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Universidade do Estado do Pará
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Campus IV - Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Prática supervisionada Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica
Departamento de Saúde Hospitalar
Kell Silvana de Sousa e Souza
Simone Martins Souto
Sistematização da Assistência de Enfermagem
ao Paciente com Câncer de Canal Anal: estudo
de caso clínico
Belém
2007
Kell Silvana de Sousa e Souza
Simone Martins Souto
Sistematização da Assistência de Enfermagem ao
Paciente com Câncer de canal Anal: estudo de caso
clínico
Estudo
de
caso
apresentado à Disciplina
Prática
supervisionada:
Enfermagem em Clínica
Médica e Cirúrgica, do
Curso de Graduação em
Enfermagem da UEPA,
como
requisito
de
avaliação, orientado pela
Professora
Bervely.
Belém
2007
Simone
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................4
INTRODUÇÃO.....................................................................................................5
PROBLEMATIZAÇÃO.........................................................................................5
JUSTIFICATIVA...................................................................................................5
OBJETIVO GERAL..............................................................................................6
OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................6
METODOLOGIA..................................................................................................6
1 BASES TEÓRICAS..........................................................................................7
REVISÃO ANATÔMICA.......................................................................................7
DEFINIÇÃO.........................................................................................................7
EPIDEMIOLOGIA................................................................................................7
FATORES DE RISCO..........................................................................................7
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.............................................................................8
DIAGNÓSTICO....................................................................................................8
TRATAMENTO....................................................................................................8
PROGNOSTICO..................................................................................................9
2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM........................10
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM......................................................................10
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 28/09/07..........................................10
PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................11
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 02/10/07..........................................11
PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................12
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 05/10/07..........................................12
PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................13
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 06/10/07..........................................14
PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................14
CONCLUSÃO....................................................................................................16
REFERENCIAS.................................................................................................17
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
COM CÂNCER DE CANAL ANAL: estudo de caso clínico
KELL SILVANA DE SOUSA E SOUZA (1)
SIMONE MARTINS SOUTO (1)
SIMONE BERVELY (2)
RESUMO
Tumores no canal anal são mais freqüentes no sexo feminino e tumores na margem anal
(parte externa do ânus) são mais freqüentes no sexo masculino. O câncer anal apresenta
como sintomas mais comuns: coceira, dor ou ardor no ânus; sangramento nas
evacuações; secreções incomuns no ânus; feridas na região anal e incontinência fecal
(impossibilidade para controlar a saída das fezes) (INCA, 2007). Durante o período de
práticas hospitalares da disciplina Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, o caso
de um paciente com diagnóstico de câncer do canal anal, que seria posteriormente
submetido a uma cirurgia de amputação abdômino-peritonial do reto (remoção do reto e
do ânus) + desvio do trânsito intestinal definitivo (colostomia permanente), despertoume interesse em conhecer de forma mais abrangente o caso clínico. Objetivei identificar
as principais manifestações clínicas apresentadas pelo paciente e descrever a assistência
de enfermagem frente a esta situação de doença. O estudo se desenvolveu a partir de
uma abordagem qualitativa na forma de estudo de caso clínico nas dependências da
clínica oncológica de um hospital público de Belém, tendo como sujeito da pesquisa
um paciente do sexo masculino, 61 anos de idade, procedente de Belém-Pará. A coleta
de dados foi realizada a partir de uma entrevista semi-estruturada, revisão do prontuário
do paciente, realização do exame físico, elaboração dos diagnósticos e das prescrições
de enfermagem. Evidenciei fatores de risco e manifestações clínicas relacionados à
incidência do câncer do canal anal, como por exemplo, história de fístula anal e
sangramento retal, incontinência fecal e a idade, maior que 50 anos. Também foram
identificados problemas colaborativos como dor em regiões perianal e anal, edema em
membros inferiores e locomoção prejudicada. Diante disto agrupei os diagnósticos de
enfermagem e implementei a assistência de enfermagem através das prescrições de
enfermagem e constatei que as metas propostas foram atingidas. Como futuramente o
paciente será portador de uma colostomia, a atenção dispensada pelos profissionais que
participam da assistência aos colostomizados, é relevante no sentido de desenvolver a
capacidade de aprendizado do paciente para o auto-cuidado, adaptando-o à sua nova
condição de vida, pois o impacto de uma colostomia na vida de qualquer pessoa trás
conseqüências que se refletem nos seus diversos aspectos biopsicossociais, sendo a
alteração da auto-estima uma das mais notáveis.
Palavras-chaves: Câncer de canal Anal; Assistência de Enfermagem; Qualidade de
vida.
__________________
1- Discentes do 5° ano do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do
Pará. - [email protected] ; [email protected]
2- Enfermeira. Docente da Disciplina Prática Supervisionada: Enfermagem em Clínica Médica
e Cirúrgica do Departamento de Enfermagem Hospitalar do Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade do Estado do Pará.
INTRODUÇÃO
O Câncer da região anal é uma neoplasia incomum. No Brasil, não há
dados epidemiológicos oficiais. Nos últimos 20 anos, tem havido um aumento
na incidência em face da disseminação do vírus do papiloma humano (HPV) e
da síndrome da imunodeficiência humana (HIV) através do contágio sexual
(FERREIRA, 2007).
O tratamento dependerá do estadiamento tumoral, sendo a ressecção
abdômino-perineal a mais utilizada juntamente com o desvio do trânsito
intestinal através de colostomias permanentes.
Quanto às estratégias preventivas do câncer do canal anal, a
enfermagem atua de forma peculiar na redução dos fatores de risco (prevenção
primária) e na detecção precoce (prevenção secundária); assim também como
no planejamento de intervenções para diminuir a incidência e gravidade das
complicações do tratamento, monitorizar os efeitos colaterais e integrar o
cliente, que se submete à cirurgia de colostomia permanente, e a família ao
cuidado e a sua nova condição de vida.
PROBLEMATIZAÇÃO: Na realidade, o que está ocorrendo com o ser humano
contemporâneo é um afastamento dos padrões mínimos de qualidade de vida,
muitas vezes por culpa do próprio indivíduo que não gerencia adequadamente
seu tempo, nem mesmo para alimentar-se corretamente, tendo uma dieta rica
em gordura animal e pobre em fibras. Além disso, pratica sexo anal, consome
produtos do tabaco, é sedentário. Fatores estes, relacionados direta e
indiretamente com o surgimento do câncer do canal anal, dentre outros, o que
favorece o diagnóstico de novos casos a cada ano.
JUSTIFICATIVA: Durante o início do período de práticas hospitalares da
disciplina Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, o caso de um paciente
com diagnóstico de câncer do canal anal, que seria posteriormente submetido
a uma cirurgia de amputação abdômino-peritonial do reto + desvio do trânsito
intestinal definitivo (colostomia permanente), despertou-nos interesse em
conhecer de forma mais abrangente o caso clínico. Como a incidência da
patologia vem crescendo ao longo dos anos, sendo considerada hoje, como um
problema de saúde pública, é relevante conhecer, principalmente os fatores
que predispõem a esta enfermidade e qual a assistência prestada pela equipe
de enfermagem quando a doença já se instalou.
OBJETIVO GERAL: Obter conhecimento acerca da patologia em questão e
evidenciar a aplicação do processo da assistência de enfermagem na
promoção de cuidados eficientes.
OBJETIVOS ESPECIFICOS:
 Identificar as principais manifestações clínicas apresentadas pelo paciente;
 Descrever a assistência de enfermagem frente a esta situação de doença.
METODOLOGIA: Este estudo de caso foi desenvolvido na Clínica Cirúrgica
Oncológica de um Hospital de Belém-Pa, no período de 28/09 a 06/10 de 2007,
em um paciente do sexo masculino, 61 anos, proveniente do bairro da
Pedreira, internado em pré-operatório mediado com diagnóstico de câncer de
canal anal aguardando cirurgia de amputação abdômino-perineal do reto. A
coleta de dados se deu através de entrevista, exame físico e revisão dos
prontuários do paciente. O estudo foi complementado através de levantamento
bibliográfico e pesquisa eletrônica.
1 BASES TEORICAS
1.1 REVISÃO ANATÔMICA:
O ânus é a parte final do intestino grosso. É uma espécie de anel formado
por músculos que controla a saída de fezes. O canal anal (parte interna do
ânus) é a região entre a fenda anal e o anel anorretal, marcado pela
musculatura puboretal.
O ânus tem dois segmentos: um revestido de mucosa (canal anal) e outro,
de pele (margem anal). O canal anal tem entre 3 e 4 cm de extensão e está
circundado pelos esfíncteres anais externo e interno (HCANC, 2007).
1.2 DEFINIÇÃO:
Tumores anais são aqueles que ocorrem no canal e margens anais. É um
tipo raro de câncer, que apesar de estar próximo ao cólon e reto, comporta-se
de maneira diferente, e, portanto, tem também tratamento diferente (INCA,
2007).
1.3 EPIDEMIOLOGIA:
Tumores no canal anal são mais freqüentes no sexo feminino e tumores na
margem anal (parte externa do ânus) são mais freqüentes no sexo masculino.
Esses tumores exibem diferentes tipos histológicos, carcinoma espinocelular
(CEC), melanoma maligno, adenocarcinoma e sarcoma, sendo o tipo
carcinoma aquele que ocorre em cerca de 98% dos casos. A incidência de
neoplasia de colon, reto e anus para 2006, no Brasil, foi estimada para cerca
de 11.390 novos casos no gênero masculino, e 13.970 novos casos no gênero
feminino. O câncer anal é raro, correspondendo apenas a 4% de todos os tipos
de câncer que acomete o intestino grosso (COLEGIOSÃOFRANCISCO, 2007).
1.4 FATORES DE RISCO:
Alguns aspectos infecciosos, como o HPV e o HIV, estão relacionados
com o desenvolvimento do câncer anal. Uma dieta pobre em fibras, a prática
de sexo anal, o alto consumo de produtos do tabaco, e a fístula anal crônica
(doença caracterizada pela presença de um trajeto entre o canal anal e a
margem do ânus com secreção purulenta) são outros fatores de risco. Os
indivíduos com mais de 50 anos, fumantes, com história de fístula anal,
infectados pelo HPV e com feridas no ânus, são considerados sob risco de
desenvolver câncer de ânus. Procedimentos que examinem o ânus e o reto
(toque retal, anuscopia e proctoscopia) são usados para a detecção destes
tumores (ICAVC, 2007).
1.5 MANIFESTAÇÕES CLINICAS:
O câncer anal apresenta como sintomas mais comuns: coceira, dor ou
ardor no ânus; sangramento nas evacuações; secreções incomuns no ânus;
feridas na região anal e incontinência fecal (impossibilidade para controlar a
saída das fezes). Poderá ocorrer extensão para os músculos dos esfíncteres
anais, próstata, uretra e bexiga nos homens, e para a vagina nas mulheres. As
metástases a distancia ocorrem no pulmão e no fígado (INCA, 2007).
1.6 DIAGNÓSTICO:
Inicialmente realiza-se um exame de toque e, se necessário, uma
anuscopia (visualização do ânus) e proctoscopia (exame que visualiza o reto e
o ânus). O diagnóstico será realizado através de biópsia (verifica a presença de
células malignas) de uma amostra do tecido. Outros exames, como ultrasonografia (por exemplo, ultrassom transretal, que é o exame de imagem, que
verifica a presença de alterações no reto e canal anal) e ressonância
magnética, podem ser solicitados pelo médico para detectar a extensão do
tumor e o melhor tratamento (HCANC, 2007).
1.7 TRATAMENTO:
A escolha do tratamento depende do estágio do câncer anal. O
tratamento mais utilizado é uma combinação de quimioterapia (É o uso de
drogas para matar as células do câncer. É um tratamento sistêmico, pois a
droga passa por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia no câncer de
ânus é utilizada para aumentar o efeito da radioterapia) e radioterapia (É o uso
de um tipo de radiação (semelhante aos Raios-X) que causa a destruição das
células. É um tratamento local, pois afeta somente a área tratada). Esta
combinação oferece uma taxa igualitária em termos de cura ao tratamento de
ressecção abdômino-perineal utilizada anteriormente, com a vantagem da
preservação esfincteriana. Em estágios iniciais, o tratamento cirúrgico
normalmente é eficiente para remover a parte da região afetada (lesão).
Há dois tipos de tratamento cirúrgico utilizados no câncer anal:
 Ressecção local: se o câncer é pequeno e superficial, é realizada uma
ressecção local. Nesta cirurgia o tumor é retirado junto com um tecido normal
que envolve o tumor. Geralmente, neste tipo de cirurgia, o esfíncter (músculo
que abre e fecha o ânus) não é lesado. Isto significa que as fezes serão
eliminadas da forma normal.
 Ressecção abdômino-perineal: este tipo de cirurgia remove o ânus e o reto.
Como eles são retirados é necessário fazer uma saída para as fezes. Esta
abertura é realizada no abdome e é chamada de colostomia (FERREIRA,
2007).
1.8 PROGNÓSTICO:
Quando detectado em estágio inicial, o câncer anal possui grandes
possibilidades de cura. É importante consultar um médico sempre que
sintomas como dor, prurido e sangramento anal estejam presentes,
principalmente nos indivíduos com fatores de risco para o câncer anal.
Recomenda-se o toque retal uma vez por ano, mesmo quando não há
sintomas, a partir dos 50 anos.
Taxa geral de sobrevida após 5 anos para todos os pacientes está entre
48% e 66% (CLARK, 1997).
2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM
2.1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM:
F.P.F, 61 anos, sexo masculino, cor parda, casado, quatro filhos,
evangélico, proveniente do bairro da Pedreira, Técnico em refrigeração. Nega
alergias e tabagismo, ex-etilista há 25 anos, não Diabético e não Hipertenso,
fora acometido por gonorréia quando jovem. Mãe e tia materna portadoras de
Diabetes Mellitus. Iniciou há ± 3 anos com fístula e sangramento retal e no final
de 2004 foi submetido a uma hemorroidectomia e Biopsia do canal anal que
identificou adenocarcinoma, submetendo-se em seguida ao tratamento com
Quimioterapia e Radioterapia. Internado na Clínica Cirúrgica Oncológica de um
Hospital em Belém no dia 24/09/2007 queixando-se de incontinência fecal e dor
em regiões escrotal e anal. Será submetido à cirurgia de amputação abdôminoperineal do reto.
Ao exame físico consciente, orientado no tempo e no espaço, calmo,
comunicativo. Couro cabeludo, olhos, ouvido, nariz sem alterações, cavidade
oral com presença de caries e falta de alguns dentes. Mucosas hipocoradas,
gânglios
indolores
a
palpação.
Desidratado,
anictérico,
acianótico,
normotermico. Locomoção prejudicada devido edema de MMII, sinal de cacife
positivo. AP: MV presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, eupnéico.
AC: BCNF em 2T, pulso periférico presente, rede venosa periférica visível e
palpável, normoesfigmico. Abdome distendido, RHA presentes, incontinência
fecal. Diurese espontânea, porém em disúria. Edema de região escrotal e
estenose de canal anal. Sinais vitais: R: 20 irpm; P: 100 bpm; T: 35º C; P.A:
120x60 mmHg.
2.2 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM:
 28/09/2007, 14h30min
Paciente em pré-operatório mediato, consciente, orientado, eupnéico,
acianótico,
anictérico,
normotérmico,
normoesfigmico,
normocardico,
normotenso, hipocorado. Refere disúria, incontinência fecal (fazendo uso de
frauda descartável), melhora da dor em regiões perianal e anal através do uso
de medicamentos. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos
adventícios. Sono e repouso preservado, aceita bem a dieta oferecida
(alimentos líquidos). Abdome distendido, RHA +. Edema de pênis, escroto e
estenose do canal anal externo. Mantem punção em veia metacarpiana
esquerda. Edema de MMII, endurecidos e indolor a palpação.
T: 36ºC; P: 80bpm; R: 20irpm; P.A: 120x70
Problemas
Identificados
- Dor em
regiões
perianal e
anal.
- Edema em
MMII.
- Locomoção
prejudicada
por edema de
MMII.
Diagnóstico
de
Enfermagem
- Conforto
alterado
relacionado à
dor,
evidenciado
por descrição
verbal.
- Mobilidade
física
prejudicada
relacionada
ao edema de
MMII,
evidenciado
por
dificuldade de
deambular.
- Risco para
infecção
relacionado à
alteração no
sistema
imunológico.
Prescrição
de
Enfermagem
- Monitorar e
comunicar
queixas de
dor.
Horário
ATENÇÃO
Resultados
Esperados
- Relatar
melhora da
dor.
- Repouso no
leito com
MMII
elevados.
ATENÇÃO
- Melhora do
retorno
venoso.
- Auxiliar no
banho de
aspersão em
cadeira.
08
- Aferir e
registrar T, P,
R, P.A.
09:16:22:06
- Usar
medidas de
segurança
para
minimizar o
risco para
lesão.
- Monitorar e
comunicar
sinais de
infecção.
ATENÇÃO
- Integridade
da pele livre
de
complicações.
 02/10/2007, 15h
Paciente em pré-operatório mediato, REG, consciente, orientado,
eupnéico, acianótico, anictérico, normotérmico, normoesfigmico, normocardico,
normotenso, hipocorado. Refere disúria, incontinência fecal (fazendo uso de
frauda descartável), melhora da dor em regiões perianal e anal através do uso
de medicamentos. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos
adventícios. Sono e repouso preservado, aceita bem a dieta oferecida
(alimentos líquidos). Abdome distendido, indolor a palpação, RHA +. Edema de
pênis, escroto e estenose do canal anal externo. Mantem punção venosa em
cefálica direita. Edema de MMII, endurecidos e indolor a palpação.
T: 36ºC; P: 80bpm; R: 20irpm; P.A: 110x60
Problemas
Identificados
- Dor em
regiões
perianal e
anal.
- Edema em
MMII.
- Locomoção
prejudicada
por edema de
MMII.
Diagnóstico
de
Enfermagem
- Conforto
alterado
relacionado à
dor,
evidenciado
por descrição
verbal.
- Mobilidade
física
prejudicada
relacionada
ao edema de
MMII,
evidenciado
por
dificuldade de
deambular.
- Risco para
infecção
relacionado à
alteração no
sistema
imunológico.
Prescrição
de
Enfermagem
- Monitorar e
comunicar
queixas de
dor.
Horário
ATENÇÃO
Resultados
Esperados
- Relatar
melhora da
dor.
- Repouso no
leito com
MMII
elevados.
ATENÇÃO
- Melhora do
retorno
venoso.
- Auxiliar no
banho de
aspersão em
cadeira.
08
- Aferir e
anotar T, P,
R, P.A.
09:16:22:06
- Usar
medidas de
segurança
para
minimizar o
risco para
lesão.
- Monitorar e
comunicar
sinais de
infecção.
ATENÇÃO
- Integridade
da pele livre
de
complicações.
 05/10/2007, 15h30min
Paciente em pré-operatório mediato, consciente, orientado no tempo e
no espaço, ansioso em relação a sua cura, eupnéico, acianótico, anictérico,
normotérmico, normotenso, normocardico, hipocorado. Refere não ter dormido
bem a noite devido o processo de tosse. Aceita bem a dieta oferecida. Mantém
punção venosa em cefálica direita. Abdome distendido, edema em região
escrotal e anal com estenose do canal anal externo. Incontinência fecal
fazendo uso de frauda descartável, incontinência urinária. Edema em MMII com
sinal de cacife +. Orientado quanto ao tempo de tratamento de sua patologia e
a importância de permanecer internado até a conclusão do mesmo.
T: 36ºC; P: 68bpm; R: 20irpm; P.A: 110x70
Problemas
Identificados
- Dor em
regiões
perianal e
anal.
- Edema em
MMII.
- Locomoção
prejudicada
por edema de
MMII.
- Tosse
produtiva.
- Sono
alterado.
- Ansiedade.
Diagnóstico
de
Enfermagem
- Conforto
alterado
relacionado à
dor,
evidenciado
por descrição
verbal.
- Mobilidade
física
prejudicada,
relacionada
ao edema de
MMII,
evidenciado
por
dificuldade de
deambular.
- Função
respiratória
alterada,
relacionada à
estase de
secreções,
evidenciada
pelo reflexo
de tosse.
- Padrão de
sono alterado
relacionado
ao reflexo de
tosse,
evidenciado
por queixas
verbais.
- Ansiedade
relacionada à
perda real ou
Prescrição
de
Enfermagem
- Monitorar e
comunicar
queixas de
dor.
Horário
ATENÇÃO
Resultados
Esperados
- Relatar
melhora da
dor.
- Repouso no
leito com
MMII
elevados.
ATENÇÃO
- Melhora do
retorno
venoso.
- Auxiliar no
banho de
aspersão em
cadeira.
08
- Manter em
posição de
semi-fowler
ATENÇÃO
- Usar
medidas de
segurança
para
minimizar o
risco para
lesão.
- Instalar O2
S/N.
ATENÇÃO
- Encorajar o
paciente a
expressar os
sentimentos,
especialmente
sobre a
maneira como
se sente.
ATENÇÃO
- Aferir e notar
T, P, R, P.A.
09:16:22:06
- Monitorar e
comunicar
sinais de
infecção.
ATENÇÃO
- Relata a
melhora da
função
respiratória.
- Relatar um
aumento no
conforto
psicológico e
fisiológico.
- Integridade
da pele livre
de
complicações.
percebida a
integridade
biológica
secundária a
doença.
- Risco para
infecção
relacionado à
alteração no
sistema
imunológico.
 06/10/2007, 16h20min
Paciente consciente, orientado no tempo e no espaço, eupnéico,
acianótico, anictérico, normotérmico, normocardico, normotenso. Relata
diminuição da ansiedade, estando mais confiante quanto ao tratamento. Refere
melhora no processo de tosse, dormiu melhor durante a noite. Aceita bem a
dieta oferecida. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos
adventícios. Abdome distendido, indolor a palpação profunda, RHA +. Mantem
venopunção em cefálica direita. Edema em região peniana e escrotal, estenose
anal. Edema em MMII+ endurecimento tecidual com sinal de cacife +.
Incontinência urinária em disúria e incontinência fecal em uso de frauda
descartável.
T: 36ºC; P: 76bpm; R: 20irpm; P.A: 120x70
Problemas
Identificados
- Dor em
regiões
perianal e
anal.
- Edema em
MMII.
- Locomoção
prejudicada
por edema de
MMII.
Diagnóstico
de
Enfermagem
- Conforto
alterado
relacionado à
dor,
evidenciado
por descrição
verbal.
- Mobilidade
física
prejudicada
relacionada
ao edema de
Prescrição
de
Enfermagem
- Monitorar e
comunicar
queixas de
dor.
Horário
ATENÇÃO
Resultados
Esperados
- Relatar
melhora da
dor.
- Repouso no
leito com
MMII
elevados.
ATENÇÃO
- Melhora do
retorno
venoso.
- Auxiliar no
banho de
aspersão em
08
- Usar
medidas de
segurança
MMII,
evidenciado
por
dificuldade de
deambular.
- Risco para
infecção
relacionado à
alteração no
sistema
imunológico.
cadeira.
- Aferir e
anotar T, P,
R, P.A.
09:16:22:06
- Monitorar e
comunicar
sinais de
infecção.
ATENÇÃO
para
minimizar o
risco para
lesão.
- Integridade
da pele livre
de
complicações.
CONCLUSÃO
Quanto ao estudo desenvolvido, evidenciamos vários fatores de risco e
manifestações clinicas relacionados à incidência do câncer do canal anal, como
por exemplo, história de fístula anal e sangramento retal, incontinência fecal e a
idade, maior que 50 anos. Informações importantes também foram colhidas do
histórico, destacando o tratamento anteriormente utilizado com a combinação
de quimioterapia e radioterapia, que oferece uma taxa igualitária em termos de
cura ao tratamento de ressecção abdômino-perineal do reto, com a vantagem
da preservação esfincteriana. Entretanto, mesmo com este tratamento, que
possivelmente não apresentou uma resposta satisfatória, será necessária a
cirurgia de remoção do ânus e do reto juntamente com o desvio do transito
intestinal definitivo.
Dentre os cuidados prestados no pré-operatório mediato, cabe a equipe
de enfermagem proporcionar condições adequadas para que o paciente evolua
satisfatoriamente bem durante e principalmente após a cirurgia.
Como futuramente o paciente será portador de uma colostomia, a
atenção dispensada pelos profissionais que participam da assistência aos
colostomizados, é relevante no sentido de desenvolver a capacidade de
aprendizado do paciente para o auto-cuidado, adaptando-o à sua nova
condição de vida, pois o impacto de uma colostomia na vida de qualquer
pessoa trás conseqüências que se refletem nos seus diversos aspectos
biopsicossociais, sendo a alteração da auto-estima uma das mais notáveis.
REFERENCIAS
1. CLARK, Jane C. Enfermagem Oncológica. 2 ed. Cap. 32. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
2. FERREIRA, Paulo R. F. Tratamento Combinado em Oncologia. Cap. 5, p.
91. Porto Alegre: Art Med, 2007.
Sites:
1. Câncer Anal. Disponível em: <www.hcanc.org.br>. Acesso em: 02 out.
2007.
2. Câncer Anal. Disponível em: <www.inca.gov.br>. Acesso em: 02 out. 2007.
3.
Dr.
Arnaldo.
Instituto
do
Câncer.
Disponível
<www.icavc.com.br/noticia.php>. Acesso em: 28 set. 2007.
em:
4.
O
que
é
Câncer,
como
funciona.
Disponível
<www.colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: 01 out. 2007.
em:
Download