Minicurso: Entre Hegel e Feuerbach: Aspectos críticos acerca da recepção de Spinoza nos séculos XVIII e XIX Prof. Dr. André Luis Bonfim Sousa (IFAL) E-mail: [email protected] Carga horária: 9 h Ementa: O minicurso pretende se concentrar em alguns aspectos fundamentais do contexto da recuperação e recepção do pensamento spinozano realizada pelo Idealismo Alemão, na qual enfocaremos, por um lado, as críticas de Fichte, Schelling e, principalmente, as de Hegel ao método de Spinoza; e, por outro lado, apresentaremos a recepção e crítica de Ludwig Feuerbach no tocante ao panteísmo spinozano. Procura-se evidenciar que Feuerbach e o Idealismo Alemão interpretam que o sistema spinozano, apesar de seu esforço fecundo rumo à perfeição sistemática, parece encerrar em si virtualidades ou postulados que o impedem de fixar-se definitivamente na forma em que ele pretendeu se fundamentar. Argumentaremos que isso não é motivo para decidir que esse sistema foi, na História da Filosofia, simplesmente adventício e sem importância. Isso porque a influência de Spinoza é decisiva não apenas para o Idealismo Alemão e para Feuerbach, mas para diversas correntes da Filosofia Contemporânea, cuja recuperação de uma série de postulados do sistema spinozano é feita sobretudo por Martial Gueroult, Pierre Macherey, Dominique Janicaud, Gilles Deleuze e Antônio Negri. Conteúdo e Programação: 30/01/17: Uma introdução as linhas gerais do pensamento spinozano: quadro referencial-teórico e método; 31/01/17: Spinoza e o Idealismo Alemão: Fichte, Schelling e Hegel: as principais críticas ao método more geometrico; 01/02/17: Feuerbach e Spinoza: pontos de convergência e divergência: o problema do panteísmo; Horário: 16:00 às 19:00 Local: Miniauditório do Curso de Filosofia Referências: BENNETT, J. A Study of Spinoza’s Ethics. Hackett Publisching Company, 1984. CHAGAS, E. F. Feuerbach e Espinosa: deus e natureza, dualismo ou unidade? In: Trans/form/ação, Revista de Filosofia / Universidade Estadual Paulista, São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 2006. CHAUÍ, M. A Nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa. Vol. 1: Imanência. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. DELBOS, V. O Espinosismo. Trad. br. Homero de Silveira Santiago. São Paulo: Discurso Editorial, 2002. FEUERBACH, L. A Essência do Cristianismo. Trad. br. José da Silva Brandão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. ______________. Preleções sobre A Essência da Religião. Trad. br. José da Silva Brandão. São Paulo: Papirus, 1989. ______________. Princípios da Filosofia do Futuro e outros escritos. Trad. port. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1988. FRANK, M. Da Doutrina da Ciência ao Sistema Transcendental. In: AMORA, K.C. (Org.) A Dialética do Eu e Não-Eu em Fichte e Schelling. Fortaleza: Edições UFC, Série Traduções Filosóficas, 2007. FICHTE, J. G. Sobre o Conceito de Doutrina da Ciência ou da assim chamada Filosofia (1794). São Paulo: Nova Cultural, Coleção Os Pensadores, 1988. ____________. O Conceito da Doutrina da Ciência. São Paulo: Nova Cultural, Coleção Os Pensadores, 1988. HEGEL, F. W. G. Enciclopédia das Ciências Filosóficas. Volume I – Ciência da Lógica. São Paulo: Loyola, 1995. _____________. Enciclopédia das Ciências Filosóficas. Volume II – Filosofia da Natureza. Lisboa: Edições 70, 1973. _____________. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 2001. _____________. Lecciones sobre la Historia de la Filosofia. México: Fondo de Cultura Econômica, S/D. _____________. Diferença entre os sistemas filosóficos de Fichte e Schelling. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2003. SCHELLING, F. W. J. Investigações filosóficas sobre a essência da liberdade humana. São Paulo: Edições 70, 1982. SPINOZA, B. Ética. Trad. br. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2007.