Escola Secundária de S. João da Talha Relatório das Experiências Laboratoriais Actividade PrácticoLaboratorial – Observação de células Eucarióticas Esta imagem foi tirada da internet Trabalho realizado por: Eliana Lourenço nº5 Elsa Santos nº6 Trabalho realizado para a professora: Elvira Monteiro Entrega do trabalho no dia 1 de Março de 2011. Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 10ºA Págin a1 Escola Secundária de S. João da Talha Índice Página 2 Introdução teórica Página 3 a 5 Material e reagentes utilizados Página 5 Observação ao microscópio Página 6 e 7 Conclusão e Crítica Página 8 Página 2 Índice Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Escola Secundária de S. João da Talha Introdução teórica O entendimento dos processos biológicos está centrado na unidade fundamental da vida – a célula -, cuja existência era desconhecida até à invenção do microscópio. Ao longo dos tempos houve um estudo sobre a célula e muito foram os cientistas que investigaram sobre o assunto, como por exemplo em 1590, Jansen inventou o microscópio composto; em 1665, usando um microscópio composto, examinou cortiça e introduziu o termo “célula”; em 1676, Antoni Leeuwenhoek observou pela primeira vez bactérias; entre 1838 – 39, Schleiden e Schwann enuciaram a “Teoria Celular”;em 1840, Purkinje deu o nome de “protagonista”ao conteúdo das células.Mais tarde, foi introduzido o termo “citoplasma”; em 1866, Haeckel descobriu que o núcleo é responsável pela transmissão dos caracteres hereditários; em 1903, Sutton estabeleceu a Teoria Cromossómica de Hereditariedade; em 1933, Knoll e Ruska inventaram o microscópio electrónico, que permitiu revelar a ultraestrutura celular e por fim em 1953 Watson e Crick propuseram o modelo de dupla hélice para o DNA. Em 1665, Robert Hooke, interessado em conhecer a estrutura da cortiça, obteve uma lâmina muito fina deste material e observou-a através de um microscópio, por ele constituído. Segundo Hooke, a cortiça “era profunda e porosa, assemelhavam-se a pequenas caixas”. Na verdade, Hooke observou células vegetais mortas, das quais restavam apenas as paredes celulares. Schleiden e Schwann requereram a Teoria Celular que, actualmente, assenta nos seguintes presumíveis: A célula é a unidade básica da estrutura e função dos seres vivos; As células de todos os seres vivos são semelhantes nos seus constituintes químicos nas suas actividades metabólicas; Todas as células provêm de células preexistentes; A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos. No inicio do século XX, Max Knoll e Ernst Ruska, permitiu novos progressos no conhecimento da célula, devido ao facto da invenção do microscópio electrónico, que possibilitar a obtenção de imagens muito mais ampliadas. Página 3 Um ser vivo que apresente individualidade relativamente ao meio externo é um organismo, estes pode ser unicelulares só compostos por uma única célula, capaz de realizar todas as funções vitais, enquanto os organismos multicelulares são constituídos por várias células, especializadas em diversas funções. Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Escola Secundária de S. João da Talha As células apresentam uma grande diversidade morfológica e funcional, ou seja, estas podem ser simples ou complexas. As células mais simples são designadas células procarióticas que nem sequer apresentam o núcleo individualizado e perfeitamente organizado, são representadas pelas bactérias. As células eucarióticas uma organização estrutural complexa e apresentam um núcleo perfeitamente organizado e delimitado por um invólucro, estas são representadas pelo restante grupo dos seres vivos. As células vegetais apresentam um vacúolo maior que a célula animal, mas ambas possuem três constituintes fundamentais, que são a membrana, o citoplasma e o núcleo. Legenda das figuras: Célula Procariótica Célula Eucariótica animal Célula Eucariótica vegetal Para além dos três constituintes referidos em cima, ainda existem mais os seguintes: Membrana plasmática: invólucro que mantém a integridade celular, sendo responsável pela troca de substâncias entre o meio intracelular e o meio extracelular. Núcleo: é o maior organelo celular e encontra-se delimitado por uma membrana com poros. O núcleo controla a actividade celular. Mitocôndrias: organelos que possuem duas membranas, uma externa e outra interna. Esta última pode apresentar invaginações para o interior. As mitocôndrias estão envolvidas em processos de obtenção de energia por parte de célula. Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Página Vacúolos: organelos de tamanho variável, rodeados por uma membrana. Os vacúolos podem armazenar no seu interior gases,pigmentos, açúcares, proteínas ou outras substâncias. 4 Cloroplastos: organelos que possuem uma membrana dupla, onde se encontram pigmentos envolvidos na fotossíntese. Escola Secundária de S. João da Talha Parede celular: parede rígida que envolve as células vegetais e bacterianas, conferindo-lhe protecção e suporte. Centríolos: estrutura de aspecto celíndrico, constituída por mocrotúbos. Os cetríolos intervêm na divisão celular. Retículos endoplasmático: sistema se sáculos, vesículas e canalículos, envolvido na síntese de proteínas, lípidos e hormonas. Também intervém no transporte de proteínas e outras substâncias. Aparelho ou complexo de Golgi: conjunto de cisternas achatadas e de vesículas, que intervêm em fenómenos de secreção. Lisossomas: estrutura esféricas, rodeadas por uma membrana simples, que contêm no seu interior enzimas, que intervêm na decomposição de moléculas e estruturas celulares. Ribossomas: pequenas estruturam, constituídas por duas porções, por vezes, associadas ao retículo endoplasmático. São fundamentais para a síntese de proteínas. Citosqueleto: rede de fibra entrecruzadas, existente no citoplasma. O citosqueleto mantém a forma da célula. Com os reagentes que utilizamos podemos observar alguns constituintes das células, como por exemplo a membrana plasmática, núcleo e os cloroplastros. Na utilização da solução de vermelho- neutro podemos identificar a membrana plasmática, com a solução de azul-demetileno podemos identificar o núcleo das células e com o soluto de Lugol podemos identificar o núcleo e a membrana plasmática Material utilizado Microscópio óptico; Lâminas e lamelas; Bisturi; Palito. Substâncias reagentes utilizadas Página 5 Vermelho-neutro; Azul- de- metileno; lugou Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Escola Secundária de S. João da Talha Observação ao microscópio Experiência I Célula de epiderme interior das túnicas de cebola (células vegetais) Observação 1 Título: Uma lamela com uma gota de vermelho neutro Legenda: Ampliação: 10x40= 400x Observação 2 Título: Uma lamela com uma gota de azul-de-metilano Legenda: Ampliação: 10x40= 400x Observação 3 Título: Uma lamela com uma gota de soluto de lugol Legenda: Ampliação: Página 6 10x40= 400x Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Escola Secundária de S. João da Talha Experiência II Células do epitélio lingual (células animais) Observação 4 Título: Legenda: Ampliação: 10x40= 400x Observação 5 Título: Células de uma folha de alga Ampliação: 10x40= 400x Página 7 Legenda: Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011 Escola Secundária de S. João da Talha Conclusão e crítica Poderemos dizer que cada corante actua de forma específica e divergente sobre a célula, logo, deveremos ter em conta as estruturas que se desejam observar e, a partir de tal, escolher o corante a utilizar de forma a tornar o trabalho mais simples e concreto. Assim sendo, dizemos que com o soluto de Lugol podemos identificar o núcleo e a membrana plasmática, com a solução de vermelho-neutro podemos identificar a membrana plasmática e com a solução de azul-de-metileno podemos identificar o núcleo das células. A célula eucariótica animal é diferente da célula eucariótica vegetal visto que não possui parede celular, o que faz com que os bordos das células estejam ligeiramente dobrados. O corante azul-de-metileno, usado nesta actividade experimental, corou o núcleo, o que vai de encontro á sua função que é, precisamente, evidenciar este organelo. Contudo, o resto da célula também ficou azul, embora numa tonalidade mais clara. Nas células da alga conseguimos observar os cloroplastros nitidamente e, com isto, confirmámos que só as células eucarióticas vegetais têm este constituinte na sua estrutura. Concluímos então que existem diversas técnicas de preparação que nos possibilitam uma melhor visualização dos materiais ao microscópio óptico e que os conservam, para além de evidenciarem certas estruturas, como no caso da coloração. Estas técnicas são, por conseguinte, deveras importantes na observação das células pois facilitam a observação das mesmas e, proporcionam ao observador um trabalho mais pormenorizado e credível devido a evidenciar determinados organitos pelo uso de corantes. A partir deste destaque podemos fazer observações minuciosas, nunca esquecendo que são as pequenas observações que revelam as grandes descobertas. Página 8 Durante a execução da actividade laboratorial, surgiram algumas dificuldades como é o caso, de ao deslocarmos a lâmina que tinha a amostra de células animais, perderam-se as células que se encontravam em estudo, outra das nossas dificuldades foi na realização da experiência das células do epitélio lingual (células animais) porque foi difícil passarmos em condições a amostra do palito para a lâmina. Disciplina de Biologia e Geologia, 23.02.2011