Inervação do membro superior Plexo Praquial (418) Origem – união dos ramos anteriores dos nervos espinhais de C5 e T1 (raízes C5, C6, C7, C8, T1) Forma – triangular de: Base – medial, relacionada com a coluna cervical Vértice – ântero-lateral – relacionado com a clavícula Terminação – atrás do m. pequeno peitoral, atrás dos vasos, antes da terminação da a. axilar. Constituição – 5 raízes, 3 troncos e três fascículos 5 raízes – ramos anteriores dos nervos espinhais de C5 e T1 3 troncos – formam-se pela união das raízes ventrais. Tronco superior – raiz de C5, que recebe uma anastomose da raiz de C4 raiz de C6 Tronco médio – raiz de C7 Tronco inferior – raiz de C8 raiz de T1 No fim, cada tronco bifurca-se para dar um ramo anterior e um ramo posterior 3 fascículos – formam-se pela união dos ramos anterior e posteriores dos troncos Fascículo lateral – ramo anterior do tronco superior ramo anterior do tronco médio Fascículo posterior – ramo posterior do tronco superior ramo posterior do tronco médio ramo posterior do tronco inferior Fascículo medial – ramo anterior do tronco inferior Relações No pescoço – 32: o anterior – m. escaleno anterior o posterior – m. escaleno médio o anterior e inferior – a. subclávia e veia subclávia Passa atrás da clavícula e do m. subclávio Na axila: o Fascículo lateral – fora da a. axilar o Fascículo posterior – atrás da a. axilar o Fascículo medial – dentro da a. axilar, entre a artéria e a veia Ramos colaterais Ramos anteriores – inervam estruturas da parte superior do tórax e da escápula e destacam-se da face anterior do plexo e dos fascículos lateral e medial N. subclávio – C5 e C6 é motor origem – tronco superior inerva – m. subclávio N. peitoral lateral – C5, C6 e C7 é motor origem – fascículo lateral ramos colaterais o Ramo para o m. grande peitoral o Ramo para formar a ansa dos peitorais inerva – m. grande peitoral N. peitoral medial – C5, C6 e C7 é motor origem – fascículo medial ramos colaterais o Ramo para o pequeno peitoral – pode perfurá-lo o Ramo para formar a ansa dos peitorais inerva – m. pequeno peitoral Ansa dos peitorais – resulta da união entre os ramos anastomóticos dos n. peitoral lateral e peitoral medial – 417 Ramos posteriores – dirigem-se para a região posterior ou lateral N. dorsal da escápula origem – raiz de C5, com um ramo vindo da C4 inerva – m. elevador da escápula m. grande e pequeno rombóide N. longo torácico – 414 origem – ramos das raízes de C5, C6 e C7 inerva – m. serratus anterior (acção – aproxima a escápula do tórax) Quando este nervo fica lesado, a pessoa fica com escápula alar N. supraescapular – C5 e C6 – 414 origem – tronco superior trajecto – passa por cima da escápula, na incisura superior da escápula atinge a fossa supraspinhosa na face posterior da escápula atravessa a incisura espino-glenoideia, alcançando a fossa infra-espinhosa terminação – fossa infra-espinhosa inerva – m. supra-espinhoso m. infra-espinhoso N. subescapular superior – C5 e C6 origem – fascículo posterior inerva – m. subescapular N. subescapular inferior – C5 e C6 origem – fascículo posterior é mais lateral que o n. subescapular superior inerva – m. subescapular m. teres major N. toracodorsal – C6, C7 e C8 – 417 origem – fascículo posterior trajecto – acompanha a a. toracodorsal, ramo da a. axilar inerva – m. latíssimos dorsal Ramos terminais Classificação quanto à origem o anteriores – nascem dos fascículos lateral e medial n. mediano, n. músculo-cutâneo, n.ulnar, n. cutâneo braquial medial e n. cutâneo antebraquial medial o posteriores – nascem do fascículo posterior n. axilar e n. radial Classificação quanto à função o mistos – a maioria n. mediano, n. músculo-cutâneo, n.ulnar, n. axilar, n. radial o exclusivamente sensitivos – n. cutâneo braquial medial e n. cutâneo antebraquial medial 1. N. mediano – C5, C6, C7, C8, T1 origem – junção dos fascículos lateral e medial atrás do m. pequeno peitoral trajecto 421, 463 – desce medialmente no braço passa na goteira interna da fossa ulnar desce na porção média do antebraço, entre o m. flexor superficial dos dedos e o m. flexor profundo dos dedos passa atrás do retináculo dos flexores, ligeiramente para fora terminação – no bordo inferior do retináculo dos flexores, na palma na mão bifurca-se ou trifurca-se relações Na axila – 417: o anterior – m. pequeno peitoral m. grande peitoral o posterior – a. axilar o medial – n. ulnar n. cutâneo braquial medial n. cutâneo antebraquial medial v. axilar o lateral – n. músculocutâneo No braço – 421: o ântero-lateral – m. bicípite braquial o posterior – de cima para baixo m. córaco-braquial a. braquial m. braquial o medial – n. cutâneo antebraquial medial n. ulnar o inicialmente o nervo é lateral à artéria axilar, mas um pouco abaixo da porção média do braço, cruza-a pela frente, tornando-se medial à artéria, já na goteira interna da fossa ulnar No antebraço – 463: o Passa entre os 2 feixes de inserção superior do m. pronador teres, ou seja, perfura o m. o anterior – m. flexor superficial dos dedos o posterior – m. flexor profundo dos dedos No punho – 449: o anterior – retináculo dos flexores o posterior – m. quadrado pronador o lateral – tendão do m. longo flexor do polegar tendão do m. flexor radial do carpo o medial – tendão do m. flexor superficial dos dedos tendão do m. longo palmar (semi superior) ramos colaterais – 463 No braço: 1.1 ramos diafisários do úmero 1.2 ramos para a articulação do cotovelo No antebraço: - 436 1.3 n. interósseo anterior origem – abaixo da fossa ulnar trajecto – acompanha a a. interóssea anterior inerva – m. quadrado pronador 1.4 ramos musculares inerva – todos os m. do antebraço, excepto: m. flexor ulnar do carpo feixes internos do m. flexor profundo dos dedos 1.5 ramo palmar – cutâneo – 463 tipo – sensitivo origem – antes do n. mediano atingir o bordo superior do retináculo dos flexores trajecto – passa à frente do retináculo dos flexores, na porção média, ligeiramente para fora terminação – eminência thénar inerva – pele da eminênca thénar ramos terminais 1.1 ramo externo inerva – m. da eminência thénar, excepto: m. adutor do polegar feixe profundo do m. curto flexor do polegar 1.2 n. digitais palmares comuns dão origem aos n. digitais palmares próprios do 1º, 2º, 3º, e o ramo lateral do 4º dedo inerva – 1º, 2º, 3º, e metade externa do 4º dedo 1º, 2º e 3º m. lombricóides Quando o retináculo fica mais espesso e aperta o n. mediano contra a mão, a pessoa apresenta parestesias (formigueiros) e dores na metade externa da palma da mão. A este síndrome dá-se o nome de Síndrome do Tunel Cárpico. Para resolver esta situação, é necessário cortar o retináculo. Contudo, para cortar não se pode cortar exactamente a meio do pulso, tem de ser a meio ligeiramente para dentro, devido ao ramo palmar do n. mediano que não pode ser cortado. Quando há lesão do nervo mediano, a mão apresenta-se como “bênção papal”, com os últimos dedos flectidos. 2. N. musculocutâneo – C5, C6 e C7 – 462 origem – fascículo lateral trajecto – dirige-se para baixo e para fora perfura o m. córaco-braquial desce entre o m. bicípite braquial e o m. braquial perfura a aponevrose ao nível do epicôndilo lateral, tornando-se subcutâneo terminação – extremidade superior do antebraço bifurca-se ramos colaterais ramos musculares inerva – m. córaco-braquial m. braquial m. bicípite braquial ramos terminais – 404 n. cutâneo antebraquial lateral – dá um ramo anterior e outro posterior inerva – metade externa da face anterior do antebraço 1/3 externo da face posterior do antebraço 3. N. ulnar – C7, C8 e T1 origem – fascículo medial (418) trajecto – na axila caminha por dentro dos vasos axilares, por dentro da origem do n. mediano – 417 desce do lado interno do braço por dentro e por trás da a. axilar – 421 à medida que desce torna-se mais posterior contorna o bordo medial do braço no cotovelo passa atrás do epicôndilo medial do úmero, entre este e o olecrânio no antebraço, passa numa arcada formada pelos dois feixes de inserção superior do m. flexor ulnar do carpo – 433, 436 atinge a região anterior do antebraço, passando a acompanhar a a. ulnar caminha entre os m. flexor ulnar do carpo (medial) e o m. flexor profundo dos dedos (lateral) no punho passa à frente do retináculo dos flexores terminação – na palma da mão, junto do pisiforme ramos colaterais – 464 1.1 ramos articulares – dirigem-se para a articulação do cotovelo 1.2 ramos musculares – inerva m. flexor ulnar do carpo feixes internos do m. flexor profundo dos dedos 1.3 ramo dorsal – cutâneo – 456 dão origem aos n. digitais dorsais próprios para os últimos 3 dedos inerva – no dorso da mão: metade interna do carpo 5º dedo 1ª e 2ª falanges e metade interna da 3ª falange do 4º dedo Metade interna da 1ª falange do 3º dedo 1.4 ramo palmar – cutâneo – é sensitivo ramos terminais ramo superficial do n. ulnar – sensitivo – 454 dá um ramo anterior e outro posterior dá nervos digitais palmares comuns, que originam os n. digitais palmares próprios para o 5º dedo e para a metade interna do 4º dedo inerva – na palma da mão: região hipothénar 5º dedo Metade interna do 4º dedo ramo profundo do n. ulnar – motor – 464 inerva – m. da região hipothénar m. adutor do polegar feixe profundo do m. curto flexor do polegar m. interósseos dorsais e palmares 4º m. lombricóide Quando há um estreitamento da arcada fibrosa do m. flexor ulnar do carpo, o n. ulnar fica apertado contra o osso, originando parestesias na metade interna da mão. A este síndrome dá-se o nome de Síndrome do Tunel Ulnar. Quando o n. ulnar fica lesado, como ele inerva os m. interósseos que realizam a flexão da 1ª falange e a extensão das 2ª e 3ª falanges, esta acção deixa de existir e a mão fica em posição de Garra cubital, em que há uma extensão da 1ª falange e extensão das 2ª e 3ª falanges. 4. N. cutâneo braquial medial – T1 – 403 origem – fascículo medial trajecto – perfura a aponevrose junto da axila inerva – pele da região interna do braço (anterior e posterior) 5. N. cutâneo antebraquial medial – C8 e T1 – 403, 404 origem – fascículo medial trajecto – perfura a aponevrose no mesmo sítio que a veia basílica, a meio do m. bicípite braquial terminação – acima do epicôndilo medial ramos terminais – dá um ramo anterior e outro posterior inerva – pele da região interna do antebraço (anterior e posterior) parte média da face anterior do braço 6. N. axilar – C5 e C6 – 465, 403 origem – fascículo posterior trajecto – vai obliquamente para trás, para baixo e par fora contorna por dentro o colo cirúrgico do úmero sai da axila pelo quadrilátero úmero-tricipital terminação – trifurca-se ramos terminais 1.1 ramo para o m. teres minor 1.2 ramo para o m.deltóide 1.3 n. cutâneo braquial lateral superior – sensitivo inerva – metade inferior da pele da região do braço pele que cobre o m. deltóide 7. N. radial – C5, C6, C7, C8 e T1 – 420, 435 origem – fascículo posterior trajecto – sai da axila por baixo do m. teres major contorna o colo cirúrgico do úmero, passando a ser posterior desce na face posterior do braço, na goteira do n. radial, juntamente com a a. braquial profunda atravessa o septo intermuscular lateral do braço, entrando na loca anterior chega à goteira externa da fossa ulnar entre os m. braquial (por dentro) e o m. bráquioradial (por fora) terminação – por bifurcação na goteira da goteira externa da fossa ulnar ramos colaterais – 465 1.1 n. cutâneo braquial posterior origem – axila inerva – porção média da região posterior do braço 1.2 n. cutâneo braquial lateral inferior – inerva porção lateral da região posterior do braço 1.3 n. cutâneo antebraquial posterior origem – a meio do braço trajecto – desce na face posterior do braço e depois do antebraço passa à frente do retináculo dos extensores terminação – no punho inerva – porção média da região posterior do antebraço 1.4 ramos musculares – inerva: m. tricípite braquial ramos terminais ramo superficial do n. radial ou anterior – sensitivo – 435, 466 origem – goteira externa da fossa ulnar trajecto – desce na região anterior do antebraço por fora e atrás do m. bráquio-radial acompanha a a. radial no 1/3 inferior do antebraço passa abaixo do m. bráquio-radial, dirige-se para trás e atinge o dorso da mão terminação – dorso da mão ramos terminais n. digitais dorsais para o indicador (ramo interno) e polegar (ramo externo e médio) inerva – metade externa do carpo 1ª falange do 1º e 2º dedos Metade externa da 1ª falange do 3º dedo ramo profundo do n. radial – motor – 466 trajecto – desce na região posterior do antebraço, atravessando o m. supinador inerva – m. da região externa e posterior do antebraço. Quando o n. radial fica lesado, o indivíduo apresenta a mão pendente, pois os extensores deixam de ser inervados e apenas os flexores actuam.