SERTRALINA HCL Peso molecular: 342,7 Fórmula molecular: C17H17Cl2N.HCl CAS: 79559-97-0 DCB: 07964 Nome químico: (1S)-cis-4-(3,4-diclorofenil)-1,2,3,4-tetrahidro-N-metil-1naftalenamina. Fator de equivalência: 1,12. Administrada na forma de cloridrato, em doses equivalentes à base (55,95mg de cloridrato de sertralina são aproximadamente equivalentes a 50mg de sertralina base). 1. Características: corresponde a derivado diclorado da tetraidrometilnaftilamina. A descoberta da sertralina foi atribuída a dois cientistas: Steve Werner e Billy Dzomba. Com o tempo, a noção de que a serotonina e a depressão poderiam estar ligadas atingiu um novo patamar. Juntos, Wern e Bill exploraram a variedade do potencial antidepressor de várias drogas e compostos e no espaço de um ano chegaram à sertralina. A falta da serotoniona, pode causar depressão, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do pânico, transtorno do estresse pós-traumático, fobia social e síndrome da tensão pré-menstrual e/ou transtorno disfórico pré-menstrual. Atua como inibidor potente e seletivo da recaptação de serotonina neuronal, e apenas fraco na recaptação neuronal de norepinefrina e dopamina. A inibição da recaptação da serotonina intensifica a transmissão serotoninérgica, acarretando inibição subseqüente da atividade adrenérgica na substância ferruginosa e a isto se deve sua ação antidepressiva. A sertralina não apresenta afinidade significante pelos receptores adrenérgicos, muscarínicos, histaminérgicos, GABAérgicos, serotoninérgicos ou benzodiazepínicos. Tampouco inibe a MAO. Manifesta efeitos anoréticos e antiobsessionais. Tem fraco efeito uricosúrico e sua ação antidepressiva é comparável à da amitriptilina. A sertralina usada no tratamento da depressão nos idosos (mais de 60 anos) foi tida como tendo uma eficácia superior à do placebo e comparável a outro inibidor seletivo de recaptação de serotonina, a fluoxetina, e aos tricíclicos amitriptilina, nortriptilina e imipramina. A sertralina mostrou ter taxas menores de efeitos adversos do que aqueles tricíclicos, com excepção das náuseas, que ocorreram com maior frequência com a sertralina. Em adição a estes factos, a sertralina pareceu ser mais eficaz que a fluoxetina ou a nortriptilina no subgrupo dos maiores de 70 anos. De acordo com vários estudos duplo-cego, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da desordem disfórica pré-menstrual, uma forma 1 IT_Sertralina_22/11/10 severa de tensão pré-menstrual. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi refletida num melhor funcionamento familiar, atividade social e qualidade de vida geral. A presença de alimento aumenta a biodisponibilidade. A seu início de ação ocorre entre 2 a 4 semanas. 2. Indicações: tratamento de sintomas de depressão, depressão maior, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do stress pós-traumático, transtorno associado à tensão pré-menstrual, transtorno do pânico, distimia, fobia social e transtorno da ansiedade social. 3. Posologia: adultos, 50mg em dose única diária, ou pela manhã ou à noite, podendo-se aumentar a dose, caso necessário, até 200mg por dia. 4. Precauções: não deve ser utilizada em crianças, pois nestas não se estabeleceram sua eficácia e segurança. Não deve ser usada concomitantemente com álcool. Deve ser mantido intervalo de pelo menos 14 dias entre a suspensão de inibidores da MAO e a administração de sertralina e vice-versa. Pode aumentar a pressão intra-ocular. 5. Reações adversas: febre, hipomania ou mania, urticária ou prurido. Náusea, dispnéia, diarréia, fezes amolecidas, insônia, sonolência, tremor e tontura. Boca seca, palpitações e taquicardia. Midríase e visão anormal. Disfunção sexual masculina (principalmente retardo na ejaculação). Fadiga, cefaléia, agitação. Indisposição digestiva, perda de peso. Insuficiência hepática. 6. Contra-Indicação: pacientes utilizando IMAO, ou 14 dias após a descontinuação do tratamento com IMAO. A administração de sertralina com outras drogas que aumentam os efeitos da neurotransmissão serotonérgica, assim como o triptofano , fenfluramina ou agonistas 5-HT deve ser evitada, devido ao potencial de interações farmacodinâmicas. Na gravidez e amamentação. 7. Interações Medicamentosas: pode prolongar a meia-vida do diazepam. Pode deslocar digoxina e varfarina 9 aumenta o tempo de protrombina) de seus locais de ligação às proteínas. Pode reduzir a depuração da tolbutamida. A cimetidina provoca diminuição substancial em sua excreção. Inibidores da MAO podem causar confusão, agitação, inquietação, sintomas gastrointestinais, e até convulsões graves e crises hipertensivas. O lítio pode causar alta incidência de efeitos adversos associados à serotonina. 2 IT_Sertralina_22/11/10 8. Referências Bibliográficas: BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002. Goodman & Gilman. As bases farmacológicas da terapêutica. 10ª Edição, Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005. DEF 2007-2008, Dicionário de Especialidades Farmacêuticas. São Paulo. Pfizer. Bula do Zoloft® (cloridrato de sertralina). http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM%5B26071-2-0%5D.PDF Página visitada em 22/11/2010. Drug and Chemical Toxicology. Vol. 21, 1998. Journal of Clinical Psychiatry. Vol. 54, Pg. 432, 1993. Drug Information HandBook 7º Ed 2000. 3 IT_Sertralina_22/11/10