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4º
H62
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T
5
A
12/11/2009
questões.
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Leia o texto das páginas 2 e 3 e responda o que é pedido nas questões de acordo com ele
e seus conhecimentos sobre o assunto.
01) Segundo o autor a diferença entre Atenas e Esparta era grande e produziu resultados
diferentes em sua cultura. Sobre isso podemos afirmar:
A. Enquanto Atenas desenvolveu uma cultura que prezava a união entre os cidadãos em
devoção à atividade militar em Esparta o indivíduo era mandado à escola para
aprender a discursar na apelá.
B. Atenas desenvolveu uma cultura que prezava a liberdade política e estimulava a
desenvolvimento do cidadão. Em Esparta a atividade militar desestimulou a cultura e
a liberdade individual.
C. Tanto espartanos quanto atenienses viviam em função da constante ameaça militar e
desenvolveram uma série de poemas bélicos (Ilíada e Odisséia) para exaltar essas
qualidades.
D. Atenas e Esparta não possuíam diferenças políticas e econômicas apenas diferenças
culturais.
E. Esparta era uma potência marítima e Atenas uma potência terrestre.
02) As cidades-estados passaram por quatro estágios sendo eles em ordem segundo o
texto:
A. Democracia, demagogia, aristocracia e tirania.
B. Oligarquia, tirania, democracia e aristocracia.
C. Monarquia, oligarquia, tirania e democracia.
D. Monarquia, tirania, oligarquia e democracia
E. Monarquia, oligarquia, tirania, e demagogia.
“O contraste entre as cidades-estados de Atenas e Esparta é notável. Enquanto Esparta
era uma potência terrestre e exclusivamente agrícola, Atenas situava-se próxima ao litoral da
península da Ática, possuía uma grande esquadra e encabeçava o comércio entre os gregos.
Para os espartanos, liberdade significava preservar a independência de sua pátria; essa
consideração primordial exigia ordem, disciplina e arregimentação[formação de regimentos
militares]. Os atenienses também queriam proteger sua cidade contra os inimigos, mas, ao
contrário dos espartanos, valorizavam a liberdade política e buscavam o pleno
desenvolvimento e enriquecimento da personalidade humana. Assim, enquanto a autoritária e
militarista Esparta se tornou culturalmente estéril, a sociedade livre de Atenas assumiu a
liderança cultural da civilização helênica.
As cidades-estados gregas, de modo geral, passaram por quatro estágios: governo de um
rei (monarquia), governo de aristocratas agrários (oligarquia), governo de um só homem que
tomou o poder (tirania) e governo do povo (democracia). Durante a monarquia, o rei, cujo
poder emanava dos deuses, comandava o exército e julgava as causas civis.
O segundo estágio, a oligarquia, foi instituído em Atenas durante o século VIII a.C.,
quando os aristocratas usurparam o poder dos monarcas hereditários (aristocracia, em grego,
significa "governo dos melhores"). No século seguinte, os regimes aristocráticos passaram por
uma crise social. Os camponeses que tomavam dinheiro emprestado da aristocracia, dando as
terras como garantia, perderam suas propriedades e chegaram a tornar-se escravos por não
conseguirem pagar suas dívidas. Em Atenas, os amargurados e descontentes camponeses
exigiram e receberam, em 621 a.C., uma concessão dos aristocratas, que designaram Drácon
para redigir um código de leis. Embora o código de Drácon tenha permitido aos pobres
conhecer a lei, reduzindo as possibilidades de que os juízes aristocráticos julgassem
arbitrariamente, as sentenças eram extremamente rigorosas, e o código não trouxe alívio para
as aflições econômicas dos camponeses. Atenas caminhava para a guerra civil, pois os pobres
começavam a organizar-se e a exigir o perdão das dívidas e a redistribuição de terras.
Em 594 a.C. os aristocratas nomearam Sólon (c. 640-559 a.C.) chefe do Executivo.
Homem viajado, poeta e sábio, Sólon sustentava que os ricos proprietários de terras, com sua
cobiça, haviam destruído a vida da comunidade, levando Atenas às portas da guerra civil. Ao
reduzir o papel dos deuses nos assuntos humanos e atribuir os males da cidade ao
comportamento específico dos indivíduos, buscando remédios terrenos para esses males,
Sólon iniciou a abordagem racional dos problemas da sociedade. Ele sustentava que a lei
escrita devia estar em harmonia com Diké, o principio de justiça que fundamenta a comunidade humana. Além disso, Sólon queria instilar[inspirar] nos atenienses de todas as classes o
senso de trabalhar pelo bem comum da cidade.
Sólon pretendia devolver a saúde à doente sociedade ateniense restringindo o poder dos
nobres e melhorando a sorte dos pobres. Para alcançar esse objetivo, libertou os atenienses
escravizados por dívidas e trouxe de volta a Atenas os que haviam sido vendidos ao exterior,
mas recusou-se a confiscar e redistribuir a terra dos nobres, como exigiam os extremistas.
Permitiu que todas as classes de homens livres, até mesmo os mais pobres, participassem da
Assembléia, que elegia os magistrados e aceitava ou rejeitava a legislação proposta pelo novo
Conselho dos Quatrocentos. Também abriu os postos mais altos do Estado aos abastados
homens do povo, que anteriormente haviam sido excluídos dessas posições por não terem
nascido em berço nobre. Assim, Sólon enfraqueceu os direitos tradicionais da aristocracia
hereditária e deu inicio à transformação de Atenas de uma oligarquia aristocrática para uma
democracia.
Sólon também promoveu engenhosas reformas econômicas. Ao reconhecer que o solo
pobre da África não era favorável à cultura de cereais, insistiu no cultivo de uvas para a
produção de vinho e na plantação de oliveiras, cujo óleo podia ser exportado. Para encorajar a
expansão industrial, ordenou que todos os pais ensinassem a seus filhos a atividade do
comércio e concedeu cidadania aos artesãos estrangeiros que migrassem para Atenas. Em
virtude dessas medidas e da alta qualidade do seu barro marrom-avermelhado, Atenas tornou-
se a principal produtora exportadora de cerâmica. A política econômica de Sólon convertera
Atenas num grande centro comercial. Mas suas reformas não eliminaram as disputas sectárias
entre os clãs aristocráticos nem diminuíram todo o descontentamento dos pobres.
Em 546 a.C., Pisístrato (c. 605-527 a.C), um aristocrata, tirou partido da instabilidade
geral para tornar-se governante absoluto, mandando para o exílio aqueles que se opunham a
ele. Assim a tirania substituiu a oligarquia. A tirania era muito comum nas cidades-estados
gregas. Quase sempre aristocratas, os tiranos geralmente apareciam como defensores dos
pobres na sua luta contra a aristocracia. A fim de conquistar o apoio do povo, Pisístrato
mandou que se instalassem canalizações para aumentar o abastecimento de água em Atenas,
distribuiu as terras confiscadas aos aristocratas exilados entre os camponeses pobres e
concedeu empréstimos estatais aos pequenos agricultores.
A grande obra de Pisístrato foi o incentivo da vida cultural. Ao dar início a grandes
projetos arquitetônicos, encorajar escultores e pintores, organizar recitais públicos das
epopéias de Homero e instituir festivais que incluíam representações dramáticas, ele pôs a
cultura, outrora privilégio da aristocracia, ao alcance dos homens comuns. Desse modo, lançou
uma política que acabaria por levar Atenas a tornar-se a capital cultural dos gregos.
Após a morte de Pisístraro, uma facção chefiada por Clístenes, um aristocrata simpático
à democracia, assumiu a liderança. Através de um engenhoso método de redistribuição,
Clístenes pôs fim à tradicional prática de competição entre os clãs aristocráticos pelos
principais cargos do Estado, que tanta divisão e amargura havia provocado em Atenas.
Clístenes substituiu essa prática, arraigada na tradição e na autoridade, por um sistema novo,
concebido para garantir que a fidelidade histórica à tribo ou ao clã fosse substituída pela
lealdade à cidade.
Clístenes esperava fazer da democracia a forma permanente de governo em Atenas. Para
proteger a cidade contra a tirania, introduziu a prática do ostracismo. Uma vez por ano,
concedia-se aos atenienses a oportunidade de inscreverem num caco de barro (óstrakon) o
nome de qualquer pessoa que, segundo eles, representasse perigo para o Estado. O indivíduo
contra o qual se apurasse um número suficiente de votos era ostracizado, isto é, forçado a
deixar Atenas por dez anos.
Clístenes consolidara firmemente a democracia em Atenas. A Assembléia, que Sólon
franqueara a todos os cidadãos do sexo masculino, estava em vias de tornar-se a suprema
autoridade do Estado. Mas o período da grandeza de Atenas ainda estava por vir; os atenienses
tinham primeiro de vencer uma guerra de sobrevivência contra o Império Persa. “
(PERRY, Marvin- Civilização Ocidental – Uma história concisa. São Paulo,
Martins fontes, 1999. p.48 -51 )
03) Considere as afirmações abaixo:
I. Drácon foi o autor do código de leis rigoroso no século VII a. C. porém isso
ainda não resolveu os conflitos entre os camponeses e a aristocracia em Atenas.
II. O perdão das dívidas dos camponeses foi efetivado por Sólon.
III. A política econômica implantada por Sólon tornou Atenas num grande centro
comercial.
IV.A tirania era muito comum nas cidades-estados gregas. Quase sempre
aristocratas, os tiranos geralmente apareciam como defensores dos pobres na
sua luta contra a aristocracia.
Segundo o texto são corretas as afirmações:
A. I, II e IV
B. I e IV.
C. II e IV.
D. I, II, III e IV.
E. I, II e III.
04) “A grande obra de Pisístrato foi o incentivo da vida cultural. Ao dar início a grandes
projetos arquitetônicos, encorajar escultores e pintores, organizar recitais públicos das
epopéias de Homero e instituir festivais que incluíam representações dramáticas, ele
pôs a cultura, outrora privilégio da aristocracia, ao alcance dos homens comuns. Desse
modo, lançou uma política que acabaria por levar Atenas a tornar-se a capital cultural
dos gregos.” O autor em destaque está associado às seguintes obras:
A. Teogonia.
B. Os 12 trabalhos de Hércules.
C. O labirinto do minotauro.
D. Os trabalhos e os dias.
E. Ilíada e Odisséia.
05) Segundo o texto o autor da democracia em Atenas foi:
A. Péricles.
B. Pisístrato.
C. Sólon.
D. Drácon.
E. Clístenes.
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