Maratona da Saúde dedica a sua 3ª Edição às Doenças Neurodegenerativas As doenças neurodegenerativas afetam pessoas de todas as idades e são um dos mais importantes problemas médicos e socioeconómicos da atualidade. Estas doenças têm carácter progressivo e degenerativo e causas ainda desconhecidas, que afetam o cérebro e atacam o sistema nervoso central. A associação direta com a população sénior e com o envelhecimento gradual da população mundial faz prever que terão um enorme impacto social durante o século XXI. O incentivo à investigação científica na área das neurociências que permita acelerar o conhecimento sobre a origem e a causa destas doenças do sistema nervoso exige fontes de financiamento essenciais e que muitas vezes são difíceis de obter. Com os donativos dos Portugueses a Maratona da Saúde vai poder contribuir para um avanço da investigação no campo das doenças do sistema nervoso. Nascemos com 100.000 milhões de neurónios. Com a passagem do tempo, alguns vão-se perdendo e morrem, e o nosso corpo é apenas capaz de criar um número muito reduzido de novos neurónios. Este é um processo natural relacionado com o envelhecimento. Às vezes, contudo, os neurónios degeneram ou morrem mais rápido do que o normal e surgem as doenças neurodegenerativas que podem aparecer em qualquer idade. Existem neurónios no cérebro e na medula espinal, os dois órgão principais do sistema nervosa. As doenças neurodegenerativas diferem do local onde os neurónios morrem ou degeneram. Por exemplo: Doença de Alzheimer: os neurónios que degeneram encontram-se no córtex cerebral; Doença de Parkinson: quando a área preta do cérebro é afetada; ELA: morte dos neurónios motores da espinal medula; Esclerose múltipla: afeta neurónios do cérebro e da medula espinal. Incuráveis, e sem tratamento Apesar de já se ter avançado no conhecimento destas doenças continuamos sem conhecer as suas causas e por conseguinte nenhuma destas doenças tem cura e algumas são fatais. Sabemos que entre 1%-10% são hereditárias. Não há tratamentos curativos, há apenas terapias para atrasar o aparecimento dos sintomas e reduzir as limitações severas que ocorrem em pessoas que sofrem destas doenças. Estas doenças são processos degenerativos progressivos que se tornam mais graves com o passar dos anos. Por exemplo, no que diz respeito aos problemas motores o paciente pode terminar imóvel ou numa cadeira de rodas; outro dos problemas graves é a dificuldade em respirar, que pode mesmo causar a morte; em relação à memória ou problemas cognitivos o paciente vai gradualmente esquecendo todas as memórias e tudo o que aprendeu ao longo da vida. São doenças que acabam por afetar a parte social, emocional e o trabalho das pessoas que a sofrem. Ao longo do tempo, os cuidadores acabam por ser também vítimas invisíveis da doença. Assim, o impacto sobre o paciente e a sua família é muito grande. Importância do diagnóstico precoce Um dos principais problemas que se coloca em relação às doenças neurodegenerativas é que em muitos casos, quando detectada, o paciente já perdeu mais de 50% dos neurónios. Isto é, a doença começa muitos anos antes de ser feito o diagnóstico. Quando o paciente vai ao médico, a doença já está muito avançada e as opções de tratamento são de eficácia limitada. A investigação científica é o futuro Nos últimos anos os cientistas têm possibilitado um melhor conhecimento sobre as doenças neurodegenerativas, minimizando os efeitos colaterais dos tratamentos e medicamentos que têm aparecido para controlar os sintomas. No entanto, as causas destas doenças ainda são desconhecidas e é essencial o apoio da sociedade à investigação científica nesta área para que depois de descobertas as origens e mecanismos destas doenças se possan desenvolver tratamentos preventivos e mais adequados aos sintomas de cada uma destas doenças. Tratamentos eficazes e a cura destas doenças dependem da Investigação mas também dependem de si e do seu apoio A Solidariedade diz muito sobre cada um de nós. --------------------------------------------------------------- Sobre a Maratona da Saúde Em 2014, a Maratona da Saúde juntou-se à RTP + para lançar uma iniciativa inédita em Portugal que visa, através de um espetáculo solidário anual de muitas horas (maratona televisiva), sensibilizar a sociedade e angariar fundos para a investigação biomédica, essencial no combate a doenças ainda sem cura. Em cada ano a Maratona da Saúde dedica-se a um tema, sobre o qual será delineado um plano de atividades. Os temas das primeiras edições são o Cancro, a Diabetes, , Doenças Neurodegenerativas (Parkinson, Alzheimer, Autismo), as Doenças Cardiovasculares e as Doenças auto-imunes (Asma, Esclerose Múltipla, Alergias). Os primeiros dois espetáculos solidários da Maratona da Saúde, transmitidos em direto pela RTP e pela RTP Internacional em Março de 2014 e 2015, contaram com o apoio de milhares de Portugueses que se juntaram a esta causa, e com muitos parceiros que tornaram possível a organização deste evento. Durante muitas horas de emissão foram realizados mais de 300 mil donativos de todo o mundo através de chamadas telefónicas e transferâncias bancárias. Para além do evento televisivo, a Maratona da Saúde desenvolveu, ao longo desta edição, um conjunto de iniciativas nas comunidades locais, sensibilizando para a importância da prevenção da doença e da investigação científica na descoberta de novos avanços. Com parte das verbas angariadas foram já atribuídos os Prémios Maratona da Saude de Investigação em Cancro, e abrirão brevemente as candidaturas para os Prémios Maratona da Saude de Investigação em Diabetes. A Maratona da Saúde considera que permitir o avanço da ciência e do conhecimento em Portugal, contribui para uma sociedade mais informada, motivada e competitiva, capaz de integrar os pilares essenciais do progresso económico global. Os donativos à Maratona da Saúde podem ser realizados ao longo de todo ano através de chamadas de valor acrescentado para o 760 20 60 90 (0,60€+IVA) ou do IBAN: PT50 0035 0413 00044189730 73 BIC SWIFT: CGDIPTPL.