40 - Fisioterapia - Alessandra

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MONITORAMENTO DA OXIGÊNOTERAPIA EM RECÉM NASCIDOS HOSPITALIZADOS NA UTI
CAVAGNOLI, Alessandra1
VERONESE, Dayane
TAGLIETTI, Marcelo
RESUMO
O presente artigo visa realizar uma revisão integrativa da literatura visando aumentar o conhecimento sobre o tema da pesquisa de modo a melhorar a
assistência Fisioterapia ao Recém-nascido internado em UTI fazendo suporte com oxigenoterapia. Desse modo, o objetivo geral deste estudo foi
avaliar de que maneira é melhor empregada a oxigenoterapia em neonatal internados em UTI, considerando verificar se existem protocolos ou
diretrizes assistenciais nacionais neste âmbito. Neste cenário, cabe considerar que na revisão realizada, verificou-se serem poucos os estudos que
citam pacientes pediátricos, o que demonstra que devem ser realizados mais estudos que possam trazer mais evidências e contribuir para a elaboração
de protocolos e diretrizes direcionadas a população pediátrica, ajudando a melhorar a forma que é empregada a oxigenoterapia em RN internados na
UTI.
PALAVRAS-CHAVE: Oxigenoterapia; Saturação; Neonatal; Fisioterapia na UTI;
MONITORING OF OXYGEN IN NEWBORNS HOSPITALIZED IN ICU
ABSTRACT
This paper aims to conduct an integrative review of the literature to increase the knowledge on the subject of research in order to improve care
Physiotherapy Newborns making support in the ICU with oxygen. Thus, the aim of this study was to evaluate how oxygen therapy is best used in
neonatal ICU, considering check if there are national protocols or guidelines assistance in this area. In this scenario, it is considered that in this
review, were found to be few studies mentioning pediatric patients, demonstrating that more studies should be conducted that could bring more
evidence and contribute to the development of protocols and guidelines directed the pediatric population, helping to improve the way that the oxygen
is used in ICU RN.
KEYWORDS: Oxygen, Saturation, Neonatal; Physiotherapy in icu
INTRODUÇÃO
O oxigênio (O2) é de vital importância para o ser humano, no entanto seu mau uso pode provocar efeitos tóxicos,
principalmente na retina e nos pulmões. Sua utilização deve ser feita de modo criterioso, observando sempre suas
indicações e contra indicações antes de administrá-lo (ARAÚJO, 2007; CAMARGO, et all., 2008; MARTIN, 2003).
A oxigênioterapia é um método de tratamento no qual ocorre a inalação do oxigênio, onde uma pressão menor
do que a do ar ambiente facilita a troca dos gases no pulmão, reduzindo assim o trabalho respiratório. É definida como
necessidade de administração de oxigênio por meio de dispositivos, tendo como objetivo promover a manutenção da
oxigenação tecidual adequada, ao mesmo tempo minimizando o trabalho cardiopulmonar. Tem como efeitos benéficos
a correção de hipoxemia através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de O2, redução de distúrbios pulmonares,
melhora da função mental de pacientes, redução da carga de trabalho do sistema cardiopulmonar, vasodilatação arterial
pulmonar, diminuição da resistência pulmonar e da pressão arterial pulmonar, melhora do debito cardíaco e
vasoconstrição sistêmica. (LORENA et al., 2009; MARTIN, 2003; RIBEIRO et all., 2003; ROCHA et all., 2006).
Assim, deve-se atentar para a causa da hipoxemia e buscar o tratamento adequado para que a oxigênioterapia seja
suspensa o mais precocemente possível. Sua administração deve ser feita por meios confortáveis que lhe possibilitem a
oferta de fluxo em valores mínimos possíveis para corrigir a hipoxemia, prevenindo os efeitos deletérios ao sistema
respiratório (CAMARGO et all.,2008; JUBRAN et al.,1990; MACHADO et all.,2008).
Mas será que nos grandes e pequenos centros a oxigênioterapia é empregada de maneira correta, e com os
parâmetros adequados a cada paciente? O modo de administração, fornecimento e os dispositivos utilizados vão de
acordo com os padrões de normalidade? A FiO2 empregada está de acordo com os valores de SpO2?
O presente trabalho visa esclarecer como deve ser feito corretamente o tratamento com a oxigenioterapia em
recém nascidos, sendo que essa deve suficiente para atender as necessidades metabólicas do organismo além de estar
prevenindo os efeitos deletérios da hipóxia tecidual. Não há um consenso bem definido entre os intensivistas e os
pediatras sobre os níveis adequados de oxigenação arterial e métodos de monitoramento, porem hoje sabemos que bebês
sadios crescem e se desenvolvem perfeitamente no útero materno com uma saturação de oxigênio entre 70% e 80% e
são suficientes para garantir saturação acima de 90% com um PH fisiológico. Logo durante o período de UTI neonatal é
suficiente que a saturação esteja acima de 90%, não precisando atingir o valor máximo que seria de 99%.
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Quando o oxigênio é administrado de forma correta têm-se vários efeitos fisiológicos positivos para o
organismo, como por exemplo, a melhora da troca gasosa pulmonar, vasodilatação arterial pulmonar, diminuição da
resistência pulmonar e da pressão arterial pulmonar, melhora do debito cardíaco, diminuição do trabalho da musculatura
cardíaca e vasoconstrição sistêmica. Porém quando administrado de forma incorreta, ou seja, dado a suplementação a
mais do que a que o organismo realmente necessita, pode levar a disfunções pulmonares devido a alterações no SNC e
cardiovascular devido a liberação de radicais livres e até mesmo por efeitos citotóxicos. Este artigo terá o objetivo de
descrever o uso da oxigenioterapia de forma adequada em RN de acordo com os modos administrados, métodos,
dispositivos e a relação da FiO2 com a PaO2.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para o alcance do objetivo geral, foi utilizado o método da revisão integrativa da literatura. Este método possibilita
sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir de um tema de interesse. Uma revisão integrativa bem
realizada exige os mesmos padrões de rigor, clareza e replicação utilizada nos estudos primários. A revisão integrativa de
literatura além de proporcionar a síntese de conhecimento produzido sobre um determinado tema, permite também a
visualização de lacunas de evidências na prática profissional e viabiliza a contextualização do pesquisador em
determinada temática. Para elaboração da revisão integrativa as seguintes etapas foram percorridas: estabelecimento das
questões para revisão, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão de artigos (seleção da amostra); definição das
informações a serem extraídas dos artigos selecionados; análise dos resultados; apresentação dos resultados e discussão.
Para a seleção dos artigos utilizou-se a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME), privilegiando os bancos de dados da
LILACS, SCIELO e PERIODICOS CAPS. A escolha de 3 diferentes bancos de dados visou minimizar, na medida do
possível, as obliquidades que podem surgir neste tipo de pesquisa. A busca foi realizada pelo acesso on-line. Os
resultados e discussão dos dados obtidos são apresentados de forma descritiva, possibilitando ao leitor a avaliação da
aplicabilidade da revisão integrativa elaborada, como também atingir o objetivo desse método, ou seja, impactar
positivamente na qualidade da prática de Fisioterapia, fornecendo subsídios ao Fisioterapeuta para uma atuação visando
contribuir com a otimização da assistência ao paciente Neonato com suplementação de oxigênoterapia, inclusive visando
estudos posteriores para criação de protocolos assistenciais
REVISÃO (RESULTADOS E DISCUSSÃO)
Todo ser vivo, para sua existência, realiza trocas com o meio ambiente, dentre elas destaca-se as trocas gasosas
que ocorrem no ato de respirar.
O homem possui um sistema respiratório que lhe possibilita a vida que começa desde seu desenvolvimento
intrauterino, especificamente ao redor de 26 a 28 dias após a fertilização. Com 16 semanas de gestação, o pulmão está
morfologicamente parecido com o pulmão do adulto, por volta de 24 a 26 semanas de gestação, começa a produção do
surfactante pulmonar, substância responsável pelo não colabamento dos alvéolos no processo respiratório. Assim, o
pulmão fetal, mesmo imaturo, apresenta condições para trocas gasosas e síntese de surfactante, possibilitando a
sobrevivência do RN com peso entre 500 e 1000g. A formação total dos alvéolos só se completa após dois meses do
nascimento (ZUGAIB & KANAS, 1986).
Os movimentos respiratórios encontram-se presentes na vida intrauterina desde o final do primeiro trimestre
gestacional, mas a respiração não ocorre com a função de oxigenação. Portanto, podemos dizer que é o preparo para a
adaptação à vida extrauterina que está ocorrendo. Pode-se afirmar que a respiração é fundamental para todos os seres
vivos, com o objetivo de manter a integridade dos processos biológicos.
O trabalho de parto exerce importante função no estabelecimento da respiração. Neste momento iniciam-se os
movimentos respiratórios propriamente ditos, desencadeados pela asfixia sofrida durante o trabalho de parto e pelos
estímulos excitatórios que atuam sobre o centro respiratório, deflagrando os movimentos respiratórios extrauterinos.
A necessidade mais crítica do recém-nascido (RN) é o estabelecimento da atividade respiratória adequada com
uma troca eficiente de gases. O estabelecimento da respiração é fundamental para a sobrevivência e a manutenção da
integridade biofisiológica do RN. Então, quando há alguma falha no estabelecimento da respiração, pode-se necessitar
de um tratamento especifico (NELSON, 1983).
Na falta de uma oxigenação adequada, ocorre a insuficiência respiratória que se manifesta por sinais de retrações
costais, aumento do esforço respiratório, batimentos das aletas nasais, cianose, palidez, hipotensão e diminuição da
perfusão periférica, apnéia com pausa respiratória seguida de bradicardia e ainda dispnéia. O RN deverá ser avaliado
pelo profissional habilitado e, dependendo do caso a oxigenioterapia, poderá ser prescrita como tratamento.
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Assim, em casos de dificuldade nas trocas gasosas de ordem pulmonar, pode-se utilizar a terapia com O2 para
tratamento da dificuldade respiratória. No entanto, deve-se considerar que complicações por alteração nas
concentrações de O2 administrado ao RN podem causar sequelas irreversíveis em algum período da infância, tal como
alteração ocular podendo evoluir para cegueira (GARIJO, 2000).
Nas Unidades de Terapia Intensiva neonatal (UTI-Neo) utiliza-se muito a oxigenioterapia, portanto, os RN
submetidos a esse tratamento são sujeitos passíveis de sofrerem complicações decorrentes do uso prolongado de O2.
O oxigênio (O2) é de vital importância para o ser humano, no entanto seu mau uso pode provocar efeitos tóxicos,
principalmente na retina e nos pulmões. Sua utilização deve ser feita de modo criterioso, observando sempre suas
indicações e contra indicações antes de administrá-lo (ARAÚJO, 2007; CAMARGO, et all., 2008; MARTIN, 2003).
Para REICHERT & FOGLIANO (1995, p. 75) “a administração inadequada do oxigênio poderá ser iatrogênica
para o RN, podendo resultar em lesões cerebrais, pulmonares, oculares e até mesmo a morte”. Então, o cuidado com a
oxigenioterapia é fundamental, pois a mesma consiste no estabelecimento das trocas gasosas pulmonares com o
objetivo de manter o metabolismo celular adequado, assegurando a oxigenação do sangue arterial e garantindo a
eliminação do dióxido de carbono (GARIJO, 2000).
Para RODRIGUES (1998) a toxicidade do O2 é atribuída às reações de radicais livres de O2 nos componentes
celulares, mesmo que estes tenham papéis fundamentais no desenvolvimento normal dos processos biológicos e nas
reações de oxidação e redução ao nível celular. Essas reações podem romper a membrana lipoprotéica, destruindo as
funções enzimáticas celulares, mudando o DNA e levando a morte celular. A definição de radical livre é quando há um
ou mais elétrons não pareados na órbita externa, tornando-se extremamente reativos, pois quando um radical livre reage
com um radical não-livre, o produto é outro radical livre, produzindo reações em cadeia. Essa cadeia termina quando
ocorre o encontro entre dois radicais livres que produzem uma ligação entre dois elétrons, ou com o encontro com uma
substância antioxidante.
A retinopatia da prematuridade ainda não tem sua etiopatogenia conhecida completamente, sabe-se que é uma
doença multifatorial, que afeta principalmente o RN de baixo peso e seu desenvolvimento se relaciona com o uso do O2
terapêutico e outros fatores de risco que ainda não foram totalmente esclarecidos como: RN prematuro, hiperóxia, uso
de surfactantes, presença de ductos, alterações metabólicas, septicemia e curso clínico complicado (WAISMAN et al,
1999).
O desenvolvimento das lesões pulmonares está diretamente relacionado à quantidade de O2 nos gases inspirados,
quando a concentração de O2 administrada for inferior a 50%, não ocorrem alterações pulmonares. Ressaltam ainda
que, as lesões pulmonares, pelo uso de O2, encontram-se ligadas à doença de base. No caso da displasia
broncopulmonar (DBP), que se caracteriza por alterações pulmonares mínimas até uma grande deterioração da função
respiratória, a principal característica é a dependência do O2 pela insuficiência respiratória. Essa doença está
relacionada ao uso de ventilação mecânica (VM) no tratamento da membrana hialina e também ao uso de altas
concentrações de O2 sem VM, e suporte ventilatório artificial com baixa fração de oxigênio inspirado (FiO2). A FiO2
elevada e a VM com altas pressões inspiratórias e expiratórias, são fatores que agridem o pulmão do RN e contribuem
para o desenvolvimento da doença (FREDDI & TANNURI, 1993).
O RN submetido ao tratamento de oxigenioterapia está potencialmente sujeito as complicações descritas,
exigindo um preparo da equipe profissional, que poderá estar identificando os sinais e sintomas para intervir de modo
preventivo, ou mesmo para diminuir as complicações decorrentes de tratamento com O2.
A oxigênioterapia é um método de tratamento no qual ocorre a inalação do oxigênio, onde uma pressão menor
do que a do ar ambiente facilita a troca dos gases no pulmão, reduzindo assim o trabalho respiratório. É definida como
necessidade de administração de oxigênio por meio de dispositivos, tendo como objetivo promover a manutenção da
oxigenação tecidual adequada, ao mesmo tempo minimizando o trabalho cardiopulmonar. Tem como efeitos benéficos
a correção de hipoxemia através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de O2, redução de distúrbios pulmonares,
melhora da função mental de pacientes, redução da carga de trabalho do sistema cardiopulmonar, vasodilatação arterial
pulmonar, diminuição da resistência pulmonar e da pressão arterial pulmonar, melhora do debito cardíaco e
vasoconstrição sistêmica. (LORENA et al., 2009; MARTIN, 2003; RIBEIRO et all., 2003; ROCHA et all., 2006).
Assim, deve-se atentar para a causa da hipoxemia e buscar o tratamento adequado para que a oxigênioterapia
seja suspensa o mais precocemente possível. Sua administração deve ser feita por meios confortáveis que lhe
possibilitem a oferta de fluxo em valores mínimos possíveis para corrigir a hipoxemia, prevenindo os efeitos deletérios
ao sistema respiratório (CAMARGO et all.,2008; JUBRAN et al.,1990; MACHADO et all.,2008)
De acordo com Bajay (1991), a oxigenoterapia é uma terapêutica racional e sistematizada com oxigênio,
administrada em concentrações ou pressões maiores que a da atmosfera ambiental, ou superiores a 21%, para corrigir ou
atenuar deficiências de O2 ou hipóxia (oxigênio insuficiente no sangue). Na prática a quantidade de oxigênio oferecida
deve ser mínima necessária para manter a PaO2 entre 50-80 mmHg e/ou saturação de hemoglobina entre 90 e 95%.
Brunner & Suddarth (1985; 1997) destacam que em se tratando de uma terapêutica medicamentosa,
há necessidade de uma prescrição médica para que a Fisioterapia possa desenvolver os procedimentos de
implementação necessários ao uso eficiente da terapêutica. Consequentemente, é nossa responsabilidade conhecer com
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profundidade as vias de administração do oxigênio, as razões de sua eleição, as vantagens e desvantagens de cada
método adotado, bem como o fluxo de O2 adequado e a FIO2 fornecidas.
TAMEZ (1999) coloca que, para o uso da oxigenioterapia deve-se estabelecer alguns critérios: a monitorização
da concentração de O2 administrado e a saturação sanguínea de O2, e evitando, assim, a administração desnecessária ou
de concentrações elevadas de O2, que poderão trazer efeitos tóxicos ao RN tanto a termo como no prematuro. Todo RN
que estiver em tratamento de O2 deve estar conectado ao oxímetro de pulso, devendo-se avaliar periodicamente a
gasometria arterial ou capilar, para avaliação dos níveis de O2 sanguíneo.
Há várias técnicas para administração da oxigenioterapia, a escolha é realizada pelo médico responsável, com
base nos exames preliminares e na experiência da equipe, bem como da disponibilidade de aparelhos e recursos
materiais no hospital.
Os cilindros de oxigênio que armazenam o gás através de pressão é o mais tradicionalmente usado para a oferta,
porém é um método complicado, pois os cilindros esvaziam-se rapidamente e devem ser trocados, além disso o seu
custo também é elevado. Outro método de fornecimento é os concentradores de oxigênio, são máquinas que funcionam
como uma peneira molecular, capazes de separar o oxigênio do nitrogênio do ar ambiente. É um método mais simples e
prático para os indivíduos (PRYOR e WEBBER, 2002).
Existem vários equipamentos que permitem oferecer ao RN uma concentração variável de oxigênio (FIO2) e
deve-se escolher a forma mais adequada, mais estável, mais confortável e de menor custo. Se o RN está respirando
espontaneamente pode-se usar cateteres nasais, máscaras diversas, funil, hoods e tendas. Nos casos em que o RN não
está respirando espontaneamente ou seu padrão respiratório é instável, pode ser necessário administrar oxigênio com
pressão positiva com uma unidade ventilatória auto inflável com máscara (ambú) e colocá-lo em ventilação mecânica
não invasiva ou invasiva. A Cânula nasal é tubular e possui orifícios que se projetam em direção as narinas, podem ou
não dispor de prongs nasais, sago confortáveis e feitas de silicone. Deve ser utilizado baixo fluxo para prevenir lesões e
sangramentos. Cânulas e cateter nasal podem oferecer uma fração inspirada de oxigênio de até 40% com fluxos de 0,5 a
5 L/min. O cateter nasal possui características semelhantes, mas é menos utilizado pois pode causar hemorragias,
distensão gástrica e lesões orofaríngeas. Capacete de oxigênio é um dispositivo de acrílico, redondo e transparente, que
oferece uma mistura de ar comprimido e oxigênio. Indicado para recém nascidos e crianças menores que 1 ano de idade,
tolera fluxos de 7 a 15 L/min. Sua desvantagem é que ocorre a retenção de CO2 por reinalação, superaquecimento,
lesões no pescoço da criança e ruídos. Tenda de oxigênio é feita de acrílico e transparente, deve ter uma mistura de ar
comprimido e oxigênio de no mínimo 12L/min para evitar a reinalação de CO2. Máscaras de oxigênio existem de vários
tamanhos, modelos e materiais, sendo que as mais comuns são em plástico e borracha. Essas permitem administrar O2
em diferentes concentrações que variam de 35% a 100% com fluxos de 6 a 15L/min. As
Incubadoras tem a necessidade de manutenção térmica ideal, permite que a administração de O2 seja pela
incubadora e é possível fornecer uma fração inspirada de O2 de até 70%.
Na falta de uma oxigenação adequada, ocorre a insuficiência respiratória que se manifesta por sinais de retrações
costais, aumento do esforço respiratório, batimentos das aletas nasais, cianose, palidez, hipotensão e diminuição da
perfusão periférica, apnéia com pausa respiratória seguida de bradicardia e ainda dispnéia. Em recém nascidos (RN) a
necessidade mais crítica é o estabelecimento da atividade respiratória adequada com uma troca eficiente de gases. O
estabelecimento da respiração é fundamental para a sobrevivência e a manutenção da integridade biofisiológica do RN.
Então, quando há alguma falha no estabelecimento da respiração, pode-se necessitar de um tratamento especifico
(NELSON, 1983).
O RN deverá ser avaliado pelo profissional habilitado e, dependendo do caso a oxigênioterapia, poderá ser
prescrita como tratamento. Quando a oxigênioterapia for indicada a forma mais fácil e rápida de aumentar o oxigênio
arterial é elevar as concentrações de oxigênio no ar inspirado, assim o oxigênio será dissolvido no plasma através de
uma diferença de pressão parcial dentro dos alvéolos. As concentrações de oxigênio devem ser as menores possíveis
para manter as necessidades do organismo, para evitar qualquer dano ao RN. Deve-se considerar que complicações por
alteração nas concentrações de O2 administrado ao RN podem causar sequelas irreversíveis em algum período da
infância, como a retinopatia de prematuridade, lesões pulmonares e até mesmo a morte. (GARIJO, 2000).
O RN submetido ao tratamento de oxigênioterapia está potencialmente sujeito as complicações descritas,
exigindo um preparo da equipe profissional, que poderá estar identificando os sinais e sintomas para intervir de modo
preventivo, ou mesmo para diminuir as complicações decorrentes de tratamento com O2.
Com os avanços obtidos na terapia intensiva neonatal e pediátrica, a sobrevida de crianças com prematuridade
extrema vem aumentando, bem como daquelas com insuficiência respiratória de causas diversas, determinando,
muitas vezes, a necessidade de oxigênio suplementar por períodos prolongados (CAMARGO et all., 2008; NICOLAU
et al.,2007; SCANLAN, 2000; STAINOFF, 2004; TOZZI et al., 1997). Estudos indicam que lactentes e crianças, que
aparentemente não necessitam de oxigênio em repouso, poderão tornar-se hipoxêmicos durante a alimentação e o sono
(RODRIGUES, 2008). Na maioria das vezes é possível manter a saturação adequada com suplementação de O2 em
baixas concentrações, que se consegue através de métodos disponíveis para fornecimento de oxigênio, sendo a evolução
da maioria dos pacientes oxigeno - dependentes satisfatória (PADUA et all.,2003; RIBEIRO et al.,2003).
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Há necessidade da Fisioterapia instalar, controlar e acompanhar cuidadosamente a terapia, para prevenir os
efeitos tóxicos e colaterais do oxigênio, o que demanda do Fisioterapeuta e da equipe sob sua supervisão conhecimentos
sobre os gases arteriais, sua interpretação e as reações da criança submetida à terapêutica.
Diante disso o objetivo desse artigo de revisão é apresentar subsídios teóricos para uma melhor utilização da
oxigenoterapia e descrever alguns cuidados que devem ser observados pela equipe da Fisioterapia na utilização de
oxigênio, demonstrando as vantagens e desvantagens de cada método, bem como, o fluxo de oxigênio adequado e a
FIO2 fornecida.
RESPONSABILIDADES DA FISIOTERAPIA FRENTE À OXIGENOTERAPIA
Dentre as responsabilidades da Fisioterapia na implementação da terapêutica com a criança, passaremos a
apresentar aquelas que demandam maior nível de atenção e maior corpo de conhecimento. Estar atento aos sinais
clínicos de hipóxia, de origem respiratória, cardíacos, neurológicos e outros.
Quanto aos sinais respiratórios, destacamos a frequência e esforço respiratório acentuado ou respiração laboriosa
(retração intercostal, batimento de asa de nariz), a cianose progressiva, perioral, de extremidades, generalizada (tardia).
Quanto aos sinais cardíacos, chamamos atenção para a taquicardia, pulso filiforme (sinais precoces); bradicardia,
hipotensão e parada cardíaca (sinais posteriores).
O Fisioterapeuta precisa estar atento aos sinais neurológicos de inquietação, confusão, desorientação, prostração,
convulsão, coma; além de outros como palidez, sinais decorrentes de acidose metabólica (respiração tipo Kusmaull,
embotamento sensorial e inconsciência etc)
O Fisioterapeuta deve acompanhar a mensuração dos gases arteriais e supervisionar a fração inspirada de O2
(FIO2), através de analisadores de O2 ou consultar tabelas específicas, se efetuada mistura de ar comprimido e O2.
Outro efeito indesejável é o de ressecar mucosas, o que é prevenido pelo uso de umidificadores.
Manter as vias aéreas desobstruídas, o que possibilita um aproveitamento total do fluxo de oxigênio em uso,
promovendo a extensão do pescoço, a retificação da língua quando ocorre obstrução da hipolaringe (manualmente ou
utilizando cânula de Guedel) e ainda removendo as secreções. Conhecer e controlar o equipamento, a fim de detectar
obstruções, dobraduras ou vazamentos ou mal funcionamento dos circuitos e proceder a limpeza adequada após o seu
uso. Aplicar e controlar a terapêutica, de acordo com o método, duração e concentração prescritas e/ou condições do
paciente. Nunca se esquecer de manter o O2 umidificado e aquecido. É preciso ainda, controlar a resposta do paciente à
terapêutica durante a hipóxia de 15 em 15 minutos (no mínimo) e posteriormente de hora em hora, se houver melhora
do quadro. Observar o pulso, características da respiração e das condições do paciente (espera-se que haja redução da
inquietação e do esforço respiratório, melhora da cianose e retorno aos parâmetros normais dos sinais vitais)
Registrar início e término do tratamento e intercorrências. A terapêutica deve ser encerrada gradualmente,
controlando a reação da criança e os gases arteriais. A atenção às outras necessidades da criança como, mobilidade
(mudança de decúbito), higiene e conforto, manutenção da Integridade corporal, manifestações de afeto por meio de
procedimentos como dar colo, conversar, brincar, dentre outros, são imprescindíveis para o sucesso da terapêutica.
Quanto aos sistemas de fornecimento de O2, lembrar que os dispositivos de fluxo baixo fornecem, somente parte
do gás inspirado. O ar ambiente é misturado ao oxigênio fornecido pelo aparelho quando o paciente inspira. Ficar
atento, pois quanto maior a hiperventilação ou inspiração profunda menor a concentração de O2 inspirado, em função
da entrada de grande quantidade de ar ambiente. Quanto mais superficial a respiração maior a concentração de O2
inspirado. Como exemplos, podemos destacar o catéter, a cânula nasal e a máscara simples.
Outros exemplos são os dispositivos de alto fluxo como os recipientes cefálicos, tendas e máscaras especiais.
MONITORAÇÃO GASOMÉTRICA
Quando um recém-nascido apresenta alguma dificuldade respiratória, é fundamental que sejam analisadas as
alterações dos gases sanguíneos, pois a indicação da terapêutica, posologia e método de administração, se por pressão
positiva constante de vias aéreas (CPAP) ou ventilação mecânica, dependem dos achados gasométricos
Logo, vê-se a importância da monitoração da gasometria de todos os RN em uso da oxigenoterapia, que pode ser
por método não-invasivo ou técnica transcutânea, ou invasivo através da punção arterial.
Segundo Jones & Deveau (1993), quando há uma demanda crescente (superior a 50%), de oxigênio que os
métodos tradicionais não conseguem atender, o CPAP nasal passa a ser o método mais indicado. E quando em CPAP
nasal, a criança apresentar uma necessidade de oxigênio maior que 100%, com quadros de apnéia ou PaCO2 maior que
60 TORR, há indicação de ventilação mecânica.
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Saturômetro: Procedimento não-invasivo de monitoração gasométrica. Através deste instrumento avalia-se a
fração inspirada de oxigênio (FIO2) por um monitor transcutâneo. O oxímetro possui painel digital ou manual para
calibragem de oxigênio de 21% até 100%. A boa correlação deste instrumento com a análise gasométrica, depende da
perfusão periférica e da estabilidade da transmissão do sinal, ao sensor colocado na polpa digital ou no lobo da orelha.
A saturação recomendada é de 90 a 94% que equivaleria a uma PaCO2 entre 50 - 70.
GASOMETRIA ARTERIAL: PROCEDIMENTO INVASIVO DE MONITORAÇÃO GASOMÉTRICA
Procedimento técnico simples e seguro para aferição do conteúdo de oxigênio e gás carbônico no sangue,
possibilitando avaliar o equilíbrio acidobásico, metabólico e respiratório.
A Interpretação da gasometria é uma atividade importante a ser dominada pelo enfermeiro. Portanto será
acidose, qualquer condição em que ocorra aumento do ácido carbônico (H2CO3) ou queda do bicarbonato básico
(HCO3). PH igual ou inferior a 7.35; e alcalose, qualquer condição na qual ocorre aumento do bicarbonato básico ou
queda do ácido carbônico. PH igual ou superior a 7.4.
Tanto a acidose como a alcalose metabólica refletem o impacto sistêmico das alterações dos níveis de
bicarbonato de sódio (HCO3). Já a acidose respiratória ou a alcalose respiratória afetam o ácido carbônico (H2CO3) e o
dióxido de carbono (CO2), portanto com impacto nos pulmões.
acidose metabólica
HCO3
afetam o bicarbonato básico (HCO3)
alcalose metabólica
HCO3
acidose respiratória H2 CO3
CO2
afetam o ácido carbônico
(H2CO3)
e o dióxido de carbono
(CO2)
alcalose respiratória H2 CO3
CO2
Outros dados importantes a serem considerados: a) PaO2 - concentração de oxigênio/ pressão parcial de oxigênio
dissolvido no sangue; valores normais = 85 a 100 mmHg.; b) PaCO2 - tensão de dióxido de carbono/uma PaO2 baixa =
hiperventilação, PaO2 elevada = hipoventilação; valores normais = 35 a 45 mmHg; c) SaO2 - saturação de oxigênio/
oxigênio transportado pela hemoglobina; valor normal: 95%; d) Bicarbonato (HCO3), valores normais = 22 a 28
mmHg/litro.
ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO EM CRIANÇAS – SUBSÍDIOS PARA O CUIDAR EM FISIOTERAPIA
Além dos cuidados fundamentais à criança submetida à oxigenoterapia e das informações importantes sobre a
monitoração gasométrica, existem os métodos de administração do oxigênio, os quais será apresentado no quadro que
segue (página ao lado), indicando as vantagens e desvantagens de cada um deles, a FiO2 e fluxo de oxigênio adequado.
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CONHECIMENTOS ESSENCIAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA OXIGENOTERAPIA EM C
Vantagens
Desvantagens
Método
Catéter nasal
- simplicidade e economia
- desconforto e irritação
- FIO2 depende de padrão ventilatório do
paciente
- necessidade de revezar as narinas
- risco de deslocamento do catéter
- risco de distensão gástrica
Idade
flu
RN
1
Latentes
2
Pré-escolar
3
Escolar
4
Adolescentes
- maior conforto
- economia (não precisa ser removida)
- compatível com a rotina diária (pode comer
e falar sem obstáculos)
- facilidade de se manter no local
-menor chances de distinção gástrica
- não pode ser usado por pacientes com
problemas nas narinas
- pouca aceitação entre as crianças
pequenas
- não permite nebulização
- depende do padrão respiratório do
paciente
RN
Latentes
Pré-escolar
Escolares
- concentração de O2 (Já que mais O2 está
disponível para se misturar ao ar do
ambiente) - (seios nasais e máscara)
- pode ser usado em pacientes com condutos
nasais obstruídos (a própria máscara é um
reservatório para O2)
- dificuldade de fixação
- de pouca aceitação entre as crianças
- interfere na visão
- provoca irritação na pele
- obstrui o fluxo de vômito
- limita a assistência às vias aéreas
Oferece um flux
< 5 litros/min = p
> 8 litros/min = n
FIO2 = entre 40%
Máscara de Venturi
(fluxo fixo de O2
com fluxo de ar alto
e variável)
- concentrações estáveis de O2 até FIO2 =
50%
- dificulta a fixação
- pouca aceitação entre as crianças
- interfere com a visão
- irrita a pele
- obstrui o fluxo de vômito
- limita a assistência às vias aéreas
Método
Vantagens
Máscara de
repetição da
respiração
- o saco flexível se esvazia durante a
inspiração
- Quando o paciente inspira o O2 proveniente
do saco mistura-se ao ar
Máscara sem
repetição da
respiração
- possui válvulas de sentido único, situadas
entre a máscara e o saco reservatório, de
forma que o O2 é inspirado do saco e o gás
exalado é eliminado por orifícios de inalação
Cânula nasal
Máscara simples
Recipientes
cefálicos abertos
- concentrações de O2 inspirado constantes
- fornecem concentrações de O2 elevadas
- permite fácil recuperação da concentração
O2
- livre acesso à cabeça da criança
Adolescentes
(Varia em função
Fluxo de O2 = 3
FIO2 = entre 24%
Desvantagens
- mesmas desvantagens que a anterior
- Fluxo de O2 =
- FIO2 = 60% a
- mesmas desvantagens que a anterior
Fluxo de O2 = 1
FIO2 = 90% e 10
- maior concentração de O2maior o risco
de fibroplasia retrolental
- requer fixação perfeita para evitar perda
de O2
- nem sempre é bem aceita pela criança
Anais do 11º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2013
ISSN 1980-7406
- fluxo de O2 =
- FIO2 = 90% a
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- fácil visualização
- maior conforto físico e psicológico
Recipientes
cefálicos fechados
- concentração de O2 inspirado constante
- fornece concentrações elevadas de O2
- permite fácil recuperação da concentração
de O2
Método
Tendas
Incubadoras
HOOD (capacete)
(FIO2 desejada,
mistura-se o oxigênio
com ar comprimido)
Obs: O O2 umificado e
aquecido (existem
umificadores elétricos
com regulagem
automática da
temperatura)
CPAP (oxigênio sob
pressão positiva)
O2 com fluxo de 8
litros através de peça
nasal sendo que a via
expiratória da peça
nasal é conectada a
uma borracha colocada
em selo d’água (5
cmH2O). O efeito se
produz na expiração
342
Vantagens
- umidificação satisfatória
- permite mobilidade do paciente
- controle da temperatura
- favorece um ambiente termocontrolado e
passível de umidificação
- risco de contaminação
- permite manutenção adequada da FIO2
(fração de oxigênio do ar inspirado)
- melhora a expansibilidade pulmonar
- diminui o esforço respiratório
- minimiza a atelectasia pulmonar
- menos envasivo
- mais econômico que a ventilação
mecânica
- F.R., o que resulta em menor trabalho
respiratório
- dificulta a prestação de cuidados na
cabeça
- pode gerar medo e sensação de
claustrofobia
- provoca embaçamento no recipiente
dificultando a visão
- fluxo bem ajustado para evitar acúmulo
de CO2
- Além das citadas no recipiente cefálico
aberto
Desvantagens
- dificuldade de acesso
- dificuldade de estabelecer concentração
de O2 inspirada
- alto consumo de O2
- sensação de medo e/ou claustrofobia
- facilidade de umedecer a cama do
paciente
- perda de O2 cada vez que a tenda é
aberta
- acesso deficiente
- grande volume interno (tornando difícil o
controle de O2 inspirado) fluxo de O2 = 2
a 4 litros/min (limite máximo considerado
seguro para o RN )
- FIO2 = 40 %
Obs: Concentrações maiores podem ser
usadas com monitorização frequentes.
- Dificulta a higiene dos aspectos faciais e
face.
- Requer imobilização da criança
- Provoca desconforto na criança
consciente.
- Tem um impacto psicológico sobre a
família que o associa à piora do quadro
clínico da criança
- irritação local
- fixação difícil
- manter a boca fechada para evitar perdas
de pressão e colocar SOG aberta para
evitar distensão abdominal
- não é bem tolerado em crianças com
menos de 1.500 gramas
Anais do 11º Encontro Científico Cultural Interinstitucional – 2013
ISSN 1980-7406
- Fluxo de O2 =
- FIO2 = 90% e
- fluxo de O2 = 1
- FIO2 = 50% e
- fluxo de O2 = 2
(limite máximo c
FIO2 = 40 %
Obs: Concentra
monitorização fr
Oxigênio (l/min
7
6
5
4
3
2
1
- fluxo de 8 litro
CONCLUSÃO
Entendemos que a qualidade de um serviço não se faz apenas pela sua aparelhagem ou pelo desenvolvimento de
técnicas sofisticadas, mas pelas características do seu pessoal, que precisa estar em processo contínuo de educação e
atualização. A equipe atualizada torna-se capaz de prestar uma melhor assistência à criança, pois está familiarizada com
as técnicas e os equipamentos, compreendendo as bases fisiológicas subjacentes aos procedimentos, e os efeitos da
terapêutica sobre o processo de recuperação do RN sob seus cuidados. Desse modo, esperamos contribuir com a prática
da Fisioterapia que cuida dos RN hospitalizados, que requer a oxigenoterapia para manter sua função respiratória
compatível com a vida. Os conhecimentos que aqui foram arrolados permitirão a elaboração do plano de cuidados
individualizado para a clientela da faixa etária pediátrica, com maior segurança, e ainda uma maior confiabilidade na
implementação das ações traçadas, que se traduzirão em melhora do quadro clínico. Além disso, é de extrema
importante para os Fisioterapeutas o monitoramento da quantidade de oxigênio que está sendo suplementada, pois além
de fazer parte da avaliação dos pacientes, a oxigênioterapia é usada como forma de tratamento, que também cabem a
profissionais dessa área.
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