Economia de Comunhão: modelo para desenvolvimento africano

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ZENIT
ZP11012708 - 27-01-2011
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Economia de Comunhão: modelo para
desenvolvimento africano
Iniciativa da Universidade Católica da África Oriental e do Movimento dos Focolares
NAIRÓBI, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - De 26 a 28 de janeiro, acontece a Conferência
Internacional "Economia de Comunhão. Um novo paradigma para o desenvolvimento africano", organizada
pelo Movimento dos Focolares, em parceria com a Universidade Católica da África Oriental, na Mariápolis
Piero, uma cidadela dos Focolares em Kalimoni (Nairóbi).
Como explicam os organizadores, o encontro está tratando de como "o povo africano precisa urgentemente,
por um lado, de uma cultura empreendedora e de desenvolvimento econômico e, por outro, de um modelo
econômico que não destrua a comunidade e a comunhão, consideradas grandes valores em sua cultura".
De acordo com a centro-africana Geneviève Sanze, membro da Comissão Internacional sobre a Economia de
Comunhão, "a experiência da Economia de Comunhão nos faz entender que não se pode sair da armadilha da
indigência apenas com dinheiro, nem com a redistribuição das riquezas ou com a construção de bens públicos,
nem tampouco com o aumento das relações comerciais entre o norte e o sul".
"Será possível sair desta armadilha - acrescenta - quando formos capazes de construir verdadeiras e profundas
relações humanas entre pessoas diferentes, mas ao mesmo tempo iguais; quando conseguirmos compreender
que não há nenhuma pessoa no mundo tão pobre, que não possa significar um dom para outra. Nesse
momento, o mundo verá florescer a fraternidade e a comunhão."
De 23 a 25 de janeiro, dias antes da conferência realizada na Universidade Católica, a Mariápolis Piero sediou
a primeira Edc School, destinada a jovens aspirantes a empreendedores, que vieram de 12 países africanos,
mas também da Europa, Estados Unidos e África.
"O Edc School está baseado em três pressupostos", disse Luigi Bruni, responsável mundial do projeto Edc.
"O primeiro: sem universidades de qualidade, não se pode realizar um desenvolvimento sério. A cooperação
para o desenvolvimento, hoje, é feita com pessoas, em vez de transferências internacionais de dinheiro, que
causaram muito dano, apesar das boas intenções."
"O segundo: o método da escola é a reciprocidade. Não haverá professores provenientes do Ocidente para
lecionar aos jovens africanos. Nós nos baseamos no grande amor que temos por essa cultura; dessa forma,
todos aprenderão de todos."
"O terceiro: o desenvolvimento não pode ocorrer sem uma economia de empresa que atualmente é inexistente
na África. Este continente tem a necessidade de abrir-se ao mercado, protegendo suas raízes de ‘comunidade',
tão arraigadas no DNA da sua cultura. Assim, a ‘Economia de Comunhão' pode ser uma oportunidade
realmente importante."
Economia de Comunhão: modelo para desenvolvimento africano
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ZENIT
Em 2011, cumpre-se o vigésimo aniversário do projeto "Economia de Comunhão", lançado por Chiara Lubich
em São Paulo, em 29 de maio de 1991. Este aniversário será comemorado no Brasil, de 25 a 29 de maio deste
ano, com uma semana de eventos dedicados a fazer um balanço da situação e planejar novos
desenvolvimentos do projeto.
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