Vacinas Clássicas e de Nova geração O que é vacina DNA? Vacinas tradicionais Variolização - 1796 Mais de 200 anos Edward Jenner (1749 - 1823) “pai da imunologia” 14 de maio de 1796: inoculou em uma criança de 8 anos de idade material retirado de uma vesícula de varíola. Em contato com o vírus da varíola e não contraiu a doença. Variolização Vírus vaccínia Vacina Histórico vacinas Vacinas virais Vacinas bacterianas 1878: 1885: 1935: 1955: 1962: 1964: 1970: 1981: 1897: 1923: 1926: 1927: 1927: varíola raiva febre amarela poliomielite injetável poliomielite oral sarampo rubéola hepatite B (DNAr) peste bubônica difteria coqueluche tuberculose –BCG tétano Tradicionais: “vacinas de primeira geração” Vivas vivas: vírus ou bactérias com virulência atenuada Mortas ou inativadas: patógenos mortos por processos químicos Vacinas vivas “primeira geração” Processo empírico Espécies avirulentas Condições atípicas ao agente patogênico Hospedeiro ou células não usuais Variante Isolada e caracterizada Atenuação: não caracterizada geneticamente Problemas Controle de qualidade em grande escala Reversão Avaliação de vacinas vivas clássicas Caracterização Segurança Imunogenicidade Eficácia Dispersão vacinal Estabilidade genética Avaliação de vacinas vivas clássicas Vacinas clássicas licenciadas Grande impacto a saúde pública Vaccinia: transmitido por contato (lesões), Imuno comprometidos Poliovírus atenuado: Excretado em fezes, Transmitido por contato, Gestantes (fetos) Atualmente: maiores restrições Agencias regulatórias: Potencial de recombinação genética Potencial de persistência no meio ambiente ou cadeia alimentar Transmissão a indivíduos imuno comprometidos Vacinas vivas: Alguns requisitos especiais Dispersão da cepa vacinal Virulência: atenuação Reversão da virulência Interferência Propriedades biológicas da cepa vacinal Potencial de recombinação Livre de agentes estranhos a vacina Vacinas vivas: Dispersão: Segurança e Proteção Dispersão da cepa vacinal Dispersão do vírus vacinal entre os animais não vacinados da mesma espécie ou animais de outras espécies (não alvo). Vírus vacinal secretado no leite, ovos, secreções oral/nasal ou excretado em fezes ou urina, etc. Ex:transmissão acidental: Cinomose e Parvovirose Proteção: “reter virulência” Exemplo: Vírus da doença de Newcastle Aves pré-vacinadas, reforço com cepa menos atenuada “booster” Vacinas vivas: Atenuação Vírus atenuado para uma espécie pode reter virulência para outra espécie: Vacina contra a cinomose: segura para cães. Risco para minks, ferrets, panda. Raiva: Street Alabama Dufferin (SAD): atenuada para várias espécies, patogênica para gatos Vacinas vivas: Reversão da virulência Estabilidade genética População mista de vírus: Variantes com potencial para reversão Mutações Cepa vacinal cepa virulenta Vírus da hepatite de patos (DHV) Uma ou algumas passagens em patos Contato com aves vacinadas Vacinas vivas: Interferência: vacinas multivalentes Propriedades biológicas Vacina: Bronquite Infecciosa Aviária (H120) e doença de Newcastle Retrovírus - integração no genoma Herpesvírus - latência Pestivírus – BVDV - superinfecção Potencial de recombinação Vírus com RNA segmentado Co-infecção com dois sorotipos do vírus da língua azul Contaminação com outros vírus Vacinas vivas: vantagens Custo/Benefício Capaz de infectar o hospedeiro Imita a infecção natural Reposta Imune mais efetiva: Imune reposta: humoral e celular Menor quantidade de vacinações Algumas vacinas vivas de animais Bovino: Ovinos/ caprinos: Doença de Aujeszky, Peste Suína Clássica Aves: Língua azul, Pox ovino ou caprino Suínos: Diarréia bovina a vírus, Rinotraqueíte infecciosa. Bronquite infecciosa aviária, Doença infecciosa da bursa, Newcastle, Marek, Pox aviário Cães: Cinomose, adenovírus, parvovírus, parainfluenza. Vacinas de nova geração Vivas Inativadas Fundamentos Avanços no conhecimento Identificação e caracterização imunologia e da biologia molecular Grande número de agentes infecciosos Proteínas de interesse imunológico Seleção de proteínas negligenciáveis Expressão gênica em diferentes vetores. Amplificação Carreadores Fundamentos Primeiramente: identificação e isolamento de proteínas antigênicas que induzem resposta imune similar ao agente íntegro. Em segundo lugar: identificação das proteínas negligenciáveis: não imunogênicas, não atuem na replicação, não relacionadas com a virulência. Proteínas que possam ser eliminadas. Fundamentos Aplicando a engenharia genética: Genes que codificam as proteínas de interesse Genes de outras proteínas podem ser eliminados selecionados, clonados e expressos usando vetores diferentes. deleção seletiva. Variação desse sistema : produção química de proteínas. Vacinas de nova geração Subunidade Proteínas Sintéticas Deleção Recombinante DNA Vacinas vivas e inativadas Inativadas Vacinas de subunidades: Vírus da febre aftosa; vírus da peste suína clássica; Parvovírus porcino (experimental) Proteínas sintéticas: vírus da febre aftosa Vivas Deletadas: Vírus da doença de Aujeszky, vírus da rinotraqueíte infecciosa bovina Recombinantes: experimentais Vacinas de DNA: somente experimentais Vacinas de nova geração: vivas Tecnologia do DNA recombinante Conhecimento mecanismos de patogenicidade baixa virulência Risco de reversão Quantificado e minimizado Maior nível de segurança Vacinas Deletadas Herpesvírus de animais Vacinas vivas deletadas Deletadas: eliminação de genes Vírus da rinotraqueíte infecciosa de bovino IBR Herpesvirus bovino 1- BoHV1 Vírus da Doença de Aujeszky – VDA ou Pseudoraiva de suínos - PRV Herpesvirus suídeo 1 – SuHV1 Herpesvirus Herpesvirus: codificam cerca 70 a 100 proteínas. Pelo menos 8 glicoproteínas: B, C, D, E, G, H, I, K, L Vacina deletada de IBR Vacina Marcada: deleção do genes que codificam glicoproteínas (g) gE-viva, gE-morta, gG-morta, gC-viva, Somente a vacina gE-negativa é comercializada: “Difivac” Importante na campanha de erradicação Diferenciação de anticorpos Diferenciação: Detecção anticorpos específicos contra gE Vírus vacinal B Vírus de campo H C H I D I Anticorpos: B, C, D, G, H, I Negativo: não infectado com IBR B E C D Anticorpos: B,C,D,E,G,H, I Positivo: infectado com IBR Vacinas marcadas: gE-negativa Veículo: cepa Za dissolvida em água destilada Aplicação: via intranasal ou intramuscular. Segurança: Ensaios de atenuação Eficácia Dispersão Reversão da virulência Recombinação Latência Vacinas: PRV Vacina viva atenuada convencional Atenuação: Cepa Bartha Mutações induzidas por múltiplas passagens células Mutações pontuais genes gC, gE e gI genes envolvidos na montagem do capsídeo Vacina PRV Marcada Cepa 783 Uma deleção na região “unique short” (US) incluindo todo gene que codifica a glicoproteína E Um pequena deleção na “unique long” (UL) Inativa o gene da enzima timidina-quinase (TK) Cepa PRV deficiente em virulência: Avirulência Distinção sorológica Incluiu PRV como vetor vacinal Vacinas recombinantes Carreadas em vetores virais “vetoriadas” Vetores virais: vacinas e terapia gênica Transformação de vírus em vetores Sem potencial patogênico Capacidade de incluir genes de outros vírus ou organismos Vírus Fácil de manipulação Eficiência na transferência Níveis de expressão reproduzível Características dos vetores virais Segurança Eficácia Natureza da resposta imune Desenho molecular Aplicabilidade Vetores mais usados Vírus: Poxvírus Adenovírus Poliovírus Retrovírus Herpesvírus Bactérias: Salmonela BCG Vetores: Poxvírus Vaccinia e Avipox (Canary pox e Fowlpox) Biologia bem definida e ampla faixa de hospedeiros Avipox: infecções abortivas em células de mamíferos (1a. Fase do ciclo): ideal para patógenos de mamíferos Fácil de manipular Capaz de acomodar inserções de grandes quantidade de DNA (>20kb) em seqüências não-essenciais Poxvirus como vetores Altamente atenuado (Imunogenicidade e fenótipo)Vaccinia - cepa Copenhagen NYVAC: Ampla faixa de hospedeiros DNA completamente seqüenciado ALVAC: Canary pox genes relevantes Alterações genéticas: precisamente deletados expressando glicoproteína do vírus de raiva Conhecimento das funções genéticas muito eficaz Kanapox da (França) Controle virulência DeleçãoFowlpox do ORF impede a reversão viral TROVAC: Vacinas recombinantes para aves Tropismo celular Newcastle Faixa de hospedeiro alvo Influenza Ciclo replicativo de Poxvirus Vaccínia Vetor vacinal: preparação do vetor de recombinação Promotor do vaccínia Gene heterólogo Sítio de restrição ATG Vetor de Inserção TAA Clivagem Ligação Ori C Marcador antibiótico Vetor de Recombinação Ori C Marcador antibiótico Vaccinia vetor vacinal: vírus recombinante Vírus Vaccínia Vetor de Recombinação transfecção Infecção Ori C Células Marcador antibiótico Recombinação Homóloga nas células infectadas Vírus recombinante Vacinas DNA Clonagem Aplicação Objetivo Fornecer ao organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para geração de uma resposta imune. Vacinas DNA Inoculação direta do DNA Construída em Plasmídeos Contém o gene que codifica a proteína antigênica O gene será processado e expresso no interior da célula Utilizando a maquinaria celular Clonagem do antígeno em plasmídeo “É o isolamento e propagação de moléculas idênticas de DNA em um organismo”. Clonagem do gene que codifica o antígeno seqüência de DNA da proteína antigênica duas etapas: 1) ligação da molécula de DNA de interesse no plasmídeo 2) transformação de uma célula hospedeira com o vetor de clonagem e replicação. Plasmídeos Vetores de clonagem: plasmídeos Moléculas de dsDNA circulares e extracromossômicas. Tamanho: 1 a 200kb São capazes de replicação autônoma. Codificam genes de resistência a drogas/genes de transferência Multiplicam-se em bactérias. Limitação: tamanho máximo do inserto ~ 10kb Seleção por antibióticos e/ou substratos cromógenos Esquema geral de um plasmídeo Clonagem Vacinas DNA: plasmídeo Origem de replicação Gene de seleção Sítio múltiplo de clonagem Um promotor – geralmente um promotor viral Após a clonagem: produção de plasmídios em larga escala (transformação - E. coli) Produção de DNA suficiente para a vacinação Expressão em mamíferos Composição dos Plasmídeos: Origem de replicação do plasmídeo: ColE1 (E. coli). Região promotora e acentuadora: forte citomegalovírus humano (CMV) Um íntron quimérico Um sinal de poliadenilação Sítios únicos de clonagem Facilitar a expressão das seqüências clonadas. Administração da vacina Intramuscular mais utilizada Mais barata e mais simples Inconvenientes: Requer maior quantidade de plasmídeo Presença de nucleases: degradação do DNA Intranasal ou oral Intradémica: bombardeamento de micropartículas de ouro cobertas pelo material genético - Biobalística Aplicação Penetração Fatores limitantes Tamanho da molécula de DNA Carga superficial Maiores doses para indução de resposta Liberação efetiva do DNA na célula alvo Uma em cada 1000 moléculas de plasmídeo atinge o núcleo. Penetração do material genético Células Musculares: Miócitos Mononucleares: Macrófagos Células dendríticas:CAA Células Dendríticas: APC Endocitose do plasmídeo Plasmídeo: penetra no núcleo Não deve ser incorporado ao genoma da célula. Maquinaria celular Transcrição do DNA inoculado Tradução do RNA mensageiro Síntese do antígeno protéico Vacina DNA: estímulo ao desenvolvimento Não construídas vetores virais O hospedeiro pode produzir o antígeno para induzir resposta imune. Redução dos efeitos colaterais causados pela inoculação do agente patogênico Simula uma infecção natural Ampla resposta imune Produção e controle de qualidade Mais fácil e mais barato, São termoestáveis: fácil o transporte e aplicação. Vacina DNA: Riscos potenciais Integração do plasmídeo genoma hospedeiro Em células somáticas pode levar a Mutagênese por inserção: Ativação de protoncogenes Inativação genes supressores de tumor. ao Vacina DNA: Riscos potenciais Expressão do gene inserido: expressão for em níveis basais ou níveis constitutivos de antígenos Indução a Imuno-tolerância Indução a Auto-imunidade Vacinas experimentais Tuberculose Febre Aftosa Influenza aviária Vacina contra diversas doenças Malária, D. Chagas, Fibrose cística, HIV, Herpes, etc. Cânceres