Disciplina: Circuitos Elétricos I Conceitos Preliminares Introdução • O termo circuito elétrico se refere tanto a um sistema elétrico real quanto a um modelo matemático; • É o instrumento básico para a compreensão (nos centros de estudos e também na vida profissional) do projeto e operação dos sistemas elétricos; • A teoria de circuitos é um caso especial da teoria eletromagnética (estudo das cargas elétricas estáticas e em movimento). Introdução • Máquina CC Introdução • Transformador Introdução • Analogia entre sistema mecânico e elétrico Circuitos concentrados e circuitos distribuídos • Circuito concentrado é a interligação de elementos concentrados. O que são elementos concentrados? A propriedade fundamental associada ao elemento concentrado é seu pequeno tamanho comparado com o comprimento de onda de sua frequência normal de operação. Se diz então que toda a resistência está concentrada em um elemento chamado resistor, toda a capacitância em um elemento chamado capacitor e toda a indutância em um elemento chamado indutor. Na realidade existe uma resistência distribuída ao longo do circuito, da mesma forma pode-se ter capacitância distribuída e indutância distribuída. Circuitos concentrados e circuitos distribuídos A teoria de circuitos considera a presença de elementos concentrados. Ex: 1.Circuito de áudio a frequência pode ser de 25 kHz, logo o comprimento de onda é 3x108/25x103 = 12 km, que é muito maior que o tamanho de um circuito de laboratório. Para frequências muitas altas pode ser que a aproximação de circuito concentrado não seja aceitável. Grandezas elétricas • A grandeza mais elementar na análise de circuitos é a carga elétrica; • Um circuito elétrico é, basicamente, um canal que facilita a transferência de carga de um ponto a outro; • A variação da carga com o tempo gera uma corrente elétrica. Matematicamente: i(t)=dq(t)/dt em que i e q representam a corrente (em Ampères) e a carga (em Coulombs), respectivamente. Grandezas elétricas • Exemplo: i1 = -i2 Grandezas elétricas • Para separar cargas positivas e negativas, é preciso usar uma certa quantidade de energia; a energia por unidade de carga usada para separar cargas de sinais opostos é chamada de tensão. Matematicamente: v(t)=dw(t)/dq em que v e w representam a tensão (em Volts) e a energia (em Joules), respectivamente; Grandezas elétricas Na análise de circuitos, é comum fazer uso do elemento básico ideal: • Possui apenas dois terminais (através dos quais pode ser conectado a outros elementos de um circuito); • Pode ser descrito matematicamente em termos de corrente e/ou tensão; • Não pode ser subdividido em outros elementos • A escolha da polaridade de referência para as tensões e o sentido de referência para as correntes é totalmente arbitrária (comumente usa-se a convenção passiva). Grandezas elétricas Muitas vezes o resultado útil do sistema não é expresso em termos de corrente e tensão, mas em termos de potência ou energia. Definição de potência: P = dw/dt (watts) P=(dw/dq) (dq/dt) = v i ( equação de potência) Grandezas elétricas Seguindo a convenção passiva, temos: p > 0, o circuito está absorvendo potência p<0, o circuito está fornecendo potência Linearidade • Considere um sistema cujas variáveis tenham condições iniciais nulas. Se sua resposta a uma entrada u1( t) é y1(t) e sua resposta a u2( t) é y2(t) , ele é linear se sua resposta a a u1(t) + b u2(t) é igual a ay1(t) + by2(t) em que a e b são constantes quaisquer. • Uma forma simples de se verificar a linearidade de uma função é aplicar o seguinte teste: f (x1 + x2) = f( x1) + f( x2) e f (Kx) = K. f (x) Linearidade Invariância no tempo • Nos modelos invariantes no tempo seus elementos (parâmetros) não variam ao longo do tempo, o oposto ocorrendo no caso de modelos variantes no tempo. Leis de Kirchhoff • Algumas definições preliminares: Nó: é simplesmente um ponto de conexão de dois ou mais componentes do circuito. Laço: qualquer caminho fechado do circuito no qual nenhum nó seja encontrado mais de uma vez. Ramo: é uma parte do circuito que contém apenas um único componente e os nós em cada uma extremidade. Lei de Kirchhoff das Correntes • A soma algébrica das correntes que entram (saem) em qualquer nó é nula. • Exemplo: a) –i1 –i4 + i2 + i3 = 0 Lei de Kirchhoff das Tensões(LTK) A soma algébrica das tensões no entorno de qualquer laço é nula. Exemplo: CDB: e6 – e4 – e5 =0 (referência utilizada pode ser a escolhida) Notas sobre LTK • A LTK impõe uma dependência linear entre as tensões de um percurso fechado. • A LTK é independente da natureza dos elementos.