File - Portugal Ordenamento do Territorio e

Propaganda
PORTUGAL: ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO
Sistema Urbano Europeu
1
2
Europa: concentração de população na principal área urbana peso da capital no total da população de cada país
3
EDEC e Policentrismo
• O EDEC e as disparidades territoriais na Europa
– A competitivdade territorial equilibrada num quadro
de coesão territorial
• Policentrismo Europeu
– Contribui para o reforço da coesão económica, social
e territorial do continente: valorização à escala do
continente das aglomerações com um peso
demográfico e um potencial económico suficiente
para interagir directamente com os grandes centros
de decisão europeus e mundiais (Pentágono)
ÁREA DE ESTUDO – CRPM e Pentágono
4
Policentrismos (1)
• Policentrismo Funcional
– Melhorar a complementaridade entre as áreas
urbanas europeias para que elas possam
desempenhar um papel mais estruturante no
equilíbrio dos territórios e atingir efeitos de massa ou
de limiares critícos ao nível económico
• Policentrismo Funcional e transferência para as
periferias
– Será possível transferir o policentrismo funcional para
a periferia europeia atendendo às estruturas de
povoamento e níveis de desenvolvimento destas
regiões?
Policentrismos (2)
• Principais obstáculos:
– A maioria das áreas metropolitanas da
periferia europeia não atinge um nível de
competitividade semelhante às da parte
central da Europa
– As densidades de população não são
comparáveis com as da Europa Central
– A proximidade nos sistemas urbanos
periféricos não se pode comparar com a dos
sistemas policêntricos fortemente integrados.
5
Metodologia
Sistemas Urbanos em Estudo
• Aglomeração central com mais de 500 mil hab.
• Integração no mesmo sistema de outras
aglomerações com pelo menos 150 mil hab.
num raio máximo de 130 km e conectadas por
autoestrada
• O conjunto do sistema deve aproximar-se de 1
milhão de hab.
6
Critérios de Avaliação dos
Sistemas Urbanos
• Massa
• Competitividade
• Conectividade
• Dinâmicas de evolução
Situação Actual
7
Tipologia dos Sistemas Urbanos
•
•
•
•
•
Portas das Periferias
Estrelas Emergentes
Sistemas Promissores
Sistemas Dilema
Sistemas mais Periféricos
Portas das Periferias
• Sistemas mais competitivos da periferia, com destaque
para o papel que desempenham ao nível:
– Decisão
– Capital humano
– Conectividade (especialmente com áreas fora da UE)
• Têm um papel decisivo para o policentrismo europeu
(ligação a outros sistemas e territórios periféricos e
territórios na economia mundial)
• Helsinki-Tampere, Kobenhavn-Malmo, Madrid, Roma,
Stockholm, Oslo
8
Estrelas Emergentes
• Sistemas competitivos da periferia que podem desempenhar um
papel nos seguintes níveis:
– Decisão económica
– Conectividade
– Proximidade física ao Pentágono
• Têm problemas nos domínios da qualificação do trabalho ou da
produtividade e alguns atravessam processos de reconversão
económica
• Têm um papel de articulação entre as portas da periferia e com os
sistemas nacionais mais fracos para a afirmação do policentrismo
• Ex. Lisboa, Barcelona, Bristol-Cardiff, Bologna, Torino, LyonGrenoble,...
Sistemas Promissores
• Sistemas urbanos relativamente competitivos
• Têm problemas nos domínios da qualificação do trabalho ou da
produtividade e alguns atravessam processos de reconversão
económica e a conectividade é mediana
• Não desempenham um papel ao nível da decisão económica
• São âncoras importantes para o desenvolvimento dos territórios
periféricos em que é necessário apostar na sua consolidação e na
melhoria da articulação com outros sistemas
• Ex. Leeds-Bradford, Newcastle, Nice-Cannes-Antibes, Pais Vasco
9
Sistemas Dilema
•
Sistemas urbanos em que o futuro é incerto (problemas em matéria de
competitividade, conectividade e dinâmica)
•
Sistemas mais dinâmicos e entre os tipos 3 e 4 (ex. Loire-Bretagne,
Valencia)
•
Sistemas com problemas ao nível da produtividade e do capital humano
mas com boa dinâmica devido em parte aos Fundos Estruturais (ex.
Galicia, Porto, Málaga,...)
•
Sistemas com níveis de competitividade medianos mas com
estrangulamentos significativos na conectividade e nos drivers da mudança
(ex. Marseille, Bordeaux e Montpellier-Nîmes)
•
Estes sistemas podem influenciar potencialmente uma vasta área dos
territórios periféricos e constituem um teste interessante para o projecto do
policentrismo (este dependerá muito da capacidade de polarização e de
difusão destes sistemas)
Sistemas mais Periféricos
• Sistemas urbanos com estrangulamentos em matéria de
competitividade, capital humano e produtividade,
conectividade deficiente ao nível europeu
• Dinâmicas de evolução positivas mas fracas mesmo
inferiores às da UE
• O seu papel futuro dependerá muito da intervenção
pública pesada no sentido de favorecer a cooperação
com outros sistemas urbanos mais desenvolvidos
• Ex. Sistemas do Mezzogiorno e Asturias
10
Desenvolvimento Tendencial
Desenvolvimento Voluntarista (longo prazo)
11
PORTUGAL: ORDENAMENTO DO
TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO
Dinâmicas do Sistema Urbano
Nacional
(Re)Configuração da rede urbana nacional
hierarquia e policentrismo
12
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 196
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 197
13
Características mais visíveis da rede urbana
nacional:
– Crescimento urbano tardio
– Bipolarização
– Litoralização
– Ausência de protagonismo das cidades
médias
– …mas diferentes visões…
Lugares (segundo o
INE) com mais de 2000
habitantes e principais
vias de comunicação
em Portugal
Continental, 2001
14
Síntese do Sistema
Urbano Continental,
1996 - uma visão
Espaços de
concentração
potencial
15
Cidades e
territórios de
proximidade
Sistema
urbano, 1996
– uma visão
16
Síntese do Sistema
Urbano Nacional DGOTDU, 1997
Uma visão recente
do Sistema Urbano
Nacional, 2002
17
Em síntese:
4 grandes tendências de transformação nos últimos
50 anos:
– Grande concentração urbana no litoral, entre o extremo norte e
Setúbal, com duas importantes áreas mais densas e dinâmicas
centradas em Lisboa e no Porto, que induziram processos de
suburbanização e periurbanização, todavia um processo mais
concentrado em Lisboa e mais estendido no Porto
– Formação de algumas ‘constelações’ urbanas, com maiores
densidades, casos de Lamego-Vila Real em direcção a Chaves;
Viseu e a envolvente; eixo Castelo Branco-Fundão-Covilhã e a
urbanização do Algarve litoral
– Baixa densidade e perda populacional no Alentejo, a que só
escapam poucos centros urbanos
– No interior, verifica-se o crescimento de algumas ‘ilhas’ urbanas
(‘ilhas de esperança’)
Níveis de articulação do sistema urbano
– Mobilidade - deslocações casa-trabalho quotidianas são
indicadores de polaridade do sistema urbano
• Em 1991, cerca de 941.000 pessoas deslocavam-se para
trabalhar noutros concelhos;
• Em 2001, esse número subiu para 1.337.000 pessoas, ou seja,
mais cerca de 400.000 pessoas, o que significa cerca de 30%
da população trabalha(va) fora do concelho de residência
• As áreas metropolitanas de Lisboa e do Portorepresentam
cerca de 72,5% da mobilidade casa-trabalho
• Na AML verifica-se uma forte polarização de Lisboa, embora
Oeiras, Sintra, Loures, Cascais, Odivelas e Palmela tenham
reforçado a sua capacidade de atracção
• No caso do Noroeste, os movimentos são menos intensos mas
mais cruzados e complexos devido ao modelo territorial de
urbanização difusa
18
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 214
Indovina, pág. 205
19
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 219
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 221
20
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 223
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 221
21
Níveis de articulação do sistema urbano
– Centralidades e redes
• A hierarquia do sistema urbano é um reflexo da lógica de
localização das funções político-administrativas (Educação,
Saúde, Justiça, Cultura,...), que não tem contribuído para
aprofundar uma lógica de complementaridade e de
policentrismo do sistema urbano
• Mas o sistema do ensino superior (sobretudo através dos
politécnicos) contribuiu para uma dinâmica assinalável de
algumas cidades fora dos espaços metropolitanos
• A localização das funções económicas mais avançadas
(direccionais) dá vantagem às grandes concentrações urbanas,
contribuindo para o sua especialização e dinâmica económica
Geografia Portugal, Vol. II, pág. 206
22
Sistema Urbano da Região Norte
A Região Norte: a AMP, a urbanização difusa e os
pequenos sistemas sub-regionais
• A AMP e os seus prolongamentos
• A urbanização difusa (a cidade extensa) do Norte Litoral;
• O eixo Vila Real-Régua-Lamego
• Os pólos urbanos de Viana do Castelo, Chaves,
Bragança
• Os pólos emergentes: Mirandela.
23
Sistema Urbano da
Região Centro
A Região Centro privilegia uma leitura do sistema
urbano em sistemas sub-regionais alargados :
• Viseu e a constelação envolvente que inclui Mangualde,
São Pedro do Sul e Tondela;
• o eixo Castelo Branco-Belmonte-Fundão-Covilhã-Guarda;
• o
sistema
Aveiro-Ílhavo-Vagos-Albergaria-ÁguedaOliveira do Bairro;
• o eixo Coimbra (incluindo Lousã, Mealhada, Cantanhede
e Miranda do Corvo) - Figueira da Foz;
• o eixo Leiria-Marinha Grande.
24
Sistema Urbano da
Região de Lisboa e
Vale do Tejo
Região de Lisboa
Para além da AML identificam-se três subsistemas: o Oeste, o Médio Tejo e a Lezíria
do Tejo, cuja organização interna, permite
valorizar um conjunto de pequenos
aglomerados que desenvolvem funções de
intermediação.
25
Esquema de
Polarização
Metropolitana –
AML, 2002
Uma visão recente do
Sistema Urbano
Nacional, 2002
Estrutura
polinucleada da
Área
Metropolitana de
Lisboa
26
Sistema
urbano do
Alentejo
Região Alentejo
Região Alentejo
Na Região do Alentejo reafirma-se a
necessidade de incluir no sistema urbano
algumas pequenas aglomerações que são
importantes na estruturação do seu território.
São os casos de Moura, Castro Verde,
Santiago do Cacém e Estremoz, aglomerados
que complementam os níveis superiores da
rede regional definida por Portalegre, Elvas,
Évora e Beja.
27
Sistema Urbano da Região do Algarve
Região Algarve
A leitura do sistema urbano regional da Região do
Algarve baseia-se em critérios relacionados com
as pequenas distâncias entre os centros urbanos
e com o aumento dos movimentos pendulares.
Estes dois factores desenham um eixo urbano
litoral, globalmente pouco estruturado, onde é
possível identificar duas redes com expressão
significativa: Faro-Olhão-Loulé-São Brás de
Alportel e Portimão-Lagos-Lagoa-Silves.
O sistema Faro-Olhão sai reforçado pela
presença de Loulé e São Brás de Alportel, que se
integram na estrutura de relações da capital
algarvia.
28
PNPOT - modelo territorial e sistema urbano
O modelo
territorial para
Portugal
(PNPOT, 2006)
29
Download