psicologia e interdisciplinaridade: poderosos aliados no

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PSICOLOGIA E INTERDISCIPLINARIDADE: PODEROSOS ALIADOS NO AUXILIO
DO TRATAMENTO DO CÂNCER
CAROLINE LUCIA CANTARELLI ROHDE ([email protected]) / Psicologia Unifra, santa Maria RS
JENNEFER MENDES FERREIRA ([email protected]) / Psicologia UNIFRA, Santa Maria RS
DAIANE VARGAS DE OLIVEIRA ([email protected]) / Psicologia UNIFRA, Santa MAria - RS
DANIELLE ABADE MOISÉS ([email protected]) / Psicologia Unifra, Santa Maria RS
Palavras-Chave:
PSICOLOGIA, INTERDISCIPLINARIDADE, TRATAMENTO DO CÂNCER
Este estudo apresenta um aprofundamento sobre o a importância da psicologia aliada a outras áreas da
saúde no auxilio do tratamento de pessoas com câncer. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo
compreender a importância da psicologia atuando de forma interdisciplinar no tratamento do câncer. Para
alcançar este objetivo realizou-se uma pesquisa bibliográfica, conforme Marconi e Lakatos (1987). Segundo
Silva (2003) o câncer é uma doença onde o crescimento das células ocorre numa desordem (maligno ou
benigno) podendo invadir tecidos, órgãos e outras regiões do corpo (metástase). A divisão das células tornase incontroláveis formando tumores, ou seja, um acúmulo de células cancerosas ou neoplasias malignas. O
tumor benigno é um amontoamento de células, as quais crescem numa lentidão sendo semelhante ao tecido
original. Segundo HART (2008) para o tratamento do câncer é necessário que os profissionais atuem em
conjunto, de uma forma interdisciplinar, pois é uma doença a qual possui vários fatores e atinge o sujeito das
mais diferentes formas e em diferentes estágios da enfermidade. Nesse atendimento, em relação ao
paciente, busca-se o mínimo possível de fragmentação dele, procura-se realizar o atendimento como um
todo. Nessa perspectiva, o diagnóstico da doença passa a fazer parte da vida do paciente assim como das
relações pessoais e familiares, não só algo dele, mas também no contexto do tratamento. O principal objetivo
da Psico-Oncologia é acompanhar o paciente e seus familiares no tratamento, ajudando na redução da dor
emocional e dando outro significado para este momento da vida, tanto para o paciente como para seus
familiares, identificando adaptações possíveis (JUNIOR, 2001). Com isso, deve-se ajudar a equipe a
compreender melhor a doença como um processo psíquico presente no adoecer, onde podem acontecer
fantasias e a estigmatização do câncer. O câncer é uma doença que devido à complexidade, envolve uma
série de fatores que podem afetar a parte psicológica do paciente de maneira significativa. Dados do INCA
apontam o câncer como a segunda principal causa de morte por doença, sendo responsável por quase 11%
do total de óbitos em 1994 ou pouco mais de 95 mil mortes. No caso desta doença, o diagnostico nem
sempre é favorável por se tratar de uma doença crônica e cujo tratamento exige altos níveis de tolerância de
todos os envolvidos no processo, em especial o sujeito portador (JUNIOR, 2001). É necessário que o
acompanhamento desse paciente seja feito por uma equipe multidisciplinar oferecendo apoio e orientação
psicológica, suporte afetivo e terapêutico ao paciente e a família, minimizando assim o sofrimento, inerente
ao processo da doença e hospitalização, visando um atendimento psicológico imediato e satisfatório (SILVA,
2003). Nas últimas décadas ocorreu uma grande mobilização da ciência e de profissionais de todas as áreas
da saúde, inclusive a psicologia, no sentido de descobrir novas formas de tratamento aliadas às condições
de cada paciente em sua situação específica (JUNIOR, 2001). Pode-se entender também que o trabalho da
Psico-Oncologia tem se destacado muito e tem tornado-se indispensável, já que esta promove condições de
melhor qualidade de vida ao sujeito. Bem como, o auxilia-lo a encontrar a melhor forma de enfrentamento de
eventos estressores relacionados ao tratamento da doença como a quimioterapia, e a internação prolongada,
entre outras formas invasivas e agressivas que fazem parte do tratamento, neste sentido, o psicólogo em
conjunto com a equipe e paciente buscam a melhor forma de atravessar este momento da forma menos
intensa possível (JUNIOR, 2001). A psicologia deve resgatar os aspectos saudáveis do paciente, não deve
focar a atenção somente na doença e sim no doente. Assim pode-se investir no momento de vida do
individuo, deixando o medo e expectativas próprias de lado. Compreender a doença pressupõe revelar
sentimentos, medos, desejos por detrás da historia dele. O sujeito portador de câncer apresenta diversos
sintomas orgânicos e psicológicos fazendo parte os seus sentimentos interligados com a doença. Dessa
forma, entende-se que a psicologia tem um papel relevante no auxílio do tratamento dos pacientes
oncológicos, pois deve tentar recuperar o equilíbrio psicológico, redirecionando a vida desses pacientes para
uma visão menos sofrida em relação ao quadro do paciente. Assim, a psicoterapia trabalha as condições
pessoais e sociais em que o sujeito está inserido, ajudando de forma mais eficiente o paciente a superar a
ansiedade, o stress e por vezes, a depressão que a doença pode trazer. Com isso a intervenção psicológica,
se faz necessária trazendo a possibilidade de diminuir o sofrimento, angústias e possíveis dúvidas do
paciente juntamente com outros profissionais da saúde, pois se sabe que o trabalho multidisciplinar no
tratamento do câncer é um grande aliado na busca pelo melhor resultado.
REFERÊNCIAS:
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade; Metodologia do trabalho científico. ; São Paulo; Atlas;
1997.
HART, M.F.C. ET AL; Câncer uma abordagem psicológica; POrto Alegre; AGE; 2008.
JUNIOR, A.L.C; O desenvolvimento da psico-oncologia: implicações para a pesquisa e intervenção
profissional em saúde; Psicologia. Ciência e profissão ; 21; 36 a 43; 2001.
SILVA, A. L.P da; O acompanhamento psicológico a familiares de pacientes oncológicos terminais no
cotidiano hospitalar; Interação em Psicologia; não consta; não consta; 2003.
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