Transporte de Água nas Plantas Transporte de Água nas Plantas Ana Caroline S. Melo, Ananias Paulo G. Costa, Edson Tadeu S. Pinto, Marcelo B. Ribeiro, Marcelo dos Santos, Marco Aurélio P. S. Vidoca, Nathália R. Parente, Rodolfo Martins Orientador: Professor Dr. Jean-Jacques Bonvent, CCNH Universidade Federal do ABC - Campus Santo André Resumo Este projeto tem por objetivo mostrar de modo prático como ocorre o transporte de água nas plantas. Com base no fundamento teórico sobre a teoria da coesãotensão realizamos no laboratório um experimento que consistiu na observação do caminho percorrido pela água (adicionada de corante) na planta, para tanto utilizamos como amostra, exemplares de Manjericão e Aipo. INTRODUÇÃO A teoria de Dixon e Joly explica a ascensão da seiva inorgânica nas plantas, também conhecida por teoria da coesão-tensão. Esta tem como bases dois processos: um de natureza fisiológica, e outro de natureza físico-química. As células das folhas em contato com o ar circundante perdem água por evaporação, diminuindo assim, seu potencial hídrico. Sob estas condições, as células passam a “retirar” água das células vizinhas mais próximas (com maior potencial hídrico), sendo essa perda de água estendida até os vasos do xilema de célula para célula. Esses, por sua vez, compensam a água perdida por meio da absorção de água pelas raízes. Segundo a mesma teoria, a coluna de água no interior do xilema estaria sendo “puxada” para cima e assim estaria tensionada. A manutenção da “integridade” da coluna de água sob tal esforço, só seria possível devido à coesão entre as moléculas de água. A figura 1 ilustra o processo de transporte de água nas plantas. Figura 1: Processo de transporte de água nas plantas. [5] OBJETIVO Comprovar a teoria da coesão-tensão e determinar os parâmetros que influem no transporte de água na planta. METODOLOGIA Para realizar o experimento selecionamos exemplares de Manjericão e de Aipo. Retiramos todos do solo e os lavamos. Em dois exemplares, sendo um de IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011 Transporte de Água nas Plantas cada espécie, envolvemos todas as folhas com papel filme de modo que as mesmas ficaram isoladas do ar atmosférico. Os outros exemplares ficaram intactos, ou seja, com as folhas expostas ao ar atmosférico. Adicionamos 40 ml solução com corante em cada béquer e com o auxílio de uma tesoura, cortamos o caule das plantas obliquamente dentro do líquido, retirando a raiz da planta. Cronometramos o tempo, e a cada 10 minutos coletamos amostras fotográficas. Após 40 minutos retiramos as amostras dos béqueres, selecionamos algumas folhas de cada uma das plantas e analisamos a “olho nu” e com o auxílio de uma Lupa Binocular. até elas, pois essas estavam em contato com o ar atmosférico. Figura 3: Folhas de Manjericão coletadas de plantas mergulhadas em água com corante, (a) e (c) folhas das plantas que estavam em contato com o ar atmosférico, (b) folha da planta que estava envolvida com papel filme. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com base no experimento realizado chegamos aos seguintes resultados: A planta absorve água diretamente pelos vasos condutores do xilema, se esta tiver uma diferença de potencial hídrico. O tempo de absorção da água até as folhas depende principalmente do tipo de vegetal, do ambiente, da espessura de seus capilares, entre outros fatores. Os vasos condutores do xilema ficaram visíveis (figura 2), pois os corantes utilizados tinham um carácter ácido, sendo assim estes não interagiram com as paredes dos vasos condutores, não interferindo na absorção da água. Figura 4: Pedaços das folhas de Aipo coletadas de plantas mergulhadas em água com corante, (a) e (c) folhas das plantas que estavam em contato com o ar atmosférico, (b) folha da planta que estava envolvida com papel filme. CONCLUSÕES Concluímos que o transporte de água nas plantas acontece devido a dois processos: um de natureza fisiológica (transpiração) e outro de natureza físicoquímica (diferença de potencial hídrico), o transporte de água é essencial para a vida da planta e ocorre a partir da raiz, passando pelo caule e indo até as folhas, flores e frutos pelos vasos condutores do xilema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Kerbauy, Gilberto Barbante, Guanabara Koogan, Fisiologia Vegetal, 1º Edição, 2004. Figura 2: Vasos condutores da folha de Aipo observados com o auxilio de uma Lupa Binocular. A principal forma de perda de água nas plantas é por transpiração, as figuras 3 e 4 mostram que nas folhas (b) que estavam envolvidas com papel filme, as isolando do meio, a água não foi conduzida pelos vasos condutores até elas e que nas folhas (a) e (c), a água conseguiu chegar [2] Apeesato, Beatriz, Camelo, Maria, UFV, 2º Edição, 2009. Sandra [3] http://geonet.no.sapo.pt/fichas10/tpf.pdf AGRADECIMENTOS Agradecemos os docentes da área de CCNH da UFABC Prof. Dr. Danilo Centeno, Prof. Dr. Hana Masuda, Prof. Dr. Simone Freitas e Prof. Dr. Andréa Onofre. IX Simpósio de Base Experimental das Ciências Naturais da Universidade Federal do ABC - 12 e 13 de agosto de 2011