Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Campus IV - Curso de Graduação em Enfermagem Disciplina: Prática supervisionada Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica Departamento de Saúde Hospitalar Kell Silvana de Sousa e Souza Simone Martins Souto Sistematização da Assistência de Enfermagem ao Paciente com Câncer de Canal Anal: estudo de caso clínico Belém 2007 Kell Silvana de Sousa e Souza Simone Martins Souto Sistematização da Assistência de Enfermagem ao Paciente com Câncer de canal Anal: estudo de caso clínico Estudo de caso apresentado à Disciplina Prática supervisionada: Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, do Curso de Graduação em Enfermagem da UEPA, como requisito de avaliação, orientado pela Professora Bervely. Belém 2007 Simone SUMÁRIO RESUMO.............................................................................................................4 INTRODUÇÃO.....................................................................................................5 PROBLEMATIZAÇÃO.........................................................................................5 JUSTIFICATIVA...................................................................................................5 OBJETIVO GERAL..............................................................................................6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................6 METODOLOGIA..................................................................................................6 1 BASES TEÓRICAS..........................................................................................7 REVISÃO ANATÔMICA.......................................................................................7 DEFINIÇÃO.........................................................................................................7 EPIDEMIOLOGIA................................................................................................7 FATORES DE RISCO..........................................................................................7 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.............................................................................8 DIAGNÓSTICO....................................................................................................8 TRATAMENTO....................................................................................................8 PROGNOSTICO..................................................................................................9 2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM........................10 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM......................................................................10 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 28/09/07..........................................10 PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................11 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 02/10/07..........................................11 PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................12 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 05/10/07..........................................12 PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................13 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM DO DIA 06/10/07..........................................14 PLANO ASSISTENCIAL....................................................................................14 CONCLUSÃO....................................................................................................16 REFERENCIAS.................................................................................................17 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM CÂNCER DE CANAL ANAL: estudo de caso clínico KELL SILVANA DE SOUSA E SOUZA (1) SIMONE MARTINS SOUTO (1) SIMONE BERVELY (2) RESUMO Tumores no canal anal são mais freqüentes no sexo feminino e tumores na margem anal (parte externa do ânus) são mais freqüentes no sexo masculino. O câncer anal apresenta como sintomas mais comuns: coceira, dor ou ardor no ânus; sangramento nas evacuações; secreções incomuns no ânus; feridas na região anal e incontinência fecal (impossibilidade para controlar a saída das fezes) (INCA, 2007). Durante o período de práticas hospitalares da disciplina Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, o caso de um paciente com diagnóstico de câncer do canal anal, que seria posteriormente submetido a uma cirurgia de amputação abdômino-peritonial do reto (remoção do reto e do ânus) + desvio do trânsito intestinal definitivo (colostomia permanente), despertoume interesse em conhecer de forma mais abrangente o caso clínico. Objetivei identificar as principais manifestações clínicas apresentadas pelo paciente e descrever a assistência de enfermagem frente a esta situação de doença. O estudo se desenvolveu a partir de uma abordagem qualitativa na forma de estudo de caso clínico nas dependências da clínica oncológica de um hospital público de Belém, tendo como sujeito da pesquisa um paciente do sexo masculino, 61 anos de idade, procedente de Belém-Pará. A coleta de dados foi realizada a partir de uma entrevista semi-estruturada, revisão do prontuário do paciente, realização do exame físico, elaboração dos diagnósticos e das prescrições de enfermagem. Evidenciei fatores de risco e manifestações clínicas relacionados à incidência do câncer do canal anal, como por exemplo, história de fístula anal e sangramento retal, incontinência fecal e a idade, maior que 50 anos. Também foram identificados problemas colaborativos como dor em regiões perianal e anal, edema em membros inferiores e locomoção prejudicada. Diante disto agrupei os diagnósticos de enfermagem e implementei a assistência de enfermagem através das prescrições de enfermagem e constatei que as metas propostas foram atingidas. Como futuramente o paciente será portador de uma colostomia, a atenção dispensada pelos profissionais que participam da assistência aos colostomizados, é relevante no sentido de desenvolver a capacidade de aprendizado do paciente para o auto-cuidado, adaptando-o à sua nova condição de vida, pois o impacto de uma colostomia na vida de qualquer pessoa trás conseqüências que se refletem nos seus diversos aspectos biopsicossociais, sendo a alteração da auto-estima uma das mais notáveis. Palavras-chaves: Câncer de canal Anal; Assistência de Enfermagem; Qualidade de vida. __________________ 1- Discentes do 5° ano do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. - [email protected] ; [email protected] 2- Enfermeira. Docente da Disciplina Prática Supervisionada: Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica do Departamento de Enfermagem Hospitalar do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. INTRODUÇÃO O Câncer da região anal é uma neoplasia incomum. No Brasil, não há dados epidemiológicos oficiais. Nos últimos 20 anos, tem havido um aumento na incidência em face da disseminação do vírus do papiloma humano (HPV) e da síndrome da imunodeficiência humana (HIV) através do contágio sexual (FERREIRA, 2007). O tratamento dependerá do estadiamento tumoral, sendo a ressecção abdômino-perineal a mais utilizada juntamente com o desvio do trânsito intestinal através de colostomias permanentes. Quanto às estratégias preventivas do câncer do canal anal, a enfermagem atua de forma peculiar na redução dos fatores de risco (prevenção primária) e na detecção precoce (prevenção secundária); assim também como no planejamento de intervenções para diminuir a incidência e gravidade das complicações do tratamento, monitorizar os efeitos colaterais e integrar o cliente, que se submete à cirurgia de colostomia permanente, e a família ao cuidado e a sua nova condição de vida. PROBLEMATIZAÇÃO: Na realidade, o que está ocorrendo com o ser humano contemporâneo é um afastamento dos padrões mínimos de qualidade de vida, muitas vezes por culpa do próprio indivíduo que não gerencia adequadamente seu tempo, nem mesmo para alimentar-se corretamente, tendo uma dieta rica em gordura animal e pobre em fibras. Além disso, pratica sexo anal, consome produtos do tabaco, é sedentário. Fatores estes, relacionados direta e indiretamente com o surgimento do câncer do canal anal, dentre outros, o que favorece o diagnóstico de novos casos a cada ano. JUSTIFICATIVA: Durante o início do período de práticas hospitalares da disciplina Enfermagem em Clínica Médica e Cirúrgica, o caso de um paciente com diagnóstico de câncer do canal anal, que seria posteriormente submetido a uma cirurgia de amputação abdômino-peritonial do reto + desvio do trânsito intestinal definitivo (colostomia permanente), despertou-nos interesse em conhecer de forma mais abrangente o caso clínico. Como a incidência da patologia vem crescendo ao longo dos anos, sendo considerada hoje, como um problema de saúde pública, é relevante conhecer, principalmente os fatores que predispõem a esta enfermidade e qual a assistência prestada pela equipe de enfermagem quando a doença já se instalou. OBJETIVO GERAL: Obter conhecimento acerca da patologia em questão e evidenciar a aplicação do processo da assistência de enfermagem na promoção de cuidados eficientes. OBJETIVOS ESPECIFICOS: Identificar as principais manifestações clínicas apresentadas pelo paciente; Descrever a assistência de enfermagem frente a esta situação de doença. METODOLOGIA: Este estudo de caso foi desenvolvido na Clínica Cirúrgica Oncológica de um Hospital de Belém-Pa, no período de 28/09 a 06/10 de 2007, em um paciente do sexo masculino, 61 anos, proveniente do bairro da Pedreira, internado em pré-operatório mediado com diagnóstico de câncer de canal anal aguardando cirurgia de amputação abdômino-perineal do reto. A coleta de dados se deu através de entrevista, exame físico e revisão dos prontuários do paciente. O estudo foi complementado através de levantamento bibliográfico e pesquisa eletrônica. 1 BASES TEORICAS 1.1 REVISÃO ANATÔMICA: O ânus é a parte final do intestino grosso. É uma espécie de anel formado por músculos que controla a saída de fezes. O canal anal (parte interna do ânus) é a região entre a fenda anal e o anel anorretal, marcado pela musculatura puboretal. O ânus tem dois segmentos: um revestido de mucosa (canal anal) e outro, de pele (margem anal). O canal anal tem entre 3 e 4 cm de extensão e está circundado pelos esfíncteres anais externo e interno (HCANC, 2007). 1.2 DEFINIÇÃO: Tumores anais são aqueles que ocorrem no canal e margens anais. É um tipo raro de câncer, que apesar de estar próximo ao cólon e reto, comporta-se de maneira diferente, e, portanto, tem também tratamento diferente (INCA, 2007). 1.3 EPIDEMIOLOGIA: Tumores no canal anal são mais freqüentes no sexo feminino e tumores na margem anal (parte externa do ânus) são mais freqüentes no sexo masculino. Esses tumores exibem diferentes tipos histológicos, carcinoma espinocelular (CEC), melanoma maligno, adenocarcinoma e sarcoma, sendo o tipo carcinoma aquele que ocorre em cerca de 98% dos casos. A incidência de neoplasia de colon, reto e anus para 2006, no Brasil, foi estimada para cerca de 11.390 novos casos no gênero masculino, e 13.970 novos casos no gênero feminino. O câncer anal é raro, correspondendo apenas a 4% de todos os tipos de câncer que acomete o intestino grosso (COLEGIOSÃOFRANCISCO, 2007). 1.4 FATORES DE RISCO: Alguns aspectos infecciosos, como o HPV e o HIV, estão relacionados com o desenvolvimento do câncer anal. Uma dieta pobre em fibras, a prática de sexo anal, o alto consumo de produtos do tabaco, e a fístula anal crônica (doença caracterizada pela presença de um trajeto entre o canal anal e a margem do ânus com secreção purulenta) são outros fatores de risco. Os indivíduos com mais de 50 anos, fumantes, com história de fístula anal, infectados pelo HPV e com feridas no ânus, são considerados sob risco de desenvolver câncer de ânus. Procedimentos que examinem o ânus e o reto (toque retal, anuscopia e proctoscopia) são usados para a detecção destes tumores (ICAVC, 2007). 1.5 MANIFESTAÇÕES CLINICAS: O câncer anal apresenta como sintomas mais comuns: coceira, dor ou ardor no ânus; sangramento nas evacuações; secreções incomuns no ânus; feridas na região anal e incontinência fecal (impossibilidade para controlar a saída das fezes). Poderá ocorrer extensão para os músculos dos esfíncteres anais, próstata, uretra e bexiga nos homens, e para a vagina nas mulheres. As metástases a distancia ocorrem no pulmão e no fígado (INCA, 2007). 1.6 DIAGNÓSTICO: Inicialmente realiza-se um exame de toque e, se necessário, uma anuscopia (visualização do ânus) e proctoscopia (exame que visualiza o reto e o ânus). O diagnóstico será realizado através de biópsia (verifica a presença de células malignas) de uma amostra do tecido. Outros exames, como ultrasonografia (por exemplo, ultrassom transretal, que é o exame de imagem, que verifica a presença de alterações no reto e canal anal) e ressonância magnética, podem ser solicitados pelo médico para detectar a extensão do tumor e o melhor tratamento (HCANC, 2007). 1.7 TRATAMENTO: A escolha do tratamento depende do estágio do câncer anal. O tratamento mais utilizado é uma combinação de quimioterapia (É o uso de drogas para matar as células do câncer. É um tratamento sistêmico, pois a droga passa por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia no câncer de ânus é utilizada para aumentar o efeito da radioterapia) e radioterapia (É o uso de um tipo de radiação (semelhante aos Raios-X) que causa a destruição das células. É um tratamento local, pois afeta somente a área tratada). Esta combinação oferece uma taxa igualitária em termos de cura ao tratamento de ressecção abdômino-perineal utilizada anteriormente, com a vantagem da preservação esfincteriana. Em estágios iniciais, o tratamento cirúrgico normalmente é eficiente para remover a parte da região afetada (lesão). Há dois tipos de tratamento cirúrgico utilizados no câncer anal: Ressecção local: se o câncer é pequeno e superficial, é realizada uma ressecção local. Nesta cirurgia o tumor é retirado junto com um tecido normal que envolve o tumor. Geralmente, neste tipo de cirurgia, o esfíncter (músculo que abre e fecha o ânus) não é lesado. Isto significa que as fezes serão eliminadas da forma normal. Ressecção abdômino-perineal: este tipo de cirurgia remove o ânus e o reto. Como eles são retirados é necessário fazer uma saída para as fezes. Esta abertura é realizada no abdome e é chamada de colostomia (FERREIRA, 2007). 1.8 PROGNÓSTICO: Quando detectado em estágio inicial, o câncer anal possui grandes possibilidades de cura. É importante consultar um médico sempre que sintomas como dor, prurido e sangramento anal estejam presentes, principalmente nos indivíduos com fatores de risco para o câncer anal. Recomenda-se o toque retal uma vez por ano, mesmo quando não há sintomas, a partir dos 50 anos. Taxa geral de sobrevida após 5 anos para todos os pacientes está entre 48% e 66% (CLARK, 1997). 2 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM 2.1 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM: F.P.F, 61 anos, sexo masculino, cor parda, casado, quatro filhos, evangélico, proveniente do bairro da Pedreira, Técnico em refrigeração. Nega alergias e tabagismo, ex-etilista há 25 anos, não Diabético e não Hipertenso, fora acometido por gonorréia quando jovem. Mãe e tia materna portadoras de Diabetes Mellitus. Iniciou há ± 3 anos com fístula e sangramento retal e no final de 2004 foi submetido a uma hemorroidectomia e Biopsia do canal anal que identificou adenocarcinoma, submetendo-se em seguida ao tratamento com Quimioterapia e Radioterapia. Internado na Clínica Cirúrgica Oncológica de um Hospital em Belém no dia 24/09/2007 queixando-se de incontinência fecal e dor em regiões escrotal e anal. Será submetido à cirurgia de amputação abdôminoperineal do reto. Ao exame físico consciente, orientado no tempo e no espaço, calmo, comunicativo. Couro cabeludo, olhos, ouvido, nariz sem alterações, cavidade oral com presença de caries e falta de alguns dentes. Mucosas hipocoradas, gânglios indolores a palpação. Desidratado, anictérico, acianótico, normotermico. Locomoção prejudicada devido edema de MMII, sinal de cacife positivo. AP: MV presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, eupnéico. AC: BCNF em 2T, pulso periférico presente, rede venosa periférica visível e palpável, normoesfigmico. Abdome distendido, RHA presentes, incontinência fecal. Diurese espontânea, porém em disúria. Edema de região escrotal e estenose de canal anal. Sinais vitais: R: 20 irpm; P: 100 bpm; T: 35º C; P.A: 120x60 mmHg. 2.2 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM: 28/09/2007, 14h30min Paciente em pré-operatório mediato, consciente, orientado, eupnéico, acianótico, anictérico, normotérmico, normoesfigmico, normocardico, normotenso, hipocorado. Refere disúria, incontinência fecal (fazendo uso de frauda descartável), melhora da dor em regiões perianal e anal através do uso de medicamentos. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos adventícios. Sono e repouso preservado, aceita bem a dieta oferecida (alimentos líquidos). Abdome distendido, RHA +. Edema de pênis, escroto e estenose do canal anal externo. Mantem punção em veia metacarpiana esquerda. Edema de MMII, endurecidos e indolor a palpação. T: 36ºC; P: 80bpm; R: 20irpm; P.A: 120x70 Problemas Identificados - Dor em regiões perianal e anal. - Edema em MMII. - Locomoção prejudicada por edema de MMII. Diagnóstico de Enfermagem - Conforto alterado relacionado à dor, evidenciado por descrição verbal. - Mobilidade física prejudicada relacionada ao edema de MMII, evidenciado por dificuldade de deambular. - Risco para infecção relacionado à alteração no sistema imunológico. Prescrição de Enfermagem - Monitorar e comunicar queixas de dor. Horário ATENÇÃO Resultados Esperados - Relatar melhora da dor. - Repouso no leito com MMII elevados. ATENÇÃO - Melhora do retorno venoso. - Auxiliar no banho de aspersão em cadeira. 08 - Aferir e registrar T, P, R, P.A. 09:16:22:06 - Usar medidas de segurança para minimizar o risco para lesão. - Monitorar e comunicar sinais de infecção. ATENÇÃO - Integridade da pele livre de complicações. 02/10/2007, 15h Paciente em pré-operatório mediato, REG, consciente, orientado, eupnéico, acianótico, anictérico, normotérmico, normoesfigmico, normocardico, normotenso, hipocorado. Refere disúria, incontinência fecal (fazendo uso de frauda descartável), melhora da dor em regiões perianal e anal através do uso de medicamentos. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos adventícios. Sono e repouso preservado, aceita bem a dieta oferecida (alimentos líquidos). Abdome distendido, indolor a palpação, RHA +. Edema de pênis, escroto e estenose do canal anal externo. Mantem punção venosa em cefálica direita. Edema de MMII, endurecidos e indolor a palpação. T: 36ºC; P: 80bpm; R: 20irpm; P.A: 110x60 Problemas Identificados - Dor em regiões perianal e anal. - Edema em MMII. - Locomoção prejudicada por edema de MMII. Diagnóstico de Enfermagem - Conforto alterado relacionado à dor, evidenciado por descrição verbal. - Mobilidade física prejudicada relacionada ao edema de MMII, evidenciado por dificuldade de deambular. - Risco para infecção relacionado à alteração no sistema imunológico. Prescrição de Enfermagem - Monitorar e comunicar queixas de dor. Horário ATENÇÃO Resultados Esperados - Relatar melhora da dor. - Repouso no leito com MMII elevados. ATENÇÃO - Melhora do retorno venoso. - Auxiliar no banho de aspersão em cadeira. 08 - Aferir e anotar T, P, R, P.A. 09:16:22:06 - Usar medidas de segurança para minimizar o risco para lesão. - Monitorar e comunicar sinais de infecção. ATENÇÃO - Integridade da pele livre de complicações. 05/10/2007, 15h30min Paciente em pré-operatório mediato, consciente, orientado no tempo e no espaço, ansioso em relação a sua cura, eupnéico, acianótico, anictérico, normotérmico, normotenso, normocardico, hipocorado. Refere não ter dormido bem a noite devido o processo de tosse. Aceita bem a dieta oferecida. Mantém punção venosa em cefálica direita. Abdome distendido, edema em região escrotal e anal com estenose do canal anal externo. Incontinência fecal fazendo uso de frauda descartável, incontinência urinária. Edema em MMII com sinal de cacife +. Orientado quanto ao tempo de tratamento de sua patologia e a importância de permanecer internado até a conclusão do mesmo. T: 36ºC; P: 68bpm; R: 20irpm; P.A: 110x70 Problemas Identificados - Dor em regiões perianal e anal. - Edema em MMII. - Locomoção prejudicada por edema de MMII. - Tosse produtiva. - Sono alterado. - Ansiedade. Diagnóstico de Enfermagem - Conforto alterado relacionado à dor, evidenciado por descrição verbal. - Mobilidade física prejudicada, relacionada ao edema de MMII, evidenciado por dificuldade de deambular. - Função respiratória alterada, relacionada à estase de secreções, evidenciada pelo reflexo de tosse. - Padrão de sono alterado relacionado ao reflexo de tosse, evidenciado por queixas verbais. - Ansiedade relacionada à perda real ou Prescrição de Enfermagem - Monitorar e comunicar queixas de dor. Horário ATENÇÃO Resultados Esperados - Relatar melhora da dor. - Repouso no leito com MMII elevados. ATENÇÃO - Melhora do retorno venoso. - Auxiliar no banho de aspersão em cadeira. 08 - Manter em posição de semi-fowler ATENÇÃO - Usar medidas de segurança para minimizar o risco para lesão. - Instalar O2 S/N. ATENÇÃO - Encorajar o paciente a expressar os sentimentos, especialmente sobre a maneira como se sente. ATENÇÃO - Aferir e notar T, P, R, P.A. 09:16:22:06 - Monitorar e comunicar sinais de infecção. ATENÇÃO - Relata a melhora da função respiratória. - Relatar um aumento no conforto psicológico e fisiológico. - Integridade da pele livre de complicações. percebida a integridade biológica secundária a doença. - Risco para infecção relacionado à alteração no sistema imunológico. 06/10/2007, 16h20min Paciente consciente, orientado no tempo e no espaço, eupnéico, acianótico, anictérico, normotérmico, normocardico, normotenso. Relata diminuição da ansiedade, estando mais confiante quanto ao tratamento. Refere melhora no processo de tosse, dormiu melhor durante a noite. Aceita bem a dieta oferecida. AC: BCNF em 2T; AP: MV + bilateralmente e sem ruídos adventícios. Abdome distendido, indolor a palpação profunda, RHA +. Mantem venopunção em cefálica direita. Edema em região peniana e escrotal, estenose anal. Edema em MMII+ endurecimento tecidual com sinal de cacife +. Incontinência urinária em disúria e incontinência fecal em uso de frauda descartável. T: 36ºC; P: 76bpm; R: 20irpm; P.A: 120x70 Problemas Identificados - Dor em regiões perianal e anal. - Edema em MMII. - Locomoção prejudicada por edema de MMII. Diagnóstico de Enfermagem - Conforto alterado relacionado à dor, evidenciado por descrição verbal. - Mobilidade física prejudicada relacionada ao edema de Prescrição de Enfermagem - Monitorar e comunicar queixas de dor. Horário ATENÇÃO Resultados Esperados - Relatar melhora da dor. - Repouso no leito com MMII elevados. ATENÇÃO - Melhora do retorno venoso. - Auxiliar no banho de aspersão em 08 - Usar medidas de segurança MMII, evidenciado por dificuldade de deambular. - Risco para infecção relacionado à alteração no sistema imunológico. cadeira. - Aferir e anotar T, P, R, P.A. 09:16:22:06 - Monitorar e comunicar sinais de infecção. ATENÇÃO para minimizar o risco para lesão. - Integridade da pele livre de complicações. CONCLUSÃO Quanto ao estudo desenvolvido, evidenciamos vários fatores de risco e manifestações clinicas relacionados à incidência do câncer do canal anal, como por exemplo, história de fístula anal e sangramento retal, incontinência fecal e a idade, maior que 50 anos. Informações importantes também foram colhidas do histórico, destacando o tratamento anteriormente utilizado com a combinação de quimioterapia e radioterapia, que oferece uma taxa igualitária em termos de cura ao tratamento de ressecção abdômino-perineal do reto, com a vantagem da preservação esfincteriana. Entretanto, mesmo com este tratamento, que possivelmente não apresentou uma resposta satisfatória, será necessária a cirurgia de remoção do ânus e do reto juntamente com o desvio do transito intestinal definitivo. Dentre os cuidados prestados no pré-operatório mediato, cabe a equipe de enfermagem proporcionar condições adequadas para que o paciente evolua satisfatoriamente bem durante e principalmente após a cirurgia. Como futuramente o paciente será portador de uma colostomia, a atenção dispensada pelos profissionais que participam da assistência aos colostomizados, é relevante no sentido de desenvolver a capacidade de aprendizado do paciente para o auto-cuidado, adaptando-o à sua nova condição de vida, pois o impacto de uma colostomia na vida de qualquer pessoa trás conseqüências que se refletem nos seus diversos aspectos biopsicossociais, sendo a alteração da auto-estima uma das mais notáveis. REFERENCIAS 1. CLARK, Jane C. Enfermagem Oncológica. 2 ed. Cap. 32. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 2. FERREIRA, Paulo R. F. Tratamento Combinado em Oncologia. Cap. 5, p. 91. Porto Alegre: Art Med, 2007. Sites: 1. Câncer Anal. Disponível em: <www.hcanc.org.br>. Acesso em: 02 out. 2007. 2. Câncer Anal. Disponível em: <www.inca.gov.br>. Acesso em: 02 out. 2007. 3. Dr. Arnaldo. Instituto do Câncer. Disponível <www.icavc.com.br/noticia.php>. Acesso em: 28 set. 2007. em: 4. O que é Câncer, como funciona. Disponível <www.colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: 01 out. 2007. em: