BANCO DE DADOS SQL (DDL: CREATE TABLE , CONSTRAINTS) Prof. Edson Thizon Conceito • SQL ( STRUCTURED QUERY LANGUAGE) • Uma linguagem utilizada para consultar , atualizar e gerenciar Banco de Dados . • Uma linguagem de aplicação para Banco de Dados relacionais , e não um sistema ou uma linguagem de programação . Padrões de SQL (2) • A aderência a padrões de SQL é importante para aqueles que: – escrevem comandos de SQL em suas aplicações (SQL não fica oculto por algum gerador de telas..) – desejam portar aplicações a vários SGBD – O padrão é irrelevante para aqueles que usam ferramentas como geradores de telas, relatórios, etc. proprietários - o usuário está preso ao fornecedor da ferramenta – Praticamente todo fornecedor de SGBD afirma que seu SQL é compatível com o padrão – Grandes fornecedores (Oracle, Sybase, DB/2, SQL/Server) normalmente têm pelo menos SQL/2 entry level (entry-level, conjunto mínimo para considerar produto como SQL/2) Histórico Entre 1974 e 1979, o San José Research Laboratory da IBM desenvolveu um SGDB relacional que ficou conhecido como Sistema R. Para a criação e acesso aos dados foi adotada uma linguagem chamada SEQUEL, mais tarde rebatizada SQL (Structured Query Language). Embora a query em sua definição, a SQL foi projetada de forma a permitir que além de consultas (queries), inserções, alterações e deleções fossem feitas, além da própria criação das tabelas e campos. Padrões de SQL (1) • SQL (“structured query language”) é uma linguagem comercial de definição e manipulação de banco de dados relacional. • SQL é padrão de fato (mesmo SGBDs como INGRES que possuíam outras linguagens oferecem uma interface SQL) • SQL é padrão de direito (ISO): – SQL1 aprovado em 1986, com modificações em 1989 – SQL2 aprovado em 1992 – SQL3 aprovado em 1999 Componentes do SQL (1) • Oferece as seguintes funcionalidades: – Uma DDL para definição do esquema da base de dados – Uma DML para programação de consultas e transações que inserem, removem e alteram linhas de tabelas • Uma versão de SQL embutida em linguagens de programação de 3ª geração (COBOL, C, …) estendendo-as para a manipulação de banco de dados. 1 DDL Componentes do SQL (2) • Um padrão para comunicação cliente/servidor (ODBC - open database connectivity) a partir de SQL/3 • Instruções para definição de visões (tabelas virtuais vistas por um usuário ou uma classe de usuários) • Instruções para controle de autorização de acesso • Instruções para controle de transações e concorrência • Instruções para especificação de restrições de integridade DDL – Criação de banco de dados • SQL/2 não oferece instruções para criação de BD. • Alguns produtos (SQL/Server) têm instruções de DDL: – Create Database • cria uma base de dados vazia – Drop Database • elimina uma base de dados • Outros têm abordagens variadas A DDL, uma parte muito pequena da SQL, permite a criação e manutenção do dicionário de dados. O dicionário de dados contém a definição de cada tabela, de cada campo, enfim, contém a definição da base de dados propriamente dita. Em outras palavras, o dicionário de dados guarda dados sobre os dados. Embora existam algumas outras construções, a mais importante das construções da DDL é a destinada a criação de tabelas. Por exemplo, a sentença para a criação das tabelas funcionário, cidade, e setor, poderia ser como segue: Adotada como padrão mundial pela ISSO em 1987, é uma linguagem exclusiva de banco de dados Cliente/Servidor; Não dispõe dos seguinte recursos: - Repetição e desvio; - Comandos para manipulação de telas e impressão de relatórios; Os Fabricantes de SGBD podem expandir a linguagem SQL padrão ANSI, desde que os comandos básicos sejam aceitos. Instruções da DDL • SQL oferece três instruções para definição do esquema da base de dados: – Create Table • define a estrutura de uma tabela, suas restrições de integridade e cria a tabela vazia – Drop Table • elimina a tabela da base de dados – Alter Table • permite modificar a definição de uma tabela – Oracle cria o BD como parte da instalação do software – INGRES tem um utilitário Observações sobre a definição de tabelas • Em SQL/2 o conjunto de domínios de valores de atributos é fixo. • Desejável (SQL/3, poucos produtos implementam) • domínio definível pelo usuário (exemplo: dias da semana, meses do ano, …) • Nos SGBD comerciais são oferecidos domínios adicionais aos do padrão (CHAR, VARCHAR, INTEGER, REAL,…) destinados a aplicações especiais como DATE, CURRENCY e domíniospara armazenar campos longos (BLOBS, até 2 gigabytes) destinados a conter imagens, sons, vídeos, etc. (maioria aparece no SQL/2) Observações sobre a definição de tabelas • A cláusula NOT NULL especifica que uma coluna não admite o valor vazio (requerido para colunas que sejam chave primária) • Default é NULL permitido (exceto Sybase e SQL/Server antigos) • As colunas de uma tabela são classificadas na ordem de sua definição (linhas não tem classificação) 2 TIPOS DE DADOS(DATATYPES) LIMITES DO ORACLE RDBMS ITEM Tabela na Base de dados Linhas por Tabelas Colunas por tabelas Indices por tabelas Tebelas ou views joined em uma query Niveis de ninho de subqueries Caracteres em um nome Colunas por índices LIMITE Não há limites. Não há limites 254 Não há limites Não há limites 30 255 16 Comando para criar Tabela CREATE TABLE DEPT (DEPTNO NUMBER(2) , DNAME VARCHAR2(14), LOC VARCHAR2(13)); Eliminando uma tabela • Para eliminar completamente uma tabela (vazia ou não) da base de dados, é usada a instrução: – DROP TABLE ALUNO; • SQL/2 inclui cláusulas RESTRICT e CASCADE (obrigatória) que informam se a exclusão deve ser propagada ou não para objetos definidos com base na tabela (visões) TIPO Char(n) Varchar2(n) Long Number(p,s) Raw Long Raw Date DESCRIÇÃO DO TIPO DE DADO Tamanho Fixo, pode conter uma seqüência de 1 a 255 bytes alfanuméricos; Tamanho Variável, pode conter uma seqüência de 1 a 2000 bytes - alfanuméricos. Tamanho Variável até 2 Gigabytes alfanuméricos nota : só pode existir uma coluna long em cada tabela Numérico com sinal e ponto decimal, sendo precisão de 1 a 38 dígitos Binário - Variável até 255 bytes Binário - Variável até 2 gigabytes - imagem Data c/ hora, minuto e segundo Outro Exemplo: Create table ALUNO (cd_aluno number(5) not null nm_aluno varchar2(30) not null); Alterando uma Tabela • A instrução ALTER TABLE serve para modificar a definição original da tabela. • Nem todas modificações são permitidas • Primeiros SGBDs e SQL/1 somente permitiam adicionar colunas – Exemplo • DROP TABLE aluno RESTRICT; – Exclui a tabela somente se não existirem visões definidas com base na tabela • DROP TABLE ALUNO CASCADE CONSTRAINT; – Exlui a tabela com todas as constraints relacionadas 3 Alterando a definição de uma Tabela • Para modificar a estrutura de tabelas já existentes na base de dados, há uma instrução que permite adicionar colunas a tabelas: – ALTER TABLE Embarq ADD DataEmbarq DATE • Observe-se que: – A instrução adiciona uma nova coluna com o valor vazio para todas linhas – Os valores para as diversas linhas devem ser adicionadas através de instruções da DML – Não pode ser especificada a cláusula NOT NULL já que a coluna é criada com o valor vazio Alterando a definição de uma Tabela • • SGBD não permite a alteração desejada Para fazer a alteração: 1. Armazenar o conteúdo da tabela em tabela temporária ou arquivo do sistema operacional 2. Eliminar todas referencias a tabela antiga 3. Eliminar a tabela antiga (DROP TABLE) 4. Definir a nova tabela (CREATE TABLE) 5. Carregar a nova tabela a partir da tabela intermediária ou arquivo do sistema operacional criado no passo 1 6. Reincluir as referencias à tabela Restrições de Chave Verificando estrutura da tabela Desc nome_tabela; • No SQL original (System R) e no SQL padrão original (86) não havia cláusulas para especificar chaves. • A única maneira de definir chave primária era através da criação de um índice sem duplicatas sobre a coluna. • Não havia forma declarativa de definir chaves estrangeiras. – SGBD não dava suporte a integridade referencial. – Usuário é obrigado a programar os testes de chaves em sua aplicação Integridade Referencial nos SGBD • Padrão (86/89) foi estendido para especificar chaves: – primária – estrangeira – alternativa (unique key) Praticamente todos produtos comerciais incluem a definição de Integridade Referencial • As integridades dos dados são definidas através de objetos Constraints, que podem ser: – – – – – Not null Unique Key Primary Key Check Foreign Key 4 Not Null Não permite a entrada de valores nulos em uma determinada coluna. Constraint Primary Key • Identifica unicamente uma tabela • Exemplo: Exemplo:Create table ALUNO1 (cd_aluno number(5) not null, nm_aluno varchar2(30) not null); – Create table ALUNO2 (cd_aluno number(5) not null, nm_aluno varchar2(30) not null, constraint aluno_pk primary key (cd_aluno)); Constraint Unique Key Constraint Check É definido para garantir que o valor de uma coluna seja único. Exemplo Create table ALUNO3 (cd_aluno number(5) not null, nm_aluno varchar2(30) not null, cd_cpf varchar2(14), constraint aluno_pk primary key(cd_aluno), constraint alu_cpf_uk unique(cd_cpf)); Constraint Check Exemplo 2: ALTER TABLE Cliente ADD CONSTRAINT ValidaCampos CHECK (TipoCli=“Pessoa Física” AND CIC IS NOT NUL AND CGC IS NULL) OR (TipoCli=“Pessoa Jurídica” AND CIC IS NULL AND CGC IS NOT NULL) • São validações de colunas. • Exemplo 1: – Create table Aluno (cd_aluno number(5) not null, nm_aluno varchar2(30), tp_sexo char(1), constraint aluno_pk primary key (cd_aluno), constraint sexo_ck check (tp_sexo in (‘M’,’F’)); Constraint Foreign Key • Coluna que referencia a chave primária de outra tabela, indicando um relacionamento entre ambas as tabelas envolvidas. 5 Foreign Key FOREIGN KEY- Define a coluna na tabela filho que possua a chave estrangeira REFERENCES - Identifica a tabela e a coluna da tabela pai ON DELETE CASCADE - Indica que quando uma linha na tabela pai é deletada, as linhas dependentes na tabela filho também são deletadas. ALTER TABLE CONSTRAINT • ALTER TABLE permite incluir ou excluir restrições de chave – ALTER TABLE Representantes DROP PRIMARY KEY • Para excluir uma chave estrangeira é necessário que ela tenha recebido um nome quando de sua definição – ALTER TABLE Representantes ADD FOREIGN KEY (CodFilial) REFERENCES Filiais – ALTER TABLE Representantes DROP FOREIGN KEY (CodFilial) REFERENCES Filiais Gerenciando Constraints • Comando ALTER TABLE Aluno – ADD constraint aluno_pk primary key (nm_aluno); – ENABLE constraint mat_alu_fk; – DISABLE constraint mat_alu_fk; – DROP constraint mat_alu_fk; Exemplo de Foreign Key Create table matricula(cd_curso number(5) not null, cd_aluno number(5) not null, dt_matricula date not null, constraint mat_pk primary key (cd_curso,cd_aluno), constraint alu_mat_fk foreign key (cd_aluno) references aluno(cd_aluno)); Visualizando as colunas associadas as constraints (Oracle) Use a visão User_cons_columns Exemplo: Select constraint_name, column_name from User_cons_columns where table_name = ‘EMP’; Consultando Constraints Use a tabela User_constraints para visualisar todas as definições e nomes das constraint. Exemplo: Select constraint_name, constraint_type, search_condition from user_constraints where table_name= ‘EMP’; 6 Referências Bibliográficas • KORTH, Henry F. & SILBERSCHATZ, Abraham. Sistemas de Bancos de Dados, São Paulo. Ed. Makron Books, 1999. • HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de Banco de Dados. 4ª Edição. Ed. Sagra, 2001. • FERNANDES, Lúcia. Oracle 9i Para Desenvolvedores Oracle Developer 6i Curso Completo. Ed. Axcel. 2002. • ABBEY, Michael. Oracle: guia do usuário. São Paulo: Markon Books, 1997. 7