case csn - Microsoft

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CASOS
INDÚSTRIA PESADA
de
SUCESSO
UMA QUESTÃO DE
ESTABILIDADE
Windows Advanced Server ajuda CSN a reduzir
em até 90% o número de paradas não programadas
Q
uem conhece um pouco
da história da Companhia
Siderúrgica Nacional sabe que
não é por acaso que a CSN,
como é mais conhecida, é hoje
um dos maiores complexos siderúrgicos da América Latina.
Fundada como estatal em
1941, a primeira produtora de
aço do Brasil passou por um
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MICROSOFT BUSINESS
profundo processo de reestruturação em 1993, quando foi
privatizada. Desde então, a
CSN tornou-se uma empresa
cada vez mais competitiva e
preocupada em investir na
qualidade de seus produtos.
O desafio de superar as expectativas de seus clientes
levou a CSN a tomar uma série
de medidas com o objetivo de
aumentar a produtividade e
reduzir os custos operacionais.
Ao longo dos últimos anos, a
companhia não só adquiriu
novos equipamentos e investiu em soluções logísticas como também inaugurou uma
central própria de co-geração
termoelétrica. Foi nesse cená-
ANDREA MARQUES/FOTONAUTA
Ferreira e Mansur,
da CSN: evolução
tecnológica
garante agilidade
na produção e
redução de erros
rio de atualização que surgiu a
necessidade de a CSN integrar
seus apontamentos de produção aos demais sistemas corporativos, solução que hoje
utiliza o sistema operacional
de rede Microsoft Windows
2000 Advanced Server e o servidor de banco de dados Microsoft SQL Server 2000.
O processo teve início em
2001, quando a CSN procurou
a Chemtech, parceira da Microsoft, para implantar uma solução de MES – acrônimo em inglês de sistemas de execução
de manufatura (Manufacturing
Execution System). “Os sistemas que operavam a planta de
produção da CSN não permitiam evoluções para atender à
O NOVO
SISTEMA TRAZ
INFORMAÇÕES
EM TEMPO
REAL SOBRE
O PROCESSO
INDUSTRIAL,
COMO
TEMPERATURAS,
ESPESSURAS
E NORMAS
TÉCNICAS
DAS PEÇAS
PRODUZIDAS
tecnologia SAP. Por outro lado,
se continuássemos com eles,
teríamos uma situação de nãoconformidade no que diz respeito à confiabilidade dos
dados. Decidimos, então, pela
desativação dos sistemas legados”, explica Resilene Mansur,
gerente de Sistemas de Operações Industriais da CSN.
O sistema MES implementado na CSN foi o Heimdall, solução desenvolvida pela própria Chemtech. Inicialmente o
projeto utilizou o sistema operacional Microsoft Windows
NT e o banco de dados SQL
Server 7. Segundo Luiz Eduardo Ganem Rubião, diretor de
Operações da Chemtech, um
dos motivos que levaram à escolha do SQL Server e não do
Oracle foi a integração do
banco de dados com a solução MES adotada pela CSN.
A decisão foi uma prova da
crescente opção pelos sistemas
baseados em Windows e SQL
Server em processos de missão
crítica. Com altíssimo desempenho e escalabilidade vertical
ou horizontal, as soluções
construídas com tecnologia Microsoft atingem as mais exigentes necessidades de computação por uma fração do
preço de um sistema comparável na plataforma Sun/Oracle.
A implantação do Heimdall
na CSN abrangeu toda a Usina
Presidente Vargas, em Volta
Redonda (RJ). Além do sucesso da partida do sistema, que
foi feita sem interromper a
continuidade do fluxo de in-
formações do processo produtivo, a camada MES permitiu à
CSN uma série de benefícios,
entre eles a agilidade na produção, com a programação
otimizada disponível para a
operação, e a redução de erros, obtida com a integração
de equipamentos de medição,
como balanças automáticas.
Outro ganho importante foi
a capacidade de dispor, em
tempo real, de informações detalhadas sobre o processo de
produção, como temperaturas,
espessuras e normas técnicas.
Graças ao sistema MES, esses
dados começaram a ser analisados de qualquer estação de
trabalho ligada à rede corporativa, por qualquer profissional
autorizado pela CSN. Todo o
sistema envolveu o treinamento de mais de 2 mil usuários.
Upgrade necessário – Um
ano depois de o MES estar funcionando na CSN, reuniões técnicas com as equipes da
Chemtech e da própria Microsoft fizeram com que a CSN
decidisse migrar para a plataforma Windows 2000 Advanced Server e para o banco de
dados SQL Server 2000. Segundo Francisco Ferreira, gerente
de Suporte Técnico da CSN, as
literaturas apresentadas e as referências colhidas no mercado
davam conta de que os novos
sistemas eram mais estáveis
que as versões utilizadas inicialmente pela CSN. Foi elaborado, então, um projeto de upgrade de infra-estrutura. “Para
que as características e as re-
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EVOLUÇÃO CONTÍNUA
Há cerca de dois anos, a CSN decidiu implementar um sistema MES na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda
(RJ). O Heimdall – sistema MES criado pela Chemtech, parceira da Microsoft – foi desenvolvido com base na linguagem
Microsoft Visual Studio e utilizou como infra-estrutura o sistema operacional Microsoft Windows NT e o banco de dados
Microsoft SQL Server 7. Em novembro de 2002, foi concluído
o processo de migração para o Windows 2000 Advanced
Server e o SQL Server 2000.
■
Usuários cadastrados: 3,2 mil
■ Estações
de trabalho (micros): 2 mil
■ Servidores
de produção em cluster com
oito processadores cada: 2
■ Mensagens
Instalações da
CSN em Volta
Redonda:
5,8 milhões
de toneladas
de aço bruto
por ano
trafegadas por dia: 45 mil
2000, paradas obrigatórias, de
pelo menos 1 hora, eram realizadas semanalmente para
limpar a base de dados ou
fazer alguma manutenção.
Eram procedimentos programados, para não comprometer a performance do sistema.
Mas o maior problema eram
as paradas não programadas.
Hoje o cenário é totalmente
diferente. Além de ter diminuído a periodicidade das paradas programadas de uma por
semana para uma por mês, o
novo sistema também reduziu
drasticamente o número de
paradas não programadas. “É
difícil mensurar o quanto conseguimos ganhar com essa migração no que diz respeito às
paradas não programadas. Mas
creio que, com a nova versão,
elas caíram 90% ou mais”, afirma Ferreira. Com a redução
chão de fábrica. “Qualquer
parada de meia hora no sistema pode fazer com que os
equipamentos de produção,
dentro da fábrica, também
parem, o que gera prejuízo
para a companhia”, diz Ferreira. Ele conta que, antes da migração para o SQL Server
DIVULGAÇÃO/CSN
gras de negócios específicas da
CSN fossem tratadas de forma a
não comprometer a performance de toda a solução, o sistema
MES foi desenvolvido com mais
de 1,6 mil rotinas do SQL Server 2000”, lembra Mansur.
O processo de migração,
concluído em novembro de
2002, também envolveu a
aquisição de um novo equipamento, que fica em stand by,
recebendo automaticamente
toda a replicação da base de
dados. Como a CSN usa o Advanced Server em cluster, isso
significa que, se houver algum
problema ou for preciso fazer
qualquer atualização no cluster, basta recorrer à outra máquina. “Isso só foi possível por
meio do SQL Server 2000”,
afirma Ferreira.
O upgrade também trouxe
estabilidade ao sistema, considerado um dos mais críticos
da CSN por controlar todo o
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MICROSOFT BUSINESS
das paradas e a melhoria de
performance do sistema, a
CSN já conseguiu reaver o que
foi investido no projeto.
Resultados imediatos – O
Laminador de Tiras a Quente
(LTQ) da CSN é um bom termômetro para se medir a importância da estabilidade do
novo sistema. Responsável pela
produção de bobinas de aço,
esse equipamento tem a capacidade de produzir uma bobina
a cada minuto. Na hipótese de
ocorrer uma queda no sistema
na hora em que não há fila de
entrada de material no equipamento, a CSN corre o risco de,
a cada minuto, perder uma bobina de produção – um prejuízo que não será recuperado, já
que não é possível aumentar a
velocidade do LTQ.
O LTQ também serve para
exemplificar a importância do
sistema MES na CSN. Para cada
bobina produzida no equipamento, podem ser enviados
cerca de 75 dados primários do
material de entrada (placa) para
o ERP. Como o tempo médio
de produção de uma bobina é
1 minuto, seria humanamente
impossível garantir a entrada
manual desses dados no sistema de forma confiável.
A apuração do retorno do
investimento no sistema MES
ainda é um processo em evolução dentro da CSN. No entanto, segundo Mansur, já é
possível observar reduções
nos níveis de estoque dos
produtos em processos, agilidade nas tomadas de decisão
apoiadas nas informações integradas pelo sistema, dimi-
COM O
UPGRADE
PARA A LINHA
2000, A
ESTABILIDADE
DO SISTEMA
AUMENTOU. AS
PARADAS
PROGRAMADAS
FORAM
REDUZIDAS
DE UMA POR
SEMANA PARA
UMA POR MÊS
nuição do lead time e redução
de relatórios em papel. Ferreira também destaca como benefício o controle de qualidade do material produzido. De
acordo com ele, o fato de o
sistema saber exatamente o
que está fazendo, e quais os
ajustes necessários para produzir o que foi solicitado, elimina o risco de a CSN fabricar
algo que não atenda às expectativas do cliente.
A CSN e a Chemtech realizam um trabalho contínuo de
manutenção e melhoria do
Heimdall, incluindo aí a análise de arquiteturas de software
e hardware e a criação de novas telas de consulta e novos
relatórios. Ferreira, no entanto,
ressalta que a CSN tem uma
postura conservadora no que
diz respeito aos investimentos
em tecnologia. “Não procuramos seguir sempre o que é
top de linha, porque nossa filosofia não é investir em tecnologia só por tecnologia, e
sim investir no que realmente
trará benefício ao negócio da
CSN”, afirma o gerente de Suporte Técnico.
Entre os projetos da CSN,
está um sistema que irá aplicar
a solução Heimdall para a camada MES da CISA, unidade
corporativa da CSN localizada
em Araucária, no Paraná. A
CSN também tem trabalhado
na evolução de seus sistemas
de logística e e-business. Por
meio do Modelo Integrado de
Negócio (MIN), a CSN espera
integrar, de forma segura, as
informações importantes para
os processos de compra, venda
e atendimento aos clientes.
COMPLEXO SIDERÚRGICO
Fundada em 9 de abril de 1941, a Companhia Siderúrgica Nacional iniciou
suas operações em 1o de outubro de 1946, passou a exportar aço para o mercado internacional em 1977 e foi privatizada em abril de 1993. Hoje, a partir da
Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, a CSN
é capaz de produzir 5,8 milhões de toneladas de aço bruto por ano.
Com uma área total de 3,76 quilômetros quadrados e área construída de
2,12 quilômetros quadrados, a Usina Presidente Vargas desenvolve importantes
soluções para seus clientes, como laminados a quente, laminados a frio, galvanizados e folhas metálicas. Os dois altos-fornos atualmente em operação na
usina produzem, em conjunto, 13,5 mil toneladas de ferro-gusa por dia.
A CSN possui participação acionária ou controle acionário total em diversas
empresas, entre elas a Indústria Nacional de Aços Laminados – INAL S/A, que
atua no processamento e na distribuição de aços planos; a CISA – Indústria de
Aços Revestidos S.A., unidade de laminação e revestimento da CSN; a GalvaSud, especializada na produção de bobinas galvanizadas e no beneficiamento
de aços planos para a indústria automotiva; e a Metalic, produtora e fornecedora de embalagens de aço para bebidas.
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