Denise Brandão - São Francisco

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18ª Jornada de Controle de Infecção
Hospitalar - Hospital São Francisco
As infecções que transtornam
nosso dia a dia: coqueluche,
influenza, varicela, tuberculose.
Há esperança?
Denise Brandão de Assis
Diretora Técnica Divisão de Infecção Hospitalar – CVE/CCD/SES – SP
Coordenadora SCIH – IPq HCFMUSP
• Grande
problema:
transmissão
• Paralelo
com
comunidade
• Sazonalidade
surtos
fácil
na
Doenças de Transmissão Respiratória
• EXPOSIÇÃO RESPIRATÓRIA
– COQUELUCHE
– INFLUENZA
– TUBERCULOSE
• EXPOSIÇÃO RESPIRATÓRIA/ CONTATO
– VARICELA
PROBLEMA
SURTOS
Casos de Coqueluche na Regional de
Ribeirão Preto
• Novembro/2004: aumento de casos na regional de
Ribeirão Preto
• Investigação de casos: todos os hospitais onde foram
internados casos de coqueluche em 2004 e 2005
• 48 casos em sete municípios (75% em Ribeirão Preto)
• 2 casos em PAS
• Casos em PAS: diagnóstico tardio/uso inadequado de EPI
• Importância da quimioprofilaxia
BEPA 2005; 2(16):2-8
Disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/outros/bol_bepa1605.pdf
Casos de Coqueluche - Mogi Guaçu/2013
• Récem-nascido
(DN:
09/12/2012):
27/12/2012/Internação: 30/12/2012
sintomas
em
• 2 PAS: maternidade/ quadro clínico compatível com
coqueluche
 Início de sintomas: 20/12/2012 e 07/01/2013
 Tratamento: 24/01/2013 e 20/01/2013
 Notificação: 28/01/2013
• Busca ativa: RN nascidos no período de 05/12/12 à
24/01/2013 foram visitados e avaliados em relação aos
sintomas da doença.
• Caso índice: mãe de RN
Fonte: EPISUS/DIH/DVRESP - CVE
Coqueluche
• EUA:
 40% dos casos em <5 anos
 Aumento das taxas de incidência em
adolescentes e adultos
 Epidemias a cada 2-5 anos
• Brasil:
 Maior incidência em menores de 1 ano
 Alta letalidade em menores de 6 meses
Casos Coqueluche - ESP
Custos de Surtos de Coqueluche
• Avaliação de custos de 2 surtos de coqueluche
em hospitais:
 Hospital A: hospital terciário de 500 leitos
(CI: médica da emergência, 38 anos)
 Hospital B: hospital pediátrico de 250 leitos
(CI: fisioterapeuta UTI pediátrica, 38 anos)
• Período: 25 de julho-15 de setembro de 2004
• Tratamento/Profilaxia/Afastamento
• Local: King County, Washington
Infect Control Hosp Epidemiol 2007; 28:537-543
Custos de Surtos de Coqueluche
• Avaliação de custos diretos e indiretos: questionário
padronizado aplicado a equipe técnica e administrativa
• Hospital A: $195,342 de custos diretos e $68,015 de
custos indiretos
• Hospital B: $71,130 de custos diretos e $50,000 de custos
indiretos
• Avaliação de estratégias de prevenção: vacinação de PAS
Infect Control Hosp Epidemiol 2007; 28:537-543
Surto de Influenza A H3N2 no Centro de
Reabilitação de Casa Branca – CRCB,
município de Casa Branca – SP, 2012
99 casos
Fonte: EPISUS - CVE
Surto de Influenza A H3N2 no Centro de
Reabilitação de Casa Branca – CRCB,
município de Casa Branca – SP, 2012.
16
14
Número de casos
12
10
8
Óbito 3
Paciente
6
3
4
2
Óbito 4
2
1
Data de início de sintomas
Fonte: EPISUS/DIH/DVRESP - CVE
Inicio dos
sintomas
Óbito 2
4
0
Funcionário
Óbito 1
5
Óbito 5
Dados Epidemiológicos
PRIMAVERA
Estação das Flores e da
Varicela
Surto de Varicela em SJRP
• Hospital de Base de SJRP: 754 leitos
• 31 casos investigados
• 17 pacientes
• 14 funcionários
• Transmissão hospitalar
• 4 pacientes: enfermaria de pediatria
• 8 funcionários
• Aumento de casos na cidade
• Alta taxa de PAS suscetíveis
BEPA 2005; 2(23):2-11.
Disponível em: ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/outros/bol_bepa2305.pdf
Casos TB em Serviços de Saúde
Fonte: DTB - CVE
Disponível em:http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_tb.html
Prevenção e Controle
UMA MISSÃO IMPOSSÍVEL ! !
Estratégias de Prevenção
• Identificação e isolamento dos casos
• Vacinação
- reduzir risco nos PAS
- prevenir transmissão para pacientes de alto risco
- reduzir absenteísmo durante surtos comunitários
• Controle de surtos: profilaxia pós exposição
CDC-Guideline for infection control in health care personnel, 1998
Identificação e
isolamento dos casos
Identificação dos casos
• Informação aos profissionais de saúde
• Fluxo para atendimento de casos suspeitos
• Fluxo para internação
• Fluxo para coleta e resultados de exames
Quarto Privativo
se possível
Uso pelo
profissional
no quarto
Uso pelo
paciente
no transporte
Quarto
Privativo
Clorexidina
Se contato
com o
paciente
Uso
Individual
Secreções
Contidas
Quarto Privativo
com porta
fechada
Uso pelo
profissional
no quarto
Uso pelo
paciente
no transporte
Vacinação
Vacina Varicela
• Vacinação pré-exposição:
 PAS
 Pacientes imunocompetentes que serão internados
em enfermaria com casos de varicela
 Pré QT
 Nefropatas crônicos
 Pré TX de órgãos sólidos
 Pacientes HIV+ assintomáticos
Fonte: CVE - Informe Técnico-Imunoprofilaxia para Varicela
Disponível em:ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/imuni/if_varicela04.pdf
Seasonal and Pandemic A (H1N1) 2009 influenza vaccination coverage
and attitudes among health-care workers in a Spanish University Hospital.
Vírseda S, Restrepo MA, Arranz E, Magán-Tapia P, Fernández-Ruiz M, de la Cámara AG, Aguado JM,
López-Medrano F.
Vaccine. 2010 Jul 5;28(30):4751-7. doi: 10.1016/j.vaccine.2010.04.101. Epub 2010 May 14
• Cobertura vacinal: 16,5%
Acceptance of a vaccine against pandemic influenza A (H1N1) virus
amongst healthcare workers in Beijing, China.
Seale H, Kaur R, Wang Q, Yang P, Zhang Y, Wang X, Li X, Zhang H, Zhang Z, MacIntyre CR.
Vaccine. 2010 Jul 5;28(30):4751-7. doi: 10.1016/j.vaccine.2010.04.101. Epub 2010 May 14
• Questionário em 19 hospitais de Beijing: 1657 PAS
• Apenas 1/4 dos PAS foram vacinados: menor adesão entre
médicos
Pandemic 2009 H1N1 influenza among health care workers.
Lobo RD, Oliveira MS, Garcia CP, Caiaffa Filho HH, Levin AS.
Am J Infect Control. 2012 Dec 28. pii: S0196-6553(12)01240-0. doi: 10.1016/j.ajic.2012.08.012.
• Comorbidades, sexo masculino, ser médico: fatores de
risco independentes para infecção por H1N1
Controle de Surtos
Coqueluche
• Afastamento dos PAS sintomáticos nos primeiros 5 dias
de tratamento
• PAS assintomáticos: considerar afastamento dos
profissionais que trabalham em contato direto com
grupos de risco
• Vigilância dos assintomáticos por 42 dias
• Contatos com até 6 anos de idade devem ser vacinados
Coqueluche - Tratamento Profilaxia
• Eritromicina/ Claritromicina/Azitromicina
• Sulfametoxazol-Trimetoprim: droga alternativa
• Azitromicina: surtos intra-hospitalar
Recommended Antimicrobial Agents for the Treatment and Postexposure Prophylaxis of Pertussis
MMWR 1997;46:1-42(RR-18)
Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5414a1.htm
Recommended Antimicrobial Agents for the Treatment and Postexposure Prophylaxis of Pertussis
MMWR 1997;46:1-42(RR-18)
Disponível em: http://www.cdc.gov/mmwr/preview/mmwrhtml/rr5414a1.htm
Influenza
• Ocorrência de dois casos suspeitos ou confirmados
para influenza com vínculo epidemiológico
•
Busca ativa diária: até 1 semana após último caso
•
Evitar visitas
• Antiviral:
pessoas
com
risco
elevado
para
complicações/PAS não vacinados ou vacinados há
menos de 2 semanas/pacientes de hospitais de longa
permanência
MS/SVS - Protocolo de Tratamento de Influenza - 2013
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/texto/10408/783/protocolo-de-tratamento-de-influenza-_-2013.html
Varicela
• Vacinação de bloqueio dos contatos não-imunes,
adultos e crianças, profissionais, pacientes e
acompanhantes (até 120 horas do contato)
• VZIG – imunoglobulina contra o vírus varicela-zoster
(até 96 horas do contato):
• Imunodeprimido não-imune
• Gestante
• Crianças menores de 9 meses
(não havendo disponibilidade da vacina Varilrix (GSK),
utilizar VZIG para crianças menores de um ano de idade)
Fonte: CVE - Informe Técnico-Imunoprofilaxia para Varicela
Disponível em:ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/imuni/if_varicela04.pdf
Varicela
• Importante lembrar que existe a possibilidade de que
um pequeno percentual de pessoas desenvolvam a
doença
• Manter vigilância por até 3 semanas
• Transmissão hospitalar/ Prevalência em PAS – 97,9%
(IgG+)
Fedeli et al., J Hosp Infect 2002; 51 (2): 133-5.
Tuberculose
1- Agilidade na detecção de caso em PAS para evitar
transmissão prolongada.
2-Confirmação bacteriológica
3- Para todo caso de tuberculose bacilífera em PAS deve ser
feita investigação epidemiológica ágil, identificando os
contatos e tomando medidas para reduzir a transmissão
4- Serviço de saúde ocupacional deve sempre ter em mente
afastar tuberculose doença
5- Devem ser implantadas medidas de biossegurança nos locais
de trabalho.
Alerta sobre tuberculose em profissionais de saúde
Disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_tb.html
Alerta sobre tuberculose em profissionais de saúde
Disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_tb.html
Alerta sobre tuberculose em profissionais de saúde
Disponível em http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_tb.html
As infecções que transtornam
nosso dia a dia: coqueluche,
influenza, varicela,
tuberculose. Há esperança?
Acho que sim
Mas o que vem pela frente?
Equipe Técnica:
Denise Brandão de Assis
Geraldine Madalosso
OBRIGADA!
Silvia Alice Ferreira
Yara Yatiyo Yassuda
Zuleida M. Polachini
Apoio:
Carlos Eduardo O. Godoy
E-mail:
[email protected]
Site:
www.cve.saude.sp.gov.br
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