Etapa 1 e 2 - Língua Portuguesa.indd

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Curso de Nivelamento de Língua Portuguesa
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Organização
Cláudia Suéli Weiss
Luciana Fiamoncini
Patricia Maria Matedi
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Malcon Anderson Tafner
Pró-Reitor de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Davi Schaefer Pasold
Revisão:
Diógenes Schweigert
José Rodrigues
Marina Luciani Garcia
Todos os direitos reservados à Editora Grupo UNIASSELVI - Uma empresa do Grupo UNIASSELVI
Fone/Fax: (47) 3281-9000/ 3281-9090
Copyright © Editora GRUPO UNIASSELVI 2011.
Proibida a reprodução total ou parcial da obra de acordo com a Lei 9.610/98.
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A PRESENTAÇÃO
Apresentamos a você mais uma inovação no Ensino a Distância: o
Curso de Nivelamento em Língua Portuguesa. Vamos começar?
Totalmente a distância, o curso está disponível no Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA). O objetivo é aprimorar conceitos sobre o uso das
regras básicas da Língua Portuguesa através de um estudo dinâmico, e
fixar o conteúdo com atividades interativas.
Pensando em facilitar a compreensão e o estudo da Língua
Portuguesa, o curso está dividido em cinco etapas. Vamos conhecer
cada uma delas para que você possa se inteirar do que aprenderá
durante esse curso?
A primeira etapa é uma apresentação instrucional que
mostrará a você como o curso funcionará, o que será necessário
para que você o realize e um pouco mais sobre os objetivos deste.
A segunda etapa, intitulada “O emprego dos verbos”, inicia
com o uso dos verbos em si, explicando de forma clara os seus
principais usos e dicas de como utilizá-los de forma prática.
Ortografia, tonicidade da sílaba, acentuação e uso da crase é o que
será abordado na terceira etapa. Você verá, de forma prática, como trabalhar
com estes temas, que muitas vezes causam dificuldades.
Pontuação e parágrafo serão apresentados na quarta etapa. Algumas
dicas importantes sobre estes temas serão abordadas de forma simples.
O estudo do texto é o tema abordado na quinta etapa. Você
conhecerá as regras para escrever bem um texto. Coesão e coerência,
concordância e regência são os temas que serão discutidos para que
você possa praticar melhor a sua habilidade em desenvolver textos.
As autoras.
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VERBOS: PALAVRAS QUE
DIZEM MUITO
Caro, leitor! Estamos prestes a iniciar os estudos que
abordarão o uso dos verbos. Você já se perguntou qual a
origem da palavra verbo?
Verbo deriva do latim verbum, que tem origem indo-europeia
werdHom. Possui a mesma raiz wer (falar), do germânico
wordam (palavra).
FONTE: Adaptado de: <http://mitoblogos.blogspot.com/2008/04/
etimologia-2-verbo.html> Acesso em: 18 jan. 2011.
Afinal, para que usamos o verbo? Verbo é toda palavra
que exprime um processo que se passa no tempo. Pode
significar ação, estado, fenômeno da natureza. Muitas
informações importantes estão contidas no verbo, tais como
tempo, modo, pessoa, voz e número, que estudaremos com
detalhes adiante. Também são classificadas como palavras
que podem ser conjugadas.
De acordo com Cunha (2001), o verbo é uma
palavra variável que exprime o que se passa, isto é, um
acontecimento representado no tempo. O verbo, segundo
Cunha, não tem uma função que lhe seja privativa, pois
também o substantivo e o adjetivo podem ser núcleos do
predicado. Porém, individualiza-se pela função obrigatória de
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predicado. Observe o exemplo: Paula convidou os amigos.
Também podem estabelecer ligação entre um nome e uma
característica, como em Ana está feliz.
Agora que já sabemos qual a função dos verbos, vamos
conhecer um pouco mais sobre eles.
PARA DESCONTRAIR...
Na aula de português, a professora pergunta para Joãozinho:
- Joãozinho, qual é o futuro do verbo roubar?
Ele, sem pestanejar, responde:
- Ir preso, professora.
A professora mandou Joãozinho recitar uma poesia. Ele, todo
cheio de compostura, começou a declamar:
- Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles
cavam.
A professora, intrigada, pede ao Joãozinho:
- Joãozinho, mas o que há de poético nestes verbos?
Joãozinho, com muita convicção, responde:
- Professora, isso pode não ser poético, mas é bastante
profundo.
FONTE: Adaptado de: <http://www.piadalegal.com.br/
piadas/?busca=verbo>. Acesso em: 18 jan. 2011.
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Conjugações verbais
Conjugar um verbo significa dizê-lo em todos os
seus modos, pessoas, tempos, vozes e números. Quando
agrupamos todas essas flexões, de acordo com uma ordem,
temos uma conjugação. Os verbos da Língua Portuguesa são
classificados em três diferentes grupos, caracterizados pela
vogal temática.
Vogal temática é a parte que indica a conjugação
à qual os verbos pertencem. É formada pela vogal
que vem depois do radical. EX: Cant - a - r. (a vogal temática); Sofr - e - r (e - vogal temática);
Part - i - r (i - vogal temática).
Veja quais são os três grupos de conjugações da Língua
Portuguesa:
1ª
conjugação
2ª
conjugação
3ª
conjugação
Verbos terminados em
AR
Verbos terminados em
ER
Verbos terminados em
IR
Ex.: cantar, sonhar, falar.
Ex.: comer, sofrer, mexer, expor,
compor.
Ex.: partir, sentir, emitir.
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E os verbos terminados em OR, como em compor e
expor? Por que foram classificados na segunda conjugação,
terminados em ER? Vamos à explicação: esses verbos,
por terem origem no antigo verbo poer, são encaixados na
segunda conjugação.
Muito bem. Agora que já conhecemos as conjugações
verbais, vamos praticar? Classifique os verbos a seguir em
1ª, 2ª e 3ª conjugação:
a) Explicar: _____________ e. Mentir:______________
b) Dividir: ______________ f. Dispor: ______________
c) Rever: ______________ g. Caprichar: ___________
d) Supor: ______________ h. Absorver: ____________
Vamos seguir em frente, pois ainda há muito o que
aprender.
Flexão verbal
O verbo é uma palavra variável, ou seja, ele se flexiona
em número: singular e plural; pessoa: 1ª, 2ª e 3ª; modo:
indicativo, subjuntivo e imperativo; tempo: presente, passado
e futuro; e voz: ativa, passiva e reflexiva. Quanto a essas
flexões, estudaremos uma a uma de forma detalhada para
facilitar a sua compreensão.
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Mas afinal, o que é flexionar um verbo? Flexionar
quer dizer adaptar o verbo ao número, ao modo,
ao tempo e à voz, fazendo com que ele concorde
com o pronome anterior a ele.
Vejamos:
Número e pessoa: a flexão de número é quando a
forma indica se o verbo está no singular ou no plural. Singular
quando se refere a apenas uma pessoa (eu ando, tu andas,
ele anda). Plural quando se refere a mais de uma pessoa
(nós andamos, vós andais, eles andam).
Assim, os verbos se flexionam em número (singular ou
plural) e pessoa (1ª, 2ª, 3ª).
Veja a tabela:
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Pronome que o
representa
Exemplo utilizando
o verbo cantar
Número
Pessoa
Singular
1ª
2ª
3ª
Eu
Tu
Ele/Ela
Eu canto.
Tu cantas.
Ele canta.
Plural
1ª
2ª
3ª
Nós
Vós
Eles/Elas
Nós cantamos.
Vós cantais.
Eles cantam.
FONTE: As autoras
Agora que já estudamos o número e a pessoa dos
verbos, vamos conhecer o modo e o tempo verbal.
• Modo verbal: é a flexão que nos mostra qual é a intenção
do falante ao expor suas ideias. Através dessa flexão,
podemos perceber se o que é expresso por ele indica uma
dúvida ou possibilidade, uma certeza ou uma ordem. Os
verbos são classificados em três modos: Confira:
a) Modo Indicativo: indica um fato que ocorre, ocorreu ou
ocorrerá com certeza. Um fato real. Por exemplo: Carlos
partiu ontem. Nessa oração, temos certeza de que Carlos
realmente partiu. O fato está concretizado.
b) Modo Subjuntivo: indica um fato hipotético, ou seja, não
é certo que acontecerá. Pode exprimir dúvida, probabilidade
ou suposição. Por exemplo: Quem sabe eu vá ao baile, se
não chover. Nessa oração, não se sabe ao certo se a ação
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ocorrerá. O fato não está concretizado.
c) Modo imperativo: indica ordem, pedido, súplica, sugestão,
convite. Observando o exemplo “feche a porta”, percebemos
que a oração exprime uma ordem ao seu receptor.
• Tempo verbal: o estudo do tempo verbal é um pouco mais
complexo do que os demais, mas muito interessante, pois,
a partir da observação deste, podemos saber quando a
ação ou o fato foram realizados. Desta forma, observe a
tabela a seguir e perceba que o tempo verbal divide-se em
três grandes grupos: presente, pretérito (que é o mesmo
que passado) e futuro. O passado, por sua vez, subdividese em pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito maisque-perfeito e o futuro subdivide-se em futuro do presente
e futuro do pretérito.
Tempo
verbal
Conceito
Presente
Indica ações
ou fatos que
ocorrem no
momento em
que o emissor fala.
Tempo
verbal
Conceito
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Exemplo
Ele dança.
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Pretérito
perfeito
Pretérito
Futuro
Indica
ações ou
fatos que já
aconteceram.
Divide-se em:
Indica ações
ou fatos que
irão acontecer. Divide-se
em:
Indica fatos
que foram observados após
terem sido
completamente
terminados.
Ele dançou.
Pretérito
imperfeito
Indica fatos
que foram observados antes Ele dançava.
de terem sido
terminados.
Pretérito
mais-queperfeito
Indica fatos
que já foram
terminados,
mas que aconteceram antes
de outro fato
que também já
foi terminado.
Ele dançara.
Futuro do
presente
Indica fatos
que acontecerão depois do
momento em
que se fala.
Ele dançará.
Futuro do
pretérito
Indica um fato
que poderia ter
ocorrido, mas
não ocorreu.
Ele
dançaria.
FONTE: As autoras
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Distinções entre o pretérito perfeito e imperfeito
Para compreender melhor o uso dos pretéritos, convém
saber algumas distinções entre eles. Veja:
• O pretérito imperfeito exprime fatos que acontecem
habitualmente (Quando eu o encontrava, conversava com
ele). Já o pretérito perfeito exprime fatos que não acontecem
habitualmente (Quando eu o encontrei, conversei com ele).
• O pretérito imperfeito exprime uma ação duradoura, sem
limite de tempo. (A garota dançava durante o show). Já
o pretérito perfeito indica uma ação que aconteceu num
determinado momento, limitando-o no tempo. (A garota
dançou durante o show).
Observações: A forma sintética do pretérito mais-que-perfeito,
ou seja, esta que estamos acostumados a ver conjugado,
está sendo cada vez menos utilizada nos textos escritos e
praticamente extinta da língua falada. Na língua portuguesa
predomina o uso da forma analítica ou composta, ou seja,
usamos o verbo TER ou HAVER + o verbo no particípio, que
estudaremos mais adiante. Vale salientar que uma forma
não é mais importante que a outra. Cada uma é utilizada de
acordo com o tipo de texto que se está escrevendo. Para
compreender melhor, observe os exemplos:
Forma sintética: O médico internara o paciente às pressas.
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Forma analítica ou composta: O médico tinha internado o
paciente às pressas.
Forma sintética: Quando você me acordou, o ônibus já
passara.
Forma analítica ou composta: Quando você me acordou, o
ônibus já tinha passado.
Agora, vamos adiante. Para descontrair, vamos exercitar
o que aprendemos até agora? Classifique o verbo destacado
nas sentenças a seguir em modo, tempo, pessoa e número,
conforme o exemplo dado:
EXEMPLO: A menina caiu do cavalo.
Resposta: Modo: indicativo; tempo: pretérito perfeito; pessoa
e número: terceira pessoa do singular.
a. Eu viajaria se tivesse dinheiro.
Resposta: ________________________________________
b. Carla estudara muito para a prova.
Resposta: ________________________________________
c. As coisas acontecerão dentro do tempo proposto.
Resposta: ________________________________________
• Vozes verbais: as vozes do verbo indicam se o sujeito da
oração pratica, recebe, ou pratica e recebe a ação que é
expressa pelo verbo. As vozes verbais classificam-se em
ativa, passiva e reflexiva. Vejamos alguns exemplos:
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Voz ativa: ocorre quando o sujeito é quem pratica a ação,
ou seja, é ele que faz a ação expressa pelo verbo. Vamos
analisar o seguinte exemplo:
O público aplaudiu a cantora.
O público: sujeito que pratica a ação.
Aplaudiu: ação praticada pelo sujeito.
A cantora: recebe a ação.
Voz passiva: ocorre quando o sujeito é quem recebe a ação
praticada. A pessoa que pratica a ação, nestes casos, é o
agente da passiva. A voz passiva é dividida em: voz passiva
analítica e voz passiva sintética. Vamos aos exemplos:
• Voz passiva analítica: apresenta em sua estrutura um verbo
auxiliar mais o verbo indicador da ação no particípio.
A cantora foi aplaudida pelo público.
A cantora: sujeito paciente, ou seja, ele recebe a ação.
Foi: verbo auxiliar.
Aplaudida: verbo principal (ação) no particípio.
Pelo público: agente da passiva, ou seja, aquele que pratica
a ação.
• Voz passiva sintética: apresenta em sua estrutura o verbo
que indica a ação que foi praticada mais o pronome
apassivador se.
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Compram-se carros usados.
Compram: verbo, que indica a ação.
Se: pronome apassivador.
Carros usados: sujeito paciente, ou seja, aquele que sofre a
ação.
Voz reflexiva: acontece quando o sujeito da oração pratica
e recebe ao mesmo tempo a ação expressa pelo verbo.
Observe o exemplo:
A atriz machucou-se durante o espetáculo.
A atriz: Sujeito que pratica e recebe a ação.
Machucou-se: ação expressa pelo verbo.
Podemos transformar a voz ativa em voz passiva
analítica. Essa transformação não alterará o significado da
frase, mas algumas mudanças estruturais serão necessárias.
Observe:
I- A mulher fez um bolo
mulher.
Voz ativa

II- Um bolo foi feito pela
Voz passiva analítica
No exemplo I, “a mulher”, que é o sujeito que pratica
a ação, passa a ser, no exemplo II, o agente da passiva, ou
seja, ele pratica a ação sobre o sujeito, que, no caso, é “o
bolo”.
• Formas nominais: os verbos, além de todas essas flexões
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que já foram estudadas, podem ser ainda apresentados de
três modos: infinitivo, gerúndio e particípio. Vamos aprender
um pouco mais? Vejamos cada um deles:
• Infinitivo: exprime a própria ação verbal, porém sem
nenhuma localização de tempo. É marcado pela terminação
-r. Observe o exemplo: Estudar é preciso. Esta forma
nominal indica a ação: estudar. O infinitivo pode ser pessoal
ou impessoal, como veremos mais adiante. Caso apresente
um sujeito, será pessoal, caso não apresente, ou seja,
não se refira a ninguém, será impessoal. Veja mais alguns
exemplos:
É proibido fumar neste local.
Comer muita doçura faz mal à saúde.
• Gerúndio: exprime um fato que ainda está em
desenvolvimento, ou seja, que ainda não chegou ao fim.
É marcado pela terminação -ndo. O exemplo “Carlos está
viajando” mostra que a ação ainda está em andamento.
Veja alguns exemplos:
Ele está estudando.
Mariana ficou na escola treinando para a apresentação.
• Particípio: ao contrário do gerúndio, indica um fato já
terminado. O verbo é usado, em geral, com as terminações
-ado e -ido. No exemplo “Marcos foi multado”, a ação já foi
concluída. Exemplos:
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O carro está estragado.
A casa foi vendida.
Agora que terminamos uma fase importante dos
nossos estudos sobre verbos, que foram as flexões verbais,
vamos entrar em uma nova etapa, que é o estudo da
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS. Mas por que classificar os
verbos?
A conjugação dos verbos segue um determinado padrão,
um paradigma. No caso dos verbos regulares, dependendo
da sua terminação, ele terá uma forma a ser conjugada.
Também há casos em que este paradigma não é seguido,
que é o que chamamos de verbo irregular. Há verbos que são
utilizados em apenas algumas pessoas, tempos ou modos.
O motivo pelo qual isto acontece é bastante variável, sendo
que, em muitos dos casos, a própria ideia que o verbo quer
transmitir não se aplica a todas as pessoas. E há também os
verbos que possuem duas formas equivalentes, para tanto,
precisamos conhecê-las para saber onde aplicá-las. Então,
agora que já sabemos o porquê de precisarmos classificá-los,
vamos conhecer estas classificações?
• Verbo regular: classificamos como regulares aqueles verbos
que são conjugados sem que sejam feitas alterações em seu
radical. Utilizaremos, como exemplo, o verbo sofrer. Este
verbo é formado pelo radical sofr-, e, quando o conjugamos,
ele permanece. Observe: Eu sofro com esta situação.
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Mas afinal, o que é um radical? Radical é o
elemento irredutível da palavra, ou seja, a parte
mínima. É a parte invariável do vocábulo. Todos
os sufixos e prefixos adicionados ao radical geram
novas palavras.
Confira
Pedr –
Pedr –
Pedr –
Pedr –
o exemplo:
a
eira
aria
egulho
Neste caso, PEDR é o radical da palavra.
Lembrando: sufixos e prefixos são elementos afixados
(colocados) no final e início, respectivamente, do
radical.
Agora que já sabemos o que é um radical, vamos adiante.
• Verbo irregular: classificamos como irregulares aqueles
verbos que, quando conjugados, têm seu radical modificado.
Para este exemplo, utilizaremos o verbo pedir. Este verbo
é formado pelo radical ped-, e, quando o conjugamos, o
radical é modificado. Observe: Eu peço um presente de
Natal.
• Verbo anômalo: classificamos como anômalos aqueles
verbos que, quando conjugados, apresentam no seu radical
mudanças mais evidentes e profundas do que os verbos
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irregulares. Podemos citar, como exemplos de verbos
anômalos, os verbos ser e ir. Observe: sou, és, é, somos,
sois, são. Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
• Verbo defectivo: classificamos como defectivos aqueles
verbos que não possuem todas as suas formas. Por
exemplo, o verbo abolir. Não podemos dizer “eu abolo”, mas
usamos a expressão “eu vou abolir” ou “eu estou abolindo”.
Da mesma forma “eu coloro”. Quando precisamos nos
expressar utilizando este verbo, utilizamos a expressão “eu
vou colorir” ou “ eu estou colorindo”.
• Verbo abundante: classificamos como abundantes aqueles
verbos que possuem duas formas aceitáveis de particípio,
uma regular e uma irregular. Segundo Cunha (2001), a forma
regular emprega-se na constituição dos tempos compostos
da voz ativa, isto é, acompanhada dos verbos auxiliares ter
e haver. A irregular usa-se de preferência na formação da
voz passiva, ou seja, acompanhados pelo verbo auxiliar ser.
A seguir, segue uma lista de verbos abundantes.
VERBO
Aceitar
Acender
Eleger
PARTICÍPIO REGULAR
O pai tinha aceitado a
proposta.
O menino tinha acendido a
fogueira.
O povo tinha elegido o
deputado.
PARTICÍPIO
IRREGULAR
O membro foi aceito no
grupo.
O fósforo foi aceso.
O deputado foi eleito
ontem.
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20
O carteiro havia entregado a
carta.
A mulher havia enxugado o
Enxugar
chão.
Expulsar
Ele havia expulsado o aluno.
A secretária tinha imprimido o
Imprimir
pedido.
A funcionária tinha limpado o
Limpar
local.
Morrer
Ela havia morrido há tempo.
O prefeito tinha suspendido a
Suspender
reunião.
Entregar
O presente foi entregue
a ela.
O rosto foi enxuto.
Ele foi expulso do clube.
O documento foi
impresso.
O local foi limpo.
Ela foi morta há tempo.
O congresso foi
suspenso.
FONTE: adaptado de: FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar
gramática. São Paulo: FTD, 2008.
• Verbo principal: O verbo principal da frase mantém seu
sentido, sem modificá-lo. Observe o exemplo:
O rato correu para debaixo do balcão.
Correu: verbo principal.
• Verbo auxiliar: O verbo auxiliar sempre acompanha o verbo
principal, que é, nestes casos, apresentado em uma de
suas formas nominais (particípio, gerúndio ou infinitivo), que
já estudamos antes, você lembra? Assim, eles constituem
os tempos compostos e as locuções verbais. Os tempos
compostos podem ser constituídos da seguinte forma:
a) Verbo auxiliar ter ou haver + verbo principal no particípio.
Ex.: Os meninos haviam terminado a tarefa.
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Haviam: verbo auxiliar.
Terminado: verbo principal no seu particípio.
b) Verbo auxiliar ter ou haver + verbo auxiliar ser + verbo
principal no particípio.
Ex.: O carro havia sido comprado na concessionária.
Havia e sido: verbos auxiliares.
Comprado: verbo principal no particípio.
Já as locuções verbais podem ser formadas por verbo
auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio do verbo principal.
Ex.: As pessoas estavam voltando da missa.
Estavam: verbo auxiliar.
Voltando: verbo principal no seu gerúndio.
Infinitivo impessoal
Considera-se que o verbo está no infinitivo impessoal
quando ele não se refere a nenhuma pessoa, ou seja,
apresenta sentido genérico. Podemos utilizar, como exemplo,
a seguinte frase: “Viver é uma aventura”. Nela, o verbo viver
não se refere a nenhuma pessoa. Diferente da frase: “Ele vive
uma aventura”. Nesta, o verbo viver se refere ao pronome ele.
• Principais usos do infinitivo impessoal:
a) Quando, na frase, o verbo estiver no imperativo. Ex.:
Crianças, deitar agora.
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b) Quando o verbo não se refere a um sujeito determinado, e
este apresentar uma ideia vaga. Ex.: Proibido estacionar.
c) Quando o verbo é usado em locuções verbais. Ex.: Vamos
estudar bastante.
d) Quando o verbo tiver, antes dele, uma preposição e
complementar um adjetivo, verbo ou substantivo da oração
que vier antes dele. Ex.: Você não tem o direito de falar assim
comigo.
e) Quando o sujeito do verbo que está no infinitivo é o mesmo
do verbo que está na oração anterior. Ex.: O acusado foi
condenado a pagar pena de três anos.
f) Quando acompanhar os verbos causativos (que exprimem
causa) deixar, mandar e fazer e seus sinônimos, e estes não
formarem locução verbal com o infinitivo que os segue. Ex.:
Mande-o fazer o serviço direito./Faça-o estudar mais./Deixe-o
ir embora.
g) Quando acompanhar os verbos sensitivos: sentir, ver, ouvir
e seus sinônimos, também não se deve flexionar o verbo.
Ex.: Ouvi-os sussurrar sobre o que aconteceu ontem./Vi-os
chegar atrasados./Senti-as respirar perto de mim.
Que tal praticarmos um pouco? Agora que você já sabe o que
é o infinitivo impessoal, veja o vídeo a seguir, acompanhado
da letra e destaque todos os verbos que aparecerem no
infinitivo impessoal. Vamos lá?
O vídeo está disponível em: <http://www.youtube.com/watch?
v=LbfXvvc3oe0&feature=related>.
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23
Acompanhe a letra:
Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo
Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo
Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem
Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo.
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Infinitivo pessoal
O verbo no infinitivo pessoal é o contrário do infinitivo
impessoal, ou seja, quando ele se refere a uma pessoa
dentro da oração. Portanto, ele deve ser flexionado. Observe
o exemplo: Mariana estudou para a prova.
•
Principais usos do infinitivo pessoal:
a) Quando o sujeito estiver explícito na oração.
Exemplos: Se tu não perceberes isto...
Convém vocês irem primeiro.
b) Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal.
Exemplos: O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à
vontade.
O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
c) Para tornar o sujeito indeterminado.
Exemplo: Faço isso para não me acharem inútil.
d) Quando o verbo expressar uma ação recíproca.
Exemplos: Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
FONTE: SÓ PORTUGUÊS. Infinitivo pessoal. Adaptado de: <http://
www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php>. Acesso em: 19 jan.
2011.
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25
Tempos primitivos e derivados
Na língua portuguesa, os tempos verbais são divididos em
primitivos e derivados. Dos tempos considerados primitivos,
que são o presente do indicativo, o pretérito perfeito do
indicativo e o infinitivo impessoal, derivam todos os demais
tempos verbais existentes na língua portuguesa. Estudaremos
as derivações dos verbos individualmente. Vejamos:
• Tempos derivados do presente
a) Presente do subjuntivo:
O presente do subjuntivo expressa ações incertas,
hipotéticas ou desejadas no presente. Ex.: Espero que ele
trabalhe.
1ª conjugação
Sonhe
Sonhes
Presente
Sonhe
do
Sonhemos
subjuntivo
Sonheis
Sonhem
2ª conjugação
Venda
Vendas
Venda
Vendamos
Vendais
Vendam
3ª conjugação
Sinta
Sintas
Sinta
Sintamos
Sintais
Sintam
b) Pretérito imperfeito do indicativo:
Designa um fato passado, porém não concluído. É utilizado
principalmente quando nos transportamos ao passado e descrevemos
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o que, na época, era presente (ex.: Em 1993 eu fumava); para indicar
algo que estava acontecendo e sobreveio outra (ex.: Gritava muito,
e as crianças acordaram); para expressar uma ação que se repetia
(ex.: Ela cantava e os outros ouviam). Há também outros usos do
pretérito imperfeito, mas estes são os principais.
Pretérito
imperfeito do
indicativo
1ª conjugação
Sonhava
Sonhavas
Sonhava
Sonhávamos
Sonháveis
Sonhavam
2ª conjugação
Vendia
Vendias
Vendia
Vendíamos
Vendíeis
Vendiam
3ª conjugação
Sentia
Sentias
Sentia
Sentíamos
Sentíeis
Sentiam
c) Imperativo: O imperativo, no português, pode ser afirmativo
ou negativo. Ele é usado para os seguintes casos: dar uma
ordem (ex.: Cala-te agora!); dar um conselho (ex.: Não olhe
para trás, siga adiante); fazer um convite (ex.: Venha à
minha festa de aniversário); fazer uma súplica (ex.: Não me
abandone!). Observe:
Presente
do indicativo
Sonho
Sonha s
Sonha
Sonhamos
Sonhai s
Sonham
Presente
do subjuntivo
Sonhe
Sonhes
Sonhe
Sonhemos
Sonheis
Sonhem
Imperativo
afirmativo
Sonha (tu)
Sonhe (você)
Sonhemos (nós)
Sonhai (vós)
Sonhem (eles)
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• Tempos derivados do pretérito perfeito
a) Pretérito imperfeito do subjuntivo:
•
•
•
•
•
•
O pretérito imperfeito do subjuntivo indica:
I - uma hipótese ou uma condição numa ação passada,
mas posterior e dependente de outra ação passada.
“Talvez a lágrima subisse do coração à pupila…” (Coelho
Neto, Sertão)
“Como fizesse bom tempo, as senhoras combinaram
em tomar o café na chácara.” (Aluísio Azevedo, Casa de
Pensão)
“Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje vencido, como se estivesse para morrer.”
(Fernando Pessoa, Tabacaria - Álvaro de Campos)
II - uma condição contrafactual, ou seja, que não se
verifica na realidade, que teria uma certa consequência;
pode se referir ao passado, ao presente ou ao futuro.
Se ele estivesse aqui ontem, poderia ter ajudado.
Se ele estivesse aqui agora, poderia ajudar.
Se ele viesse amanhã, poderia ajudar.
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_
verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.
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Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo
Sonha - sse
Sonha - sses
Sonha - sse
Sonhá - ssemos
Sonhá - sseis
Sonha - ssem
b) Futuro do subjuntivo:
Emprega-se o futuro do subjuntivo para assinalar
uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no
futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação
também futura.
• Quando eu voltar, saberei o que fazer.
• Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa.
Também pode indicar uma condição incerta, presente
ou futura.
• Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará.
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_
verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.
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Futuro do subjuntivo
Sonha - r
Sonha - res
Sonha - r
Sonha - rmos
Sonha - rdes
Sonha - rem
c) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
Emprega-se o pretérito mais-que-perfeito para assinalar
um fato passado em relação a outro também no passado
(o passado do passado, algo que aconteceu antes de outro
fato também passado).
O pretérito mais-que-perfeito aparece nas formas ‘simples’
e ‘composta’, sendo que a primeira costuma aparecer em
discursos mais formais e a segunda, na fala coloquial.
• Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito
simples:
• Ele comprou o apartamento com o dinheiro do carro
que vendera.
• “Levava comigo um retrato de Maria Cora;
alcançara-o dela mesma… com uma pequena
dedicatória cerimoniosa.” (Machado de Assis,
Relíquias de Casa)
• Morava... no arraial de São Gonçalo da Ponte,
cuja ponte o rio levara, deixando dela somente os
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30
•
pilares de alvenaria.” (Gustavo Barroso, O Sertão e
o Mundo)
Te dou meu coração, quisera dar o mundo.
• Exemplos de usos do pretérito mais-que-perfeito
composto:
• Quando eu cheguei, ela já tinha saído.
• Tinha chovido muito naquela noite.
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Modo_e_tempo_
verbal>. Acesso em: 20 jan. 2011.
Pretérito mais-queperfeito do indicativo
Sonha - ra
Sonha - ras
Sonha - ra
Sonhá - ramos
Sonhá - reis
Sonha - ram
• Tempos derivados do infinitivo impessoal
a. Futuro do presente do indicativo: O futuro emprega-se para
indicar algo certo, que acontecerá após o momento da fala
(ex.: O baile começará às 22 horas); para exprimir uma dúvida
com relação a fatos atuais (ex.: Não sei onde será a festa);
para expressar um desejo ou uma ordem (ex.: Respeitarás
teus professores).
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Futuro do presente do
indicativo
Sonhar - ei
Sonhar - ás
Sonhar - á
Sonhar - emos
Sonhar - eis
Sonhar - ão
b. Futuro do pretérito do indicativo: usamos para indicar ações
posteriores à época que falamos (ex.: Após terminar a reforma,
a casa se transformaria em um lar); para expressar dúvidas
sobre fatos no passado (ex.: Seria aquele o bandido que
assaltou a loja?); usamos também em frases interrogativas,
para demonstrar indignação (ex.: O casal separou-se. Quem
diria?). Veja a tabela:
Futuro do pretérito do
indicativo
Sonhar - ia
Sonhar - ias
Sonhar - ia
Sonhar - íamos
Sonhar - íeis
Sonhar - iam
c) Infinitivo pessoal: O infinitivo pessoal é formado a partir do
infinitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais às
do futuro do subjuntivo: -, -es, -, -mos, -des, -em. Por isso,
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nos verbos regulares esses dois tempos se confundem.
FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Infinitivo>. Acesso
em: 20 jan. 2011.
Infinitivo pessoal
--Sonhar - es
--Sonhar - mos
Sonhar - des
Sonhar - em
FONTE: adaptado de Cunha, C; Cyntra L. Nova Gramática do
Português Contemporâneo. São Paulo: Nova Fronteira, 2001.
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D ICAS
a. Quando escrevemos o infinitivo de um verbo com “j”, esse
“j” estará presente em todas as outras formas.
Exemplo:
Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão,
enferrujassem etc. (Não se esqueça que o substantivo
ferrugem é escrito com “g”.)
Viajar: viajou, viajaria, viajem, viajarão, viajasses etc. (Não se
esqueça que o substantivo viagem é escrito com “g”).
b. Quando escrevemos um verbo com “g”, por exemplo “dirigir”
e “agir”, o “g” deverá ser substituído por um “j” somente na
primeira pessoa do presente do indicativo. Observe. Eu dirijo.
Eu ajo.
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S ITES
Uma boa dica de site que aborda a questão dos verbos
com muita clareza é o site Só Português. Lá você encontra
tudo sobre verbos, além de atividades muito interessantes.
Basta fazer o cadastro, com login e senha, e pronto. É só
entrar e se divertir.
Acesse: www.soportugues.com.br
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A TUALIDADES
A Moderna Gramática Portuguesa, atualizada pelo novo
acordo ortográfico, de Evanildo Bechara, é uma boa pedida
para o estudo dos verbos, pois traz exemplos práticos,
dinâmicos e contextualizados sobre os principais usos dos
verbos.
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V ÍDEOS
SLIDESHARE. Mundo divertido. Disponível em: <http://www.
slideshare.net/guest7174ad/o-mundo-divertido-presentation>. Acesso
em: 7 jan. 2011.
MÁQUINA DE QUADRINHOS. Solta o verbo, Cebolinha. Disponível
em: <http://www.maquinadequadrinhos.com.br/HistoriaVisualizar.
aspx?idHistoria=267602#>. Acesso em: 7 jan. 2011.
PIXELS. Vamos estudar os verbos. Disponível em: <http://
www.pixels.com.br/pixels_quadrinhos_tirinhas_carrega.
php?conteudo=tirinhas_011>. Acesso em: 7 jan. 2011.
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A UTOATIVIDADE
Vamos praticar um pouco o que aprendemos? Leia o poema
a seguir de Carlos Drummond de Andrade e responda às
questões:
O Amor Bate na Aorta
Cantiga de amor sem eira
nem beira,
vira o mundo de cabeça
para baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,
é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na porta
o amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta
entre pés de laranjeira
entre uvas meio verdes
e desejos já maduros.
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Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçam
a boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor
irritado, desapontado,
mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.
Vejo muitas outras coisas
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que não ouso compreender...
1. Destaque, no texto:
a. dois verbos no imperativo:
b. um verbo que indique ação:
c. um verbo que indique estado:
d. uma forma verbal na primeira pessoa:
e. uma forma verbal na segunda pessoa:
f. uma forma verbal na terceira pessoa:
g. um verbo no infinitivo:
h. um verbo no gerúndio:
i. um verbo no particípio:
2. A que conjugação pertence cada um dos verbos
destacados:
a. “O amor bate na aorta” ________________________
b. “vira o mundo de cabeça para baixo” _____________
c. “o amor subiu na árvore”_______________________
d. “o amor faz uma cócega”_______________________
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R EFERÊNCIAS
Só Português. Disponível em: <http://www.soportugues.com.
br/secoes/morf/>. Acesso em: 28 nov. 2010.
FERREIRA, Mauro. Aprender e praticar gramática. São
Paulo: FTD, 1992.
AMARAL, Emília F; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo;
ANTÔNIO, Severino. Português. São Paulo: FTD, 2000.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática
do português contemporâneo. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2001.
MAIA, João D. Português. São Paulo: Ática, 1999.
NICOLA, José de. Gramática Essencial. São Paulo:
Scipione, 1997.
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G ABARITO
Página 6: a - 1ª, b - 3ª, c - 2ª, d - 2ª, e - 3ª, f - 2ª, g - 1ª, h - 2)
Página 12: a. modo: indicativo; tempo: futuro do pretérito; pessoa e número:
primeira pessoa do singular. / b. modo: indicativo; tempo: pretérito mais-queperfeito; pessoa e número: terceira pessoa do singular. / c. modo: indicativo;
tempo: futuro do presente; pessoa e número: terceira pessoa do plural.)
Página 34: 1. a. Olha (modo indicativo), chores, atormentes (modo imperativo).
b. Vira, suspende, tira, batem constipei, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz,
desenha, propõe, pulou, estrepou, corre, sara, beijam, conversam, viajam, ouso,
subiu, murcha.
c. É.
d. Estou, fui, vejo, ouço, ouso.
e. Chores, atormentes (modo subjuntivo).
f. Vira, suspende, tira, bate, ronca, adoçam, mordem, prendem, faz, desenha,
propõe, é subiu, pulou, sara, corre, beijam, conversam, viajam.
g. Abrir, estrepar, compreender.
h. Vendo.
i. Irritado, desapontado.
2. a. segunda conjugação.
b. primeira conjugação.
c. terceira conjugação.
d. segunda conjugação.
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