O “LUGAR” DA GEOGRAFIA NOS CURSOS DE PEDAGOGIA DAS

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A DIVERSIDADE DA GEOGRAFIA BRASILEIRA: ESCALAS E DIMENSÕES DA ANÁLISE E DA
AÇÃO
DE 9 A 12 DE OUTUBRO
O “LUGAR” DA GEOGRAFIA NOS CURSOS DE PEDAGOGIA
DAS IES PÚBLICAS DO ESTADO DE SAO PAULO
ANDREA COELHO LASTÓRIA1
THAIS ANGELA CAVALHEIRO DE AZEVEDO2
Resumo
Os profissionais que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental são, em sua maioria,
3
Licenciados em Pedagogia . Tais cursos deveriam proporcionar uma formação ampla e critica,
contemplando as diversas áreas do conhecimento. Entre elas a Geografia, que acreditamos ter
um papel fundamental na formação do estudante. Temos como objetivo principal, identificar
como as disciplinas voltadas para o ensino de Geografia vêm sendo propostas nos projetos
políticos pedagógicos dos cursos de Pedagogia (presenciais) de universidades públicas
estaduais paulistas. Para isso, estamos realizando um trabalho com contornos qualitativos, por
meio de análise documental, principalmente considerando os Projetos Políticos Pedagógicos –
PPPs. Dessa forma buscamos compreender como a Geografia é tratada nos processos de
formação inicial de professores que irão atuar nos anos iniciais.
Palavras-chave: Geografia; curso de pedagogia; currículo; formação de professores.
Abstract:
Professionals who work in the early years of elementary school are mostly licensed in
Pedagogy. Such courses should provide broad training and criticism, contemplating the different
areas of knowledge, including geography, which is believed to play an important role in
students' development. Our main objective is to identify how the disciplines that Have
Geography teaching as their main focus are being brought up in the pedagogic political projects
of Pedagogy (classroom lessons) in São Paulo state public universities. Therefore, we are
doing a study with qualitative contours through document analysis, especially considering the
Political Pedagogic Project - PPP. Thus, we seek to understand how geography is treated in the
initial training process of teachers who will work in the early years.
Key-words: geography; pedagogy course; curriculum; training; teachers
1
Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia,
Ciências
e
Letras
de
Ribeirão
Preto,
na
Universidade
de
São
Paulo.
Email: [email protected]
2
Mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto, na Universidade de São Paulo. Email:
[email protected]
3
A Lei Nº 12.796, de 4 de abril de 2013, em seu Artigo 62, estabelece que é admitida, no
Brasil, a formação em nível médio na modalidade normal: “A formação de docentes para atuar
na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena,
em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o
exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal.”
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1- Introdução
Esse trabalho parte do pressuposto que o Ensino de Geografia é
essencial na formação dos estudantes dos anos iniciais da educação básica,
promovendo amplas possibilidades para a compreensão do espaço de vivência
dos alunos brasileiros.
A Geografia Escolar é, portanto, um componente curricular que possibilita a
construção de práticas educativas capazes de desenvolver subsídios
importantes para a leitura e a interpretação do referido espaço de vivência e
também, do mundo como um todo. Neste sentido, concordamos com Callai
(2005; 2013), Pontuschka, Paganelli e Cacete (2001), Straforini (2004),
Castellar (2005), Lastória (2009), Cavalcanti (2010), Oliveira (2011), Souza
(2011), dentre outros autores brasileiros, que defendem o ensino de Geografia
desde os anos iniciais do ensino básico no Brasil. Nessa esfera escolar, o
professor responsável pela prática educativa é, em geral, o pedagogo, ou seja,
um profissional licenciado em cursos de Pedagogia. Tal professor possui uma
formação que busca subsidiar os processos de ensino-aprendizagem nas
diversas áreas do currículo escolar, dentre elas, a de Geografia.
Nesse contexto, é importante entender melhor como a Geografia é
proposta nos diversos currículos dos cursos de Licenciatura em Pedagogia.
Diante disso, nossa pesquisa centra-se em desvelar o “lugar” que a Geografia
ocupa nas matrizes curriculares das universidades estaduais paulistas, na
modalidade presencial. Mais precisamente, nosso objetivo é identificar como os
componentes curriculares voltados ao ensino de Geografia estão propostos nos
currículos.
Diante do exposto julgamos relevante a seguinte questão central: Qual o
“lugar” da Geografia nos currículos das IES públicas estaduais paulistas? Tal
questão envolve também indagarmos se esse lugar existe de fato e se existe
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que lugar é esse? Interessa-nos, portanto, desenvolver uma investigação
curricular para desvelar “o que” e “como” a Geografia é tratada nos cursos de
Licenciatura em Pedagogia, na modalidade presencial de ensino.
2- Desenvolvimento
2.1- O ensino de Geografia nos anos iniciais: a leitura do mundo e a
formação dos professores
Entendemos que a leitura e a interpretação do mundo perpassam os
saberes e conteúdos geográficos, com reflexão e contextualização, tais
saberes poderão possibilitar que o estudante compreenda informações do
cotidiano e os dilemas das relações sociais e de poder que o cercam. Nesse
sentido Callai (2013) ressalta que “por meio da leitura do espaço o importante é
ler o mundo, o que significa compreender aquelas informações que estão no
cotidiano das pessoas, entendendo o significado das formas que desenham as
paisagens”. (2013, p.41). Em consonância com tal ideia, Straforini (2004, p. 52)
afirma que “compreender a realidade significa pensar criticamente sobre ela”.
Entendemos
que
o
ensino
de
Geografia
possibilita
reflexões
significativas acerca das relações da sociedade e natureza, portanto
concordamos com Callai (2005) que enfatiza que ensinar Geografia é ensinar a
ler o mundo.
Ler o mundo da vida, ler o espaço e compreender que as paisagens
que podemos ver são resultado da vida em sociedade, dos homens
na busca da sua sobrevivência e da satisfação das suas
necessidades. Em linhas gerais, esse é o papel da geografia na
escola. Refletir sobre as possibilidades que representa, no processo
de alfabetização, o ensino de geografia, passa a ser importante para
quem quer pensar, entender e propor a geografia como um
componente curricular significativo. (p. 228)
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O desenvolvimento de práticas que contemplem a leitura e interpretação
do mundo de forma autônoma, parte do pressuposto que o ato pedagógico é
complexo e exigente, pois são necessários os conhecimentos pedagógicos e
os das áreas específicas do conhecimento, entre tais saberes salientamos os
geográficos e a linguagem cartográfica. Esse contexto nos leva a refletir sobre
a formação de professores para a construção de tais práticas. Julgamos como
central o papel do professor, pois é ele o profissional que deve planejar,
desenvolver e avaliar práticas educativas que envolvam a Geografia e a
linguagem cartográfica a fim de possibilitar, de forma ampla, a promoção da
leitura critica da realidade que cerca o estudante.
A ausência de uma sólida articulação entre os conhecimentos das áreas
específicas, dentre elas a da Geografia, com os conhecimentos pedagógicos,
dentre eles os relacionados especificamente ao currículo, a relação professor –
aluno, ao campo pedagógico geral, a estrutura legislativa, dentre outros, pode
promover uma frágil formação ao futuro professor, correndo o risco de
comprometer seu trabalho educativo futuro. Destacamos, ainda, que o
professor é um profissional, que além de lidar com as dificuldades e
imprevistos inerentes a ação educativa escolar, enfrenta dilemas frente às
políticas públicas de ensino. Estas, de forma recorrente, alteram os currículos,
as rotinas, os materiais didáticos, dentre outros, impactando diretamente na
ação docente porque modificam as práticas educativas exigindo constantes
reflexões sobre as práticas formativas dos próprios docentes. Algumas políticas
possuem uma concepção equivocada do processo de alfabetização e da
compreensão das noções matemáticas básicas. São políticas públicas que
concebem a alfabetização como um processo “despregado” dos demais
processos de ensino-aprendizagem que deveriam ser constantes nessa esfera
escolar. No Estado de São Paulo, por exemplo, o ensino de Geografia, de
História e de Ciências foi retirado dos três primeiros anos de ensino
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fundamental pela Secretaria de Educação de São Paulo – SEE (Resolução
número 31, de 16/12/2011). A carga horária destinada aos já referidos
componentes curriculares foi consideravelmente reduzida em relação aos
componentes de Língua Portuguesa, por exemplo, nas escolas de Tempo
Integral.
Vislumbrando os ideais de qualidade para a educação nos anos iniciais,
acreditamos que o pedagogo, profissional que atua no ensino fundamental,
deve articular os conteúdos específicos das diversas áreas do conhecimento
escolar, dentre elas a Geografia,
com os saberes pedagógicos.
A
supervalorização de uma única área do conhecimento, em detrimento às
demais é um equívoco instaurado por políticas públicas de ensino reducionistas
e que pouco contribuem para o pleno desenvolvimento de práticas educativas
que almejam uma formação integral das crianças de 6 a 10 anos de idade.
Se entendermos o pedagogo como um profissional capaz de
proporcionar um ensino articulador, onde a Geografia, a História e as Ciências
Naturais (dentre outras áreas) são consideradas importantes para a formação
integral dos alunos dos anos iniciais, é preciso pensar na formação desse
profissional.
Sob essa perspectiva destacamos as seguintes colocações de
Lastória (2009, p.309)
Acreditamos que os processos de formação inicial e continuado de
professores devem ser pensados tendo em vista em vista tais
conhecimentos, pois os professores precisam compreender tanto
conceitos específicos das diversas áreas do conhecimento (entre elas
a Geografia) como os pedagógicos (referente ao campo da Didática)
e os pedagógicos do conteúdo (referente aos campos das Didáticas
Específicas) para poderem relacioná-los e interpretá-los perante os
desafios das práticas escolares.
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Para a elaboração de práticas educativas favoráveis à ampla articulação
de conhecimento, de modo que o processo de alfabetização não seja
exclusivamente mobilizado pelos conteúdos de Língua Portuguesa sem
relações com as noções e conceitos oriundos da Geografia, da História, das
Ciências Naturais, dentre outros, entendemos que o docente precisa de uma
formação consistente, que o ajude a compreender as diferentes concepções de
mundo, de sociedade, de escola e de ensino. Uma formação que o ampare
com os subsídios necessários para o desenvolvimento de alunos críticos e
atuantes na sociedade.
3- Metodologia
Para o desenvolvimento dessa investigação planejamos realizar um
trabalho com contornos qualitativos, por meio de análise documental,
principalmente considerando os Projetos Políticos Pedagógicos – PPPs. Os
objetivos específicos dessa investigação são: 1) analisar os referidos Projetos
Políticos Pedagógicos - PPPs dos cursos selecionados, considerando os
aspectos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96 e das
Diretrizes para o Ensino Superior; 2) Conhecer como as didáticas específicas
são tratadas nas propostas curriculares e identificar o “lugar” da Geografia
como uma dessas didáticas; 3) Analisar ementas disciplinares voltadas para o
ensino de Geografia, reconhecendo os temas e nomenclaturas mais
abordados; 4) Verificar os aportes teóricos que são mais utilizados. (por meio
do levantamento de referenciais bibliográficos explicitados).
A partir da coleta documental já realizada, organizamos os PPPs de
nove Cursos de Pedagogia, das seguintes instituições: Universidade de São
Paulo – USP (que possuem dois cursos, um vinculado à Faculdade de
Educação - FEUSP e outro à Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de
Ribeirão Preto – FFCLRP); Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
(Faculdade de Educação); Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
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Filho” – UNESP (que conta com seis cursos, nas seguintes unidades:
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara; Faculdade de Ciências –
Bauru; Faculdade de Ciências e Tecnologia – Presidente Prudente; Instituto de
Biociências – Rio Claro; Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas –
São José do Rio Preto e Faculdade de Filosofia e Ciências – Marília).
3.1 - A origem da questão de pesquisa
O surgimento da nossa questão de pesquisa está fortemente
relacionado às reflexões ocorridas nos encontros do Grupo de Estudos da
Localidade - ELO4. Estas envolveram, dentre outros, os dilemas e os desafios
que o professor dos anos iniciais enfrenta para desenvolver práticas educativas
de qualidade nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Mais precisamente,
práticas de ensino em Geografia e História. Relatos de colegas participantes do
grupo traziam à tona as dificuldades encontradas em suas próprias escolas
para se desenvolver as aulas de Geografia, de História ou Ciências. Os
colegas denunciaram que o novo programa curricular implantado no estado,
denominado como Programa Ler e Escrever, não apresentava apostilas
(denominadas como Caderno do Aluno e Caderno do Professor) sobre
Geografia, História ou Ciências. Apenas noções e conteúdos de Língua
Portuguesa e Matemática eram veiculados pelo referido programa. A tônica de
muitas reuniões do grupo ELO foi a redução e exclusão de cargas horárias
destinadas às áreas de Geografia, História e Ciências (Resolução número 31,
de 16/12/2011, da Secretaria de Educação de São Paulo – SEE) e os impactos
causados por tal medida nas práticas escolares. Outros aspectos envolveram
as avaliações externas realizadas na rede estadual de ensino de São Paulo.
Dentre as avaliações, muitas críticas foram sobre o Sistema de Avaliação de
4
Grupo de estudos da localidade – ELO, cadastrado no diretório de grupos de pesquisa do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico – CNPq. Endereço para acesso:
dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/8397381803222653.
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Rendimento Escolar do Estado de São Paulo - SARESP por envolverem
noções e conteúdos prioritariamente relacionados à Língua Portuguesa e
Matemática, em detrimento das demais áreas, dentre elas, a Geografia.
Diante da problemática exposta, entendemos ser relevante realizar uma
investigação para saber “se” e “como” a Geografia está presente nos currículos
de formação inicial dos professores que atuam nos anos iniciais do ensino
fundamental. Serão que as noções e conceitos presentes nesses currículos
valorizam a Geografia como campo disciplinar importante para os alunos dessa
esfera de ensino? Se sim, de que modo? A Geografia é tida como parte
fundamental do processo de alfabetização ou letramento? Ou ela é colocada a
parte de tal processo?
3.2 - Delimitação do espaço de investigação
A nossa opção por investigar os currículos das Instituições de Ensino
Superior Públicas do Estado de São Paulo justifica-se pela necessidade de
estabelecermos um recorte tendo em vista o grande número de cursos de
Pedagogia
existentes
no
referido
estado
brasileiro.
Entendemos
tais
instituições como importantes centros formadores de profissionais do referido
estado. Todas as universidades citadas possuem amplo reconhecimento social
por desenvolverem atividades de ensino, pesquisa e extensão acadêmicas com
impacto nacional e internacional na área de Educação e em diversas outras
áreas. Possuem, programas de Pós-Graduação em Educação, revistas
especializadas e são centros difusores de conhecimentos, responsáveis por um
expressivo número de profissionais da área educacional. Outra justificativa,
relacionada à modalidade de ensino presencial, refere-se a nossa opção por
investigar a modalidade de ensino responsável pela formação da maioria dos
profissionais da educação no Estado de São Paulo.
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O acesso às informações curriculares das Instituições de Ensino
Superior públicas é mais ágil e facilitado pela disponibilização pública via sites
na internet ou contato com coordenadores. Para coletarmos dados junto às
universidades privadas teríamos que realizar diferentes procedimentos de
coleta.
3.3. Mecanismos para a coleta de dados
Tivemos acesso aos documentos via site das universidades, esses
documentos se encontravam disponíveis para download. Em apenas uma das
instituições não encontramos o documento no site, então enviamos uma
solicitação via correio eletrônico, e obtivemos uma resposta rápida da
coordenação do curso com a documentação necessária.
Realizamos também o contato, via correio eletrônico, com os
coordenadores dos cursos de Licenciatura em Pedagogia das citadas
instituições, com o intuito de confirmar se o documento disponível no site da
universidade era de fato a versão mais recente, atualizada e vigente do Projeto
Político Pedagógico. Tendo em vista as 9 (nove) instituições, obtivemos 7
(sete) retornos. A maioria delas apenas confirmou e apenas 1 (uma) das
instituições encaminhou novo documento, alegando que o disponível no site
não estava atualizado. Em 2 (duas) das instituições investigadas, obtivemos a
informação de que atualmente estão aguardando aprovação de um novo PPP
pelo Conselho Estadual de Educação - CEE.
4. A organização dos dados
Após a leitura dos PPPs, realizamos uma organização tendo em vista
algumas categorias estabelecidas, são elas: Universidade / unidade; Ano do
documento;
legislações
Importantes
que
concepções
regulamentam
a
educacionais
formação
do
apresentadas;
pedagogo;
As
Disciplinas
(obrigatórias) voltadas para o ensino de Geografia (denominação das
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disciplinas, carga horária e ementas); Referenciais teóricos e das disciplinas
que envolvem o Ensino de Geografia.
A referida organização foi estabelecida a fim de possibilitar pautas de
comparação entre as instituições envolvidas e construção de quadros que
buscam facilitar a visualização dos dados.
5. Considerações finais
Nossa investigação encontra-se em fase de análise dos dados coletados
e organizados. Entendemos ser importante a apresentação do referencial
teórico-metodológico, bem como, dos dados organizados e análises iniciais da
presente investigação no XI Encontro Nacional da ANPEGE, cujo tema é “A
diversidade da Geografia Brasileira: escalas e dimensões da análise e da
ação”. Acreditamos que as discussões com pesquisadores da área específica
da Geografia contribuirão para enriquecer a pesquisa.
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