Aloe vera (BABOSA) e Cha

Propaganda
1
FACULDADE ASSIS GURGACZ
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS
COMO CICATRIZANTES: Aloe vera (BABOSA) e Chamomilla recutita
(CAMOMILA)
Cascavel
2015
2
RAYZA CARVALHO CARDOSO
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS
COMO CICATRIZANTES: Aloe vera (BABOSA) e Chamomilla recutita
(CAMOMILA)
Trabalho de conclusão de
curso apresentado a Faculdade
Assis Gurgacz, FAG, Curso de
Farmácia. Prof. Orientadora:
Patrícia Stadler Rosa Lucca.
Cascavel
2015
3
RAYZA CARVALHO CARDOSO
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS
COMO CICATRIZANTES: Aloe vera (BABOSA) e Chamomilla recutita
(CAMOMILA)
Trabalho apresentado no Curso de Farmácia da FAG, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em Farmácia, sob a orientação da
Professora Patrícia Stadler Rosa Lucca.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
Professora Me. Patrícia Stadler Rosa Lucca
_______________________________
Professor Avaliador
_______________________________
Professor Avaliador
Cascavel, 19 de Junho de 2015.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus por sempre iluminar meus
passos, por sempre estar presente comigo me dando a sua proteção, me dando
a sua força e por todas as benções.
Principalmente aos meus pais amados Maria das Graças Carvalho e Nerli
Celso Cardoso por todos os seus esforços que fizeram para que eu possa ter
realizado o meu sonho. Por me guiarem sempre com todo o amor do mundo e
paciência e sempre me incentivaram à nunca desistir dos meus sonhos.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por ter me dado à vida, à família maravilhosa e aos
meus amigos queridos. Por estar presente em todos os momentos da minha
vida, me guiando e me abençoando. Pelo seu amor incondicional me abrigando
nos momentos de desesperos e me dando forças na minha grande jornada.
Principalmente a minha mãe Maria das Graças Carvalho por todo o seu
amor, por toda a sua luta e dedicação desde quando nasci pelo exemplo de
mulher guerreira e batalhadora. Meu maior exemplo de vida, onde é a minha
maior fonte de inspiração, por ter o coração mais lindo e generoso do mundo.
Por me acolher sempre eu seus braços, por me proteger e pela sua dedicação
como mãe. A quem sou totalmente grata e orgulhosa por Deus ter me escolhido
como sua filha. Pra você todo o meu amor e respeito do mundo.
Ao meu pai Nerli Celso Cardoso pelos seus conselhos, pela sua proteção,
por ser o meu maior herói. Dando-me atenção, me aconselhando, me dando
abrigo em seu colo quando achei que nada seria possível e por todo o seu
esforço para que eu nunca desistisse do meu sonho e me inspirando. Para você
todo o meu amor e respeito do mundo.
Ao meu irmão Richard Brian Carvalho Cardoso, por ser o meu melhor
amigo, por ser o meu maior protetor, por sempre segurar a minha mão quando
inúmeras vezes pensei em desistir de tudo. Por ser o meu porto seguro e pelo
homem de coração mais generoso que já conheci. Sei que sou chata e brigo
muitas vezes com você e sou muito ciumenta e protetora, mas faço isso por
nunca querer vê-lo machucado e triste. Pois você é a melhor parte de mim. Pra
você todo o amor desse mundo.
A minha avó Rosalina Tavares Carvalho por seu amor de avó, por sempre
me mimar e sempre se preocupar comigo. Pelo seu coração generoso e
acolhedor, por me motivar e ser meu exemplo de inspiração de mulher guerreira
e batalhadora. A minha querida avó Izaildes Camilo Cardoso, que é a estrela
6
mais bonita do céu, que em vida sempre foi uma avó zeladora e generosa. As
duas por serem a matriarca das famílias mais linda e abençoada que Deus me
deu. Pra vocês duas todo meu amor, respeito, carinho e orgulho desse mundo.
As minhas amigas e amigos por serem paciente por serem meu refugio
quando precisei e pelo gesto de amizade verdadeira. Em especial a Caroline
Szatkowski Americano , Janaina Nascimento, Mateus Mota Boligon e Medieli
Oliboni, por terem o coração mais lindo e digno que já conheci, por me
escutarem, me aconselhares e me apoiarem, por serem o meu chão quando
achava que tudo iria desabar por estarem comigo quando mais precisei de um
colo e proteção. Principalmente a Ana Paula Rison, por me mostrar como ser
forte e guerreira, por confiar a mim a sua maior riqueza o seu filho Gabriel Rison
e me deixar se tornar a tia dele. A ele, que me mostrou o amor incondicional sem
pedir nada em troco, onde sempre será o maior amor da minha vida, o meu
príncipe encantado, onde sempre protegerei e amarei. A todos vocês por terem
compartilhado comigo momentos que jamais sairão da minha memória.
A minha orientadora Patrícia Stadler Rosa, pelo seu exemplo dado tanto
em aula como fora dele, por ser uma pessoa sempre atenciosa e conselheira,
por exigir de mim aquilo que achei que seria incapaz de conseguir, pelos seus
ensinamentos onde sou grata, sempre estando ali me orientando e dedicando
parte do seu tempo, para essa realização.
As técnicas de laboratório e a coordenadora de laboratório por me
ajudarem e sempre que possível me tirando as minhas dúvidas.
Agradeço a todos que me ajudaram direto ou indiretamente para o
desenvolvimento deste trabalho
7
Sumário
1 - REVISÃO DA LITERATURA ......................................................................08
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................27
2 - ARTIGO ......................................................................................................29
NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE PLANTAS MEDICINAIS.................45
8
REVISÃO DE LITERATURA
LESÕES DE PELE
As lesões de pele são cada vez mais frequentes em diversas regiões do
mundo, e isso se deve ao aumento do número de indivíduos com doenças
crônicas e que predispõe o desenvolvimento de lesões, como por exemplo, o
diabetes. Dos mais de 150 milhões de diabéticos no mundo, 15 % apresentarão
feridas no decorrer de sua vida. (MARCONDES, 2006).
Os tecidos gradualmente passam por mudanças de acordo com a idade,
sendo que, na pele, essas alterações são mais facilmente reconhecidas. Atrofia,
enrugamento, ptose e lassidão representam os sinais mais aparentes de uma
pele senil. (LAVKER et al. 1989)
Segundo Cruzzi et al. (2001) a mudanças nas características da pele
humana durante o envelhecimento são frequentemente determinadas por forças
ambientais ou extrínsecas, tais como radiação ultravioleta, assim como por
fatores intrínsecos, alguns deles relacionados com alterações no tecido
conjuntivo da derme. Alterações no tecido conjuntivo, que atua como alicerce
estrutural para epiderme, delineiam essas mudanças na aparência externa, que
são refletidas no estrato córneo. As modificações do aparelho colágeno-elástico
ao longo da vida estabelecem uma base morfológica substancial para
compreender as adaptações bioquímicas e biomecânicas da pele com a idade.
A espessura da pele e suas propriedades visco-elásticas não dependem apenas
da quantidade de material presente na derme, mas também de sua organização
estrutural. ( LEVEQUE et al., 1984).
9
Figura: Constituintes da pele.
As infecções bacterianas da pele podem representar um processo
patogênico cutâneo primário ou uma manifestação cutânea secundária à
infecção inicial de outro órgão. Podem ser supurativas, decorrentes da
proliferação
das
bactérias
na
pele,
ou
podem
ser
decorrentes
de
hipersensibilidade a antígenos bacterianos. (SAMPAIO, 2007).
Na patogênese da infecção bacteriana da pele devem ser consideradas,
como fatores determinantes do comportamento clínico da infecção, a
patogenicidade do microorganismo, a porta de entrada do germe e a resposta
do hospedeiro à infecção. A penetração do microorganismo/patogino
diretamente na pele, habitualmente, produz inflamação e supuração e a partir
desta, colonização cutânea primária. Pode determinar disseminação da bactéria
via hematogênica como bacteremia e septicemia. Por outro lado, quando a
10
infecção
primária
ocorre
em
outro
órgão,
através
da
disseminação
hematogênica, as bactérias atingem a pele, determinando comprometimento das
paredes dos vasos cutâneos, onde ocorre trombose vascular com hemorragia e
por vezes necrose do território cutâneo correspondente ao vaso ocluído.
(SAMPAIO, 2007).
Como as lesões de pele são muito comuns e, frequentemente de difícil
cura, várias técnicas têm sido utilizadas para auxiliar na cura dessas lesões, mas
os tratamentos são caros, demorados e nem sempre eficazes. (MARCONDES,
2006).
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
Atualmente, a pesquisa, a descoberta e a produção de novos agentes
antimicrobianos revelam-se crescentes e necessárias, considerando que, além
do seu emprego como agentes terapêuticos na medicina humana e veterinária,
os antibióticos são, também, utilizados para promover o ganho ponderal e rápido
crescimento de animais criados para alimentação humana. Ademais, são
utilizados para proteção contra a deterioração de alimentos mantidos no gelo ou
em conservas, no combate a ervas daninhas e na preservação de plantas e na
esterilização de meios laboratoriais. Embora a quase totalidade destas novas
substâncias não tenha aplicação pratica, a pesquisa por novos antibióticos
continua, principalmente para combater os microrganismos resistentes aos
antibióticos mais antigos. (TAVARES, 2009).
O estudo de agentes antimicrobianos tem grande abrangência, sendo
ponto crucial em vários setores do campo farmacêutico e cosmético. Outro ponto
11
a ser ressaltado é a utilização desse estudo como primeiro screening na
descoberta da atividade farmacológica de novos agentes, sendo de extrema
importância, principalmente em um país como o Brasil que oferece uma imensa
biodiversidade. Desta forma, tais pesquisas podem contribuir significativamente
no desenvolvimento da saúde em nível mundial, encontrando substâncias mais
eficazes e menos tóxicas na corrida contra a resistência e o surgimento de
microrganismos patogênicos (LIMA et al., 2006).
As taxas de resistência bacteriana registradas nos hospitais têm sido
crescentes, o quem tem despertado a atenção e preocupação dos profissionais
da saúde. Além disto, bactérias originárias de ambientes não hospitalares
carreadoras de genes multirresistentes tornam as infecções bacterianas cada
vez mais difíceis de serem tratadas, aumentando ainda os riscos para pacientes
internados e imunossuprimidos. Além de permitir a sobrevivência em ambientes
considerados tóxicos às bactérias, mecanismos de resistência podem contribuir
com fatores de virulência, regulação da homeostase bacteriana e desintoxicação
de metabólitos intracelulares. O surgimento e a disseminação de resistência
bacteriana ocorrem por diferentes mecanismos normalmente relacionados à
pressão seletiva e também devido ao uso incorreto de antibióticos. (MARTINEZ,
2007).
A pesquisa de novos agentes antimicrobianos se faz necessária devido
ao surgimento de microrganismos resistentes e de infecções oportunistas fatais,
associadas a AIDS, quimioterapia antineoplásica e transplantes (PENNA et al.,
2001).
A Indústria farmacêutica vem desenvolvendo novos antibióticos e
modificando as moléculas de algumas drogas já existentes, devido à resistência
12
que os microorganismos vêm demonstrando nas ultimas três décadas. Isto é o
que preocupa, pois em hospitais com pacientes imunocomprometidos acabam
surgindo bactérias e fungos que apresentam novos perfis de resistência a
antibióticos, assim sendo surgem novas infecções em hospitais ou em
residências podendo levar a mortalidade e morbidade de muitas pessoas
(SANTOS et al., 2007).
A descoberta de novos antimicrobianos mostrou-se importante, sobretudo
pela observação de que a sensibilidade das bactérias ás drogas podia sofrer
variações, encontrando-se microrganismos pertencentes a uma mesma espécie
nos quais algumas estirpes ou raças eram sensíveis, enquanto outras eram
resistentes á ação de um mesmo antibiótico. Com isto, verifica-se que o
fenômeno da resistente bacteriana aos antimicrobianos, tão seriamente
estudado nos dias atuais, já era manifestação observadas desde o inicio da
antibioticoterapia. (TAVARES, 2009)
O desenvolvimento da antibioticoterapia recebeu um novo impulso
quando, em 1959, Batchelor e outros pesquisadores, dos Laboratórios Beecham,
na Inglaterra, descobriram o método prático de obtenção do ácido 6-aminopenicilânico (6-APA), substancia que constitui o núcleo central da penicilina G.
(TAVARES, 2009)
Algumas drogas possuem um estreito espectro de atividade microbiana,
ou ao número de tipos microbianos diferentes que lês afetam. A penicilina, por
exemplo, afeta bactérias gram-positivas, mas muito poucas gram-negativas.
Antibióticos que afetam um número grande de bactérias gram-positivas ou gramnegativas são denominados antibióticos de largo espectro. (TORTORA et al.,
2003).
13
Os antibióticos e os quimioterápicos interferem com diferentes atividades
da célula bacteriana, causando a sua morte ou somente inibindo seu
crescimento. Os primeiros são chamados bactericidas e os segundos,
bacteriostáticos. Embora os antibacterianos sejam normalmente divididos nas
duas categorias, deve ser lembrado que algumas drogas, tipicamente
bacteriostáticas, podem ser bactericidas para determinadas espécies de
bactérias. Por exemplo, o cloranfenicol é um agente bacteriostático por
excelência, mas funciona como bactericida para o Haemophilus influenzae e o
Streptococcus pneumoniae, enquanto as penicilinas são drogas bactericidas
típicas que em certas circunstâncias funcionam como bacteriostáticas.
(TRABULSI et al., 1999).
As bactérias podem ser classificadas em sensíveis e resistentes aos
antimicrobianos. Em geral, classificam-se como resistentes as bactérias que
crescem, in vitro. (TRABULSI et al., 1999).
As bactérias resistentes e que são responsáveis pelas infecções, podem
ser
classificadas
em
gram-positivas
ou
gram-negativas
conforme
as
características da parede celular. Nas bactérias gram-positivas o peptidoglicano
forma uma camada espessa (20-80 nm), externa à membrana celular e pode
conter outras macromoléculas, já as bactérias gram-negativas a camada de
peptidoglicano é delgada (5-10 nm) e com uma membrana externa que tem as
principais moléculas sendo o lipopolissacarídeo e lipoproteína (MIMS et al.,
1999).
STAPHYLOCOCCUS AUREUS
14
Estafilococos são cocos Gram-positivos da família Micrococcaceae, são
amplamente encontrados na natureza e fazem parte da microbiota normal da
pele e mucosa. O gênero Staphylococcus é composto por cerca de 27 espécies,
sendo algumas delas causadoras de infecções de caráter oportunista em seres
humanos e animais (KONEMAN et al., 2001). Staphylococcus aureus é a espécie
que geralmente está envolvida em infecções piogênicas humanas tanto de
origem comunitária como hospitalar, localizadas na pele ou em regiões mais
profundas (SCHAECHTER et al., 2002; BOKHARI, 2003). Staphylococcus
aureus é considerado um dos agentes patogênicos mais comuns responsáveis
por severas infecções em humanos. Está amplamente distribuído na natureza,
sendo os humanos e os animais seus principais habitat. Na epidemiologia das
doenças veiculadas por alimentos, especialmente os de origem animal e seus
derivados, o Staphylococcus aureus destaca-se devido a sua alta prevalência e
o risco de produção de toxinas causadoras de gastrenterites alimentares
(RIBEIRO et al., 2009).
Em alguns processos, predomina um quadro infeccioso caracterizado por
danos ao hospedeiro, diretamente associados à presença do microorganismo,
enquanto em outros as manifestações são basicamente de uma intoxicação,
podendo a bactéria estar presente no organismo ou não. (TRABULSI et al.,
2005).
O impetigo é uma infecção cutânea da epiderme causada pelo S. aureus,
que se localiza principalmente na face e nos membros, mais comum em crianças
jovens. Frequentemente, ocorrem lesões múltiplas devido à propagação
secundaria do processo para áreas adjacentes da pele. Estas lesões múltiplas
se apresentam em diferentes estágios de desenvolvimento. A foliculite é uma
15
infecção do folículo piloso, com formação de uma pequena coleção de pus
abaixo da epiderme. (TRABULSI, et al., 2005).
A infecção dos folículos pilosos, ou foliculite, frequentemente ocorre em
forma de espinhas. O folículo infectado em um cílio é denominado terçol (ou
hordéolo). Uma infecção mais séria dos folículos pilosos é o furúnculo, que é um
tipo de abscesso, uma região localizada de pus circundado por tecidos
inflamado. (TORTORA et al., 2005).
Quando o corpo não consegue isolar um furúnculo, o tecido do vizinho
pode ser progressivamente invadido. A lesão extensa é denominada um
carbúnculo, uma inflamação profunda endurecida e circular do tecido abaixo da
pele. Nesse estagio da infecção, o paciente geralmente exibe sintomas de
doença generalizada, como febre. (TORTORA et al., 2005).
PSEUDOMONAS ARUGINOSA
O microrganismo foi isolado pela primeira vez em1882 por Gessard, que
o chamou de Bacillus pyocyaneus, sendo uma de suas características a
produção de um pigmento denominado piocianina. (LYCZKA et al., 2000)
Pseudomonas aeruginosa, é o mais frequente bacilo Gram-negativo não
fermentador isolado nos laboratórios de microbiologia clinica, é um dos
microorganismo mais ubiquitários, pois é encontrado no solo, na aguá, nos
vegetais, nos animais, nos alimentos e nos diversos ambientes hospitalares.
Raramente, causa infecção num individuo imunocompetente, porém é um doa
principais agentes de infecção em indivíduos com defesas diminuídas.
Considerado que o patógeno oportunista, é um dos mais importantes agentes de
infecção hospitalar. Sua importância clinica está baseada na difícil erradicação
16
da infecção e contínuos fracassos terapêuticos, consequência direta da ampla
expressão de fatores de virulência, assim como resistência natural e adquirida a
muitos antibióticos e desinfetantes. (TRABULSI et al., 2005).
O isolamento de Pseudomonas aeruginosa multirresistentes tem sido
frequente nos últimos anos. Vários agentes antimicrobianos têm se tornado
menos ativos, reduzindo o número de opções terapêuticas e aumentando o
impacto clínico de infecções nosocomiais. Dentre as preocupações relacionadas
à resistência antimicrobiana, destacam-se a produção de metalo-betalactamase. (KUGLER et al., 1998).
A P. aeruginosa também é um patógeno oportunistas muito comuns e
serio em pacientes queimados, particularmente naqueles com queimaduras de
segundo e terceiro grau. A infecção pode produzir um pus azul-esverdeado, cuja
cor é causada pelo pigmento bacteriano piocianina, (TORTORA, 2005).
A Pseudomonas aeruginosa é o Pseudomonídeo mais frequente isolado
de amostras clínicas, a infecção é especialmente prevalente entre pacientes com
queimaduras, fibrose cística, leucemia aguda, transplante de órgãos e drogas
endovenosas, as infecções são observadas em sítios onde exista tendência ao
acúmulo de umidade: traqueostomias, cateteres permanentes, queimaduras,
ouvido externo (ouvido de nadador) e ferido cutâneo exsudativos, a exsudação
de pus azulado, com odor de uvas produzido pela piocianina. (KONEMAN et al.,
2001).
As infecções da pele causada pelo Pseudomona aeruginosa
produz uma erupção cutânea de áreas preta violácea, essas áreas apresentam
uma lesão no centro circundada por uma região hiperemiada e edemaciada, a
erupção ocorre na axila e na virilha, exemplo: a Foliculite da banheira é uma
17
erupção cutânea formada por pequenas pústulas com uma gota de pus no
centro, as infecções graves ocorrem com maior frequência em hospitais e o
microrganismo é encontrado com frequência em áreas úmidas como pias e
coletores de urina. (WINN et al., 2001).
PRODUTOS
NATURAIS
COMO
FONTES
DE
NOVOS
ANTIMICROBIANOS
Os produtos naturais são utilizados pela humanidade desde tempos
imemoriais. A busca por alívio e cura de doenças pela ingestão de ervas e folhas
talvez tenham sido uma das primeiras formas de utilização dos produtos naturais.
A história do desenvolvimento das civilizações Oriental e Ocidental é rica em
exemplos da utilização de recursos naturais na medicina, no controle de pragas
e em mecanismos de defesa, merecendo destaque a civilização Egípcia, Grecoromana e Chinesa. A medicina tradicional chinesa desenvolveu-se com tal
grandiosidade e eficiência que até hoje muitas espécies e preparados vegetais
medicinais são estudados na busca pelo entendimento de seu mecanismo de
ação e no isolamento dos princípios ativos. (DEWICK, 1995).
As técnicas desenvolvidas e utilizadas no Egito para conservação de
múmias ainda são um desafio para a Química moderna. Na Idade Antiga, além
de técnicas medicinais, muitos venenos foram descobertos na natureza e
utilizados para fins de defesa, caça e mesmo ilícitos, como a utilização do veneno
de Hemlock (Conium maculatum) na execução de prisioneiros, inclusive
Sócrates, durante o Império Grego. (PINTO et al., 1997).
18
Outro exemplo marcante de produtos naturais que causaram grande
impacto na humanidade, e que de certa forma modificou o comportamento do
homem moderno, foi a descoberta das substâncias alucinógenas. Os povos
antigos utilizavam largamente rapés e bebidas alucinógenas em suas práticas
religiosas e mágicas. Na Grécia antiga, extratos vegetais eram utilizados em
execuções, como no caso de Sócrates, que morreu após a ingestão de uma
bebida à base de cicuta, que continha a conina. .(DEWICK, 1995).
Os produtos naturais vêm recuperando espaço e importância na indústria
farmacêutica seja como fonte inspiradora de novos padrões moleculares
bioativos. Na Europa, a fitoterapia já é parte da medicina tradicional, sendo que
extratos de plantas e componentes ativos, além de produtos medicinais
acabados, estão descritos em muitas farmacopeias. Exemplos marcantes da
importância da fitoterapia de origem oriental são os extratos de ginseng e de
Hypericum, o fitoterápico TMPZ-2 (extrato de Ligusticum chuanxiong, utilizado
no tratamento da angina), Crategus bu-wang (anticolesteromêmico). (YUNES,
2001).
Os estudos contendo opções de tratamentos naturais são de grande
importância para a sociedade, pois o uso indiscriminado e prolongado de
antimicrobianos sintéticos tem levado à seleção de microrganismos patogênicos
mutantes resistentes a esses compostos, dessa forma o uso de antimicrobianos
de origem natural torna-se uma alternativa eficaz e econômica (CRISAN et al.,
1995).
Segundo Ginzburg et al., (2000) o desenvolvimento de cepas resistentes
ás várias classes de antibiótico, tem modificado as atitudes para a redução do
uso de antibióticos sem prescrição médica, porém a resistência bacteriana
19
continua em alta, dando destaque a uma procura por novos antibióticos, em
especial para as plantas medicinais e para os produtos de origem natural .
A atividade antimicrobiana de extratos vegetais é avaliada através da
determinação de uma pequena quantidade da substância necessária para inibir
o crescimento do microrganismo teste; esse valor é conhecido como
Concentração Mínima Inibitória (CMI). Um aspecto bastante relevante na
determinação da CMI de extratos vegetais é a preocupação em relação aos
aspectos toxicológicos, microbiológicos e legais pertinentes aos compostos
naturais ou suas combinações (PINTO et al., 2003)
Atualmente,
existem
vários
métodos
para
avaliar
a
atividade
antibacteriana e antifúngica dos extratos vegetais. Os mais conhecidos incluem
método de difusão em ágar, método de macrodiluição e microdiluição. Para
determinar a CMI ou a Concentração Mínima Bactericida (CMB) de extratos
ativos de plantas, tem-se utilizado um método sensível de microdiluição
desenvolvido por Eloff em 1998. (PINTO et al., 2003)
As variações referentes à determinação da CMI (Concentração Mínima
Inibitória) de extratos de plantas podem ser atribuídas a vários fatores. Dentre
eles podemos citar a técnica aplicada, o microrganismo e a cepa utilizada no
teste, à origem da planta, a época da coleta, se os extratos foram preparados a
partir de plantas frescas ou secas e a quantidade de extrato testada. Assim, não
existe
método
padronizado
para
expressar
os
resultados
de
testes
antimicrobianos de produtos naturais (FENNEL et al., 2004).
ALOE VERA
Entre milhares de vegetais um dos mais utilizados é a Aloe vera L.
(babosa), nome dado por Carl Von Linne em 1720. É uma planta pertencente à
20
família Liliaceae que tem origem na região noroeste africana e ocorrência em
regiões subtropicais e tropicais. Trata-se de uma planta medicinal com registros
de sua utilização em torno do ano de 400 a.C. (CASTRO et al, 2002).
É uma planta herbácea, suculenta, de até 1 m de altura. Tem folhas
grossas, carnosas e suculentas, dispostas em rosetas presas a um caule muito
curto, que quando cortadas deixam escoar um suco viscoso, amarelado e muito
amargo. Alem de cultivada para fins medicinais e cosméticos, cresce de forma
subespontânea em toda a região Nordeste. Prefere solo arenoso e não exige
muita água. Multiplica-se bem por separação de brotos laterais (filhação).
(MATOS, 2000).
A planta é separada em dois produtos básicos: gel e látex, como mostrado
na Figura 1. O látex é um líquido de consistência leitosa, coloração amarelaocre, sabor amargo e aroma rançoso, sendo produzido por células excretoras do
mesófilo, localizado logo abaixo da epiderme das folhas (GRINDLAY et al, 1996).
Figura 1: Látex e Gel da Aloe vera (babosa).
O gel da babosa ou mucilagem é uma substância clara e pouco
consistente, semelhante a uma geleia, obtida do tecido parênquimal que compõe
a porção interna da folha (LULINSKI et al, 2003).
21
Segundo Matos (2000), o sumo mucilaginoso de suas folhas possui
atividade fortemente cicatrizantes devido ao polissacarídeo e uma boa ação
antimicrobiana sobre bactérias e fungos, resultante do complexo fitoterápico
formado pelo aloeferon e as antraquinonas.
Segundo Sydiskis et al. (1991), atualmente muitos compostos originários
da Aloe vera L. (babosa) vêm sendo testados na cura de doenças como asma,
isquemia, hipertensão, psoríase, artrite reumatoide e vários tipos de câncer. Seu
modo de ação não é exatamente conhecido, ainda que muitas moléculas e tipos
celulares tenham sido identificados como antraquinonas.
Em uma pesquisa realizada com pacientes que possuíam diagnóstico de
tumores metastáticos e faziam quimioterapia, foi administrado, a um grupo, 10
ml de extrato de A. arborescens por via oral três vezes/dia, além da
quimioterapia; a outro grupo apenas se manteve o tratamento quimioterápico.
Os pacientes que utilizaram o extrato de A. arborescens apresentaram regressão
do tumor e uma sobrevida de 1 ano em relação aos pacientes que utilizaram
somente a quimioterapia. (LISSONI et al., 2009).
Outro teste de importância, onde pode comprovar a atividade
antimicrobiana da babosa foi realizado por Garcia (2005), em que preparou um
sumo puro, um gel que usou como base de hidroxietil celulose e pó liofilizado da
polpa do Aloe vera L. para determinar a atividade antimicrobiana do material
obtido.
Os
microorganismos
testados
foram
Streptococcus
mutans,
Enterococcus faecalis, Staphylococcus aureus, Lactobacillus casei, Cândida
albicans e Actinobacillus actinomycetemcomitans. Os resultados da avaliação
microbiológica mostraram que o extrato de Aloe vera L. liofilizado teve atividade
22
antimicrobiana efetiva contra os microorganismos testados quando comparado
com o sumo e o gel, e esta ação foi efetiva até 24 horas.
Posteriormente, Robson e seus colaboradores (1982), estudaram as
propriedades antimicrobianas de extrato de Aloe vera L. em concentrações
inibitórias mínimas. As concentrações de 60% tiveram atividade bactericida para
Pseudomona
aureginosa,
Kleisbella
pneumoniae,
Serratia
marcecens,
Citrobacter species, Enterobacter coclae, S. pyogenes e Streptococcus
agalactiae. O extrato em concentrações de 70%, 80% e 90% mostrou ser
bactericida para Streptococcus aureus, Escherichia coli e Streptococcus faecalis
e Candida albicans, respectivamente.
Jasso et al. (2005) observaram a atividade antifúngica de vários tipos de
preparações e concentrações de extrato de Aloe vera L utilizando uma fração
liquida do Aloe vera L. os autores confirmam a atividade antifúngica do Aloe
vera L.
Fujita et al. (1976) relataram que a Aloe vera L. inativa significativamente
a bradicinina in vitro. Os mesmos autores referem-se à existência na Aloe vera
L., de carboxipeptidase, capaz de hidrolisar a radicinina e angiotensina I in vitro.
A bradicinina é um vasodilatador e potente agente produtor da dor. Também
relatam que a carboxipeptidase da Aloe vera L. pode inibir a bradicinina in vivo,
diminuindo o sitio da inflamação aguda.
CHAMOMILLA RECUTITA.
23
A Chamomilla recutita é também umas das plantas mais utilizadas pela
população. É uma planta hebárcea, anual, aromática, de ate um metro e altura
com folhas pinatissectas. Flores reunidas em capítulos compactos, agrupados
em corimbos, com as flores centrais amarelas e as marginais de corola lingulada
branca. Fruto do tipo aquênio, cilíndrico (SIMÕES et al., 2001; VIOLA et al.,
1995)
Enquanto o conhecimento popular tem consagrado a camomila
(Matricaria recutita L.) como um eficaz antiinflamatório, a literatura científica vem
confirmando esse conhecimento até então empírico e instintivo. A camomila
(Matricaria recutita L.) pertence à família das Asteraceae (compostas) e recebe
outras sinonímias como: camomila-comum, camomila vulgar, camomila legítima,
camomila dos alemães, matricaria e macela. A M. recutita é uma das poucas
plantas medicinais cujos constituintes químicos foram exaustivamente avaliados
farmacologicamente, inclusive em testes clínicos. A atividade anti-inflamatória da
droga deve-se à presença de óleos essenciais, ricos em azuleno, matricina e
alfa-(-)-bisabolol. (ACHTERRAHT-TUCKERMANN et al., 1980; BRAGA et al.,
2009).
O óleo essencial da camomila possui α-bisabolol que apresenta
propriedades antiinflamatórias e antisséptica Torrado et al., (1995). Avaliando
cultivares de camomilas provenientes do Canadá, Letchamo e Marquard (1993)
observaram tendência de decréscimo no conteúdo de óleo essencial a cada
colheita afetando também a concentração dos constituintes, de forma que a
maior percentagem de α-bisabolol foi obtida nas primeiras colheitas, com
posterior decréscimo. O conteúdo de camazuleno, uma das substancias
24
presente no óleo essencial de camomila com propriedades analgésicas, antiinfecciosa e antialérgica, por sua vez, apresentou oscilação entre as colheitas.
O camazuleno presente no óleo essencial da planta possui reconhecida
atividade antiinflamatoria, reforçada pela presença de matricina e α--bisabolol,
sendo que o α-bisabolol possui propriedades antiflogísticas, antibacterianas,
antimicóticas e protetora de mucosas, agindo assim, contra úlceras. Outros
princípios ativos também apresentam propriedades espasmoliticas como os
flavonóides e as cumarinas, sendo que a estas últimas se atribui o efeito inibitório
do crescimento de certos microorganismos (TESKE et al., 1997).
Silva et al. (1995) relatam que a camomila é indicada para combater gazes
intestinais, cólicas, relaxante, febre, digestivo e para alergias. Martins et al.
(2000) indica a camomila como antiinflamatório, analgésico, antiespasmódica e
cicatrizante. A atividade ansiolítica e sedativa da camomila vem sendo atribuída
à apigenina, um flavonoide isolado a partir da flor de camomila desidratada
Unseld et al., (1989). Avallone et al. (2000) testaram os efeitos sedativos e
ansiolíticos da apigenina em ratos adultos e observaram que, em doses de 25 e
50mg kg-1, exerceram atividade sedativa, mas não mostrou um claro efeito
ansiolítico e relaxante muscular, sendo esses efeitos atribuídos à outros
compostos da camomila.
O infuso (chá) de camomila tem sido usado em afecções orais
relacionadas a processos inflamatórios e/ou infecciosos Paixão et al. (2002),
principalmente nas estomatites, gengivites, aftas e na halitose, quer sob a forma
de bochechos, quer em formulações dentifrícias (TORRES et al., 2000;
DRUMON et al., 2004). A camomila também tem sido utilizada em estudos de
prevenção e controle de sequelas em pacientes sob tratamento radioterápico na
25
região de cabeça e pescoço e tem demonstrado ser eficiente na diminuição do
desconforto causado pela hipossalivação e mucosite (CARDOSO et al., 2005).
Tem sido observado que a camomila usada preventivamente (antes da sessão
de radioterapia) reduz os casos de mucosite clinicamente significativa. Quando
utilizada terapeuticamente, produz alívio imediato dos sintomas (MCKAY, 2006).
O mesmo resultado havia sido obtido na mucosite induzida por altas doses de
metotrexato: o uso diário do chá de camomila como enxagüatório oral reverteu
a mucosite grau 3 (ulceração na cavidade oral, dieta líquida) para o grau 2
(eritema e ulceração, possibilidade de dieta sólida) após 13 dias e houve
completa cura em 4 semanas (MAZOKOPAKIS et al., 2005).
Segundo Gupta et al. (2007) e Hernández et al. (2002) O extrato aquoso
da camomila tem sido utilizado para a cura de várias doenças, como insônia,
ansiedade, distúrbios gastrintestinais, ulceras, entre outros. Mas de 100
metabólitos foram mencionados como componentes da planta e estudos
farmacológicos mostram que o bisabolol, sequiterpenos presente na sua
composição, reduz inflamações, previne o desenvolvimento de úlceras gástricas
e tem propriedades antibacterianas e antifúngicas. A avaliação da atividade
antimicrobiana do alfa-bisabolol revelou que ele inibe o crescimento de fungos e
leveduras, como também tem atividade fungicida contra C. albicans e
Sacchraromyces cerevisiae (PAULI, 2003)
Asolini et al. (2006) avaliaram a atividade antimicrobiana dos extratos
etanólico e aquoso das folhas de camomila (Matricaria chamomilla) sobre as
cepas Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Bacillus cereus e
Bacillus subtillis e encontraram que o extrato aquoso de camomila não
apresentou nenhuma atividade inibitória sobre S, aureus e P. aeruginosa. No
26
estudo conduzido por Brehm-Stecher e Johnson (2003), foi encontrado que em
baixas concentrações (0,5 mM) o alfa-bisabolol modifica a permeabilidade da
membrana do microrganismo Staphylococcus aureus e Escherichia coli.
Cornwell e Barry (1994) já haviam encontrado que o farnesol e o nerolidol são
mais efetivos na penetração da membrana celular do que o bisabolol, propondo
que longas cadeias carbônicas das moléculas possuem um papel importante na
penetração das membranas bacterianas.
Segundo Fabri et al. (2011), o extrato metanoico da camomila apresentou
atividade antibacteriana frente a P. aeruginosa, atividade não significativa frente
a S. aureus, e nenhuma frente à Escherichia coli e Salmonella enterica pelo
método de susceptibilidade em microdiluição em caldo. No entanto, Abdoul-Latif
et al. (2011), descreveram atividade antibacteriana do extrato metanólico da
camomila frente à S. aureus, porém pela técnica de difusão em ágar (16 mm).
Bayoub et al. (2010) relataram que o extrato etanólico da camomila
apresentou atividade antibacteriana frente a Listeria monocytogenes e S. aureus,
porém não foi efetiva frente a E. coli. Silva et al. (2012) também observaram que
o extrato hidroalcoólico de camomila foi eficiente contra S. aureus e ineficiente
frente a E. coli.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
27
CASTRO, L. O; et al.Cultivo de Três Espécies de Babosa. Secretaria da
Ciência e Tecnologia Fundação Estadual de Pesquisa agropecuária-fepagro,
circular técnica. n. 20. nov. 2002.
CRISAN, I.; ZAHARIA, C. N.; POPAVICI, F; JUCU, V.; BELU, O.; DASCALUu,
C.; MUTIU, A.; PETRESCU, A Natural propolis extract nivcrisol in the
treatment of acute and chronic rhinopharyngitis in children. Rom j virol,
bucareste,1995.
DEWICK, P. M.; Medicinal natural products: a biosynthetic approach, John
Wiley & Sons: New York, 1997.
FENNEL CW, LINDSEY KL, MC GAW LJ, SPARG SG, STAFFORD GI,
ELGORASHI EE, GRACE OM, VAN STADEM J. Review: Assessing African
medicinal plants for effi cacy and safety: Pharmacological screening and
toxicology. J. Ethnopharmacol, 2004.
GARCIA, A, G. Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro e da resposta
do complexo dentino-pulpar in vivo após capeamento direto com Aloe vera
L. em ratos. Dissertação de Mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais.
Belo Horizonte. 2005.
GRINDLAY, D, et al. O fenomeno Aloe vera – uma revisão das
propriedades e uso moderno do gel no parenquima das folhas. Journal of
Ethnopharmacology.
KONEMAN, E. W.; ALLENS, S. D.; JANDA, W. M.; SCHRECKENBERGER, P.
C.; WINN JR, W. C. Diagnóstico microbiológico. 5 ed. Medsi: Rio de Janeiro,
p. 796-809, 2001
KUGLER K, PFALLER MA, JONES RN, DOERN GV . Antimicrobial Agents
Chemotherapy, 1998.
LAVKER RM, ZEHENG PS, DONG G. Morphology of aged skin. Clin Geriatr
Med 1989.
LISSONO P, ROVELLI F, BRIVIO F, ZAGO R, COLCIAGO M, MESSINA G, et
al. A randomized study of chemotherapy versus biochemotherapy with
chemotherapy plus Aloe arborescens in patients with metastatic cancer.
Vivo. 2009.
LYCZKA JB, CANNON CL, PIER GB. Establishment of Pseudomonas
aeruginosa infection: lessons from a versatile opportunist. Microbes
Infect. 2000.
LULINSKI, S, et al. Bromine as the ortho-directing group in the aromatic
metalation/silylation of substituted bromobenzenes. Journal of Organic
Chemistry. v.68, n.24, p.9384-9388. Nov. 2003.
28
MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais - guia de seleção e emprego de plantas
usadas em fitoterapias no nordeste do Brasil. Impr. Universitaria/ Edição
UFC, Fortaleza, 2000.
MARCONDEZ C, B. Terapia Larval de lesões de pele causadas por
diabetes e outras doenças. Florianópolis (SC): Ed. da UFSC; 2006.
PINTO TJA, Kaneko TM, OHARA MT. Controle Biológico de Qualidade de
Produtos Farmacêuticos, Correlatos e Cosméticos. 2.ed. São Paulo:
Atheneu Editora, 2003.
ROBSON M. C. et al. Aloe vera revised. J. Burn Care Rehabil. St Louis;
vol.3, p.157-622, Jul.1982.
SAMPAIO S A P, RIVITTI E A. Dermatologia. 3ed. São Paulo: Artes Médicas,
2007.
SCHAECHTER, M. ENGLEBERG, N. C.; EISENSTEIN, B. I.; MEDOFF, G.
Microbiologia: mecanismos das doenças infecciosas.3 ed. Guanabara
Koogan: Rio de Janeiro, 2002.
TAVARES, W; Bactérias gram-positivas problemas: resistência do
estafilococo, do enterococo e do pneumococo aos antimicrobianos.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, vol.33, n. 3.
may/june. 2009.
TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L. Microbiologia. 8. ed.São Paulo:
Artmed, 2005.
TRABULSI, L. R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu,
2005
SYDISKIS, R. J., et al. Inativação dos virus pelas antraquinonas extrídas de
plantas. Antimicrob Agents Chemother. v.35, n.12, p.2463-6. Dec. 1991.
WINN W.Jr., ALLEN SD, Janda WM, KONEMAN EW, PROCOP G,
SCHRECHENBERGER PC, WOODS G, Diagnóstico Microbiológico 6ª Ed.
Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
YUNES, R. A.; CECHINEL FILHO V.; Em Plantas medicinais sob a ótica da
química medicinal moderna; Yunes, R. A.; Calixto, J. B., eds.; 1ª ed.;
Ed.Argos: Chapecó, 2001.
Atividade antimicrobiana de plantas medicinais utilizadas como
cicatrizantes: Aloe vera (babosa) e Chamomilla recutita (camomila)
29
CARDOSO, R.C ¹*, LUCCA, P.S.R.²
¹ Faculdade Assis Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço: Av. das Torres, 500,
Loteamento Fag, Cascavel/PR. Email: [email protected]. ² Faculdade Assis
Gurgacz, Curso de Farmácia. Endereço: Av. das Torres, 500, Loteamento Fag,
Cascavel/PR. Email: patrí[email protected]
RESUMO: Os estudos contendo opções de tratamentos antimicrobianos
naturais são de grande importância para a sociedade, pois o uso indiscriminado
e prolongado de antibióticos sintéticos têm levado à seleção de microrganismos
patogênicos mutantes resistentes a esses compostos, tornando assim o uso de
antimicrobianos de origem natural uma alternativa eficaz e econômica. Dentre
as opções de plantas a serem usadas destacam-se a Aloe vera e a Chamomilla
recutita, ambas utilizadas em tratamentos de afecções de pele. Assim o presente
estudo teve como objetivo analisar in vitro a ação antibacteriana da mucilagem
da babosa e do extrato da camomila em relação às bactérias: Staphylococcus
aureus e Pseudomonas aeruginosa. Foram coletadas folhas da babosa em uma
horta caseira e flores de camomila no comercio da cidade de Cascavel-PR. As
amostras foram levadas para o Laboratório de Microbiologia para a realização
dos testes. Primeiramente realizou-se a extração da camomila pelo método de
maceração com etanol. A mucilagem da babosa foi obtida a partir de um corte
transversal da folha da planta, extraindo-se da porção central. Em seguida
realizaram-se os testes in vitro pelo método de difusão em disco em cepas de
Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Os resultados
demonstraram que, nas condições do presente estudo, as plantas em análise
não apresentaram atividade antibacteriana.
Palavras – chaves: Atividade Antimicrobiana, Aloe vera, Chamomilla
recutita
ABSTRACT: Antimicrobial activity of medicinal plants used as healing :
Aloe vera ( aloe ) and Chamomilla recutita ( chamomile ).
Studies containing natural treatment options are very important to general
society, because besides the indiscriminate and prolonged of synthetic
antimicrobial has led to selection of pathogens resistant mutants of these
compounds, making the use of natural origin antimicrobials an effective and
economical alternative. Among the options of plants to be used, stand out Aloe
vera and Chamomilla recutitawhere both has been widely used since has
demonstrated its effectiveness for skin diseases treatments. The present study
aimed to analyze in vitro antibacterial action of the mucilage of Aloe vera and
Chamomile extract with respect to bacteria: Staphylococcus aureus and
Pseudomonas aeruginosa. Aloe and chamomile leaves were collected in the
trade of the city of Cascavel -PR, where they were taken to the Microbiology
Laboratory for testing.It was first carried out by the extraction of camomile soaking
method in which the extractant liquid used was ethanol. Regarding obtaining Aloe
30
vera mucilage materials were obtained from a cross section of the plant leaf,
extracting from the central portion the product in natura gel form which in vitro
tests were performed by disk diffusion method of Staphylococcus aureus and
Pseudomonas aeruginosa. The results demonstrated that the present study
showed no antibacterial activity.
Keywords: Antimicrobial Activity , Aloe vera, Chamomilla recutita.
INTRODUÇÃO
31
O conhecimento sobre plantas medicinais simboliza muitas vezes o único
recurso terapêutico de muitas comunidades e grupos étnicos, sendo que seu uso
no tratamento de enfermidades é tão antigo quanto à espécie humana (MACIEL
et al., 2002).
Atualmente, observa-se um crescimento na utilização de fitoterápicos pela
população brasileira. Alguns fatores poderiam explicar o aumento do uso desses
medicamentos, como os avanços ocorridos na área científica que permitiram o
desenvolvimento de fitoterápicos reconhecidamente seguros e eficazes, como
também uma forte tendência de busca, pela população, por terapias menos
agressivas destinadas ao atendimento primário à saúde (YUNES et al., 2001).
O estímulo ao uso de fitoterápicos objetiva prevenir, curar ou minimizar os
sintomas das doenças, com um custo mais acessível à população e aos serviços
públicos de saúde, comparativamente àqueles obtidos por síntese química, que
são, em geral, mais caros, devido às patentes tecnológicas envolvidas (TOLEDO
et al., 2003).
Uma das plantas medicinais muito utilizadas e conhecidas popularmente
é a babosa (Aloe vera L.) que possui ação cicatrizante, antimicrobiana e
antifúngica pela presença das antraquinonas como aloína, barbaloína e
isobarbaloína, glicoproteínas e polissacarídeos no gel que possui no interior da
folha na região central, podendo ser usado seguramente sobre a pele na forma
de emplastro, pois tem grande capacidade de regenerar tecidos lesados, devido
a estes compostos serem eficazes é o que justifica seu uso popular (MORAIS et
al., 2005; SILVEIRA et al., 2008).
A babosa tem sido usada como planta medicinal de uso interno. Pelo seu
uso já consagrado desde os antigos egípcios e, atualmente, com seu crescente
32
emprego em cosmética e em queimaduras, a demanda por esta planta tem
incrementado o seu cultivo (CASTRO & RAMOS, 2002).
A planta é separada em dois produtos básicos: gel e látex. O látex é um
líquido de consistência leitosa, coloração amarela-ocre, sabor amargo e aroma
rançoso, sendo produzido por células excretoras do mesófilo, localizado logo
abaixo da epiderme das folhas (GRINDLAY et al., 1996).
O gel da babosa é a polpa da folha ou mucilagem, uma substância clara
e pouco consistente, semelhante a uma geleia, obtida do tecido parênquimal que
compõe a porção interna da folha. (TYLER, 1993).
Além da Aloe vera outra planta bastante utilizada é a Chamomilla recutita
conhecida popularmente como camomila, uma das plantas de uso mais antigo
pela medicina tradicional europeia, e hoje é incluída como oficial nas
farmacopeias de quase todos os países. Apresenta princípios ativos como o óleo
essencial alfa-bisabolol, que contém camazuleno e camaviolino, além de
flavonoides que contem apigenina, os taninos, cumarinas, que contem
polissacarídeos e éteres bicíclicos. É utilizada na medicina científica e na popular
como tônico amargo, digestivo, sedativo e antiespasmódico, agindo também por
via tópica pela aplicação de compressa quente sobre o abdômen no tratamento
de cólicas. A infusão aquosa das flores ou o próprio óleo essencial são
empregados em pomadas e cremes com poder antiinflamatório, cicatrizante,
analgésico e antivirótico (LORENZI et al., 2002).
Enquanto o conhecimento popular tem consagrado a camomila
(Matricaria recutita L.) como um eficaz anti-inflamatório, a literatura científica vem
confirmando esse conhecimento até então empírico e instintivo. A M. recutita é
uma das poucas plantas medicinais cujos constituintes químicos foram
33
exaustivamente avaliados farmacologicamente, inclusive em testes clínicos. A
atividade anti-inflamatória da droga deve-se à presença de óleos essenciais,
ricos em azuleno, matricina e alfa-(-)-bisabolol. (ACHTERRAHT-TUCKERMANN
et al., 1980; BRAGA et al., 2009).
Segundo Gupta et al. (2007) e Hernández et al. (2002) o extrato aquoso
da camomila tem sido utilizado para a cura de várias doenças, como insônia,
ansiedade, distúrbios gastrintestinais, ulceras, entre outros. Mais de 100
metabólitos foram mencionados como componentes da planta e estudos
farmacológicos mostram que o bisabolol, sequiterpenos presente na sua
composição, reduz inflamações, previne o desenvolvimento de úlceras gástricas
e tem propriedades antibacterianas e antifúngicas.
A atividade antimicrobiana vem sendo um dos principais assuntos a serem
estudados nos dias atuais, devido à resistência que as bactérias e fungos vêm
demonstrando e que são extremamente variáveis entre os países, regiões e em
ambientes hospitalares. São necessários, então, estudos intermináveis acerca
deste assunto para se descobrir tratamentos aos novos microorganismos que
acometem tanto os imunocompetentes quanto os pacientes imunodeprimidos
(TAVARES, 2000; ANTUNES et al., 2006).
O
conhecimento
sobre
espécies
vegetais
com
propriedades
antimicrobianas tem sido revisto e ampliado, devido aos crescentes problemas
associados ao uso de diversos antibióticos como o limitado espectro de ação e
seus efeitos colaterais (MOTA, 2005; SILVEIRA, 2006), além da aquisição de
resistência múltipla aos mesmos. As infecções bacterianas estão disseminadas
pelo mundo, principalmente nos países em desenvolvimento e, por isso, os
estudos sobre a atividade antimicrobiana de plantas representam um grande
34
desafio para a descoberta e a identificação de novos fármacos (RAMOS et al.,
2008; GUIMARÃES et al.,2010).
Os estudos contendo opções de tratamentos naturais são de grande
importância para a sociedade em geral, pois além do uso indiscriminado e
prolongado
de
antimicrobianos
sintéticos
têm
levado
à
seleção
de
microrganismos patogênicos mutantes resistentes a esses compostos, tornando
o uso de antimicrobianos de origem natural uma alternativa eficaz e econômica
(CRISAN et al., 1995).
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo analisar in vitro a ação
antibacteriana da mucilagem da babosa e do extrato da camomila em relação às
bactérias: Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa.
MATERIAS E MÉTODOS
CEPAS
35
Para o presente teste de atividade antimicrobiana foram utilizadas cepas
de Staphylococcus aureus ATCC 25.923 e Pseudomonas aruginosa ATCC
9027.
OBTENÇÃO DAS AMOSTRAS
Foram coletadas folhas da babosa em horta caseira no período das
18h30min e a camomila foi adquirida no comercio, na Cidade de Cascavel.
Ambas foram levadas para o Laboratório de Microbiologia para a realização dos
testes.
PREPARO DO EXTRATO DE CAMOMILA E DA MUCILAGEM DA BABOSA
A obtenção do extrato de camomila foi realizada através do método de
maceração onde o liquido extrator utilizado foi o etanol. A droga vegetal foi
colocada em contado com o liquido extrator por 9 dias com agitação esporádica
do recipiente sem renovação do liquido extrator.
Em relação à obtenção da mucilagem da babosa os materiais foram
obtidos a partir de um corte transversal da folha da planta, extraindo-se da
porção central o produto em forma de gel in natura onde foi realizado a diluição
com água destilada inicialmente na porção de 1/1.
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA
O experimento foi conduzido no laboratório de microbiologia da Faculdade
Assis Gurgacz – FAG. O meio de cultivo foi o meio sólido Ágar MüllerHinton. Os
testes in vitro foram realizados pelo método de difusão em disco de papel.
36
O inoculo foi preparado através de solução salina, seguindo-se a
padronização dos inóculos com turvação similar ao tubo 0,5 da Escala Mac
Farland (1x 108 UFC/ml). Em seguida foram umedecidos swabs estéreis e
realizado estrias nas varias direções sobre a superfície do meio contido na placa.
Então foram depositados os discos embebidos com 10 µl da mucilagem
da babosa diluído em água e do extrato de camomila sobre a superfície
inoculada com o auxilio de pinça flambada e fria. Para o controle negativo usouse álcool 70 %, e como controle positivo os antibióticos sintéticos especificados
para cada tipo de bactérias, sendo: Amicacina para Staphylococcus aureus e
Gentamicina para Pseudomonas aruginosa. As placas foram incubadas a 37º C
durante 24 horas, após foram realizados a leitura dos halos de inibição,
verificando qual a concentração mínima teve atividade antimicrobiana
(FARMACOPÉIA BRASILEIRA IV, 1988).
Todos os testes foram realizados em quintuplicata e expressos em mm
pela média aritmética do diâmetro dos halos de inibição formados ao redor dos
discos. A leitura dos diâmetros dos halos de inibição foi interpretada de acordo
com os critérios de interpretação preconizados pelo Manual para Antibiograma:
difusão em Disco (KIRBY & BAUER, 2011)
RESULTADO E DISCUSSÃO
Na tabela 1 encontram-se os resultados referentes aos testes de atividade
antimicrobiana da babosa e da camomila.
37
Tabela I. Resultados obtidos através do teste de sensibilidade
antibacteriano da babosa e da camomila.
S. aureus
P.
aeruginosa
Extrato
Antibiótico
Babosa
____
26 mm
Camomila
____
18 mm
____
Como
Extrato
____
____
Antibiótico
16 mm
18mm
= Não houve zona de inibição.
observado
na
tabela
1
no
experimento
realizado
com
Staphylococcus aureus, o controle positivo teve média de inibição 26 mm de
diâmetro, mostrando-se sensível ao antibiótico Amicacina enquanto a mucilagem
da babosa não apresentou atividade inibitória do crescimento bacteriano. No
experimento com Staphylococcus aureus, o controle positivo teve média de
inibição 18 mm de diâmetro, mostrando-se sensível ao antibiótico Amicacina,
enquanto os extratos de camomila não apresentaram atividade inibitória do
crescimento bacteriano.
Para a Pseudomonas aeruginosa obteve-se halo de inibição de 18 mm,
mostrando-se sensível ao antibiótico gentamicina, enquanto o extrato de
camomila não apresentou atividade inibitória do crescimento bacteriano. No
experimento com Pseudomonas aeruginosa, o controle positivo teve média de
inibição de 16 mm de diâmetro, mostrando-se sensivel ao antibiótico gentamicina
enquanto a mucilagem de babosa não apresentou atividade inibitória do
crescimento bacteriano.
38
Segundo Grindlay & Reynolds (1986) o suco da babosa teve ações
inibitórias contra Pseudomonas aeruginosa, Proteus vulgaris e fungos. Há vários
relatos na literatura mostrando atividade bactericida, atuando contra bactérias
Gram-positivas e Gram-negativas e antifúngicas.
Posteriormente, Robson et al. (1982) estudaram as propriedades
antimicrobianas do extrato de Aloe vera L. em concentrações inibitórias mínimas.
As concentrações de 60% tiveram atividade bactericida frente a Pseudomona
aureginosa, Kleisbella pneumoniae, Serratia marcecens, Citrobacter species,
Enterobacter coclae, S. pyogenes e Streptococcus agalactiae. O extrato em
concentrações de 70%, 80% e 90% mostrou ser bactericida para Streptococcus
aureus, Escherichia coli e Streptococcus faecalis e Candida albicans,
respectivamente.
Garcia (2005), também encontrou a atividade antimicrobiana na babosa,
em que preparou um sumo puro, o gel e o pó liofilizado da polpa do Aloe vera L.
para
determinar
a
atividade
antimicrobiana
do
material
obtido.
Os
microorganismos testados foram Streptococcus mutans, Enterococcus faecalis,
Staphylococcus aureus, Lactobacillus casei, Cândida albicans e Actinobacillus
actinomycetemcomitans. Os resultados da avaliação microbiológica mostraram
que o Aloe vera L. liofilizado teve atividade antimicrobiana efetiva contra os
microorganismos testados quando comparado com o sumo e o gel, e esta ação
foi efetiva até 24 horas.
Rodrigues et al. (2011), estudaram o potencial antimicrobiano do gel de
Aloe vera L. frente a bactéria E. coli, utilizando o gel puro, sem extração e
obtiveram uma inibição do crescimento bacteriano para esta bactéria. Semenoffa
39
et al. (2008), concluiram que frente ao microrganismo Enterococccus faecalis, o
gel de Aloe vera in natura apresentou uma leve inibição.
Bayoub et al. (2010) relataram que o extrato etanólico da camomila
apresentou atividade antibacteriana frente a Listeria monocytogenes e S. aureus,
porém não foi efetiva frente a E. coli. Silva et al. (2012) também observaram que
o extrato hidroalcoólico de camomila foi eficiente contra S. aureus e ineficiente
frente a E. coli.
Segundo Fabri et al. (2011), o extrato metanolico da camomila apresentou
atividade antibacteriana frente a P. aeruginosa, atividade não significativa frente
a S. aureus, e nenhuma frente à Escherichia coli e Salmonella enterica pelo
método de susceptibilidade em microdiluição em caldo. No entanto, Abdoul-Latif
et al. (2011), descreveram atividade antibacteriana do extrato metanólico da
camomila frente à S. aureus, porém pela técnica de difusão em ágar (16 mm).
Nascimento et al. (2006) e Bayoub et al. (2010) verificaram que o extrato
aquoso da camomila, apresenta capacidade maior de inibir o crescimento
bacteriano, pois consegue uma melhor extração dos princípios ativos polares
das plantas, os quais refletem nessa ação antibacteriana, ou seja, a utilização
de outros solventes na preparação dos extratos pode interferir na sua atividade
biológica. Romero et al. (2005), por sua vez, não observou inibição de S. aureus,
E. coli e P. aeruginosa a partir do extrato aquoso da camomila.
Segundo Rekka et al. (1996) , Teske et al. (1997) e Glowania et al (1987),
a atividade terapêutica da camomila é determinada pelos princípios ativos
lipofílicos e pelos hidrofílicos contidos em extratos obtidos desta planta e
verificando na literatura que o camazuleno, matricina e α-bisabolol possuem
atividade antimicrobiana.
40
Como a técnica de extração do óleo essencial, em função de suas
variáveis (tempo de extração, pressão de vapor, solvente, entre outros), pode
influenciar no seu rendimento e na sua composição, muitos trabalhos são
encontrados na literatura, comparando diferentes técnicas de extração em
relação a estes parâmetros (MACHADO, et al., 2003, STASHENKO, et al., 2004,
BRAGA, et al.,2005). Além disso, é importante ressaltar que o presente estudo
avaliou extrato etanoico da camomila, sendo que este contem composições
diferentes daqueles encontrados no óleo essencial.
Conforme considerações relatadas por Teske & Trentini (1997) a
concentração de princípios pode variar com o habitat, a colheita e o modo de
preparação da planta medicinal.
O presente estudo não apresentou a mesma atividade antibacteriana
relatada pelos autores anteriores em relação à camomila e a babosa. Borsato et
al. (2005a) e Borsato et al. (2005b) relatam que a camomila é uma planta cujo
seu rendimento e compostos químicos merecem especial atenção, para que
suas propriedades bioativas não sejam prejudicadas em função das condições
de produção, época de colheita e, principalmente operações de pós-colheita.
Uma das hipóteses que podem explicar a ausência do efeito
antimicrobiano seria a forma de obtenção das plantas e extratos. A camomila
utilizada foi adquirida no comercio de Cascavel, não havendo comprovação da
quantidade de princípios ativos na mesma. Ming (1994) relata que a utilização
de uma planta medicinal é tão complexa quanto a sua composição, pois, do
cultivo
à
comercialização,
alterações
consideráveis
podem
comprometendo a qualidade e a quantidade dos princípios ativos.
ocorrer,
41
Em relação à babosa Castro e Chemale (1995) relataram que as folhas
de babosa logo após serem colhidas tem que ser levadas imediatamente para a
extração de compostos, sendo uma das hipóteses para o presente estudo não
ter apresentado a mesma atividade relatada pelos autores anteriores, pois, após
coletada, a mesma levou algumas horas para ser encaminhada para a realização
do experimento.
É importante destacar que a atividade antimicrobiana de uma planta
depende de vários fatores, desde a espécie de microrganismos testados, até o
processo de extração do principio ativo.
Entretanto novos testes podem ser aplicados a fim de explorar melhor os
efeitos da Aloe vera (babosa) e Chamomilla recutita (camomila), a fim de
contribuir para a atividade biológica das mesmas, no sentido de aprimorar e num
futuro próximo ser utilizado como fármaco no controle de patógenos.
CONCLUSÃO
Nas condições do presente estudo, pode-se concluir que, a Aloe vera e
Chamomilla recutita não apresentaram atividade antimicrobiana frente ao
Staphylococcus aureus e Pseudomonas aruginosa.
42
Novos estudos fazem-se necessários, com diferentes amostras das
plantas em estudo, e outras formas extrativas, visto que, os resultados ora
obtidos encontram-se em desacordo com inúmeras pesquisas previamente
realizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, R.M.P; et al. Atividade antimicrobiana “in vitro” e determinação
da concentração inibitória mínina (CIM) de fitoconstituintes e produtos
sintéticos sobre bactérias e fungos Leveduriformes. Revista Brasileira de
Farmagnosia n. 16(4), p. 517-524, Out/Dec. 2006.
43
ASOLINI, F. C.; TEDESCO, A. M.; CARPES, S. T. Atividade antioxidante e
antibacteriana dos compostos fenólicos dos extratos de plantas usadas
como chás. Brazilian Journal of Food Technology, v.9, n.3, 2006.
BAYOUB, K. et al. Antibacterial activities of the crude ethanol extracts of
medicinal plants against Listeria monocytogenes and some other pathogenic
strains. African Journal of Biotechnology, v.9, n.27, p.4251-4258, 2010
BERQUO LS, Barros AJD, LIMA RC, BERTOLDI AD. Utilização de
Medicamentos para Tratamento de Infecções Respiratórias na
Comunidade. Rev Sude Publica, 2004.
BRAGA, R.A. 1960. Plantas do Nordeste, especialmente do Ceará, 2º. edição,
Impr. Oficial, Fortaleza. 540 pp. v.16, n.2-3, p.117-151. jun. 1996.
CASTRO, L. O., CHEMALE, V. M. Plantas medicinais, codimentares e
aromáticas: descrição e cultivo. Guaiba : Agropecuária. 196p. 1995.
CASTRO, L. O; et al.Cultivo de Três Espécies de Babosa. Secretaria da
Ciência e Tecnologia Fundação Estadual de Pesquisa agropecuária-fepagro,
circular técnica. n. 20. nov. 2002.
CRISAN, I.; ZAHARIA, C. N.; POPAVICI, F; JUCU, V.; BELU, O.; DASCALUu,
C.; MUTIU, A.; PETRESCU, A Natural propolis extract nivcrisol in the
treatment of acute and chronic rhinopharyngitis in children. Rom j virol,
bucareste,1995.
FABRI, R.L. et al. Potencial antioxidante e antimicrobiano de espécies da família
asteraceae. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.13, n.2, p. 183-189,
2011.
GARCIA, A, G. Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro e da resposta
do complexo dentino-pulpar in vivo após capeamento direto com Aloe vera
L. em ratos. Dissertação de Mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais.
Belo Horizonte. 2005
GRINDLAY, D, et al. O fenomeno Aloe vera – uma revisão das propriedades
e uso moderno do gel no parenquima das folhas. Journal of
Ethnopharmacology.
GUPTA, S; SRIVASTAVA, J.K. Antiproliferative and apoptotic effects of
chamomile extract in various human cancer cells. Journal of Agriculture and
Food Chemistry, v. 55, p. 9470-9478, 2007.
HERNÁNDES-CERUELOS, A.; MADRIGAL-BUJAIDAR, E.; de LA CRUZ, C.
Inhibitory effect of chamomile essencial oil on the sister chromatid
exchanges induced by daounorubicin and methyl methanesulfonate in
mouse bone marrow. Toxicology Letter, v.135, p.103-110, 2002.
44
HOOD JR, WILKINSON JM, CAVANAGH HMA 2003. Evaluation of common
antibacterial screening methods utilized in essential oil research. J Essent
Oil Res 15: 428-433
LORENZI, H et al. Plantas Medicinais no Brasil. São Paulo: Instituto Plantarum,
2002.
MACIEL, M. A. M.; PINTO, A. C.; VEIGA JR, V. F. Plantas medicinais: a
necessidade de estudos multidisciplinares. Química Nova, v. 25, n. 3, 2002.
MING, L.C. Estudo e pesquisa de plantas medicinais na agronomia.
Horticultura Brasileira, v.12, n.1, p.2-9, 1994.
MORAIS, S. M.; DANTAS, J. D’ARC P.; SILVA, A. R. A.; MAGALHÃES, E. F.
Plantas medicinais usadas pelos índios 53 Tapebas do Ceará. Revista
Brasileira de Farmacognosia, vol. 15, n. 2, p. 169-177, 2005
ROBSON M. C. et al. Aloe vera revised. J. Burn Care Rehabil. St Louis; vol.3,
p.157-622, Jul.1982
SILVEIRA, G. P; et al. Estratégias utilizadas no combate à resistência
bacteriana. Química Nova. vol. 29, N. 4, p. 844-855. 2006
TAVARES, W; Bactérias gram-positivas problemas: resistência do
estafilococo, do enterococo e do pneumococo aos antimicrobianos.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Uberaba, vol.33, n. 3.
may/june. 2000.
TESKE, M.; TRENTINI, A.M.M. Herbarium compêndio de fitoterapia. 3.ed.
Curitiba: Herbarium Laboratório Botânico, 1997. 317p
TOLEDO, A. C.; HIRATA, L. L.; BUFFON, M. C. M.; MIGUEL, M. D.; MIGUEL,
O. G. Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica. Revista Lecta, v. 21,
n. 1/2, p. 7-13, 2003
TYLER, V. E. A history of pharmacy: future opportunities. Pharm Hist, v.35,
n.4, p.163-8. 1993.
YUNES, R. A.; CECHINEL FILHO V.; Em Plantas medicinais sob a ótica da
química medicinal moderna; Yunes, R. A.; Calixto, J. B., eds.; 1ª ed.;
Ed.Argos: Chapecó, 2001.
ANEXO I – NORMAS DA REVISTA BRASILEIRA DE PLANTAS MEDICINAIS
A Revista Brasileira de Plantas Medicinais - RBPM é publicação trimestral e
destina-se à divulgação de trabalhos científicos originais, revisões bibliográficas
45
e notas prévias, que deverão ser inéditos e contemplar as grandes áreas
relativas ao estudo de plantas medicinais. Manuscritos que envolvam ensaios
clínicos deverão vir acompanhados de autorização de Comissão de Ética
constituída, para realização dos experimentos. Os artigos podem ser redigidos
em português, inglês ou espanhol, sendo sempre obrigatória a apresentação do
resumo em português e em inglês, independente do idioma utilizado. Os artigos
devem ser enviados por email: [email protected], com letra Arial 12, espaço
duplo, margens de 2 cm, em Word for Windows. Artigos muito extensos,
fotografias e gráficos coloridos podem ser publicados, a critério do Corpo
Editorial, se o autor se comprometer, mediante entendimentos prévios, a cobrir
parte das despesas de publicação. No e-mail, enviar telefone para contatos mais
urgentes.
REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS E NOTAS PRÉVIAS
Revisões e Notas prévias deverão ser organizadas basicamente em: Título,
Autores, Resumo, Palavras chave, Abstract, Key words, Texto, Agradecimento
(se houver) e Referência.
ARTIGO CIENTÍFICO
Os artigos deverão ser organizados em:
TÍTULO: Deverá ser claro e conciso, escrito apenas com a inicial maiúscula,
negrito, centralizado, na parte superior da página. Se houver subtítulo, deverá
ser em seguida ao título, em minúscula, podendo ser precedido de um número
de ordem em algarismo romano. Os nomes comuns das plantas medicinais
devem ser seguidos pelo nome científico entre parênteses.
AUTORES: Começar pelo último sobrenome dos autores por extenso (nomes
intermediários somente iniciais, sem espaço entre elas) em letras maiúsculas, 2
46
linhas abaixo do título. Após o nome de cada autor deverá ser colocado um
número sobrescrito que deverá corresponder instituição e endereço (cidade,
sigla do estado, CEP). Indicar o autor que deverá receber a correspondência,
com e-mail. Os autores devem ser separados com ponto e vírgula.
RESUMO: Deverá constar da mesma página onde estão o título e os autores,
duas linhas abaixo dos autores. O resumo deverá ser escrito em um único
parágrafo, contendo 61 objetivo, resumo do material e método, principais
resultados e conclusão. Não deverá apresentar citação bibliográfica.
Palavras-chave: Deverão ser colocadas uma linha abaixo do resumo, na
margem esquerda, podendo constar até cinco palavras, separadas com vírgula.
ABSTRACT: Apresentar o título e resumo em inglês, no mesmo formato do
redigido em português, com exceção do título, em negrito, apenas com a inicial
em maiúscula, que virá após a palavra ABSTRACT.
Key words: Abaixo do abstract deverão ser colocadas as palavras-chave em
inglês, podendo constar até cinco palavras, separadas com vírgula.
INTRODUÇÃO: Na introdução deverá constar breve revisão de literatura e os
objetivos do trabalho. As citações de autores no texto deverão ser feitas de
acordo com os seguintes exemplos: Silva (1996); Pereira & Antunes (1985);
(Souza & Silva, 1986) ou quando houver mais de dois autores Santos et al.
(1996).
MATERIAL E MÉTODO: Deverá ser feita apresentação completa das técnicas
originais empregadas ou com referências de trabalhos anteriores que as
descrevam. As análises estatísticas deverão ser igualmente referenciadas. Na
metodologia deverão constar os seguintes dados da espécie estudada: nome
47
científico com autor; nome do herbário onde a exsicata está depositada e o
respectivo número (Voucher Number).
RESULTADO E DISCUSSÃO:Poderão ser apresentados separados ou com o
um só capítulo, podendo conter no final conclusão sumarizada.
AGRADECIMENTO: deverá ser colocado neste capítulo (quando houver).
REFERÊNCIA: As referências devem seguir os exemplos: Periódicos:AUTOR
(ES) separados por ponto e vírgula, sem espaço entre as iniciais. Título do artigo.
Nome da Revista, por extenso, volume, número, página inicial-página final,
ano. KAWAGISHI, H. et al. Fractionation and antitumor activity of the waterinsoluble residue of Agaricusblazeifruiting bodies.CarbohydrateResearch,
v.186, n.2, p.267- 73, 1989. Livros :AUTOR. Título do livro. Edição. Local de
publicação: Editora, Ano. Total de páginas. MURRIA, R.D.H.; MÉNDEZ, J.;
BROWN, S.A. The natural coumarins: occurrence, chemistryandbiochemistry.
3.ed. Chinchester: John Wiley& Sons, 1982. 702p. Capítulos de livros:
AUTOR(ES) DO CAPÍTULO. Título do Capítulo. In: AUTOR (ES) do LIVRO.
Título do livro: subtítulo. Edição. Local de Publicação: Editora, ano, página
inicialpágina final. HUFFAKER, R.C. Proteinmetabolism. In: STEWARD, F.C.
(Ed.). Plant physiology: a treatise. Orlando: Academic Press, 1983. p.267-33.
Tese ou Dissertação: AUTOR. Título em destaque: subtítulo. Ano. Total de
páginas. Categoria (grau e área de concentração) - Instituição, Universidade,
Local.OLIVEIRA, A.F.M. Caracterização de 62 Acanthaceae medicinais
conhecidas como anador no nordeste do Brasil. 1995. 125p. Dissertação
(Mestrado - Área de Concentração em Botânica) - Departamento de Botânica,
Universidade
Federal de
Pernambuco, Recife.
Trabalho de
Evento:
AUTOR(ES). Título do trabalho. In: Nome do evento em caixa alta, número, ano,
48
local. Tipo de publicação em destaque... Local: Editora, ano. página inicialpágina final. VIEIRA, R.F.; MARTINS, M.V.M. Estudos etnobotânicos de
espécies medicinais de uso popular no Cerrado. In: INTERNATIONAL
SAVANNA SYMPOSIUM, 3., 1996, Brasília. Proceedings… Brasília: Embrapa,
1996. p.169-71. Publicação Eletrônica: AUTOR(ES). Título do artigo. Título do
periódico em destaque, volume, número, página inicial-página final, ano. Local:
editora, ano. Páginas. Disponível em: . Acesso em: dia mês (abreviado) ano.
PEREIRA, R.S. et al. Atividade antibacteriana de óleos essenciais em cepas
isoladas de infecção urinária. Revista de Saúde Pública, v.38, n.2, p.326-8,
2004. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em: 18 abr. 2005. Não citar
resumos e relatórios de pesquisa a não ser que a informação seja muito
importante e não tenha sido publicada de outra forma. Comunicações pessoais
devem ser colocadas no rodapé da página onde aparecem no texto e evitadas
se possível. Devem ser, também, evitadas citações do tipo Almeida (1994) citado
por Souza (1997).
TABELAS: Devem ser inseridas no texto, com letra do tipo Arial 10, espaço
simples. A palavra TABELA (Arial 12) deve ser em letras maiúsculas, seguidas
por algarismo arábico; já quando citadas no texto devem ser em letras
minúsculas (Tabela).
FIGURAS: As ilustrações (gráficos, fotográficas, desenhos, mapas) devem ser
em letras maiúsculas seguidas por algarismo arábico, Arial 12, e inseridas no
texto. Quando citadas no texto devem ser em letras minúsculas (Figura). As
legendas e eixos devem ser em Arial 10, enviadas em arquivos separados,
49
com resolução 300 DPI, 800x600, com extensão JPG ou TIFF, para impressão
de publicação.
Download