Projeto Genoma O Projeto Genoma tem por objetivo mapear todos os genes da espécie humana até o ano de 2025. Os seus objetivos na área da saúde são: a melhoria e simplificação dos métodos de diagnóstico de doenças genéticas; a otimização das terapêuticas de doenças genéticas, e a prevenção de doenças multifatoriais. Duas fundações uma de São Paulo (FAPESP) e uma americana (Ludwig) se juntaram para mapear o gene que seria do câncer, cada um contribuirá com 5.000.000 dólares para pesquisas nessa área este projeto baseia-se em descobrir e seqüênciar os genes que se expressam em tumores. Todas as descobertas feitas estarão disponíveis gratuitamente na internet. Orçado em US$ 12 milhões, o projeto estuda a bactéria que ataca laranjais. O que é Genoma? O genoma de um organismo seria seu “livro de instruções”, que contem todos os genes necessários para formação e manutenção da vida . Estes genes são feitos de DNA e se localizam em cromossomos ( um cromossomo possui vários genes). Apenas 3% de toda informação genética de um indivíduo consiste em genes, e dos 97% restantes apenas uma pequena parte serve para “dizer” a um gene quando ele deve se “ligar” ou ”desligar”. As informações contidas nos genes devem ser passadas para o RNA, que será futuramente lido pelos ribossomos que ajudará na sinterização de proteínas necessárias para a vida. Quais as vantagens de conhecermos estes Genes? Ao mapearmos todos os genes dos seres humanos saberemos com precisão a natureza de doenças genéticas, saberemos que genes são necessárias para a produção de milhares de proteínas e de alguns hormônios etc. Sendo assim, poderemos achar a cura para várias doenças genéticas consideradas hoje incuráveis (como o câncer), “cortando” o mal pela raiz (seja “desligando” certos genes, inibindo a produção de certas substâncias que podem fazer mal ao nosso organismo assim como podem, no caso da câncer, incentivar o crescimento desenfreado de células ou substituindo estes mesmos genes), um exemplo é um tratamento já começando a ser testado para pessoas com problemas cardíacos de Prof. Regis Romero entupimento de artérias em que o convencional tratamento por pontes de safena parece não funcionar, onde o cirurgião aplica no paciente algumas doses de um fluído contendo genes que incentivam a produção de vasos sanguíneas e depois de algumas semanas os pacientes criam novos vasos sanguíneas no seu coração repondo os antigos que estavam entupidos. Porém as vantagens vão além da medicina, indo para o campo da agropecuária, por exemplo. Uma nova idéia de um grupo Inglês de cientistas é ao descobrirem os genes que fazem com que o leite humano seja leite humano, eles façam através da engenharia genética e usando estes novos conhecimentos, vacas que produzam leite com proteínas tipicamente humanas ( ou seja, leite humano) para que bebês possam ser amamentados com este leite até não precisarem mais de serem amamentados, crescendo então mais saudáveis. Tudo bem... Então não existem desvantagens? Existem os problemas éticos, pois com estas novas descobertas surgem muitas novas possibilidades que o homem de nós não estávamos preparados para lidar de imediato, por enquanto não existem que regulamentem a exploração destas descobertas, e estas novas descobertas, por enquanto, tem de ser encaradas como qualquer outras ou seja, se uma empresa descobrir um gene, por exemplo, esta empresa terá os “direitos” sobre este gene, ou seja ela pode patenteá-lo e explorá-lo como mercadoria e ainda terá o monopólio sobre este gene. Nos EUA, muitas indústrias farmacêuticas pagam muito caro todos os meses para a empresa privada ”Celera’sVenter” para ter acesso às novas descobertas sobre o genoma tanto humano quanto de outros seres para que esta mesma indústria possa produzir novos medicamentos. Por outro lado, as descobertas feitas por organizações do estado são divulgadas abertamente e de graça por toda a Internet, podendo ser aproveitadas por virtualmente qualquer pessoa, mas as descobertas feitas por organizações estatais demoram mais que as de empresas privadas e estas empresas geralmente exploram novos caminho que possam vir a render mais, como o mapeamento do genoma de feijão, que será muito vantajoso para os cultivadores que pagarão muito para obter estas informações . Até pouco tempo atrás, médicos americanos usavam o sangue de seus pacientes para usar no projeto genoma, na tentativa de descobrir novos genes etc, sem a permissão dos mesmos pacientes, que nem sabiam do que estava ocorrendo, por exemplo; cientistas japoneses já usaram milhares de amostras de sangues para análises sem sequer informar os pacientes. E muitos acreditam que a tentativa de criar animais melhores por engenharia genética usando essas novas informações pode por em risco a biodiversidade, pois estes novos seres terão muitas diferenças dos mesmos e a longo prazo os originais podem ser substituídos por esse novos e “melhores” seres. O pequeno número de genes identificados do cromossomo 21 (225 genes) e 22 (545 genes) obrigou os cientistas a organizar as estimativas em relação ao tamanho do genoma humano. Anteriormente, o número previsto oscilava entre oitenta mil e cento e quarenta mil genes. Atualmente pode não Prof. Regis Romero ultrapassar os quarenta mil. Com menos genes, o mapeamento do genoma humano pode terminar mais rápido. Se dá a largada para o estudo aprofundado da genética no país. A cada dez copos de suco concentrado de laranja bebidos no mundo, oito são de suco brasileiro. Esse é o resultado de uma produção anual de pouco mais de um milhão de toneladas de suco, 47,8% do total mundial. Trata-se de um universo que fatura US$2 bilhões, gera receitas de exportação anual da ordem de US$1,6 bilhão e cria cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no Estado de São Paulo. No entanto, todo esse poderio econômico está ameaçado por uma bactéria microscópica, a Xylella fastidiosa, causadora da clorose variegada de citros (CVC), doença conhecida como "praga do amarelinho", que hoje afeta gravemente 34% dos laranjais paulistas. Devido ao risco que oferece a essa dinheirama toda, a bactéria, levada ao laranjal por cigarras, foi escolhida como objeto de estudo do GenomaFapesp, primeiro projeto de completo seqüenciamento genético de um organismo fora do eixo EUA-Europa-Japão. O estudo consumirá cerca de US$12 milhões, o maior financiamento já concedido até hoje, no Brasil, a um projeto científico. A bactéria é tecnicamente adequada às finalidades do projeto, além de ter incontestável importância científica, econômica e social. Prof. Regis Romero