CAPÍTULO 5- Eletrônica e Física Quântica PROBLEMATIZAÇÃO O que são válvulas? Cite dois tipos. Como são constituídas? Qual é o princípio de funcionamento delas? Elas ainda são utilizadas em circuitos? Explique. Cite dois materiais semicondutores explicitando suas características. Explique em que consiste o processo de dopagem desses materiais. Qual é o objetivo desse procedimento. O circuito da cerca elétrica didática possui diodos na fonte de alimentação. Como são constituídos esses componentes? Qual é o princípio de funcionamento deles? Cite no mínimo três equipamentos em que os diodos estão inseridos. O que significa a sigla LED? Existe algum LED no circuito da cerca didática? Se existe, em que etapa está inserido? Qual é o princípio de funcionamento desses componentes? Qual o objetivo de associarmos resistores em série com os LEDs? Descreva de que forma podemos calcular a resistência do resistor ideal a ser associado em série com o LED num circuito. No final da etapa geradora de pulsos da cerca didática há um transistor. Como é constituído esse componente? Qual é sua função nesse circuito? Qual é o seu princípio de funcionamento? Escreva pelo menos três dispositivos que possuem esse componente no circuito. A etapa de disparo da cerca didática é composta por um componente denominado SCR. O que significa essa sigla? Como é constituído esse componente? Como ele funciona? Cite pelo menos outros três circuitos em que o SCR está inserido. O que são microchips? O que há dentro deles? O que significa a sigla CI? A cerca didática possui algum CI? Se possui, em que etapa ele está? Qual é sua função nesse circuito? Descreva a estrutura interna desse CI. Liste no mínimo outros três dispositivos que necessitam dele para funcionar. Observe na Figura 47 alguns dos elementos mencionados acima. TRANSISTOR DIODOS SCR CI LED FIGURA 47 CERCA ELÉTRICA DIDÁTICA VISTA DE CIMA 5.1 História da Eletrônica e Física Quântica A Figura 47 mostra vários componentes eletrônicos (diodos, o LED, o transistor, o SCR) e o CI, sendo que todos têm seu princípio de funcionamento baseado na Física Quântica. Para entendermos essa importante área da Física necessitamos de uma nova forma de pensar. Esse capítulo desenvolve uma evolução histórica da Eletrônica e da Física Quântica com posterior análise das características dos diodos, LEDs, transistores, SCRs e Circuito Integrados. Durante muito tempo os circuitos de detecção de ondas de rádio foram construídos com a utilização de um cristal semicondutor chamado de galena (nome comum atribuído ao sulfeto de chumbo). Embora esse cristal seja um minério de chumbo encontrado com facilidade na natureza e fosse muito eficiente no circuito mencionado, foi substituído pela válvula tipo diodo, desenvolvida por um físico inglês chamado John Fleming. Com o passar do tempo os circuitos receptores de ondas de rádio utilizando cristais de galena ficariam obsoletos. A válvula tipo diodo foi assim denominada por possuir dois eletrodos. Constituídos por cilindros metálicos, os eletrodos negativo e positivo eram chamados respectivamente de catodo e anodo, e ficavam submetidos ao ar rarefeito do interior de uma ampola geralmente de vidro. Quando houvesse uma diferença de potencial entre os eletrodos, o catodo, que tinha um filamento em seu interior, aquecia muito e liberava elétrons que deslocavam-se para o anodo. O ar rarefeito no interior da ampola facilitava o movimento dos elétrons. Se por acaso os eletrodos da válvula tipo diodo fossem submetidos a uma tensão elétrica contínua, os elétrons liberados pelo catodo poderiam ou não alcançar o anodo. Ao conectar o anodo e o catodo respectivamente no pólo positivo e negativo da fonte de tensão contínua, haveria corrente elétrica no circuito, caso contrário não. No caso dos eletrodos serem submetidos a uma tensão elétrica alternada, apenas haveria corrente elétrica em um sentido. Essa característica das válvulas diodo de permitir a condução de corrente elétrica em apenas um sentido chama-se retificação, sendo que uma das principais aplicações desses dispositivos era em circuitos responsáveis por converter corrente elétrica alternada em contínua. Um cientista norte-americano chamado Lee de Forest aperfeiçoou a válvula diodo inserindo nela mais um eletrodo chamado grade de controle, que tinha a função de controlar o fluxo de elétrons entre o catodo e o anodo. Em virtude desse tipo de válvula possuir três eletrodos passou a ser chamada de válvula triodo e tornou-se muito utilizada nos circuitos de detecção de ondas de rádio. Assim o sinal de audiofreqüência resultante da desmodulação podia ser amplificado e enviado aos fones ou alto-falantes, a fim de que o som emitido por esses elementos pudesse ser ouvido. Com o passar do tempo a válvula triodo passou a ser utilizada em uma grande variedade de circuitos eletrônicos pois era capaz de amplificar a corrente elétrica nos mesmos. Tanto a válvula diodo quanto a triodo funcionam baseando-se num efeito chamado termoiônico, por isso podem ser chamadas de válvulas termoiônicas. Esse efeito está associado à facilidade que os elétrons tem de libertar-se de um metal que tem sua temperatura aumentada. Uma vez que esses elétrons estejam dentro de uma ampola de vidro com ar rarefeito, o deslocamento deles para um condutor que esteja próximo carregado positivamente fica facilitada. As válvulas diodo e triodo propiciaram o aperfeiçoamento dos rádios, televisores, e mesmo dos primeiros computadores completamente eletrônicos, sem etapas eletromecânicas. Entretanto essas válvulas possuíam filamentos que queimavam com freqüência, a ampola de vidro quebrava com facilidade, apresentavam um grande consumo de energia e ocupavam um grande espaço. Os equipamentos que funcionavam com válvulas demoravam um determinado tempo para começar a funcionar e necessitavam obrigatoriamente de uma tomada. Os inconvenientes mencionados anteriormente levaram os cientistas a investigar possibilidades de substituir a tecnologia associada às válvulas por outra em seus empreendimentos. Na busca por alternativas eles conseguiram resultados frutíferos com a utilização dos chamados semicondutores. Assim nasceram os diodos, transistores e outros componentes. Mesmo com o advento destes novos componentes fabricados a partir de semicondutores, as válvulas continuam sendo incluídas nos circuitos de modernos amplificadores de áudio e em dispositivos profissionais de áudio existentes no interior de satélites orbitais. Para estudarmos os materiais semicondutores necessitamos substituir o modelo associado à condução elétrica estudado no capítulo 2, com base na Física Clássica, por outro, agora considerando a Física Quântica. Isto representa o limite para um dos modelos da Física Clássica. No início do século XX o físico alemão Max Planck propôs a idéia de que a energia radiante liberada por corpos que são submetidos a um aumento de temperatura é constituída por “pacotes” discretos. Cada “pacote” de energia seria chamado de quantum e haveria uma proporcionalidade direta entre a energia associada à cada pacote de energia e a freqüência de radiação envolvida. Einstein analisou um efeito que evidenciava a ejeção de elétrons por superfícies metálicas que recebiam luz. Ao interpretar este efeito, denominado de efeito fotoelétrico, esse físico chegou à conclusão sobre as propriedades corpusculares associadas à luz e de que a energia do fóton (corpúsculo de luz) era diretamente proporcional à sua freqüência. Por um artigo publicado em 1905 com essas idéias Einstein recebe o prêmio Nobel. Em 1911 um físico britânico chamado Ernest Rutherford realizou experimentos com folha de ouro e concluiu que os átomos possuem grande concentração de massa em seu núcleo e são constituídos por um imenso vazio. Para entendermos as propriedades elétricas dos semicondutores e outros materiais, é importante considerarmos o modelo de átomo de Bohr. Este importante físico dinamarquês propôs o modelo planetário do átomo em 1913 aplicando idéias de Einstein e Planck ao átomo de Rutherford. No modelo de Bohr os átomos são formados pelo núcleo, composto por prótons e nêutrons, e pela eletrosfera, onde situam-se os elétrons permanentemente em movimento, orbitando ao redor do núcleo. Bohr ousou ao afirmar que um elétron somente irradia luz quando salta de um nível de energia superior para um inferior e não quando está circulando ao redor do núcleo em um movimento acelerado. Em 1924 Louis de Broglie propôs a idéia de uma relação existente entre ondas e partículas. Essas ondas possuem as mesmas características das outras, podem então interferir, difratar, refletir, refratar. Assim, para esse importante físico francês, partículas materiais como os elétrons também têm propriedades ondulatórias, de forma que o comprimento de onda associado a qualquer partícula material é inversamente proporcional à quantidade de movimento associada a ela. A idéia de que o movimento dos elétrons ao redor do núcleo é como o dos planetas ao redor de uma estrela, vai de encontro ao caráter dual associado ao elétron. As órbitas então passaram a ser consideradas “nuvens” e “camadas”, regiões onde a probabilidade do elétron ser encontrado é maior. Cada camada está associada a um nível de energia, que é influenciado por sua distância até o núcleo, e são capazes de “acomodar” um número limitado de elétrons. Segundo Bohr os elétrons “ocupam” órbitas rigorosamente determinadas e são capazes de passar de um nível de energia para outro, de energia mais baixa ou mais alta do que “ocupava” anteriormente. Quando isso ocorre dizemos que houve um “salto quântico”. O espectro de emissão de um átomo isolado é formado por linhas discretas. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Animações Interativas 2 que é intitulada Níveis de energia de um átomo isolado, e possui a seguinte problematização: O que são os chamados saltos quânticos? Independente da quantidade de energia recebida por um átomo poderá ocorrer o salto quântico? Quais os critérios necessários para ele ocorrer? Cada elétron pode ser identificado por seus quatro números quânticos: o número quântico principal, representado por n (n=1 até 7), associado a cada camada (K, L, M, N, O, P, Q) e a um nível de energia específico, que depende da distância até o núcleo. O número quântico secundário ou orbital (l), que está relacionado a subníveis designados pelas letras s, p, d, f, g e evidencia a forma da órbita do elétron (que podem ser elipses de diferentes excentricidades ou circunferências), o número quântico magnético (ml) que está associado à quantização espacial e o spin do elétron (ms) . O número de elétrons capazes de se “acomodar” em cada camada é limitado, melhor dizendo, rigorosamente determinado. Segundo o Principio da Exclusão de Pauli, dois elétrons em um átomo não podem ter o mesmo conjunto de números quânticos. A configuração eletrônica do estado fundamental do carbono é mostrada na Figura 48, que evidencia que os elétrons preenchem os estados quânticos em uma ordem crescente de energia. Dois elétrons estão numa mesma órbita na camada K. A última camada (L) com quatro elétrons é denominada camada de valência. FIGURA 48 CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA DO ESTADO FUNDAMENTAL DO ELEMENTO CARBONO Podemos escrever essa distribuição eletrônica da seguinte forma: 1s2 , 2s2 , 2 2p . O diagrama da Figura 49 é para o hidrogênio, mas é típico dos gases, onde os átomos estão isolados. FIGURA 49 DIAGRAMA DE NÍVEIS DE ENERGIA PARA O HIDROGÊNIO Para o caso de substâncias sólidas, em virtude dos átomos estarem muito próximos, eles interagem causando uma distorção dos níveis discretos de cada átomo e o número de níveis permitidos aumenta, havendo o surgimento de bandas de energia. A banda de condução é a banda livre enquanto a banda de valência é a última banda que já possui elétrons. Dependendo do material é possível haver uma banda “proibida” entre as bandas de condução e de valência. Essa banda proibida corresponde a um gap ou simplesmente uma descontinuidade entre duas bandas permitidas. Em materiais condutores como os metais não há gap entre a banda de condução e a banda de valência, havendo a superposição entre essas bandas. Se houver um campo elétrico provocado por uma fonte externa atuando no material, mesmo que a energia fornecida aos elétrons seja pequena, elétrons de condução poderão ir para níveis de energia mais alta. Se houver um aumento na temperatura do material, ocorrerá uma elevação em sua resistividade elétrica. Observe a Figura 50 a. Em materiais isolantes puros há um gap muito extenso. Tanto com aplicação de um campo elétrico externo quanto com elevação de temperatura, a grande descontinuidade existente entre as bandas de valência e de condução, o grande gap, não permite que elétrons que estejam na banda de valência atinjam banda de condução. Assim esse tipo de material impede a passagem de corrente elétrica, pois não possui elétrons na banda de condução. Veja a Figura 50 b. O diagrama dos níveis de energia dos materiais semicondutores apresenta gap, mas não tão largo quanto o dos isolantes. Quando um campo elétrico externo atua sobre um semicondutor ou há aumento em sua temperatura, elétrons da banda de valência recebem energia, transferem-se para a banda de condução e passam a surgir lacunas (vagas) na banda de valência. Tanto os elétrons quanto as lacunas contribuem para a corrente elétrica. Observe a Figura 50 c. FIGURA 50 BANDAS DE ENERGIA DOS CONDUTORES, ISOLANTES E SEMCONDUTORES Atribui-se carga positiva às lacunas, pois movem-se no sentido contrário ao dos elétrons. Se submetermos um semicondutor a uma elevação de temperatura, haverá um aumento de sua condutividade, e conseqüente redução de sua resistividade elétrica. Esse comportamento dos semicondutores, que é oposto ao dos condutores, é explicado na Física Quântica pelo crescimento do número de elétrons livres na banda de condução. O silício é um dos materiais semicondutores mais empregados na eletrônica. Na forma pura ele é tetravalente, pois tem rigorosamente quatro elétrons em sua última camada, isto é, na camada de valência. São esses elétrons, chamados elétrons de valência, que participam das ligações entre os átomos do cristal, assim formam-se longas cadeias de átomos capazes de compartilhar elétrons. Se o material semicondutor estiver na forma pura ou intrínseca, a corrente elétrica será constituída por um número de elétrons que é exatamente igual ao de lacunas. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Animações Interativas 3 que é intitulada Movimento de elétrons e lacunas em um material semicondutor, e possui a seguinte problematização: Como ocorre o movimento de elétrons e lacunas em um material semicondutor puro quando submetido a uma diferença de potencial contínua entre seus terminais, e portanto a um campo elétrico sempre com o mesmo sentido? Por meio de um processo denominado de dopagem é possível modificar a quantidade de portadores livres nos materiais semicondutores, ou seja, fazer com que a corrente elétrica seja formada majoritariamente pelas lacunas ou pelos elétrons. Isso é obtido com a introdução de uma pequena quantidade de impurezas no semicondutor intrínseco. Essas impurezas podem ser materiais pentavalentes ou trivalentes. Vamos supor que de alguma maneira haja a adição de impurezas pentavalentes à estrutura cristalina do silício. Para cada átomo pentavalente que adicionamos na estrutura sobrará um elétron livre. Mas na prática são trilhões de átomos pentavalentes adicionados, e, portanto, trilhões de elétrons livres sobrando, resultando que esses elétrons sejam os portadores majoritários de corrente elétrica. Devido a isso o material semicondutor intrínseco torna-se um material extrínseco tipo N – N de negativo. Em virtude dos elétrons que sobram possuírem uma ligação muito tênue com os átomos pentavalentes existe muita probabilidade de transferirem-se para a banda de condução ao receber energia do próprio cristal, mesmo na temperatura ambiente. Assim a quantidade de elétrons na banda de condução pode crescer. Devido às impurezas pentavalentes doarem elétrons livres para a banda de condução, buscando ficar estáveis, elas são caracterizadas como doadoras e adquirem carga elétrica positiva. Nesse tipo de dopagem bandas que normalmente são proibidas passam a ter níveis doadores, havendo produção do material impuro tipo N. Um dos elementos que pode servir de impureza neste tipo de situação é o fósforo. Considere agora que de alguma forma haja a introdução de uma impureza trivalente na rede cristalina do semicondutor intrínseco. Nesse processo ocorrem três ligações completas de elétrons e surge um espaço vago (lacuna) devido à impureza possuir apenas três elétrons na camada de valência. Mas na realidade são trilhões de átomos trivalentes introduzidos, havendo a formação de trilhões de lacunas. Devido às lacunas serem os portadores majoritários de corrente elétrica, o material semicondutor puro torna-se um material extrínseco tipo P – P de positivo. Em virtude das impurezas trivalentes inseridas no semicondutor tenderem a atrair elétrons de átomos vizinhos para completar a quarta ligação, podem ser chamadas de receptivas e adquirem carga elétrica negativa. Nesse tipo de dopagem a banda que normalmente é proibida passa a ter níveis receptores em virtude das impurezas, formase o material impuro tipo P e cresce a quantidade de elétrons que se deslocam na banda de valência. Um dos elementos que pode servir de impureza nesse caso é o Alumínio. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Animações Interativas 4 que é intitulada Dopagem de um semicondutor intrínseco, e possui a seguinte problematização: Como fica a estrutura de um material semicondutor como o silício se adicionarmos nela átomos de uma impureza trivalente? E se os átomos adicionados forem de uma impureza pentavalente? Para compreendermos o funcionamento dos diodos, LEDs, transistores e SCRs é importante que saibamos como uma junção PN pode ser obtida e o que ocorre depois que ela é formada. É possível construir uma junção PN dopando uma das partes de um semicondutor de silício com impurezas trivalentes e outra adjacente com impurezas pentavalentes, com o objetivo de que uma região torne-se material tipo P e, a outra, tipo N. Depois que a junção é estabelecida começa o movimento de lacunas da região P (provenientes da banda de valência) para a N, e elétrons livres da região N (oriundos da banda de condução) para a P. Os elétrons e lacunas que passam a junção posicionam-se muito próximos à fronteira PN, de modo que cresce a carga elétrica em ambos os lados próximos à fronteira, e forma uma região denominada barreira de potencial, que possui carga elétrica total igual a zero. As cargas elétricas nessa região contribuem para existir um campo elétrico chamado de campo elétrico local. Esse campo, orientado de N para P, opõe-se ao deslocamento natural de elétrons e lacunas, até o momento de impedir quase que totalmente o deslocamento dessas cargas de um material para outro. FIGURA 51 REPRESENTAÇÃO EVIDENCIANDO AS CARGAS ELÉTRICAS NA JUNÇÃO E O CAMPO ELÉTRICO QUE ELAS GERAM ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 1 / Exercícios de 1 até 7. 5.2 Diodos A cerca elétrica didática conta com o funcionamento de vários diodos que localizam-se na fonte de alimentação da etapa de disparo, na própria etapa de disparo e na fonte de alimentação do gerador de pulsos. FIGURA 52 DIODOS 1N4001 Os diodos semicondutores são constituídos por uma junção PN e possuem dois terminais, o anodo (A) e o Catodo (C). Na Figura 52 o catodo é o terminal associado ao anel ou faixa. FIGURA 53 ESTRUTURA INTERNA DO DIODO FIGURA 54 SÍMBOLO DO DIODO FIGURA 55 ASPECTO INTERNO DO COMPONENTE Observe na Figura 55 que a parte funcional do diodo é realmente muito pequena em comparação ao tamanho total do componente. Há duas polarizações possíveis para esse dispositivo: direta e inversa. Se ligarmos os terminais do diodo aos pólos de uma bateria de modo que o anodo e o catodo conectem-se respectivamente aos pólos positivo e negativo, teremos caracterizado uma polarização direta. Observe a Figura 56. Nesta situação o campo elétrico produzido pelas cargas da barreira de potencial tem sentido oposto ao campo elétrico gerado pela bateria, diminui a barreira de potencial e há baixa resistência à passagem de elétrons e lacunas na junção PN. Nesse tipo de polarização existe corrente elétrica no circuito. FIGURA 56 DIODO COM POLARIZAÇÃO DIRETA Entretanto, se ligarmos os terminais do diodo aos pólos da bateria de modo que o anodo e o catodo conectem-se respectivamente aos pólos negativo e positivo, teremos caracterizado uma polarização inversa. Veja a Figura 57. Nessa situação o campo elétrico gerado pela fonte de tensão tem o mesmo sentido do campo elétrico produzido pelas cargas da barreira de potencial. Haverá aumento dessa barreira e alta resistência à passagem de elétrons e lacunas pela junção PN. Nessa situação o diodo praticamente não conduz, isto é, se houver corrente elétrica no circuito, ela será praticamente igual a zero. FIGURA 57 DIODO COM POLARIZAÇÃO INVERSA Os diodos semicondutores, além de terem grande vantagem em relação às válvulas diodo por serem menores, não consumirem tanta energia elétrica e serem mais confiáveis, também permitem, tanto quanto elas, a passagem de corrente elétrica em apenas um sentido. Essa característica, que denominamos de retificação de corrente elétrica, proporciona a eles uma enorme aplicação nos circuitos eletrônicos. Uma das principais é na etapa responsável por converter a corrente alternada em contínua, que está presente em grande parte dos equipamentos, inclusive na cerca elétrica didática. Mesmo que polarizemos diretamente o diodo, se a tensão não estiver acima de um determinado valor esse componente não conduz. Esse valor é a tensão associada à barreira de potencial que na temperatura ambiente vale 0,3 V para o germânio e 0,6 V para o silício. Nesse tipo de polarização um pequeno crescimento na tensão provoca uma elevação abrupta da corrente elétrica. Por isso na prática é aconselhável inserir um resistor em série com o diodo no circuito para a junção PN não ficar inutilizada. Considere que um diodo comum esteja polarizado inversamente e que UZ seja a tensão de ruptura, tensão Zener ou inversa máxima. Se por acaso ele ficar submetido a uma tensão superior à tensão de ruptura ocorre o Efeito Zener, há um rápido crescimento na intensidade de corrente elétrica e a junção é danificada, ocorrendo a queima do componente. Entretanto existem os diodos Zener, que são fabricados para funcionar submetidos a uma tensão inversa igual à tensão Zener. Eles são utilizados em muitos circuitos com o objetivo de estabilizar a tensão em determinados trechos. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em: 1) Animações Interativas 5 intitulada Diodos que possui a seguinte problematização: O que são diodos? Independente de como são inseridos em um circuito se comportam da mesma maneira? Como eles se comportam se estiverem diretamente polarizados? e se estiverem inversamente polarizados? 2) Guia de Experimentos 6 intitulado Circuito com um diodo semicondutor. ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 2 / Exercícios de 1 até 8. 5.3 LEDs A cerca elétrica didática possui um LED que indica o envio do sinal do gerador de pulsos para a etapa de disparo. Os LEDs são diodos emissores de luz (tradução de Light Emitting Diode). FIGURA 58 LEDs FIGURA 59 SÍMBOLO DOS LEDs O princípio de funcionamento dos LEDs é muito semelhante ao dos diodos comuns. A diferença é que elétrons livres oriundos da banda de condução da região N e lacunas provenientes da banda de valência da região P, ao passar a junção PN, aniquilam-se e há produção de luz. Considere que um elétron esteja em um nível mais alto na banda de condução e passa para um nível mais baixo no sentido de preencher uma lacuna presente na banda de valência. Nessa passagem do elétron entre dois níveis permitidos há emissão de um fóton cuja energia equivale a diferença de energia entre os dois níveis envolvidos. A freqüência associada ao fóton emitido depende do gap do material semicondutor envolvido, ou seja, o material empregado na fabricação dos LEDs determinará se a radiação emitida estará ou não dentro da faixa da luz visível. O fenômeno que ocorre no funcionamento dos LEDs chama-se eletroluminescência, onde a corrente elétrica é responsável pela emissão de luz. Existem LEDs que emitem infra-vermelho, ultra-violeta, vermelha, verde, azul, etc. Os LEDs não podem ser inseridos de qualquer forma em um circuito. Em um circuito de corrente contínua é necessário que este componente esteja diretamente polarizado, ou seja, o anodo (terminal mais longo- veja Figura 58) esteja ligado ao pólo positivo da fonte e o catodo (terminal mais curto) ao pólo negativo. Se ele for inserido de maneira inversa no circuito, não irá funcionar. Se a tensão aplicada no sentido inverso superar 5 V ele poderá queimar. Se por acaso o LED for ligado diretamente em uma fonte de alimentação haverá um curto-circuito capaz de danificá-lo por superaquecimento. É necessário então providenciarmos uma forma de limitar a corrente elétrica que passa por esse componente. Como já mencionado anteriormente isto é conseguido inserindo no circuito em série com ele um resistor, cujo valor dependerá da tensão fornecida pela fonte externa. A corrente direta máxima (ID) deverá estar entre 10 mA e 100 mA. Em virtude de apresentarem menor consumo de energia, os visores com cristal líquido passaram a ser utilizados nos mais variados dispositivos eletrônicos que possuíam visores com LEDs. Podemos encontrar os diodos emissores de luz nos gabinetes e monitores dos microcomputadores, em comunicação óptica, em alguns rádio-relógios e calculadoras antigas, além dos mais variados painéis de equipamentos eletrônicos. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Guia de Experimentos 7 intitulado Circuito com um LED. ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 2 / Exercícios 9 e 10. 5.4 Transformação de corrente alternada em corrente contínua Grande parte dos equipamentos eletrônicos que existem necessitam de corrente contínua para funcionar, é o caso dos microcomputadores, videogames, aparelhos de DVD e muitos outros. Mas as companhias de energia elétrica disponibilizam tensão alternada por meio das tomadas. Para que os aparelhos mencionados funcionem é necessário um circuito que converta corrente alternada em corrente contínua, ou seja, precisamos de um circuito que retifique a corrente elétrica. A retificação é o processo através do qual os elétrons deixam de ter um movimento de vai-e-vem para movimentarem-se em apenas um sentido. Há muitos circuitos capazes de retificar corrente alternada. Um componente imprescindível para seu funcionamento é o diodo pois, como vimos, ele permite que a corrente passe por um trecho condutor em apenas um sentido. Outro componente importante na retificação da corrente elétrica são os capacitores. A Figura 60 mostra as formas de onda de uma corrente alternada na entrada de um retificador (a); na saída de um retificador de meia-onda sem capacitor (b) e com capacitor (c); na saída de um conjunto de quatro diodos (ponte retificadora) sem capacitor (d) e com capacitor (e). i (A) t (s) (a) Corrente alternada na entrada de um retificador de meia-onda e de um retificador de onda-completa i (A) t (s) (b) Saída do retificador de meia-onda t (s) (c) Saída do retificador de meia-onda com capacitor na saída da retificação i (A) t (s) t (s) ( d) Saída do retificador de onda completa (e) Saída do retificador de onda completa com capacitor na saída da retificação FIGURA 60 FORMAS DE ONDA NA SAÍDA DE RETIFICADORES COM E SEM UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas no Guia de Experimento 10: Primeira parte: Retificação de meia-onda e de onda completa, e Segunda Parte: Transformação de tensão alternada em contínua. Nesse experimento inserimos um capacitor em paralelo com a saída de tensão de um circuito retificador com o objetivo de que tenhamos uma corrente quase uniforme, mais contínua e suave circulando pela carga (buzzer). 5.5 Transistores A cerca elétrica didática possui dois transistores localizados na etapa geradora de pulsos. Um deles fica localizado bem na saída dessa etapa. Os transistores são dispositivos semicondutores mais complexos do que os diodos em virtude de possuírem duas junções PN. Das funções que esse componente pode desempenhar num circuito, as principais são de amplificar sinais elétricos e promover chaveamento. FIGURA 61 3 TRANSISTORES TIP 31C E 4 BC548 Um grupo de cientistas da Companhia Telefônica dos Estados Unidos (Bell Telephone Laboratories), entre eles William Shockley, Walter Brattain e John Bardeen, estiveram envolvidos diretamente nas primeiras pesquisas do transistor entre os anos de 1947 e 1948. Os três foram homenageados com o prêmio Nobel de Física em 1956 pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento desse componente. As vantagens que os transistores apresentavam em relação às válvulas triodo, que é de possuírem maior durabilidade, não aquecerem tanto, consumirem menos energia, ocuparem menos espaço, aos poucos foram ficando evidentes, e fizeram com que fossem inseridos na maior parte dos circuitos eletrônicos. O termo “transistor” tem origem em “transfer resistor”, e foi cunhado no intuito de expressar que o funcionamento desse componente está associado à transferência de corrente elétrica de um determinado circuito para outro. Os transistores são constituídos por três regiões semicondutoras e podem ser do tipo NPN ou PNP. FIGURA 62 ESTRUTURA INTERNA E SIMBOLOGIA DOS TRANSISTORES NPN E PNP Analisaremos o caso de um transistor NPN. Observe a Figura 63. Ao construirmos um semicondutor extrínseco com duas regiões adjacentes, P e N, conforme já foi mencionado, cria-se uma barreira de potencial e forma-se um campo elétrico local. FIGURA 63 REPRESENTAÇÃO DA BARREIRA DE POTENCIAL, ENTRE AS REGIÕES P E N DO SEMICONDUTOR, E DO CAMPO ELÉTRICO LOCAL Observe na Figura 64 (a) o circuito constituído por uma junção PN, uma fonte externa F1 e uma chave aberta. Após fecharmos o circuito (Figura 64 b), temos uma junção PN inversamente polarizada. Como já foi mencionado anteriormente surge na junção o campo elétrico gerado pela fonte que possui o mesmo sentido do campo elétrico local, aumenta a barreira de potencial, aumenta a resistência à passagem de cargas pela junção PN, tornando praticamente nula a corrente elétrica no circuito. (a) (b) FIGURA 64 JUNÇÃO PN POLARIZADA INVERSAMENTE Considere que abaixo da região P seja inserido outro material tipo N do mesmo semicondutor, haja a construção de um novo circuito, tenha uma chave inicialmente aberta, e que seja colocada uma outra fonte de energia F2 (observe a Figura 65 (a)). Ao fecharmos a chave teremos a junção PN de baixo polarizada diretamente, diferente da junção PN de cima, que está inversamente polarizada. Essas polarizações são escolhidas com a finalidade de obtermos o chamado efeito transistor. Veja na Figura 65 (b) que a fonte F2 provoca na junção de baixo um campo elétrico contrário ao campo elétrico local, permitindo movimento de elétrons da região N para região P. Esses elétrons poderiam ficar em P, mas devido essa região do meio possuir muito pouca espessura, e aos campos elétricos que eles ficam submetidos (das junções e das baterias) tanto na junção de baixo quanto na de cima, recebem energia suficiente para chegar à região N de cima. (a) (b) FIGURA 65 FUNCIONAMENTO DE UM TRANSISTOR NPN EM UMA CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM Os transistores possuem três terminais que são chamados de emissor (E), base (B) e coletor (C), e são evidenciados na Figura 65 (b). Considerando o caso do transistor NPN representado, uma corrente elétrica entre E e B é intensificada pela existência do campo elétrico da junção entre B e C (de cima). Esse é o efeito transistor. Nessa situação as variações de corrente que ocorrem entre B e C, são as mesmas que ocorrem entre E e B. Existem três possibilidades de configuração para um transistor em um circuito, que pode ser base comum, emissor comum ou coletor comum. Em nosso exemplo o elemento comum é o emissor, portanto é de emissor comum. Essa configuração é a que produz maior ganho de potência, visto que provoca tanto ganho de corrente como de tensão. Um dos transistores utilizado no guia de experimento 11 é o BC 548. Essa nomenclatura significa que o transistor é de silício (B), é de áudio ou uso geral, (C), é NPN e de baixa potência. Sua corrente máxima de coletor varia entre 20 mA e 500 mA e sua tensão máxima de funcionamento varia entre 10 V e 80 V. Outro transistor utilizado nesse o guia é o TIP 31. Esse último é um transistor de potência, funciona com corrente máxima de coletor de 15 A, e tensão máxima entre E e C de 20 V até 100 V. O principal transistor no circuito da cerca elétrica didática está presente na saída da etapa geradora de pulsos. O oscilador monoestável dessa etapa libera um pulso de saída a cada segundo, aproximadamente, com intensidade insuficiente para fazer o SCR do circuito disparar. Para contornar esta situação e permitir que o SCR dispare foi introduzido na saída dessa etapa um transistor com configuração de emissor comum. Dessa forma haverá um ganho de corrente elétrica, proporcionando assim que o SCR dispare. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Guia de Experimentos 11 intitulado Circuitos com transistor. ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 3 / Exercícios de 1 até 6. 5.6 SCR A sigla SCR significa Silicon Controlled Rectifier, cuja tradução pode ser Diodo Controlado de Silício ou Retificador Controlado de Silício. O SCR é um componente da família dos tiristores, é capaz de conduzir corrente elétrica em apenas um sentido como os diodos, possuindo a vantagem de permitir a passagem de intensidades elevadas de corrente elétrica, além de poder ser disparado por agente externo. FIGURA 66 SCR TIC 106 O diodo controlado de silício é formado por quatro regiões semicondutoras e três terminais denominados anodo, catodo e gate (comporta, chamado usualmente de porta). A Figura 67 mostra a estrutura e o símbolo desse componente. ANODO (A) A P N GATE (G) (COMPORTA) P G N CATODO (C) C ESTRUTURA SÍMBOLO FIGURA 67 ESTRUTURA E SÍMBOLO DO SCR Para disparar o SCR é necessário que sua porta seja polarizada diretamente em relação ao catodo. Assim ele entra em condução como se fosse um diodo, conduzindo em apenas um sentido. Se a corrente for contínua, o SCR permanece indefinidamente em condução, mesmo que a polarização da porta seja retirada. Para compreendermos esse comportamento é preciso conhecermos a estrutura interna de um SCR, que equivale à estrutura do circuito da Figura 68. Observe que a porta do SCR está associada à base de um dos transistores e o coletor de cada componente está ligado na base do outro. O pulso positivo aplicado na porta ocasiona uma elevação na intensidade de corrente elétrica da base do transistor NPN e conseqüentemente também na intensidade de corrente elétrica que percorre seu coletor. Em virtude da base de cada transistor estar ligada no coletor do outro origina-se um processo de realimentação e há uma elevação na intensidade de corrente elétrica até um valor máximo associado às características do componente. Devido haver esta realimentação, mesmo que não haja mais o pulso que provocou o disparo (a corrente de porta inicial), o componente continua permitindo a passagem de corrente elétrica. A PNP G NPN C FIGURA 68 COMPOSIÇÃO INTERNA DE UM SCR Para desligar o SCR necessitamos que a corrente principal que passa no interior desse componente, entre o catodo e o anodo, seja anulada, ou mais precisamente, tem que ser reduzida abaixo de um valor mínimo denominado corrente de manutenção. Isso pode ser conseguido desligando o componente da fonte de energia externa por alguns instantes, abrindo momentaneamente o circuito, ou desviando a corrente elétrica por meio de um curto-circuito externo entre o anodo e o catodo. LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em Guia de Experimentos 12 intitulado Circuito com SCR. ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 4 / Exercícios de 1 até 6. 5.7 Circuitos integrados Se formos analisar componentes discretos como os capacitores, diodos, transistores, notaremos que suas partes funcionais são bem menores do que o volume total do componente. Em 4 de outubro de 1957 os soviéticos lançam eficientemente o satélite Sputnik I e com a corrida espacial em andamento os norte-americanos iniciam a investir massivamente na pesquisa em semicondutores com o objetivo de miniaturizar componentes eletrônicos. Os precursores no desenvolvimento dos circuitos integrados foram Jack Kilby, da Texas Instruments e Robert Noyce, da Fairchild Semiconductor, em 1958. Os circuitos integrados com o passar do tempo ficaram conhecidos como “microchips”, dispositivos que são constituídos por um aglomerado de componentes. O principal componente presente nos circuitos integrados são os transistores, mas eles também podem conter uma diversidade de outros componentes como resistores, capacitores e diodos, por exemplo. Existem hoje milhares de microchips, cada um com uma função. Dentro deles os componentes formam diminutos circuitos eletrônicos. Existem microchips nos mais variados equipamentos como televisores, relógios digitais, microcomputadores, DVDs, vídeo-games e aparelhos de som. FIGURA 69 ESTRUTURA INTERNA DE UM CIRCUITO INTEGRADO Existem muitas vantagens dos CIs em comparação com circuitos que utilizam componentes discretos, entre eles podemos citar um consumo mais baixo de energia, diminuição de erros na montagem, diminuição de tamanho, de custos, de peso e facilidade de produção em grande escala. O desenvolvimento da Física Moderna foi essencial para o estudo dos semicondutores. Assim foi possível a descoberta do transistor que não propiciou só uma mera substituição para as válvulas, mas a possibilidade de ir além, de se obter realizações jamais conseguidas anteriormente, sendo uma delas o advento dos CIs. O circuito da cerca elétrica didática possui na etapa responsável pela geração de pulsos um circuito integrado denominado CD40106B. Ele é constituído por inversores digitais CMOS. CMOS significa Complementary Metal-Oxide Semiconductor e faz parte da família lógica MOS. A resistência de entrada do inversor CMOS é muito alta (R entrada > 1.109 Ω), enquanto que a resistência de saída é relativamente baixa (R saída < 1000 Ω) e possui como característica sinais de entrada e saída invertidos, isto é, se a entrada apresentar nível lógico “1”, a saída apresentará nível lógico “0” e vice-versa. A cápsula utilizada na fabricação deste circuito integrado é com fila dupla de pinos, denominada DIL ou DIP. FIGURA 70 ESTRUTURA INTERNA DO CI UTILIZADO NA CERCA DIDÁTICA LINK Sugere-se que você realize as tarefas propostas em: 1) Animações Interativas 6 intitulada Inversores do CI CD40106B, que possui a seguinte problematização: Qual é o circuito integrado em que se baseia o funcionamento do gerador de pulsos da cerca didática? Qual a função lógica existente para o CI? Qual é sua característica? 2) Guia de Experimentos 13 intitulado Circuito com função lógica “Não”. ATIVIDADES Capítulo 5: PARTE 5 / Exercícios de 1 até 4.