corda

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Bibliografia utilizada
HICKMAN JÚNIOR, C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios
integrados de zoologia.11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2004.
KARDONG, K.V. Vertebrados: Anatomia comparada, Função e
Evolução. 5.ed. São Paulo: Roca, 2011. 913p.
Nesta aula você aprender:
• Características dos Chordata.
• Urochordata.
• Cephalochordata.
Chordata (L. chorda, corda)
A característica que concede o nome ao filo – a notocorda (Gr. noton,
dorso, + L. Chorda, corda).
Nas feiticeiras e lampreias, a
notocorda persiste durante toda a
vida
Cordados compartilham características comuns com
muitos invertebrados. Por exemplo:
 Simetria bilateral;
 Eixo anteroposterior;
 Celoma;
 Organização de “tubo dentro de tubo”;
 A cefalização.
Mas...
a posição filogenética no reino animal não esta clara.
Classificação tradicional e cladística dos cordados
Classificação lineana tradicional fornece um modo conveniente para
indicar os táxons incluídos em cada grupo.
Na cladística, alguns táxons como Agnatha e Reptilia, não são mais
reconhecidos. Por quê?
Somente grupos que contem todos os
descendentes conhecidos de um único
ancestral comum (monofiléticos) são
taxonomicamente reconhecidos.
Por exemplo, os repteis, são considerados parafiléticos. Por quê?
Não inclui todos os descendentes de seu ancestral comum.
O ancestral comum de
répteis também é de aves
*Repteis,
Aves e Mamíferos formam um grupo monofilético,
denominado Amniota. Por
que?
Todos desenvolve-se a partir de um ovo com uma membrana
extraembrionária (Âmnio).
Os Vertebrados (Craniata) podem ser subdivididos em grupos, com
base nas características compartilhadas:
Agnatha e Gnathostomata;
Amniota;
Anamniota.
CINCO CARACTERÍSTICAS:
1. Notocorda,
2. Cordão nervoso tubular dorsal,
3. Fendas faríngeas;
4. Endóstilo;
5. Cauda pós-anal.
Quem são os cordados atuais?
Eles consistem em três grupos de tamanhos desiguais:
1. Cefalocordados:
Anfíoxos
2. Urocordados:
Tunicados ou ascídias
Qual é o seu interesse em estudar os
cordados?
• Os humanos pertencem a esse filo
• Registros fósseis.
3. Vertebrados:
Peixes, anfíbios, répteis e mamíferos
Urochordata (uro: do grego oura = rabo, cauda)
1.600 espécies
Vivem em todos os mares.
Na fase adulta a maioria é séssil (há formas livre-natante).
Na maioria das espécies, apenas a forma larval apresenta
todas as características de um cordado.
Características dos Urocordados
Neste grupo, a notocorda ocorre na cauda das larvas.
*Corpo revestido por uma túnica de tunicina (polissacarídeo)
Por esta razão recebem o nome de tunicados. Os principais
representante são as ascídias.
A maioria são sésseis.
São subdivididos em
três
classes: Ascidiacea, Larvacea e
Thaliacea.
* Ascidiacea Esguichos-do-mar –
apresentam forma laval adultos são sésseis.
Os táxons Larvacea e Thaliacea
são permanentente pelágicos e
flutuam no plâncton.
Ascidiacea - Metamorfose
Ascidiacea - Metamorfose
A cauda, a notocorda e o tudo nervoso dorsal se degeneram.
Faringes com aberturas chamadas estigmatas.
Ciclo de vida das ascídias
Subfilo Cefalochordata (cephalo = cabeça)
Neste grupo, a notocorda persiste no adulto, percorrendo
longitudinalmente o corpo do animal, desde a cabeça até a cauda.
Formados por animais marinhos conhecidos como os Anfioxos.
Animais com extremidades agudas;
O sistema nervoso acompanha a notocorda, sendo representado pelo
cordão nervoso.
Apresentam sexos separado
Estágio larval dos cefalocordados:
Planctônico (dura de 75 a mais de 200 dias).
Durante a metamorfose a larva afunda
do plâncton até o substrato onde ela fará
uma toca no qual viverá como adulto.
Sistema circulatório
Coração é ausente.
O sangue é impulsionado para frente pela aorta ventral em direção
a aorta dorsal.
Qual é o função do sangue, já que não tem eritrócitos e
hemoglobina?
R: Transporte de nutrientes
Podemos resumir os protocordados da seguinte forma:
• Possuem algumas (Hemicordados) ou todas (Cefalocordados e
urocordados) as cinco características que definem um cordado;
• Os adultos são normalmente bentônicos e o seu estágio larval
planctônico;
• Alimentam-se de partículas em suspensão;
• A água que flui para dentro com o alimento é trazida de fora por
meio de fendas faríngeas;
• Os protocordados tem uma história filogenética que precede os
vertebrados.
Adaptações que nortearam a
evolução inicial dos vertebrados
A partir dos peixes primitivos até os mamíferos, a evolução dos
vertebrados tem sido norteada por adaptações especializadas, sendo
elas:
•
•
•
•
Endoesqueleto vivo;
Faringe;
Sistema nervoso avançado;
Membros pares.
Endoesqueleto:
Estrutura de sustentação interna (crânio e a
caixa torácica protegem órgãos vulneráveis).
O osso é mais derivado, devido a duas
vantagens:
1. Reservatório de fosfato ;
2. Somente o osso pode oferecer
a
capacidade estrutural para vida terrestre.
A faringe perfurada (presentes como bolsas faríngeas) evoluiu para
alimentação por filtração
Crista neural contribui para formar:
• Crânio;
• Os nervos cranianos;
• Os arcos aórticos.
Placódios epidérmicos contribui para
formar:
• O nariz;
• Os olhos;
• Os ouvidos;
• Os receptores de paladar;
• Mecanorreceptores
da
linha
lateral.
O desenvolvimento da cabeça e órgãos sensoriais pares nos
vertebrados foi o resultado de duas inovações embrionárias:
1. A crista neural (conjunto de células ectodérmicas)
2. Os placódios epidérmicos (Espessamentos ectodérmicos em forma de placa)
APRIMORAMENTO DA FISIOLOGIA:
Os sistemas digestivo, respiratório, circulatório e excretor dos
vertebrados são modificados para atender a demanda metabólica.
Como?
Adição de músculos a faringe criando uma bomba para movimentar a
água;
Brânquias altamente vascularizadas;
Movimentação dos alimentos pelo tubo digestivo por músculos;
APRIMORAMENTO DA FISIOLOGIA:
Aquisição de glândulas digestivas (fígado e pâncreas) permitindo
melhor administração da quantidade de alimentos ingeridos.
Coração ventral com três câmaras (seio venoso, átrio e ventrículo) e
eritrócitos com hemoglobina);
Protocordados não tem rins distintos, mas os vertebrados tem rins
glomerulares duplicados que removem os resíduos e regulam os
fluidos e íons do corpo.
Membros pares
Os apêndices peitorais e pélvicos estão presentes na maioria dos
vertebrados na forma de:
• Nadadeiras pares;
• Pernas articuladas.
Estas estruturas originaram-se como estabilizadores da natação e,
posteriormente, desenvolveram-se em pernas para locomoção
terrestre.
VERTEBRADOS PRIMITIVOS
OSTRACODERMES (Gr. Ostrakon, concha, + derma, pele)
(termo representa grupo de vários peixes extintos sem maxila e com carapaça)
Apresentavam forma do corpo muito variável (sugerindo
vários estilos de vida)
* Provavelmente eram filtradores
Vertebrados primitivos
Criaturas diminutas e sem maxilas;
Não possuíam nadadeiras pares (importantes para estabilidade).
*Diferentemente dos protocordados, estes animais sugavam a água
para faringe por bombeamento muscular.
Conodontes – fósseis
*Comum nas rochas dos Cambriano
Inicio do Siluriano - Placodermi
• Armadura óssea (10 metros)
• Nadadeira caudal pequena escudo cefálico
composto por placas fundidas ao osso.
Qual a principal diferença dos Ostracodermes?
Gnasthostomata
Uma das mudanças mais significativas no início da evolução dos
vertebrados foi o desenvolvimento de maxilas.
São conhecidos dois grupos basais de peixes com maxilas:
1. Os acantódios (Siluriano e meio do Ordoviciano, cerca de 30 a 70
milhões de anos);
2. Placodermi (Siluriano)
Com as maxilas, os peixes podem morder a presa, permitindo
processar alimentos maiores. Qual a vantagem dessa adaptação?
Permitiu uma expansão do estilo de vida predatório.
Como as maxilas surgiram?
Craniados - Gnatostomados
Como as maxilas surgiram?
Nos gnatostomados o 1º arco branquial se transformou em maxilas
(Avanço evolutivo)
Maxila superior (palatoquadrado) e a inferior (Cart. Meckel) evoluíram a partir
de estruturas que originalmente funcionavem como suportes para as brânquias
A evidencia para esta transformação pode ser explicada de três
maneiras:
1. Tanto os arcos branquiais como as maxilas são formados a
partir das barras superiores e inferiores que se dobram para
frente e são articuladas na região mediana;
2. Tanto os arcos branquiais como as maxilas são mais derivados
de células da crista neural do que de tecido mesodérmico
(fonte da maioria dos ossos);
3. A musculatura da maxila é homologa à musculatura original
que do suporte à brânquia.
Agnatha
A história dos vertebrados começa com os Agnathos
(feiticeiras e lampreias).
Juntos esses dois grupos são conhecidos como ciclóstomos
(boca redonda).
Agnatos atuais
A história fóssil dos agnatos chega até o Carbonífero, mas é
provável que eles tenham surgido no Cambriano.
*Todos Agnatos não têm ossos e possuem uma única
narina.
Peixes sem maxilas atuais são representados por cerca de
108 espécies divididos em duas classes:
1. Myxini (feiticeiras) com aproximadamente 70 espécies;
2. Petromyzontidae (lampreias) com 38 espécies.
http://terrademaresol.blogspot.com.br/2015_03_01_archive.html
Características gerais para (membros dos dois grupos):
•
•
•
•
Carecem de maxilas;
Ossificação interna ausente;
Não apresentam nadadeiras pares e nem escamas;
Aperturas branquiais em forma de poros e corpo anguiliforme.
Myxinoidea - Feiticeiras
Myxinoidea - Feiticeiras
Peixes carniceiros - vivem em tocas na lama do fundo do
mar.
Características:
Se alimentam de invertebrados e outros peixes mortos ou
morrendo (saprófagas e predadoras).
Apresentam uma língua muscular e glândulas de muco
abaixo da pele.
Apresenta ovários e testículos em um
mesmo indivíduo, mas só um é
funcional.
Não apresenta vestígio de vertebra na
notocorda
Características gerais da Classe Myxini:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Pele nua com glândulas de muco;
Apêndices pares e nadadeira dorsal ausentes;
Esqueleto cartilaginoso e notocorda persistente;
Boca com duas fileiras de dentículos.
Coração com seio venoso, átrio e ventrículo (3 corações acessórios);
Cinco a 16 pares de brânquias;
Rim mesonéfrico;
Estômago e válvula espiral ausente;
Olhos degenerados;
Fertilização externa com ovos com muito vitelo;
Fase larval ausente.
Fertilização
externa
sem fase larval
Vamos analisar a figura:
Apresenta pele nua com
glândulas de muco.
Sem apêndices pares e sem
nadadeira dorsal
Apresentam duas placas
denteadas queratinizadas.
Raspa e arranca pedaços da
carne da presa
Esqueleto
fibroso
cartilaginoso;
Presença de notocorda;
e
Petromyzontidae (Lampreias)
Petromyzontidae (Gr. Petros + myzon, sugador)
Lampreias atuais (20 espécies)
Cerca de metade das espécies
são parasitas
Características da Classe Cephalaspidomorphi (Petromyzontes)
• Dois canais semicirculares e cerebelo
• Uma ou duas nadadeiras medianas sem apêndices pares;
• Esqueleto cartilaginoso e vertebras;
• Disco oral em forma de ventosa e língua com dentículos
queratinizados;
• Sete pares de brânquias com abertura externa;
• Coração com seio venoso, átrio e ventrículo e arcos aórticos na
região branquial;
• Rim opistonéfrico;
• Estômago ausente – encontra-se no intestino uma dobra espiral;
• Olhos bem desenvolvidos;
• Fertilização externa;
• Estágio larval (amocete).
Todas as lampreias sobem o rio para se reproduzir.
Anádromas:
Saem do mar, onde passam a vida adulta, para subir os rios
para desovar.
Após a desova, os adultos morrem.
Ovos eclodem após duas
semanas;
Liberam larvas chamadas
amocetes;
Ao atingir 1mm a larva se
enterra por 3 a 7 anos;
Depois deste período
transforma-se na forma
adulta.
Resumo da aula
• Como as maxilas surgiram;
• Características gerais da Classe Myxini;
• Características da Clase Petromyzontes.
Exercício (no caderno):
Elabora uma tabela com as diferenças entre as lampreias e as
feiticeiras.
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