III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. PAPILOMAVÍRUS HUMANO E A EFICÁCIA DA VACINA PROFILÁTICA PARA NEOPLASIA INTRA EPITELIAL CERVICAL 1 2 3 FERREIRA, Gabriela S.B. ; SANTOS, Priscila L.G. ; CAUDURO, Rayana C.F. ; ARELLANO, Carolina 4 N.S. 1 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. [email protected] 2 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. 3 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. 4 Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP. Disciplina de Citologia clínica Palavras-chave: Papillomavirus humano 16. Papillomavirus humano 18. Neoplasias do colo do útero. Vacinas contra papillomavirus. Infecções por papillomavirus. Prevenção de câncer de colo uterino. INTRODUÇÃO O Papilomavirus Humano (HPV) é vírus DNA não envelopado considerado fator necessário para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, uma doença de evolução lenta. De acordo com os dados do instituto nacional do câncer (INCA) é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Os HPVs tipo 16 e tipo 18 são os mais frequentemente associados aos casos de câncer do colo do útero. A vacina recentemente implantada no programa de vacinação do governo federal brasileiro representa uma ferramenta na prevenção das infecções pelo HPV e redução do número de casos de câncer do colo do útero. Existem atualmente duas vacinas profiláticas disponíveis no ® mercado: a vacina bivalente contra HPV 16 e 18 (Cervarix , GlaxoSmithKline) e a vacina ® quadrivalente contra HPV 6, 11, 16 e 18 (Gardasil , Merck Sharp & Dohme). A produção das vacinas tem sido bastante influenciada pelos avanços tecnológicos e científicos, considerada prática primária para a redução das doenças. OBJETIVO Realizar um estudo comparativo das vacinas para HPV disponíveis no mercado, enquanto ferramentas para prevenção do câncer de colo do útero. METODOLOGIA A metodologia de pesquisa será revisão de literatura sistemática, com abordagem dos dados através da análise de artigos científicos sobre a temática proposta. As ferramentas de busca serão as bases de dados Google Acadêmico, Scielo, Bireme e PubMed utilizando os termos HPV, vaccine cervical cancer, VLP, gardasil, cervarix, bivalent e tetravalente. Os artigos coletados foram do período de 2005 até 2015. DESENVOLVIMENTO As doenças HPV induzidas são: verruga comum, verruga plana e verruga plantar; condilomas; papilomatose laríngea; lesões intraepiteliais cervicais; carcinoma epidermóide e adenocarcinoma. Os tratamentos têm como objetivo eliminar os sintomas e diminuir a transmissibilidade da infecção. São utilizados os tratamentos destrutivos físicos e\ou químicos, imunomuduladores e excisionais. O uso de preservativo durante a relação é importante, porém pode ocorrer transmissão através do contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal. Comparando-se as estimativas do ano 2011,2012 e 2014 publicadas pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) é possível notar a diminuição do número de novos casos de câncer de colo de útero. Isso se deve aos programas de controle viabilizados pelo Governo. Realização III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. A vacina é importante instrumento de prevenção do câncer de colo útero em todo o mundo. É um produto recombinante que estimula a resposta humoral, capaz de induzir elevados títulos de anticorpos, superiores a infecção natural. São compostas por VLPs (Vírus-Like Particles), estruturas semelhantes ao capsídeo viral, mas não possuem DNA viral, o que proporciona segurança à vacina, já que não é possível a replicação. As vacinas profiláticas já aprovadas pela ANVISA e disponíveis no mercado são: a bivalente, Cervarix® (GSK), que protege contra os tipos virais 16 e 18 e a quadrivalente, Gardasil® (MSD), que protege contra os tipos virais 6, 11, 16 e 18. As vacinas são fabricadas utilizando a mesma tecnologia, mas com pequenas diferenças no que se refere ao organismo geneticamente modificado, escolha do adjuvante, posologia e indicação. Ambas se apresentaram seguras e ficazes para os fins destinados. Apresentam proteção cruzada parcial e efêmera à outros tipos de HPV não presentes nas vacinas. Esses tipos são 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 58, 59, 68. Isso se deve à similiridade genética entre alguns tipos de HPV. A campanha de vacinação contra o HPV no Brasil teve início em março de 2014. O público alvo dessa campanha são as meninas entre 9 e 13 anos. O esquema de vacinação adotado pelo Ministério da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses. A vacina utilizada na campanha brasileira é a quadrivalente (Gardasil®) recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer de colo do útero. Não substitui a realização do exame preventivo (Papanicolaou) e o uso de preservativo durante a relação sexual. A vacina é uma alternativa promissora para a redução da morbi-mortalidade pelo câncer cervical. È necessário acompanhamento para gerar dados sobre o impacto epidemiológico das campanhas de vacinação sobre a incidência do câncer do colo do útero, devido à lenta progressão da doença. Novas vacinas estão sendo desenvolvidas. É o caso do laboratório Merck Sharp & Dohme, onde estão desenvolvendo vacinas com noves tipos de HPV (6, 11,16, 18, 31, 33, 35, 52 e 58). CONCLUSÃO As vacinas para HPV tem se mostrado eficazes, mas estudos complementares de acompanhamento da imunogenicidade ainda são necessários para determinar sua efetividade em longo prazo. Métodos preventivos, realização de exames periódicos e campanhas informativas são necessários para proporcionar melhores resultados. A conscientização da população sobre o HPV e suas consequências é fundamental. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS BORSATTO, Alessandra Zanei; VIDAL, Maria Luiza Bernardo; ROCHA, Renata Carla Nencetti Pereira. Vacina contra o HPV e a Prevenção do Câncer do Colo do Útero: Subsídios para a Prática. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 1, n. 57, p.67-74, 24 jan. 2011. Disponível em: <http://forum.antinovaordemmundial.com/attachment.php?aid=2336>. Acesso em: 16 jan. 2015. BRASIL. Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações. MinistÉrio da SaÚde Secretaria de VigilÂncia em SaÚde. Guai prático sobre HPV: Perguntas e respostas. Brasília: Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações, 2014. 41 p. BRASIL. INCA. (Org.). SUS oferta vacina contra HPV para meninas de 9 a 11 anos: Vacinas já estão disponíveis nos 36 mil salas de imunização espalhadas pelo País. Ministério da Saúde recomenda que municípios também realizem vacinação nas escolas. 2015. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2015/sus_oferta_vacin a_contra_hpv_para_meninas_de_nove_a_onze_anos>. Acesso em: 24 mar. 2015. BRASIL. INCA. (Org.). Tem início campanha de vacinação contra HPV: Ministério pretende vacinar 80% do público-alvo. 2014. Disponível em: Realização III SIMPÓSIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Local: Centro Universitário São Camilo Data: 21 a 23 de maio de 2015. <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/agencianoticias/site/home/noticias/2014/tem_inicio_vacina cao_contra_hpv>. Acesso em: 08 mar. 2015. GLAXOSMITHKLINE BIOLOGICALS S.A. (Bélgica). Cervarix. Rixensart: Glaxosmithkline Biologicals S.a., 2013. 89 p. MERCK SHARP & DOHME FARMACêUTICA LTDA (Brasil). Impacto da Implementação da Vacina Quadrivalente contra o HPV em Programas Nacionais de Imunização na Redução de Doenças: A experiência australiana. Santa Catarina: Phoenix Comunicação, 2007. 6 p. Disponível em: <http://projetohpv.com.br/projetohpv/wp-content/uploads/2011/03/OPINIAO-ESPECIALISTAHPV-2012.pdf>. Acesso em: 09 mar. 2015. Realização