Enterprise application integration (EAI)

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Complementos de Sistemas de Informação
Enterprise Application Integration (EAI) - Os axónios nas redes de SI
Ficha de Caracterização de Trabalho
Título: Enterprise Application Integration (EAI) – Os axónios nas redes de SI
Resumo: Expõe-se, de forma sintética, a importância da integração de aplicações nos dias de
hoje e da existência de uma plataforma aberta de integração aplicacional que dê suporte a
várias tecnologias.
É dada a conhecer uma dessas plataformas, de nome BEA WebLogic, bem como a sua
arquitectura, componentes e linguagem utilizada na formação de processos. Por fim, são
enumeradas as vantagens e desvantagens deste software.
URL: http://student.dei.uc.pt/~tpratas/CSI/EaiWebLogicdoc
Data: 02 Nov 2005
Esforço: 25 horas
Motivação: O elevado interesse pela EAI e a importância desta nos dias de hoje, não só a nível
das aplicações mas também ao nível das diferentes plataformas de integração.
Aprendizagem: Aprofundamento do conhecimento de EAI e plataformas de integração
aplicacionais, da tecnologia BEA WebLogic e da linguagem BPEL e BPELJ.
Conteúdos: Plataformas de integração aplicacional e sua representação de dados, assim como
a linguagem BPEL.
Processos: Relativamente a processos, fiquei a conhecer em pormenor a plataforma BEA
WebLogic bem como a linguagem BPEL / BPELJ, usada na definição dos processos.
Sequência: Apesar de ainda não ter recebido quaisquer comentários ao artigo, gostaria de
dedicar um capitulo a outros dois componentes da BEA: Tuxedo e AquaLogic.
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Enterprise Application Integration (EAI) - Os axónios nas redes de SI
ENTERPRISE APPLICATION INTEGRATION (EAI):
OS AXÓNIOS NAS REDES DE SI
por
Tiago Emanuel Pita Simões Pratas
Sumário: Expõe-se, de forma sintética, a importância da integração de aplicações nos dias de
hoje e da existência de uma plataforma aberta de integração aplicacional que dê suporte a
várias tecnologias.
É dado a conhecer uma dessas plataformas, de nome BEA WebLogic, bem como a sua
arquitectura, componentes e linguagem utilizada na formação de processos. Por fim, são
enumeradas as vantagens e desvantagens deste software.
Palavras-chave: EAI, Plataforma de integração aplicacional, BEA, WebLogic,
WebLogic Workshop, WebLogic Portal, WebLogic Integration, WebLogic Server,
JRockit, BPEL, BPELJ.
1. Introdução
O aparecimento dos meios de comunicação electrónicos entre as empresas levou a que
se formassem novas cadeias de valor onde o fluxo de informação circula rapidamente.
Neste contexto, torna-se essencial que todos os sistemas de informação de uma
empresa estejam ligados entre si e permitam que os processos de negócio possam fluir
de forma rápida e flexível, respondendo adequadamente aos desafios do mercado
actual. É aqui que a EAI (Enterprise Application Integration) tem um papel fundamental
para a concretização desses objectivos [1].
A indústria de EAI está em profundo crescimento nos dias de hoje, e, segundo um
estudo da IDC, prevê-se que as receitas provenientes deste mercado tenham um
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crescimento de 4,3 mil milhões de dólares para (2001) para 8,2 mil milhões de dólares
no ano que vem (2006) [2].
Segundo a Forrester Research, 30% do orçamento IT das empresas é gasto a construir,
manter e suportar a integração de aplicações. A IBM afirma ainda que 70% do código
escrito hoje em dia consiste em interfaces, protocolos e procedimentos para estabelecer
ligações entre vários sistemas [1].
Em Portugal esse crescimento também é sentido, na medida em que cada vez mais as
grandes empresas e as PME apostam em projectos desta área. Segundo Mário Martins,
sénior consultant da Novabase, há uma diversidade de empresas que recorre a esta
tecnologia, e que devido à complexidade e custos de alterações dos seus sistemas e
aplicações, optam pelas chamadas “plataformas de EAI” [2].
Alguns exemplos dessas plataformas são o NetWeaver da SAP, o WebSphere da IBM e
WebLogic da BEA , que será a plataforma focada neste artigo.
2. BPEL e BPELJ
2.1 BPEL
A capacidade de integrar web services individuais, podendo estes ser acedidos por
qualquer processo de negócio através de standards, é uma funcionalidade
importantíssima para a base de uma Arquitectura Orientada a Serviços (SOA) [3].
Para facilitar essa capacidade e estandardizar essa lógica de integração, foi criada uma
linguagem de nome BPEL (Business Process Execution Language) ou WSBPEL (Web
Services Business Process Execution Language), tendo sido desenvolvida em conjunto,
em 2002, por alguns gigantes do mundo tecnológico, como a IBM, BEA, SAP, Siebel e
Microsof [4].
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Processos escritos em BPEL podem orquestrar interacções entre Web Services,
usando documentos XML, de uma maneira estandardizada. Estes processos podem ser
executados em qualquer outra plataforma ou produto que use especificações BPEL [4].
Trata-se, então, de uma linguagem em formato XML que resulta da convergência de
duas tecnologias: WSFL (Web Service Flow Language), da IBM e XLANG, da Microsoft
(usado na plataforma Microsoft BizTalk). Esta linguagem usa ainda outros standards
como o SOAP (Simple Object Access Protocol) e WSDL (Web Service Definition
Language) para a comunicação e descrição de Web Services [3].
Sendo o BPEL usado para descrever a interface de um processo e fazer uso destes
standards, isso vai permitir invocar um processo escrito em BPEL como se fosse um
Web Service [3].
Na figura 1 pode ver-se um exemplo de um processo escrito em BPEL:
Figura 1 – Processo escrito em BPEL [3]
A BPEL já utiliza algumas especificações de Web Services de Segunda Geração (WS-*)
[3].
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Os Web Services de Segunda Geração fazem uso de uma pilha de dados muito maior,
o que possibilita que as mensagens SOAP possam levar uma maior variedade de
informação [5]. Isto vai permitir a existência de especificações para Segurança, Suporte
Transaccional, Mensagens Assíncronas, Confiabilidade no envio das mensagens e
Suporte para dados binários para os Web Services [5].
Usa, por exemplo, o WS-Addressing para dar nomes aos pontos terminais dos Web
Services, e recomenda o WS-Security para os problemas de segurança e autenticidade
[3].
2.2 BPELJ
Apesar do BPEL se posicionar como o standard dominante para a orquestração de Web
Services, este não foca alguns problemas que as organizações possuidoras de
ambientes TI heterogéneos enfrentam nos dias de hoje, descrevendo apenas
interacções entre Web Services. Apesar de quase todos os sistemas ou objectos
poderem ser encapsulados por Web Services, isso representa um nível de abstracção
muito pesado, complexo e que algumas vezes não é necessário [4].
Por exemplo, ao comunicar com recursos locais como ficheiros, filas de mensagens ou
Java Beans, dá-se conta da existência de interfaces que normalmente oferecem
abordagens mais rápidas.
Foram estas razões que levaram a que a BEA criasse uma proposta JSR (Java
Specification Request) 207, que desenvolveria e promoveria a estandardização e
relação entre o BPEL, a linguagem Java e a plataforma J2EE. Essa proposta era
baseada na definição de processos de negócio conhecida como JPD (Java Process
Definition) [4].
O BPELJ surge, então, de esforços conjuntos entre a BEA e a IBM e é submetido
conjuntamente com a JSR 207 para consideração. Trata-se de uma combinação das
linguagens BPEL e Java que permite o seu uso conjunto para construir processos de
negócio [4]. Ou seja, passam a ser permitidas secções de código Java (Java snippets)
nas definições de processo em BPEL [6].
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Os processos de negócio passam, desta forma, a ter algumas funcionalidades
embutidas, como por exemplo [6]:
- Ciclos
- Divisão do seu Work Flow por vários caminhos
- Funções lógicas
- Inicialização de variáveis
3. BEA Weblogic Platform
A BEA WebLogic Platform é uma plataforma para construir, gerir e integrar aplicações.
É dotada de uma framework onde se podem integrar todo o tipo de recursos, como por
exemplo aplicações, sistemas de mensagens ou Web Services.
Para fornecer um ambiente de integração heterogéneo, baseia-se em standards abertos
[7].
É uma plataforma de integração constituída por vários componentes, que podem ser
usados independentemente ou combinados entre si. A figura 2 ilustra a constituição
desta plataforma e os seus componentes:
Figura 2 – Constituição da plataforma WebLogic [7].
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Como se pode ver na imagem, a plataforma é constituída por cinco componentes
principais:

WebLogic Server

JRockit.

WebLogic Workshop

WebLogic Integration

WebLogic Portal
3.1 BEA WebLogic Server
O WebLogic Server fornece uma infra-estrutura para construir e integrar aplicações
distribuídas. Este centraliza todos os serviços, como funcionalidades de servidor web,
componentes de negócio e acesso ao back-end de uma empresa [7].
É um componente que implementa a plataforma J2EE, a plataforma standard para
desenvolver aplicações empresariais em linguagem Java. Esta é uma implementação
que resulta de um esforço de colaboração entre a Sun e a BEA, e faz com que o
servidor trate de alguns comportamentos das aplicações automaticamente, sem ser
preciso programar [8].
É baseado em standards como Web Services ou XML (Extensible Markup Language) e
suporta várias tecnologias de comunicação, entre elas [8]:
- HTTP / HTTPS (protocolo de comunicação)
- RMI (Remote Method Invocation, para comunicação com objectos Java)
- IIOP (Internet Inter-ORB Protocol, para clients CORBA)
- SOAP (Simple Object Access Protocol, comunicação entre Web Services)
- WAP (comunicação para dispositivos móveis)
- SSL (Secure Socket Layer, para uma comunicação segura)
- LDAP (Lightweight Directory Access Protocol, para armazenamento seguro
de dados em servidores esxternos)
- COM / DCOM (Component Object Model / Distribuited Component Object
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Model, para comunicação com componentes Microsoft ActiveX)
- JMS (Java Message Server, comunicação por mensagens entre aplicações)
- Servlets e Páginas JSP (comunicação via browser)
- EJB (Enterprise Java Beans, usados para encapsular objectos e processos de
negócio)
- JDBC (Java Database Connectivity, para ligação a Bases de Dados)
- JNDI (Java Naming and Directory Interface, para as aplicações poderem
procurar por um objecto por nome)
- JTA (Java Transaction API, para gerir transacções em aplicações Java de
modo a garantir uma maior integridade da informação)
O uso do XML como base de comunicação entre os Web Services fornece uma maior
interoperabilidade entre as várias aplicações heterogéneas. Como linguagem de
descrição dos Web Services é usado o WSDL (Web Services Description Language),
também baseado em XML [8].
3.2 BEA JRockit
Este componente pode ser dividido em duas partes: o JRockit JVM (Java Virtual
Machine) e o JRockit JDK (Kit de Desenvolvimento).
3.2.1 JRockit JVM
Uma JVM (Java Virtual Machine) é um tipo “computador abstracto”, capaz de executar
um conjunto específico de instruções Java. Este é um componente que permite a
independência de plataforma e é responsável por grande parte da segurança.
A Java Virtual Machine é também a peça que transforma todos os conceitos e
abstracções da arquitectura Java em realidade. É onde correm as aplicações Java [9].
Tradicionalmente, os JVM (Java Virtual Machine) eram desenhados e optimizados para
ambientes de Desktop e construídos com suporte a pensar numa perspectiva de
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utilizador único. Havia então grandes diferenças temporais entre a execução de tarefas
no lado do cliente e no lado do servidor. Por estas razões, as abordagens para a
optimização de execução de uma aplicação do lado do cliente ou do lado do servidor
diferiam muito [9].
O JRockit JVM é uma Virtual Machine construída integralmente, especificamente para
cumprir os requisitos das aplicações a correr do lado do servidor.
Este pode ser dividido em quatro partes [9]:
- Code Generation
Este pacote é responsável por gerar o código para a performance, análise e
optimização dos métodos frequentemente usados.
- Memory Management
Este pacote é responsável pela alocação de objectos em memorio e pelo
garbage colection.
- Thread Management
Este pacote é responsável pela gestão e sincronização das threads.
- Native
Este pacote é responsável pelo fornecimento de métodos nativos do Java, assim
como tratamento de excepções.
Segundo a BEA, os objectivos principais do JRockit eram [10]:

Optimizar as áreas descritas anteriormente e fundamentar a cooperação
delas entre si.

Manter o sistema como uma plataforma independente
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
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Fornecer uma framework a partir da qual fosse possível, ao programador
Java, optimizar a JVM para aumentar o seu desempenho.
3.2.2 JRockit SDK
O JRockit SDK é um componente que fornece ferramentas e um ambiente de runtime
(JRockit JVM) para desenvolver e correr aplicações em Java.
Este é muito semelhante com o JDK da Sun, exceptuando o novo JRE (Java Runtime
Enviroment) que o JRockit tem e algumas diferenças entre as livrarias de classes [11].
Uma das suas mais importantes funcionalidades é a consola de gestão do Jrockit, que
pode ser usada para controlar e monitorizar o JRockit JVM. A informação sobre as
aplicações a correr é fornecida em tempo real, de um modo gráfico, como mostra a
figura 3 [12].
Figura 3 – BEA JRockit JVM Management Console [12].
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3.2.2 Benchmarks
Em Agosto de de 2005, o WebLogic Server 9.0 e JRockit (versão 5.0) atingem um novo
recorde, no que respeita a benchmarks, de 1,374.11 jAppServer Operations Per Second
(JOPS), usando metade do CPU do servidor da aplicação e memória do que aquele
requerido para o recorde anterior. O benchmark foi feito com o SPECjAppServer2004,
uma aplicação standard desenhada especificamente para medir a escalabilidade e
desempenho de servidores aplicacionais J2EE [13].
Comparando alguns resultados de Abril e Junho de 2005, o JRockit teve um resultado
de 296,179 operations per second (ops/s) contra 197,545 ops/s do servidor HotSpot da
Sun. Nestes resultados foi ainda notado que o JRockit 5.0 usou 1.8 gigabytes de heap
contra os 14.3 usados pelo HotSpot [13].
3.3 BEA WebLogic Workshop
3.3.1 O que é
O WebLogic Workshop é um ambiente de desenvolvimento de integração para construir
aplicações J2EE na plataforma WebLogic que fornece um modelo de programação
intuitivo, permitindo a focalização na construção da lógica de negócio da aplicação em
vez de nos detalhes complexos de implementação.
Este ambiente de desenvolvimento é constituído por dois elementos: um IDE onde o
utilizador desenvolve a aplicação, e um ambiente onde ela corre (run-time framework).
Este IDE remove assim toda a complexidade de construir aplicações na plataforma visto
basear-se numa política de “drag and drop” de componentes [14].
Na figura 4 podemos ver um screenshot desse mesmo IDE.
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Figura 4 - WebLogic Workshop IDE [15]
3.3.1 WebLogic Workshop IDE
Como se pode ver na figura 4, este é dividido em cinco zonas distintas:
Painel de Aplicação (Application)
Este painel fornece uma representação hierárquica dos ficheiros fonte, usados no
projecto de integração. É identificado, na figura 4, no canto superior esquerdo e inclui
dados como: XML Schemas (usados para definir variáveis de processos), Processos de
negócio e WebLogic WebServices. [16]
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Painel de Componentes (Palette)
Este painel fornece todos os componentes lógicos que se podem usar nos processos
de negócio, bastando para isso arrastá-los para a parte central, onde está localizado o
desenho do processo de negócio. É identificado, na figura 4, no canto inferior esquerdo
e inclui:
- Invocações externas ao processo de negócio (client request)
- Resposta a uma invocação ao processo de negócio (client response)
- Ciclos (While Do, Do While, For Each)
- Hipótese de escolha de fluxo [por exemplo, o processo de negócio pode ter de
seguir dois caminhos paralelos (componente Paralel) ou escolher apenas um
(componente Event Choice ou Decision)] [16]
Painel de Desenvolvimento
É neste painel que se pode definir o fluxo de um processo de negócio, como se pode
ver na figura 4, localizado no centro do IDE, e é constituído por duas vistas [16]:

Desenho: Trata-se apenas de uma tela onde é apresentado o desenho do
processo de negócio através dos componentes gráficos.

Código Fonte: Aqui pode ser visto o código correspondente ao módulo gráfico
do processo, que é representado por um ficheiro JPD.
Painel de dados (Data Palette)
É neste painel que estão representadas as variáveis criadas e utilizadas no processo de
negócio, assim como objectos instanciados. Essas variáveis (Variables) normalmente
são do tipo XML Schema e representam uma estrutura de dados, ou Java. Os objectos
instanciados podem ser, por exemplo, WebServices externos que o processo irá invocar
[16].
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3.4 BEA WebLogic Integration
3.4.1 O que é
O WebLogic Integration é um componente da plataforma WebLogic que fornece
funcionalidades para o desenvolvimento de novas aplicações assim como formas de as
integrar.
3.4.2 Funcionalidades

Gestão de Processos de Negócio
Esta funcionalidade permite modelar e executar processos de negócio que se
espalham por múltiplos sistemas e usam recursos externos. Essa comunicação
entre sistemas pode ser síncrona ou assíncrona, o que possibilita que o processo
fique ou não parado, à espera de dados de vários sistemas [15].
As actividades de negócio são vistas como serviços que podem ser invocados ou
interagir com utilizadores e aplicações internas ou externas. Essas interacções são
traduzidas em linguagem Java comunicando através de mensagens em XML.
Ou seja, os processos de negócio são apenas classes em JAVA que são
armazenadas em ficheiros com a extensão JPD. Esses processos têm, então, duas
maneiras de serem visualizados, graficamente ou textualmente (código Java) [15].
Na figura 5 é apresentado um exemplo de um processo de negócio em modo
gráfico.
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Figura5 - WebLogic Workshop IDE [15]
Como se pode ver na imagem, o processo é constituído por um Request que implica
a invocação do processo por parte de uma aplicação ou mesmo de outro processo,
e um Response, que é a resposta a esse pedido. Todos os componentes do
processo são representados por código Java no ficheiro JPD, que pode ser visto ou
alterado manualmente [15].

Transformação de dados
A tranformação de dados é uma funcionalidade que permite traduzir dados em XML
para dados Não-XML e Java, o que vai permitir uma maior facilidade na integração
de aplicações heterogéneas. Estas transformações podem ser feitas usando
tecnologias XML como XQuery ou eXtensible Stylesheet Language Transformations
(XSLTs) [15].
A transformação é implementada em modo gráfico através da ferramenta XQuery
Transformation Mapper, o que a torna mais simples para o utilizador menos
conhecedor destas tecnologias. Como sempre, impera uma política simplista “dragDepartamento de Engenharia Informática, Universidade de Coimbra 2005/2006
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and-drop”. Esta funcionalidade é extremamente útil e simples, por exemplo, quando
se tem um documento XML de grandes dimensões e se precisa de passar diferentes
dados para diferentes destinos, onde depois são validados com diferentes XML
Schemas [15].
Um exemplo desta funcionalidade e ferramenta é exemplificado na figura 6.
Figura 6 - XQuery Transformation Mapper
Como se pode ver, uma variável XML de nome requestXML contém um dado de
nome “state” que é convertido em String, bastando para isso arrastar o elemento de
um campo para o outro [16].
Estas transformações podem ser reutilizadas em diferentes processos de negócio, e
ser feitas a partir de vários documentos, o que é útil quando queremos juntar
informação proveniente de diferentes fontes, e suporta ainda o uso de condições
para gerar a transformação [15].

Emcaminhamento de Mensagens (Message Broker)
Esta funcionalidade consite num canal de mensagens acedido através de um
mecanismo de subscrição, que pode ser comparado a uma lista de mail onde todos
os subscritores recebem a mesma mensagem. É fornecida então uma função de
broadcast para vários processos ou aplicações que subscrevam o canal [15].
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É ainda possível começar um processo não com uma invocação mas com uma
recepção de uma mensagem num canal deste tipo.
Para ser implementado, o Weblogic dispõem de dois componentes [15].:
- Message Broker (MB) Publish que serve para criar o canal de subscrição
- Message Broker (MB) Subscription que serve para subscrever esse canal
A figura 7 mostra esses dois componentes inseridos em um processo de negócio:
Figura 7 – componentes Message Broker [16]
Dentro do processo de negócio, podem ser definidos eventos que são accionados
quando uma mensagem é recebida, transformações de mensagens e regras de
encaminhamento dessas mensagens [15].

Sistema WorkList
Adjacentes ao fluxo do processo de negócio, há acções como: recepção, aprovação,
modificação e encaminhamento de documentos. São esses documentos que muitas
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vezes fornecem alguma matéria requerida para um trabalhador completar as suas
tarefas [15].
Esta funcionalidade permite a existência de interacção entre utilizadores e uma
gestão do encaminhamento de tarefas numa empresa de modo seguro (regras e
autorizações).
Permite que haja utilizadores que possam colaborar nos processos de negócio
atribuindo tarefas e sabendo o status dessas tarefas [15].
Para suportar esta funcionalidade são fornecidos dois componentes: Task control e
o Task Manager control, que serão analisados posteriormente.
Toda a informação sobre uma Tarefa pode ser obtida através de “task queries”, que
são análogas ao SQL, em bases de dados, e podem ser vistas num interface de
nome WorklistScrollableResultManager [15].

Trading Partner Integration
Esta funcionalidade permite estabelecer uma ligação online com fornecedores e
clientes através de protocolos standard como RossettaNet e ebXML. Esses
protocolos fornecem o envio de mensagens de uma forma segura, assinaturas
digitais, encriptação e recuperação de mensagens [15].
Permite ainda um módulo de gestão conhecido como Trading Partner Management,
a partir do qual os processos de negócio ou Web Services acedem aos perfis
armazenados no repositório [15].
A figura 8 mostra a interacção em um processo de negócio entre “trading partners”.
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Figura 8 – interacção entre trading partners [15].
Como se pode ver na imagem, o processo de negócio “Buyer” envia uma ordem ao
processo “Seller”, usando um acordo entre processos especificado em ebXML ou
RosettaNet. O processo “Seller” recebe o pedido, escreve a ordem numa base de
dados e envia a resposta ao processo “Buyer”, usando o mesmo protocolo de
negócio [15].

Integração de Aplicações e Adaptadores
Disponibiliza uma framework para a integração de aplicações e suporte para
adaptadores pré construídos, quer sejam eles BEA ou não.
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Esta framework permite a ligação entre sistemas existentes (legacy systems) com
novas aplicações, usando uma arquitectura standard (J2EE Connector Architecture)
e os respectivos conectores (adaptadores J2EE-CA) [15].
Uma J2EE Connector Architecture consiste em duas partes: um adptador e um
servidor aplicacional no qual este adaptador se liga. Esta arquitectura define um
conjunto de protocolos a nível de transacções, segurança e gestão de ligações que
um adaptador precisa de suportar para se ligar ao servidor aplicacional [17].
Os serviços das aplicações podem ser invocados síncrónica ou assincronicamente.
Esta funcionalidade é implementada com os controlos relativos ao Message Broker,
através do seu API, formando assim um canal de comunicação com a aplicação
[15].
Fornece ainda duas ferramentas: Application Integration Design Console, que
permite configurar os adaptadores num modo gráfico, e Adapter Development Kit
(ADK), para desenvolver adaptadores J2EE CA.
Inclui também adaptadores para comunicar com diferentes aplicações / tecnologias
proprietárias, como MQSeries, RDBMS, PeopleSoft, SAP, Siebel e Oracle [18].

Gestão e Administração
Todas estas funcionalidades, descritas em cima, podem ser administradas através
de uma consola (WebLogic Integration Administration Console).
Esta é uma aplicação acessível via web browser e centraliza toda a configuração,
manutenção e monitorização dos recursos integrados [15].
A figura 9 ilustra esse tipo de consola:
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Figura 9 – WebLogic Integration Administration Console [2].
O WebLogic Integration separa a administração feita enquanto os processos estão a
correr da análise offline. Isto é possível mantendo duas bases de dados separadas,
onde a base de dados relacionada com os processos de negócio a correrem contém
dados e estados desses processos assim como um histórico de mensagens.
Periodicamente, esta base de dados é arquivada para análises offline e pode ser
acedida através de SQL por vários programas [15].
3.4.3 Controlos de Integração
Os controlos de integração consistem num conjunto de componentes que permitem
começar um projecto de integração e aceder a uma gama de recursos internos ou
externos, recursos esses que podem ir desde WebServices, Serviços de Mensagens
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(JMS), Java Beans e Base de Dados (JDBC). Todos estes controlos são especificados
através de ficheiros JCX [15].
Os controlos de integração são constituídos por:
- Application View Control
Permite que os WebServices feitos no WebLogic e os processos de negócio possam
interagir com aplicações externas (sincrónica ou assincronicamente)através de Java
APIs. Esta interacção com essas aplicações pode ser traduzida para o início de
processos, usando uma Message Broker Subscription que escuta as mensagens de
uma dada aplicação. Toda a comunicação com este componente e com as aplicações é
feita em XML para que haja uma maior interoperabilidade [14].
- Dynamic Transformation Control
Fornece ao processo de negócio a capacidade de decidir dinamicamente, aquando da
execução do processo, que tipo de transformação de dados será efectuada. Este
componente é útil na medida em que não é preciso definir o tipo de transformação
quando se está a desenhar o processo, já que é identificado o dado fornecido e
decidida qual a transformação desejada a efectuar [15].
- ebXML Control
O ebXML (Electronic Business using eXtensible Markup Language) é um pacote
modular de especificações que permite às empresas efectuarem negócios sob a
internet. Trata-se de uma política standard para a troca de mensagens assim como
registo de processos de negócio [19].
Este componente é, assim, usado em processos de negócio para trocar mensagens no
formato ebXML com os vários participantes. Através deste componente são fornecidos
métodos para enviar e receber mensagens, sendo ainda dadas garantias de recpção de
mensagens e tratamento de erros [15].
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- Email Control
Permite aos processos de negócio enviarem e-mails para um destino específico. As
mensagens recebidas podem ser tratadas com um gerador de eventos criado para o
caso [15].
O corpo da mensagem pode ser texto HTML ou XML e pode ainda levar attachments
[14].
- File Control
Este componente permite aos processos de negócio efectuar operações de leitura ou
escrita em ficheiros. Pode ainda ser feita a cópia, mudança de nome e remoção de
ficheiros com este componente, que podem ser do tipo XmlObject (Objecto que
representa um documento XML), RawData (ficheiro binário) ou texto simples [15].
- HTTP Control
Permite fornecer acesso http aos clientes do WebLogic Workshop e pode ser usado
para processar quer pedidos que respostas HTTP (GET ou POST).
O http Control é usado especialmente com o método POST para enviar grandes
quantidades de informação para o servidor, dentro do corpo do pedido http. Pode ainda
ser usado HTTPS (Secure HTTP) para uma comunicação mais segura [15].
- Message Broker Publish e Message Broker Subscription Control
Como já foi dito em cima, este componente fornece um controlo sobre a criação e
subscrição de canais de comunicação baseados em mensagens.
O MB Publish é usado para publicar mensagens no canal de comunicação e o MB
Subscription para as receber. O MB Subscription pode ainda proceder à filtragem de
mensagens assim como remover-se do canal [15].
- MQSeries Control
Este é o componente que permite aos processos de negócio controlar um objecto do
tipo MQSeries.
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MQSeries é o serviço de filas de mensagens fornecido pela IBM que permite transferir
mensagens entre aplicações, e é extremamente importante em integrações baseadas
neste tipo de tecnologia. O seu funcionamento passa pela aplicação que envia a
mensagem colocando-a numa fila, sendo retirada depois pela aplicação que a recebe
[15].
Com este componente, os processos de negócio passam a poder enviar e receber
menagens em formato texto, binário e XML, usando as filas de mensagens MQSeries.
Para cada envio e recepção está implícita uma transacção, ou seja, não haverá
inconsistências, e pode ser usado SSL para uma comunicação mais segura [15].
Contudo, podem surgir pequenos problemas, uma vez que a IBM não é o fornecedor
certificado dos MQSeries APIs da plataforma WebLogic. A resolução desses problemas
pode requerer algum trabalho extra nesses APIs [15].
- Process Control
É usado para o processo enviar pedidos e receber as respostas de outros processos de
negócio, sendo estas invocações feitas através de Java RMI (Remote Method
Invocation). Quando um componente deste tipo é criado, podem ser definidos
parâmetros como o processo de negócio alvo e o método de início associado a esse
mesmo processo [15].
- RosettaNet Control
Este componente permite aos processos de negócio trocarem mensagens e dados com
participantes que usam o protocolo RosettaNet [15].
O protocolo RosettaNet é um protocolo standard de várias organizações, usado para
promover o comércio colaborativo. Estes standards formam uma linguagem de
comércio electrónico comum, alinhando globalmente processos de negócio entre as
cadeias de valor dos membros [20].
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- Service Broker Control
Permite a um processo de negócio enviar pedidos e receber respostas de / para outro
processo de negócio ou Web Service definidos num ficheiro WSDL (Web Service
Description Language) [15].
Um Web Service remoto ou processo de negócio é acedido usando Web Services e é
descrito num ficheiro WSDL. Esse ficheiro contém uma descrição dos métodos que o
Web Service implementa, incluindo nomes, parâmetros e tipo de dados retornado [15].
- Task e Task Worker Controls
Estes componentes são úteis na medida em que possibilitam que a gestão de tarefas
seja feita a partir do WebLogic. São eles que fornecem a possibilidade de manipular,
criar e gerir tarefas.
Uma tarefa não é mais que uma unidade de trabalho que necessita de ser executada
num determinado período de tempo [15].
Estes controladores expõem interfaces em Java que podem ser invocadas directamente
do processo de negócio. O Task Control cria uma instância de um objecto Task e gere o
seu estado e dados. O Task Worker Control gere essas instâncias, trabalhando-as,
completando-as e fornecendo privilégios administrativos sobre elas (parar, começar,
apagar e atribuir) [15].
- TIBCO RV Control
Permite a troca de informação entre aplicações a correr em plataformas distribuídas. É
permitida a communicação através de diversas formas, como por exemplo: Certified
Message Delivery e Distributed Queue, fornecidas pela tecnologia TIBCO Rendezvous
[15].
TIBCO Rendezvous é um software de mensagens que permite a comunicação entre
aplicações de uma forma escalável e robusta assim como a sua monitorização num
browser [21].
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O envio e recepção de mensagens de aplicações pode ser feita em várias plataformas,
desde que o servidor Rendezvous esteja a correr na mesma máquina onde está o
servidor WebLogic ou que lhe seja acessível remotamente [15].
- TPM Control
Este componente TPM (Trading Partner Management) Control fornece ao processo de
negócio e Web Services acesso de leitura ao repositório TPM [14].
No WebLogic, um parceiro de transacção é entendido como uma entidade que tem um
acordo com outra entidade para participar numa transacção de negócio específica ou
num serviço, desempenhando assim um papel predefinido.
Um perfil de um parceiro de transacção contém informação como a sua identificação e
todos os certificados e protocolos necessários para negociar com este [22].
Os serviços, neste caso, representam um processo de negócio que ou é oferecido por
um parceiro de transacção local ou é invocado remotamente. Os profiles de serviços
especificam o protocolo e URL para os parceiros de transacção que oferecem e
invocam o serviço [22].
O Trading Partner Management é um módulo que permite [22]:

Configurar os parceiros de transacção locais e remotos que conduzem
transacções de negócio, certificados de segurança e alguns protocolos.

Gerir serviços e profiles que constituem o processo de negócio oferecido ou
invocado pelos parceiros de transacções.

Sumariar e ver conteúdo das mensagens assim como saber a sua origem

Ver estatísticas que reflectem a actividade transaccional

Configurar recursos
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- WLI JMS Control
O Java Message Service (JMS) é um API em Java para comunicar com sistemas de
mensagens. Estes sistemas são muitas vezes conhecidos como MOMs (MessageOriented-Middleware),
sendo
muitas
vezes
usados
para
comunicação
entre
componentes de negócio a correr em diferentes ambientes ou servidores [15].
O WLI JMS control permite ao processo de negócio interagir com os sistemas de
mensagens fornecidos por uma implementação JMS. Este controlo é então associado a
uma fila de mensagens, e uma vez definido pode ser usado pelo processo de negócio.
Esta troca de mensagens é feita através de transacções, para evitar incoerências [14].
- XML MetaData Cache Control
Uma XML MetaData Cache é uma cache a nível global que tem por finalidade a
possibilidade de nela se armazenarem dados para serem acedidos por qualquer
processo de negócio de um certo domínio. Os dados são armazenados em pares de
chave-valor, nos quais a chave é texto normal e o valor é do tipo XML. Deste modo, um
processo tem de usar a chave para lhe ser retornado o XML MetaData associado a
essa chave, da cache [15].
Os dados da cache estão disponíveis permanentemente através de armazenamento em
ficheiros. Para cada documento XML que é adicionado à cache, um novo ficheiro XML
MetaData Cache é criado.
Este componente serve, então, para fornecer o acesso ao XML MetaData dessa cache
aos processos de negócio. A cache é gerida pela administração de consola ou pelo API
MBean disponível para os utilizadores [15].
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3.5 BEA WebLogic Portal
3.5.1 O que é
A necessidade que uma empresa tem de aceder a dados comuns, processos de
negócio e aplicações a partir de um interface Web levou a que um portal seja um
componente poderoso, na medida que fornece um ponto centralizado de acesso, com
um interface unificado [23].
O componente WebLogic Portal é uma framework que permite criar interfaces de
portais, através de ferramentas disponíveis pelo WebLogic Workshop. O portal é, então,
uma colecção de recursos que podem ser agrupados de diferentes maneiras [23].
Os portais são desenhados na ferramenta WebLogic Workshop Portal Designer, que é
ilustrada na figura 10.
Figura 10 – WebLogic Workshop Portal Designer
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1 – Desktop (and Look & Feel)
O desktop é o contentor principal que inclui todos os componentes daquela vista
específica. O seu aspecto gráfico pode ser mudado usando Skins, especificadas em
XML (Look & Feel). Estas Skins podem ser escolhidas no Editor de Propriedades
(número 7 da figura 10) [23].
2 – Header and Footer (Shell)
O cabeçalho ou rodapé do Desktop é definido por um ficheiro XML (Shell) que aponta
para um um ficheiro JSP ou HTML. Este, por sua vez, contém a informação que lá vai
ser exposta. Estas shells podem ser escolhidas ou mudadas no Editor de Propriedades
(número 7 da figura 10) [23].
3 – Top-level book (Menus e Temas)
Este componente é um contentor que pode ter outros contentores ou páginas, e define
um estilo de menu inicial usado no desktop. Mais uma vez, pode ser mudado usando
Temas para o efeito, escolhidos no Editor de Propriedades (número 7 da figura 10)
[23].
4 – Pages e sub-books (Menus e Temas)
As páginas e sub-books são os contentores navegáveis usados no portal. Estes menus
de navegação podem ser mudados através de aplicação de Temas para o efeito [23].
5 – Layouts (Placeholders)
O layout determina a posição dos contentores numa página. Estes são constituídos por
uma tabela de células (placeholders), definida em XML, onde os contentores são
colocados [23].
6 – Portlets
Portlets são os contentores que detêm a informação nos desktops. São definidos num
ficheiro XML, com a extensão .portlet e referencia o conteúdo ou aplicação que ele vai
navegar. Esta desarticulação dos portlets em relação ao portal vai permitir a sua
reutilização [23].
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7 – Property Editor Window
É nesta janela que se podem definir todas as propriedades de um componente, no
Portal Designer. Todas as mudanças são imediatamente escritas no ficheiro XML do
portal ou portlet [23].
Para se entender melhor a hierarquia destes componentes, é ilustrada na figura 11
uma estrutura hierárquica de um portal.
Figura 11 – Estrutura hierárquica de um portal [23].
3.5.2 Funcionalidades
No WebLogic Portal são fornecidas algumas das seguintes funcionalidades [23]:

Suporte Multi-Canal (permite a criação de portais que servem vários
dispositivos de acesso)

Procura (A reutilização dos portlets vai permitir também fornecer uma função de
pesquisa através de índices construídos)
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
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Java Controls (Controlos Java, pré construídos, vão permitir adicionar código
Java ao portal, como, por exemplo, criação de utilizadores e autenticação)

WebLogic Portal Visitor Tools (Permite ao utilizador do portal mudar a sua
configuração)

Desenvolvimento (Visto o portal ser uma extensão do WebLogic Workshop,
este pode conter Web Services, Java Page Flows e aplicações de processos de
negócio, através do uso de Enterpris Java Beans)

Administração (Todos os portais e seus conteúdos podem ser geridos através
da ferramenta WebLogic Administration Portal. A figura 12 ilustra essa consola
de administração)
Figura 12 – WebLogic Administration Portal [23].
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4. Vantagens / Desvantagens
4.1 Vantagens
Desenvolvimento intuitivo
Todo o desenvolvimento é feito de uma maneira intuitiva, como por exemplo:
- A orquestração dos processos de negócio
- O desenvolvimento de um portal
- Transformações em XML
- Comunicação entre Web Services
Em quase tudo é usado uma política de “drag-and-drop”, o que possibilita a que quem
integre aplicações nesta plataforma não tenha de ser um perito em linguagem Java [15].
Redução do TCO (Total Cost of Ownership)
A redução do TCO é uma das vantagens da plataforma WebLogic, que pode ser
visualizada em vários níveis.

Hardware
Devido ao JRockit ser optimizado para correr em servidores, este pode
fornecer uma redução de custos a nível de hardware.
Um exemplo disso é o da empresa de serviços de directórios francesa,
SCOOT France. Esta empresa começou a ter volumes de transacções
elevados e o seu servidor RISC mostrou-se incapaz de lidar com a situação
[a].
A solução encontrada foi instalar o WebLogic Server e o Jrockit, que seriam a
base das aplicações da empresa, o que resultou numa optimização de 20%
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do tempo de resposta. Isso traduz-se numa redução de custos, uma vez que
é preciso menos hardware para correr o mesmo serviço [24].

Software
Esta plataforma fornece uma infra-estrutura base para se integrar todas as
aplicações de uma empresa, ou seja, fornece um meio de comunicação entre
aplicações heterogéneas. O facto de não ter de substituir essas aplicações
legadas para ter, por exemplo, aplicações apenas do mesmo fornecedor,
representa uma redução de custos a nível de software.

Manutenção e suporte a serviços
A redução de custos a este nível é devida à simplicidade e facilidade que é
oferecida nas consolas de gestão e administração fornecidas pelo WebLogic.
Por exemplo, a empresa de energias Vectren teve uma redução de custos a
este nível com a instalação do Portal da plataforma. Como foi visto em cima,
este é manuseado de uma forma muito simples, maioritariamente por uma
política intuitiva, o que permite uma redução de tempo e esforço. Passa a ser
muito mais simples para esta empresa manter o portal, ficando ainda com um
ponto central de acesso aos seus serviços [25].

Desenvolvimento
Uma vez que a plataforma é constituída por um IDE onde o desenvolvimento
das aplicações é bastante intuitivo e integrado com todas os outros
componentes, este torna-se um processo bastante mais fácil e mais rápido.
Ainda no exemplo anterior, a empresa conseguiu reduzir custos a este nível
uma vez que o seu portal foi desenvolvido três vezes mais rápido, com o
WebLogic Wrokshop, do que com as ferramentas de que dispunham
anteriormente [25].

Operacional
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Os custos nesta área são visíveis quando a existe uma optimização e
automação dos processos de negócio, deixando assim de ser necessária
alguma mão-de-obra.
Um exemplo de redução de custos a este nível é o da empresa americana IP
Communications. Esta empresa, após usar uma solução WebLogic e um
sistema de mensagens para integrar as suas aplicações, foi capaz de reduzir
a intervenção humana que era necessária para reintroduzir informação
nessas aplicações [26].
4.1 Desvantagens
Solução IT Completa
Não é possível ter uma solução completa de tecnologia BEA dado que esta não oferece
uma Base de Dados, ao contrário de outros fornecedores como a Oracle [27].
Solução Proprietária
Visto ser uma solução proprietária, os clientes não têm o código da aplicação e por isso
não podem investigar pelos seus meios a causa de alguns problemas. Têm, então, de
esperar que o fornecedor lance um patch. O facto de não ser uma solução aberta pode
representar uma desvantagem muito importante, já que normalmente as comunidades
“open source” têm mais contribuintes para o aperfeiçoamento da tecnologia, o que
origina o seu mais rápido progresso e inovação [28].
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5. Conclusões
Em suma, a BEA WebLogic é uma plataforma que usa os web services, Java e XML
como abordagem central para a integração de aplicações. Esta abordagem é de tal
maneira centrada nos web services que mesmo os processos de negócio são expostos
como tal, e podem ser depois invocados a partir de outros web services ou processos
de negócio.
Um dos pontos fortes desta plataforma reside no uso da linguagem BPEL e BPELJ, o
que fornece a possibilidade de se moldar e criar processos de negócio recorrendo a
conceitos programáticos bem conhecidos dos programadores Java.
Dado que a representação de dados na plataforma se baseia em XML, o facto de a
podermos manipular e transformar é importantíssimo. Isto, assim como a criação dos
processos e a comunicação com web services, é feito de uma maneira muito intuitiva
baseada numa política “drag-and-drop” de componentes visíveis graficamente.
A interoperabilidade entre as aplicações é conseguida utilizando tecnologias standard e
fornecendo vários controladores para interagir com as aplicações proprietárias. Pode
ser monitorizada e gerida a partir de ferramentas fornecidas para o efeito.
Outro ponto forte é a existência de uma JVM desenvolvida para esta plataforma, com
propósito e optimizada para correr num servidor. Isto traz um acréscimo de
desempenho à plataforma e acelera o processamento dos processos de negócio.
A BEA WebLogic pode então ser considerada uma solução completa para a integração
com várias aplicações heterogéneas usadas no seio de uma empresa. Não pode, no
entanto, ser considerada uma solução completa sem ser com o objectivo de integração,
devido ao facto de não fornecer uma base de dados, como a Oracle, ou um ERP, como
a SAP.
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6. Referências
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http://www.novabase.pt/ConteudosHTML/MFEAI.pdf
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http://semanainformatica.xl.pt/718/est/100.shtml
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http://www.idealliance.org/papers/dx_xml03/papers/04-06-01/04-06-01.pdf
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[5] Marques P; "Web Services de Segunda Geração (Acetatos de Integração de Sistemas; 2005
https://www.dei.uc.pt/weboncampus/course/LEI/2005-2006/04_WebServices.pdf
[6] IBM, BEA Systems; "BPELJ: BPEL for Java technology"; 2004
http://www-128.ibm.com/developerworks/webservices/library/specification/ws-bpelj/
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http://e-docs.bea.com/wls/docs81/index.html
[9] Basilio G; "Characterization and Evaluation of the BEA WebLogic JRockit JVM on the Itanium II platform - Master of Science Thesis"; 2003
http://web.it.kth.se/~iw02_gzb/docs/report/report_08_12_2003.pdf
[10] BEA Systems; "BEA WebLogic JRockit–The Server JVM - Increasing Server-side Performance and
Manageability";
http://kr.bea.com/news_events/white_papers/BEA_JRockit_wp.pdf
[11] BEA Systems; "What's in BEA JRockit JDK";
http://e-docs.bea.com/wljrockit/docs50/intro/whatsin.html
[12] BEA Systems; "Using JRockit JDK";
http://e-docs.bea.com/wljrockit/docs142/userguide/mancons.html
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[13] BEA systems; "Press Release - BEA Expedites SOA with World's Fastest JVM; Scorching Sun's
HotSpot"; 2005
http://www.bea.com/framework.jsp?CNT=pr01528.htm&FP=/content/news_events/press_releases/2005
[14] BEA Systems; "WebLogic Workshop Help Online";
http://e-docs.bea.com/workshop/docs81/doc/en/core/index.html
[15] BEA Systems; "Introducing WebLogic Integration";
http://e-docs.bea.com/wli/docs85/overview/1intro.html
[16] BEA Systems; "BEAWebLogic Integration Tutorial: Building Your First Business Process"
[17] Sun Developer Network; "J2EE Connector Architecture Overview";
http://java.sun.com/j2ee/connector/overview.html
[18] BEA Systems; "Introducing Application Integration";
http://e-docs.bea.com/wli/docs85/aiover/index.html
[19] ebXML / OASIS "About ebXML"
http://www.ebxml.org/geninfo.htm
[20] RosettaNet; "Who we are"
http://www.rosettanet.org
[21] TIBCO Software Inc.; "TIBCO Rendezvous™";
http://www.tibco.com/software/enterprise_backbone/rendezvous.jsp
[22] BEA Systems; "Managing WebLogic Integration Solutions - Trading Partner Management";
http://e-docs.bea.com/wli/docs81/manage/tpm.html
[23] BEA Systems; "Portal Overview";
http://e-docs.bea.com/wlp/docs81/overview/index.html
[24] McNaughton A; "Lowering costs with BEA WebLogic Server and Intel-based Servers";
http://www.intel.com/cd/ids/developer/asmo-na/eng/151138.htm?prn=Y
[25] Nucleus Research Inc; "ROI Case Study: BEA WebLogic Portal Vectren Corporation"; 2004
http://www.bea.com/content/news_events/white_papers/BEA_Vectren_NucleusROI_cs.pdf
[26] Nucleus Research Inc; "ROI Profile: BEA WebLogic IP Communications, Dallas, Texas";
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[27] Bartel B, Cohen F; "Competitive Assessment Toolkit for Java Application Servers - Commercial Server Assessment"; 2005
http://www.bea.com/content/files/news_events/features/PushToTest_Oracle-IBM_sum.pdf
[28] Bartel B, Cohen F;"Competitive Assessment Toolkit forJava Application Servers - Open Source Server Assessment"; 2005
http://www.bea.com/content/files/news_events/features/PushToTest_OpenSource_sum.pdf
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