efeito da administração de nanotubos de carbono

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EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO DE NANOTUBOS DE CARBONO NA
RESPOSTA IMUNE DE CAMUNDONGOS PORTADORES DE CARCINOMA DE
PULMÃO
DE PAULA, R. F. O.4; MORAES, A. S.1; OLIVEIRA, E. C.1 3; BARANAUSKAS, V.2;
; FARIAS, A. S.1; CERAGIOLI, H. J.2; MORAIS, G. A. D.1; PRADELLA, F.1;
SANTOS, M. P.1; LONGHINI, A. L.4; SANTOS, L. M. B.1 4
1
Laboratório de Neuroimunologia, Departamento de Genética Evolução e Bioagentes,
Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil.
2
Departamento de Semicondutores, Instrumentos e Fotônica, Faculdade de Engenharia
Elétrica e de Computação, Universidade Estadual de Campinas.
3
Departamento de Saúde, Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, Sorocaba,
São Paulo, Brasil.
4
Faculdade de Clínica Médica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São
Paulo, Brasil.
A capacidade dos nanotubos de carbono penetrar nas células abriu a possibilidade da
utilização dessas nanopartículas no diagnóstico e tratamento das neoplasias malignas.
Contudo, pouco se conhece sobre o efeito dessas partículas não funcionalizadas, ou seja,
sem moléculas acopladas, sobre a resposta imune. Nesse estudo demonstramos que
nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWCNT) corados com substância
fluorescente penetram nas células de carcinoma de pulmão (LLC) de camundongos. A
internalização dessas partículas foi avaliada utilizando-se microscopia confocal e
citometria de fluxo. Uma vez dentro das células o MWCNT inibiu a resposta
proliferativa das LLC in vitro. A inoculação dos nanotubos de carbono in vivo também
reduziu a velocidade de crescimento do tumor. A redução da velocidade de crescimento
foi acompanhada de aumento da resposta proliferativa dos linfócitos estimulados por
mitógeno inespecífico e pela expressão de IFNγ. O IFNγ está envolvido na resposta
contra os tumores e esses resultados indicam que os nanotubos de carbono estimulam a
resposta imune. Por outro lado, verificou-se significativa redução da expressão citocinas
como TNFα, IL-17, IL-10 e TFGβ, que estão envolvidas na resposta imune pró-tumor.
Esses resultados indicam que, mesmo na ausência de funcionalização, os nanotubos de
carbono ativam a resposta imune e que conseqüentemente a resposta imune altera o
crescimento desse tumor.
Agências financiadoras: FAPESP, CAPES/CNPq
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