O Encontro Bhagavan Sri Ramana Maharshi A Luz no Caminho - Associação Espiritualista - Distribuição gratuita Novembro-dezembro de 2013 Kartikai, a Luz das luzes Agenda No dia de lua cheia do mês de Kartikai (novembro-dezembro no calendário gregoriano) os hindus celebram o Kartikai Deepan, o Festival das Luzes. Neste dia, um enorme farol é aceso no topo do Monte Arunachala, em Tiruvannamalai, no sul da Índia. Este ano, o festival ocorreu no dia 17 de novembro. Conta-se que Kartikai Deepan celebra o dia em que o Senhor Shiva apareceu, na forma de uma coluna de fogo, a Brahma e Vishnu, que, levados por seus egos, disputavam entre si, quem era o maior. Shiva determinou que aquele que encontra-se a base ou o topo do pilar de fogo seria declarado o maior. Porém, o Ser Real, Deus, represen- tado por aquela coluna de fogo, não tem limites, Ele está em toda parte, e brilha como a Luz das luzes no coração espiritual de todos os seres. Quando Brahma e Vishnu, finalmente, se interiorizaram e se aperceberam desta verdade, seus egos foram aniquilados e a paz reinou. A luminosidade daquela coluna de fogo era tão forte que o Senhor Shiva, em sua infinita compaixão, transformou-a no sagrado Monte Arunachala, para que os homens pudessem adorá-lo. Assim, em Tiruvanamalai, Shiva é adorado na forma de Arunachaleswara (o Deus Arunachala), o fogo sagrado da sabedoria que destroi os egos e liberta os corações. Para celebrar Kartikai Deepam, os devotos acendem lamparinas, como símbolo da busca pela luz da sabedoria eterna. O óleo usado para acender a lâmparina, simboliza as tendências inatas do homem, que fazem com que o ego se revele e se fortaleça. O pavio é o próprio ego. O fogo simboliza a sabedoria espiritual, que queima tanto as tendências (o óleo) como ego (o pavio) e leva o homem à realização da Verdade Suprema. Ao aniquilar as tendências e o ego no fogo do conhecimento, o homem contempla, finalmente, a Luz das luzes, Deus, que habita seu próprio coração espiritual. Isto é Kartikai Deepam Real. Editado po Lêda Maria Fraga do site http:// premaarpan.wordpress.com/2011/12/01/kartikai-deepam/ Editorial A felicidade em busca de Ti Por Marcos Garcia O ritmo da vida que levamos, porque aceitamos as regras da sociedade da disputa, nos tira muitas vezes o discernimento, a paz interior, o diálogo franco e verdadeiro, principalmente, com quem a gente quer bem. 02 Editorial Continuação E aí, vem um redemoinho de pensamentos, uma avalanche em todos os caminhos que queremos trilhar. Falta ar, fôlego, tranquilidade, felicidade. Falta a ligação direta com o Pai Maior, aquele que nos deu a oportunidade de viver uma nova experiência. E como negar, ou melhor esquecer, porque estamos aqui. Viemos para melhorar a vida e a relação entre as pessoas e não para confrontar. O confronto nos cega e não deixa entrar quem está a nossa porta. Ou vocês acham que Deus não está junto de nós, dentro de nós? Abrir a porta é abrir o coração e deixar entrar quem está buscando a oportunidade para ficar: A Felicidade. Para mantê-la é só deixar aberto o coração. Círculo de Estudos Conhecendo o Hinduísmo Não se pode entender Hinduísmo como um único conceito. Esta diversidade de questões designam, na verdade, um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas que surgiram na Índia, a partir de 2000 a.C. O termo é uma visão ocidental do que acontece com a complexidade de práticas indianas. Podese dizer que é uma ideia genérica que tende a encaixar “tudo que vem da Índia religiosa e filosófica” como sendo Hinduísmo. Entretanto, é conveniente que se diga que, historicamente, a palavra hindu antecede o Hinduísmo como religião; o termo é de origem persa e primeiramente referia-se ao povo que residia do outro lado (do ponto de vista Persa) do Sindhu ou Rio Indus. O Encontro Novembro-dezembro, 2013 Em sânscrito a expressão que melhor se compara à compreensão do Hinduísmo é Sanatana Dharma ("a ordem permanente"). Nesta visão abrangente, é correto afirmar que os conceitos coincidentes entre a variedade de interpretações e diversidade de práticas hinduístas são: o dharma (a lei) e moksha (libertação). Em outras palavras, por mais singular que seja uma prática hinduísta em uma região específica, todos se apoiam nos mesmos pilares de libertação e cumprimento da Lei. Ao contrário de outras grandes religiões do mundo, o Hinduísmo não possui apenas um único fundador e está baseado em vários textos sagrados desenvolvidos através dos séculos. Por Daniel Soares Assim, as escrituras hindus são divididas em duas categorias: 1 - Shruti: aquela que se escuta, de tradição oral; 2 - Smriti: aquela que se recorda de transcrições e representações escritas da tradição. Entre tais textos temos: os Vedas e os Upanishads (shruti); os Puranas (smirtis) e os épicos Mahabharata e Ramayana. Próxima palestra Tema: Ramana Palestrante: Nelson Lara dos Reis Data e horário: 23 de novembro, às 19h Filosofia Vivekananda, Eu suponho A presença de Bhagavan era um refúgio de paz. Ele ficava reclinado no sofá, no salão de meditação, e os devotos sentavam-se, todos, à volta do sofá. Para a maior parte dos devotos, a proposta era de manter um completo silêncio. Raramente alguém falava, porque raramente alguém sentia necessidade de falar! Bhagavan e seus discípulos comungavam do silêncio vibrante que impregnava o salão de meditação. Quando o olhar de Bhagavan se detinha sobre um de nós, nos sentíamos eletrizados. Todas as dúvidas desapareciam e mergulhávamos, profundamente, em nós mesmos. Nossa absorção no Ser era sempre intensificada pelo olhar de Graça de Bhagavan. Uma vez ou outra alguém fazia uma pergunta. Bhagavan raramente falava, e quando o fazia, havia uma grande economia de palavras. Em poucas palavras Ele conseguia dar grande explicação. Um dia, um homem jovem, bem educado, veio a Bhagavan, prostrou-se e sentou-se. Tínhamos a impressão que o jovem esperava por uma oportunidade para dizer alguma coisa. O sereno silêncio do salão foi logo quebrado pela voz do jovem. Ele disse a Bhagavan: ”Diz-se que Ramakrishna Paramahamsa foi capaz de conduzir Vivekananda ao estado de Nirvikalpa Samadhi com um único toque. Bhagavan poderia fazer o mesmo por mim? Bhaga- 03 van não respondeu. O jovem aguardava com óbvia impaciência a resposta de Bhagavan. Após alguns minutos de silêncio, Bhagavan olhou para o jovem e com voz suave respondeu: Você é um outro Vivekananda, eu suponho? O jovem estava desconcertado. Estava sem palavras. Seu embaraço, desconforto era visível para todos no salão. Claramente incapaz de disfarça-lo, o jovem levantou-se e deixou o salão sem falar mais nada! Após o jovem ter deixado o salão, Bhagavan comentou para nós: “Ninguém se preocupa com a necessidade da autoanálise e da autocrítica. A tendência geral é pensar em si mesmo como perfeito, e buscar oportunidades para colocar defeitos nas outras pessoas. Este jovem não tem tempo para pesquisar sua própria natureza. Tudo que ele pôde ver foi um Saddhu reclinado em um sofá, cercado por um grupo de discípulos reverentes. Ele queria ver se eu era digno de toda esta reverência!” “Ele estava impaciente para ver se eu tinha o poder de Sri Ramakrishna, embora não estivesse preocupado sobre se ele tinha o mérito de Vivekananda. Isto porque ele se sentia perfeito. Sri Ramakrishna concedeu este mérito a Vivekananda por que ele era uma pessoa de raro mérito espiritual.” As palavras de Bhagavan tiveram um profundo efeito sobre todos nós no salão. Por que se preocupar com isto ou aquilo? Tente conhecer primeiro a si mesmo. Do livro Cherished Memories, p. 188. Novembro-dezembro, 2013 O Encontro 04 A Casa da Benita Benita Rodrigues Martins Casa de Ramana Por Vera Lúcia Simões Faria Benita Rodrigues Martins nasceu em 16 de setembro de 1936 e hoje, aos seus 77 anos de idade, é uma das senhoras residentes na Casa de Ramana. Benita nunca se casou, não tem filhos e seu único contato é uma sobrinha, que mora fora do Rio e telefona muito raramente. Ela chegou à Casa de Ramana em julho de 2007 quando, depois de bastante tempo internada em uma casa de saúde e já recuperada, não tinha para onde ir. Benita residiu boa parte da sua vida no centro do Rio de Janeiro, de aluguel. Foi empregada doméstica e, por algum tempo, estudou à noite. Trabalhou também em uma Companhia de Dança e ganhou muito dinheiro mas, também gastou muito e “doou”. Teve muitos namorados, conta ela, mas todos passageiros. Na Casa de Ramana Benita gosta de participar das festas e de ouvir música, e tem sempre uma boa resposta pra dar. Doação de medicamentos Por Suely Verneck Membros do Grupo de Estudos Espíritas Saint Germain visitaram a Casa de Ramana em novembro e nos trouxeram muita alegria, além de doações de medicamentos. As vovós amaram. A Luz no Caminho Associação Espiritualista Convida para o Jayanti de Bhagavan Sri Ramana Maharshi Dia 30 de dezembro de 2013 Bençãos às 18 h e às 19 h 30 A Casa estará aberta a partir das 14 h A Luz no Caminho - Associação Espiritualista | Rua Maxwell, 145 - Vila Isabel - Rio de Janeiro, RJ - CEP 20541-100 | (21) 2208 5196 | Horário de funcionamento (inclusive dias santos e feriados): segundas e quartas, das 14h30 às 20h30 - terças e quintas, das 14h30 às 21h00 - sábados, das 14h00 às 20h00 | Mais informações no site: www.aluznocaminho.org.br | Notícias da Casa: www.casaderamana.blogspot.com O Encontro Novembro-dezembro, 2013