Protoctistas completos

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Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho
(UESPI)
PROTOCTISTAS
Protoctista
(Do grego: Protos, primeiro;
ktistos, estabelecer)
 Microorganismos nucleados e seus
descendentes, exclusivos de fungos, animais
e plantas evoluídos a partir da integração de
simbiontes microbianos anteriores. Meióticos
ou não-meióticos, com variações no círculo
de fertilização da meiose.
 Os registros fósseis se estendem desde a era
Proterozóica Média Inferior (cerca de 1,2
bilhão de anos atrás) até o presente.
Diversidade conceitual de protoctistas
 Todas as algas (inclusive os seaweeds – ervasdo-mar);
 Mofos-da-água undulipodianos (flagelados);
 Mofos-do-lodo;
 Protozoários.
Diversidade conceitual de protoctistas
 Diferem:
 Dos animais (não se desenvolvem a partir de uma
blástula);
 Das plantas (não se desenvolvem a partir de um
embrião);
 Dos fungos (que se desenvolvem a partir de
esporos e não possuem undulipódios).
Características gerais
 Todos são gerados por processos simbióticos
(por fusão dois ou mais tipos de bactérias).
 Muitos são fotossintetizantes; outros são
aeróbios e muitos possuem undulipódios com
suas bases de cinetossomos.
 A maioria dos protoctistas apresenta
undulipódios, mas podem perder em algum
momento de sua história de vida.
Características gerais
 Os protoctistas são aquáticos: alguns marinhos,
alguns de água doce, alguns terrestres em solos
úmidos e alguns parasitas ou simbióticos em
tecidos úmidos de outros. Acredita-se que todos os
animais, plantas e fungos apresentam protoctistas
associados.
 O conhecimento crescente sobre a ultra-estrutura,
a genética, o ciclo de vida, o desenvolvimento dos
padrões, a organização cromossomial, a fisiologia,
o metabolismo, a história fóssil e especialmente a
sistemática molecular de protoctistas têm
revelado muitas diferenças entre eles e os animais,
os fungos e as plantas.
Características gerais
 O Reino está composto por 30 filos e não
existem regras/caracteres seguros para defini-
los.
 Críticas:
 Por que Paramixa e Mixomycota não formam o
mesmo filo?
 Por que Oomicetos, Hifoquitrídeos e Quitrídeos não
fazem parte do Reino Fungi?
 Por que as Clorophytas não são plantas?
Características gerais
 Todos os animais, fungos e plantas apresentam
protoctistas associados (parasitas ou
simbióticos).
 Os organismos pertencentes a Microspora e
Apicomplexa vivem sempre em tecidos de
outros seres (parasitas intracelulares
obrigatórios).
 Estimativas apontam para um número entre 10
mil e 250 mil spp.
 Existem cerca de 40 mil spp. de Foraminíferos
(extintos).
Foraminifera
Filo Archeoprotista
 Protoctistas primitivos que tem como principal
característica o fato de serem anaeróbicos, com
ausência de mitocôndrias e qualquer outra
inclusão celular.
 Apresentam núcleo bem delineado, mas não
possuem divisão nuclear nem atividade sexuada.
 São chamados Amitocondriados, Hipocondriados
e Archaeozoa.
Filo Archeoprotista
 Possuem associações simbiontes com bactérias
metanogênicas (quando os protozoários
[Pelomyxa] foram tratados com antibióticos, as
bactérias morreram, logo depois registrou-se um
aumento de ácido lático no citoplasma do
protoctista e em seguida sua morte).
 Possuem glicogênio como substância de reserva.
São visíveis a olho nu.
 Possuem três classes: Archeaemoebae, Metamonada
e Parabasalias
Classe Archaemoebae
 Vida livre
 Marinhos ou de Água Doce
 Compreende:
 Pelobiontae – amebas anaeróbicas, sem undulipódios e
sem estágios de natação. São visíveis a olho nu e não
possuem organelas (exceto núcleo). Apresentam três
tipos de endossimbiontes bacterianos.
 Mastigamoebae – amebóides com undulipódios e
capacidade de nadar; unicelulares; vida livre ou
parasitas; assexuados.
Pelomyxa
Mastigomoeba
Classe Metamonada
 Possuem núcleos anexados a undulipódios
(conectores nucleares ou rizoplastos)
 Compreende três subclasses:
 Diplomonadidas – possuem uma almofada ventral
adesiva como um velcro. Possuem mitossomos. Ex.:
Giardia
 Retortamonadidas – mastigotos que possuem o corpo
retorcido e usam undulipódios para se alimentar. Ex.:
Retortamonas
 Oxymonadidas – são polimônadas (apresentam poucos
undulipódios) que parasitam intestino de baratas e
cupins. Ex.: Dinanympha
Giardia
Retortamonas
Classe Parabasalia
 São microorganismos capazes de degradar a
celulose. Carregam 4 undulipódios, um axóstilo
(aparelho composto de microtúbulos) e corpos
parabasais (fazem síntese, armazenamento e
transporte de proteínas).
 Compreende duas ordens:
 Trichomonadidas – possuem de 4 a 16 undulipódios.
Alguns apresentam até 1000 núcleos. Ex.: Histomonas,
Hexamastix, Trichomonas.
 Hypermastigida – possuem de centenas a milhares de
undulipódios, com um ou poucos núcleos. Ex.:
Trichonympha, Joenia.
Hexamastix
Histomonas
Trichomonas
Joenia
Trichonympha
Filo Microspora
 São protoctistas heterotróficos que não possuem
mitocôndrias e produzem algum tipo de
filamento ou cordão polar.
 Alguns apresentam pequenos ribossomos
semelhantes aos de procariotas.
 Possuem um esporo quitinoso de parede espessa,
muitos filamentos e um corpo infeccioso
chamado ESPOROPLASMA.
 Todos são parasitas intracelulares, muitos de
vertebrados (como peixes - Glugea) ou animais de
importância econômica como o bicho-da-seda
(Nosema).
Glugea
Nosema
Filo Rhizopoda
 São amebas que têm mitocôndrias e não
possuem undulipódios.
 Possuem duas classes:
 Lobosea - unicelulares, nuas ou conchas denominadas
TESTAS.
 Acrasiomycota – são mofos-de-lodo, multicelulares
terrestres.
 Caracteres:
 Muitos simbiótropos com animais;
 Podem ser polipodiais ou monopodiais;
 Podem apresentar o ENDOSSOMO (uma organela que
produz os ribossomos);
Filo Rhizopoda
 Caracteres:
 A testa (concha) é produzida a partir de uma secreção que
agrega partículas de carbonato e detritos orgânicos;
 Alguns tipos de mofos-de-lodo forma-se uma estrutura
denominada SOROCARPO a partir da formação de uma
LESMA GREGÁRIA (formada pela junção de amebas
agregadas).
Filo Granuloreticulosa
 São organismos que possuem reticulópodes –
células que se fundem para formar redes.
 Alguns apresentam conchas com poros
denominadas testas (Foraminíferos).
 Outros apresentam-se como foramas nuas
denominados de Reticulomixidas.
 Os foraminíferos são organismos exclusivamente
marinhos. A maioria é formada por organismos
pequeninos e vivem na areia e no lodo, ou
anexados a rochas, algas ou outros organismos.
Filo Granuloreticulosa
 As testas com poros de foraminíferos são
compostas de materiais orgânicos, muitas vezes
reforçados por minerais.
 Os poros da testa permitem a emersão de
projeções citoplasmáticas finas, ou seja, os
filopódios reforçados de microtúbulos. Filopódios
anastomosados (unidos) formam redes chamadas
de Reticulopódios.
 Os filopódios são usados para alimentação,
natação e coleta de materiais para as testas.
Filo Granuloreticulosa
 Apresentam um mecanismo de reprodução
dotado de ciclo alternante.
 A alternação das gerações de agamontes
diplóides e gamontes haplóides é obrigatória para
a maioria dos foraminíferos.
Elphidium
Discorbis
Fusulina
Nodosaria
Filo Ciliophora
 São protoctistas com undulipódios curtos, sendo
bacterívoras.
 Os ciliados são caracteristicamente cobertos com
cílios (curtos undulipódios com cinetossomos
embutidos no córtex fibrilar).
 Possuem dois tipos diferentes de núcleos:
pequenos núcleos e grandes macronúcleos.
 Quase todas são fagotróficas alimentando-se de
bactérias, tecidos e outros protistas ou são
osmótrofas (utilizam nutrientes dispersos na
água).
Filo Ciliophora
 Ela desenvolve propágulos, esferas que
germinam em nadadores livres, cada um deles
com seu micronúcleo e macronúcleo.
 Os cílios têm a mesma ultra-estrutura, o arranjo
simétrico de nove dobras de microtúbulos (o
axonema), com um cinetossomo na sua base. Os
cílios são modificados para executar funções
locomotoras e de alimentação especializadas.
 Os cirros ou membranelas funcionam como
bocas, remos, dentes ou pés.
Paramecium
Colpoda
Colpoda
Uroleptus
Filo Ciliophora
 Apenas o micronúcleo se divide por mitose. No
macronúcleo o DNA é quebrado em grande
número de pequenos corpos de cromatina. Os
macronúcleos são sempre exigidos para o
crescimento e a reprodução. Na divisão por fissão
binária a célula anterior nova é denominada
proter e a célula posterior é denominada opisto.
 A taxonomia do grupo é determinada através de
estudos de seqüência de RNA ribossômico e
microestruturas correlacionadas.
Filo Apicomplexa
 São simbiótrofos unicelulares
modificados para penetrar nos
tecidos e obter alimento de
animais. Todos formam
esporos. Estes esporos não
são células resistentes ao calor
e a dessecação, mas são
corpos infecciosos compactos
que permitem disseminação e
transmissão de espécies de
um hospedeiro para outro.
Filo Apicomplexa
 Os apicomplexos se reproduzem sexualmente,
com alternância de gerações. Tanto as formas
haplóides quanto às diplóides podem realizar a
esquizogonia, uma série de rápidas divisões
celulares por mitose que não se alternam com
crescimento celular. A esquizogonia produz os
pequenos esporos infecciosos.
Filo Apicomplexa
 Algumas espécies de apicomplexos possuem ciclos
de grande complexidade, apresentando diferentes
tipos de hospedeiros. Muitos causam hipertrofia
das células dos hospedeiros, provocando o
aumento excessivo da cromatina da célula
infectada, provavelmente por processos de
poliplodização.
Filo Apicomplexa
 Os apicomplexos mais difamados são os parasitas
causadores da malária (Plasmodium sp.).
 Possuem uma estrutura denominada APICOSSOMO
(um plasto não fotossintetizante)
Plasmodium
Toxoplasma
Gregarina
Filo Discomitochondria
 São mastigotas unicelulares, móveis, bacterívoros
ou osmotróficos, nadadores e suas colônias
derivadas.
 Eles têm em comum mitocôndrias com crista
discóide e a ausência de ciclos de fertilização
sexual meiótica.
 Está dividido em quatro classes:
1. Amoebomastigota ou Schizopyrenida
2. Kinetoplastida
3. Euglenida
4. Pseudociliata
Classe Amoebomastigota
 Se transformam de amebas em nadadores
undulipodiados. A mudança tem relação com a
disponibilidade de nutrientes (depleção de
nutrientes).
 São simbiótrofos ou de água doce.
Naegleria
Paratetramitus
Classe Kinetoplastida
 Incluem os bodos,
principalmente células
biundulipodiadas.
 Vida livre, presentes em água
estagnada
 Alguns parasitas
(Trypanosoma)
 O pré-requisito é a presença
de uma mitocôndria especial
e grande chamada
cinetoplasto.
Classe Euglenida
 Cerca de 800 spp.
 A maioria vive em água doce ou água estagnada
 Existem gêneros marinhos, coloniais e
simbiotróficos.
 A maioria é fotossintetizante, mas muitos não
possuem cloroplastos e assim são limitados à
heterotrofia. Mesmo os euglenídeos
fotossintéticos sob certas condições ingerem
alimento dissolvido ou particulado.
 Pensa-se que evoluíram de bordos de vida livre
adquiriu um plastídeo de forma secundária via
alimentação .
Classe Euglenida
 Este cenário é sustentado pela observação de
membranas duplas que circundam os plastídeos
dos euglenídeos, provavelmente relictos do
evento fagocitótico que os capturou.
Filo Actinopoda
 Protistas marinhos tradicionalmente conhecidos
como Radiolarianos.
 São grandes e apresentam simetria radial
 Estão divididos em quatro classes:
1. Heliozoa
2. Phaeodaria
3. Polycystina
4. Acantharia
Filo Actinopoda
 São protoctistas heterotróficos distinguidos pelos
seus axópodos citoplasmáticos, delgados e
longos chamados AXOPÓDIOS;
 Os axopódios são finas projeções enrijecidas por
um feixe de microtúbulos correndo ao longo de
um eixo principal – o AXONEMA.
 Os heliozoários são planctônicos de água doce,
embora existam espécies estuarinas, marinhas e
bênticas.
 Fazem autogamia ou autofertilização.
Acanthario
Phaeodaria
Heliozoa
Heliozoa
[email protected]
www.oficinacientifica.com.br
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