Em ybytucatu@yahoogrupos

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--- Em [email protected], "Alberto Machado" <amachado@...> escreveu
TEORIA DA TROFOBIOSE
Trofo – quer dizer alimento.
Biose – quer dizer existência de vida.
NO SENTIDO DE FACILITAR E AGUÇAR O INTERESSE PELO ESTUDO DA
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL E ECOLÓGICA, APRESENTAMOS UM RESUMO DE TÓPICOS
ESCLARECEDORES,
IMPORTANTES AO APRIMORAMENTO E QUE NOS CONDUZIRÁ A
REABILITAÇÃO E
OBJETIVOS NO VERDADEIRO CAMINHO DA REDENÇÃO DA SAÚDE DA
MÃE TERRA (GAIA). SE
REMINERALIZARMOS NOSSOS SOLOS COM “FARINHA DE ROCHAS”,
PRODUZIREMOS
ALIMENTOS SADIOS E ABUNDANTES PARA TODA A HUMANIDADE NESTE
PLANETA.
DO LIVRO:
PÃES DE PEDRA
Brol aus Steinen, durch mineralishe Diingung der Felder
Julius Hensel 1898
Julius Hansel
Publicado no Horsens Folkeblad, de Horsens, Dinamarca
Desde então outras pessoas, que também negociam com adubos
artificiais são o suficientemente nobres para aceitar: “Não negaremos que o
pó de pedra (Farinha de Rochas) de Hensel possa ter um certo efeito, mas
este é demasiado lento e mínimo, já que as bases de silicatos são quase
insolúveis e tardam vários anos em desintegrar-se”. Estas pessoas também
têm um conhecimento deficiente da Química.
Os silicatos, de fato, são poucos solúveis em água e ácido
clorídrico, entretanto, não resistem á ação da água e ás forças do sol.
1
Realmente, ao falar da solubilidade do ácido silícico, não
podemos compará-lo com a grande solubilidade do sal comum ou do açúcar. O
Cálcio nos serve de exemplo, pois para dissolver uma parte dele são
necessárias 800 partes de água. O Ácido Silícico é um pouco menos solúvel,
já que para dissolver um pouco mais da metade de um grão se requer mil
grãos de água. Podemos encontrar ácido Silícico dissolvido em águas termais
junto com outras substâncias proveniente de rochas primitivas.
As pessoas que afirmam que os silicatos das bases são insolúveis
são postas em contradição pelas arvores dos bosques, assim como por cada
caule de palha. As folhas dos carvalhos em combustão deixam entre 2 e 3% de
cinzas, e destas uma terceira parte consiste em ácido silícico. Como pode
este chegar até as folhas a não ser ascendendo pela seiva que o transporta
em solução?
A acumulação de ácido silícico nas folhas é o resultado da
evaporação da água que o transportou até elas.
Do bosque vamos agora à palha! Nas cinzas das espigas de trigo
no inverno, dois terços consistem de ácido Silícico e ao queimar cevado a
proporção é ainda maior: esta gera aproximadamente 12% de cinzas e 81/2%
destas consistem em ácido Silícico.
Ainda mais impressionante é a solubilidade do ácido Silícico nos
ramos e folhas de plantas que crescem na água ou nos terrenos úmidos. Os
juncos em combustão, por exemplo, deixam de 1 a 3% de cinzas, mais de dois
terços são de ácido Silícico.
As tabuas propiciam 6% de cinzas das quais um terço é ácido
Silícico. Que a tabua seja rica em Potássio é uma prova contundente de que
só é necessário a irrigação para que o silicato de Potássio opere no
crescimento das plantas. A erva cavalinha deixa 20% de cinzas, das quais a
metade consiste em ácido Silícico. Deste se pode observar que só naquelas
partes das plantas que crescem fora da água, para que a evaporação possa ter
lugar, é onde se acumula o ácido silícico. Entretanto na água esta mesma
solubilidade do ácido silícico varia segundo seu conteúdo. A melhor prova
disto encontramos nas algas marinas. Estas produzem uma quantidade muito
maior de cinzas que a maioria das plantas, a saber, 14%, mas somente 1/50
destas é ácido silícico. As que sobram, consistem principalmente em sulfato
e cloreto de Potássio, Sódio, Cálcio e Magnésio; estes, a alga marina os
concentra e combina com seu tecido celular, já que a água do mar não tem
entre 2 a 3% senão somente 4% de constituintes salinos.
Isto é, eles entram, como todas as demais combinações salinas
na mais íntima combinação com ácido glicólico, COOCHH –que
intramolecularmente se encontra na celulose das plantas – e igualmente com
o amoníaco da clorofila; assim os silicatos se juntam às plantas que crescem
a partir deles, formando um todo orgânico. Nós podemos convencer-nos disto
de maneira simples ao tirar do solo uma erva com todas suas raízes. Então
podemos observar que as fibras das raízes da maioria das plantas se
2
encontram por todas partes entrelaçadas ao redor de pequenas pedras, que se
envolvendo, aderem-se fortemente nelas e só podem ser retiradas de modo
violento ao puxar algumas de suas fibras.
Assim a objeção em quanto a insolubilidade do ácido silícico é
inválido tanto teórica como praticamente.
Na realidade, não podemos encontrar uma raiz, um caule, uma
folha ou uma fruta que não contenha ácido silícico. Este fato deve ser
conhecido por todo professor de agricultura. Como então podemos negar a
solubilidade do ácido silícico na vegetação, como fazem muitos deles que
defendem o uso de fertilizantes artificiais?
Os homens interessados em adubos artificiais, que pensaram que
haviam assistido ao funeral do pó de pedra (Farinha de Rochas) como
fertilizante, não aprenderam nada da história, ou esqueceram como mínimo que
cada nova verdade tem que ser primeiro assassinada antes que possa celebrar
sua ressurreição. Além disso, não me encontro tão isolado como aquelas
pessoas supõem, já que possuo a luz da verdade e o conhecimento junto a
mim.
Der pinsame Memsrh hul Truft und Mucht, wenn er fur Wahrheit und
Gerechtigheit kumpft.
( O homem solitário tem força e poder, quando luta pela verdade e justiça).
Julius Hensel
OITAVO CAPITULO (do mesmo livro)
(Pioneer, 22 de julho,1892)
Brol aus Steinen: Sirherlirh haben die Bibelworter ihre Wahrhrit
bribrhalten.
(Pão de pedra: certamente, as palavras da Bíblia conservam sua verdade)
Pagina 54:
Antes desta ocasião, tive oportunidade de mostrar, no Jornal
Deutsche Addelsblat, que não é correto dar-lhe ao pó de pedra *(Farinha de
Rochas) o qualificado de “adubo”, já que este é superior aos assim chamados,
adubos só apresentam uma ajuda artificial com ele, são só um paliativo.
LÁPIDE :
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Pequei contra a sabedoria do Criador e, com razão fui castigado.
Queria melhorar o seu trabalho porque acreditava, na minha obsessão, que um
elo da assombrosa cadeia de leis que governa e renova constantemente a vida
sobre a superfície da Terra tinha sido esquecida.
Pareceu-me que este descuido tinha que emendá-lo o frágil e insignificante
ser humano.
Justus Von Liebig (1803/1873)
(Estampado na Ensiclopédia Brittanica, 1899; mas retirado das edições
seguintes
(Justus Von Liebig foi o Químico que criou a formula do adubo químico N. P.
K).
Ana Primavesi
Prof. Adoniel Amparo
Pasteur: “O micróbio não é nada, o ambiente é tudo.” A proliferação dos
microrganismos é limitada pelo pH – riqueza do solo (mineral), espécie de
matéria orgânica, pela temperatura e pela umidade. Em temperaturas acima de
20 graus, predominam as bactérias.
SABEDORIA:“
O solo é como uma mulher frágil. O gigolô, para o qual a mulher é fonte de
dinheiro, explora-a, abusa dela e gosta de vê-la nua. Sentindo-se
violentada, a mulher tenta defender-se. O solo violentado tenta proteger-se,
vestindo-se com plantas espinhosas, duras, como último recurso para afastar
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o causador de sua ruína................(o homem)
NEM SÓ DE ADUBO VIVE A TERRA”
Desde a descoberta dos adubos químicos as pessoas perderam, passo a passo, a
noção prática do alimento de que a terra necessita. Passaram a crer que se
deve à terra apenas aquilo que supostamente as plantas retiveram. Mais
precisamente, 13 elementos, tidos como essenciais: N,P,K, Ca, Mg, S, Cu, Zn,
B, Mn, Cl, Mo e Fe.
_____
O QUE É BIOGEO?
BIOGEO E O CONTROLE DE DOENÇAS NAS PLANTAS
Trata-se de um pé de cuba misto, composto de esterco bovino (ou outros),
água, farinha de rochas, tortas, leveduras, xisto, cinzas, água do mar, etc
É, portanto, um composto biotecnológico para prevenção de pragas, doenças e
desequilíbrios, promotor de crescimento e defensivo natural baseado na
teoria da Trofobiosoe, graças aos cerca de 80 elementos, mais enzimas
(rompendo bloqueios e ultrapassando barreiras fisiológicas). Recomenda-se
sua aplicação foliar, via solo, como inoculador de sementes.
É um pé de cuba misto, composto de esterco bovino (ou outros), água, farinha
de rocha, tortas, leveduras, xisto, cinzas, água do mar, etc.
É um composto biotecnológico, um tônico estimulante das plantas. É baseado
na teoria da Trofobiose (Trofo= nutrição, vida. Biose= existência da vida),
em função dos cerca de 80 elementos presentes em sua composição acrescidos
de enzimas. Esse fermentado aplicado nas plantas, principalmente sobre e sob
as folhas, rompe bloqueios da planta, presentes desequilíbrios, ultrapassa
barreiras fisiológicas. Sua aplicação periódica produz o equilíbrio na
planta, propiciando um desenvolvimento harmonioso e portanto equilibrado,
ensejando alta produtividade mesmo em condições adversas.
O Biogeo, ao propiciar a planta um desenvolvimento harmonioso, confere-lhe e
ativa mecanismos de defesa, melhorando gradativamente sua resistência. Isto
ocorre em função da ação simultânea dos microrganismos que, além de ativarem
os mecanismos de defesa da planta, potencializam-se pela presença de
compostos orgânicos (aminoácidos, enzimas, co-enzimas, vitaminas,
fitormônios ).
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É importante que as aplicações foliares sejam constantes no inicio de seu
uso, para vencer os bloqueios existentes.
doenças. Assim , o combate a pragas e doenças vegetais só será efetivo pela
correção das causas que as originaram.
Para Erros no manejo do agrosistema têm como conseqüência o surgimento de
pragas e recompor e preservar o equilíbrio biológico dos agrosistemas
devemos observar alguns pontos:
1. Diversificar, rotacionar e consorciar atividades;
2.Recomposição florística, buscando a melhoria das condições microclimáticas
e conservação dos recursos naturais, objetivando o equilíbrio ecológico do
agrosistema;
3. Promoção de uma eficiente reciclagem das biomassas disponíveis na
propriedade;
1. Manejo orgânico das áreas agricultadas com destaque a incorporação
constante de M.O ao solo, além das coberturas mortas e vivas e da prática da
adubação verde;
Utilização de germoplasma mais adequado a suas condições, com ênfase na
produtividade, sem descuidar da prevenção dos eventuais estresses
ambientais;
“Não existe doença na planta ou no animal, inclusive no homem, que não
esteja relacionada a uma deficiência mineral do solo.”
(Primavesi)
EFEITOS DA FARINHA DE ROCHAS NO SOLO
Todos os benefícios da calagem com calcário e mais:
a)
Corrige em produtividade (descida rápida)
b)
Diminui a saturação de alumínio;
c)
Fornecem mais de 30 elementos entre macro e micronutrientes (P, K,
Ca, Mg, S, Fe) etc.
d)
Aumenta o sistema radicular;
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e)
Diminui a transpiração da planta, pela presença da sílica (47%),
logo, aumenta a resistência à seca;
f)
Tem muita influência na germinação, aumentando sua velocidade,
talvez pela presença do boro.
g)
Pode ser usada também como adubo.
Além disso, a FARINHA DE ROCHAS:
·
Tem propriedades antifúngicas;
Pode ser usada como defensivo natural, diluído ou em pó; Aplicado com M.O,
(Matéria Orgânica) o efeito é miraculoso.
Na grande maioria dos solos tropicais, particularmente nas regiões de
intensa pluviosidade não mais existe o componente rocha do sistema, sendo
solo lixiviado e desprovido de reserva mineral; para corrigir a deficiência
desses solos dos minerais essenciais a nutrição, torna-se necessário adição
de elementos de baixo custo e de baixa solubilidade (Farinha de Rochas). As
adições de aditivos inorgânicos de alta solubilidade são inadequadas onde a
pluviosidade é concentrada, pois provoca lixiviação com conseqüente
desperdício de nutrientes, além de comprometer o meio ambiente;
-------------------------------------------------------------------------Dr. Edwin Scheller
Mas para a qualidade nutricional, surge outro aspecto. Adubando com o
cloreto de potássio, o cloreto tem carga negativa e é repelido pela
superfície da argila e do humos, que têm carga positiva. Em nosso inverno,
ele é lavado rapidamente com a chuva, quando se aduba no inverno. As
partículas de sal, justamente o potássio e o manganês, carregadas
positivamente, também são levadas e terminam na água do subsolo. A adubação
com cloreto de potássio leva paradoxalmente a um empobrecimento de potássio
e de magnésio no solo.
O cloreto acarreta outros problemas quando se aduba com cloreto de potássio
diretamente nas plantas, ou seja, quando o cloreto não é lixiviado pela
chuva, o cloreto é muito instável e desloca outros ânions, como o sulfato e
também o fósforo. Esse cloreto penetra a planta com maior facilidade do que
o fósforo e o sulfato, podendo deslocá-los, diminuindo a disponibilidade de
fósforo e sulfato para as plantas.
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AGRICULTURA ECOLÓGICA
Parte de uma visão sistêmica das coisas (Holísticas).
Agricultura convencional: visão estreita, reducionista.
A fertilidade do solo depende da microvida.
Agricultura ecológica: promove a vida no solo
Agricultura convencional: destrói sistematicamente a vida do solo.
O alimento da vida do solo é a matéria orgânica, isto é Agricultura
Ecológica.
De acordo com Chaboussou, os parasitas, quer se trate de insetos, ácaro,
nematóides, protozoários, fungos, bactérias ou mesmo vírus, só podem
proliferar em plantas com desequilíbrio metabólico que leve a níveis
exagerados de nutrientes na seiva. Numa planta sã estes níveis são baixos.
Proteossíntese e proteólise estão equilibradas. Logo que aparecem
aminoácidos e os demais nutrientes, eles são absorvidos pela proteossíntese
ou, quando a planta está em repouso, como é o caso da hibernação ou
estivação, a planta cessa de produzir aminoácido e nucleotídios, também para
levantar nutrientes minerais. Numa planta assim, o fungo ou pulgão não tem
vez, ele morre de fome ou seus sentidos lhe dizem que não adianta
instalar-se nesta planta
Se a teoria da Trofobiose é correta, e tudo parece indicar que
é, então nos encontramos diante de uma importante revolução na agronomia,
uma revolução que me parece tão importante quanto foi a revolução
desencadeada por Liebig no século passado. Devemos fazer o possível para que
esta não seja deturpada como foi aquela! Felizmente temos hoje uma
constelação diferente.
Texto do Professor JOSÉ ª LUTZEMBERGER
TEORIA DA TROFOBIOSE
Trofo – quer dizer alimento.
Biose – quer dizer existência de vida.
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Portanto, Trofobiose quer dizer: todo ser vivo só sobrevive se houver
alimento disponível para ele.
CONCLUSÃO:
Está provado em todo o mundo, que a utilização da matéria orgânica no solo
aumenta bastante a resistência das plantas. Até animais tratados com
forragens produzidas em solos ricos em matéria orgânica são muito mais
resistentes às doenças comuns. As principais conseqüências da adubação
orgânica podem ser: menores gastos com insumos, ausência de pragas e
doenças, maior rentabilidade nos cultivos, condições de vida muito mais
saudável e melhor qualidade dos alimentos.
Os agrotóxicos aumentam o poder de ação e reprodução de insetos
que sobrevivem a uma pulverização
Se quisermos resolver os problemas das pragas, parasitas e enfermidades em
nossos cultivos e criações, sem envenenar o Planeta e destruir nossos solos,
teremos que partir para enfoques completamente novos. Texto do Prof JOSÉ
LUTZEMBERGER, Dezembro, 1988.
Conceitos Básicos:
Toda vida vegetal e animal desenvolveram-se de uma nutrição
equilibrada dentro do sistema; físico-químico-rocha-solo-água-ar. Tal
sistema pode ainda produzir um crescimento adequado para produção de
alimentos.
Na grande maioria dos solos tropicais, particularmente nas
regiões de intensa pluviosidade não mais existe o componente rocha do
sistema, sendo solo lixiviado e desprovido de reserva mineral; para corrigir
a deficiência desses solos dos minerais essenciais a nutrição,torna-se
necessário adição de elementos de baixo custo e de baixa solubilidade. As As
adições de aditivos inorgânicos de alta solubilidade são inadequadas onde a
pluviosidade é concentrada, pois provoca lixiviação com , com conseqüente
desperdício de nutrientes, além de comprometer o meio ambiente;
As regiões clássicas de fertilidade perenes, são aquelas onde as
rochas frescas é periodicamente adicionada;
Os materiais a serem adicionados devem tanto quanto possível
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ser encontradas no local.
Segundo tal conceito, nosso objetivo tem sido recomendar a
utilização de rochas comuns. Como fertilizantes de base em condições de
solos altamente lixiviados ou solos arenosos; exemplo Granito + basalto
O uso de (Farinha de Rochas) ou pó de rochas tem as seguintes vantagens:
Não sendo prontamente solúvel em água, o produto não é lixiviado
pela água da chuva intensa especialmente no clima tropical.
Economia de mão de obra, adubação com Farinha de Rochas de baixa
solubilidade, não necessidade de adubação com freqüência , devido ao seu
efeito residual prolongado
Não acidifica o solo, pelo contrário, corrige o pH do solo; não
saliniza o solo.
Evita a absorção de luxúria, quando usado potássio solúvel, a
planta absorve esse elemento mais do que é necessário e deixa de absorver
cálcio e magnésio;
Evita a fixação do fósforo solúvel quando ocorre ao se utilizar
superfosfato simples, pela presença de ácido sulfúrico residual e a presença
de sílica na farinha de rocha, também dificulta fixação de fósforo;
A matéria prima é inteiramente nacional, inesgotável fácil de
ser explorada e encontra-se distribuída em todas as regiões do país.
Como funciona os Solos:
Processos biológicos combinam-se com processos físicos e químico, em cada
região climática e local especifico.
AGRICULTURA ECOLÓGICA
Parte de uma visão sistêmica das coisas (Holísticas).
Agricultura convencional: visão estreita, reducionista.
A fertilidade do solo depende da microvida.
Agricultura ecológica: promove a vida no solo
Agricultura convencional: destrói sistematicamente a vida do solo.
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O alimento da vida do solo é a matéria orgânica, isto é Agricultura
Ecológica.
Parasitas
Se os parasitas fossem como postula a indústria em seus lindos folhetos e
cartazes, graficamente perfeitos, e em seus agressivos anúncios de TV, já
não haveria vida neste planeta. Não há espécie vegetal ou animal que não
tenha seus parasitas e eles existem há milhões de anos. Todos teriam tido
tempo amplamente suficiente para exterminar seus hospedeiros e teriam se
acabado também. O grande processo vital da Evolução Orgânica teria entrado
em colapso. Se isto não aconteceu é porque o parasita não tem condições de
prosperar sobre hospedeiro são. Ele só prospera sobre o que está de alguma
forma em situação marginal. Em um ecossistema aberto, toda população, de
seja qual for a espécie, , sempre tem seus indivíduos doentes, fracos,
feridos desequilibrados. É em cima destes indivíduos que o parasita
prospera, sem jamais exterminar toda a população da espécie hospedeira. Ele
é um dos crivos do mecanismo de seleção natural, que tende a melhorar
constantemente as espécies.
Em mais de cinqüenta anos de diálogo intensivo com a Natureza, fiz muitas
observações deste tipo. Enquanto escrevo estas linhas, de minha janela,
estou observando uma colônia de grandes lagartas cabeludas em um ficus. Elas
passam o dia dormindo na base do tronco. À tardinha, em caravana, sobem para
pastar. Mas elas só comem as folhas dos galhos internos, de folhas fracas
por falta de sol, os galhos que a árvore acabaria perdendo mesmo sem este
ataque. Interessante é a preferência por certo tipo de folhagem numa mesma
árvore. Todos os anos são assim.
Mas a proliferação de ácaros também pode ser desencadeada pelos carbonatos
modernos que são fungicidas e que certamente não matam seus inimigos
naturais. Além disso, os fungicidas modernos, muitas vezes, parecem que
promovem exatamente os fungos que deveriam eliminar. Em nossa região
viticola, quando foram abandonados os tradicionais e baratos tratamentos à
base de cobre, cal e enxofre em favor dos carbonatos caros, os viticultores
logo se viram numa situação em que, quanto mais pulverizavam, mais tinham
que pulverizar, em alguns casos até 30 vezes por temporada. É como se o
fungicida tornasse a parreira mais palatável para o fungo. Certamente vão
surgir complicações bem piores com a entrada dos ainda mais caros e mais
perigosos fungicidas sistêmicos.
Entre os agricultores orgânicos é conhecimento geral que o
ataque de pragas tem a ver com o estado metabólico da planta. A
suscetibilidade ao ataque do parasita, portanto, está primordialmente ligada
à nutrição da planta. Outros fatores, tais como concorrência dos inços,
interações positivas ou negativas de plantas companheiras (alelopatia),
condições climáticas, etc. também influem. As condições para a saúde da
planta devem ser otimizadas para que o ataque da praga seja minimizado. Um
manejo adequado do solo permite obter um cultivo livre de parasitas mesmo
que ele esteja rodeado de lavouras atacadas
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De acordo com Chaboussou, os parasitas, quer se trate de insetos, ácaro,
nematóides, protozoários, fungos, bactérias ou mesmo vírus, só podem
proliferar em plantas com desequilíbrio metabólico que leve a níveis
exagerados de nutrientes na seiva. Numa planta sã estes níveis são baixos.
Proteossíntese e proteólise estão equilibradas. Logo que aparecem
aminoácidos e os demais nutrientes, eles são absorvidos pela proteossíntese
ou, quando a planta está em repouso, como é o caso da hibernação ou
estivação, a planta cessa de produzir aminoácido e nucleotídios, também para
levantar nutrientes minerais. Numa planta assim, o fungo ou pulgão não tem
vez, ele morre de fome ou seus sentidos lhe dizem que não adianta
instalar-se nesta planta.
Mas, como acontecem os níveis exagerados de nutrientes? Ou por inibição da
proteossíntese os nutrientes ficam sobrando, ou porque é exagerada a oferta.
Também pode haver excesso quando a proteólise predomina sobre a
proteossíntese. Este é o caso das folhas velhas.
Para que ocorra congestão de aminoácido, a inibição da proteossíntese pode
ser mínima. A planta pode ainda estar crescendo vigorosamente e ter aspecto
mais sadio. Vejamos uma metáfora.. imaginemos um autopista com um fluxo de
carros a 120 Km/h. Aparece um estrangulamento de três para duas vias. Dali
para diante o fluxo retorna a 120 Km/h, mas dali para trás surge um grande
congestionamento.
Chaboussou mostra que muitos dos modernos agrotóxicos inibem a
proteossíntese. A maioria deles é até certo ponto sistêmica, quer dizer,
penetra na seiva da planta. Eles terão, portanto, algum efeito, positivo ou
negativo. Como se trata de biocidas, é provável que predominem os efeitos
negativos. Esta deve ser a razão porque, à medida que aumenta o uso dos
agrotóxicos, aumenta a incidência e o número de pragas. Não se trataria só
da eliminação dos predadores dos parasitas, mas de aumento de
suscetibilidade das plantas cultivadas. Muitos dos casos em que pensamos
que houve aparecimento de resistência das pragas aos agrotóxicos são na
realidade casos de aumento de suscetibilidade da planta, especialmente no
caso de doenças fúngicas. É por isso que Chaboussou deu à primeira edição de
seu livro o título “As plantas que adoecem dos pesticidas”.
Mais sério é o problema dos micronutrientes. A proteossíntese parece ser
muito sensível a deficiências em micronutrientes. Quando degradamos a
estrutura do solo pela excessiva agressão mecânica, causamos erosão e perda
de húmus, destruímos a vida do solo pela agressão química e eliminamos o
alimento da microvida do solo, não mais aportando matéria orgânica porque
eliminamos a rotação de cultivos, compostagem, adubação verde. O que podemos
esperar? Num solo morto a planta sempre encontra dificuldades para levantar
micronutrientes.
Aqui convém mencionar um dos fatores mais importantes para a saúde das
plantas. Um fator que a fitossanidade na agronomia moderna praticamente não
leva em conta: a micorriza.
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A maioria das plantas vive em simbiose com outros organismos no solo. A
ponta da raiz capilar, a última extensão da raiz, já quase microscópica em
diâmetro, esxuda uma substância gelatinosa, chamada mucigel, com a qual se
recobre como se fosse uma luva. Nesta capa constituída de alimentos
energéticos, açúcares e amidos, instalam-se bactérias especiais, muitas
vezes específicas das respectivas plantas. Além disto, esta capa e o próprio
tecido da raiz são atravessados por filamentos, as hifas do micélio de
certos fungos, também quase sempre específicos. Estes filamentos se
estendem até vários metros além da ponta da raiz e podem unir-se com o
micélio que serve à planta vizinha da mesma espécie. Esta simbiose
tripartite – planta, bactéria e fungo, a que damos o nome micorriza,
consegue retirar nutrientes minerais até da estrutura cristalina da rocha,
isto é de cacos de pedra e grãos de areia ou de concreções minerais. Mas a
micorriza só funciona em solo vivo, rico em húmus. Não mais precisamos
entrar em detalhe sobre como os métodos da agricultura moderna destroem a
micorriza – em proveito da indústria química...
A teoria de Chaboussou também explica por que numa mesma planta
às vezes apenas algumas folhas, em geral as mais velhas, são atacadas,
outras não. Numa planta de abóbora ou pepino é comum ver-se forte ataque de
míldio nas folhas velhas, enquanto que o resto da planta está limpo. Estas
são as folhas que estão sendo drenadas de seus nutrientes para serem levados
às folhas novas, nelas a proteólise predomina sobre a proteosíntese.
Se a teoria da Trofobiose é correta, e tudo parece indicar que
é, então nos encontramos diante de uma importante revolução na agronomia,
uma revolução que me parece tão importante quanto foi a revolução
desencadeada por Liebig no século passado. Devemos fazer o possível para que
esta não seja deturpada como foi aquela! Felizmente temos hoje uma
constelação diferente.
Texto do Professor JOSÉ ª LUTZEMBERGER
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS NA FRUTICULTURA ORGÂNICA
Paulo Antônio D’Andréa
A prática de se perpetuar à agricultura de forma ‘viva’, é importante
entendermos que ela está inserida e representa a interconexão entre as
partes vivas do planeta (microrganismos, plantas, animais) e suas partes
não-vivas (rochas, água e atmosfera), como a própria Teoria de Gaia - Terra
Viva ( Loverlok, J.1972). Esta interconexão pode ser chamada de ciclos
biogeoquímicos. Portanto entender e respeitar esses ciclos e com ações
biotecnologicamente naturais, podemos praticar e perpetuar a fruticultura
orgânica.
Entre essas relações é fácil entender que as plantas, as ervas
13
espontâneas, enfim a biomassa são a conexão entre a atmosfera e o solo,
captando as energias biodinâmicas, como a energia solar através da
fotossíntese e interagindo com o ciclo da água. Quanto à conexão das plantas
com o solo, é realizada pelos microrganismos, nos agricultores simplesmente
os ignoramos por não os visualizarmos. Portanto dessas relações temos os
principais ciclos biogeoquímicos como o do carbono, hidrogênio, oxigênio,
nitrogênio, enxofre, água e minerais (intemperização).
A agricultura convencional ao utilizar insumos xenobióticos
(substâncias estranhas à vida) afeta essas relações bióticas sinérgicas,
transformando os microrganismos em doenças e os insetos em pragas. Ao
eliminar as ervas espontâneas, por considera-las daninhas, estamos afetando
o ciclo do carbono e o ciclo da água, principalmente em nosso clima
tropical. Como no clima tropical a velocidade do ciclo do carbono é muito
rápida variando de 0,2 a 2 anos ( no temperado é de 2 a 22 anos ), ao
desprezar a biomassa (com fogo, enxada, arado, grade ou herbicida) estamos
rapidamente perdendo o principal agente estruturador do solo, a matéria
orgânica.
O maior problema nutricional das culturas em clima tropical não é
de ordem química e sim física. Com solo desestruturado ou compactado
perde-se o que podemos chamar dos verdadeiros macronutrientes, pois
representam até 95% das plantas: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.
Dos 5% restantes, 2,5% é cálcio (nas calcíferas) e 2,5% é o resto
(
K2O, P2O5, S, Mg, Si, Fe, Cu, Zn, Li,.....) , e é nesse resto que os
agricultores gastam anualmente seus escassos recursos financeiros.
No manejo de nossa fruticultura tropical, temos dois preciosos
recursos naturais: a energia solar e água. Com essas duas ferramentas, e
manejando as gramíneas e leguminosas nas entre linhas das culturas com
roçadeiras, igual manejamos o pasto como no Pastoreio Racional Voisin
(Pinheiro Machado, 2004), estaremos transformando a energia luminosa em
energia química, com a geração de carbono via biomassa. Do carbono gerado,
65% é utilizado pela atividade biológica, representando a respiração do
solo, 30% em compostos orgânicos e 5% em húmus. Do carbono respirado as
bactérias são responsáveis pelo consumo de 63% e os fungos por 25%
Na tese de doutorado a eng. agr. Soraya França, comparando a
atividade microbiana em pomar de citros orgânico (Suppia Agropecuária), com
citros convencional concluiu:
Convencional
Orgânico
Respiração basal (mg CO2 g solo dia)
35 ± 1,6*
Biomassa – C (mg C g solo )
13,6 ± 1,0
213,8± 15,8
14
281,3± 22,0*
Quociente metabólico (qCO2)
0,12± 0,01*
0,06± 0,003
(*) indica que há diferença entre médias (P£ 0,05) pelo teste t. nº amostras
compostas = 5
No manejo orgânico a biomassa radicular das ervas espontâneas,
juntamente com os compostos e exsudatos orgânicos estruturam e agregam o
solo. A mesma pesquisa compara o desenvolvimento do sistema radicular no
solo do citros orgânico, em massa de matéria fresca de raiz em 14,5± 5,3*gL
de solo e no citros convencional somente 4,3± 0,4 gL solo.
Além do sistema radicular do citros orgânico explorar uma área
volumétrica de solo maior, apresenta 22 espécies de fungos micorrízicos
arbusculares (FMAs) contra somente 12 espécies no convencional. Dentre as
espécies identificadas temos Glomus sinuosum, Acaulospora scrobiculata e
Scutellospora cerradensis. Esses fungos vivendo simbióticamente no sistema
radicular das plantas, se alimentam dos aminoácidos e açúcares gerados pelas
mesmas e através de sua respiração atuam no ciclo do etileno (Pinheiro
Machado, 2004), solubilizando os minerais do solo para a nutrição das
plantas.
Para fundamentarmos ainda o entendimento da importância das
relações bióticas na nutrição vegetal em clima tropical, as plantas ao
transformarem a energia luminosa em química produzem polissacarídeos, que
através dos exsudatos radiculares, vão nutrir a microbiota do solo. Como
exemplo, no período vegetativo do milho, chegam ao solo 1.250.000 litros de
exsudatos radiculares por hectare. Esse abundante volume de açúcares,
aminoácidos, ácidos orgânicos, ácidos graxos, fatores de crescimento,
nucleotídeos, flavomonas, enzimas e compostos miscelâneos ( Cardoso &
Freitas ), são uma grande usina de energia movimentando uma verdadeira
fábrica biológica composta de bactérias, fungos e actinomicetos, que a
resultante da sua produção é a nutrição da própria planta. A importância
dessas relações simbióticas pode ser medida pela presença dos microrganismos
na absorção de nutrientes pelas plantas, quando comparados com ambientes em
sua ausência, como centeio em hidroponia, a diferença para o N = +144% e P =
+74%, no milho no solo para o K = +143% e tomateiro em hidroponia para o P =
+200% (Moreira & Siqueira, 2002).
Entre os exsudatos radiculares produzidos temos os ácidos
orgânicos (propiônico, cítrico, oxálico etc.), que somados aos ácidos
orgânicos provenientes da decomposição da matéria orgânica, atuarão
solubilizando os minerais do solo e disponibilizando-os assim para a
nutrição vegetal. Especificamente o ácido cítrico reagindo com o alumínio,
15
neutralizará sua ação tóxica inclusive nas áreas mais profundas do solo (
Miyazawa ).
Através das interconexões apresentadas:
fotosínteseÛbiomassaÛexsudatos radicularesÛmicrorganismosÛácidos
orgânicosÛmineraisÛnutrição vegetal temos a fábrica biogeoquímica
trabalhando e nutrindo a fruticultura tropical de forma cíclica e
perpetuamente sustentável.
Perpetuamente sustentável? Os solos tropicais são
predominantemente muito intemperizados e, portanto com baixa fertilidade
natural. Já temos a fábrica natural solubilizadora de nutrientes, mas se
nossos solos se tornaram ou são pobres, temos que recompor os seus minerais
através da aplicação de farinhas de rochas, ou seja a prática da rochagem.
Recomenda-se aplicações de 1 a 2 toneladas / ha / ano de farinhas de rochas,
até que os pomares indiquem parâmetros ideais de produtividade. Atualmente
no Brasil, a prospecção das rochas agronomicamente importantes, como os
trabalhos do ambientalista Adoniel Amparo identificando principalmente as
silicatadas, está ocorrendo à regionalização e uso dessas fontes. No norte
do país temos o MB4, no centro o S.N. IPIRÁ e no sudeste e sul o ITAFÉRTIL e
GEOBÁSICO, entre as fontes mais utilizadas.
Os fatos atuais nos indicam um verdadeiro ponto de inflexão
negativo com alta vulnerabilidade da agricultura nacional. Se observarmos
pela ótica das causas xenobióticas, os efeitos fitopatológicos são óbvios e
a impotência das práticas convencionais, está claramente evidenciada pela
verdadeira exclusão social na agricultura nacional. Nos últimos 10 anos
12.000 citricultores deixaram a atividade,ou seja, 40% do setor (Gazeta
Mercantil, 13/10/03). Cancro, Morte Súbita, Alternaria, Pinta Preta,
Amarelinho e agora o Amarelão na citricultura, Sigatoka Negra na banana,
Amarelão no melão e Ferrugem Asiática na soja. Quem vai pagar a conta?
Calote dos sojicultores em Goiás (Gazeta Mercantil, 12/4/04), cafeicultores
em Minas Gerais e produtores de maçã de Santa Catarina também não estão
conseguindo pagar.
Serão somente os impactos xenobióticos os culpados, pela
exclusão do agricultor do agronegócio? Pesquisa na maçã, avaliando o tempo
de cultivo, gerando desequilíbrio biológico na cultura (Moreira&Siqueira,
2002) :
Idade da
Micromicetos*
macieira
Pseudomonas
Actinomicetos
%
%
100
100
%
2 anos
100
16
19 anos
35
41
24 anos
121
37
29
70 anos
214
0
36
71
(*)Micromicetos = Fungos : Penicilium, Fusarium, Alternaria,
Helminthosporium, etc.
No período de 70 anos, enquanto a presença dos microrganismos benéficos
actinomicetos e bactérias tenderam a zero, a população dos fungos
predominantemente decompositores duplicou, vulnerabilizando a cultura.
Porque naturalmente com o tempo, na monocultura ocorre esse desequilíbrio
biológico? Dentro do conceito trofobiótico (Chaboussou, 1980) poderíamos
argumentar que uma simples carência mineral, estresse hídrico e momento
fisiológico como o florescimento, entre outros fatores, estariam gerando
desequilíbrio metabólico, e assim o excesso de aminoácidos e açúcares na
planta, permitiriam os fungos se multiplicarem e gerarem dano econômico. Mas
porque também a população das bactérias não cresce, considerando o
desequilíbrio metabólico na cultura?
Basicamente porque esses microrganismos apresentam preferência
por fontes tróficas e de energia diferentes. Enquanto os fungos
decompositores são predominantemente quimiorganotróficos, obtendo energia da
oxidação de moléculas orgânicas e tendo como fonte de carbono e de elétrons
as substâncias orgânicas, são os mais abundantes no solo em densidade e
diversidade. Portanto com o passar dos anos, evolutivamente satisfaz suas
necessidades troficas na própria fonte orgânica que é a monocultura. Já as
bactérias são predominantemente quimiolitotróficas, as que obtêm os
elétrons, a energia de fontes inorgânicas como os minerais presentes nas
rochas e fotolitotróficas as que obtêm energia da luz solar, e captam do
CO2, a sua fonte de carbono e não da matéria orgânica como os fungos
quimiorganotróficos.
No manejo orgânico em clima predominantemente tropical, temos
que privilegiar a eficácia bacteriológica, principalmente quando enfocamos o
ciclo do nitrogênio e a fixação biológica do nitrogênio atmosférico (FBN).
Somente os organismos que apresentam a enzima nitrogenase, que reduz o N2
para a forma inorgânica combinada NH3, tornando-o disponível para as
plantas, são chamados de fixadores de nitrogênio ou diazotróficos.
Considerando as necessidades troficas das bactérias e cianobactérias
diazotroficas como a Azotobacter e Beijerinckia são fotolitotróficas e as
Nitrosomonas são quimiolitotroficas, ao praticarmos a rochagem, estaremos
favorecendo a sua atividade nos solos, incrementando assim o nitrogênio nas
17
culturas.
A maioria das diazotróficas são de vida livre ocorrendo nos solos, na
rizosfera, filosfera das plantas, e no trato intestinal das minhocas, cupins
e de certos animais. Nos ruminantes como os bovinos, de 60 a 70% da
população biológica ruminal são bactérias.
Portanto ao integrarmos os bovinos com a produção agrícola,
estaremos equilibrando biologicamente através das bactérias provenientes do
esterco, os ciclos biogeoquícos na monocultura tropical.
A fruticultura e outras culturas, estão implantadas em
propriedades com poucos ou nenhum animal bovino e para sua integração no
manejo, recomenda-se a produção biotecnologicamente natural do
biofertilizante BIOGEO (Amparo A.,2004). Em tanques apropriados, em área
ensolarada, o agricultor adicionado água + esterco bovino + MICROGEO
(recomendações ver www.microgeo.com.br <http://www.microgeo.com.br/> )
produzirá de forma contínua, o biofertilizante que ao ser pulverizado na
biomassa e nas culturas, estará equilibrando biologicamente as relações
biogeoquímicas, otimizando a produção e perpetuando com sanidade as culturas
agrícolas (Medeiros, 2003).
Como um software dirige de forma programada as informações no
computador, o MICROGEO, é um substrato orgânico que nutrindo de forma
programada, através da sua reposição de manutenção nos tanques de
biofertilizante, dirige a atividade biológica ruminal, para uma fermentação
biotecnologicamente desejada e biodinamicamente vivificadora.
Pulverizações com Biogeo + manejo da biomassa + rochagem =
Fruticultura (agricultura) biogeoquimicamente sustentável, portanto
orgânica.
_____
CITRICULTURA ORGÂNICA: MANEJO DOS PROCESSOS
Paulo Antônio D’Andréa
A primeira dúvida do agricultor para converter seu pomar
convencional em orgânico, se refere a que momento exatamente no manejo ele
para de utilizar em sua cultura os agrotóxicos e fertilizantes químicos.
Procuro explicar que a transição para o manejo orgânico, não depende das
pragas e doenças, e muito menos da fertilidade do solo. Depende sim do nível
de envolvimento ou melhor, do comprometimento do agricultor com as rotinas
das atividades de manejo, respeitando os processos cíclicos da natureza, e
18
sua firme determinação em perpetuar a atividade agrícola, no ambiente que é
patrimônio da humanidade.
Não existe ‘data marcada’ para a transição e sim a mudança de
entendimento e compreensão, com aprendizado e conhecimento para as ações de
conversão, portando a mudança está na ‘cabeça’ do agricultor e não no campo.
Quando o agricultor entender que o solo e as plantas são vivos, como nós
somos orgânicos, ele estará praticando agricultura como a sua própria vida.
Nós só mudamos quando saímos da zona de conforto, é assim também na
agricultura, porém na maioria das vezes, quando o agricultor percebe, já
esta fora da atividade. Essa exclusão social ocorre em média em 30 anos,
coincidindo não com o envelhecimento dos pomares, e sim com a morte do solo
(degradação biológica e física).
No manejo de qualquer atividade agrícola, temos que respeitar as condições
edafoclimáticas onde a cultura está implantada, e considerando que a
citricultura brasileira está implantada em diferentes regiões, fazer
recomendações genéricas de manejo do pomar orgânico, estaríamos incorrendo
nos erros da ‘receita’ na agricultura convencional.
Como exemplo do manejo de processos na citricultura, citarei as práticas da
Fazenda Vahali, localizada em São Carlos, no Estado de São Paulo. Pomar com
48.000 plantas de pêra coroa, valência e natal, com 15 anos de idade,
implantado em latossolo amarelo de baixa fertilidade, com densidade de 320
plantas/ha. Desde de 1994 não são aplicados os acariciadas, fungicidas e
herbicidas convencionais, e também há 10 anos não recebe adubação química
fosfatada. Em 1996, foi realizada calagem com uma ton/ha de calcário, e em
97, a rochagem com uma ton/ha de pó de basalto. O ano de 2000 foi o último
que o pomar foi adubado quimicamente com nitrogênio e potássio, e recebeu
uma ton/ha de MB4. Em 2001, a rochagem foi de uma ton/ha de S.N.IPIRÁ; e em
2002 e 2003, respectivamente uma ton/ha de ITAFÉRTIL. (esclarecimento do
Autor: o S. N. de Ipirá foi substituído pela oneração excessiva dos custos
do transporte).
No manejo da biomassa, predominantemente brachiária, são utilizadas dois
tipos de roçadeiras, a Roçokop para roçar debaixo das copas das árvores e a
chamada ecológica, que joga lateralmente a biomassa roçada do meio da rua do
pomar. No período das águas, com o objetivo da geração de maior volume de
biomassa, as ervas espontâneas são roçadas no florescimento, sendo bem baixa
a altura de corte, sem deixar o solo descoberto. No início do inverno,
deixamos as ervas sementearem, só roçando antes da colheita das frutas.
Com objetivo de condicionar a vivificação do solo e intensificação dos
ciclos biogeoquímicos, no período das águas, são realizadas pulverizações
com Biogeo sobre a biomassa, após cada roçada, com diluição de 50%, em baixa
vazão. No tanque de produção contínua do Biogeo que é aplicado no solo , é
adicionado um saco (25 kg) de Microgeo, para cada 10.000 litros de Biogeo
consumido nas pulverizações.
Neste último ano citrícula (de julho/03 a junho/04), foram realizadas nas
19
quadras de citros, de 2 a 3 pulverizações foliares com a calda Super-S20 a
2%, e de 4 a 5 pulverizações, em baixa vazão com Biogeo, em lados alternados
das plantas, variando a diluição em água de 1% no inverno até 5% no verão.
Para manutenção da fermentação do Biogeo foliar, adicionar no tanque de
produção um saco de Microgeo, para cada 1.000 litros de Biogeo pulverizado.
Otimizando a fotossíntese do pomar e das ervas espontâneas, e devido ao
porte das árvores, temos realizado podas laterais e ‘de topo’, praticamente
‘penteado’ as plantas com no máximo 30 cm de corte, em média a cada dois
anos. Com função de quebra-vento, nos carreadores do pomar, temos implantado
a grevílea, e sendo a maior parte das divisas da fazenda cercadas com mata.
Nos pomares em formação alem das praticas apresentadas, temos manejado a
biomassa também com a introdução dos adubos verdes, feijão guandu e nabo
forrageiro.Em função do estágio inicial de rejuvenescimento do solo
(biocenose) e da evolução da interação clima-planta-solo, ainda
vulnerabilizando o conjunto, o agricultor pode utilizar em seu pomar,
pequenas doses de fertiprotetores a base de cobre (Ferticobre) e silício
(Bugran-Protect), como também extratos vegetais, como o óleo de nim + melaço
como isca para as moscas, entomopatógenos como o Bolveril e o semioquímico
Macex para o controle das formigas.Os custos diretos de produção na Fazenda
Vahali são de US$ 0,5/planta para os insumos, de aproximadamente US$
1,0/planta para os operacionais e de US$ 0,8/cx para colheita+frete.A
estimativa da safra 2003/04, que está sendo realizada é de 110.000 caixas
(40,8 kg/cx), com média de 2,3 caixas/ planta.
O agricultor manejando e respeitando os ciclos biogeoquímicos, e regulando
os processos metabólicos das plantas, estará vivendo e perpetuando sua tão
nobre atividade.
Referências Bibliográficas
*
Amparo, A. Processos Orgânicos Sustentáveis: uma Visão Holística,
apostila, 2004.
·
Chaboussou, F. Plantas Doentes Pelo Uso de Agrotóxicos: a teoria
da Trofobiose, tradução de Maria J. Guazzelli, Porto Alegre, L&PM, 1987.
·
França, S. C., Comunidades de fungos micorrízicos arbusculares nos
manejos convencional e orgânico de citros e suas interações com Phytophthora
parasítica, ESALQ/USP, 2004.
·
Machado, L.C. Pinheiro, Pastoreio Racional Voisin: tecnologia
agroecológica para o terceiro milênio
Porto Alegre, Cinco Continentes, 2004.
20
*
Medeiros, M.B, Wanderley, P. A, Biofertilizantes Líquidos: Processo
trofobiótico para proteção de plantas em cultivos orgânicos. Revista nº 31,
Biotecnologia, Ciência & Desenvolvimento, www.biotecnologia.com.br
<http://www.biotecnologia.com.br/> . Brasília, 2003.
*
Miyazawa, Pavan, Calegari, Colombelli, Neutralização da Acidez do
Subsolo por Material Vegetal, IAPAR, Londrina.
*
Moreira, F. M. & Siqueira, J. O., Microbiologia e Bioquímica do
Solo, Lavras, Editora UFLA, 2002.
_____
Alimentação
É preciso se conhecer a importância da boa alimentação, não só
para a saúde individual, mas para a economia que poderia fazer se mudassem
as informações distorcidas, conscientizando e evitando que a população
consumisse alimentos prejudiciais ao corpo humano, elas trazem enormes
prejuízos ao erário público, com a manutenção de casas de saúde, onde as
despesas cada dia aumentam e mesmo assim com pior atendimento servem ao
povo, recebem ignominiosas remunerações, elas respondem com péssimos
atendimentos, tornando essa atividade, a saúde pública, um evento de
difícil solução.
Vamos citar alguns fatos que elucidam as distorções na
alimentação, não só para o país, mas para todo o mundo Ocidental: o
alimento que mais se coaduna e está de acordo com as proporções entre os
elementos químicos primordiais do nosso corpo, o sódio e potássio, é o
cereal, e dentre eles o mais consumido no nosso planeta é o arroz. A
proporção media entre estes elementos químicos que compõem o nosso corpo,
gira em torno de sete para um, o que eqüivale a mesma proporção contida
nesse alimento, isto informa: o cereal é o alimento mais perfeito na sua
composição, é o que mais se adapta as nossas necessidades nutriticionais.
Vejamos o que acontece com a manipulação do cereal para ser em
grande parte posto a disposição dos consumidores menos avisados; tiram-lhe
todas as substancias essenciais, principalmente os sais minerais e as
vitaminas, inclusive o amido, e os vendem, esses considerados erroneamente
sub produtos, para os laboratórios farmacológicos, afim de produzirem os
remédios para cura de doenças e males gerados pela pouca nutrição fornecida
pelo carbohidrato, único elemento restante da industrialização perversa e
criminosa, naquele que seria o ideal e mais econômico suporte alimentar.
Ainda não satisfeitos as industrias para elevarem o preço e
melhorar a apresentação do produto, muitas vezes unta-o com parafina, ou
outros compostos alienígenas à sua composição, dando-lhe uma aparência de
limpeza e brilho, que o torna bonito e agradável à visão. Em várias
industrias são acrescentados elementos que se dizem vitaminados,
21
configurando um contra-senso, retiraram o que lhe era próprio, inclusive
onerando-o na operação erroneamente ou maldosamente denominada de
“beneficiamento”, agora querem compensar as perdas nutricionais do produto,
acrescentando misturas que não são as melhores balanceadas, onerando mais
uma vez o produto para abastecer ao incauto e desprotegido consumidor.
No sentido de alertar a população, passamos a narrar um fato
que não está muito longe na nossa história: Na famigerada guerra do Vietinã,
a paisagem visual lembrava uma luta entre o gigante de um lado e um Pigmeu
do outro.
Os soldados Norte Americanos eram abastecidos com as mais belas
e atrativas iguarias, compostas inclusive com todo tipo de doces e
chocolates, ingeriam também sorvetes e outras espécies de alimentos
sofisticados, os seus fardamentos eram esnobes e as armas que portavam, as
mais modernas.
Do outro lado os Vietnamitas, povo de baixa estatura, tese
amarela, aparências sem maiores destaques, as fardas eram as mais simples e
de baixo custo, a alimentação a mais comum, porém a mais nutritiva e
saudável, pois se constituía quase que totalmente de arroz integral,
produzido sem adubos e defensivos químicos.
Nas batalhas, os Americanos se esmeravam com preparativos e
faziam planos e estratagemas complicados, só que lhes faltavam a garra, a
vontade, a motivação, (objetivo) e acima de tudo faltava-lhes energia,
pela deficiência dos componentes nutritivos dos seus alimentos, e o
resultado; quando menos se esperava, surgiam á frente um batalhão de homens
destemidos e motivados e acima de tudo sabiamente alimentados e em pouco
tempo dizimavam todas as resistências dos contendores.
Acontecia que, enquanto os Americanos permaneciam nos
acampamentos confortáveis e aparentemente bem alimentados, os Vietcongos
embrenhavam nas matas e em muitos locais escavavam túneis de longas e
intrincadas trajetórias, chegando quase sob os locais onde se encontravam
os seus adversários, surpreendendo-os.
Nessas missões nas matas e nos subterrâneos, só um alimento era
capaz de resistir e ser transportado com facilidade, era o arroz, que hoje
temos a informação que em muitos casos era mastigado cru, sem nenhum
ingrediente, mas que mantinha os soldados com toda energia, dando-lhes
coragem e disposição para baterem seus inimigos.
Quanto ao resultado final do embate, torna-se desnecessário o comentário,
pela farta informação existente.
O ELEMENTO HUMANO, é credor de uma alimentação farta e
saudável, e de uma assistência a saúde, desde o nascimento, até o
amadurecimento do corpo, e na decrepitude da sua velhice.
22
Autor: Rubem Prates ( Exscutivo da Ipirá Fértil Ltda)
NOSSO PLANETA – A TERRA
“O PLANETA Terra é uma jóia inestimável. Vulnerabilidade, não
diante de imaginárias invasões externas (guerra dos mundos), mas sim, diante
da patologia mental de sua própria população”. Só assim podemos entender o
comportamento e a agressão de que ele é vítima. “Nossa nave está só”. O que
caracteriza este planeta e o torna distinto dos demais deste sistema solar é
a maravilhosa sinfonia da evolução orgânica. Temos temperatura propícia à
química da vida, pela distância certa do nosso sol e uma atmosfera muito
especial. “VIU DEUS TUDO QUANTO FIZERA, E EIS QUE ERA MUITO BOM”.
Fim da mensagem encaminhada ---
23
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