transmitido pelos mosquitos é constituído de RNA e são
conhecidos 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 (DIAZ, 2004).
A infecção pelo vírus do dengue provoca uma proteção imunológica completa contra o
mesmo sorotipo, provavelmente, pelo resto da vida. Ao mesmo tempo, promove proteção
cruzada contra outros sorotipos durante um breve período de tempo, cerca de doze semanas.
Existe variação genética dentro de cada sorotipo e, aparentemente, alguns variantes genéticos
podem ser mais virulentos (KAO et al., 2005; PESSOA et al., 2005).
Cada um desses sorotipos possui várias estirpes diferentes difundidas na mesma região
ou em diversas partes do mundo e no Brasil. Estudos em nível molecular e antigênico
procuram identificar e classificar cada sorotipo segundo variantes geográficas. A importância
desses estudos reside na determinação das variações decorrentes de mutações ao longo do
tempo, na possibilidade de identificação da origem da estirpe envolvida em processos
epidêmicos específicos, bem como na tentativa de estabelecer possíveis relações entre a
virulência e uma configuração antigênica particular de uma determinada estirpe (GUZMAN et
al., 2002).
Os quatro tipos existentes de vírus do dengue podem causar tanto a manifestação
clássica da doença quanto a dengue hemorrágica. Ao que tudo indica, o tipo mais virulento é
o DEN-3, seguido pelo DEN-2, DEN-4 e DEN-1. A virulência é diretamente proporcional à
intensidade com que o vírus se multiplica no corpo. O tipo mais explosivo é o DEN-1 por
causar grandes epidemias em curto prazo e alcançar milhares de pessoas rapidamente
(DÉGALLIER et al., 2000).
Os primeiros indícios do sorotipo DEN-4 foram registrados ao norte da América do
Sul e as primeiras notificações no Brasil ocorreram em Roraima, a partir de julho do ano de
2010, por onde o vírus reingressou no país proveniente da Venezuela. Os registros mais
recentes foram na Bahia e no Rio de Janeiro. O estado brasileiro que teve um maior número
de casos foi o de Roraima com 18 casos seguido de Amazonas com 17, Pará com 11, Rio de
Janeiro e Bahia com 2, São Paulo e Piauí com 1. No total, foram 49 casos espalhados por todo
o Brasil e, por isso, desde o início do ano, o Ministério da Saúde tornou obrigatória a
notificação dos casos de DEN-4 (Jornal do Brasil, 2011).
A falta de imunidade ao vírus DEN-4 eleva as chances de uma epidemia no Brasil.
Para o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edmilson Migowski,
o aumento de casos da doença não deve ser imediato. Ele prevê que o efeito deve ser sentido
drasticamente no verão de 2012. Esse sorotipo não circulava há pelo menos 28 anos no Brasil
e a maioria da população não teve contato com ele, por isso está desprotegida (CUNHA et al.,
2006).
Quando uma pessoa contrai um tipo de vírus da dengue cria imunidade a esse, porém
pode ser infectado pelos outros tipos. O vírus DEN-4 não é mais perigoso ou letal em relação
às outras variações (1, 2 ou 3) e os sintomas são idênticos: dor de cabeça, dores no corpo e nas
articulações, febre, diarréia e vômito o tratamento também é o mesmo (STODDARD et al.,
2009).
Medidas de prevenção, combate e vigilância
Quando lançado pelo governo brasileiro em 1996, o Plano Nacional de Erradicação do
Aedes aegypti (PNEAa) não deu ênfase à educação e à participação da comunidade na
eliminação de criadouros, mas sim à erradicação do mosquito vetor em um típico sistema “de
cima para baixo” (MS, 2008). Porém, de acordo com MORRISON; ZIELINSKIGUTIERREZ (2008) seria exatamente a participação da comunidade a melhor intervenção ou
estratégia, pois, há uma necessidade de programas econômicos e sustentáveis para a
prevenção e controle de doenças em países tropicais.
Dentre as medidas de prevenção GUBLER afirma que as campanhas educativas
centradas na divulgação de informações pelos meios de comunicação de massa e na
divulgação dirigida a escolares e grupos da comunidade, entre outros, têm atingido grande
parte da população, proporcionando conhecimento sobre a dengue, seus vetores e as medidas
de controle, mas sem grandes conseqüências em termos de mudanças de comportamento que
garantam a diminuição dos níveis de infestação dos vetores (GUBLER, 2002).
A mobilização comunitária para a adoção de práticas de redução dos criadouros dos
vetores é de fundamental importância. Muitas vezes, a população tem a informação correta,
porém, suas práticas não são coerentes com o conhecimento do problema. A abordagem do
assunto pelos meios de comunicação e pelas escolas deve buscar justamente a mudança das
práticas habituais facilitadoras da proliferação do mosquito (RANGEL, 2008).
Existem formas clássicas de eliminar os criadouros de Aedes aegypti como:
 Substituir a água dos vasos de plantas por terra e manter seco o prato coletor de
água;
 Desobstruir as calhas dos telhados para não acumular água da chuva;
 Manter sempre tampadas as caixas d’água, cisternas, filtros e barris;
 Não deixar pneus ou quaisquer recipientes que possam acumular água da chuva
expostos;
 Acondicionar o lixo em sacos plásticos fechados ou latões com tampa.
Estas são formas simples e acessíveis, pois, qualquer cidadão e capaz de realizar
aqueles procedimentos que são de extrema importância para a eliminação dos criadouros
(MARTINS; CASTINEIRAS, 2008).
A detecção precoce e a investigação de surtos de doença febril, sem confirmação
diagnóstica, em área infestada pelo A. aegypti, seguida de medidas de controle localizadas,
havendo a confirmação de dengue, é a forma mais eficaz de prevenir epidemias de grandes
dimensões. O aspecto crítico é a vigilância epidemiológica, essa atividade exige uma co-
responsabilidade de todos os profissionais de saúde, tanto na área de assistência médica como
na de saúde pública (TAUIL, 2002).
A vigilância epidemiológica é considerada muitas vezes uma atividade apenas
burocrática e não desperta o interesse, principalmente dos médicos dos serviços de saúde.
Porém, a informação é o ponto de partida para desencadear ações de controle e erradicação. A
capacidade dos serviços de saúde de responder, com ações efetivas de controle, à notificação
de transmissão de dengue localizada numa área geográfica restrita, é a forma possível de
prevenir epidemias de grandes dimensões (KYLE; HARRIS, 2008).
Quando a doença já está ocorrendo simultaneamente em diferentes lugares de uma
cidade, toda a atividade de combate ao vetor torna-se mais difícil, quando não se transforma
em uma verdadeira guerra, em se tratando de uma cidade de grande ou médio porte. Faz parte
ainda da vigilância epidemiológica, manter a população de uma área infestada por A. aegypti
informada da doença, de suas características clínicas e da necessidade de buscar assistência
médica precocemente se perceber os sintomas da doença. Infelizmente, é praticamente
impossível impedir a entrada de pessoas infectadas, em fase de transmissibilidade da doença,
em áreas com a presença do vetor (INFORME EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE, 2002).
Os meios atuais de transporte são muito rápidos e freqüentes, e podem deslocar
indivíduos portadores do vírus de locais distantes, rapidamente. A identificação desses
indivíduos para a tomada de medidas sanitárias adequadas é totalmente inviável pela
dificuldade
de
diagnóstico
rápido,
pelo
número
elevado
de
assintomáticos
ou
oligossintomáticos e pela intensidade do tráfego de passageiros, quer por via aérea, quer por
via terrestre (VAZQUEZ-PROKOPEC et al., 2010).
Um estudo realizado no Rio de Janeiro pela Universidade Federal Fluminense
(JURBERG, 2002) com ênfase na prevenção e controle da dengue, concluiu que, a realização
de estudos qualitativos, abordando as crenças, as atitudes e as representações da população a
respeito do dengue e de sua prevenção é recomendada, antecedendo a elaboração de
programas comunitários de prevenção.
Sendo que ao aprofundar-se no conhecimento das condições de vida, das prioridades
comunitárias, por intermédio da convivência e do diálogo, juntamente com o investimento
governamental visando a solução dos problemas de saneamento, parecem caminhos que
apontam para o controle do dengue e de outras doenças, bem como para uma melhoria na
qualidade de vida da população.
A organização atual do espaço dos grandes centros urbanos e a situação da população
de mosquitos no país levou à conclusão de que a erradicação do mosquito A. aegypti de forma
semelhante não é mais viável. O Ministério da Saúde (MS) passou então a recomendar o
controle e não mais a erradicação. Controle significa a redução permanente da densidade
vetorial, o que só será possível com a eliminação definitiva de criadouros que respondam por
grande parte da reprodução do vetor (GIANNINI, 2001).
Entretanto, nenhum trabalho sistemático foi, ou é realizado para conhecer quais os
principais criadouros existentes hoje. A utilização de larvicidas ou adulticidas por agentes de
saúde não resultará em controle vetorial, mas apenas em redução temporária de sua densidade.
Larvicidas são instrumentos centrais para erradicação do vetor, não para seu controle. Centrar
o controle no trabalho de guardas sanitários apenas, como no início do século XX, tempo de
Oswaldo Cruz, não tem sido, nem será, efetivo (PENNA, 2003).
Técnicas e alternativas mais utilizadas para o controle da doença
As alternativas mais comumente utilizadas para o controle da dengue no Brasil são os
métodos químicos, físicos, biológicos e genéticos cada uma com as suas peculiaridades,
vantagens e desvantagens (KOKOZA et al., 2000).
No método químico a formulação é de liberação lenta, vêm sendo empregado
mundialmente, destacando-se o temephos como o larvicida de mais ampla utilização para
tratamentos focais.
O método físico consiste na aplicação de produto que forma película uma
monomolecular sobre a superfície da água e a utilização de água quente. Para A. aegypti,
temperaturas de 49 °C são suficientes para matar os ovos em menos de 2 minutos e larvas e
pupas em 5 minutos; contudo, esses métodos precisam ser melhor estudados para a sua
adequação (DONALÍSIO; GLASSER, 2002).
O método biológico usa predadores do tipo peixes larvófagos, estes são os mais
recomendados por sua fácil obtenção e manutenção, especialmente para locais com grande
acúmulo de água (PAMPLONA et al., 2007).
As bactérias do tipo Bacillus thuringiensis var israelensis (Bti) e o B. sphaericus são
específicos para o controle de larvas sendo que o primeiro apresenta melhores resultados
contra A. aegypti. Sua ação tóxica é causada por uma toxina presente no corpo paraesporal do
bacilo (Fundação Nacional de Saúde, 2001). O Bti vêm sendo utilizado no Brasil em
substituição ao temephos em regiões nas quais foi detectada resistência do mosquito A.
aegypti a esse organofosforado (Fundação Nacional de Saúde, 2001).
Já no método genético são utilizados machos estéreis, visando reduzir a fertilidade da
população local e outro método é a produção de cepas não suscetíveis a agentes de doenças,
visando substituir as populações locais por essas cepas refratárias. No entanto, ainda não foi
possível incorporar nenhum desses métodos em programas de controle (DIAS, 2006).
No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da FUNASA, desde o ano de 1999 busca
organizar e sistematizar atividades de monitoramento da resistência do mosquito A. aegypti
aos inseticidas empregados. São poucas as cidades monitorados nas diversas unidades da
federação e, assim, os ensaios têm se limitado basicamente a provas biológicas para larvas
expostas ao temephos. As ações de vigilância desenvolvidas no Brasil, já mostram um quadro
bastante preocupante de resistência de A. aegypti ao temephos.
As atividades de controle têm requerido, então, o uso de novos inseticidas ou a sua
substituição por métodos físicos e agentes biológicos, durante o maior período possível
(DEVINE et al., 2009). Os fatores envolvidos no processo de resistência podem ser agrupados
em genéticos (genes que conferem resistência), biológicos (duração do ciclo biológico e
dispersão) e operacionais (intensidade da exposição da população no tempo e espaço e nas
várias fases do ciclo biológico) (SANTOS, 2003).
No controle integrado do mosquito A. aegypti, as medidas preventivas são
direcionadas principalmente aos criadouros, constituindo-se de ações simples e eficazes,
especialmente aquelas que consistem em cuidados a serem adotados pela população. A
tecnologia atualmente disponível abrange medidas de controle físico, químico e biológico,
sendo os dois primeiros grupos mais intensamente utilizados (Superintendência de Controle
de Endemias, 2001).
O controle químico vem sendo o método mais eficaz e utilizado nos últimos vinte anos
para o controle de A. aegypti resultante da aplicação de inseticidas a ultrabaixo volume (ULV)
que ainda assume papel importante na estratégia desenvolvida no Brasil, inclusive em
períodos interepidêmicos (Fundação Nacional de Saúde, 2002) o que é muito preocupante,
visto que já se observa grandes problemas em sua utilização; portanto, formas de restringir o
controle químico e, ao mesmo tempo, aumentar o envolvimento da sociedade no controle do
vetor precisam urgentemente acontecer sempre visando incrementar as táticas de combate.
Atualmente, o principal problema do uso de pesticidas químicos para o controle é a
seleção de indivíduos resistentes, resultando na redução da eficiência do produto devido à
morte de todos os indivíduos suscetíveis, restando apenas os imunes ao produto. Isto foi
observado nos produtos utilizados no controle de A. aegypi no Brasil e no exterior
(CAMPOS; ANDRADE, 2001).
O aspecto mais sério, neste caso, é o aumento do risco ambiental e do custo de
controle, porque, usualmente, é realizado um número maior de aplicações para se garantir um
controle satisfatório. Uma alternativa para se evitar este problema é a utilização de produtos
com diferentes modos de ação e de acordo com o ambiente nos quais eles vão ser
empregados. Esta ação sinérgica ocorre normalmente quando são usados mais de um pesticida
(DELÉCLUSE et al., 2000).
Uma alternativa é o emprego de agentes de controle biológico, estes produtos atuam
em mais de um processo bioquímico e/ou fisiológico, matando o inseto de diferentes
maneiras. Uma das alternativas é o emprego da bactéria B. thuringiensis israelensis (Bti)
como agente de controle biológico, esta possui diferentes toxinas, são elas: Cry (cristal tóxico)
e a Cyt (toxina com atividade citolítica e hemolítica) que são tóxicas as larvas que ingerem os
esporos e cristais da bactéria (SOBERÓN; BRAVO, 2002).
O mecanismo de ação das toxinas B. thuringiensis envolve vários passos como
solubilização do cristal, processamento das toxinas, união ao receptor, inserção da membrana,
agregação, formação do poro e citólise. Pois, para que as toxinas sejam efetivas é necessário
que as larvas de A. aegypi ingiram os esporos e cristais da bactéria. Momentos depois se
iniciam os sintomas como a paralisia total do intestino da larva e ocorre a morte. As larvas
infectadas por B. thuringiensis perdem sua agilidade e o tegumento adquire tonalidade de cor
marrom-escura. Após a morte, a larva apresenta cor negra característica das infecções
provocadas por este microrganismo (MONNERAT et al., 2005)
Os cristais produzidos por B. thuringiensis ao serem ingeridos pelas larvas são
solubilizados no intestino médio que apresenta um pH muito elevado, em torno de 9,5,
promovendo uma dissolução que provoca lesões no epitélio intestinal em seu estágio larval e
leva a morte (BOBROWSKI et al., 2001).
Este grande número de toxinas reduz a probabilidade de seleção de resistência
(BECKER, 2000; REGIS et al, 2001). Além disso, o Bti não é tóxico a humanos, essa é uma
característica muito importante, pois os agentes de controle são geralmente aplicados em áreas
urbanas, com pessoas próximas à pulverização (POLANCZYK et al., 2003). Outro fato
importante é a possibilidade do Bti ser usado juntamente com produtos químicos para
aumentar a eficiência do controle (LIMA et al., 2005).
De acordo com BECKER (2000), todos os estudos feitos após a introdução da Bti
mostram que ocorreu um controle eficiente, sem que ocorressem danos ao ambiente, não
havendo redução da biodiversidade dos locais tratados por ser um produto com alto grau de
especificidade e que para ser efetivo precisa ser ingerido pelos organismos alvo.
CONCLUSÃO
A escola é ponto de partida eficiente para a educação voltada à saúde pública,
envolvendo diversas questões como, por exemplo, a dengue. As crianças e, especialmente, os
estudantes, formam classicamente um excelente canal para a introdução de novos conceitos na
comunidade, pelo fato de serem membros permanentes desta e por estarem com o cognitivo
em formação.
No caso da dengue, a educação deve ter como objetivo uma eliminação mensurável de
criadouros dos mosquitos vetores no ambiente doméstico, pelo cidadão e não simplesmente o
acréscimo de conhecimento, sendo assim, o parâmetro de avaliação desses trabalhos deve ser
entomológico e não estritamente educacional.
O conhecimento das condições de vida, das prioridades comunitárias, por intermédio
da convivência e do diálogo, juntamente com o investimento governamental visando à
solução dos problemas de saneamento, parecem caminhos que apontam, para o controle do
dengue.
A falta de políticas voltadas para a população carente, que vive em ambientes
insalubres é sem dúvida o mais preocupante, pois é a mais afetada nos surtos de dengue.
Assim, na iminência de uma epidemia do vírus DEN-4 será ainda maior, já que a população
não apresenta imunidade com relação a ela trazendo muitos casos de dengue, inclusive, a
hemorrágica.
A tecnologia atualmente disponível abrange medidas de controle físico, químico e
biológico, sendo os dois primeiros grupos mais intensamente utilizados. A utilização de
larvicidas ou adulticidas por agentes de saúde não resultará em controle vetorial, mas apenas
em redução temporária de sua densidade.
O controle químico vem sendo o método mais eficaz e utilizado nos últimos vinte anos
para o controle do A. aegypti. O principal problema do uso de produtos químicos para o
controle da dengue é a seleção da resistência.
A grande saída é a possibilidade de uso da bactéria entomopatogênica B. thuringiensis
israelensis (Bti) ser usada juntamente com produtos químicos para aumentar a eficiência do
controle, pois, posteriormente a introdução de Bti juntamente com o controle químico obtevese um controle eficiente sem que ocorressem danos ao ambiente, não havendo redução da
biodiversidade dos locais tratados.
O controle biológico é uma alternativa racional, extremamente necessária e essencial
para a melhoria da saúde pública, além de não trazer prejuízos ao meio ambiente. Dentre os
agentes utilizados para o controle biológico, destacam-se as bactérias entomopatogênicas por
possuírem inúmeras vantagens em relação aos demais agentes, como sua densidade,
distribuição espacial e temporal e, principalmente, pela sua especificidade sobre os insetosalvo.
Seria primordial a criação de organizações e de um sistema de informação, cujo
objetivo seja a construção coletiva do conhecimento contribuindo para a relação e interação
entre o conhecimento científico e o saber popular. Assim, as decisões seriam apoiadas a partir
de resultados de estudos no meio técnico para que os gastos públicos sejam empregados de
forma racional e eficaz.
Sem dúvida todas as ações relacionadas ao vírus da dengue no Brasil e as medidas de
prevenção e de vigilância para seu controle e erradicação devem ser desenvolvidas em
articulação com os governos federal, estaduais e municipais, o que fortalecerá ainda mais as
atividades de vigilância epidemiológica (detecção precoce de surtos), de vigilância
entomológica (detecção precoce de aumento da população de mosquitos) e de vigilância
sanitária, com isso, as secretarias federais estaduais e municipais de saúde terão mais
condições para agir rapidamente e evitar os riscos da dengue.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barreto, M. L.; Teixeira, M. G. Dengue fever: a call for local, national, and international
action. Lancet, v.372, n.9634, p.205; 2008.
Becker N. Bacterial control of vector-mosquitoes and black flies. In: Charles JF, Delécluse A,
LeRoux CN. Entomopathogenic bacteria: from laboratory to field application. Dordrecht:
Kluwer Academic Publishers, p. 383-98; 2000.
Bobrowski, V.L.; Pasquali, G.; Bodanese-Zanettini, M.H.; Pinto, L.M.N.; Fiuza, L.M.
Detection os cry1 genes in Bacillus thuringiensis isolates from south of Brazil and activity
agaisn Anticarsia gemmatalis (Lepidoptera:Noctuidae). Brazilian Journal of Microbiology 32:
105-109; 2001.
Boletim Epidemiológico. Fundação Nacional da Saúde. Brasília (DF); 1; 2001.
Campos J, Andrade CFS. Suscetibilidade larval de duas populações de Aedes aegypti a
inseticidas químicos. Rev Saúde Pública 35:232-6; 2001.
Cunha, R.V., Nogueira, R.M.R. Dengue e Dengue Hemorrrágico. In: Coura, J.R. Dinâmica
das Doenças Infecciosas e Parasitárias. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan, 2006.
Dégallier, N, Teixeira, J.M.S, Vilarinhos, P. de Tarso R, Pinto S.C.F, Pereira R. D. First
isolation of dengue 1 virus from Aedes aegypti in Federal District, Brazil. Revista da
Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 33(1):95-96, jan-fev, 2000.
Delécluse A, LeRoux CN. Entomopathogenic bacteria: from laboratory to field application.
Dordrecht: Kluwer Academic Publishers. p.101-26; 2000.
Devine, G.J, Perea E.Z, Killeen, G.F, Stancil, J.D, Clark, S.J, Morrison, A.C: Using adult
mosquitoes to transfer insecticides to Aedes aegypti larval habitats. Proc. Natl Acad. Sci.
USA 106(28), 11530–11534; 2009.
Dias, J. P. Avaliação da efetividade do Programa de Erradicação do Aedes aegypti. Brasil,
1996-2002. Salvador, Tese (Doutorado) – Instituto de Saúde Coletiva. Universidade Federal
da Bahia; 2006.
Diaz, J. F. Epidemiología molecular del dengue en las Americas. Memorias del primer
simposio nacional de Virología, Universidad de Antioquia, Medellín, Colombia. Iatreia
17:7pp; 2004.
Donalísio, M.R.; Glasser, C.M. Vigilância Entomológica e Controle de Vetores do Dengue.
Rev. Bras. Epidemiol. Vol. 5, Nº 3; 2002
Farrar, J. et al. Towards a global dengue research agenda. Tropical Medicine and International
Health , v.12, n.6, p.695-9; 2007.
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Dengue – Instruções para pessoal de combate ao
vetor: Manual de normas técnicas. Brasília: Ministério da Saúde; 2001
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Programa Nacional de Controle da Dengue –
PNCD. Brasília (DF); p. 51; 2002.
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. Roteiro para capacitação de agentes do PACS/PSF
nas ações de controle da dengue. Brasília (DF); 2002.
Giannini, M. L. Dengue hemorrágico, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle. 2.ª ed.,
Santos, SP; 2001.
Gubler, D.J.,. The global emergence/resurgence of arboviral diseases as public health
problems. Arch. Med. Res., 33: 330-342; 2002.
Guzman, M. G.; Kouri, G. Dengue: an update. Lancet Infect. Dis., v.2, p.33-42; 2002.
Informe Epidemiológico da Dengue. Governo do Estado do Amazonas, Secretaria Estadual de
Saúde e Departamento de Vigilância em Saúde, Ano II, n.º 1, janeiro, Manaus-AM; 2002.
Jornal do Brasil. Ciência e tecnologia: Dengue tipo 4 preocupa especialistas. Disponível na
lnternet no endereço: http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/03/26/denguetipo-4-preocupa-especialistas/. Acessado em 04/04/2001. Agência Brasil, 2011.
Jurberg, C. Dengue epidemic strikes Rio de Janeiro: as expected, Bulletin of the World Health
Organization, 80 (7): 606-607; 2002.
Kao, C.L., et al. Laboratory diagnosis of dengue virus infection: current and future
perspectives in clinical diagnosis and public health. Journal of Microbiology, Immunology
and Infection , v.38, n.1; 2005.
Kyle JL, Harris E: Global spread and persistence of dengue. Annu. Rev. Microbiol. 62, 71–
92; 2008.
Kokoza V, Ahmed A, Cho WL, Jasinskiene N et al. Engineering blood meal-activated
systemic immunity in the yellow fever mosquito, Aedes aegypti. Proc Natl Acad Sci; 97(16):
9144-9; 2000.
Lima, J.B.P.; Melo, N.V.; Valle, D. - Residual effect of two Bacillus thuringiensis var.
israelensis products assayed against Aedes aegypti (Diptera: Culicidae) inlaboratory and
outdoors at Rio de Janeiro, Brazil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 47(3): 125-130, 2005.
Lourenço-de-Oliveira R, Vazeille M, Filippis AMB, Failloux AB. Aedes aegypti in Brazil:
genetically differentiated populations with high susceptibility to dengue and yellow fever
viruses. Trans R Soc Trop Med Hyg 98:43-54: 2004.
Lourenço-de-Oliveira R, Vazeille M, Filippis AMB, Failloux AB. Large genetic
differentiation and low variation in vector competence for dengue and yellow fever viruses of
Aedes albopictus from Brazil, the United States, and the Cayman Islands. Am J Trop Med
Hyg 69:105-14; 2003.
Martins, F.S.V. Castineiras, T.M.P.P. Dengue. CIVES - Centro de Informação em Saúde
para Viajantes; 2008.
MS - MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD). 2008.
Monnerat, R. et al. Screening of Bacillus thuringiensis strains effective against mosquitoes
Pesq. agropec. bras., Brasília, v.40, n.2, p.103-106, Fevereiro de 2005.
Morrison, A.C, Zielinski-Gutierrez E, Scott TW, Rosenberg R: Defining challenges and
proposing solutions for control of the virus vector Aedes aegypti. PLoS Med. 5(3), E68; 2008.
Pamplona, L.G.C et al. Competência de peixes como predadores de larvas de Aedes aegypti,
em condições de laboratório. Revista de Saúde Pública; 2007.
Penna, M.L.F. Um desafio para a saúde pública brasileira: o controle do dengue. Cad Saúde
Pública; 19:305-9; 2003.
Pessoa, I., Fontes, E., Gaburo, N. Dengue. Jornal Brasileiro de Patologia Médica Laboratorial,
v. 41, n. 5, p. 313-4; 2005.
Polanczyk, R.A. et al.. Potencial de Bacillus thuringiensis israelensis Berliner no controle de
Aedes aegypti. Rev Saúde Pública;37(6):813-6; 2003.
Rangel, M.L.. Dengue: educação, comunicação e mobilização na perspectiva do controle –
propostas inovadoras. Interface , Botucatu, v.12, n.25; 2008.
Regis L, Silva-Filha MH, Nielsen-LeRoux C, Charles JF. Bacteriological larvicides of
dipteran disease vectors. Trends Parasitol. 17:377-80; 2001.
Santos, R.L.C. Atualização da distribuição de Aedes albopictus no Brasil (1997-2002). Rev
Saúde Pública; 37:671-3; 2003.
Santos, S.L. Avaliação das ações de controle do dengue: aspectos críticos e percepção da
população [Dissertação de Mestrado]. Recife: Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães,
Fundação Oswaldo Cruz; 2003.
Silva Jr., J.B., Siqueira Jr., J.B., Coelho, G.E., Vilarinhos, P.T.R., Pimenta Jr, F.G. Dengue in
Brazil: current situation and prevention and control activities. Epidemiol Bull; 23:3-6; 2002.
Siqueira-JR., J. B. et al. Dengue and Dengue Hemorrhagic Fever, Brazil, 1981–2002.
Emerging Infectious Diseases, v.11, n.1, p.48-53; 2005.
Soberón, M.; Bravo, A. Bacillus thuringiensis y sus toxinas insecticidas. Disponível na
Internet no endereço: http://biblioweb.dgsca.unam.mx/libros/microbios/Cap12/>. Acesssado
em: 20/06/2011. EMBRAPA Cenargen; 2007.
Stoddard S, Morrison A, Vazquez-Prokopec G et al.: The role of human movement in the
transmission of vector-borne pathogens. PLoS Negl. Trop. Dis. 3(7), E481; 2009.
Superintendência de Controle de Endemias. Vigilância e controle de Aedes aegypti: Normas,
orientações e recomendações técnicas. Plano de intensificação das ações de controle de
dengue no Estado de São Paulo. Secretaria da Saúde. Governo do Estado de São Paulo; 2001.
Tauil, P.L. Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Cad Saúde Pública;18:867-71;
2002.
Teixeira, M.G. et al. Dengue and dengue hemorrhagic fever epidemics in Brazil: what
research is needed based on trends, surveillance, and control experiences? Cadernos de Saúde
Pública , v.21, n.5, p.1307-15, sept.-oct.; 2005.
Vazquez-Prokopec, G.M. Dengue control: the challenge ahead. Future Microbiology 6(3),
251–253; 2011.
Vazquez-Prokopec GM, Kitron U, Montgomery B, Horne P, Ritchie SA: Quantifying the
spatial dimension of dengue virus epidemic spread within a tropical urban environment. PLoS
Negl. Trop. Dis. 4(12), E920; 2010.
WHO - World Health Organization. Dengue prevention and control. Geneva: World Health
Organization; 2002.
Download