7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 1a) Você está estudando a função de RecA ,in vitro, junto com uma colega de laboratório. Você corre várias reações para examinar as exigências para atividade de RecA. Para cada reação abaixo indique os produtos esperados, depois que a RecA for removida por extração de fenol. As regiões de homologia são mostradas como linhas grossas. 1b) Depois que você executar estas reações, sua colega corre um gel de acrilamida nãodesnaturante para analisar os produtos. Para cada reação, ela corre 3 pistas. A pista (a) é uma corrida de reação de controle, sem RecA. A pista (b) é a reação completa carregada diretamente no gel. A pista (c) é a reação completa que foi extraída com fenol para remover proteínas, antes de carregar no gel. Ela expõe as 15 pistas do gel resultante ao filme de raiosx. Ela tem que partir neste momento, e depois de revelar o filme, você se senta e escreve o relatório de laboratório. Infelizmente, você percebe que não sabe que ordem ela carregou as reações. O filme é como segue: 1 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 Quais números das reações (1-5) correspondem às reações no filme (U-Z)? Explique as diferenças entre as pistas a, b, e c para cada reação. Reação U = 3, W = 5, X = 2, e Y ou Z = 1 ou 4 (mesmas bandas no gel) 1 & 4 a: Estas têm o mesmo tamanho do ssDNA circular, aparentemente corre a 3 kb. b: A recA liga ambas as moléculas de DNA, forma uma banda para 2 DNAs + troca de proteína (8kb). c: Os componentes faltando indicados em (a), assim nenhum produto de DNA estável novo é formado (3 kb) 2 a: dsDNA linear radioativo de 4 kb. b e c: Nenhum ssDNA, a recA não pode se ligar, mesmo tamanho observado (4 kb). 3 a: mesma molécula de DNA radioativo como 1 e 4 (3 kb). b: recA liga e forma produto de DNA novo que combina os 2 DNAs, permanece ligada (8 kb) c: Produto final estável sem recA combina dois substratos de DNA (6 kb) 5 a: DNA quente inicial é ssDNA linear, aparentemente, corre mais rápido que o circular (2kb) b: recA liga e forma produto de DNA novo que combina os 2 DNAs, permanece ligada (8 kb) c: produto radioativo final é justamente dsDNA de 4 kb. 2 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 2a) Alguns elementos móveis (transposable) em E. coli, por exemplo, Tn10, transpõem a uma frequência alta, imediatamente, depois que a forquilha de replicação passa. Esta indução de transposição, através da replicação, é um grande efeito, de forma que a maioria dos eventos de transposição acontece em um período curto de tempo, logo depois da replicação. Que mecanismo o Tn10 poderia usar para acoplar a transposição à passagem da forquilha de replicação? Proponha um experimento simples, in vivo, para testar se este mecanismo é verdadeiro. A transposição poderia ser acoplada à replicação pelo mesmo sistema dam - dependente de metilação de DNA, que acopla o reparo de pareamento incorreto à replicação. Neste caso, a transposição seria induzida em transposons que contém sequências metiladas pela metade. [De fato, a transposase de Tn10 não se liga ao DNA metilado completamente, mas se liga ao DNA metilado parcialmente, ou não metilado, desta forma ativando a transposição depois da passagem da forquilha de replicação.] Um experimento in vivo poderia envolver a comparação da frequência de transposição em tipo selvagem, dam - e cepas dam superexpressando metilase. O Tn10, frequentemente, deveria transpor mais que normal em células dam - (onde os sítios sempre deveriam ser não metilados) e menos frequentemente que normal em superexpressadores dam (onde os sítios são metilados mais rapidamente após a replicação). A frequência de transposição poderia ser medida através de Southern blots com uma sonda de Tn10, como descrito na parte b). 2b) Você tem uma cepa de E. coli (cepa 708A) que tem uma única cópia de Tn10 no genoma, integrada no gene de hisB. Você isola um derivado desta cepa (o qual você nomeou 708A+) na qual o Tn10 transpôs e causou uma mutação no gene requerido para crescimento na ausência de leucina. Abaixo se encontra o Southern blot de DNA de uma cepa 708, que é relacionada a 708A, mas faltando Tn10, 708A e 708A+. A membrana foi sondada com 3 sondas radioativas diferentes: (1) para o gene de hisB, (2) para o gene de leu e (3) para sequências de Tn10. Dado o padrão mostrado para as outras cepas, esquematize as bandas você esperaria ver para a cepa 708A+ em cada dos filmes (abaixo): 3 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 2c) Você declara, em reunião de grupo, que Tn10 é um transposon replicativo. Porém, seu professor o informa isso baseado apenas na experiência executada na parte b), você não pode dizer se Tn10 é um transposon replicativo ou não replicativo. Por que não? Explique brevemente a consideração do seu professor. Depois que a forquilha de replicação atravessa a sequência de Tn10, há duas cópias de Tn10, temporariamente, na célula, no cromossomo “pai” e “filho” no mesmo local (o gene His). (1) se uma cópia transpõe por um mecanismo replicativo, a célula de progênie resultante, leva dois transposons de Tn10 em dois sítios diferentes. (2) se uma cópia do transposon excisa por um “corte e cola”, um processo não replicativo, deixará para trás uma falha em dupla fita. Esta falha será reparada usando a região homóloga no cromossomo oposto que contém a cópia, recentemente, replicada da sequência de Tn10. Assim, os transposons serão achados também em ambos locais velho e no novo sítio alvo na célula de progênie. 3a) Você está estudando o problema de resistência a antibióticos, que está se expandindo na população bacteriana hospitalar. Você tem razão para suspeitar que alguns fagos, previamente, não caracterizados estão causando o problema. Estes fagos levam genes de resistência a antibióticos, levando, desta forma, as células infetadas a ficarem resistentes, quando o fago se integra no DNA cromossomal da célula. Como um primeiro passo, tentando prevenir a expansão adicional deste fago, você caracteriza o mecanismo deles de integração. Para tentar adquirir uma compreensão melhor dos mecanismos que eles usam, você infecta dois dos fagos em várias cepas de E. coli diferentes, com mutações em genes que efetuam processo de DNA. Abaixo, uma tabela dos resultados. Cepa de E. coli Tipo selvagem Fago A Integra Fago B Integra polA- (gene de DNA polimerase I) Não Integra Integra lig- (gene de DNA ligase) Não Integra Integra recB- (gene de RecB) Integra Integra Baseado nestes dados, que tipo de recombinação: homóloga, transposição ou sítio específica, é, mais provável, ser usada para integração por um fago A ? Explique sua resposta. A transposição. O fago A não requer a recB, assim não é recombinação homóloga. Porém, ele requer polimerase e ligase que são necessárias para a transposição, mas não para recombinação sítio específica. 4 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 3b) Qual tipo de recombinação: homóloga, transposição ou sítio específica, é mais provável ser usada para integração por um fago B ? Explique sua resposta. A recombinação sítio específica. O fago B não requer recB também, e assim não usa recombinação homóloga. A recombinação sítio específica não requer qualquer síntese de DNA novo, e assim não requer polimerase. A recombinase une as fitas partidas, de forma que a ligase não é necessária também. 3c) Você decide que este método de determinar um mecanismo de integração é bastante trabalho intensivo e indireto. Sugira um ensaio mais direto que deverá lhe permitir determinar se o fago que você isolou usa o processo de integração usado pelo fago A ou aquele usado pelo fago B. Você tem uma sonda de DNA, à sua disposição, para os genes de resistência a antibióticos, levados por ambos os tipos de fago. Explique o ensaio, e o que você esperaria ver com fago de cada classe. Um ensaio simples seria fazer um Southern blot genômico nas cepas E. de coli infectadas por cada fago. Isole o DNA de E.coli infectado com cada fago, digira com uma enzima de restrição, e corra um Southern blot (corra em um gel de não desnaturante, desnature o DNA, transfira para uma membrana, incube com uma sonda, e exponha ao filme). A E. coli infectada pelo fago B sempre deverá produzir uma banda do mesmo tamanho, quando sondada com o DNA do fago B, uma vez que a recombinação sítioespecífica sempre causa integração no mesmo lugar. A E. coli infectada com fago A testada produz muitos bandas diferentes, quando sondada com o DNA do fago A, já que os transposons transpõem em pontos randômicos do genoma. 3d) Para parar a expansão deste fago de resistência antibiótico, você quer isolar um inibidor do processo de integração. Baseado em estudos com outros inibidores de enzima, você racionaliza que o melhor objetivo para o inibidor seria o sítio ativo da enzima de recombinação, responsável pela integração. Para identificar o sítio ativo na recombinase para fago B, você usa uma abordagem de sequências consensos. Primeiro, você identifica uma região do genoma do fago B que é fracamente homóloga ao gene da integrase do fago λ. Então você sequencia esta região de cinco fagos que são todos os parentes próximos do fago B. Abaixo estão as regiões de sequência de aminoácidos (código de 1 letra) destes seis fagos semelhantes a B. Fago λ B-001 B-002 B-003 B-004 B-005 IFGYARVSYSQE LFGYARVSYSQE LFGYARVSTSQQ IAGWIRVSTFDQ IAGYIRVSTFDQ IAGYIRVSTFDQ Baseado nestes dados de alinhamento, que aminoácido nesta região é provável formar parte do sítio ativo? Dê duas razões para justificar sua resposta. A serina conservada é provável parte do sítio ativo. Está presente em todo fago parente de B, e logo deve ser importante. Também, a serina contém um grupo OH que é necessário para atacar o fosfato do DNA e formar um intermediário de DNA-proteína covalente. 5 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 4a) Um colega está estudando uma doença dominantemente herdada e encontra um paciente sem história da doença na família dele. Depois de averiguar que o paciente realmente estava correto sobre a identidade dos pais dele, seu colega contatou você, o perito em transposons. Você sequencia o gene da doença do paciente, e acha uma inserção grande no gene. Que características de sequência você poderia esperar esta inserção ter, para ser um transposon? Repetições diretas curtas (duplicação de sítio alvo), repetições invertidas, genes com homologia para transposases. 4b) Você decide testar se você achou um transposon novo realmente, conferindo se o transposon pode se transferir entre DNAs diferentes em uma célula bacteriana. (Assuma que os elementos humanos podem transpor em bactérias.) Sua UROP insere um gene AmpR na sequência suspeito de transposon e a clona em um plasmídeo bacteriano, que contém um gene TetR. A UROP transforma este plasmídeo em uma variante bacteriana que leva um plasmídeo F' com um gene KanR. Então ela cresce estas células doadoras, as junta com uma variante recipiente AmpS KanS TetS, mata as células doadoras, e plaqueia as bactérias sobreviventes sobre várias placas com antibiótico, para testar o fenótipo das células recipientes. 0,05% das células KanR que ela recupera são KanR AmpR TetS, enquanto as restantes 99,5% são KanR AmpS TetS. O que pode concluir você destes dados? Transposon “corte e cola”, transpondo a uma baixa taxa. 4c) Você acusa sua UROP de invalidar o ensaio, como você esperou uma porcentagem mais alta de células AmpR. Ofendida, sua UROP repete a experiência em duplicata, desta vez transformando diversas variantes bacterianas com plasmídeos F’ diferentes, todos contendo genes KanR . Desta vez, ela acha que uma das variantes resultou em células recipiente nas quais são 40% dos genes KanR são KanR AmpR. Você diz para ela sequenciar um plasmídeo F' que ganhou uma inserção de transposon e descobre que ele tem um conteúdo de GC muito alto. Dado que regiões do genoma humano que contém sequências codificantes têm um conteúdo de GC muito mais alto que regiões que não fazem, por que é estranho que este transposon pareça preferir integrar em DNA rico em GC? (Por que a maioria do transposons pode integrar em regiões não codificantes?) A maioria do transposons tem uma preferência para o DNA não codificante, presumivelmente, de forma a poderem ser retidos no genoma sem, acidentalmente, matar o hospedeiro. 4d) Qual é a explicação pela qual este transposon poderia preferir integrar em regiões ativamente transcritas com estruturas de cromatina abertas? (Que tipo de transposon poderia ser?) Talvez seja um retro-transposon, e precisa ser transcrito em RNA antes de transpor. Os retro-transposons, normalmente, têm os próprios promotores deles, mas poderiam transpor, presumivelmente, com mais frequência se eles estiverem em regiões ativas do genoma com estruturas de cromatina abertas. 6 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 4e) Como esta hipótese muda sua conclusão sobre os resultados na parte b? Os retro-transposons transpõem replicativamente (eles deixam para trás uma cópia no genoma do qual o RNA foi transcrito), mas eles não fazem uma co-integração. Então, no ensaio bacteriano, eles não trariam o plasmídeo inteiro que contém o gene TetR com eles para a célula recipiente. O que parecia uma transposição “corta e cola” no seu ensaio foi de fato transposição replicativa. 4f) Como este transposon poderia alcançar esta preferência para DNA rico em GC? A transposase poderia especificamente reconhecer uma sequência curta rica em GC no DNA alvo. 5) Você está interessado em estudar a regulação de genes em camundongos, importante durante desenvolvimento precoce. Seu professor lhe pede que continue o trabalho de um estudante graduado anterior. Este estudante estava estudando dois genes novos que ele nomeou Hip e Hop. Hip e Hop são necessários, precocemente em embriões, mas não depois. O estudante graduado pôde gerar o mapa de restrição seguinte para Hip e Hop: Você decide executar um Southern blot em Hip e Hop. Sabendo que estes genes são importantes durante desenvolvimento precoce, você isola o DNA genômico de embriões e também de adultos jovens. Você digere com HindIII e acha os resultados seguintes: 5a) Você está surpreso pelos resultados. Como você pode explicar o resultado visto quando sondando seu Southern blot com Hop? Dada sua explicação, o que você pode concluir sobre a regulação de Hop durante desenvolvimento de camundongos? Hop é necessário em camundongos adultos, ou só no desenvolvimento embrionário? O gene HOP só é importante, durante desenvolvimento embrionário. A falta de uma banda ao sondar o DNA adulto indica que o gene de HOP não está mais presente em camundongos adultos. É provável que uma recombinação sítio específica seja usada para excisar este gene, depois que ele não for mais necessário para desenvolvimento. Este tipo de regulação só é possível em células que são terminalmente diferenciadas. 7 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 5b) Você gostaria de investigar mais a regulação de Hip. Em uma tentativa para fazê-lo, você digere o DNA que você isolou acima com duas enzimas, HindIII e EcoRI. Desta vez, você vê os seguintes resultados: Dados estes novos dados, como você pensa que Hip é regulado durante desenvolvimento do camundongo? Forneça uma explicação a partir dos dados acima. Neste caso, a recombinação sítio específica também está sendo usada para regular o gene HIP. Porém, em lugar de um evento de excisão, uma inversão aconteceu. Isto pode ser visto pela mudança nos tamanhos de fragmentos de restrição no Southern blot. O local assimétrico do sítio de EcoRI produz dois padrões distintos antes e depois do evento de inversão. 5c) Usando as mesmas cepas de camundongos que você está estudando, uma colega do laboratório criou camundongos mutantes que não desenvolvem corretamente. Um dos mutantes dela mostra múltiplas características embrionárias, até mesmo quando o camundongo alcançou a fase adulta. Ela lhe pede que execute sua caracterização de Southern blot nos camundongos mutante dela ver se HIP ou HOP são mutantes na cepa dela. Você está contente de fazer isto e digere o DNA genômico dos camundongos dela com HindIII e EcoRI. Você acha os seguintes resultados: 8 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 A partir dos dados acima, qual gene você pensa é modificado nos camundongos da sua colega? Como você pensa que a regulação deste gene é modificada para dar as características de mutante descritas acima? O gene HIP parece ser modificado nas cepas da sua colega. O gene normalmente é regulado por um evento de inversão. O padrão de restrição no gel acima sugere que algumas células não sofreram este evento de inversão. As duas bandas medianas são geradas a partir de células onde HIP é regulado corretamente, considerando que as duas bandas externas são geradas a partir de células que não invertem o gene de HIP. 6) Você desenvolveu um ensaio de transcrição que recapitula a regulação in vivo do promotor da RNA Pol II transcrita do gene Ratchet. Através do fracionamento deste extrato, você purificou e clonou dois fatores de transcrição específicos que, em adição aos fatores de transcrição comuns da RNA Pol II, são requeridos para regulação correta do promotor. Como um primeiro passo para entender a função destes fatores, você faz uma série de mutantes de deleção do promotor de Ratchet e testa o efeito deles na transcrição, na presença e ausência de fatores Click e Clack. Você acha os resultados seguintes. 6a) Baseado nestes dados, o que você preveria como sendo a função de elementos 3, 6, e 7? O elemento 3 é mais provavelmente um sítio ativador de ligação. Considerando que este elemento é requerido para ativação de transcripcional por Click e Clack, provavelmente é o sítio de ligação para uma destas proteínas. Os elementos 6 e 7 são, provavelmente, parte do elemento central do promotor, possivelmente o TATA box, e a sequência de INR. Isto pode ser determinado a partir dos locais deles relativos ao início da transcrição e pelo fato de que a eliminação destas sequências dianteiras conduz à perda de níveis basais de transcrição. 9 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 Para caracterização adicional dos fatores que você identificou, você executa um ensaio de alteração em gel, para ver a habilidade dos diferentes fatores para ligar ao promotor Ratchet. Você obtém os seguintes resultados. 6b) Baseado nestes dados, o que pode concluir você relativo à função de Click e Clack? Como este achado é consistente com os dados obteve na parte3a? Isto mostra que Clack é uma proteína de ligação com o DNA, e que Click depende de Clack para associação com o DNA. Isto é consistente com o fato de que só há um sítio ativador de ligação, como determinado por sua análise na parte 3a. Considerando que Click depende de Clack para associação com o DNA, o único sítio de ligação requerido é o para o que Clack se liga. Se ambas as proteínas ligassem ao DNA, uma pessoa observaria um sítio de ligação, provavelmente, para cada proteína. 6c) Como você determinaria a região do fator Clack requerida para ativação do promotor de Ratchet? Para mapear o domínio de ativação de Clack: 1.Fusione Clack ao domínio de ligação com DNA de uma proteína de ligação com DNA conhecida (i.e. LexA). Isto lhe permite mapear domínios de ativação, independente de efeitos na ligação com o DNA. 2.Faça uma série de deleções no fim de Clack, e fusione cada uma ao domínio de ligação do LexA no DNA. 3.Teste a habilidade de cada fusão para ativar transcrição a partir um promotor teste. Este promotor tem que conter sítios de ligação de LexA, acima na região do sítio de iniciação da transcrição, e um gene repórter (como o LacZ) para medir a transcrição. Esta técnica lhe permite determinar quais regiões da proteína de Clack são necessárias e suficientes para ativação transcripcional. * * IMPORTANTE: Se você respondeu a pergunta, explicando como mapear o domínio de ligação de Clack no DNA, isto poderia levar a perda pontos em um exame. Muitas proteínas têm *ambos * os domínios de ligação com DNA *e* domínios de ativação transcripcional. Esteja seguro que você leu e respondeu a pergunta que é feita. 10 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 Ao longo de sua análise do promotor Ratchet você foi frustrado pela falta de efeito de um terceiro fator de transcrição, Clock , que é conhecido por ativar este promotor in vivo. Todos seus ensaios prévios para transcrição foram executados, usando análise com S1, e uma sonda de ssDNA de 300 bases de comprimento, que sobrepõe o sítio iniciação de Ratchet por 100 bases. Pensando que você pode ter perdido algo, você analisa os produtos de um conjunto de reações de transcrição executados na presença de UTP, marcado radioativamente, em um gel de agarose desnaturante. Para causar a terminação da RNA Pol II artificialmente, você cortou o template de DNA 2 kb abaixo do promotor, com uma enzima de restrição. Você obtém os resultados seguintes (sugestão: liberação do promotor é completada após 100 bases de síntese de RNA). 6d) Que aspecto da função da RNA Pol II é efetivada pela adição de Clock? Por que isto efeito foi perdido pela análise com S1 e detectado pelo ensaio de “escape” da transcrição? O Clock serve como um fator de processabilidade para a RNA Pol II. Note que quando Clock é adicionado, os transcritos aumentam em comprimento de ~300 bp para 2000 bp. Este não é um efeito na liberação do promotor, uma vez que a liberação de promotor (e portanto a iniciação da transcrição) está completo em 100 bp. Este é um efeito no alongamento do novo transcrito. Outra resposta plausível é que Clock atos atua como um regulador negativo de terminação de transcrição. Assim, quando Clock estiver presente,os transcrito são mais longos que na sua ausência. 11 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 No ensaio S1, uma sonda de DNA de 200 bp marcada que é hibridizada com o transcrito de RNA é a sua referência de leitura para transcrição. Uma banda que corresponde a esta sonda 200 de bp será observada no auto-radiograma quando o RNA que é hibridizado tem 200 bp ou 2000 bp de comprimento. Assim, em um ensaio de proteção S1, nenhuma informação do comprimento do RNA é provida, e os resultados com e sem proteína CLOCK seria o mesmo. No ensaio de escape da transcrição, alguém mede incorporação de rNTPs. Os RNTPs serão incorporados do sítio de iniciação até que a terminação aconteça (que dependerá da processabilidade intrínseca da RNA Pol II sem CLOCK, e do RNA Pol II “escapando” do DNA com CLOCK). Este ensaio lhe permite determinar a informação do comprimento do RNA o, e assim lhe permitirá ver produtos diferentes com e sem a proteína CLOCK. 7) Seu laboratório estuda uma cepa especializada de E. coli que contém genes incomuns que ajudam em seu crescimento sob de condições de baixos nutrientes. Você está examinando melhor um gene que é induzido sob de condições de baixos nutrientes (starvation), o gene funE. Você usou a análise de proteção de nuclease S1 para determinar o sítio de iniciação da transcrição para o mRNA de funE. O sequência inclui regiões -10 e –35, que diferem substancialmente das sequências consensos padrão para E . coli acima do sítio de iniciação. Usando um sítio de restrição conveniente, você fusiona o promotor de funE com um gene repórter de β-galactosidase em um plasmídeo para permitir o estudo detalhado da expressão deste promotor. 7a) Você induz mutações nesta cepa e a transforma com seu plasmídeo repórter para achar mutantes que afetam expressão da β-galactosidase. Um mutante, o mutante de craZ, tem uma perda completa de indução de β atividade, sob de condições de baixos nutrientes. Você examina a expressão de outros genes que seu laboratório estuda, que são induzidos em condições de baixos nutrientes, e acha que estes genes também não são mais induzidos no mutante de craZ. Dado que estes genes têm uma região -35 semelhante ao gene de funE, proponha uma explicação para a natureza do mutante de craZ. Relembre que a região -35 é primariamente envolvida na especificidade da ligação holoenzima de RNA Polimerase. É provável que a mutação de craZ esteja em um fator sigma especializado (σ) que reconhece as regiões -35 incomuns do gene de funE e genes relacionados. A expressão ou atividade desta subunidade σ deve ser induzida sob condições de baixos nutrientes. 12 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 7b) Você testa uma variedade de combinações para ver se elas aumentam a expressão da fusão funE/β-galactosidase em células de tipo selvagem. Você acha que a adição de cálcio, significativamente, aumenta o sinal de - β-gal. Para examinar este efeito no nível transcripcional, você executa ensaios de incorporação primeiro em extratos celulares tipo selvagem, adicionando o plasmídeo repórter e [H3]UTP. Você faz o ensaio na presença e ausência de cálcio, então corre a reação em gel e expõe o gel ao filme. O filme resultante é mostrado abaixo: Este resultado sugere uma diferença em uma etapa limitante da taxa da iniciação transcripcional, na presença e ausência de cálcio. O que é a etapa limitante mudada? Para o ensaio de incorporação na ausência de cálcio, observa você que a maioria dos produtos é de fragmentos curtos (~5 bp). Isto indica que os complexos ternários formaram, mas a liberação de promotor não aconteceu. Para o ensaio de incorporação na presença de cálcio, observa você que a maioria de produtos é grande (>300 bp), presumivelmente transcritos completos. Então na ausência de cálcio, a liberação de promotor deve ser a etapa limitante da taxa, mas na presença de cálcio este passo é feito mais eficientemente e a transcrição não mais limitada. 7c) Usando fracionamento bioquímico e um ensaio de gel shift, seu colega isola uma proteína que se liga acima da região –35 de funE. Ele determina a sequência do gene e nota que a proteína tem dois domínios, um domínio de ligação com DNA e um domínio de ligação com cálcio. Vocês dois concluem que é provável que esta proteína esteja mediando os efeitos que você estudou em (b). Sugira DOIS possíveis mecanismos para como este fator poderia resultar na transcrição dependente de Ca++. Que experiência genética você poderia executar para distinguí-los? A proteína ou poderia estar agindo como uma repressora da transcrição que é inativada pela ligação com cálcio, ou como um ativador da transcrição que é ativado através da ligação de cálcio. ++ Ca --| o Repressor--| FunE OU ++ Ca →Ativator→FunE Para distinguir entre estas possibilidades, você pode inativar o gene. Se a proteína for uma repressora, a inativação será insensível ao cálcio e FunE será expresso constitutivamente a um alto nível (o nível causado por cálcio no tipo selvagem). Se a proteína for um ativador, a inativação insensível ao cálcio e FunE será expresso a um nível mais baixo (o nível sem cálcio no tipo selvagem). 13 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 7d) Para o estudo adicional da transcrição a partir deste promotor, você induz mutações na região promotora do seu plasmídeo repórter e procura efeitos na expressão de β-gal, na presença de cálcio. Você obtém uma mutação na região -10, chamada silE, que aumenta a expressão de β-gal, na presença de cálcio. Porém, esta mutação não tem nenhum efeito na expressão de β-gal, na ausência de cálcio. Você usa KMnO4 para examinar o desenrolamento do DNA nas reações de transcrição executadas in vitro com fragmento de DNA dupla fita linear, marcado na extremidade, que leva a fusão promotor de funE/ β-gal. O DNA substrato e o filme resultante são mostrados abaixo. O que indicam estes resultados sobre a natureza da mutação silE? Por que a mutação silE afeta só a expressão de β-gal, na presença de cálcio (Sugestão: considere também os dados da parte (b))? A mutação silE aumenta a extensão do DNA que desenrola e abre a formação do complexo, talvez trazendo a sequência incomum de funE -10 para mais perto da região consenso –10 de E. coli. A expressão de β-gal do gene de fusão é determinada por uma etapa limitante da taxa da iniciação. Na ausência de cálcio, liberação de promotor é a limitante da taxa. Logo, o aumentar o desenrolamento do DNA e abrir a formação do complexo, na ausência de cálcio não têm nenhum efeito na expressão de β-gal. Já na presença de cálcio, a liberação do promotor não mais é limitante da taxa. A formação do complexo aberto parece ser limitante da taxa sob estas condições, de forma que a mutação silE que aumenta a extensão do DNA desenrolado (e então formação complexa aberta), também aumenta a expressão de β-gal. 14 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 8) você está estudando um par de fatores de transcrição que regulam o promotor Pumped (envolvido na produção de uma proteína músculo-específica). Você purificou ambos fatores e testou a habilidade deles para ou regular a transcrição do promotor Pumped, sem ou com mutações em vários elementos fundamentais do promotor. 8a) Baseado nos dados da transcrição acima, proponha papéis para os elementos A e B do promotor Pumped. Seja breve. O elemento A só é requerido para transcrição ativada. É provável que contenha uma sequência (UAS) reconhecida por um ativador transcripcional de ligação com DNA, sequência-específico. O elemento B é requerido para a transcrição basal e ativada. É provável conter o TATA-box e/ou os elementos iniciadores reconhecidos pelos fatores gerais da transcrição. 8b) Você esta intrigado pelos resultados da análise da transcrição, na qual ambos PTF1 e PTF2 foram adicionados, ao mesmo tempo. Você hipotetisa que PTF2 poderia inibir a função de PTF1, alterando suas propriedades de ligação com DNA. Para esclarecer isto, você executa um experimento de gel shift, usando o promotor Pumped. As experiências prévias argumentaram que PTF1 e PTF2 são dímeros, quando ligados ao DNA. Com isso em mente, como você pode explicar os resultados deste ensaio de gel shift? A PTF2 é uma proteína maior que PTF1, e o complexo DNA-proteína, que contém um dímero de PTF2, corre mais lentamente que o que contém um dímero de PTF1. Quando PTF1 e PTF2 estiverem presentes, um heterodímero que contém uma molécula de PTF1 e uma molécula de PTF2 é formado. Este complexo DNA-proteína corre em um tamanho intermediário entre os dois homodímeros. 15 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 8c) Tendo mapeado o domínio de ativação de PTF1, você agora pergunta que parte de PTF2 é necessária para inibir função de PTF1. Você identifica três regiões como importantes. Duas destas regiões são envolvidas na ligação com DNA e na função de dimerização de PTF2. A terceira é um domínio separado, que não é requerido para ligação com DNA ou dimerização. Proponha uma hipótese para a função deste terceiro domínio e descreva um modelo para resultados de transcrição na parte (a). O terceiro domínio é provavelmente responsável pela inibição da transcrição basal em conjunção com o domínio de ativação de PTF1 (talvez por uma interação física de proteína- proteína). (Note que o homodímero de PTF2 não inibe a transcrição basal) MODELO: Normalmente, ambos PTF1 e PTF2 estão presentes em concentrações iguais na célula. Eles formam, predominantemente, heterodímeros a estas concentrações, e estes heterodímeros se ligam ao A-box no promotor. Os domínios inibição de PTF2 e de ativação de PTF1 interagem para inibir a transcrição basal, até mesmo no promotor Pumped. Sob condições de ativação, a relação de PTF1 para PTF2 na célula muda de forma que PTF1 predomina (por exemplo, quanto mais PTF1 é produzido, menos PTF2 é produzido, ou PTF2 é degradado). Isto força a formação de homodímeros de PTF1 (em lugar de heterodímeros), que se ligam ao A-box e ativam a transcrição no promotor Pumped, através dos domínios de ativação. [PTF1= [PTF2] [PTF1] >> [PTF2] OFF ON 16 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 9) A sketch of the lac promoter region is shown below. Please fill in the information missing on the chart below. Condições de cresc. Atividade de LacZ Explicação (se menos que atividade máxima) Proteínas ligadas ao promotor e a posição de cada uma. Glicose + IPTG– - reprimido por LacI LacI ligada ao operador Glicose + IPTG + - não ativado por CAP ~ nada Glicose– IPTG– - CAP- cAMP promove a formação do complexo fechado e LacI promove a formação do complexo fechada, mas bloqueia a formação do complexo fechado. CAP- cAMP se liga ao sítio de CAP, a sigma70 -RNAP se ligou a -35 e -10, e LacI se ligou ao operador. Glicose– IPTG + + vai! CAP- cAMP se ligando ao sítio de CAP ativa o promotor, sigma 70-RNAP se ligará e rapidamente libera a região do promotor. cya IPTG + - Nenhum cAMP para ligar ao CAP, logo CAP não se ligará ao sítio de CAP e o promotor não é ativado. ~ nada cya - = um mutante no gene de adenilato ciclase. A ativação CA-cAMP do promotor de Lac aumenta a transcrição em ~50 vezes, logo assuma que a atividade de LacZ se refere a esta atividade altamente ativada (ativada através de CAP e não reprimida por LacI). 17 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 10) Você está estudando operon bacteriano recentemente identificado, YGO. Parece ser transcripcionalmente regulado por YGP e um produto de molécula pequena do operon, YGO. Este é transcrito pela RNAP mais sigma 70. a) Os resultados de análise genética da regulação do promotor que usa uma fusão de promotor ao lacZ são mostrados abaixo. Interprete cada conjunto de resultados, preenchendo a coluna de defeito molecular, e se a mutação é cis ou trans. Assuma em todos os casos que o repórter lacZ não sofre mutação. YGP Selv. + Pygo Selv. + defeito molecular tipo de mutação +YGO+YGO+++ na na nenhum Constitutiva +++ +++/+++ +++/+++ defeito de operador (não pode ligar o repressor YGP) (O segundo (cis) operon que você adicionou para checar cis x trans está reprimido, mas também está fundido ao LacZ, que já está sendo feito. Teria sido esclarecido se fundido a um gene diferente como luciferase, como discutido em classe.) genótipo YGO + YGO Tipo selv. mutante 1 +++ mutante 2 - - /- -/+++ mutante 3 +++ +++ -/+++ mutante 4 +++ +++ mutante 5 - - Defeito de promotor Não indutível (cis) +++/+++ repressor YGP não se liga ao +/- operador indutor de YGO Constitutiva (trans recessiva) +++/+++ +++/+++ repressor mutante YGP não reprime e bloqueia a repressão do tipo selv. Constitutiva Não indutível, dominante negativa (trans) -/- -/- repressor YGP se liga ao operador independente de indutor YGO e não se libera. Não indutível (trans dominante) Note que os mutantes 1 e 4 têm os mesmos fenótipos, mas há duas possíveis mutações que poderiam causar isto. 18 7.28 Spring ‘01 Respostas do Conjunto de Problemas #2 b) Você isola uma sexta mutação, que tem um fenótipo como o mutante 3 a não ser que se você superexpressar a proteína mutante 6 (é uma mutação trans ) a repressão é observada agora na presença de YGO. Como você pode explicar este achado? Que ensaio poderia fazer você para testar sua hipótese e que resultado você esperaria? YGP tipo selv. quando ligado por YGO poderia se ligar ao operador de uma maneira cooperativa e a mutação 6 abole esta ligação cooperativa. A superexpressão poderia suprimir o efeito da perda de cooperatividade e então poderia restabelecer a repressão. Para testar esta hipótese, use um de ensaio gel shift do promotor de operon de YGO, com concentrações crescentes de YGP selv. ou do mutante 6, na presença de YGO. O resultado que você espera se YGP selv. se ligar ao operador cooperativamente, quando ativado por YGO, e o mutante 6 não, é mostrado abaixo. 19