UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA EM TELEINFORMÁTICA DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE SISTEMAS MICROPROCESSADOS PROFESSOR: Emerson Beserra PRÁTICA 1 – INSTRUMENTAÇÃO 1. INTRODUÇÃO A utilização correta de instrumentos de medição e aferição é essencial em um projeto de hardware. Através desses instrumentos é que se torna possível uma rápida detecção de erros no projeto. Dentre esses instrumentos podemos citar o osciloscópio como a principal ferramenta na tarefa de depuração de circuitos elétricos/eletrônicos, logo se faz necessário que o projetista possua certa familiaridade com o manuseio do osciloscópio antes de iniciar a montagem do seu projeto. Nesta prática iremos utilizar o osciloscópio para realizarmos diversas medições, como medições de tensão, tempo e detecção de eventos. 1.1. Osciloscópio O osciloscópio disponível em nosso laboratório é fabricado pela Tektronix e pertence à série TDS2000B. A sequência de imagens a seguir está em português, infelizmente os osciloscópios do laboratório possuem suas indicações em inglês. Segue uma breve descrição do osciloscópio e suas funcionalidades básicas. 5 6 9 7 4 8 3 1 2 osciloscópio 1) Porta USB – Permite que uma forma de onda visualizada seja salva em um flash drive. 2) Compensação de ponta – Permite que um teste rápido da ponta de prova seja realizado . 3) Conectores de entrada 4) Botões de opção – Permite acesso as funções do menu escolhido, não possuem uma função fixa. 5) Botão giratório – Possui múltiplas funções, dependendo do menu escolhido. 6) Botões de Menu – Ativam uma determinada função do osciloscópio, permitindo tanto sua visualização quanto o seu ajuste. Uma vez que algum menu seja selecionado, as opções de sub-menu irão aparecer a direita do display, alinhadas aos botões de opção, onde cada botão de opção irá indicar um sub-menu selecionável. Segue uma rápida de definição da função de cada menu: I. Escala Automática – Quando ativado permite a visualização do sinal através da configuração automática dos parâmetros verticais e horizontais mesmo quando ocorrem grandes variações físicas. II. Menu Ref. – Exibe formas de onda de referencia armazenadas na memória do osciloscópio, permitindo comparações entre o sinal atual e um sinal previamente conhecido. III. Gravar/Restaurar – Permite que uma forma de onda, ou configuração do osciloscópio seja salva. IV. Utilitário – Agrupa funções de uso geral, como ajuste de hora do osciloscópio e autocalibração. V. Medidas – Esta é uma das principais funções de um osciloscópio digital e irá nos auxiliar muito, pois permite com que até cinco medições automáticas sejam visualizadas ao mesmo tempo dentre onze tipos de medidas disponíveis. Podemos citar como exemplo, a medida instantânea da frequência, amplitude máxima e largura de pulso do sinal. VI. Cursores – Permite com que seja conhecido o valor de amplitude ou tempo em qualquer ponto do sinal, bem como a diferença entre dois pontos do sinal. VII. Aquisição – Através deste menu podemos definir a forma como a aquisição do sinal será feita, podendo optar-se entre as opções que minimizam o efeito do ruído no sinal, ou pela detecção de picos, tornando mais fácil a visualização de glitches. VIII. Display – Permite escolher como as formas de onda serão visualizadas e quanto tempo um sinal medido irá permanecer visível. IX. Ajuda – Exibe o menu de ajuda! X. Conf. Padrão – Apaga todas as configurações previamente salvas e retorna o osciloscópio para a configuração default de fábrica. XI. AUTOSET – Realiza a calibração automática do osciloscópio e apresenta uma exibição útil do sinal e algumas medições. XII. Seq. Única – Permite com que após a condição de trigger seja satisfeita, o osciloscópio pare com a aquisição de sinais, permitindo assim com que uma ocorrência seja “capturada” no instante que ela ocorrer. Muito útil para a detecção de condições anormais do circuito. XIII. Run/Stop – Para/Reinicia a aquisição de sinais. 7) Controles Verticais – Permitem o posicionamento de uma forma de onda verticalmente e seleciona o fator de divisão da escala volts/div, além destas funções permite que operações matemáticas sejam realizadas nos sinais de entrada de cada canal. controles verticais de um osciloscópio de quatro canais O botão de menu de cada canal permite o ajuste das propriedades de cada canal, como atenuação e tipo de acoplamento. 8) Controles Horizontais – Ajustam a posição horizontal de todas as formas de onda e a resolução da base de tempo. Alterar a escala horizontal faz com que as formas de onda se expandam ou se contraiam em relação ao centro da tela. 9) Controles de Trigger – Determina quando e como o osciloscópio começa a adquirir os dados e exibir a forma de onda. Somente através do ajuste correto do trigger é que podemos visualizar a forma de onda corretamente. O nível do trigger é que irá determinar em que ponto cada onda será amostrada, permitindo assim que possa ocorrer uma correta visualização da forma de onda escolhida. A escolha do tipo errado de trigger fará com que a forma de onda permaneça não-estacionária no display. O tipo de trigger, como borda ou pulso, por exemplo, irá indicar o evento que irá acionar a aquisição do sinal e o nível indica em que nível de tensão a amostra irá ocorrer. 1.2. Circuito 1 – Multivibrador Astável Multivibrador Astável O circuito acima é um multivibrador astável, esse circuito irá gerar um trem de pulsos constante, onde o período no qual a forma de onda vai permanecer em “alto” e “baixo” são definidos por: Talto = 0,693*(R1 + R2)*C1 Tbaixo = 0,693*R1*C1 1.3. Circuito 2 – Multivibrador Monoestável Multivibrador Monoestável O circuito acima é um multivibrador monoestável, esse circuito irá gerar um pulso positivo na saída toda vez que o botão for pressionado, o tempo no qual a saída permanece ativa, é dado por: Talto = 1,1*R3*C2 2. Prática Monte o circuito 1 no protoboard; Calcule os períodos de acordo com as fórmulas dadas; Meça a forma de onda obtida na saída do circuito (será necessário o ajuste do trigger); Verifique se existem diferenças entre os valores calculados e os obtidos; Monte o circuito 2 no protoboard; Calcule o período de acordo com a fórmula dada; Meça a forma de onda obtida na saída do circuito; Meça o período entre o acionamento do botão e a resposta do circuito na saída (ajuste o trigger do osciloscópio para a função Seq. Única); Verifique se existe diferença entre o valor calculado e o obtido; 3. Observações O relatório deve conter as medidas exatas obtidas a partir das formas de onda analisadas. Para a análise dos parâmetros de tempo devem ser utilizadas as funções de Medidas e Cursores do osciloscópio. O relatório deve seguir o modelo apresentado no site da disciplina, contendo a descrição da prática, objetivos, desenvolvimento e a devida conclusão.