CPE852 – Controle e Estabilidade de Tensão Introdução Glauco Taranto 1 ESTABILIDADE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA Capacidade de permanecer em equilíbrio operativo Equilíbrio entre forças em oposição ESTABILIDADE ANGULAR ESTABILIDADE DE TENSÃO Capacidade de manter perfil de tensão aceitável em regime permanente Capacidade de manter sincronismo Equilíbrio de torques nas máquinas síncronas ESTABILIDADE A PEQUENAS PERTURBAÇÕES Métodos Lineares ESTABILIDADE TRANSITÓRIA Balanço de potência reativa ESTABILIDADE MID-TERM ESTABILIDADE LONG-TERM GRANDES PERTURBAÇÕES PEQUENAS PERTURBAÇÕES Relações PxV e QxV em regime permanente Grandes perturbações Perturbações severas Grandes perturbações Primeiro swing Grandes excursões de tensão e freqüência Eventos chaveados Margem de estabilidade Estudos até 10 s INSTABILIDADE APERIÓDICA Torque de sincronismo insuficiente INSTABILIDADE OSCILATÓRIA Dinâmica rápida e lenta Período de estudo de vários minutos Freqüência do sistema constante e uniforme Dinâmica lenta Dinâmica de OLTC e cargas Coordenação de proteção e controles Período de estudo de dezenas de minutos Reserva de reativo Ponto de Colapso Métodos Lineares Torque de amortecimento insuficiente Ação de controle desestabilizante Abril 2008 MODOS LOCAIS MODOS INTER-ÁREAS Curso PETROBRAS MODOS DE CONTROLE MODOS TORSIONAIS 2 Conceitos Básicos e Definições • Estável: Capacidade de se manter tensões aceitáveis tanto em condições normais quanto em emergências. • Instável: Incapacidade de manutenção do balanço de potência reativa. 3 Fatores de causa da instabilidade • • • • • • • Aumento de carga Cargas do tipo motor de indução em subtensão Geradores distantes dos centros de carga Níveis baixos de tensão terminal dos geradores Insuficiência de compensação reativa na carga Restabelecimento da carga via ação de LTCs Perda de bancos de capacitores 4 Equipamentos de Controle de Tensão • Sistema de excitação das máquinas síncronas (geradores ou compensadores); • Banco de capacitores e reatores; • Transformadores com tape variável; • Compensadores estáticos (SVC, STATCOM) 5 Medidas efetivas • Aplicação de novos elementos na rede (compensadores síncronos ou estáticos, banco de capacitores, etc.) • Controle de tensão da barra de alta nas usinas • Controle da mudança de tap em LTCs • Controle coordenado de tensão 6 Malhas de Controle nos Geradores 7 Regulador Integrado de Tensão e de Velocidade 8 Sistema de Excitação • Prover corrente contínua para o enrolamento de campo • Funções de controle e proteção através do ajuste da tensão aplicada ao enrolamento • Controle de tensão terminal e geração reativa e aumento da estabilidade do sistema • Funções de proteção para limites operativos 9 A Característica Locacional do Problema • Devido às restrições operativas de tensões nodais sempre próximas a 1,0 pu, cria-se uma situação de dificuldade de fluxo de potência reativa nos elementos de rede do sistema. • A solução do problema de instabilidade de tensão deve ser então resolvido por equipamentos de controle de tensão locais. 10 Capacidade de Curto-Circuito Referência: C. Taylor, “Power System Voltage Stability”, McGraw-Hill, 1994. 11 Capacidade de Curto-Circuito • É uma grandeza locacional • É o produto da corrente de curto-circuito trifásica pela tensão nominal (MVA). • Trabalhando em pu e considerando tensão nominal no cálculo da corrente de curto, a CCC é o inverso da impedância de Thévenin no ponto do curto. • A CCC é uma medida da robustez do ponto em relação a variações de tensão 12 Relação de Curto-Circuito (Short Circuit Ratio – SCR) • É a relação da CCC pela capacidade (MVA) de um equipamento a ser localizado no sistema • O equipamento pode ser uma carga, um conversor de uma linha HVDC, um compensador estático, etc. • Um SCR elevado (digamos = 5) significa bom desempenho do sistema • Um SCR baixo significa “problemas” 13 Regulação de Tensão • Na engenharia, a utilização de fórmulas aproximadas muitas vezes é bem-vinda para uma análise expedita. ∆𝑄 ∆𝑉 ≅ 𝐶𝐶𝐶 • Ou seja, a variação de tensão em uma determinada barra para uma dada injeção de potência reativa é inversamente proporcional à Capacidade de Curto-Circuito (CCC) da barra. 14 A relação X/R Por exemplo, uma linha típica de 345 kV tem a relação X/R próxima a 10 e uma de 500 kV tem a relação X/R próxima a 18. Entretanto, por exemplo, no Cabo 1/0 CA* essa relação reduz para 0,7. Regulação de tensão: ∆𝑉 ≅ ∆𝑄 𝐶𝐶𝐶 Na distribuição, passa a ser relevante também: ∆𝑉 ≅ * Cabo típico de redes de distribuição ∆𝑃 𝐶𝐶𝐶 15 Regulação de Tensão OBS: Todos os bancos de capacitores são de 10 Mvar. A relação X/R de todas as LTs é de (7,2%/ 0,85%) ≈ 8,5 Arquivo: smec_CCC.fdx (disponível em http://www.coep.ufrj.br/~tarang/csi.html) 16 Tensões em pu Localização do banco Tensão Barra #1 Tensão Barra #2 Tensão Barra #3 Tensão Barra #4 Tensão Barra #5 Sem banco 1,0084 0,9911 0,9735 0,9510 0,9242 Barra #2 1,0084 0,9985 0,9817 0,9600 0,9336 Barra #3 1,0084 0,9992 0,9864 0,9650 0,9389 Barra #4 1,0084 0,9995 0,9869 0,9693 0,9434 Barra #5 1,0084 0,9995 0,9870 0,9694 0,9470 Barra#2 ∆𝑉 % ≅ 0,9985 − 0,9911 × 100% = 0,75% 0,991 Barra#5 ∆𝑉 % ≅ 0,9470 − 0,9242 × 100% = 2,5% 0,9242 17 Geração em MW/Mvar Localização do banco P (MW) Q (Mvar) Ângulo Barra #1 Ângulo Barra #5 Sem banco 205,892 42,386 3,59 -16,58 Barra #2 205,775 29,396 3,59 -16,30 Barra #3 205,703 28,249 3,59 -16,20 Barra #4 205,664 27,632 3,59 -16,16 Barra #5 205,600 27,554 3,59 -16,16 18 Regulação de Tensão (sem uma LT 4-5) Arquivo: smec_CCC_1LT.fdx (disponível em http://www.coep.ufrj.br/~tarang/csi.html) 19 Tensões em pu Localização do banco Tensão Barra #1 Tensão Barra #2 Tensão Barra #3 Tensão Barra #4 Tensão Barra #5 Sem banco 1,0084 0,9642 0,9301 0,8925 0,8250 Barra #2 1,0084 0,9732 0,9411 0,9052 0,8399 Barra #3 1,0084 0,9746 0,9469 0,9118 0,8476 Barra #4 1,0084 0,9755 0,9483 0,9171 0,8537 Barra #5 1,0084 0,9760 0,9491 0,9182 0,8620 Barra#2 ∆𝑉 % ≅ 0,9732 − 0,9642 × 100% = 0,93% 0,9642 Barra#5 ∆𝑉 % ≅ 0,8620 − 0,8250 × 100% = 4,48% 0,8250 20 Geração em MW/Mvar Localização do banco P (MW) Q (Mvar) Ângulo Barra #1 Ângulo Barra #5 Sem banco 209,859 90,384 3,59 -24,15 Barra #2 209,507 74,416 3,59 -23,51 Barra #3 209,294 71,994 3,59 -23,25 Barra #4 209,131 70,396 3,59 -23,08 Barra #5 208,965 69,430 3,59 -22,99 21 Comparação da Geração Ativa Com 2 LTs entre 4-5 Com 1 LT entre 4-5 Localização do banco P (MW) Q (Mvar) P (MW) Q (Mvar) Sem banco 205,892 42,386 209,859 90,384 Barra #2 205,775 29,396 209,507 74,416 Barra #3 205,703 28,249 209,294 71,994 Barra #4 205,664 27,632 209,131 70,396 Barra #5 205,600 27,554 208,965 69,430 ∆𝑃 % ≅ 209,859 − 205,892 × 100% = 1,93% 205,892 ∆𝑃 % ≅ 208,965 − 205,600 × 100% = 1,64% 205,600 22 Comparação da Geração Reativa Com 2 LTs entre 4-5 Com 1 LT entre 4-5 Localização do banco P (MW) Q (Mvar) P (MW) Q (Mvar) Sem banco 205,892 42,386 209,859 90,384 Barra #2 205,775 29,396 209,507 74,416 Barra #3 205,703 28,249 209,294 71,994 Barra #4 205,664 27,632 209,131 70,396 Barra #5 205,600 27,554 208,965 69,430 ∆𝑄 % ≅ 90,384 − 42,386 × 100% = 113% 42,386 ∆𝑄 % ≅ 69,430 − 27,554 × 100% = 152% 27,554 23