Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus Joinville Curso: CTI - Mecânica e Eletroeletrônica Módulo: II Unidade Curricular: História I Prof. Anderson dos Santos AULA 3 – REINOS DA MESOPOTÂMIA SUMÉRIOS (3000 a. C.-2350 a.C.) 3 mil anos a. C. (vindos do Irão); Ur, Uruk e Lagash (Cidades Estados); REIS: poderes políticos, religiosos e militares; Aperfeiçoamento das técnicas de irrigação, obras arquitetônicas, manifestações artísticas, intensa atividade comercial; Escrita cuneiforme (forma de cunha). ACÁDIOS (2350 a. C.) Ocupação da caldéia; Sargão I reinou sobre o Sul da Mesopotâmia (assimilação da cultura sumeriana e conservação das cidades-estados); REIS = PATESIS; Manutenção da escrita sumeriana. BABILÔNICOS (2000 a. C.) Amoritas deserto da Arábia) Cidade da Babilônia; Primeiro Império babilônico; Apogeu com Hamurábi – 1728-1686 a. C.) Domínio de praticamente toda a Mesopotâmia; Código de Hamurábi. As leis da Babilônia: O Código de Hamurabi continha 292 preceitos que, reunidos paraenaltecer a justiça do governante, não precisavam ser aplicados por aqueles que administravam a justiça. Foi compilado em escrita cuneiforme e versava sobre os mais variados assuntos.. Composto no governo de Hamurabi, o código babilônico continha vários itens relacionados à vida social e ao cotidiano da população. Um deles dividia a população da Babilônia em pessoas livres, subalternas e escravas. Os pagamentos por serviços deviam variar conforme a natureza do trabalho realizado. Os honorários de um médico deviam considerar a condição social do enfermo. Se uma casa desmoronasse, o arquiteto responsável pela construção era condenado à morte. As decisões da justiça podiam ser escritas, admitindo-se apelação ao governante. O código babilônico foi descoberto pelo arqueólogo francês Jacques de Morgan, em 1901. VAINFAS, Ronaldo. et al. História. V. 1. 1ª ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 2010. Alguns trechos do Código de Hamurábi: • 6 - Se alguém roubar a propriedade de um templo ou corte, ele deve ser condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo do ladrão deve ser igualmente condenado à morte. • 21. Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado. • 25. Se acontecer um incêndio numa casa, e alguns daqueles que vierem acudir para apagar o fogo esticarem o olho para a propriedade do dono da casa e tomarem a propriedade deste, esta(s) pessoa(s) deve(m) ser atirada(s) ao mesmo fogo que queima a casa. • 128. Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher não será esposa dele. • 132. Se o "dedo for apontado" para a esposa de um homem por causa de outro homem, e ela não for pega dormindo com o outro homem, ela deve pular no rio por seu marido. • 155. Se um homem prometer uma donzela a seu filho e seu filho ter relações com ela, mas o pai também tiver relações com a moça, então o pai deve ser preso e ser atirado na água para se afogar. • 157. Se alguém for culpado de incesto com sua mãe depois de seu pai, ambos deverão ser queimados. • 195. Se um filho bater em seu pai, ele terá suas mãos cortadas. • 196. Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho]. • 197. Se um homem quebrar o osso de outro homem, o primeiro terá também seu osso quebrado. • 198. Se ele arrancar o olho de um homem livre, ou quebrar o osso de um homem livre, ele deverá pagar uma mina em ouro. • 199. Se ele arrancar o olho do escravo de outrém, ou quebrar o osso do escravo de outrém, ele deve pagar metade do valor do escravo. • 200. Se um homem quebrar o dente de um seu igual, o dente deste homem também deverá ser quebrado [ Dente por dente]; • 218. Se um médico fizer uma larga incisão com uma faca de operações e matar o paciente, ou abrir um tumor com uma faca de operações e cortar o olho, suas mãos deverão ser cortadas. • 219. Se um médico fizer uma larga incisão no escravo de um homem livre, e matá-lo, ele deverá substituir o escravo por outro. • 229 Se um construtor construir uma casa para outrem, e não a fizer bem feita, e se a casa cair e matar seu dono, então o construtor deverá ser condenado à morte. http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/hamur.html ASSÍRIOS (1800 a. C.) Semitas habitantes das margens do Tigre; Senaqueribe (703 – 681 a. C.); Assurbanipal ( 668-631 a. C.); Máxima expansão; Construção de uma biblioteca com tábuas de barro – Biblioteca de Assurbanipal – contendo textos sobre a vida política e religiosa do império assírio; Belicosos; agressivos, mutilações, torturas, deportações em massa. A Guerra Assíria Eis uma inscrição em que o rei da assíria, Assurnazirabal, narra uma expedição contra rebeldes: “atravessei a montanha e avancei sobre Kinabou, fortaleza de Hulaí (o chefe rebelde)... Em um choque impetuoso como a tempestade, eu me abati sobre a cidade, conquistei-a ; 600 de seus guerreiros passei a fio de espada, 3000 prisioneiros entreguei às chamas, e não deixei um só vivo para servir de refém. Hulaí, aprisionei-o vivo por minhas próprias mãos, esfolei-o e estendi sua pele sobre a muralha... De Kinabou, parti e aproximei-me de Tela. A cidade estava poderosamente fortificada por três muralhas e suas numerosas tropas... Por batalha e carnificina, assaltei a cidade e conquistei-a. Três mil de seus guerreiros passei pelas armas..., entreguei muitos às chamas e fiz um número de prisioneiros vivos: a uns cortei as mãos e dedos, a outros o nariz e as orelhas; a muitos tirei a vista. Fiz um feixe de vivos e outro de cabeças; amarrei as suas cabeças aos cepos de vinha em torno da cidade. Atirei os moços e as moças ao fogo. ( ISAAC, J. & Alba, A. História Universal: Oriente e Grécia. São Paulo: Mestre Jou, 1968, p.68.) CALDEUS (séc. VII a. C.) Povo originário da península arábica; Fixação na margem oriental do rio Eufrates; Conquista da Babilônia (625 a. C.); Conquista de Assur (615 a. C.); Conquista de Nínive (612 a. C.); Fundação do Segundo Império Babilônico (Império Neobabilônico); Nabucodonosor II (apogeu). Conquista do Reino de Judá e destruição do Templo de Jerusalém (587 a. C.); Deportação de milhares de hebreus e Cativeiro da Babilônia; Derrota para os persas (539 a. C.), comandados por Ciro II, O Grande; ECONOMIA: Agricultura (base) → trigo e cevada; Similaridade com Egípcios; Cultivo e criação de animais (organização em comunidade); Cidades → Artesanato e intenso comércio; Trocas por metais (poucas moedas); Um dos maiores centros comerciais do oriente antigo; Modo de Produção Asiático. Aspectos políticos: Teocracia (porém o Imperador não era Deus vivo); Reis como representantes entre os deuses e os homens; Nunca houve um Estado mesopotâmico; Supremacia efêmera de um povo sobre os demais. ASPECTOS SOCIAIS E RELIGIOSOS: Sociedade dividida e hierarquizada; Imperadores e suas famílias, sacerdotes, aristocratas, comerciantes e militares; Maioria da população: camponeses, artesãos e escravos; Politeísmo (deuses personificando fenômenos da natureza e formas humanas) Diferença entre deuses e humanos nas potencialidades daqueles; Anu (céu), Ishtar (amor), Shamash (sol); LEGADO: Escrita cuneiforme; Divisão do dia em 24 horas; hora em 60 min; min. em 60 seg. Círculo em 360 graus; Calendário 12 meses; Semanas 7 dias; código de Hamurábi. LEMBRETE 1: Politeísmo (Crença em vários deuses) LEMBRETE 2: Teocracia (Poder divino) “Obs. Na Mesopotâmia o Imperador não era considerado um deus vivo” LEMBRETE 3: Modo de Produção ASIÁTICO (ESTADO FORTE+MÃO-DE-OBRA ESCRAVA+PRODUÇÃO AGRÍCOLA) Para ler: CASELLI, Giovanni. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Melhoramentos, 1990. _________________. Mesopotâmia: o amanhecer da civilização. São Paulo: Moderna, 1993. REDE, Marcelo. A Mesopotâmia. São Paulo: Saraiva, 2002. PINSKY, Jaime. As Primeiras Civilizações. São Paulo: Contexto, 1994. Para assistir e navegar: http://tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item&item_id=1630 http://www.angelfire.com/me/babiloniabrasil/index.html